relação parasito x hospedeiro x vetor (1)
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Data da AULA Professor: Período:
Disciplina: Nestas aulas:
Edson Belfort 4º
Parasitologia 1) Relação Parasito
X Hospedeiro
2) Relações
Ecológicas
3) Parasitoses
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Conceito de saúde definido pela OMS 1948
“ O estado de completo bem-estar físico, mental e social”
Seres vivos – para serem estudados têm que ser agrupados conforme sua:
• Morfologia , Fisiologia, Estrutura, Filogenia etc.
• Agrupamento
– Obedece a leis
– Possui um vocabulário próprio
Classificação dos seres vivos
Sistema binominal (Linnaeus-1758)
A designação científica é regulada por regras de nomenclatura promulgadas
em congressos e denominadas:
Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica
Nomenclatura: Latina e binominal
Espécie = 2 palavras
1ª gênero (letra maiúscula)
2ª espécie (letra minúscula)
grifadas ou escritas em itálico
Unidade taxonômica ou categoria taxonômica (sete)
Reino, filo, classe, ordem, família, gênero, espécie
Subespécie palavra seguida à espécie sem pontuação
Ex.: Culex pipiens fatigans
Subgênero (interposto entre o gênero e a espécie, separado por parênteses)
Ex.: Anopheles (Kerteszia) cruzi
Tribo
ini
Cullicini
Subfamilia
inae
Culicinae
Familia
idae
Culicidae
Superfamilia
oidea
Oxyuroidea
Gênero-tipo + desinência própria
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Ex: pernilongo da malária
REINO.......................... Animalia
FILO............................. Arthropoda
CLASSE....................... Insecta
ORDEM........................Diptera
FAMILIA.................... Culicidae
GÊNERO.................... Anopheles
ESPÉCIE.....................Anopheles darlingi
GRUPOS DE INTERESSE EM PARASITOLOGIA
• Protozoários (Protozoa)
• Helmintos
– Platyhelminthes (vermes achatados)
– Nematoda (vermes redondos)
• Arthropoda (insetos e aracnídeoa)
Protozoa
1. Trypanosoma cruzi – doença de Chagas
2. Gênero Leishmania - leishmanioses
3. Trichomonas vaginalis - tricomoníase
4. Giardia lamblia - giardíase
5. Entamoeba histolytica - amebíase
6. Gênero Plasmodium - malária
7. Toxoplasma gondii - toxoplasmose
Introdução à Parasitologia
Relação entre o parasito e
seus hospedeiros
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PARASITOLOGIA X FARMÁCIA
• Importância?
• “Sinergia vital”- Leis Natural
Existe uma interdependência permanente dos seres
Ocorre uma reciclagem permanente
Permanente evolução e adaptação
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Relações entre espécies
Relações Intraespecíficas
• Entre indivíduos de uma
mesma espécie
• mais simples
• Exs: colônias, cardumes,
formigueiros, cupinzeiros,
colméias
Relações Interespecíficas
• Entre indivíduos de espécies
diferentes
• mais complexas
• Exs: comensalismo, forésia,
simbiose, parasitismo.
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X
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FORÉSIA
• Relação interespecífica
• Uma espécie fornece suporte, abrigo ou transporte à outra
• Ênfase nas relações de habitação e transporte
• Ex1: Remora (peixe-piolho) e tubarão
• Ex2: Dermatobia hominis (larvas = berne) e anofelinos, culicíneos ou outras
moscas
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COMENSALISMO
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• “Comensais” – os que comem à mesma mesa
• Aspecto nutritivo
• Melhoria das condições alimentares
• Ex: anêmonas do mar (actínias) e paguro
As garças-vaqueiras se alimentam de insetos que
ficam expostos à predação quando a vaca se movimenta.
COMENSALISMO
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OBS: COMENSALISMO E FORÉSIA são consideradas associações temporárias
e não obrigatórias para nenhuma das espécies. Cada qual mantém sua independência
orgânica, ingere, digere e metaboliza os alimentos que consegue mais facilmente ou em
condições de maior segurança, em virtude da convivência.
A rêmora pega carona no ventre do tubarão para se alimentar dos
restos de seu alimento.
PARASITISMO
• Relação interespecífica
• Contato permanente e em nível histológico
• Grau de dependência metabólico (nutritiva)
• Ectoparasitos X Endoparasitos
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Vivem externamente no corpo do
hospedeiro. Obtém o oxigênio
diretamente do meio externo
Ex: Pulga, Piolhos, Carrapatos,
Tunga penetrans (pele do porco ou do
homem) Berne (parasita a pele)
Vivem internamente no corpo do
hospedeiro. Habitam as cavidades naturais
ou dos tecidos, dependendo totalmente de
seus hospedeiros como fonte nutritiva
Ex: Bactérias, Protozoários, Trypanosoma
cruzi, Plasmodium vivax, Ascaris lumbricoides
MUTUALISMO E SIMBIOSE
Considerados casos particulares de parasitismo
• Mutualismo: o parasito elabora produtos que são utilizados pelo hospedeiro
lhe trazendo benefícios, a convivência além de íntima e duradoura é
reciprocamente vantajosa.
