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Programa de Formação e Consultoria para Cooperativas Agrícolas. Região Alentejo. **ECONOMIA SOCIAL E COOPERATIVISMO**. António Raposo Subtil. Economia Social e o Sector Cooperativo e Social. - PowerPoint PPT Presentation

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Região Alentejo

Programa de Formação e Consultoria para Cooperativas Agrícolas

**ECONOMIA SOCIAL E COOPERATIVISMO**

António Raposo Subtil

A Economia Social constitui a esfera do chamado terceiro sector dos meios de

produção – conjunto de organizações de vários tipos vocacionadas para a

actividade produtiva fora do âmbito das atribuições directas do Estado e do

sector privado.

O sector cooperativo e social como sector de propriedade dos meios de

produção e elemento fundamental da organização económico-social do Estado.

Economia Social e o Sector Cooperativo e Social

Economia Social e o Sector Cooperativo e Social

Sectores de propriedade dos meios de produção – artigo 82.º da CRP

Sector Público

Sector Privado

Sector Cooperativo e Social

Subsector cooperativo Subsector comunitário

Subsector autogestionário

Subsector solidário

Subsector cooperativo: Meios de produção possuídos e geridos por cooperativas, em obediência aos princípios cooperativos (…).

Subsector comunitário: meios de produção comunitários, possuídos e geridos por comunidades locais.

Subsector autogestionário: meios de produção objecto de exploração colectiva por trabalhadores.

Subsector solidário: meios de produção geridos por pessoas colectivas sem carácter lucrativo, que tenham como principal objectivo a solidariedade social, designadamente entidades de natureza mutualista.

Economia Social e o Sector Cooperativo e Social

O universo da Economia Social não se esgota necessariamente na estrutura do

Sector Cooperativo e Social:

Economia Social e o Sector Cooperativo e Social

Que tenham como principal objectivo a solidariedade social, uma

vez que pela sua própria natureza não podem tem como objectivo

o lucro – cf. art. 157.º do Código Civil.

Fundações Associações

Economia Social e o Sector Cooperativo e Social

Enquadramento constitucional do sector cooperativo e social

A coexistência dos 3 sectores como princípio fundamental da organização económica – n.º 1 do art. 82.º;

Protecção do sector cooperativo e social de propriedade dos meios de produção – f), art. 80.º;

Limites materiais de revisão constitucional referentes à coexistência dos sectores – f), 288.º;

O regime dos meios de produção integrados no sector cooperativo e social como matéria de reserva relativa da Assembleia da República – x), art. 165.º;

Economia Social e o Sector Cooperativo e Social

O “favorecimento” constitucional do sector cooperativo:

Livre constituição de cooperativas – n.º2, 61.º;

Liberdade de funcionamento – n.º 3, 61.º;

Especificidades organizativas com respeito às cooperativas com participação pública (régies cooperativas) – n.º 4, 61.º;

O Estado estimula e apoia a criação e a actividade de cooperativas – n.º 1, 85.º;

A lei definirá os benefícios fiscais e financeiros das cooperativas – n.º 2, 85.º;

Sentido normativo da Constituição Cooperativa: princípio da unidade e da intercooperação

Economia Social e o Sector Cooperativo e Social

O “favorecimento” constitucional do sector cooperativo:

O cooperativismo na política agrícola – arts. 94.º, 95.º, 97.ºe 98.º:

Participação das cooperativas no processo de eliminação dos latifúndios;

Integração cooperativa dos minifúndios;

Auxílios do estado a cooperativas na execução da política agrícola;

Participação dos trabalhadores rurais e dos agricultores na definição da

política agrícola através das suas organizações representativas;

Economia Social e o Sector Cooperativo e Social

O “favorecimento” constitucional do sector cooperativo:

O cooperativismo no consumo – art. 60.º;

O cooperativismo na habitação – art. 65.º;

O cooperativismo no ensino – n.º 2, art. 75.º;

Economia Social e o Sector Cooperativo e Social

Reforço progressivo da Economia Social - Vantagens

Criação de emprego de elevada qualidade;

Reforço da coesão social, económica e regional;

Desenvolvimento local;

Criação de capital social;

Promoção da cidadania activa e da solidariedade;

Desenvolvimento sustentável;

Inovação social, ambiental e ecológica;

Economia Social e o Sector Cooperativo e Social

Reforço progressivo da Economia Social - Iniciativas

Cooperativa António Sérgio para a Economia Social – DL 282/2009, 7/10;

INOV – Social (programa de estágios) – Resolução 112/2009, 26/9;

Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Economia Social (PADES) – Resolução

16/2010, 4/3;

Conselho Nacional para a Economia Social – Resolução 55/2010, 4/8;

Cooperativismo - Conceito

O Cooperativismo enquanto movimento e forma de organização

socioeconómica, tem como substrato um conjunto de ideias e valores:

Mutualidade

Associação de pessoas Objectivos comuns

Democracia Autogestão

SolidariedadeUnião de esforços

Justiça social

Igualdade

Equidade Responsabilidade Fraternidade

Cooperativismo - Conceito

O Cooperativismo moderno é um movimento internacional iniciado no séc.

XIX, movido pelo ideal de construção de uma sociedade justa, livre, fraterna

e democrática, contra a exploração do homem pelo homem, através da

promoção de empreendimentos comuns alicerçados nos interesses e

necessidades reais dos cooperantes.

