proteção da flora professora: angela issa haonat aula n° 09
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Proteção da FloraProfessora: Angela Issa Haonat
Aula n° 09
Proteção da FloraConstituição Federal
Art. 23, VII (competência comum da União, dos Estados, DF e Municípios –
preservação das florestas e flora);
Art. 24 VI (competência concorrente da União, DF, Estados – para legislar sobre
florestas;
Art. 30, II (competência suplementar dos Municípios)
Proteção da FloraConstituição Federal
Art. 225, todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado – incluindo-se ai a FLORA como elemento natural – bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida.
§ 1°, VII – incumbe o Poder Público a proteção da FLORA, vedadas as práticas
que coloquem em risco a sua função ecológica.
Proteção da FloraConstituição Federal
Art. 225, § 1°, III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços
territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas
somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade
dos atributos que justifiquem sua proteção;
Proteção da FloraConstituição Federal
Art. 225, § 4°, - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a
Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a
preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
Proteção da FloraO art. 225, § 4°, CF menciona
expressamente: Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona
Costeira.
Mas também merecem proteção: o Cerrado, a Caatinga, o Domínio das
Araucárias e os Pampas e Pradarias.
Proteção da FloraLegislação Infraconstitucional
4.771/65 (Código Florestal);
9.605/1998 (Crimes Ambientais)
9.985/2000 (SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação);
11.428/2006 (Proteção Mata Atlântica);
11.460/2007 (Plantio de OGM em Unidades de Conservação);
11.284/2006 (Gestão de Florestas Públicas)
Alguns conceitos básicosFlora: totalidade de espécies que compreende a vegetação de uma determinada região, sem preocupação com a identificação dos elementos.
Vegetação: Conjunto de vegetais que ocupam uma determinada área; as comunidades das plantas do lugar; termo quantitativo caracterizado pelas plantas abundantes.
Floresta: Formação vegetal de proporção e densidade maiores. Ecossistemas complexos, nos quais as árvores são a forma vegetal predominante que protege o solo contra o impacto direto do sol, dos ventos e das precipitações.
Crimes contra a FloraSeção II do Cap. V da Lei 9.605/1998
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção;
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da autoridade competente;
Crimes contra a Flora
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização;
Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta
Crimes contra a FloraArt. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano;Art. 44. Art. 44. Extrair de florestas de domínio Extrair de florestas de domínio públicopúblico ou consideradas de preservação ou consideradas de preservação permanente, sem prévia autorização, permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de pedra, areia, cal ou qualquer espécie de mineraisminerais
Crimes contra a Flora
Art. 45. Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de Cortar ou transformar em carvão madeira de lei,lei, assim classificada por ato do Poder Público,assim classificada por ato do Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordo outra exploração, econômica ou não, em desacordo com as determinações legais;com as determinações legais;
Art. 46. Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor,licença do vendedor, outorgada pela autoridade outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamentoacompanhar o produto até final beneficiamento;
Crimes contra a FloraArt. 48. Impedir ou dificultar a
regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação;
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou
meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia;
Crimes contra a FloraArt. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues, objeto de especial preservação; Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem autorização do órgão competente;
Espaços Protegidosa) Sentido estrito: Enunciadas na CF (unidades de conservação típicas)
b) Sentido amplo: as que não estão arroladas na CF, mas se amoldam ao conceito do art. 2°, I da Lei 9.985/00 – (UC Atípicas)
Sentido Estrito
UCs Típicas (previstas Lei 9985/00);
UCs Atípicas (não arroladas na Lei 9985/00 – mas com conceito
amoldável ao previsto no art. 2°, I da Lei 9985/00)
Sentido Amplo
APPs (arts. 2° e 3° do Código Florestal);RFL (art. 14 do Código Florestal)Todas as demais que não tenham fundamentos e finalidades que não se subssumem ao art. 2°, I da Lei 9985/00
UCs Típicas
Sentido EstritoO estabelecimento e a gestão das UCs estão
assentados na Lei 9.985/00 que regulamenta o § 1°, inc. I, II, III, e VII do art. 225 da CF;
A Lei 9985/00 é regulamentada pelo Decreto 4.340/02 (aspectos legais referentes à criação
das UCs, à gestão compartilhada com Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público – OSCIPs, à exploração de bens e serviços, à compensação por significativo
impacto ambiental etc
UCs - CONCEITOArt. 2° Para os fins previstos nesta Lei,
entende-se por:I - unidade de conservação: espaço
territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com
características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites
definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção;
UCs - CONCEITO
Requisitos Legais:
Relevância NaturalCaráter Oficial
Delimitação TerritorialObjetivo Conservacionista
Regime Especial de Proteção e Administração
UCs que integram o SNUC
a) Unidades de Proteção Integral;
b) Unidades de Uso Sustentável.
