relatoria quarta oficina de revisÃo do projeto
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RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
CAMPUS BAIXADA SANTISTA
EIXO TRABALHO EM SAÚDE
Apresentação da relatoria elaborada a partir do material de registro da terceira oficina de revisão do
projeto pedagógico que discutiu a relação dos eixos específicos com o eixo comum Trabalho em
Saúde no dia 22 de junho de 2015.
Santos, junho 2015
I – Material das tarefas prévias à oficina:
A tarefa prévia à oficina a ser realizada pelos Núcleos Docentes Estruturantes (NDEs) e
pelo próprio eixo comum foi a reflexão a partir da questão: Qual a importância do eixo Trabalho em
saúde na formação do egresso dos cursos de graduação?
E ainda suas considerações em relação a carga horária, conteúdo e método das unidades
curriculares do eixo trabalho em saúde.
Segue então a transcrição na íntegra do material enviado por cada grupo para atender a
estas tarefas.
1. Eixo TS
O Eixo Trabalho em Saúde realiza a construção de um trabalho comum entre profissões.
Trabalha com ênfase na aprendizagem a partir de situações vivenciadas no cotidiano das práticas,
com interação e exposição à situações complexas são pontos de partida para aprendizagem, e
enfoque na articulação teóricoprática.
PERCURSO FORMATIVO:
MÓDULOS:
a) 1o termo: “Saúde como processo: Contextos, concepções e práticas I”
Objetivo: Analisar e discutir o processo saúde e doença na perspectiva do sujeito em
território, e as implicações para a prática profissional em saúde.
Conteúdo: A cidade –território de vida; Desigualdades e iniquidades; Concepções de
saúdedoença; Determinação social da saúde.
Estratégias Pedagógicas: Exercícios de reflexão e discussão de textos; Aulas dialogadas;
Trabalho de campo: 1. os territórios da cidade, 2. entrevista com moradores; Produção de diários de
campo; http://mostrats2015.wix.com/imostraexperiencias.
Avaliação: Somativa, formativa e processual; Notas do grupo –50%
(Seminários/facilitadores: 2,0; Mostra: 3,0); Notas individuais –50% (Diário de campo 1: 2,5;
Diário de campo 2: 2,5).
b) 2o termo: “Saúde como processo: Contextos, concepções e práticas II”
Objetivo: Compreender a constituição histórica da política nacional de saúde, princípios,
diretrizes e bases legais e a organização dos serviços, bem como identificar as contribuições da
epidemiologia na gestão em saúde.
Conteúdo: Política de Seguridade Social; Política Pública de Saúde no Brasil histórico;
SUS –reforma sanitária, princípios, diretrizes; Epidemiologia: Indicadores de condições de vida e
saúde; Transição demográfica, epidemiológica e nutricional.
Estratégias pedagógicas: Aulas dialogadas; Desenvolvimento de roteiros de campo;
Trabalhos de campo; Produção de Diários de Campo.
Avaliação: Notas do Grupo 15% (Linha do tempo: 1,0; Indicadores: 0,5); Notas
individuais –85% (Entrevistas: 1,0; Diário de Campo: 2,0; Boletim Epidemiológico: 2,0; Prova
Escrita: 3,0; Participação: 0,5).
c) 3o termo: “Clínica Integrada: Necessidades e demandas em saúde”
Objetivo: Contribuir para a construção de uma prática clínica comum aos diversos
profissionais de saúde que considere a realidade vivida pelas pessoas e as diversas dimensões
envolvidas no processo saúde/doença/cuidado profissional.
Conteúdos: Narrativas como dispositivo de intervenção; Desenvolvimento de vínculo e
escuta; Demandas e necessidades de saúde.
Estratégias pedagógicas: Construção de diários de campo; Produção de narrativas;
Supervisão; Trabalhos de campo (6).
Avaliação: Notas da dupla –50% (Narrativa: 5,0); Notas individuais –50% (Relatório
reflexivo: 3,0; Diários de Campo: 1,0; Participação nas atividades e supervisões: 1,0).
d) 4o termo: “Clínica Integrada: atuação em grupos populacionais”
Objetivo: Possibilitar experiências de trabalho em grupos de estudantes com grupos
populacionais e exercitar a capacidade para planejar e programar intervenções em coletivos.
Conteúdos: Atuação “em grupos”e “com grupos”; Dimensão educativa; Promoção da
Saúde e prevenção de doenças.
Estratégias pedagógicas: Organização de Planos de Ação; Elaboração de Diários do
Grupo; Supervisão; Trabalhos de campo: intervenção em grupos populacionais (6).
Avaliação: Notas do grupo –80% (Plano inicial e análise crítica final de trabalho: 4,0;
Elaboração do pôster e apresentação oral: 2,0); Notas individuais –20% (Participação nas atividades
de aula e campo, incluindo seminários: 2,0).
e) 5o e 6o termos: “Clínica integrada: produção de cuidado”
Objetivo: Formação de uma clínica comum aos vários campos profissionais, avançando na
produção e gestão do cuidado individual e coletivo em saúde.
Conteúdos: Projeto terapêutico singular; Raciocínio e abordagem clínica; Organização das
redes formais de serviços: Gestão das linhas de cuidado; Matriciamento; Integralidade do cuidado,
promoção da autonomia e dos direitos dos usuários; Território: Condições de vida e redes informais.
Estratégias pedagógicas: Acompanhamento de casos ou grupo; Sistematização das
informações –elaboração de diários e relatórios; Estudos de casos e pesquisas; Apresentação e
discussões de casos em equipe (estudantes e profissionais dos serviços); Trabalhos de campo (14).
Avaliação: Avaliação contínua e formativa. Notas do grupo (Entrega de projeto inicial;
Projeto terapêutico singular final); Notas individuais (Frequência; Participação nas discussões).
PARTICIPAÇÃO DOCENTE NO EIXO:
MONITORIA:
PROPOSTAS DE ALTERAÇÕES EIXO TRABALHO EM SAÚDE:
a) 1o termo: Novo nome do módulo para “Condições de vida e a produção social de
saúde”
Realizar apenas um campo e compartilhar o material/produto do campo com o Eixo
Inserção Social
Carga horária: de 80hs para 60hs
b) 2o termo: Novo nome do módulo para “Políticas Públicas: os sistemas únicos de
saúde e de assistência social no Brasil”
Seguridade Social SUS/SUAS; Previdência/direitos –INSS; Desafios do século XXI:
transições demográfica, epidemiológica e nutricional; Compartilhar organização com o SS
Proteção Social SUS/ SUAS; (participação conjunta de professores do SS em aulas (1 ou 2);
Realizar 2 campos.
Carga horária: de 80hs para 60hs
c) 2o termo NOVO MÓDULO ELETIVO: “O processo saúdedoença nos coletivos
populacionais”
Raciocínio epidemiológico, análise de indicadores de saúde e de condições de vida,
análises espaciais em saúde, sistemas de informação em saúde).
Carga horária: 40 horas; A ser construído e implementado com docentes dos Eixos
Específicos;
Sugestão: para o Eixo IS inverter o 2º pelo 3º termo para dialogar diretamente com os
módulos da TS (2º termo: Capitalismo/desigualdade/direitos; 3º termo: Ideologia/Subjetividade).
d) 3o termo: Novo nome do módulo para “O Sujeito social: construção de narrativas”
Carga horária: de 80hs para 68hs
e) 4o termo: Novo nome do módulo para “Prática integrada atuação em coletivos”
Objetivo: Proposta de articular com ações intersetoriais no território para discutir com os
serviços (saúde, assistência, educação e cultura); Enfoque na promoção de saúde.
Conteúdo: Promoção em saúde; trabalho em equipe, intersetorialidade e construção de
redes; Trabalhar a grupalidade entre alunos.
Carga horária: de 80hs para 68hs
f) 3o e 4o termos em Módulos concomitantes:
– 2 a 3 docentes de cada Eixo Específico dependendo do número de alunos matriculados
que pode variar de 240 a 280 + 9 docentes SC;
– 6/7 docentes dos Eixos Específicos: Módulo de narrativas ( 1 SS V e 1 SS N) + 4/5 SC;
6/7 docentes dos Eixos Específicos: Módulo atuação em coletivos (1 SS V e 1 SS N) + 4/5 SC;
– Fixar campos no módulo: atuação em coletivos;
– Transporte: pode dobrar em número no semestre (6 a 7 para 12/14);
– Maior rigidez no cronograma para utilização das salas
– Apresentação final das narrativas e ação em coletivos, poderá ser compartilhada
– Campos: maior articulação com estágios, extensão,
– Parcerias institucionais com as Secretarias da Saúde, Educação e Assistência Social
g) 7o termo NOVO MÓDULO: “Agir em Rede: produção de integralidade”
Compartilhar horas (?) dos últimos anos e realizar um Grupo de Trabalho com as áreas
específicas para pensar em uma proposta integrada.
