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Livro do Curso
FORMAÇÃO EM PSICOTERAPIA EXISTENCIAL
2009
1
Curso de Formação em Psicoterapia Existencial
Livro do Curso
BENVINDO ao Curso de Formação em Psicoterapia Existencial da
Sociedade Portuguesa de Psicoterapia Existencial.
Este Livro do Curso tem como objecto informar dos programas, objectivos, exigências e
regulamentos do curso, bem como outras informações que possam ser úteis para o pleno
usufruto do percurso formativo.
Aconselhamos vivamente a leitura integral e cuidada deste livro antes de iniciar o seu
percurso formativo e sempre que surgirem dúvidas.
Este livro será actualizado regularmente, de maneira a incluir novas informações ou
colmatar eventuais lacunas. Por conseguinte, agradece-se sugestões ou comentários que
ajudem a melhorar a estrutura ou conteúdo do Livro. Se detectar erros ou omissões não
hesite contactar um dos membros da Direcção do Curso.
As presentes normas são válidas durante o período de publicação no site. Todavia, a
Direcção do Curso reserva o direito de proceder a alterações sem aviso prévio aos
formandos.
Última revisão: Janeiro de 2009
2
Índice
1. Apresentação……………………………………………………………………... 4
1.a O Curso de Formação em Psicoterapia Existencial………………………….. 4
1.b Objectivos do Curso…………………………………………………………. 5
2. Acesso ao Curso………………………………………………………………….. 6
2.a A quem é Dirigido…………………………………………………………… 6
2.b Condições de Admissão……………………………………………………... 6
2.c Critérios de Selecção………………………………………………………… 6
3. Estrutura do Curso……………………………………………………………….. 7
3.a Dimensões do Curso…………………………………………………………. 7
3.a.a Dimensão Teórico-Metodológica………………………………………. 10
3.a.b Dimensão Prática……………………………………………………….. 10
3.a.b.a Grupo de Discussão Político-Social………………………………. 11
3.a.b.b Grupo de Desenvolvimento Profissional e Pessoal……………….. 11
3.a.b.c Observação e Treino da Experiência Psicoterapêutica……………. 13
3.a.b.d Supervisão………………………………………………………… 13
3.a.c Dimensão Clínica e Pessoal…………………………………………….. 15
3.a.c.a Prática Clínica……………………………………………………... 15
3.a.c.b Psicoterapia Pessoal……………………………………………….. 16
4. Horários e Locais de Funcionamento…………………………………………….. 16
5. Trabalhos de Curso e Critérios de Avaliação…………………………………….. 17
5.a Assiduidade e Pontualidade…………………………………………………. 17
5.b Participação Crítica e Activa………………………………………………… 18
5.c Trabalhos Escritos…………………………………………………………… 19
5.c.a Trabalhos Teóricos……………………………………………………... 20
5.c.b Estudos de Caso………………………………………………………... 21
5.c.c Trabalho de Investigação em Psicoterapia……………………………... 23
5.c.d Relatórios do Processo Evolutivo……………………………………… 24
5.d Certificação da Prática Clínica e Psicoterapia Pessoal……………………… 24
6. Avaliações do Curso e dos Formadores………………………………………….. 25
7. Propinas…………………………………………………………………………... 26
3
8. Regulamento do Curso…………………………………………………………… 27
9. Reclamações e Sugestões………………………………………………………… 27
10. Reconhecimento do Exercício da Psicoterapia…………………………………. 28
11. Direcção do Curso………………………………………………………………. 28
4
1. Apresentação
1.a O Curso de Formação em Psicoterapia Existencial
O Curso de Formação em Psicoterapia Existencial é organizado pela Sociedade
Portuguesa de Psicoterapia Existencial (SPPE) e visa formar profissionais para a prática
da psicoterapia, no âmbito do modelo fenomenológico-existencial e de acordo com as
normas da European Association for Psychotherapy e da International Association for
Existential Counselling and Psychotherapy.
Desenvolvemos um percurso formativo exigente, que corresponde à seriedade e
responsabilidade da prática psicoterapêutica. Do mesmo modo, espera-se do formando
uma atitude exigente e empenhada no seu estudo e treino, pois acreditamos que só
através de um trabalho árduo e dedicado, imbuídos de um espírito indagador e crítico, se
torna possível desenvolver as competências profissionais e pessoais necessárias à
prática da Psicoterapia Existencial.
A Direcção do Curso acredita que o Curso de Formação em Psicoterapia Existencial
será uma experiência intensa, provocativa e compensadora.
Durante o curso o formando terá de se envolver na leitura e compreensão de textos de
filosofia, psicologia e psicoterapia, complexos e provocadores. O curso requer um forte
empenho e o formando poderá, por vezes, sentir frustração e ansiedade. Por outro lado,
o carácter experiencial e participativo obriga a uma exposição e questionamento
permanente de si-próprio.
5
1.b Objectivos do Curso
A Psicoterapia Existencial assenta, em grande medida, no encontro humano entre a
pessoa do terapeuta e a pessoa do paciente. Por conseguinte, o percurso formativo de
um psicoterapeuta existencial não se caracteriza pela aquisição e proficiência do uso de
técnicas, mas pela maturação da pessoa do terapeuta enquanto ser-humano e
profissional, que encontra e vai desenvolvendo um estilo pessoal de “estar-com”
facilitador, nos pacientes, de uma maior compreensão das suas maneiras de ser e de
estar no Mundo.