Dentro desse grupo são identificadas 12 categorias (rol
taxativo) de UCs
Tem por objetivo preservar a natureza, livrando-a da interferência humana; só
se admite o uso indireto de seus recursos (que não envolve consumo,
coleta, dano ou destruição, com exceção dos casos previstos em Lei.
Previstas no art. 8° da Lei 9985/00:
Estação Ecológica
Reserva Biológica
Parque Nacional
Monumento Natural
Refúgio de Vida Silvestre
Estação Ecológica
Art. 9° (Lei 9.985/00)
A Estação Ecológica tem como objetivo a preservação da natureza e
a realização de pesquisas científicas.
Reserva BiológicaArt. 10. A Reserva Biológica tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos
naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações
ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as
ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade
biológica e os processos ecológicos naturais.
Parque Nacional Art. 11. O Parque Nacional tem como objetivo
básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e
beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de
atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a
natureza e de turismo ecológico.
Monumento Natural
Art. 12. O Monumento Natural tem como objetivo básico preservar
sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica.
Refúgio de Vida Silvestre
Art. 13. O Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória.
Área de Proteção Ambiental;Área de Relevante Interesse Ecológico;
Floresta Nacional;Reserva Extrativista;Reserva de Fauna;
Reserva de Desenvolvimento Sustentável;Reserva Particular do Patrimônio Natural
Área de Proteção Ambiental:Art. 15. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes
para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos
proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
Área de Relevante Interesse EcológicoArt. 16. A Área de Relevante Interesse Ecológico é
uma área em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares
raros da biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional
ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de
conservação da natureza.
Floresta Nacional
Art. 17. A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies
predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável
dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para
exploração sustentável de florestas nativas.
Reserva Extrativista
Art. 18. A Reserva Extrativista é uma área utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja
subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência
e na criação de animais de pequeno porte, e tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e
a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade.
Reserva de Fauna
Art. 19. A Reserva de Fauna é uma área natural com populações animais de
espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias,
adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos.
Reserva de Desenvolvimento Sustentável:Art. 20. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável
é uma área natural que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais,
desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham
um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica.
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Art. 21. A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área
privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a
diversidade biológica.
Ao lado das Unidades de Proteção Integral e das de Uso Sustentável, a
Lei 9985/00 incorporou ao Direito brasileiro a “Reserva da Biosfera”
Reconhecida pelo Programa Intergovernamental Man and
Biosphere – MAB, da UNESCO
Art. 41. A Reserva da Biosfera é um modelo, adotado internacionalmente, de gestão
integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais, com os objetivos básicos de preservação da diversidade biológica, o
desenvolvimento de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, a educação
ambiental, o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida das
populações.
Compensação por Significativo Impacto Ambiental – art. 36
caput e § 1°Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto
ambiental, (...) com fundamento em estudo de impacto ambiental (...) o empreendedor é
obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do
Grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste artigo e no regulamento desta
Lei.
UCs Atípicas
Embora alguns autores assim considerem as APPs e RFL, o Prof. Milaré discorda – pois faz a seguinte distinção: Cada UC deve ter finalidade e objetivos específicos – que demandam ato legal de sua instituição pelo Poder Público – pois estas APPs e RFL prescindem de ato legal do Poder Público.
Espaços Territoriais Especialmente Protegidos
em Sentido Amplo
1.Área de Preservação Permanente –APP:
a) Por Imposição Legal (art. 2° Lei 4771/65)
Art. 2° do Código Florestal Consideram-se de preservação
permanente, pelo só efeito desta Lei, as florestas e demais formas de
vegetação natural situadas:
a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima será:
1 - de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura;
2 - de 50 (cinqüenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros de largura;
3 - de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
4 - de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
5 - de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;
b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais;
c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura;
d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;
e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°, equivalente a 100% na linha de maior declive;
f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação.
b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais;
c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura;
d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;
e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°, equivalente a 100% na linha de maior declive;
f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação.