Ementa: Partese da recuperação e articulação dos conteúdos dos módulos precedentes que
podem embasar o desenvolvimento das estratégias de ensino no 7º termo, com destaque para os
módulos do eixo TS, IS e os dos Eixos Específicos relacionados à situação dos sujeitos territórios e
no mundo do trabalho, às políticas públicas voltadas para o enfrentamento das desigualdades sociais
seus efeitos nas condições de vida e trabalho, discutindo as mediações entre os fenômenos que se
passam no nível dos sujeitos e as questões socioeconômicas no nível macro, ou seja, abrangendo as
várias dimensões do que poderia vir a ser um sistema de bem estar social.
Objetivos: propiciar a formulação e execução de ações construídas entre as profissões, em
um determinado território, visando a integralidade da atenção, tendo como base a afirmação de
direitos sociais, notadamente à educação, À saúde, à habitação, a condições adequadas de trabalho,
à segurança alimentar, à cultura, ao lazer, ao meio ambiente saudável.
2. Educação Física
O Núcleo Docente Estruturante (NDE) em reunião realizada em 01/06/2015, que contou
com membros da Comissão de Curso, cumpriu com sua tarefa em refletir sobre duas questões afetas
ao Eixo comum “Trabalho em Saúde” (Eixo TS).
a) Qual a importância do eixo O ser humano em sua inserção social na formação do
egresso dos cursos de graduação?
O percurso proposto pelo TS é imprescindível para a formação acadêmica dos alunos do
curso de Educação Física, uma vez que os módulos abordam os conhecimentos relacionados à saúde
coletiva, epidemiologia, promoção da saúde, educação em saúde e clínica comum, caros à formação
do horizonte do Sistema Único de Saúde (SUS), que é o foco da formação interdisciplinar e
interprofissional da instituição.
Ou seja, não há dúvida, para o NDE do curso de Educação Física, que o TS contribui para a
formação do egresso.
b) Reflexão quanto a conteúdo, carga horária e método das unidades curriculares do
referido Eixo:
No que se refere à dimensão do conteúdo e carga horária, o curso considerou os seguintes
fatores:
1. Relação conteúdo x carga horária do 1º ano (1º e 2º termos);
2. Problemas de ordem operacional e pedagógica nos módulos do 2º ano (3º e 4º termo);
3. Potencial de ações e atividades no módulo do 3º ano (5º/6º termo).
Em relação ao ponto 1, acreditase que os conhecimentos abordados (sujeito, território,
concepções de saúde e atenção, desigualdades e iniquidades em saúde, políticas públicas, reforma
sanitária, SUS, raciocínio epidemiológico e transição demográfica) nos módulos 1º e 2º termos
(Saúde como processo: contexto, concepções e práticas I e II) podem ser trabalhados com uma carga
horária menor que a atual (160h). Entretanto, não se sugere o corte de algum conhecimento, mas a
redução de sua abordagem.
Em relação ao ponto 2, acreditase que o módulo do 3º termo (Prática clínica integrada:
análise de demandas e necessidades em saúde) possui um conhecimento extremamente pertinente,
porém, por vezes, trabalhado de forma não coerente com o plano de ensino. O mesmo, que aponta
para um conteúdo programático que abarca a Clínica comum, o papel dos agentes comunitários, os
determinantes da saúde e as narrativas, possui grande ênfase nesta última. Isso se torna um
problema à medida que, frequentemente, as narrativas são desenvolvidas com o foco no próprio
processo de sua produção (do texto, da história de vida das pessoas) sem a devida reflexão para os
outros tópicos listados no plano de ensino. Nesse sentido, sugerese a centralidade nas demandas e
necessidades em saúde e a utilização das narrativas como o instrumento favorecedor de um olhar
mais humanizado e contextualizado do processo saúdedoença que emerge no contato com o outro.
Outra consideração é sobre a continuidade deste módulo, principalmente, no terreno das ações.
Nesse quesito sugerese que este módulo, ou parte de outro, consiga desenvolver uma parte aplicada
às demandas e necessidades em saúde dos munícipes que tiveram suas histórias narradas, embora se
saiba da potência terapêutica das narrativas. No que se refere ao 4º termo (Clínica integrada: atuação
em grupos populacionais) avaliouse que a diversidade de proposições e atividades desenvolvidas
pelos diferentes professores não tem garantido uma experiência comum para todos os alunos de
todos os cursos, principalmente relacionada ao trabalho com grupos na perspectiva de uma
educação emancipatória em saúde. Assim, sugerese que este módulo possa incorporar parte das
demandas do 3º termo, relatadas acima, ou passe a responder pelas demandas do módulo do 3º ano
(Clínica integrada: produção de cuidado).
Nesse interim, o módulo do 3º ano, poderia abarcar tanto as demandas de projetos
terapêuticos singulares quanto de coletivos, como já descrito no plano de ensino. Assim, seria
possível corrigir o hiato existente no 4º termo.
Em relação à demanda histórica do curso de Educação Física pela continuidade das ações
do eixo TS no 4º ano, avaliouse que a melhor proposta seria a de oferta de módulos eletivos
interdisciplinares pelo eixo TS, haja vista que os estágios e/ou práticas supervisionadas, já aventadas
em ocasiões anteriores, possuem tantas nuances específicas e legais que, nesse momento, parecem
ser inviáveis.
Nesse sentido, em termos de carga horária, propõese o seguinte:
1º ano – Saúde como processo: contexto, concepções e práticas I e II”: cursados em 120h
ao invés de 160h. Fica a critério do eixo TS a melhor divisão (40h e 80h, respectivamente, ou, o
contrário);
2º ano – “Prática clínica integrada: análise de demandas e necessidades em saúde” e
“Clínica integrada: atuação em grupos populacionais”: cursados em 120h ao invés de 160h,
guardadas as devidas reflexões descritas acima;
3º ano – “Clínica integrada: produção de cuidado”: manter as atuais 80h.
4º ano – Oferta de módulos eletivos interdisciplinares de 40h.
De acordo com essa proposta, o eixo TS passaria a ter 320h em módulos obrigatórios ao
invés das atuais 400h (20% de redução), o que estaria coerente com 2 dos 3 princípios que regem a
reformulação do Projeto Pedagógico do curso de Educação Física, a saber: redução de carga horária
e flexibilização curricular.
No que se refere às estratégias metodológicas para o desenvolvimento dos módulos, o
curso fez reflexões em 2 direções: operacional e avaliativa. No que se refere ao aspecto operacional,
avaliouse que o atual número de professores colaboradores do eixo específico que atuam no eixo
TS precisa ser redimensionado.
Sabese que este número não tem sido equânime e muito menos consensual. Nesse sentido,
sugerese que os módulos do 2º e 3º ano possam ter, no máximo, 2 docentes de cada eixo específico
por módulo. Para os módulos do 1º ano sugerese que estes continuem sendo ministrados apenas
pelos docentes do eixo TS.
Em relação à dimensão avaliativa, notouse, pelo relato dos professores do eixo TS
presentes na reunião deste NDE, que a proporção da nota individual e coletiva é, respectivamente,
40% e 60%. Embora haja a compreensão de que os instrumentos avaliativos são coerentes com os
objetivos do eixo TS como um todo, sugerese que a proporção em termos de nota seja invertida
(60% para nota individual e 40% para nota coletiva) ou ao menos equânime, haja vista a
necessidade de o aluno ser autônomo frente as demandas da formação e respectiva atuação e da
média atual ser de 6,0.
Fazse necessário ressaltar que se sabe da dificuldade das reformulações de projetos
pedagógicos e, mais ainda, de projetos pedagógicos comuns, como é o desse campus. Entretanto, o
mesmo exercício que ora é feito por meio desse documento, propondo outras formatações para o
eixo TS, também tem sido feito no eixo específico de Educação Física, o qual tem apontado para um
caminho mais interessante na formação, no mínimo, mais arejada. Para o NDE do curso de
Educação Física, uma condição de Semana Padrão ideal seria o aluno cursar entre 480 e 520h de
carga horária no semestre, ilustrado abaixo:
Nessa configuração (480h) e/ou em suas possíveis variações, entendemos que o aluno,
além da possibilidade de ter uma área livre, estaria inserido num contexto de no, máximo, 6h diárias
em sala de aula, o que pode representar um ganho em termos de qualidade nos estudos e
engajamento nos programas institucionais da graduação.