Origens do Cooperativismo Moderno

1844 – Pioneiros de Rochdale - Inglaterra• operários tecelões constituem

cooperativa de consumo ROCHDALE SOCIETY OF EQUITABLE PIONEERS – princípios basilares do Cooperativismo Mundial

séc. XIX• Revolução industrial plena• Mecanização da indústria • Desemprego em massa• Degradação da classe

trabalhadora

Meados do séc. XVIII• Revolução industrial• Introdução do sistema capitalista

de produção

1845 e 54 – Revisão dos Estatutos Rochdale – Desenvolvimento dos princípios

1937 – Congresso da ACI - Paris• Desenvolvimento dos princípios• Proliferação do Movimento

1966 – Congresso da ACI - Viena• Desenvolvimento dos princípios• Proliferação do Movimento

1995 – Congresso da ACI - Manchester

Origens do Cooperativismo Moderno

A proliferação do cooperativismo traduzido no início da estruturação do movimento

operário;

Movimento de oposição à realidade social e económica do capitalismo do séc. XIX;

Intervenção traduzida numa actividade de natureza empresarial do movimento

operário, caracterizada promoção de esforços comuns e aplicação de meios

próprios.

O cooperativismo “contemporâneo” enquadra-se num contexto económico ideológico e cultural já distante das origens. Permanecem os princípios e valores que consubstanciam a identidade cooperativa.

Origens do Cooperativismo Moderno

1860 – Associação Central da Agricultura Portuguesa• responsável pela introdução de

novas técnicas e ferramentas agrícolas

1844 – Caixa Económica de Lisboa• Primeira manifestação

cooperativa

1867 – Lei Basilar • Dos primeiros textos legais

sobre cooperativismo em todo o mundo, elabora por António Corvo.

1894 e 1898 – Congresso Cooperativo e Congresso das Cooperativas do Norte• Início da segmentação por ramos de

actividade

1910 a 1926 – 1ª República• Crescimento considerável do n.º

de cooperativas• Domínio das cooperativas de

consumo

Pós 25 de Abril• Comissão de apoio às cooperativas (75) • Consagração constitucional do sector

cooperativo (76)

Em Portugal

1926 a 1974 – Estado Novo• Período desfavorável ao cooperativismo (“Lei-Garrote”:

restrição de isenções);• Movimento operário característico do cooperativismo

associado a projectos de forças democráticas.

Origens do Cooperativismo ModernoEm Portugal 76 – INSCOOP: fomento e expansão do sector

80 – Código Cooperativo

91 – Lei Barreto: Retrocesso da reforma agrária; indemnização de expropriados; perda de apoios; consequências negativas para o cooperativismo agrícola;

83 – 1ªs Jornadas Cooperativas (Coimbra)

84 – 1º Encontro Nacional do Sector Cooperativo (Lisboa)

86 – Adesão à CEE: redução de apoios ao cooperativismo

97 – novo Código Cooperativo

98 – novo Estatuto Fiscal Cooperativo

99 – Programa de Apoio às Cooperativas

Princípios Cooperativos

A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) estabeleceu os princípios que

regem o funcionamento de toda e qualquer cooperativa no mundo,

resumidos nas proposições adoptadas, em conformidade, no artigo 3.º do

Código Cooperativo de 1997:

Adesão voluntária e livre

Intercooperação

Educação, formação e informação

Gestão democrática pelos membros

Autonomia e independência

Participação económica dos membros Interesse pela comunidade

Adesão voluntária e livre

As cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas

aptas a utilizar os seus serviços e dispostas a assumir as responsabilidades

de membro, sem discriminações de sexo, sociais, políticas, raciais ou

religiosas.

Gestão democrática pelos membros

As cooperativas são organizações democráticas geridas pelos seus

membros, os quais participam activamente na formulação das suas políticas

e na tomada de decisões. Os homens e as mulheres que exerçam funções

como representantes eleitos são responsáveis perante o conjunto dos

membros que os elegeram. Nas cooperativas do primeiro grau, os membros

têm iguais direitos de voto (um membro, um voto), estando as cooperativas

de outros graus organizadas também de uma forma democrática.

Participação económica dos membros

Os membros contribuem equitativamente para o capital das suas

cooperativas e controlam-no democraticamente. Pelo menos parte desse

capital, é normalmente, propriedade comum da cooperativa. Os

cooperadores, habitualmente, recebem, se for caso disso, uma remuneração

limitada pelo capital subscrito como condição para serem membros. Os

cooperadores destinam os excedentes a um ou mais dos objectivos

seguintes: desenvolvimento das suas cooperativas, eventualmente através

da criação de reservas, parte das quais, pelo menos, será indivisível;

benefício dos membros na proporção das suas transacções com a

cooperativa, apoio a outras actividades aprovadas pelos membros.

Autonomia e independência

As cooperativas são organizações autónomas de entreajuda, controladas

pelos seus membros. No caso de entrarem em acordos com outras

organizações, incluindo os governos, ou de recorrerem a capitais externos,

devem fazê-lo de modo que fique assegurado o controlo democrático pelos

seus membros e se mantenha a sua autonomia como cooperativas.

Educação, formação e informação

As cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros,

dos representantes eleitos, dos dirigentes e dos trabalhadores, de modo que

possam contribuir eficazmente para o desenvolvimento das suas

cooperativas. Elas devem informar o grande público, particularmente, os

jovens e os líderes de opinião sobre a natureza e as vantagens da

cooperação.