Trata-se de um desenvolvimento global com a finalidade de “formar sujeitos críticos,
com uma visão sobre o Mundo, que interrogam os seus pressupostos teóricos em
permanência, com competências clínicas e de investigação científica.”
Objectivos:
1. Desenvolver um conhecimento e uma compreensão sólida da fenomenologia e
das filosofias da existência e relacioná-las com a prática clínica;
2. Desenvolver atitudes de questionamento e reflexão permanentes sobre a prática
desenvolvida;
3. Desenvolver competências de investigação dentro do modelo fenomenológico-
existencial;
4. Aprofundar competências relacionais e profissionais para a prática da
Psicoterapia Existencial;
5. Encontrar um enquadramento entre o seu estilo pessoal e o respeito estrito pelo
código deontológico;
6. Aceder ao “Diploma de Formação em Psicoterapia Existencial”, que habilita o
formando a candidatar-se a “Membro Titular” da SPPE, que possibilita o
exercício credenciado da Psicoterapia Existencial em Portugal.
6
2. Acesso ao Curso
2.a A quem é Dirigido
O Curso de Formação em Psicoterapia Existencial é dirigido a Psicólogos e a Médicos.
2.b Condições de Admissão
1º Ano
- Licenciatura em Psicologia ou Medicina
- Preenchimento do Formulário de Candidatura
- Entrevistas e avaliação curricular;
- Domínio da Língua Inglesa.
2º Ano
- Pós-Graduação ou Mestrado em Relação de Ajuda: Perspectiva da Psicoterapia
Existencial
- Licenciatura em Psicologia ou Medicina
- Preenchimento do Formulário de Candidatura
- Entrevistas e avaliação curricular;
- Domínio da Língua Inglesa.
2.c Critérios de selecção
A selecção dos candidatos tem em conta os seguintes critérios:
a) O incumprimento de qualquer dos requisitos explanados no ponto 2.b. implica
exclusão do candidato;
7
b) As entrevistas de selecção, desenvolvidas em separado por dois membros da
Direcção do Curso, devem concluir (em reunião conjunta) que o candidato apresenta
condições pessoais e profissionais para desenvolver a prática da psicoterapia. Esta
entrevista tem em conta:
- Motivações pessoais;
- Compreensão do significado da psicoterapia e concordância com motivações
pessoais;
- Auto-conhecimento e capacidade de insight;
- Estilo relacional;
- Maturidade psico-emocional.
c) Na avaliação curricular, têm especial relevância:
- Experiência clínica
- Actividade profissional, com possibilidade do exercício da psicoterapia;
- Desenvolvimento profissional contínuo.
3. Estrutura do Curso
3.a Dimensões do Curso
O curso desenvolve-se, ao longo dos quatro anos, em três dimensões interdependentes
que potenciam simultaneamente o desenvolvimento teórico, clínico e pessoal. A
Dimensão Teórico-Metodológica e a Dimensão Prática decorrem de módulos do curso,
a Dimensão Clínica e Pessoal resultam da actividade profissional e da psicoterapia
pessoal do formando.
Curso/Estrutura
1º Ano
8
Dimensão Aula N.º Horas
Teórico-
Metodológica
Fenomenologia 20
Ética e Deontologia 12
Filosofia da Existência I 16
Psicopatologia Compreensiva 24
Modelos Teóricos em Psicoterapia 16
Evolução Histórica e Modelos em Psicoterapia
Existencial
20
Psicoterapia Existencial I 32
Prática
Grupo de Desenvolvimento Profissional e Pessoal
(DPP)
34
Observação e Treino da Experiência
Psicoterapêutica (OTEP)
34
Grupo de Discussão Político-Social 14
Supervisão Clínica 24
Profissional Prática Profissional 40
O primeiro ano do curso apresenta um total de 246 horas de módulos de formação
leccionados pelo curso e exige um mínimo de 40 horas de prática da psicoterapia.
2º Ano
Dimensão Aula N.º Horas
Teórico-
Metodológica
Filosofia da existência II 12
Hermenêutica 12
Psicoterapia Existencial II 28
Psicoterapia Existencial de Grupo I 12
Prática
Observação e Treino da Experiência
Psicoterapêutica (OTEP)
34
Supervisão Clínica 56
Profissional Prática Profissional 100
9
O segundo ano do curso apresenta um total de 154 horas de módulos de formação
leccionados pelo curso e exige um mínimo de 100 horas de prática da psicoterapia.
3º Ano
Dimensão Aula N.º Horas
Teórico-
Metodológica
Filosofia da Existência III 18
Psicologia do Desenvolvimento: Perspectiva
Fenomenológico-Existencial
12
Métodos de Investigação em Psicoterapia 12
Psicoterapia Existencial Breve 16
Prática
Observação e Treino da Experiência
Psicoterapêutica (OTEP)
26
Integração Teoria/Prática 10
Supervisão Clínica 54
Profissional Prática Profissional 130
O terceiro ano do curso apresenta um total de 148 horas de módulos de formação
leccionados pelo curso e exige um mínimo de 130 horas de prática da psicoterapia.