Por fim, há o entendimento de que essa proposta avança, em termos de projeto comum, em
comparação com a apresentada em maio de 2014, por meio do Memorando 01/2014NDE
EDUCAÇÃO FÍSICA.
Nesse sentido, reitero que o canal de diálogo continua aberto, estando disponível para
maiores esclarecimentos.
3. Fisioterapia
A partir dos questionamentos sugeridos para análise dos eixos comuns no processo de
revisão do projeto pedagógico do Campus Baixada Santista, o curso de fisioterapia por meio de seu
Núcleo Docente Estruturante aponta as reflexões a seguir.
I – Qual a importância do Eixo Trabalho em Saúde na formação do egresso dos cursos de
graduação?
A partir da análise das diretrizes curriculares nacionais e para cursos de fisioterapia e dos
pressupostos de formação do Projeto Político Pedagógico do Campus Baixada Santista, o NDE
aponta que o referido eixo tem extrema importância na formação do fisioterapeuta e seu trabalho
reforça a formação de um profissional preparado para atuar em equipe interprofissional com ênfase
na integralidade ao cuidado ao indivíduo e/ou sua família.
II – Reflexão quanto a conteúdo, carga horária e método das unidades curriculares do
referido Eixo.
Na análise dos planos de ensino de todos os módulos do eixo o NDE apontou os seguintes
aspectos para serem discutidos na oficina:
– 1o e 2o termos: não há apontamentos do NDE quanto à carga horária, porém analisandose
os conteúdos trabalhados nos dois módulos sugerimos que as temáticas “O direito à saúde e o papel
do Estado”, “História da política de saúde no Brasil”, “Organização sanitária do Brasil”,
“Reforma sanitária brasileira”, “A criação e implementação do Sistema Único de Saúde”, possam
ser antecipadas para o 1o termo a fim de contextualizar melhor a importância do conhecimento do
território.
– 3o termo: não há apontamentos do NDE quanto à carga horária, porém sugerese que as
aulas teóricas iniciais possam ser realizadas em turmas maiores com até 4 subgrupos docente/aluno
na mesma sala para tornar as discussões mais homogêneas em relação aos temas trabalhados no
módulo. No momento da atividade de campo cada subgrupo de alunos vai com seu docente para a
atividade e nos dias de supervisão o período poderia ser dividido em 2 horários com 2 subgrupos em
cada horário de forma que já possam compartilhar as experiências ao longo do módulo e não apenas
no final.
– 4o termo: este módulo não tem funcionado a contento, a própria ementa do módulo no
plano de ensino se mostra frágil. Não se mostra como continuidade do 3o termo e as atividades
práticas se tornam repetitivas em relação ao 5o/6o termo. O NDE sugere a extinção deste módulo e
incorporação dos temas “Atividades grupais”, “Dimensão Educativa/Pedagógica das práticas em
saúde” e “Organização e Planejamento das práticas em saúde” no 5o/6o termo visto que a prática
de atuação em grupos populacionais já é desenvolvida no 3o ano e pode ser ampliada com essa
reestruturação. Com esta extinção sugerese ainda que o módulo do 3o termo possa ser ofertado
também no 4o termo (ambos com meia turma em cada semestre com o já ocorre no 3o ano) para
poder proporcionar uma continuidade mais significativa das narrativas.
– 5o/6o termo: o NDE não fez apontamentos para esses módulos além dos que já foram
mencionados no item anterior em relação ao módulo do 4o termo.
Ainda, após todas as análises realizadas pelo NDE do curso de fisioterapia persistiram
algumas dúvidas e apontamentos gerais:
Qual a totalidade de docentes do eixo (núcleo duro)?
Em quantos módulos cada docente do eixo atua?
Em relação à Mostra realizada no 1o ano não há clareza no plano de ensino e fica a
impressão de ser muito complexa para o aluno realizar a partir dos temas trabalhados
no módulo.
É necessário assegurar mais claramente que as discussões realizadas pelo eixo
priorizem o que realmente é comum sem deixar que adquiriam a tendência de textos
mais direcionados a áreas específicas.
Maior garantia de significado das visitas para todos os alunos e sujeitos visitados de
forma que isso não na dependência do perfil e/ou direcionamento de cada docente
responsável por um subgrupo de alunos.
Garantia de negociação institucional que permita que as atividades de campo possam
ser realizadas em locais que realmente trarão significado e resultado às pessoas que
serão acompanhadas pelos alunos.
Quando a demanda para as narrativas vem de um serviço vinculado à Secretaria de
Saúde ou de Assistência social encontrase mais significado para a atividade
realizada.
Os módulos do 5o e 6o termos deveriam ter os anteriores como prérequisitos.
4. Nutrição
Tendo como referencia o perfil do egresso do curso de Nutrição, qual o papel o lugar que o
Eixo Trabalho em Saúde (TS) ocupa na trajetória do estudante?.
Sobre este ponto, o NDE do Curso de Nutrição faz as seguintes considerações gerais:
O Projeto Pedagógico do Campus apresenta uma concepção consistente e é uma proposta
inovadora para formação em saúde; neste sentido, percebemos a oportunidade de promover ensino,
extensão e pesquisa em um modelo que converge com as propostas mais inovadoras sobre formação
superior na área;
– O ponto de partida para subsidiar a reflexão sobre o papel do Eixo TS é o PP do
Campus, no sentido de resgatar as ideias originais que sustentam o modelo proposto para a
organização das matrizes;
– Ao valorizar o projeto original, o NDE Nutrição entende que a sua implantação não tem
sido acompanhada das condições para o alcance de seus objetivos. São indicadores objetivos desta
situação o fato de não ter sido estruturada formalmente um acompanhamento pedagógico do
processo desde 2006; isto delegou aos Cursos e sem alinhamento, a organização de seus Projetos
Pedagógicos; o ingresso de docenteschave para a condução do PP desenhou um movimento de
aproximação que não se discutiu entre os Eixos. Isso vem gerando inúmeras questões como a falta
de isonomia na carga horária docente dedicada à graduação; falta de dialógo dos Eixos Comuns com
os Cursos de Graduação e como conseqüência, conhecimentos necessários para a formação dos
estudantes, que deveriam ser abordadas pelos eixos comuns, passam a ser incorporadas pelos eixos
específicos;
– As limitações estruturais para a gestão acadêmica da implantação do PP igualmente se
refletiu na fragilidade de instrumentos de acompanhamento e avaliação; os poucos dados
disponíveis estão restritos à percepção dos estudantes sobre os módulos, em coletas não sistemáticas
e com; o NDENutrição entende ainda que outros indicadores são relevantes para a avaliação do PP
do Campus, tais como a produção docente e demais condições para o desenvolvimento do tripé
ensinopesquisaextensão, de forma a reunir dados para avaliar a viabilidade desse modelo nas
condições que temos;
Com estas considerações, o NDENutrição conclui que este estado de coisas se agrava pelo
seguinte aspecto: uma percepção, por parte dos Eixos Comuns, incluindo o Eixo TS, que parece
valorizar a formação de um bacharel em saúde e que contraria a concepção do Eixo Específico que
entende a participação dos Eixos Comuns como parte do mesmo projeto de formação – talvez uma
confusão entre autonomia e independência dos Eixos Comuns no que se refere à sua articulação
com o PP do Curso.
CONSIDERAÇÕE SOBRE EIXO TS:
O programa desenvolvido no eixo TS é fundamental aos cursos da área da saúde no
campus, por ter como objetivo desenvolver a integralidade no cuidado, a capacidade de escuta e o
trabalho em equipe interprofissional. No entanto, fazse necessário tecer alguns comentários quanto
ao formato (logística do eixo, assim como de lacunas de conteúdo que foram identificadas.
Os pontos levantados para discussão foram identificados nos registros das oficinas de
planejamento realizadas pelo Curso de Nutrição em agosto(2011, fevereiro(2012, maio(2013,
setembro(2013, janeiro(2014, Agosto de 2014 e em reuniões da Comissão de Curso.
a) Formato/logística:
O eixo TS Demanda elevada carga horária dos docentes envolvidos tanto do eixo comum
como do específico. É fundamental adequar o Eixo TS a estrutura e número de docentes atuais no
Campus, uma vez que não há expansão no quadro de vagas no cenário de curto e médio prazo.
Assim, para cumprir o programa desenvolvido pelo corpo docente do TS é necessária uma grande
demanda de tempo dos docentes e redução da sua participação no Eixo Específico, e isso não se
sustenta. Um exemplo o tempo dedicado aos módulos do 2º ano do TS vai muito além das 80
horas devido à necessidade de vários encontros nos locais para um trabalho de construção que
inclui: sensibilização da equipe de saúde, escolha dos casos e visita aos casos para apresentação da
proposta do módulo, fechamento com a equipe (nem sempre possível quando da conclusão do
módulo).