Intercooperação

As cooperativas servem os seus membros mais eficazmente e dão mais

força ao movimento cooperativo, trabalhando em conjunto, através de

estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais.

Interesse pela comunidade

As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentável das suas

comunidades, através de políticas aprovadas pelos membros.

Sociedade Cooperativa versus Sociedade Comercial

Sociedade Cooperativa Sociedade Comercial

Sociedade de pessoas Sociedade de capital

Finalidades de natureza económica, social e cultural

Finalidade: Lucro

Controlo e gestão democrática: um homem um voto

Controlo do capital: uma acção um voto

“quórum” baseado no n.º de cooperadores

“quórum” baseado no capital

Transmissão de títulos só é possível entre cooperadores

Acções livremente transmissíveis

Retorno proporcional ao volume das operações dos cooperadores

Distribuição de dividendos proporcional ao das acções

CooperativaNoção - art. 2.º do Código Cooperativo (Lei n.º 51/96 de 7 de Setembro*)

Pessoas colectivas autónomas, de livre constituição, de capital e

composição variáveis, que, através da cooperação e entreajuda dos

seus membros, com obediência aos princípios cooperativos, visam,

sem fins lucrativos, a satisfação das necessidades e aspirações

económicas, sociais ou culturais daqueles”

*Actualizado de acordo com os seguintes diplomas: Declaração de Ratificação n.º 15/96, de 2 de Outubro, Decreto-Lei n.º 343/98, de 6 de Novembro, Decreto-Lei n.º 131/99, de 2 de Abril, Decreto-Lei n.º 108/2001, de 6 de Abril, Decreto-Lei n.º 204/2004, de 19 de Agosto; Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março.

Pessoa colectiva autónoma

A cooperativa, enquanto ente colectivo, é dotada de personalidade

jurídica e portanto susceptível de ser titular de direitos e obrigações.

A cooperativa como sujeito autónomo de relações jurídicas. A

cooperativa actua no tráfego jurídico através dos órgãos legais e

estatutários – auto gestão.

Livre constituição – art. 61.º da Constituição da República Portuguesa

(…)

2 - A todos é reconhecido o direito à livre constituição de cooperativas,

desde que observados os princípios cooperativos.

3 - As cooperativas desenvolvem livremente as suas actividades no

quadro da lei e podem agrupar-se em uniões, federações e

confederações e em outras formas de organização legalmente

previstas. (…)

Constituição por documento particular Constituição por escritura pública

Capital social variável – artigos 18.º a 24.º do CCoop.

A cooperativa é um modelo de intervenção organizada na actividade

económica sob a forma empresarial. À gestão dos recursos próprios

subjaz uma racionalidade de matriz empresarial, mas exterior à lógica

da obtenção do lucro.

O capital como instrumento necessariamente afecto à prossecução dos

objectivos da cooperativa. Não existe motivação de rentabilização do

capital investido.

Capital mínimo Subscrição mínima Títulos de capital

Fim não lucrativo

Um dos principais elementos diferenciadores das sociedades comerciais.

Distribuição de excedentes

Distribuição de dividendos

Pagamento de juros (facultativo)

Reservas obrigatórias (legais ou estatutárias)

vs.

Artigos 69.º a 73.º do CCoop.

Ramos do sector cooperativo - art. 4.º do CCoop.

Consumo

Comercialização

Agrícola

Crédito

Habitação e construção

Produção operária

Artesanato

Pescas

Cultura

Serviços

Ensino

As cooperativas podem exercer livremente qualquer actividade económica, desde que

respeitem a lei e os princípios cooperativos – art. 7.º CCoop.

Espécies de cooperativas - art. 5.º do CCoop.

Cooperativas do 1.º grau

Cooperativas de grau superior

Pessoas singulares

Pessoas colectivas

uniões

confederações

federações

de cooperativas

CONFAGRI / FENACAM / FENAZEITES / FENALAC / etc.

Cooperativas Agrícolas – Regime Jurídico

Regime Especial: Regime Jurídico das Cooperativas Agrícolas

(DL 335/99 de 20/08 com alterações subsequentes)

Regime Geral: Código Cooperativo

(Lei 51/96 de 7/9, com alterações subsequentes)

Estatuto Fiscal Cooperativo

(Lei 85/98 de 16/12)

Regime Subsidiário: Código das Sociedades Comercias

(regime das sociedades anónimas)

 PROCEDIMENTOS

1. CERTIFICADO DE ADMISSIBILIDADE DE DENOMINAÇÃORequerer Certificado de Admissibilidade de Denominação/NIPC - Número de Identificação Colectiva, no Registo Nacional de Pessoas Colectivas (RNPC). O objecto social a figurar no modelo 11-RNPC deve ser o mesmo dos estatutos.