4º Ano
Dimensão Aula N.º Horas
Teórico-
Metodológica
Psicoterapia Existencial III 24
Psicoterapia Existencial de Grupo II 16
Temas Avançados em Psicoterapia Existencial 20
Prática
Observação e Treino da Experiência
Psicoterapêutica (OTEP)
18
Supervisão Clínica 56
Profissional Prática Profissional 130
O quarto ano do curso apresenta um total de 134 horas de módulos de formação
leccionados pelo curso e exige de 130 horas de prática da psicoterapia.
10
3.a.a. Dimensão Teórico-Metodológica;
A Dimensão Teórico-Metodológica visa um enriquecimento teórico que potencie as
qualidades clínicas, mas que contribua, sobretudo, para o desenvolvimento da
capacidade de reflexão e questionamento do futuro psicoterapeuta.
Espera-se, portanto, um ensino dialógico e participado, onde o formando é convidado a
reflectir, questionar, criticar, aceitar ou refutar os temas ou textos propostos,
contribuindo para o desenvolvimento de um modo único e pessoal de ser e de estar
enquanto pessoa/psicoterapeuta.
Ao formando é desencorajada a postura de receptáculo passivo de conhecimento, sendo
privilegiado o conhecimento co-construido, que respeite a sua visão subjectiva e
idiossincrática.
A Dimensão Teórico-Metodológica acompanha os quatro anos de formação, numa
lógica de desenvolvimento gradual, mas com maior peso no primeiro ano com vista ao
estabelecimento de bases teóricas e metodológicas que facilitem o início do exercício da
Psicoterapia Existencial.
Nesta Dimensão da formação os módulos são realizados para todo o grupo de formação,
que terá um mínimo de oito formandos e um máximo de 20.
3.a.b Dimensão Prática;
A Dimensão Prática alicerça-se em três componentes: reflexão-discussão; experiencial;
prática observada; e supervisão clínica. Esta Dimensão visa o crescimento pessoal e
profissional que potencie o desenvolvimento de um “estar-com”, honesto, profissional,
maturo, rico e pessoal, que facilite e catalize o processo psicoterapêutico do paciente.
11
3.a.b.a Grupo de Discussão Político-Social
O Grupo de Discussão Político-Social pretende ser um espaço de consciencialização e
reflexão crítica sobre o do papel da psicoterapia nas sociedades contemporâneas.
Julgamos importante que o psicoterapeuta esteja atento aos contextos políticos, sociais e
culturais onde ele e os seus pacientes estão inseridos, com vista a uma compreensão
mais lata das problemáticas psicológicas e psicopatológicas em situação. Pretende-se
ainda, através do debate, estimular o espírito crítico, lembrando a importância da
intervenção cívica do psicoterapeuta.
Este Grupo de Discussão será conduzido por um facilitador, que animará e incentivará o
debate e reflexão dos formandos.
Este grupo funcionará com todos os formandos em simultâneo.
3.a.b.b Grupo de Desenvolvimento Pessoal e Profissional
O Grupo de Desenvolvimento Pessoal e Profissional (DPP) é um grupo experiencial, de
frequência semanal, facilitado por um formador.
Objectivos do DPP:
1. Proporcionar aos formandos um espaço de exploração do seu processo de
desenvolvimento pessoal em relação a questões profissionais;
2. Os participantes serão chamados a examinar as suas atitudes pessoais, os seus
pressupostos, pré-conceitos e hábitos, à medida que vão surgindo ao longo do
curso, quer seja em relação a aspectos teóricos, quer surjam em supervisão, ou
nas relações interpessoais desenvolvidas no grupo;
3. Num propósito de aprofundar a consciencialização e compreensão de si-mesmo,
este será um espaço onde os participantes serão incentivados a exprimir-se e
explorar-se de forma aberta, num espírito de respeito mútuo e de aprendizagem.
O propósito do grupo não é terapêutico. Não se pretende uma exploração profunda de
si-mesmo. Embora possam surgir questões pessoais intensas, e estas possam ser
12
pensadas e exploradas no contexto do grupo, o formando deverá ter em conta que este
trabalho é para ser aprofundado na sua psicoterapia pessoal.
Espera-se que o formando vá demonstrando capacidade de examinar de forma aberta,
honesta e despojada, questões pessoais, profissionais e interpessoais que decorram da
progressão do curso e/ou da sua vida profissional e que evidencie vontade e abertura
para explorar dificuldades e problemas que surjam no curso ou vida profissional. Com
este grupo espera-se que o formando adquira uma melhor compreensão da sua maneira
de estar em dinâmica interpessoal e que desenvolva as capacidades de escuta, aceitação
e respeito do Outro na sua alteridade, bem como outras competências relacionais.
O DPP não deve ter mais do que 11 participantes, nem menos de seis.
No caso de ser necessária a constituição de dois grupos, a divisão será feita antes do
início do curso e os formandos serão informados, com pelo menos uma semana de
antecedência, não só do seu facilitador mas também dos colegas que participarão no seu
grupo. A distribuição dos formandos será feita por apreciação dos vários membros da
Direcção do Curso, tendo em conta o critério da heterogeneidade nos seguintes pontos:
- Estilo relacional;
- Maturidade psico-emocional;
- Género.