O agravante é que o programa não foi plenamente pactuado com a totalidade dos docentes
que se pretende envolver (as reuniões nunca foram efetivas para cumprir esse objetivo). É
necessária uma avaliação profunda para sustentar que esse é o modelo necessário para desenvolver
os princípios da integralidade no cuidado, a capacidade de escuta e o trabalho em equipe
interprofissional e não que não seria possível fazer a mesma coisa com um programa com carga
horária menor. É preciso rever de pontos do programa.
Há necessidade de melhor gestão do eixo de forma que consiga alocar os docentes em
unidades/territórios onde já desenvolvam atividades do específico ou que reflitam suas práticas no
Campus, por exemplo, extensão, residência, estágio, PET. Isto significa melhorar a gestão dos
arranjos internos, protagonizando a interlocução com os docentes dos módulos e também
interlocução com os serviços e SMS.
Nos territórios que recebem algumas ações há demanda por articular e unificar: estrutura,
sensibilização da equipe e a articulação dos cenários de prática.
Também há necessidade de escuta às demandas do eixo específico, apresentando propostas,
ajustes ou impossibilidades de forma clara e objetiva. Isto também significa manter o eixo
específico informado das modificações que são feitas nos seus módulos a partir dos planejamentos
anuais.
b) Conteúdos/lacunas/demandas:
– 1º e 2º TERMOS:
Identificação de necessidade de maior abordagem sobre as políticas públicas
PNAB, vigilância epidemiológica e sanitária, hepatites, TB, hanseníase, assim como
ações para média e alta complexidade.
O eixo TS no primeiro ano poderia se voltar mais a conteúdos básicos/clássicos da
formação em saúde pública, principalmente se considerarmos que no segundo ano eles
discutirão narrativas e grupos e terão conteúdos o ano inteiro para discussão de sujeitos,
humanização etc.
Necessidade de aprofundamento dos indicadores de saúde, como dados de estatística
vital e do sistema nacional de informações utilizados pela Saúde Coletiva.
Aprofundar a discussões sobre transição demográfica, epidemiológica e nutricional.
Estudantes chegam à TS no quinto e no sexto termos, assim como aos estágios, sem
conseguir identificar/situar o seu local de atuação no conjunto da Rede Municipal de
Saúde.
4º TERMO:
É difícil trabalhar educação em saúde, como processo contínuo, em 4 ou 5 encontros.
Além disso, como o módulo só ocorre semestralmente, também não há continuidade ao
longo do ano. Essa descontinuidade é fruto de insatisfação e prejudica o vínculo com os
serviços.
Na oferta do módulo, é difícil dar conta de trabalhar conceitos específicos. Por
exemplo, se vamos trabalhar com crianças na escola – além das leituras gerais que o
módulo sugere, necessitaríamos resgatar as políticas de promoção de saúde nesses
espaços e não dá tempo, o aluno quase sempre chega despreparado.
Conteúdos de promoção de saúde, com a abordagem em práticas educativas, que
constituem a base do que é esperado para a área de Educação Alimentar e Nutricional
(EAN), deveriam ser ministrados no 4º termo do TS, segundo o PPC. Dentre eles, a
elaboração do plano de ação, a estruturação das atividades educativas. Os alunos
chegam ao estágio sem saber planejar essas atividades. Um levantamento realizado com
docentes da Nutrição e TAEs sobre a formação em EAN dos alunos traz os seguintes
pontos: A maioria dos estagiários demonstra criatividade na idealização das ações
educativas, especialmente em relação às temáticas, estratégias e dinâmicas. Também
demonstram habilidades para o trabalho interdisciplinar e integrado. Embora tenham
noção geral das etapas de planejamento para a realização de atividades educativas,
apresentam dificuldade em planejar as ações e descrever objetivos (especificamente
diferenciar objetivos gerais/específicos dos objetivos educativos), identificar os
conteúdos programáticos, descrever adequadamente a metodologia, detalhar os recursos
necessários e definir formas de avaliação somativa e formativa. Tem dificuldade com a
linguagem/habilidades de comunicação. Não conseguem entender o processo como
contínuo. Dificuldade em estabelecer mensagens claras. Sensação de que “fazem por
fazer”.
GERAL
Conteúdos abordados no eixo TS são heterogêneos tanto em relação ao que os
estudantes encontrarão nos cenários (”o conteúdo de vigilância sanitária pode ser
trabalhado dependendo do cenário em que os alunos estão inseridos. O mesmo vale
para vigilância epidemiológica” – representante eixo TS em jan/14) como em relação a
forma de trabalhar dos docentes. É necessário que, independentemente do grupo em que
o estudante seja inserido, a ementa e objetivos dos módulos sejam alcançados.
Conteúdos sobre saúde do trabalhador e matriciamento não estão contemplados ou
são insuficientes.
c) IDEIAS E SUGESTÕES
Sobre o formato do eixo: o primeiro ano atual deveria ser condensado no primeiro
semestre. A estratégia das narrativas poderia ser desenvolvidas no segundo semestre, de
forma mais enxuta, mantendo a abordagem prevista na ementa da análise das necessidades
e demandas em saúde. O conteúdo do quarto termo poderia ser desenvolvido ao longo de
todo o segundo ano, com metade da turma (alunos divididos em A e B(, deixando carga
horária da outra metade livre para outras atividades curriculares, como ocorre no terceiro
ano, garantindo a continuidade do trabalho de educação em saúde. Terceiro ano: manter da
forma atual.
Sobre a participação dos docentes:
– Cenários do eixo TS onde já se desenvolvam atividades do Campus, por exemplo,
extensão, residência, estágio, PET.
– Apoio na etapa de construção do vínculo dos cenários de práticas, escolha de casos
com maior participação dos professores do eixo comum. Não poderia existir um
núcleo de apoio (técnicos)?
Modificação no formato da participação dos docentes do eixo específico: momentos
pontuais da trajetória dos módulos, com grupos maiores de alunos e professores de mais
eixos específicos nesses momentos (aumentar o potencial da discussão interdisciplinar).
Participação de docentes dos outros eixos comuns no Eixo TS.
Núcleo de professores do eixo comum mais próximos para a discussão de casos (rede
de apoio).
5. Psicologia
Na concepção do curso de psicologia os objetivos do curso são como se segue:
Objetivo Geral:
Formar psicólogos que atuem na perspectiva da saúde e que contribuam para o
desenvolvimento da pesquisa e da Psicologia na perspectiva social, educacional e clínica.
Objetivos Específicos:
Desenvolver sólida formação científica que permita ao futuro profissional se inserir nos
diferentes setores do mercado de trabalho: público, privado, terceiro setor e trabalhar como
autônomo ou consultor.
Desenvolver postura crítica sobre o conhecimento disponível;
Compreender criticamente os fenômenos sociais, econômicos, culturais e políticos do país,
fundamentais ao exercício da cidadania e da profissão;
Desenvolver interlocução com campos de conhecimento que permitam a apreensão da
complexidade e multideterminação do fenômeno humano e psicológico;
Desenvolver a habilidade de reconhecimento da diversidade de perspectivas necessárias para
compreensão do ser humano em sua integralidade;
Desenvolver competências e habilidades que configuram o perfil do psicólogo a partir da
prática profissional necessariamente alicerçada em conhecimentos científicos e em uma postura
ética;
Desenvolver a habilidade de atuar multiprofissionalmente e interdisciplinariamente, sempre
que a compreensão dos processos e fenômenos envolvidos assim o recomendar;
Desenvolver o domínio de técnicas e ferramentas voltadas para a ação profissional, não
reduzindo a formação ao domínio de tecnologias de intervenção.