Endereços:Lisboa e arredores -Praça Silvestre Pinheiro Ferreira, 1-C, 1500Outros locais - Conservatórias de Registo ComercialInternet

Constituição de Cooperativas por Instrumento Particular

 2. ASSEMBLEIA DE FUNDADORES

Os interessados na constituição da cooperativa reunir-se-ão em Assembleia de Fundadores onde elegerão o Presidente que estabelecerá as regras de funcionamento e fará as convocatórias subsequentes.A Assembleia de Fundadores terá de ser composta, no mínimo, por 5 pessoas.As resoluções tomadas na Assembleia de Fundadores deverão ser inscritas na Acta da Assembleia de Fundadores. Os estatutos constarão de documento anexo à acta

Acta da Assembleia de Fundadores *Estatutos *

Constituição de Cooperativas por Instrumento Particular

  3. REGISTO COMERCIAL

O registo é feito em qualquer Conservatória do Registo Comercial.Deve ser preenchido o impresso próprio para o registo, obtido na Conservatória do Registo Comercial e juntar a documentação seguinte:

- Originais da Acta de Assembleia de Fundadores;- Estatutos;

- Certificado de admissibilidade de denominação/NIPC ;- Número de Identificação de Pessoa Colectiva .

Constituição de Cooperativas por Instrumento Particular

4. PUBLICAÇÕES OBRIGATÓRIASA promover pelo Conservador do Registo Comercial, para publicação na página das Publicações do sítio web do Ministério da Justiça.

5. DECLARAÇÃO DE INSCRIÇÃO NO REGISTO/INÍCIO DE ACTIVIDADEA apresentar, com a assinatura de um TOC, em qualquer Repartição de Finanças (DGCI - Direcção Geral dos Impostos), por via oral, electrónica, ou em impresso próprio, no prazo de 15 dias após a apresentação para registo.

Constituição de Cooperativas por Instrumento Particular

6. INSCRIÇÃO NA SEGURANÇA SOCIALA inscrição na Segurança Social da cooperativa e dos membros dos órgãos sociais deve ser efectuada no prazo de 10 dias após o início da actividade.

7. CARTÃO DA EMPRESAA requerer no Registo Nacional de Pessoas Colectivas.Reúne os três números relevantes para a identificação das cooperativas perante quaisquer entidades públicas ou privadas: NIPC - Número de Identificação de Pessoa Colectiva, Número Fiscal de Pessoas Colectivas, o qual corresponde ao NIPC, e NISS - Número de Identificação da Segurança Social.

Constituição de Cooperativas por Instrumento Particular

8. ACTOS DE COMUNICAÇÃO OBRIGATÓRIADetermina o Artigo 88º do Código Cooperativo que as cooperativas devem enviar ao INSCOOP duplicado dos seguintes elementos:

a) Actos de constituição e de alteração dos estatutos devidamente registados (actas de assembleias gerais, estatutos, cartão de pessoa colectiva e declaração de início de actividade);b) Relatórios de gestão e as contas de exercício anuais, após terem sido aprovados pela respectiva Assembleia Geral;c) Balanço social, quando, nos termos legais, forem obrigadas a elaborá-lo.

Constituição de Cooperativas por Instrumento Particular

9. CUSTOSCertificado de admissibilidade de denominação;Registo de constituição - inclui inscrição e publicações - e designação dos titulares dos órgãos sociais;Cartão da Empresa

Custos aproximados: €570,00

Constituição de Cooperativas por Instrumento Particular

1. ASSEMBLEIA GERALÉ constituída pelo conjunto de todos os cooperadores no pleno gozo dos seus direitos > trata-se do órgão supremo da cooperativa

Convocatória da AG (artigo 47.º do Cód. Cooperativo) - Formalidades*- Antecedência 15 dias- Ordem de Trabalhos- Publicidade (publicação em diário do distrito, afixação na sede)

ÓRGÃOS DAS COOPERATIVAS

ASSEMBLEIA GERAL Quorum Constitutivo (artigo 48.º do Cód. Cooperativo) A AG reunirá à hora marcada na convocatória se estiverem presentes mais de metade dos cooperadores com direito de voto.Caso não se verifique esta circunstância, a AG reunirá com qualquer número de cooperadores, uma hora depois.Se a AG tiver sido convocada a requerimento dos cooperadores, esta só terá lugar se estiverem presentes pelo menos ¾ dos requerentes.

Quorum Deliberativo (artigo 51.º do Cód. Cooperativo) Cada cooperador dispõe de um voto, independentemente da paerticipação no capital social da Cooperativa.Regra de deliberação - maioria dos votos expressosDecisões por maioria qualificada (2/3) *

ÓRGÃOS DAS COOPERATIVAS

2. DIRECÇÃO

Órgão de representação e administração da cooperativa.

Competências da Direcção (artigo 56.º do Cód. Cooperativo) - elaboração de relatório de gestão e contas do exercício;- velar pelo cumprimento da lei, dos estatutos, regulamento interno e deliberações da cooperativa;- contratar e gerir pessoal;

- representar a cooperativa;- Prática de actos de salvaguarda do interesse da coopeariva

ÓRGÃOS DAS COOPERATIVAS

DIRECÇÃO

Forma de Obrigar a Cooperativa (artigo 58.º do Cód. Cooperativo) Por regra, se os Estutos não definirem outra forma diversa, a cooperativa obriga-se com as assinaturas conjuntas de dois membros da Direcção, quando esta for de natureza colegial;

Para actos de mero expediente, basta a assinatura de um dos directores.

ÓRGÃOS DAS COOPERATIVAS

3. CONSELHO FISCAL

Órgão de controlo e fiscalização da cooperativa.

Competências do Conselho Fiscal (artigo 61.º do Cód. Cooperativo) - examinar, sempre que julgue conveniente, a escrita e documentação da cooperativa;- verificar o saldo de caixa, existência de títulos e valores;

- elaborar relatório e parecer sobre a gestão e contas do exercício, plano de actividades e orçamento;- convocar AG extraordinária

- bverificar o cumprimento dos estatutos e da lei.