A opção pelo critério da heterogeneidade funda-se na crença de que a diferença estimula
a aprendizagem e estimula o desenvolvimento de qualidade relacionais fundamentais
para o exercício da psicoterapia.
3.a.b.c Observação e Treino da Experiência Psicoterapêutica
A Observação e Treino da Experiência Psicoterapêutica (OTEP) apresenta,
simultaneamente, uma componente prática (de “treino”), uma componente experiencial
e uma componente de reflexão metodológica.
13
A OTEP é conduzida por um formador, que propõe os exercícios e que facilita os
debates e as reflexões daí resultantes. Neste módulo não há divisão em grupos.
A OTEP caracteriza-se pela execução de “exercícios” experienciais, que são
posteriormente discutidos por todo o grupo, no intuito de desenvolver competências
relacionais e metodológicas. Não se trata de um espaço de avaliação de competências
(técnicas ou mesmo relacionais): pretende-se sim criar um espaço onde o formando,
com o apoio dos colegas e do facilitador, possa reflectir e ganhar maior consciência
sobre os seus modos de estar e de sentir perante o paciente. Pretende-se, então, que o
formando ganhe uma maior consciência do seu estilo pessoal e, pela reflexão e
observação de outros estilos, pelo debate teórico e metodológico levado a cabo noutros
módulos, possa desenvolver, em consciência, um estilo psicoterapêutico mais
consonante com a sua própria “autenticidade”.
Todos os formandos são chamados a participar nos vários exercícios e nos vários
papéis. Quer aos formandos, quer aos formadores é esperado o respeito e a
confidencialidade dos conteúdos pessoais que, muito provavelmente, surgirão destes
exercícios.
3.a.b.d Supervisão
A supervisão é um espaço para o debate e discussão da experiência clínica. Ao
formando é esperado a exposição aberta das situações clínicas onde tenham surgido
maiores dúvidas ou dificuldades, para que, com o apoio do supervisor e colegas, possa
pensar a situação a partir de novas perspectivas.
Também na supervisão é desencorajada a postura de aprendizagem passiva face ao
supervisor. Apesar dos vários estilos de supervisão que possam existir entre os nossos
formadores, na perspectiva existencial, espera-se que a supervisão seja um espaço de
debate e reflexão conjunta onde o formando é encorajado a encontrar as suas próprias
respostas.
14
Nestas sessões de supervisão todo o grupo é encorajado a participar com a sua opinião,
e todos os formandos devem poder usufruir do mesmo número de oportunidades de
apresentação.
Os grupos de supervisão devem ser pequenos: entre três a cinco formandos, nos grupos
supervisionados por psicoterapeutas da SPPE; entre quatro a seis formandos, nos grupos
supervisionados por psicoterapeutas estrangeiros.
A distribuição pelos grupos de supervisão de formadores portugueses deve ocorrer uma
semana antes da primeira sessão de supervisão e será feita por apreciação dos vários
membros da Direcção do Curso, tendo em conta o critério da heterogeneidade (pelas
mesmas razões que apresentamos para o DPP) nos seguintes pontos:
- Experiência profissional;
- Conhecimentos teórico-metodológicos;
- Estilo relacional;
- Maturidade psico-emocional;
- Género.
A distribuição pelos grupos de supervisão de formadores estrangeiros deve ocorrer até
uma semana antes da vinda destes psicoterapeutas e será feita tendo em conta as
possibilidades horárias dos formandos.
A distribuição dos grupos pelos supervisores é aleatória no primeiro ano, mas nos anos
seguintes pretende-se que os grupos tenham contacto com os diferentes supervisores.
As sessões de supervisão decorrem em local proposto pelo supervisor e no horário
acordado por todo o grupo de supervisão. Este local e este horário devem ser mantidos
estáveis ao longo de todo o ano curricular.
O supervisor pode aconselhar supervisão extra a um formando se verificar que tal se
justifica. Esta supervisão extra deve ser levada a cabo por outro supervisor da SPPE e os
encargos são da responsabilidade do formando.
15
3.a.c Dimensão Clínica e Pessoal
Esta é a Dimensão mais pessoal do processo formativo, já que não decorre de módulos
leccionadas pela SPPE, todavia, a sua importância é fulcral.
3.a.c.a Prática Clínica
Na Prática Clínica o formando poderá colocar em prática, exercitar e comprovar o
resultado do seu processo formativo.
A prática clínica pode decorrer do exercício profissional ou de estágios solicitados pelo
formando. A única exigência é que haja a possibilidade da prática da consulta
psicoterapêutica e que o formando cumpra o número mínimo de horas exigido para os
diferentes anos do curso (vide Estrutura do Curso). O incumprimento do número
mínimo de horas obriga à repetição de mais 24 horas de supervisão.
Nesta prática clínica o formando deve cumprir o código deontológico e deve informar
os seus pacientes que participa num processo formativo e que isso implica,
eventualmente, discutir a psicoterapia em supervisão.
O supervisor é responsável pela supervisão da prática psicoterapêutica, mas a Direcção
do Curso e o supervisor declinam qualquer responsabilidade sobre a prática profissional
global do formando, ou pelo seu incumprimento do Código Deontológico.