Atuar em diferentes contextos, considerando as necessidades sociais, os direitos
humanos e tendo em vista a promoção da qualidade de vida dos indivíduos, grupos,
organizações e comunidades;
Atuar em diferentes níveis de ação: promocional, preventivo ou terapêutico,
considerando as características das situações e dos problemas específicos com os quais se
depara;
Desenvolver a capacidade de realizar orientação, consultoria psicológica e
psicoterapia;
Desenvolver a habilidade de avaliar fenômenos humanos de ordem cognitiva,
comportamental e afetiva, em diferentes contextos;
Realizar diagnósticos e avaliações de processos psicológicos de indivíduos, de
grupos e de organizações;
Elaborar projetos, ações e avaliações, de forma coerente com referenciais teóricos e
características da populaçãoalvo;
Desenvolver habilidade de coordenar e facilitar processos grupais, considerando as
diferenças individuais e sócioculturais;
Desenvolver a habilidade de identificar, definir e formular questões de investigação
científica no campo da Psicologia;
Elaborar relatórios científicos, pareceres técnicos, laudos e outras comunicações
profissionais, inclusive materiais de divulgação que permitam o aprimoramento da ciência e das
práticas profissionais;
Desenvolver a habilidade de apresentar trabalhos, expressar, desenvolver e discutir
ideias em público;
O perfil do egresso do Curso de Psicologia da UNIFESP contempla:
Formação pluralista, aprofundada e orientada para temas e questões do desenvolvimento
regional;
Formação consistente, crítica e com um perfil profissional generalista;
Formação profissional em nível de graduação ampla, teoricamente plural e não tecnicista;
Formação profissional a partir de uma proposta política de ação que engloba aspectos sociais,
culturais, políticos, econômicos etc.;
Formação científica com a possibilidade de o estudante vir a contribuir para o
desenvolvimento da Psicologia como área de conhecimento científico;
Postura crítica e atitude flexível de análise e ajustamento a diferentes contextos e problemas;
Domínio de técnicas e ferramentas voltadas para a ação profissional;
Capacidade de formulação de questões de investigação científica no campo da Psicologia,
vinculandoas a decisões metodológicas quanto à escolha, coleta e análise de dados;
Capacidade de elaboração e execução de projetos de pesquisa;
Compreensão da formação profissional como exercício contínuo e permanente de atualização
dos saberes psicológicos e de busca pela qualidade do exercício profissional;
Atuação de forma interdisciplinar, em equipe e na rede.
A proposta do curso de Psicologia da UNIFESP mantém o princípio de transcender o
enfoque tecnicista na formação do estudante de Psicologia. A proposta tem por base uma
perspectiva transdisciplinar, centrada nas relações entre estudantes e professores e no
desenvolvimento de competências, focando no contexto regional e direcionada ao princípio da
educação permanente. O currículo é entendido como processo e a proposta curricular caracterizase
pelos seguintes princípios e compromissos:
a) Construção e desenvolvimento do conhecimento científico em Psicologia.
b) Compreensão dos múltiplos referenciais que buscam apreender a amplitude do
fenômeno psicológico em suas interfaces com os fenômenos biológicos, sociais, culturais e
políticos.
c) Reconhecimento da diversidade de perspectivas necessárias para compreensão do ser
humano e incentivo à interlocução com campos de conhecimento que permitam a apreensão da
complexidade e multideterminação do fenômeno psicológico.
d) Compreensão crítica dos fenômenos sociais, econômicos, culturais e políticos do Brasil,
fundamentais ao exercício da cidadania e da profissão.
e) Atuação em diferentes contextos considerando as necessidades sociais e os direitos
humanos, tendo em vista a promoção da qualidade de vida dos indivíduos, dos grupos, das
organizações e das comunidades.
f) Respeito à ética nas diferentes relações e contextos.
g) Aprimoramento e capacitação contínuos.
O curso está orientado de forma que os profissionais nele formados:
a) Estejam aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da
saúde psicológica e psicossocial, em níveis individual e coletivo, bem como realizar seus serviços
dentro de perspectiva ética;
b) Sejam capazes de avaliar, sistematizar e decidir sobre o exercício profissional em
Psicologia, baseandose nos conhecimentos produzidos e em princípios éticos, políticos e de
compromissos com a vida, atuando com discernimento e firmeza na tomada de decisões;
c) Orientemse segundo princípios éticos no uso de informações a eles confiadas;
d) Sejam capazes de atuar em equipe multiprofissional;
e) Sejam estimulados à educação permanente;
f) Tenham responsabilidade e compromisso com a sua educação e o treinamento das
futuras gerações de profissionais, estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmica e
profissional, a formação e a cooperação por meio de redes nacionais e internacionais;
g) Possam trabalhar em rede, articulandose com outros saberes e campos de atuação.
As competências específicas desenvolvidas pelo curso de Psicologia da Unifesp são
articuladas, principalmente, com as ênfases do Curso e são caracterizadas pelas capacidades do
estudante de:
a) analisar o campo de atuação profissional e seus desafios contemporâneos;
b) analisar o contexto em que atua profissionalmente, nas dimensões institucionais e
organizacionais, explicitando a dinâmica das interações entre os seus agentes sociais;
c) identificar e analisar necessidades de natureza psicológica, diagnosticar, elaborar
projetos, planejar, agir e avaliar de forma coerente com referenciais teóricos e características da
populaçãoalvo;
d) coordenar e facilitar processos grupais, considerando as diferenças individuais e
socioculturais;
e) atuar interprofissionalmente, sempre que a compreensão dos processos e fenômenos
envolvidos assim o recomendar;
f) atuar em diferentes níveis de ação, de caráter promocional, preventivo ou terapêutico,
considerando as características das situações e dos problemas específicos com os quais se depara;
g) realizar orientação, consultoria psicológica e psicoterapia;
h) avaliar fenômenos humanos de ordem cognitiva, comportamental e afetiva, em
diferentes contextos;
i) realizar diagnóstico e avaliação de processos psicológicos de indivíduos, de grupos e de
organizações;
j) elaborar relatos científicos, pareceres técnicos, laudos e outras comunicações
profissionais, inclusive materiais de divulgação;
k) apresentar trabalhos e discutir ideias em público;
l) saber buscar e utilizar o conhecimento científico necessário à atuação profissional, assim
como gerar conhecimento a partir da prática profissional;
m) identificar, definir e formular questões de investigação científica no campo da
Psicologia, vinculandoas a decisões metodológicas quanto à escolha, coleta e análise de dados em
projetos de pesquisa.
Desta forma, de maneira geral é consenso entre os docentes e estudantes do curso de
Psicologia que é necessário promover maior integração entre eixos comuns e específicos. Da mesma
maneira, entendese que para esta integração é necessário que haja mais mistura entre os diferentes
módulos oferecidos, incluindo maior diálogo sobre os conteúdos que são oferecidos desde o início
dos cursos e promovendo espaços de troca que favoreçam a sustentação das práticas, pois diferentes
iniciativas interessantes de troca e acompanhamento dos alunos nos diferentes termos acabaram se
enfraquecendo ao longo do tempo. (ex. tutoria por termo). Neste sentido, as expectativas principais
em relação a oficina estão orientadas para
(1) O espaçamento dos conteúdos dos eixos comuns ao longo dos cursos de maneira à
tranversalizálos.
(2) Construção coletiva de formas de integração entre os conteúdos desenvolvidos nos
módulos, por termo.
(3) Diálogo aberto sobre os conteúdos das Uc’s dos eixos comuns e específicos.
Quanto às especificidades do eixo TS a comissão de curso debateu as seguintes propostas:
Estudar possibilidade de discutir o módulo do 4º termo em seus objetivos e possibilidades
de integração aos conteúdos específicos e arranjos logísticos (ida a campo).
6. Serviço Social
Para responder essas questões tomamos como base o processo de revisão do Projeto
Político Pedagógico (PPP) do Curso de Graduação em Serviço Social que vimos realizando. Trata
se de produto do trabalho coletivo, coordenado pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso
de Serviço Social que envolveu docentes, discentes e técnicos do Curso Serviço Social.
Como produto parcial de um processo de revisão em movimento, esse documento reúne,
organiza e indica elementos e questões que exigirão a definição de metas para revisão do PPP do
Curso de Serviço Social.
O processo de revisão em andamento tem sido orientado por um conjunto de questões que
exigem problematização, contextualização e análise buscando a densidade e o aprofundamento
necessários para o posicionamento crítico, propositivo e deliberativo do Curso de Serviço Social.
Como ponto de partida, desenvolveuse a análise do eixo comum, em sua relação com o
PPP do Curso de Serviço Social, a partir dos seguintes elementos e processos:
1. Análise pelo NDE dos planos de ensino e outros documentos de TS, e das avaliações de
docentes do SS, sobre os módulos;
2. Oficinas com estudantes de todos os termos e turnos;
3. Oficinas com docentes do curso;
4. Perfil parcial dos/as egressos/as do Curso de Serviço Social;
5. Reuniões com eixo TS para apresentar a reflexão do Curso;
Tarefa: Qual a importância do eixo TS na formação do egresso do curso de serviço social?
Para desenvolver essa análise é fundamental recuperar as considerações já postas no PPP
do Curso de Serviço Social (2011) que seguem nos próximos cinco parágrafos, com pequenas
atualizações ao texto original. Essas considerações expressam o reconhecimento e a valorização do
Curso de Serviço Social a proposta do eixo TS, sobretudo da necessária aliança na defesa da política
social de saúde, do SUS e do trabalho das diversas profissões no campo da saúde.