ÓRGÃOS DAS COOPERATIVAS

Especificidades das Cooperativas Agrícolas

Capital mínimo (artigo 6.º)

- €5.000,00 (artigo 6.º n.º 1 do DL 335/99 de 20 de Agosto, na redacção

do DL 23/2001, de 30 Jan)

Subscrição mínima

- Entrada mínima de cada cooperador €100

Especificidades das Cooperativas Agrícolas

Certificação Legal das Contas (artigo 11.º)

É obrigatória a certificação legal das contas da cooperativa sempre que

durante dois anos consecutivos sejam excedidos dois dos três limites,

que ora se enunciam:

- Total do balanço - €1.500.000,00

- Total de vendas líquidas e outros proveitos - € 3.000.000,00

- Número médio de trabalhadores durante o exercício, superior a 50 de

empregadores

Especificidades das Cooperativas Agrícolas

Reserva de Investimento (artigo 12.º)

Objectivo – Renovar e repor a capacidade produtiva da cooperativa

(designadamente aquisição de matéria-prima, gado, máquinas, imóveis).

Pode ser fixada pelos Estatutos da Cooperativa e é constituída por:

- Percentagem de excedentes líquidos anuais, proveniente de operações

com cooperadores, a definir em AG;

- Percentagem não inferior a 40% dos excedentes líquidos anuais

provenientes de operações com terceiros.

Especificidades das Cooperativas Agrícolas

Cooperativas polivalentes (artigo 13.º e seguintes)

Conceito diverso de cooperativas multissectoriais

Abrangência de mais de uma área de actividade do ramo agrícola. As

cooperativas polivalentes adoptam uma organização interna por

secções.

Muito embora sem personalidade jurídica, cada secção tem regulamento

interno e organização contabilística próprios; pode ter órgão próprios

(assembleia de secção).

Caso prático

No dia 1 de Janeiro cinco cooperadores requerem a realização de uma

assembleia extraordinária com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Destituição do Presidente da Direcção porque o mesmo tem uma

namorada brasileira;

2. Exclusão imediata do sócio X porque se filiou no partido Y, pese embora o

facto de existirem negócios em curso com esse sócio, até ao final da ano;

3. Alteração dos estatutos.

Acontece que:

a) O Presidente da mesa da Assembleia Geral convocou a Assembleia

para dia 7 de Janeiro por carta registada com aviso de recepção.

b) Compareceram todos os cooperadores (30).

c) A destituição do Presidente for aprovada por maioria simples.

d) A exclusão do sócio foi aprovada por maioria simples.

e) A alteração dos estatutos foi aprovada por 20 membros sendo que 1

deles deixou de exercer a actividade agrícola 3 meses antes.

Quid iuris?

Aliança Cooperativa Internacional

Aliança Cooperativa Internacional

A ACI é uma associação internacional, independente, não-governamental, que conta

como membros com cerca de 272 organizações - cooperativas de 1.º grau e grau

superior – estabelecidas em 92 países e a operar em todos os sectores da

economia.

É a maior organização não-governamental do mundo.

Membros a operar em Portugal: Confederação Nacional de Cooperativas Agrícolas

& Crédito (CONFAGRI) e Confederação Cooperativa Portuguesa (CONFECOOP).

A Aliança manterá a independência em todas as suas actividades e não se

associará a qualquer organização política ou religiosa – cf. artigo 2.º.

Origens do Cooperativismo Moderno

1844 – Pioneiros de Rochdale - Inglaterra• operários tecelões constituem

cooperativa de consumo ROCHDALE SOCIETY OF EQUITABLE PIONEERS – princípios basilares do Cooperativismo Mundial

séc. XIX• Revolução industrial plena• Mecanização da indústria • Desemprego em massa• Degradação da classe

trabalhadora

Meados do séc. XVIII• Revolução industrial• Introdução do sistema capitalista

de produção

1845 e 54 – Revisão dos Estatutos Rochdale – Desenvolvimento dos princípios

1937 – Congresso da ACI - Paris• Desenvolvimento dos princípios• Proliferação do Movimento

1966 – Congresso da ACI - Viena• Desenvolvimento dos princípios• Proliferação do Movimento

1995 – Congresso da ACI - Manchester

Aliança Cooperativa Internacional

Vermelho: coragem;Laranja: capacidade de visão;Amarelo: sentido de desafio;Verde: crescimento;Azul claro cor do céu: o horizonte como limite; o caminho em direcção à unidade globalAzul escuro: sugere a ideia de pessimismo; relembra as pessoas mais desfavorecidas que carecem dos benefícios da cooperação;Violeta: cor da amizade e do companheirismo;

Aliança Cooperativa Internacional

Princípios – Delineados no Congresso Internacional de 1995 (Manchester)

Adesão voluntária e livre

Intercooperação

Educação, formação e informação

Gestão democrática pelos membros

Autonomia e independência

Participação económica dos membros Interesse pela comunidade

Aliança Cooperativa InternacionalCompetências e atribuições

Promover o movimento cooperativo mundial, suportado nos ideais da democracia

e da inter-ajuda;

Promover e proteger os princípios e valores cooperativos;

Promover o desenvolvimento da economia e as relações entre os respectivos

membros;

Contribuir para a paz e segurança mundial, promovendo o desenvolvimento

sustentável da sociedade e o progresso económico e social;

Promover a igualdade entre os homens e as mulheres no processo de tomada de

decisões e no âmbito das actividades do movimento cooperativo;

Aliança Cooperativa InternacionalCompetências e atribuições

Unir, servir e representar cooperativas espalhadas por todo o mundo.