3.a.c.b Psicoterapia Pessoal
Na psicoterapia pessoal o formando poderá encontrar um espaço privilegiado para
aprofundar ansiedades, dilemas ou conflitos suscitados pelo percurso exigente e
provocativo do curso. A psicoterapia pessoal é também um espaço privilegiado de
16
maturação pessoal e de conhecimento de si próprio, aspectos essenciais para a prática da
Psicoterapia Existencial.
Para poder ser reconhecido como Psicoterapeuta Existencial pela SPPE, o formando
deve cumprir um mínimo de 250 horas de psicoterapia pessoal, sendo desejável que esta
horas sejam cumpridas ao longo do curso.
O formando deve, preferencialmente, escolher um Psicoterapeuta Existencial
reconhecido pela SPPE. No caso de não o fazer, decorre a obrigatoriedade de fazer pelo
menos 24 horas de psicoterapia existencial.
4. Horários e Locais de Funcionamento
O Curso de Formação em Psicoterapia Existencial terá lugar nas instalações do Instituto
Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), ao abrigo do protocolo assinado entre a SPPE
e esta Instituição. Por conseguinte, o curso irá decorrer na Rua Jardim do Tabaco, n.º
34, 1149-041 Lisboa.
Horários de funcionamento:
An
o
Sem Horas/Sem.
Média
Distribuição Horária
1º 37
Sextas
6 16:30 às 18:30
Teoria-Filosofia
18:30 às 20:30
Teoria-Psicot.
20:30 às 21:30
Prática-OTEP
21:30 às 22:30
Prática-DPP
2º 40
Sextas
2
(+1superv.)
17:30 às 19:00
Teoria
19:15 às 20:45
Prática-OTEP
Supervisão quinzenal de 2 horas em
local e horário a estipular com o supervisor
3º 40
Sextas
2,5
(+1superv.)
17:30 às 20:15
Teoria/Prática
Supervisão quinzenal de 2 horas em
local e horário a estipular com o supervisor
17
4º 33
Sextas
2
(+1superv.)
17:30 às 19:30
Teoria/Prática
Supervisão quinzenal de 2 horas em
local e horário a estipular com o supervisor
A estes horários acrescem as aulas e supervisão dadas pelos formadores estrangeiros, a
partir do segundo ano.
5. Trabalhos de Curso e Critérios de Avaliação
A progressão no Curso de Formação em Psicoterapia Existencial e a obtenção do
diploma que possibilitará candidatar-se a Membro Titular da SPPE, implica o
cumprimento, bem sucedido, dos seguintes critérios:
5.a Assiduidade e Pontualidade
Aos formandos é exigida a participação num mínimo de 80% das horas de formação de
cada módulo. O incumprimento deste critério implica a reprovação nesse módulo. Para
a sua aprovação, o formando terá de repetir e pagar todo o módulo numa futura
reedição. As faltas por motivo de doença ou licença de maternidade, desde que
devidamente justificadas, ilibam apenas do pagamento do módulo aquando da sua
repetição.
Não sendo motivo de reprovação, a pontualidade é, todavia, um imperativo ético e de
respeito pelo trabalho dos colegas e do formador. Os atrasos implicam, invariavelmente,
uma interrupção ou uma quebra na concentração dos colegas e do formador. O respeito
pelo cumprimento horário faz parte da boa prática psicoterapêutica e espera-se que o
formando demonstre essa capacidade ao longo da sua formação. São, portanto,
desencorajados os atrasos quer dos formandos, quer dos formadores.
18
5.b Participação Crítica e Activa
A Direcção do Curso considera que o processo de formação de um Psicoterapeuta
Existencial passa pelo desenvolvimento de uma visão teórica e metodologicamente
fundamentada do que é a psicoterapia, mas sobretudo pelo desenvolvimento de uma
postura pessoal, única e crítica enquanto psicoterapeuta. Por conseguinte, o processo
formativo tem de assentar num pressuposto de desenvolvimento de espíritos críticos,
com perspectivas próprias, informadas e fundamentadas no conhecimento teórico, no
conhecimento científico, no auto-conhecimento e no debate de pares. Para tal, é
essencial uma participação activa, dialógica, ao longo de todo o processo formativo.
Com base nestes pressupostos, o aluno fará uma avaliação de carácter formativo em
todos os módulos (teóricos e práticos), no que respeita à sua participação na reflexão e
debate dos conteúdos propostos.
Esta avaliação será feita pelo formando e pelo formador, tendo em conta as seguintes
dimensões:
Dimensão 1 2 3 4 5
Participação global nos debates
e reflexões.
Receptividade, abertura e
capacidade de integração das
perspectivas dos autores,
colegas e formadores.
Atitude de respeito e aceitação
perante as ideias dos colegas e
formadores.
19
Criatividade e capacidade de
reflexão pessoal/crítica face às
temáticas propostas e face às
perspectivas dos outros.
O formando deverá ter conhecimento da hetero-avaliação e os dados são confidenciais.