Na história desse Campus, a formação em saúde se destaca pelo objetivo de formar
profissionais habilitados para atenção integral em saúde e privilegiar a interdisciplinaridade e a
interprofissionalidade. Considerando a inserção do curso de Serviço Social nesse Campus, o Eixo
comum Trabalho em Saúde interage com um dos eixos da formação em serviço social, denominado
Eixo de Fundamentos do Trabalho Profissional. Desse modo, se insere como uma das dimensões do
trabalho profissional em Serviço Social.
Na proposta do Eixo do Trabalho em Saúde a formação na área de saúde não está
dissociada da produção das ações de saúde, ou seja, se relaciona ao modo predominante de
produção de serviços de saúde, aos modelos de atenção e das políticas de saúde, que por sua vez
respondem a uma dada organização das forças políticas e sociais.
As concepções e as estratégias pedagógicas de ensino que orientam a proposta de
formação, desenvolvida no Eixo Trabalho em Saúde, buscam enfrentar a predominância do
paradigma científico biomédico na formação dos profissionais de saúde.
Como diretriz é enfatizada a aprendizagem a partir de situações vivenciadas no cotidiano
das práticas de atenção a saúde, considerando que a interação e exposição a situações complexas são
pontos de partida para a aprendizagem e mobilizam os estudantes para buscar recursos teóricos e
metodológicos.
Outra diretriz é a articulação com os serviços de saúde e demais políticas sociais públicas
em um determinado território, na perspectiva de acessar e garantir os direitos sociais básicos da
seguridade social. O trabalho em saúde não é restrito apenas ao que ocorre nos lugares
habitualmente identificados como estabelecimentos de saúde (centros de saúde, ambulatórios,
hospitais). Assumese que o trabalho em saúde se realiza em diferentes espaços – escolas,
associações comunitárias, sindicatos, creches, centros de juventude, ações social, esporte, e que
também não se restringe às práticas tradicionalmente desenvolvidas pelos profissionais de saúde.
É importante ressaltar que consideramos a proposta do eixo TS um ganho na história da
saúde coletiva brasileira, sobretudo por formar um profissional da saúde para atuação
interdisciplinar, em equipe interprofissional, compromissado com o conhecimento da realidade
social, das necessidades das pessoas e com a integralidade nas ações. É sem dúvida uma formação
contrahegemônica que inova o percurso formativo a partir de dois elementos importantes:
aproxima estudantes e docentes da realidade de vida, trabalho e moradia; e, problematiza as
determinações sociais da saúde; as condições objetivas de trabalho dos profissionais nos serviços de
saúde; as respostas profissionais às demandas e necessidades das pessoas.
Desde o início do Curso, a proposta do eixo TS suscitou muitas questões em torno das
diretrizes curriculares para os cursos de graduação em serviço social que orientam para uma
formação generalista e, a proposta de ênfase na formação em saúde, presente no PPP do Campus
Baixada Santista.
Inicialmente, pensávamos e até escrevemos em nosso PPP que o Serviço Social, ao se
inserir na área da Saúde, daria ênfase a essa particularidade sem perder de vista a centralidade das
Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social, garantindo a formação generalista para atuar em
todos os espaços sócioocupacionais, compreendendo a Política Pública de Saúde como parte
integrante da Seguridade Social, acompanhado da Previdência e a Assistência Social e a
intersetorialidade da saúde com as demais políticas sociais. No entanto, a avaliação desse percurso
formativo apresenta pertinentes problematizações e indagações.
Por esse entendimento, o serviço social é uma das profissões da saúde, mas, a saúde não é
área exclusiva de atuação profissional do assistente social. No contexto das políticas sociais, o
serviço social é também uma das profissões da habitação e saneamento, da assistência social
(SUAS), da educação, da cultura, do campo sóciojurídico, da previdência social, da segurança
pública, das políticas voltadas para: idoso, mulher, criança e adolescente, pessoa com deficiência,
população em situação de rua, indígenas, afrodescendentes, identidade de gênero e sexualidades,
também trabalha em outros setores, tais como empresas, ONG´s, movimentos sociais, sindicatos.
Como dispor a formação generalista no percurso acadêmico do estudante de serviço social
diante da convergência de conteúdos, de carga horária, de nomenclatura e terminologias adotadas
que trazem para o curso uma ênfase para formação em saúde?
O cotidiano acadêmico vem demonstrando diferentes experiências para o curso de SS em
cada turno e turma. O processo de revisão confirma esse fato. Um mesmo curso pode
operacionalizar o PPP de modo diferente em cada turno?
O § 2º, do art. 47, da LDB ao tratar desse assunto afirma: “As instituições de educação
superior oferecerão, no período noturno, cursos de graduação nos mesmos padrões de qualidade
mantidos no período diurno”. Nosso PPP do Curso define como um de seus princípios da formação
profissional: “padrões de qualidade idênticos para cursos diurnos e noturnos”.
É importante lembrar a história do PPP do Campus e afirmar que os eixos comuns não
tinham no horizonte o noturno. Temos hoje situações concretas que demonstram quão é difícil,
senão impossível, considerando as condições objetivas, realizar as estratégias pedagógicas, a
interdisciplinaridade, a interprofissionalidade, no período noturno. Esse é um desafio para o PPP do
Campus, pois extrapola a
possibilidade de enfrentamento do curso de SS e do eixo TS. Ao mesmo tempo, exige um
posicionamento do curso de SS que deve assegurar uniformidade da formação entre as turmas do
vespertino e do noturno, diferenciada apenas em relação as UCs eletivas e optativas. Estudantes do
curso de SS, dos períodos vespertino e noturno precisam ter asseguradas as mesmas oportunidades
de vivência pedagógica, como critério da formação: mesmo conteúdo, processos e estratégias
pedagógicas.
Tarefa: Reflexão quanto a conteúdo, carga horária e método das UCs do Eixo TS.
Em relação a organização dos conteúdos programáticos do 1º e 2º módulos de TS temos
outras problematizações que nos dão base para apontar alguns pressupostos para a formação em
serviço social, dentre as quais:
Abordagem dos fundamentos da política social e, da saúde como uma das áreas de
intervenção das políticas sociais brasileiras. Consideramos importante colocar a política social e a
seguridade social como questão as contradições societárias, a crise e “desmonte” das políticas e
dos direitos sociais, a crescente privatização e terceirização dos serviços públicos, as disputas em
torno dos projetos de sociedade, as consequências desses processos para o trabalho e para as
profissões.
Problematização do significado dos direitos sociais e de sua relação com as políticas
sociais e com o trabalho profissional; da “saúde como direito do cidadão e dever do Estado”.
Relação entre política social e gestão pública (para além das diretrizes do SUS).
Entender a gestão como mediação entre a política social e os projetos de governo municipal,
estadual e federal. Importante para estudante entender como, por que e com qual perspectiva a
gestão municipal organiza serviços, prioriza demandas e estrutura o trabalho em saúde.
Perspectiva de análise teóricometodológica de análise da realidade social.
“Compreender os contextos sociais e as concepções de saúde e de doença que influenciam os modos
de adoecer e viver a saúde” (1º termo) a partir da adoção de uma teoria social crítica que possibilite
apreender a totalidade social; a compreender os problemas e desafios com os quais o profissional se
defronta no universo do trabalho. Apoiar as análises em referenciais que rompam com a
interpretação moralizadora da pobreza, da desigualdade, da violência.
Discussão programática da ética no trabalho como fundamento para “constituir uma base
ética para o agir profissional” (1º termo.)
Em relação ao 3º e 4º módulos de TS apontamos as seguintes problematizações:
Em relação as narrativas – levar os/as estudantes a ter contato com histórias de vida, a
construir vínculos, em tempo, espaço e forma definido pelo módulo – qual o propósito para o sujeito
da narrativa? Como garantir esse conteúdo e estratégia no período noturno articulando as áreas de
graduação em duplas e realizando visitas domiciliares? Como essa estratégia pedagógica se articula
com outras UCs que abordam esses conteúdos no curso: de oficinas do trabalho profissional, de
estágio, de supervisão, de metodologia de pesquisa?
Como “possibilitar experiências de trabalho em grupos de estudantes com grupos
populacionais” (4º termo) descolada das condições objetivas do trabalho, uma vez que a experiência
se desenvolve em idas monitoradas a campo que, por vezes cria artificialmente processos grupais?
Como garantir esse conteúdo e estratégia no período noturno articulando as áreas de graduação em
grupos e realizando grupos com populações atendidas pelos serviços? Como essa estratégia
pedagógica se articula com outras UCs que abordam esses conteúdos no curso: de estágio, de
supervisão e de oficinas de trabalho profissional?