Promover e defender o movimento cooperativo, procurando assegurar o

reconhecimento do modelo económico cooperativo como uma forma de

organização empresarial competitiva com expressão de mercado.

Promover uma intervenção política junto dos vários poderes estaduais, ajudando

os seus associados a beneficiar de legislação mais favorável e procedimentos

administrativos adequados ao modelo cooperativo, aos respectivos princípios e

valores.

Aliança Cooperativa InternacionalCompetências e atribuições

Promover junto dos seus associados a transmissão de competências técnicas

com vista ao funcionamento competitivo do modelo cooperativo.

Promover a partilha de conhecimentos, informações, contactos, competências

técnicas, através de publicações, reuniões, conferências e workshops, propiciando

também uma maior proximidade entre as cooperativas de todo o mundo,

oportunidades de negócio e a criação de espaços de discussão.

Proporcionar assistência técnica às cooperativas através do respectivo programa

de desenvolvimento.

Aliança Cooperativa Internacional

Estrutura organizativa

Assembleia Geral

Direcção

Director Geral

ICA Europa

ICA África

ICA Américas

ICA Ásia

Assembleias Regionais

Direcções Regionais

Directores Gerais

O Congresso

Organizações Sectoriais

Comités

Aliança Cooperativa InternacionalAssembleia Geral

Autoridade máxima da Aliança

Representativa de todos os membros da organização e reúne de dois em dois

anos;

Composta por representantes das organizações membros da Aliança;

Assembleias extraordinárias por decisão da Direcção da Aliança ou a pedido de

um quinto dos membros ou um quinto dos votos dos representantes em sede da

Assembleia Geral;

Aliança Cooperativa InternacionalAssembleia Geral

Competências

Define e implementa políticas relativas aos desígnios da Aliança e do movimento

cooperativo global;

Aprova o Quadro Financeiro e o Plano Estratégico da Aliança;

Elege a Direcção e o Presidente (estrutura global);

Nomeia auditor externo;

Ratifica a nomeação e a destituição do Director Geral mediante recomendação da

Direcção;

Aliança Cooperativa InternacionalAssembleia Geral

Competências

Aprova alterações aos estatutos e regulamentos da Aliança por maioria de dois

terços dos votos;

Aprova as cotas anuais;

Aprova as contas da Aliança;

Delibera sobre a dissolução da Aliança;

Aprova as decisões de investimento da Direcção;

Aprova o estabelecimento ou dissolução das estruturas regionais e das

respectivas assembleias regionais, dos organismos sectoriais e dos comités

temáticos;

Aliança Cooperativa InternacionalDirecção

Composta por um Presidente, 4 Vice-Presidentes e 18 vogais;

Eleita para mandatos de 4 anos;

Desenvolver e monitorizar a estratégia global da Aliança;

Prepara a agenda e as reuniões da Assembleia Geral;

Aprova e monitoriza o orçamento da Aliança;

Propõe decisões de investimento, criação de fundos especiais, empréstimos,

hipotecas, compra e venda de propriedades, sujeito a confirmação da Aliança;

Aliança Cooperativa InternacionalDirector Geral

É o Director Executivo da Aliança. Responde perante a Direcção e é responsável

pela liderança e pela gestão eficiente da implementação do plano estratégico da

Aliança em toda a estrutura organizativa.

Aliança Cooperativa InternacionalDirectores regionais

São os directores executivos das regiões. Respondem perante os órgãos

regionais eleitos e são responsáveis pela liderança e pela gestão eficiente das

estruturas regionais.

Aliança Cooperativa InternacionalMembros e Associados

Podem participar em toda a estrutura organizativa da Aliança as entidades que

funcionem em conformidade com os princípios e a entidade da movimento

cooperativo;

A admissão dos membros compete à Direcção. A recusa de admissão é

susceptível de recurso para a Assembleia Geral da Aliança.

Aliança Cooperativa InternacionalMembros e Associados

Membros: Organizações com direito de voto nas Assembleias:

Uniões ou federações;

Confederações;

Cooperativas individuais;

Associados: Organizações que em principio reúnem os pressupostos de membros, mas que a Direcção

não considera preparados para gozarem desse estatuto. Podem participar nas estruturas

regionais e sectoriais por um período máximo de 5 anos antes de se candidatarem a

membros de pleno Direito.

Entidades que não reúnem os pressupostos para serem admitidos como membros;

Federações ou uniões de cooperativas de natureza supranacional;

Aliança Cooperativa InternacionalMembros e Associados

Direitos dos membros e dos associados: Usufruir dos serviços, informações e assistência da Aliança;

Participar nas organizações sectoriais e nos comités.