• Simbiose: é um caso extremo, onde nenhuma das 2 espécies pode viver sem a
outra.
Ex: cupins e triconinfas de seu tubo digestivo (digestão da celulose).
Ex: relação materno-fetal 17
Abelha dispersando o pólen Relação mutualista da
formiga com a planta Liquens
Parasitismo
• Toda relação ecológica, desenvolvida
entre indivíduos de diferentes
espécies, em que se observa, além de
associação íntima e duradoura, uma
dependência metabólica de grau
variável.
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Parasitismo • O estabelecimento das relações são muito mais íntimas.
• A intimidade se manifesta pelo contato permanente em nível histológico.
• Um dos organismos passa a ser o meio ecológico do outro.
• Diferentes graus de dependência metabólica.
• Especificidade Parasitária:
Eurixenos Estenoxenos
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Admitem grande variedade
de hospedeiros possíveis
Ex: homem e Ascaris
lumbricoides
São estritos, quanto aos
hospedeiros
Ex: Toxoplasma gondii
Parasito – Hospedeiro – Vetor - Ambiente
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• Organismo que constitui o habitat normal de um parasito.
• O parasito necessita instalar-se nele para poder sobreviver
(crescer e multiplicar).
• Natural - fonte obrigatória
• Acidental ou ocasional - não obrigatório
Hospedeiro
Hospedeiro
Zoonose - parasitoses animais que
eventualmente são transmitidas ao
homem (hidatidose – carneiro).
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Hospedeiro
Reservatórios - hospedeiros
naturais que são fonte de infecção
para a forma humana da doença.
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Parasitismo e doença
• A relação parasito-hospedeiro pode produzir vantagens
mútuas - a presença do parasito não é necessariamente
uma doença.
• A patogenicidade do parasito leva a algum tipo de dano
ao hospedeiro.
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Máxima
“O bom parasito não mata seu
hospedeiro”.
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Vetor
• Capaz de transmitir o parasito (artrópode, molusco
ou outro veículo)
• Conceito da OMS - transmissor,
independentemente de ser ou não hospedeiro.
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Vetor • Biológico – Anopheles e o Plasmodium; Biomphalaria e o
Shistosoma
• Mecânico – Musca domestica veiculando ovos de Ascaris
• Inanimado ou fômite – seringa, espéculo vaginal,
verduras 26
MECANISMOS DE INFECÇÃO (MECANISMOS DE TRANSMISSÃO)
1. Porta de entrada no organismo do hospedeiro: via de infecção
*Oral (per os)
*Cutânea (per cuten)
*Mucosa (per mucus)
*Genital (per genus)
2. Se ocorreu ou não gasto de energia pelo parasito: forma de infecção
* Passiva - Quando não existe gasto de energia para a invasão.
* Ativa - Caso ocorra dispêndio energético para tal fim.
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Habitat dos parasitos
• Tubo digestivo
• Mucosas/Epitélio
• Orgãos internos (fígado, cérebro)
• Sistema fagocítico mononuclear
• Sangue, linfa e líquidos intersticiais
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Estabelecimento da Infeção
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• ingestão
• injeção
• penetração
Comportamento do parasito
• passivo
• passivo via vetor
• ativo
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Anopheles Culex
Carrapato
Berne
piolho
pulga
fitófagos
Ectoparasitas/ Vetores
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PARASITOSES
• Como se desenvolvem as doenças parasitárias?
• Quais são os fatores extrínsecos e intrínsecos que
devem estar presentes na ocorrência de uma doença
parasitária?
• As doenças parasitárias são consideradas endemias
no Brasil e no mundo mas, eventualmente, podem se
tornar epidemias ou surtos epidêmicos. Dificilmente
serão consideradas pandemias. 32
Ações de Parasitos sobre o Hospedeiro
• ESPOLIATIVA: absorção de nutrientes ou sangue de seu
hospedeiro. Ex: hematofagismo de mosquitos e barbeiros;
Ancylostomatidae, sangue da mucosa intestinal deixando pontos
hemorrágicos.
• TÓXICA: produção de enzimas que lesam o hospedeiro. Ex:
Ascaris lumbricoides provocam reações alérgicas; e ovos de
Schystosoma mansoni provocam reações teciduais no fígado,
intestinos e pulmões.
• MECÂNICA: impede o fluxo alimentar ou absorção dos alimentos.
