reforma urbana
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REFORMA URBANAREFORMA URBANA
RIO DE JANEIRO INÍCIO DO SÉCULO XX
- BELLE ÉPOQUE TROPICAL -
REFORMA SANITÁRIA
E
REVOLTA DA VACINA
RODRIGUES ALVES (1902-1906) – PRESIDENTE DA REPÚBLICA
OSWALDO CRUZ –
DIRETOR DO SERVIÇO DE SAÚDE PÚBLICA
MORTALIDADE PELAS PRINCIPAIS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
Damazio, Sylvia. Retrato Social do Rio de Janeiro na Virada do Século, RJ, UERJ, 1996.
FEBRE FEBRE AMARELAAMARELA
combater o mosquito transmissor
brigadas de mata-mosquitos (um chefe, cinco guardas mata-mosquitos e operários de limpeza) saíam pela cidade, invadindo residências, cortiços, limpavam, desinfectavam, exigiam reformas e interditavam esses ambientes
PESTE BUBÔNICAPESTE BUBÔNICA
extermínio dos ratos e das pulgas
governo, acreditando poder tornar mais eficaz o trabalho, decidiu comprar ratos
limpeza e desinfecção de ruas e casas
VARÍOLAVARÍOLA
IMPLANTAÇÃO DA VACINA IMPLANTAÇÃO DA VACINA OBRIGATÓRIA CONTRA A VARÍOLAOBRIGATÓRIA CONTRA A VARÍOLA
junho de 1904: governo propôs uma lei que tornou obrigatória a vacinação
lei aprovada em 31.out.1904
9.nov.1904: Oswaldo Cruz propôs uma drástica regulamentação, exigindo comprovantes de vacinação para: matrículas em escolas empregos viagens hospedagens casamentos
proposta vazou para a imprensa
indignado, o povo do Rio de Janeiro disse “NÃO”, na maior revolta urbana já vista na capital
REVOLTA DA VACINAREVOLTA DA VACINA 10.nov.1904: motim no largo de São
Francisco - confrontos entre manifestantes e cavalaria
“Morra a polícia!” “Abaixo a vacina!”
12.nov.1904: 4 mil pessoas, “de todas as classes sociais”: concentraram-se no Centro das Classes Operárias para
fundar uma Liga contra a Vacina Obrigatória - 14.812 signatários das petições contra a vacinação obrigatória
13.nov.1904: Praça Tiradentes virou campo de batalha – luta se estendeu por toda a região entre o largo São Francisco e a Praça da República:
descargas de revólver e carabina bondes começaram a ser queimados colunas dos lampiões foram derrubadas barricadas foram erguidas na Av. Passos na Rua São Jorge, as prostitutas
aderiram à luta população assaltou delegacias, quartéis,
casas de armas
14.nov.1904: SACRAMENTO (entre largo São Francisco e Praça da República):
combate nas ruas a revólver e a porrete, enquanto dos sobrados os moradores jogavam latas, garrafas, pedaços de madeira, etc.
SAÚDE (zona portuária localizada entre a Praça da Harmonia e o Morro da
Gamboa): revoltosos assumiram o controle da delegacia de polícia e 2 mil pessoas construíram barricadas
15.nov.1904: novo foco de rebelião surgiu no JARDIM BOTÂNICO – 600 operários
atacaram a delegacia de polícia
na Saúde foi hasteada uma bandeira vermelha:
comando – PRATA PRETA e MANDUCA PIVETE
controle da rebelião: reduto da Harmonia foi atacado por terra e por mar
polícia iniciou a varredura das áreas atingidas pela revolta – nas ruas 30 mortos, 110 feridos e 461 deportados para o Acre
Complexidade: várias revoltas dentro da revolta:
mobilização começou no Centro das Classes Operárias – 14.812 signatários das petições contra a vacinação obrigatória – informações:
ocupação: 78 militares; os outros operários Vítimas: operários: 71% do total de feridos; 86% do total dos mortos
a dos populares do Sacramento e da Saúde, reunindo capoeiras, prostitutas da Rua São Jorge, portuários e gente com passagem pela polícia
militares e políticos de oposição queriam derrubar o governo
entender os valores e os costumes do início do século XX – a força da justificação moral:
“era uma ofensa à honra do chefe de família ter seu lar, em sua ausência, invadido por um desconhecido diante do qual sua mulher e filhas seriam obrigadas a desvendar seus corpos” (Vicente de Souza, socialista, líder de operários) - embora não se interessasse por política, embora não votasse, povo tinha noção dos limites de ação do Estado. Seu lar e sua honra não eram negociáveis
a revolta fora feita para “não andarem dizendo que o povo é carneiro”
REVOLTA DA VACINA DEIXOU ENTRE OS PARTICIPANTES UM FORTE SENTIMENTO DE AUTO-ESTIMA, INDISPENSÁVEL PARA FORMAR UM CIDADÃO.
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