redação publicitária - criando roteiros vendedores e criativos para tv e w…

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Aula ministrada pelo Prof Iuri Bittencourt no curso de Extensão de Redação Publicitária da UFBa. Assunto: dicas para elaboração de roteiro para TV, Internet (web) e documentários.

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AULA ROTEIRIZAÇÃO PARA AUDIO E VIDEOAULA ROTEIRIZAÇÃO PARA AUDIO E VIDEO

introduçãointrodução

Aprenda a escolher os melhores temas;

Lembre que existem mil roteiros para ser lidos pelo Diretor - e que o seu é apenas um deles;

Conheça os formatos-padrão de roteiro para rádio, cinema e TV;

Priorize os diálogos mas não esqueça da ambientação;

Saiba a diferença do roteiro da criação e do roteiro da produção.

PORÉM, ANTES DE COMEÇAR A ESCREVER:PORÉM, ANTES DE COMEÇAR A ESCREVER:

introduçãointrodução

Depois da primeira leitura do roteiro avalie a marca que ele deixou em você

 

O que ele fez você sentir?

Com quem você se importou?

Quem você achou interessante?

Que assunto o filme parece abordar por trás dos acontecimentos superficiais?

COMO SE PREPARAR PARA INTERPRETAR UM TEXTO:COMO SE PREPARAR PARA INTERPRETAR UM TEXTO:

introduçãointrodução

APÓS A REFLEXÃO ANTERIOS, ANOTE AS APÓS A REFLEXÃO ANTERIOS, ANOTE AS RESPOSTAS EM UM PAPELRESPOSTAS EM UM PAPEL

AVALIE AGORA ESSAS QUESTÕES

 

O que o roteiro está tentando realizar?

Que meios especiais ele está usando para atingir seus objetivos?

introduçãointrodução

DICAS ESSENCIAIS NA ELABORAÇÃO DE UM DICAS ESSENCIAIS NA ELABORAÇÃO DE UM ROTEIROROTEIROBons roteiros não são elaborados demaisNão há comentários pessoais do roteiristaNão há exagero nas adjetivaçõesDeixa a maior parte do comportamento para a imaginação do leitor.Não dá muitas indicações aos atores (a não ser para facilitar a fala - diálogo/monólogo)Não contém instruções para a filmagem ou ediçãoNão é óbvio e dá espaço para a criatividade da Produção/DireçãoLinguagem breve e evocativa

 

DICAS QUE UM DIRETOR DARIA PARA VOCÊ:DICAS QUE UM DIRETOR DARIA PARA VOCÊ:

 

Escreva comportamentos em vez de diálogosExperiências pessoais devem ser mostradas e não ditasPersonagens que tentam fazer ou conseguir algo são mais cativantesPersonagens psicológicos tendem a ser o ponto de foco da narrativaPersonagens com características especiais são mais lembrados 

introduçãointrodução

DICAS QUE UM PRODUTOR DARIA PARA VOCÊDICAS QUE UM PRODUTOR DARIA PARA VOCÊ

Escreva diálogos não muito longosTrabalhe uma boa trilha sonoraA sonoplastia é um personagem secundário, use-aO ponto de virada pode ser bem marcado com um efeito sonoro ou visual forteOs detalhes da cena você pode discutir verbalmente com o produtor. Seja breve

 

introduçãointrodução

AULA ROTEIRIZAÇÃO PARA AUDIO E VIDEOAULA ROTEIRIZAÇÃO PARA AUDIO E VIDEO

assuntos da aulaassuntos da aula

DA IMAGINAÇÃO À NARRATIVA – O QUE ESTÁ POR DA IMAGINAÇÃO À NARRATIVA – O QUE ESTÁ POR TRÁS DE UM BOM ROTEIROTRÁS DE UM BOM ROTEIRO

1) Imaginar uma estória

2) Narrador, ponto de vista e ponto de foco

3) Gêneros de estória e gêneros de narrativa

4) Bisbilhotice, fofoca, exibicionismo e voyeurismo

5) Elementos da estória e recursos da narrativa

 

assuntosassuntos

AULA ROTEIRIZAÇÃO PARA AUDIO E VIDEOAULA ROTEIRIZAÇÃO PARA AUDIO E VIDEO

1 Imaginar uma estória1 Imaginar uma estória

Em geral, os fios de uma estória são imaginados como as teias de aranha: eles provém do cerne da história que você quer narrar, são ditados pelo imaginário que você possui e são balizados pelo imaginário das pessoas para quem você escreve.

 

A verossimilhança tem por foco o imaginário do espectador.

 

Uma das técnicas mais eficazes para você estimular a sua imaginação e balizar a verossimilhança do que imaginou é perguntar, a cada passo da geração de sua estória: “E se...?”

1 imaginar uma estória1 imaginar uma estória

1 imaginar uma estória1 imaginar uma estória

1 imaginar uma estória1 imaginar uma estória

VEJA UM BOM EXEMPLO DE COMO MODIFICAR O ANDAMENTO DE UMA ESTÓRIA:

Inserção de novos personagens no meio da trama.