Temos uma identificação com a proposta do eixo TS, sobretudo na defesa da política de
saúde no âmbito da seguridade social brasileira, do direito a saúde, do SUS e do trabalho das
profissões da saúde. É importante dizer que não temos tensão com a proposta do eixo TS. É o nosso
projeto de formação que tem natureza diferente. Temos uma exigência de formação generalista e
estamos inscritos num projeto de Campus cuja ênfase é a saúde. No SS devemos formar assistentes
sociais para: o trabalho em saúde, o trabalho em educação, o trabalho na habitação, o trabalho na
assistência social, o trabalho nos sistemas de justiça e penitenciário, o trabalho na previdência
social, o trabalho nas empresas, o trabalho nas ONGs, o trabalho nos movimentos sociais, nos
sindicatos etc.
A nossa problematização e desafio são dessa ordem. A questão é nossa, da natureza da
formação em serviço social. Temos arenas a aparar para definir o caminho e direção da formação
em serviço social. Precisamos e queremos fortalecer a graduação em serviço social e consolidar seu
compromisso e alinhamento com as diretrizes curriculares da ABPESS e com o projeto ético
político da profissão.
Assim, temos uma problematização que exige a revisão dessa relação com TS, uma vez
que a ênfase em saúde reduz conteúdos programáticos essenciais a formação em serviço social,
sobretudo num curso de quatro anos, de período parcial.
Além disso, temos que refletir e equacionar “padrões de qualidade idênticos para cursos
diurnos e noturnos”, um dos princípios formativos do PPP do Curso de Serviço Social e da LDB.
Temos aqui questões importantes para refletir e definir: Qual o lugar de TS na formação em
serviço social e o inverso: qual o lugar da formação em serviço social em TS? O percurso formativo
do curso deve permanecer com quatro módulos do eixo TS? Esses módulos podem ser
desenvolvidos a partir de estratégias e diretrizes diferentes nos períodos vespertino e noturno?
Existe sobreposição de conteúdos e estratégias pedagógicas nas UCs de TS e do Curso? No
processo de revisão, as UCs do Curso de SS podem aprofundar, inserir, reorganizar conteúdos e
estratégias pedagógicas? Os módulos de TS devem ser obrigatórios ou optativos?
Estamos inclinados a afirmar que TS fortalece mais diretamente o nosso projeto de
formação se estivermos inseridos no 1º e 2º módulos (com algumas modificações em relação ao
conteúdo); que no curso de Serviço Social esses módulos estejam inseridos em outro lugar na
matriz; que sejam ofertados no 2º ano.
Esse deslocamento é importante para aproximar os módulos de TS das UCs do curso que
abordam conteúdos complementares e interdependentes.
7. Terapia Ocupacional
O Eixo Trabalho em Saúde ocupa um lugar importante na formação de Terapeutas
Ocupacionais que atuarão no campo da educação, cultura, assistência social e saúde.
Este eixo se faz presente no aprendizado dos alunos ao propiciar ao estudante de terapia
ocupacional a compreensão sobre as múltiplas dimensões envolvidas no processo saúdedoença e na
produção do cuidado; a compreensão dos principais problemas de saúde da população e do sistema
de saúde vigente; o conhecimento sobre a história e organização do Sistema Único de Saúde (SUS),
a compreensão em cenários reais de práticas do processo de trabalho em saúde.
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de graduação da saúde
(BRASIL, 2001) afirmaram que a formação do terapeuta ocupacional deve contemplar o sistema de
saúde vigente no país, o trabalho em equipe e a atenção integral em saúde. Ao reconhecermos os
pressupostos constitucionais de que o SUS é o ordenador da formação, optamos por formar os
estudantes a partir dos seus princípios de universalidade, equidade e integralidade, em uma
concepção ampliada sobre o que seja saúde e a assistência às doenças. Dessa forma, optamos por
empreender uma formação na qual a integração ensinoserviçocomunidade tornase fundamental
para o processo ensinoaprendizagem.
Nas DCN da área de Terapia Ocupacional o trabalho em saúde é uma das áreas que a
formação de terapeutas ocupacionais deve contemplar. Os conteúdos devem abranger o processo
saúdedoença nas suas múltiplas determinações, o trabalho em equipe, a formação no serviço e o
contato com cenários reais de práticas desde o primeiro ano do curso.
Na ótica do eixo específico, a formação ofertada pelos eixos comuns garante a
singularidade do Projeto Pedagógico do campus, pautada na interdisciplinaridade e
interprofissionalidade. Entretanto, os docentes do curso avaliam a necessidade de uma revisão da
matriz curricular do eixo específico e dos eixos comuns no sentido de alinhar conteúdos, cargas
horárias, metodologias de ensino e de avaliação do desempenho acadêmico dos discentes e propõem
uma matriz com maior flexibilidade e revisão conceitual e pedagógica do currículo do Curso de
Terapia Ocupacional.
Nesse sentido, o Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso realizou um estudo para
compreender os percursos da profissão e os campos de saberes na atualidade. Artigos publicados em
periódicos nacionais e internacionais nos mostram que a profissão tem se modificado e está cada
vez mais aberta, desenvolvendo pesquisas e práticas em outros campos de trabalho e atuação. Ao
ampliar o campo de atuação, o terapeuta ocupacional se deslocou da exclusividade do campo na
saúde para atuar nos campos da assistência social, educação e cultura.
Essa nova conformação do campo de saber e atuação profissional do terapeuta ocupacional
está aliada ao compromisso social, assumido em nível nacional e internacional, de garantir ações em
prol da participação na vida social de populações vulneráveis e em risco de exclusão social e
ocupacional. Assim, as diretrizes indicam um perfil do egresso generalista voltado para atender aos
princípios das políticas sociais. O egresso de Terapia Ocupacional no campo da saúde deve estar
apto, principalmente, a compreender os determinantes sociais do processo saúde/doença/deficiência
e as repercussões destes processos no cotidiano de vida de pessoas, grupos e comunidades.
Nesse sentido, o curso de Terapia Ocupacional analisou as contribuições do eixo Trabalho
em Saúde, por meio do estudo e revisão dos conteúdos, cargas horárias, metodologias de ensino e
processos de avaliação de desempenho acadêmico dos módulos deste eixo.
Análise dos Módulos:
– 1º Termo: Saúde como processo: contextos, concepções e práticas I
Carga Horária: 80hs
Neste primeiro módulo os alunos iniciam a discussão sobre o processo
saúde/doença/cuidado e os condicionantes sociais de saúde, discutem modelos de atenção e
exercitam a observação, diálogo e investigação. Todos os conteúdos são importantes para a
formação do terapeuta ocupacional.
Nesse termo temos como módulo específico Conhecendo a Profissão que tem por objetivo
geral desenvolver a compreensão sobre o conceito de terapia ocupacional ao longo da história,
conhecer a constituição da profissão no Brasil, as diferentes áreas de atuação e compreender a
inserção da profissão nas áreas de saúde, educação e social.
Apesar de não haver uma correlação imediata entre os módulos, compreendemos que o
conteúdo do eixo comum é a base para que o discente possa compreender conteúdos que serão
abordados posteriormente na matriz curricular.
Considerações
As áreas de atuação da TO não incluem somente o campo da saúde, embora a maioria da
clientela que se beneficia da intervenção em terapia ocupacional apresentar grandes e variadas
demandas aos serviços de saúde. Seria interessante conciliar a discussão dos determinantes sociais
de saúde com a vulnerabilidade das populações atendidas, com a dificuldade de acesso a serviços e
com os processos de exclusão. Quando os alunos visitam instituições, eles poderiam, por exemplo,
questionar de onde vêm os usuários, como é o acesso aos serviços e que condições eles têm de
seguirem o tratamento.
Outra possibilidade é que estes alunos incluíssem, na entrevista com os profissionais, o
conceito de saúde/doença/cuidado com o qual trabalham.
No módulo do TS, os alunos poderiam buscar informações junto aos agentes de saúde algo
sobre as possibilidades de acesso dos usuários aos serviços de reabilitação, sobre avaliação do
desenvolvimento infantil, sobre a inclusão escolar de crianças com deficiência, sobre a atenção em
saúde mental, entre outras que pudessem estar alinhados aos temas abordados no eixo específico.
– 2º Termo: Saúde como processo: contextos, concepções e práticas II
Carga Horária: 80hs
Neste módulo os alunos estudam a política nacional de saúde em sua constituição histórica
e vão construindo um raciocínio epidemiológico como ferramenta de gestão. Todos os conteúdos
são importantes para a formação do terapeuta ocupacional. A parte prática inclui visita a serviços.