Espaços Territoriais Especialmente Protegidos
em Sentido Amplo
1.Área de Preservação Permanente –APP:
b) Ato do Poder Público (art. 3° Lei 4771/65)
Art. 3º Consideram-se, ainda, de preservação permanentes, quando assim declaradas por ato do Poder
Público, as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas:
a)a atenuar a erosão das terras;
b) a fixar as dunas;
c) a formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
d) a auxiliar a defesa do território nacional a critério das autoridades militares;
e) a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico;
f) a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de extinção;
g) a manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas;
h) a assegurar condições de bem-estar público.
Espaços Territoriais Especialmente Protegidos
em Sentido Amplo2. Reserva Florestal Legal – RFL: Art. 1°, § 2°,
Inc. III (com a redação da MP 2.166/01)
As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade, com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem.
III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou
posse rural, excetuada a de preservação permanente,
necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e
reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e
proteção de fauna e flora nativas;
Lei 11.284/06Alterou o Código Florestal e criou um
sistema de gestão sustentável de florestas, tratando ainda dos Sistemas de Unidades de Conservação (SNUC),
Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), Licenciamento Ambiental,
licitações e conhecimento tradicional
Princípios (art. 2°)Constituem princípios da gestão de
florestas públicas:
I - a proteção dos ecossistemas, do solo, da água, da biodiversidade e valores culturais associados, bem como do patrimônio público;
II - o estabelecimento de atividades que promovam o uso eficiente e racional das
florestas e que contribuam para o cumprimento das metas do
desenvolvimento sustentável local, regional e de todo o País;
III - o respeito ao direito da população, em especial das comunidades locais, de
acesso às florestas públicas e aos benefícios decorrentes de seu uso e
conservação;
IV - a promoção do processamento local e o incentivo ao incremento da agregação de valor
aos produtos e serviços da floresta, bem como à diversificação industrial, ao desenvolvimento tecnológico, à utilização e à capacitação de empreendedores locais e da mão-de-obra
regional;V - o acesso livre de qualquer indivíduo às
informações referentes à gestão de florestas públicas, nos termos da Lei 10.650/03;
VI - a promoção e difusão da pesquisa florestal, faunística e edáfica, relacionada à conservação,
à recuperação e ao uso sustentável das florestas;
VII - o fomento ao conhecimento e a promoção da conscientização da população sobre a importância da conservação, da recuperação e do manejo sustentável dos recursos florestais;
VIII - a garantia de condições estáveis e seguras que estimulem investimentos de longo prazo no manejo, na conservação e na recuperação das florestas.
Conceitos (art. 3°)Para os fins do disposto nesta Lei,
consideram-se: I - florestas públicas: florestas, naturais ou plantadas, localizadas nos diversos biomas brasileiros, em bens sob o domínio da União, dos Estados, dos Municípios, do Distrito Federal ou das entidades da administração indireta;
Conceitos (art. 3°)VII - concessão florestal: delegação onerosa,
feita pelo poder concedente, do direito de praticar manejo florestal sustentável para exploração de produtos e serviços numa unidade de manejo, mediante licitação, à
pessoa jurídica, em consórcio ou não, que atenda às exigências do respectivo edital de licitação e demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por
prazo determinado;
FORMAS DE GESTÃO1.Criação de Unidades de Conservação:
Deve observar as diretrizes do art. 17 da Lei 9985/00, que trata das Florestas Nacionais.
Esta forma de Gestão pode ser:
a)Diretamente pelo Poder Público;
a)Por meio de Convênios e Parcerias (desde que observados os procedimentos
licitatórios.
OBSERVAÇÕES
No caso de contratos e instrumentos similares, a duração ficará limitada a 120 meses e as
licitações podem ter como quesito para contratação o melhor
preço ou, combinado, a melhor técnica.
FORMAS DE GESTÃO2. Destinação às Comunidades Locais:
Art. 6° da Lei 11.284/06Antes da realização das concessões
florestais, as florestas públicas ocupadas ou utilizadas por comunidades locais serão
identificadas para a destinação, pelos órgãos competentes, por meio de:
I - criação de reservas extrativistas e reservas de desenvolvimento sustentável, observados os requisitos previstos na Lei 9.985/00
II - concessão de uso, por meio de projetos de assentamento florestal, de desenvolvimento sustentável, agroextrativistas ou outros similares, nos termos do (art. 189 CF) e das diretrizes do Programa Nacional de Reforma Agrária;
III - outras formas previstas em lei.
FORMAS DE GESTÃO3. Concessões Florestais:
Tem por objetivo compatibilizar a preservação do meio ambiente com a exploração
sustentável da floresta, estabelecendo condições de modo a permitir a diminuição
do desmatamento ilegal e a afastar a grilagem de terras públicas, a extração de
madeira e a evasão de divisas
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