Ex: Jovem anda pelo shopping, observa as vitrines e é observada pelos vendedores. Uma mão masculina toca seu ombro. Ela sorri. “É ele”.

 

1 imaginar uma estória1 imaginar uma estória

Há roteiristas que começam do começo e seguem imaginando. (Assim como há narrativas que seguem essa trajetória)

 

E há roteiristas que preferem começar pelo fim.

Por sua natureza, a narrativa dramática, policial ou de ficção pede que você comece a imaginar a estória por seu final.

Na propaganda, de modo geral, o final da estória deve apresentar a oferta, a marca e o slogan.

1 imaginar uma estória1 imaginar uma estória

AULA ROTEIRIZAÇÃO PARA AUDIO E VIDEOAULA ROTEIRIZAÇÃO PARA AUDIO E VIDEO

2 2 Narrador, ponto de vista e ponto de focoNarrador, ponto de vista e ponto de foco

A seleção do principal ponto de foco do seu narrador segue a demanda por uma referência a partir da qual a narrativa será composta, e mais tarde, recebida pelo espectador – e, assim, dar unidade e facilitar composição e recepção.

 

Ponto de foco é tudo o que atrai o foco do narrador ou de um personagem.

 

Ex.: Cena de carnaval, a avenida toda decorada e iluminada, trio andando, multidão pulando, dançando e somente a senhora idosa que vende acarajé não sorri.

2 narrador, ponto de vista e ponto de foco2 narrador, ponto de vista e ponto de foco

O Ponto que atrai o foco principal dos personagens é o principal ponto de foco da estória.

Ex anterior: multidão pulando no carnaval X a expressão série ou indiferente da vendedora de acarajé 

O Ponto que atrai o foco principal do narrador é o principal ponto de foco da narrativa.

Ex anterior: Em meio à alegria do carnaval, a expressão série ou indiferente da vendedora de acarajé demostra que algo a está incomodando.

2 narrador, ponto de vista e ponto de foco2 narrador, ponto de vista e ponto de foco

NA IMENSA MAIORIA DOS CASOS, O PRINCIPAL PONTO DE FOCO DO NARRADOR É UM PERSONAGEM. – Ou seja, Não podemos falar de amor sem termos um casal como ponto de foco da trama. (por exemplo)

 

Ponto de vista é o lugar e a postura a partir dos quais o narrador ou um personagem percebe e interpreta os pontos de foco da estória.

2 narrador, ponto de vista e ponto de foco2 narrador, ponto de vista e ponto de foco

Ex.: TV é ligada na sala e na programação exibida vemos cena de carnaval, a avenida toda decorada e iluminada, trio andando, multidão pulando, dançando e somente a senhora idosa que vende acarajé não sorri.

 

Ex2.: O som é ensurdecedor:chegou o carnaval, sei que a avenida está toda decorada e iluminada, sinto o trio andando, ouço multidão pulando. Abro os olhos e vejo milhões dançando... somente a senhora idosa que vende acarajé não sorri. O microfone à minha frente pede ação. Eu sou o cantor do trio. Preciso fazê-la sorrir.

 

Ex3.: “Minha filha não ligou... ela fez o exame de gravidez e ainda não deu o resultado. Sempre eu sou a última a saber. Mãe sofre! E ainda tenho que sustentar aquela irresponsável. Ah, mas ela um dia vai entender e se orgulhar de meus carnavais aqui vendendo acarajé no Campo Grande enquanto ela dança em cima do trio.”

 

2 narrador, ponto de vista e ponto de foco2 narrador, ponto de vista e ponto de foco

Normalmente, são 06 os pontos de vista que se podem colocar o narrador: acima da estória, ao lado do personagem principal, do lado do personagem secundário, dentro do personagem principal, dentro do personagem secundário e voltado para dentro dele mesmo. 

Na propaganda, o ponto de foco é sempre no consumidor. O ponto de vista tanto da narrativa quanto do narrador pode valorizar em mais ou menos a estória em si. 

2 narrador, ponto de vista e ponto de foco2 narrador, ponto de vista e ponto de foco

AULA ROTEIRIZAÇÃO PARA AUDIO E VIDEOAULA ROTEIRIZAÇÃO PARA AUDIO E VIDEO

3 3 Gênero de estória e gênero de narrativaGênero de estória e gênero de narrativa

 

3)     Gênero de estória e gênero de narrativa

 

A indústria de cinema e tv costuma classificar as estórias em dois grandes gêneros: drama e comédia. Que, por sua vez, constumam ser subdivididas em:

 

Drama: romance, melodrama, aventura, terror, crime e mistério.

Comédia: comédia de situação, comédia de costumes, sátira, farsa ou paródia. 

3 gênero de estória e gênero de narrativa3 gênero de estória e gênero de narrativa

 

Já o gênero narrativo é bem mais deteminista e pode ser caracterizado como Narrativa lírica, épica ou dramática.