Na avaliação da supervisão, o formando terá de fazer uma reflexão sobre as suas mais
valias e as dificuldades na prática clínica, bem como uma pequena reflexão sobre a sua
evolução ao longo do ano de supervisão. A esta reflexão acresce a apreciação do
supervisor. Caso o supervisor avalie a participação global do formando na supervisão
como insuficiente, o aluno terá de se submeter a mais 24 horas de supervisão.
5.c Trabalhos Escritos
Todos os trabalhos escritos devem, estruturalmente, seguir os critérios de construção de
artigos da American Psychological Association (APA). Pretende-se que o formando
desenvolva competências, à vontade e rigor na produção de artigos para publicação,
contribuindo para a produção científica na nossa área do saber.
Os formandos têm duas épocas para entrega dos trabalhos teórico-metodológicos, de
investigação e estudos de caso. A primeira época termina a 30 de Setembro e a segunda
época a 30 de Novembro. Os relatórios do processo evolutivo (vide ponto 5.d.d) são
entregues apenas na segunda época. O não cumprimento dos prazos implica reprovação.
Estes trabalhos têm de ser entregues em cópia de papel à Secretária Pedagógica, que
fará registo da entrega e se responsabiliza por fazer chegar a cópia ao respectivo
avaliador. Os supervisores do trabalho têm 15 dias úteis para os avaliar. O formando
tem direito a solicitar ao seu supervisor atendimento para apoio na escrita do seu
trabalho.
Directrizes para todos os trabalhos escritos:
20
1. Inicie o seu trabalho com tempo, procure e leia informação relevante, faça um
plano e apresente-o ao supervisor, para com ele pensar na relevância e
exequibilidade do tema;
2. Faça o trabalho como um artigo para publicação;
3. Respeite as normas da APA, para a construção de artigos;
4. O trabalho deve ter entre 3500 e 5000 palavras e o número de palavras usadas
deve constar no fim do trabalho.
5.c.a Trabalhos Teóricos
Ao longo dos quatro anos de formação o formando terá de apresentar três trabalhos
teóricos, enquadrados numa das temáticas desenvolvidas em módulos teórico-
metodológicos desse ano.
No primeiro ano do curso, o formando terá de desenvolver um trabalho onde o pendor
filosófico tem maior peso e outro onde as questões metodológicas, ou psicoterapêuticas,
ou psicopatológicas, tenham maior expressão.
No segundo e quarto anos o formando poderá escolher qualquer das temáticas teórico-
metodológicas que tenham sido abordadas no ano em questão.
Os trabalhos serão supervisionados e avaliados pelo membro da Direcção do Curso que
esteja mais familiarizado com a temática. A avaliação será feita numa escala de quatro
pontos que compreende o “Insuficiente”, o “Suficiente”, o “Bom” e a “Distinção”. Os
formandos com Insuficiente têm de reescrever ou modificar as partes do seu trabalho de
acordo com as sugestões do seu supervisor, num prazo máximo de dois meses. A não
conclusão satisfatória de um dos trabalhos escritos invalida a obtenção do diploma do
curso e impossibilita a obtenção do estatuto de Membro Titular da SPPE.
Directrizes para os trabalhos teóricos:
1. Escolha um tema que lhe faça sentido e sobre o qual tenha um profundo
interesse em reflectir;
21
2. Espera-se que o formando seja capaz de expor um problema e reflectir sobre ele,
debruçando-se sobre a literatura existente, apontando mais valias e debilidades
destes pontos de vista e apresentando a sua própria reflexão, no objectivo de
acrescentar algo de novo ao corpo teórico ou metodológico já existente;
3. Devem ficar claras as relações e implicações desta reflexão para a prática
clínica;
4. Respeite a seguinte ordem:
a. Introdução: Onde apresenta ou faz um sumário daquilo que se propõe
reflectir e justifica a pertinência dessa escolha;
b. Revisão da literatura: Onde apresenta as reflexões ou teorias já
existentes, com vista a dar conta das várias perspectivas. Tenha atenção
que deve apresentar este material de forma sintetizada, evitando citações
à letra daquilo que os autores escreveram. Ser capaz de sintetizar é
demonstrar que compreendeu realmente o ponto de vista do autor;
c. Reflexão crítica sobre a literatura já existente: Nesta fase da sua
formação espera-se que seja capaz de ir mais além da apresentação das
teorias ou reflexões existentes. Espera-se que dê a sua opinião crítica
sobre o material apresentado e que seja capaz de acrescentar algo à
reflexão existente;
d. Conclusão: Sumário sobre o estado actual do conhecimento, com as
contradições e debilidades que encontrou, sublinhando os pontos que
você acrescentou para aclarar e melhorar a reflexão existente.
5.c.b Estudos de Caso
Em cada um dos quatro anos de formação o formando terá de entregar um estudo de
caso que reflicta o seu modo de praticar a Psicoterapia Existencial, enquadrando este
estilo nos modelos teórico-metoldológicos, na sua evolução pessoal e nas investigações
científicas existentes.
Directrizes para os estudos de caso:
1. O estudo de caso deve demonstrar como é que a Psicoterapia Fenomenológico-
Existencial informa a sua prática;
22
2. Deve ser demonstrado como é que a fenomenologia e a filosofia existencial
informam a sua prática e facilitam a compreensão do paciente;
3. Demonstrar como os conhecimentos metodológicos e de investigação informam
e potenciam a qualidade da sua prática;
4. Demonstrar a relação essencial entre elementos pessoais e interpessoais da
psicoterapia e demonstrar a percepção e a compreensão da mutualidade da
psicoterapia.
