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REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Atenção Básica e Atenção Psicossocial Estratégica:
o cuidado em rede
Princípios – Princípios – Política de Saúde MentalPolítica de Saúde Mental
As linhas gerais de ação são regidas por claros princípios que tem suas bases em uma ética e em uma lógica do cuidado:
SUJEITOS DE DIREITOS.
Implica a noção de respeito à singularidade, impedindo que o cuidado se exerça de forma homogênea, massificada e indiferenciada.
INTERSETORIALIDADE – articulação implicada e corresponsabilizada.
Construção de rede de cuidados – permanente, se situa para fora e para além dos limites da instituição. “Extra Muros”
ACOLHIMENTO UNIVERSAL – portas abertas a todo aquele que chega. Implica em escutar e acolher toda pessoa que traga sua demanda.
DESINSTITUCIONALIZAÇÃO - reversão da tendência institucionalizante nos diferentes campos (saúde mental, assistência social, educação e justiça).
TERRITORIALIDADE - lugar psicossocial, ultrapassa o recorte meramente regional ou geográfico. Espaço onde acontecem as relações, vivências, circulação - construído por instâncias pessoais e institucionais.
Portaria 3088/2011
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL Portaria 3088/2011
• Rede de saúde mental integrada, articulada e efetiva nos diferentes pontos de atenção para atender as pessoas em sofrimento e/ou com demandas decorrentes dos transtornos mentais e/ou do consumo de álcool, crack e outras drogas.
• Especificidades loco-regionais;
• Ênfase nos serviços com base comunitária, caracterizados por plasticidade de se adequar às necessidades dos usuários e familiares e não os mesmos se adequarem aos serviços;
• Atua na perspectiva territorial, conhecendo suas dimensões, gerando e transformando lugares e relações.
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DIRETRIZES
• Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das pessoas;
• Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde;
• Combate a estigmas e preconceitos;• Garantia do acesso e da qualidade dos serviços• Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas;• Diversificação das estratégias de cuidado;• Desenvolvimento de atividades no território, que favoreçam a
inclusão social com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania;
• Desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos;• Participação dos usuários e de seus familiares no controle
social ;• Organização dos serviços em rede de atenção à saúde, com
estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado;
• Promoção de estratégias de educação permanente;• Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com
transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas, tendo como eixo central a construção do projeto terapêutico singular.
• Ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral;
• Promover a vinculação das pessoas em sofrimento/transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas famílias aos pontos de atenção;
• Garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às urgências.
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL Objetivos
• Promover cuidados em saúde especialmente para grupos mais vulneráveis (criança, adolescente, jovens, pessoas em situação de rua e populações indígenas);
• Prevenir o consumo e a dependência de crack, álcool e outras drogas;
• Reduzir danos provocados pelo consumo de crack, álcool e outras drogas;
• Promover a reabilitação e a reinserção das pessoas com transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas na sociedade, por meio do acesso ao trabalho, renda e moradia solidária;
• Promover mecanismos de formação permanente aos profissionais de saúde;
• Desenvolver ações intersetoriais de prevenção e redução de danos em parceria com organizações governamentais e da sociedade civil;
• Produzir e ofertar informações sobre direitos das pessoas, medidas de prevenção e cuidado e os serviços disponíveis na rede;
• Regular e organizar as demandas e os fluxos assistenciais da Rede de Atenção Psicossocial;
• Monitorar e avaliar a qualidade dos serviços através de indicadores de efetividade e resolutividade da atenção.
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL Objetivos Específicos
Componentes da Rede de Atenção Psicossocial
Mudança de modelo de atenção em saúde mental trouxe uma nova concepção e forma de cuidado.
O cuidado deve se dar o mais próximo da rede familiar, social e cultural do usuário.
Reconhecimento que existe um componente de sofrimento associado a toda e qualquer problema de saúde, exigindo uma articulando permanente da Saúde Mental com as RAS, especialmente AB.
56% dos pacientes atendidos pelas Equipes de Saúde da Família revelam realizar “alguma ação de saúde mental” (OMS, 2002).
Princípios Comuns entre Saúde Mental e Atenção Básica: co-responsabilidade
SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA
a) Unidade Básica de Saúde / Equipes de Saúde da Família /Núcleos de Apoio à Saúde da Família
b) Equipes de Atenção Básica para populações em situações específicas: Consultório na Rua;
c) Centro de Convivência (será regulamentado por portaria específica, posteriormente).
SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA
O CAPS é um lugar comunitário que opera nos territórios, compreendidos não apenas como espaços geográficos, mas territórios de pessoas, de instituições, dos cenários nos quais se desenvolve a vida cotidiana de usuários e familiares.
É um lugar de referência e de cuidado promotor de vida que tem a missão de garantir o exercício da cidadania e a inclusão social de usuários e de suas famílias.
São serviços substitutivos ao modelo asilar e apresentam diferentes modalidades de acordo com o porte e abrangência populacional.
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ESTRATÉGICA: CAPS
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ESTRATÉGICA: CAPS
• produção de “novo lugar social” : papel do CAPS na produção de cultura de validação
•lugar social das pessoas em situação de pobreza e de miséria, com experiência de sofrimento decorrentes de abandono, violência, institucionalização, restrição de acesso a direitos, sofrimento psíquico, dependência de álcool e drogas: papel do CAPS nesses territórios
•Percurso de produção de autonomia e de acesso e exercício de direitos
•Reabilitação, inserção, inclusão: vínculos, recursos e produção de capacidade de acesso ao valor
•cenários de vida cotidiana
•Serviços em rede: universalidade, equidade e cidadania
•Serviços “fortes”, REDES QUENTES
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ESTRATÉGICA: CAPS
•Manicômio, institucionalização: são instituições = estruturas e culturas = fortes
Serviço forte no/do território:
•CAPS: produzir acesso e exercício de direitos - refletir sobre os itinerários e relação entre “fortes e frágeis”
•Objetos complexos: experiência de sofrimento, necessidades das pessoas em seu contextos reais de vida: complexidade, singularidade e contextualização
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ESTRATÉGICA: CAPS
Lugares de mediação e de ativação de recursos e de possibilidades
Cuidado que garante direitos: cuidado que produza direitos
Necessitam dos outros componentes da RAPS, das RAS e da rede intersetorial para atuarem de forma
potente
ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ESTRATÉGICA
CONTATOSCONTATOS
saudemental@saude.gov.br(61) 3315-9144/9143
milena.pacheco@saude.gov.br
Área Técnica de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas
DAPESSecretaria de Atenção à Saúde
Ministério da Saúde
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