Aliança Cooperativa InternacionalMembros e Associados

Direitos dos membros: Tomar parte na elaboração das políticas da Aliança e dos programas de

trabalho das autoridades da Aliança;

Nomear representantes para as Assembleias Gerais e Regionais da Aliança,

para o Congresso da Aliança e nomear candidatos para a Direcção da

Aliança;

Aliança Cooperativa InternacionalMembros e Associados

Obrigações dos membros e dos associados: Respeitar os objectivos e as políticas da Aliança e desenvolver as respectivas

actividades com observância dos princípios cooperativos;

Agir em conformidade com as recomendações das autoridades da Aliança;

Transmitir à Aliança os dados dos respectivos membros, um relatório anual e cópias de

publicações relevantes, informar sobre desenvolvimentos cooperativos a nível nacional,

alterações nos estatutos e legislação reguladora e sobre medidas do poder estatal que

de algum modo afectem o movimento cooperativo;

Pagar a quota anual até 31 de Março;

Aliança Cooperativa Internacional

Congresso

Participam no congresso da Aliança os respectivos membros e o público em

geral relacionado com o movimento cooperativo. O local, data e ordem de

trabalhos do Congresso são determinados pela Assembleia Geral.

Aliança Cooperativa Internacional

Organizações Sectoriais

Existem oito organizações sectoriais que agrupam membros da aliança com interesses

sectoriais específicos:

International Co-operative Agricultural Organization;

International Co-operative Banking Association;

Consumer Co-operative Worldwide;

Internatinal Co-operative Fisheries Organisation;

International Co-operative Housing Organization;

International Co-operative and Mutual Insurance Federation;

International Organisation of Industrial, Artisanal and Service Producer s Co-operatives;

Aliança Cooperativa Internacional

Comités

Existem quatro Comités da Aliança dedicados a diversas áreas: investigação / recursos

humanos / Comunicações / Igualdade de género.

Os Comités são democraticamente geridos pelos seus membros e financiados pela

Aliança.

Committee on Co-operative Research;

Communications Committee;

Human Resource Developmente Committee;

Gender Equality Committee;

Cooperativa António Sérgio para a Economia Social

CASES

Cooperativa António Sérgio para a Economia Social – DL 282/2009, 7/10;

CASES

Decreto – Lei 282/2009, de 7 de Outubro

Extingue o Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo – art. 1.º;

Institui a CASES – Cooperativa de Interesse Público de Responsabilidade Limitada

que agrega o Estado e outras entidades do Sector da Economia Social;

CASES sucede ao INSCOOP no conjunto dos seus direitos, obrigações e poderes

públicos de autoridade, na prossecução dos seus fins e atribuições.

CASES

Objecto

Promover o fortalecimento da Economia Social;

Aprofundar a cooperação entre o Estado e as organizações da Economia Social;

Estimular o potencial do Sector ao serviço do desenvolvimento socioeconómico do

país;

CASES

Aderentes

Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local - ANIMAR;

Confederação Cooperativa Portuguesa, C.C.R.L. - CONFECOOP;

Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de

Portugal, C.C.R.L. - CONFAGRI;

Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade - CNIS;

União das Misericórdias Portuguesas - UMP;

União das Mutualidades Portuguesas - UMP.

ESTATUTO FISCAL COOPERATIVO

Lei n.º 85/98, de 16 de Dezembro

Alterada pelos seguintes diplomas: DL n.º 393/99 de 1 de Outubro (artigo 17º), Lei n.º 3-B/2000 de 4 de Abril (artigo 7º), Lei n.º 30-C/2000 de 29 de Dezembro e Lei n.º 53-A/2006 de 29 de Dezembro.

Estatuto Fiscal Cooperativo

Enquadramento Constitucional

Protecção do sector cooperativo e social de propriedade dos meios de produção –

f), art. 80.º;

O Estado estimula e apoia a criação e a actividade de cooperativas – n.º 1, 85.º;

A lei definirá os benefícios fiscais e financeiros das cooperativas – n.º 2, 85.º

Estatuto Fiscal Cooperativo

Âmbito subjectivo de aplicação

Artigo 1.º

Cooperativas de 1.º grau;

Cooperativas de grau superior;

Régies Cooperativas;

Membros das cooperativas de 1.º grau;

Estatuto Fiscal Cooperativo

Princípios gerais de aplicação

Artigo 2.º Autonomia e especialidade: o sector cooperativo goza de um regime fiscal adaptado

às suas especificidades;

Sujeição geral da actividade cooperativa a tributação: como contributo para o

financiamento das necessidades colectivas e do desenvolvimento de uma política

eficaz de fomento cooperativo;

Não discriminação negativa: as cooperativas não podem ser sujeitas a regime menos

favorável do que de outras entidades no desempenho de funções idênticas;

Discriminação positiva: Apoio e incentivo ao sector cooperativo.

Estatuto Fiscal Cooperativo

Reconhecimento oficioso

Artigo 3.º

A usufruição dos benefícios previstos no estatuto não carece de ser requerida.

Estatuto Fiscal Cooperativo

Obrigações acessórias

Artigo 4.º

Ainda que total ou parcialmente isentas de um determinado imposto as

cooperativas estão obrigadas ao cumprimento das obrigações acessórias

estabelecidas na legislação fiscal a que respeitem os benefícios usufruídos.

Obrigação de juntar à declaração periódica de IRC a credencial actualmente

emitida pela CADES (alínea b), do n.º 4 do artigo 4.º dos respectivos estatutos;

Contabilidade organizada de acordo com a normalização contabilística (SNC em

vigor desde 1 de Janeiro de 2010) e demais disposições legais vigentes para o

respectivo sector de actividade;

Estatuto Fiscal Cooperativo

Fiscalização

Artigo 5.º

As cooperativas estão sujeitas à fiscalização da Direcção-Geral dos Impostos e demais

entidades competentes para o controlo da verificação dos pressupostos dos benefícios

fiscais respectivos.