3 gênero de estória e gênero de narrativa3 gênero de estória e gênero de narrativa

 

Se o principal ponto de foco do seu narrador é ele mesmo e se ele prioriza o pronome de primeira pessoa “eu”, para exibir-se no presente, ele vai gerar uma narrativa lírica.

 

Ex: Câmera subjetiva com texto em off falando das impressões do observador da cena filmada.

3 gênero de estória e gênero de narrativa3 gênero de estória e gênero de narrativa

 

Se o principal ponto de foco do seu narrador é o jogo das ações entre personagens que variam o “tu” e “vós” ou “você” e “vocês”, a narrativa gerada daí será dramática.

 

Ex: discurso de vários personagens ao mesmo tempo

Se o principal ponto de foco do seu narrador é o jogo das ações entre personagens marcados pela terceira pessoa “ele, ela, “eles”, “elas” ou “todos” a narrativa gerada daí será épica.

 

Ex: discurso de vários personagens ao mesmo tempo

3 gênero de estória e gênero de narrativa3 gênero de estória e gênero de narrativa

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4 B4 Bisbilhotice, fofoca, exibicionismo isbilhotice, fofoca, exibicionismo e e voyeurismovoyeurismo

Vivemos a era do BIG BROTHER, do jornalismo invasivo, da imprensa sensacionalista, do Facebook, do Instagram, do You Tube e dos escândalos midiáticos. Isso gera muito roteiro.

4 bisbilhotice, fofoca, exibicionismo e voyeurismo4 bisbilhotice, fofoca, exibicionismo e voyeurismo

AULA ROTEIRIZAÇÃO PARA AUDIO E VIDEOAULA ROTEIRIZAÇÃO PARA AUDIO E VIDEO

5 5 Elementos de estória e recursos de Elementos de estória e recursos de narrativa narrativa

Elemento de estória é o que você ou o seu narrador podem colher numa massa de estória para compor uma narrativa 

  Recursos de narrativa é o que você ou o seu narrador podem acrescentar numa massa de estória para compor uma narrativa

5 5 Elementos de estória e recursos de narrativa Elementos de estória e recursos de narrativa

 Storyboard

A arte sequencial como roteiro

da narrativa.

O roteiro de video.

CLIENTE: MOTEL ÁLIBI

PEÇA: VT STOP MOTION 45” (P/ website)

CAMPANHA: FOCO EM LOCALIZAÇÃO

 

 

Sinopse: O VT em stop motion tem como característica facilitar o entendimento da localização do Motel Álibi tendo como plataforma o mapa do Google além de associar o nome da marca a uma vantagem da geolocalização em celulares e tablets.

 

Importante: o vt terá áudio, locução, trilha mas também deverá ser LEGENDADO para o caso de usuários que não usem caixa de som.

1 VIDEO CENA

A câmera faz uma viagem subjetiva de câmera sobrevoando o Google Maps, mostrando na tela uma animação de um carro que se dirige tranqüilamente para o motel Álibi.

AUDIO

Téc.: Trilha romântica efeito sonoro de automóvel andando, som de trânsito. (de repente ) Som de celular toca quebrando o clima romântico.

 

Loc. VOz no celular: OI. ONDE VC ESTÁ?

Loc. Carro: EU?...

 

 

2 VIDEO CENA

Ao lado do carro abre uma tela mostrando as opções do Foursquare próximas ao Motel Álibi. Essa cena tem como objetivo mostrar o caminho no mapa e demonstrar que o estabelecimento está próximo de “álibis naturais”. A seta do mouse clica no link do Aeroporto Luis Eduardo Magalhães. Corta.

 

ÁUDIO

Téc.: Silêncio: após a locução, música romântica volta a tocar.

Loc.: .....EU ESTOU AQUI ENTRANDO NO AEROPORTO PARA BUSCAR UM CLIENTE... SÓ UMAS 2 HORINHAS E EU TO DE VOLTA.

 

 

3 VIDEO CENA

Vamos imagens a partir de fotos do Motel Álibi que destacam seus difirenciais. Importante frisar a wi-fi (internet grátis), as promoções no foursquare e que essa ferramenta possibilita: você publicar que está no aeroporto, posto de gasolina, na concessionária mesmo estando no motel e ter sempre um bom álibi para seu momento relax.

ÁUDIO

Téc.: Música em BG

Loc.STANDARD: ÁLIBI AQUI É O QUE VOCÊ MAIS TEM. VENHA RELAXAR NO MOTEL ÁLIBI E APROVEITE A INTERNET GRÁTIS PARA DAR CHECK-IN ONDE VOCÊ QUISER.

 

 

 

 

 

4 VIDEO CENA

Mostrar as fotos das principais suítes, diferenciais das suítes e fechar enquadrando a imagem da fachada do Motel Álibi.

 

ÁUDIO

Téc.: Música em BG

Loc.: Motel Álibi na entrada da Dorival Caymmi vindo da Paralela. Sua suíte preferida está aqui. Seu Álibi também. 

 

O storyboard

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