Componentes para os estudos de caso:
1. Explicar: a fonte de referência, o espaço físico das sessões, o contrato, o
problema inicial do paciente e as suas expectativas perante a psicoterapia;
2. Deve conter citações em discurso directo de uma ou mais sessões;
3. Deve comentar as suas várias intervenções, reflectindo sobre o processo
subjacente, tornando claro como é que a filosofia fenomenológico-existencial, as
teorias da psicologia e psicoterapia fenomenológico-existencial, a investigação e
a sua experiência de maturação pessoal informam e guiam o seu trabalho;
4. Qual o contributo da supervisão neste caso;
5. Reflexão sobre as mais valias e os erros do seu seguimento neste caso.
Progressivamente, exige-se que os estudos de caso reflictam um acompanhamento mais
longo, com vista a verificar a forma como o formando trabalha em diferentes extensões
de tempo. Assim, no primeiro ano, o caso deve ter sido acompanhado por um mínimo
de seis sessões. No segundo, espera-se que haja um acompanhamento de pelo menos 12
sessões. No terceiro exige-se um mínimo de 24 sessões e no quarto, e último ano do
curso, espera-se um caso acompanhado ao longo de, pelo menos, 50 sessões.
Os estudos de caso serão acompanhados e avaliados pelo supervisor de casos clínicos.
A avaliação será feita numa escala de quatro pontos que compreende o “Insuficiente”, o
“Suficiente”, o “Bom” e a “Distinção”. O insuficiente ou incumprimento dos prazos
implica a reprovação do módulo de supervisão e obriga a repetição e pagamento das 24
horas de supervisão com um supervisor da SPPE.
5.c.c Trabalho de Investigação em Psicoterapia
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No terceiro ano, e na sequência do módulo “Métodos de Investigação em Psicoterapia”,
é solicitado ao formando o desenvolvimento de um projecto de investigação, com o
objectivo de colocar em prática as metodologias e temáticas aprofundadas no seminário.
Este trabalho será acompanhado e avaliado pelo formador desta cadeira. A avaliação
será feita numa escala de quatro pontos que compreende o “Insuficiente”, o
“Suficiente”, o “Bom” e a “Distinção”. Os alunos com Insuficiente têm de reescrever ou
modificar as partes do seu trabalho de acordo com as sugestões do supervisor, no prazo
máximo de dois meses. A não conclusão satisfatória deste trabalho implica a reprovação
e repetição do módulo.
A investigação científica em psicoterapia é aspecto fundamental na formação da SPPE.
O pressuposto é fomentar o modelo de clínico/investigador, através do qual, o
psicoterapeuta desenvolverá competências clínicas e de pesquisa, fundamental para o
seu saber e saber-fazer. Neste sentido, a investigação em psicoterapia, para além de
fomentar outras valências, é reconhecida como instrumento de aprendizagem e de
interrogação sobre os pressupostos teórico-práticos do psicoterapeuta.
Directrizes para o trabalho de investigação:
1. Elaborar uma revisão de literatura criteriosa, assente nos dados das últimas
investigações, elaboradas a nível internacional;
2. Apresentar tema que tenha como objectivo explorar novas linhas de
investigação ou replicar temáticas já apresentadas em outros estudos que
carecem de desenvolvimento;
3. Considerar a aplicação e o uso de diferentes metodologias de investigação
adequadas à pergunta de investigação colocada no projecto;
4. O projecto de investigação deverá explicitar de que modo os resultados poderão
contribuir para a prática clínica.
Publicação da investigação em revista internacional.
Aspectos fundamentais a considerar na avaliação: a inovação, o rigor metodológico, a
criatividade e a contribuição para o conhecimento teórico-prático da psicoterapia.
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5.c.d Relatórios do Processo Evolutivo
Ao longo dos quatro anos o formando terá de entregar três relatórios sobre o seu
processo evolutivo. Ao contrário de todos os outros trabalhos, devem ser entregues
apenas no final do ano lectivo e são classificados como “Aprovado” ou “Reprovado”
pelo facilitador do módulo. O aluno que reprove um relatório terá de repetir o módulo
em questão.
No primeiro ano o relatório incide sobre o seu desenvolvimento pessoal e profissional
ao longo do processo formativo, com especial ênfase no Grupo de Desenvolvimento
Pessoal e Profissional.
No segundo e quarto ano, o formando terá a oportunidade de reflectir sobre o seu
processo evolutivo no que respeita à sua postura e estilo relacional enquanto
psicoterapeuta, bem como sobre os pressupostos teóricos, metodológicos ou pessoais
subjacentes a este processo evolutivo e à forma como realiza a sua prática. É também
uma oportunidade para questionar esses mesmos pressupostos e abrir novas
perspectivas quanto à forma de desenvolver a psicoterapia existencial. Estes relatórios
serão entregues e avaliados pelo formador da OTEP.