Estatuto Fiscal Cooperativo

Extinção e suspensão dos benefícios

Artigo 6.º

O não cumprimento das obrigações previstas no artigo 4.º implica a extinção dos

benefícios atribuídos caso o incumprimento não seja sanado no prazo de 90 dias

contados da respectiva notificação;

Os benefícios que respeitem a bens destinados à directa realização dos fins dos

beneficiários caducam se aos bens for dado destino diferente;

Consequência: reposição da tributação regra sem prejuízo dos regimes

sancionatórios estabelecidos na lei;

Estatuto Fiscal Cooperativo

IRC

Artigo 7.º

Determinação do lucro tributável:

O excedente líquido é apurado antes da participação económica dos membros;

As variações patrimoniais negativas não reflectidas no excedente líquido relativas à

participação económica determinada em função do trabalho, concorrem para a

formação do lucro tributável (equiparação aos gastos) – cf. art. 24.º do IRC;

Estatuto Fiscal CooperativoEstatuto Fiscal Cooperativo

IRCArtigo 7.º Taxas aplicáveis

Taxa Incidência / Resultados Norma

20 % Resultado tributável (regra) n.º 3, art. 7.º EFC

12,5%

- Operações com terceiros;- Actividades alheias aos fins;

- Resultados abrangidos pela tributação dos grupos de sociedades;

(até €12.500,00)

n.º 3, art. 7.º EFC + n.º 1, 87.º IRC

25%- Operações com terceiros;

- Actividades alheias aos fins;- Resultados abrangidos pela tributação dos grupos de

sociedades; (superior a €12.500,00)

n.º 3, art. 7.º EFC + n.º 1, 87.º IRC

Estatuto Fiscal Cooperativo

IRCArtigo 7.º Isenções

Apoios e subsídios do Estado às cooperativas de 1.º grau, de grau superior ou às régies cooperativas;

Rendimentos de quotas pagas pelas cooperativas a cooperativas de grau superior;

Cooperativas de interesse social e cooperativas declaradas pessoas colectivas de utilidade pública – alíneas b) e c), n.º 1, art. 10, do IRC.

Estatuto Fiscal Cooperativo

Imposto do SeloArtigo 8.º Isenções

Do IS sobre os livros de escrituração e demais documentos e papéis;

Nos actos preparatórios e nos actos necessários à constituição, dissolução e liquidação;

Nos títulos de capital, títulos de investimento, obrigações ou outros títulos que emitirem;

Nos contratos que celebrarem quando o selo constitui um encargo;

Taxa mínima sobre as letras e outros títulos de crédito em que intervenham como sacador.

Estatuto Fiscal Cooperativo

Imposto do SeloArtigo 10.º Impostos sobre o património

Isenção de IMI e de IMT com respeito aos imóveis destinados à sede e ao exercício das actividades que constituem o objecto social da cooperativa;

Estatuto Fiscal Cooperativo

Despesas e deduções

Artigo 11.º

Promoção da educação e formação: As reservas para a educação e formação

cooperativas podem ser consideradas como custos para efeitos de IRC, em valor

correspondente a 120% do respectivo total.

Estatuto Fiscal Cooperativo

Despesas e deduções

Artigo 12.º: Deduções

20% dos montantes investidos em elementos do activo imobilizado corpóreo

afectos à prossecução do objecto social;

20% dos montantes que revertam para a reserva legal, na parte que exceder a

reversão mínima exigível;

O montante global das deduções não pode exceder, em cada exercício, 50% da

colecta de IRC.

Estatuto Fiscal Cooperativo

Disposições especiais - IRCArtigo 13.º: isenções

Cooperativas agrícolas

Cooperativas culturais

Cooperativas de consumo

Cooperativas de habitação e construção

Cooperativas de solidariedade social

Cooperativas de grau superior

Sem prejuízo do n.º 3 do artigo 7.º : tributação de resultados das operações com terceiros (…)

Estatuto Fiscal Cooperativo

Disposições especiais - IRCArtigo 13.º: isenções

Demais cooperativas desde que:

a) 75% das pessoas que nelas aufiram rendimentos do trabalho sejam membros da cooperativa;

b) 75% dos membros da cooperativa nela prestem serviço.

Excepções:

Rendimentos sujeitos a retenção IRC por retenção na fonte, a qual terá carácter definitivo no caso de a cooperativa não ter outros rendimentos sujeitos.

Estatuto Fiscal Cooperativo

Disposições especiais - IVA

Artigo 15.º

Cooperativas Agrícolas de Transformação

O IVA incidente sobre as entregas dos cooperantes de produtos das suas explorações só é exigível aquando do recebimento do preço.

Estatuto Fiscal Cooperativo

Dos cooperadores - IRS

Artigo 16.º

A participação económica nos resultados quando determinada em função do trabalho fornecido à cooperativa, está abrangida pelas regras de incidência previstas na Categoria A do Código do IRS;

Estatuto Fiscal Cooperativo

Do Estatuto dos Benefícios Fiscais

Artigo 60.º: Actos de concentração: Fusão de cooperativas

Imposto Isenções

IMT Imóveis não destinados à habitação, necessários à concentração.

ISNa transmissão dos imóveis supra e na constituição, aumento de capital ou de activo de sociedade, necessários à concentração.

Emolumentos e encargos

legais

De todos os actos inseridos no processo de concentração.

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