Ex: Ascaris lumbricoides na alça intestinal; e Giardia lamblia no
duodeno. 33
Ações de Parasitos sobre o Hospedeiro
• TRAUMÁTICA:
Migração cutânea e pulmonar de Ancylostomatidae
Rompimento de hemácias por Plasmodium,
Úlceras intestinais causadas por Ancylostomatidae e Trichuris.
• IRRITATIVA: deve-se à presença constante do parasito no local, sem
provocar lesões.
Ex: ventosas de Cestoda na mucosa intestinal ou lábios de A.
lumbricoides.
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Ações de Parasitos sobre o Hospedeiro
• ENZIMÁTICA: durante o processo de penetração no hospedeiro. Ex:
cercárias de S. mansoni na pele;
E. histolytica e Ancylostomatidae ao lesar o epitélio intestinal para
obter alimento.
• ANÓXIA: qualquer parasito que consuma oxigênio da hemoglobina
ou produza anemia.
• Ex: Plasmodium (malária).
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Parasitos de Humanos
• Protozoa
• Helmintos
• Arthropoda
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Classificação dos parasitos segundo o modo de transmissão
Parasitos transmitidos entre pessoas devido ao contato pessoal ou
objetos de uso pessoal (fômites).
Parasitos transmitidos pela água, alimentos, mãos sujas ou poeira
Parasitos transmitidos por solos contaminados por larva (geo-
helmintoses)
Parasitos transmitidos por vetores ou hospedeiros intermediários
Parasitos transmitidos por mecanismos diversos
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Ciclos
• O desenvolvimento de um parasito se dá pela instalação no
hospedeiro.
• A passagem de um hospedeiro para outro, durante o
desenvolvimento do parasito obedece um programa regular
de acontecimentos = Ciclo Biológico.
• Conhecer o ciclo biológico do parasito permite que se
entenda a sua biologia e relações com os hospedeiros,
conseqüentemente a sua patogenicidade.
• Fornece uma visão de pontos de prevenção, tratamento e
controle das parasitoses.
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Ciclo
• Parasito monoxeno: necessita de um único hospedeiro para
completar o ciclo (hospedeiro definitivo).
• Ex.: Enterobius vermicularis e Ascaris lumbricoides
• Parasito heteroxeno: necessita de mais de um hospedeiro
para concluir seu ciclo de vida (hospedeiro definitivo e
intermediário).
• Ex.: Trypanosoma cruzi e Schistosoma mansoni. 39
hospedeiro
hospedeiro
Relação
sexual
Ciclo simples
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Ciclo vital dos principais parasitos de importância
para o homem.
Métodos para diagnóstico de protozoários
intestinais, helmintos intestinais e parasitos do
sangue e tecido.
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PARASITOLOGIA
Ciclo vital dos principais parasitos de
importância para o homem
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Introdução
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Agentes Etiológicos
Protozoários Helmintos
CISTOS
TROFOZOÍTOS
OOCISTOS
ESPOROS
VERMES ADULTOS
LARVAS
OVOS
Localizações mais freqüentes dos parasitas
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Protozoários PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS MAIS COMUMENTE
ENCONTRADO EM AMOSTRAS FECAIS
• PROTOZOÁRIOS
• Amebas
Entamoeba histolytica/dispar, Entemoeba coli, Endolimax
nana, Iodoamoeba butschlii, Balantidium coli
• Flagelos Giardia lamblia, Chilomastix mesnilli
• Coccídios Cryptosporidium parvum, Isopora belli, Ciclospora sp.
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PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS MAIS
COMUMENTE
ENCONTRADO EM AMOSTRAS FECAIS
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PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS MAIS
COMUMENTE
ENCONTRADO EM AMOSTRAS FECAIS
Oocistos
Cryptosporidium sp.
Oocisto
Isospora belli
Oocisto de
Ciclospora cayetanesis
Coccídios
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PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS MAIS
COMUMENTE
ENCONTRADO EM AMOSTRAS FECAIS
Giardia lamblia Chilomastix mesnili
Flagelados
Tichomonas vaginalis
PRINCIPAIS HELMINTOS INTESTINAIS DO HOMEM
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HELMINTOS INTESTINAIS MAIS COMUMENTE
ENCONTRADO EM AMOSTRAS FECAIS
HELMITOS
Neomatódeos
Ascaris lumbricoides, Ancilostomideos, Enterorobius
vermucularis, Strongyloides stercolaris, Trichuris trichiura, Filárias
Trematódeos
• Schistosoma mansoni, Fasciola hepática
Cestódeos
Taenia sp., Hymenolepis diminuta, Hymenolepis nana
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HELMINTOS INTESTINAIS MAIS COMUMENTE
ENCONTRADO EM AMOSTRAS FECAIS
Nematódeos
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Cestódeos
HELMINTOS INTESTINAIS MAIS COMUMENTE
ENCONTRADO EM AMOSTRAS FECAIS
Trematódeos
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F I M
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