5.d. Certificação da Prática Clínica e Psicoterapia Pessoal
Na última sessão de supervisão de cada ano, o formando deve entregar ao seu
supervisor declaração(ões) comprovativa(s) do número de horas de prática
psicoterapêutica exercidas nesse ano. O incumprimento do número mínimo de horas
estipuladas para cada ano ou a ausência de documento(s) comprovativo(s) dessas horas,
invalida a aprovação e obriga à repetição e pagamento de mais 24 horas de supervisão
quando o formando tenha número suficiente de clientes. Conjuntamente, o formando
deve entregar documento a certificar o número de horas de psicoterapia pessoal, que
serão acumuladas, contabilizando para o requisito mínimo de 250 exigidas para
obtenção da certificação para o exercício da psicoterapia existencial.
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Quadro Síntese dos Trabalhos de Curso e Critérios de Avaliação
Critérios comuns a
todos os módulos
- 80% de assiduidade;
- Hetero e auto-avaliação da qualidade da participação;
1º Ano 2 Trabalhos de reflexão teórico-metodológica;
1 Relatório sobre o DPP;
1 Estudo de caso;
40 horas de prática clínica;
Aprovação na avaliação do supervisor.
2º Ano 1 Trabalho de reflexão teórico-metodológica;
1 Relatório sobre a prática terapêutica observada;
1 Estudo de caso;
100 horas de prática clínica;
Aprovação na avaliação do supervisor.
3º Ano 1 Trabalho de investigação em psicoterapia;
1 Estudo de caso;
130 horas de prática clínica;
Aprovação na avaliação do supervisor.
4º Ano 1 Relatório sobre a prática terapêutica observada;
1 Estudo de caso seguido a longo prazo;
130 horas de prática clínica;
Aprovação na avaliação do supervisor.
6. Avaliações do Curso e dos Formadores
Todos os módulos e todos os formadores serão avaliados pelos formandos, através do
preenchimento de um questionário de satisfação, anónimo, entregue no último dia de
formação do módulo. Estes questionários são analisados pela Direcção do Curso e
visam a melhoria contínua da qualidade da formação.
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No final de cada ano a Direcção do Curso irá reunir com os formandos com vista a
ouvir as suas críticas, observações ou ideias acerca do curso, dos formadores e dos
formandos. A acta desta reunião visa a reflexão sobre melhorias a desenvolver no curso.
7. Propinas
As propinas são pagas mensalmente, até ao oitavo dia de cada mês e ao longo de 11
mensalidades (não é pago o mês de Agosto).
O valor das propinas abrange todas as horas de formação teórico-metodológicas e
práticas descritas na estrutura do curso, inclusive a supervisão clínica – incluindo
surpervisores estrangeiros.
O não pagamento atempado das propinas acresce uma taxa de 50% até ao final desse
mês e de 100% a partir do mês seguinte. O incumprimento do pagamento por mais de
três meses conduz à cessação da matrícula. O incumprimento de propinas impossibilita
a progressão do formando para o ano seguinte do curso. O diploma de conclusão de
curso só será facultado se não houver propinas em atraso.
A dimensão profissional e pessoal, onde se inclui o seguimento de casos clínicos e a
psicoterapia pessoal, embora exigidos pelo curso, são da responsabilidade e encargo do
formando.
Outras actividades desenvolvidas pela SPPE, cuja frequência não seja obrigatória para a
obtenção do Diploma do Curso, não são abrangidas pelas propinas.
No respeito aos direitos de autor, não serão facultadas fotocópias das leituras exigidas,
sendo da responsabilidade do formando o acesso a este material. Cabe aos formadores
programar essas leituras com a antecedência necessária para que o formando possa
disponibilizar atempadamente desses textos.
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Toda a informação ao aluno será facultada electronicamente (tal como este livro de
curso), com vista ao respeito pelo ambiente e a uma redução de custos da SPPE.
Valor actual das propinas para os diferentes anos:
1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano
160€ 185€ 185€ 185€
8. Regulamento do Curso
As normas contidas neste livro e o Código Deontológico da SPPE constituem o
Regulamento do Curso.
O incumprimento do Regulamento do Curso e/ou do Código Deontológico pode
conduzir a penalizações ou à expulsão do Curso.
9. Reclamações e Sugestões
As reclamações ou sugestões acerca do curso, dos formadores ou de outros formandos
devem ser colocadas por escrito à Direcção do Curso. Todas serão sempre bem-vindas e
terão resposta em tempo útil.
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10. Reconhecimento do Exercício da Psicoterapia
A conclusão, bem sucedida, do Curso de Formação em Psicoterapia Existencial confere
Diploma e dá acesso à candidatura a Membro Titular da SPPE. A titularidade representa
o reconhecimento pela SPPE para o exercício da Psicoterapia Existencial em Portugal.
Para mais informações acerca dos procedimentos e exigências da SPPE na obtenção da
titularidade, consulte o Regulamento Interno desta instituição.
11. Direcção do Curso
A Direcção do Curso de Formação em Psicoterapia Existencial é constituída por:
1. Daniel Cunha Monteiro de Sousa;
2. Edgar Agrela Correia;
3. José António de Sequeira Carvalho Teixeira;
4. Paula Ponce de Leão Pais Ribeiro;
5. Victor José Teixeira Amorim Rodrigues.
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