No eixo específico temos os módulos de Atividades e Recursos Terapêuticos (ART) 1 e 2 que podem
compor com o módulo do eixo comum.
No módulo de ART 1 Cotidiano e repertório de atividades há uma ênfase nos conceitos de
rotina, hábitos e cotidiano. Ampliação da percepção e capacidade de observar, desenvolvimento da
curiosidade para as diversas formas de viver a vida, para os diferentes fazeres do cotidiano sua
relação com a cultura em que essas pessoas estão inseridas e com a singularidade das mesmas. Os
alunos escolhem uma população e pesquisam in loco sua forma de viver. Escolhem e coordenam
dinâmicas para o grupo classe tentando aproximálo da experiência que tiveram em campo. Já foram
abordados pelos estudantes os vendedores de peixe, as freiras, os surfistas, os bombeiros, as
prostitutas, os deficientes trabalhadores, as mães de primeira viagem, pessoas em situação de rua,
comunidades indígenas, população GLBT, entre outros.
Considerações
Sugerimos a inserção de conteúdos sobre políticas de saúde mental, saúde da pessoa com
deficiência e saúde do idoso.
– 3º Termo: Prática Clínica Integrada: análise de demandas e necessidades em Saúde
Carga Horária: 80hs
Neste módulo os alunos de cursos diferentes atuam em duplas para escutar histórias e
conhecer condições de vida na residência dos usuários de serviços de uma determinada comunidade.
Treinase a escuta atenta, o estado de presença, e o trabalho interprofissional. Exercitase a
responsabilidade com os usuários e as equipes dos serviços com as quais os estudantes começam a
ter mais contato. Todos os conteúdos são importantes para a formação do terapeuta ocupacional,
tendo como desafio formar profissionais com competências para lidar com as relações humanas no
cuidado à saúde, pois há a aprendizagem de habilidades e atitudes importantes para a atuação do
terapeuta ocupacional. Nesse sentido consideramos que esse módulo deve ser considerado um
campo de prática para a terapia ocupacional. Como habilidades se pode citar o desenvolvimento da
empatia, da escuta interessada, da iniciativa em promover um encontro no qual se coletará dados da
vida do usuário, habilidade esta necessária em uma entrevista inicial de intervenção, centrada no
entrevistado. Como atitudes, desenvolvese a capacidade de atuar em parceria junto ao profissional
de outro campo, buscando complementaridade de papéis, planejamento conjunto de intervenção e
avaliação da mesma após a sua ocorrência, exercitando formas de comunicação e comportamento
éticos e com sigilo quanto às informações coletadas, que apenas devem ser debatidos em locais
adequados, como, por exemplo, as discussões junto ao grupo de alunos e docentes.
Considerações:
Incluir no trabalho de narrativas questões sobre a história ocupacional, o lazer, as rupturas
no dia a dia causadas por doenças, perda de emprego, aposentadoria, temas que aproximam os
estudantes das temáticas do campo da terapia ocupacional.
– 4º Termo: Clínica integrada: atuação em grupos populacionais
Carga Horária: 80hs
No objetivo geral descrito no plano de ensino, a ênfase parece estar na implementação de
planos de ação visando promoção de saúde e o trabalho em equipe e a vivência e/ou coordenação de
grupos populacionais. No entanto esses objetivos tornam o módulo muito amplo para pouco tempo
de execução. Nos objetivos específicos observase que a ênfase está na promoção e educação em
saúde.
Considerações
Este módulo é o que mais oferece oportunidade para que os alunos experimentem e
desenvolvam habilidades para o trabalho em equipe interprofissional. Isto deve ser reforçado como
objetivo principal do módulo, investindo em metodologias para que eles se constituam como uma
equipe de trabalho. No eixo específico esse módulo coincide com o de Abordagem Grupal: grupos,
equipes, oficinas.Os alunos vão a campo participar de grupos em diversos contextos (hospitalar,
comunitário, atenção básica, escola, dentre outros) e com diferentes faixas etárias.
Neste termo conseguimos uma boa articulação entre o eixo comum e o específico, pois os
alunos trazem diversas questões sobre o campo de práticas, tanto em relação às propostas com o
grupo quanto em relação ao trabalho interprofissional.
No entanto, avaliamos que, para o docente, é muito custoso montar um novo projeto a cada
semestre. Sugerimos que a turma seja dividida em dois grupos, alternando no mesmo semestre, o
módulo de narrativas e o módulo de grupos populacionais. O docente se mantém ou na narrativa ou
no grupo e os alunos se alternam. Grupos mais estáveis podem ser absorvidos pelos serviços e
ampliar os objetivos de promoção e prevenção.
– 5º e 6º. Termos: Clínica Integrada: produção de cuidado
Carga Horária: 80hs
Avaliamos que o conteúdo e metodologia adequada deste módulo estão adequados à
formação do terapeuta ocupacional. O módulo aborda o trabalho em equipe, a elaboração de
projetos terapêuticos singulares e a gestão do cuidado. Os estudantes aproximamse das equipes
vivenciando discussões de caso, ampliam a visão sobre o sistema de saúde como um todo. Iniciam
um raciocínio clínico em suas áreas profissionais e no diálogo interprofissional. Bom conteúdo para
o terapeuta ocupacional. Carga horária pode ser aproveitada como prática em TO (80hs).
Considerações
É necessário mais tempo para as discussões dos alunos e para as supervisões.
Consideramos necessário ampliar a articulação entre os módulos do 3º ano e os campos de estágio.
QUESTÕES GERAIS:
Carga Horária do Eixo TS: Precisa ser melhor distribuída ao longo do curso.
Metodologias de ensino e aprendizagem: Consideramos que a visão ampliada dos
processos de ensino e aprendizagem presentes no Eixo TS contemplam paradigmas educacionais
inovadores. As avaliações realizadas por discentes e docentes apontam que o modelo pedagógico de
ensino com metodologias ativas oferecem ao aluno uma aprendizagem significativa que o torna
capaz de articular o conhecimento adquirido com a construção do raciocínio clínico em Terapia
Ocupacional, e a avaliação de desempenho no módulo de forma processual e singularizada propicia
que o próprio momento e instrumento de avaliação seja pedagógico e um meio de amadurecimento
para a vida profissional.
As metodologias ativas de ensino, aprendizagem e avaliação qualificam o estudante a
realizar aprendizagens significativas em ampla gama de situações e circunstâncias advindas da
experiência com as diversas vivências nos cenários de prática propostos pelos eixos TS e da Terapia
Ocupacional, desde os semestres iniciais do curso.
O Curso de Terapia Ocupacional entende que todos os docentes do campus devem ser
preparados para adotar as metodologias ativas de ensino aprendizagem e também lançar mão de
estratégias de avaliação continuada e formativa com a utilização de instrumentos diversificados,
capazes de acompanhar o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes alinhados e
coerentes ao PPP do campus Baixada Santista.
Como recomendação geral, entendese que devemos sempre buscar a articulação entre o
eixo comum e os eixos específicos para que as propostas tenham mais significado. Uma sugestão é
que haja ao menos uma proposta por semestre que seja apresentada e avaliada por ambos.
II – Apresentação do Eixo O ser humano e sua inserção social:
Iniciamos com a apresentação do eixo TS feita pela professora Rosilda, coordenadora do
eixo, falando sobre o trabalho de um ano feito pelo grupo em torno dessa questão: inúmeras
reuniões, telefonemas, encontros para que o processo se desenvolvesse. Pergunta aos demais
professores quantos já fizeram parte do eixo TS para saber quais já estiveram envolvidas com o
trabalho desenvolvido por TS.
Rosilda chama a atenção para o significado do Trabalho em Saúde – Trabalho vivo em Ato
(cita Emerson Mehry) a partir de uma articulação em rede de saberes, de pessoas, de práticas, com
foco no agir interprofissional, do cuidado integral, do trabalho em equipe (ver projeção da rede).
Emprega o conceito de profissional rede, estudante rede, professor rede.
Trata do percurso formativo – e seus movimento – não diferente do que pensamos para o
currículo dos PPCs; complexo quanto ao conhecimento e de complexidade crescente,
complementar; permeado pelas noções de desigualdade, e marcado pela transversalidade. Um
percuso formativo com movimentos do percurso formativo do eixo ao 1o até o 5o/6o termos no
sentido de complexidade de conhecimentos e práticas e complementaridade dos conteúdos e
vivências. Esse processo ainda traz uma transversalidade. Não é possível passar pelo 5o/6o termos
sem ter passado pelo 1o/2o termos, e assim sucessivamente em relação aos módulos.
Ainda, apresenta um mapa das atividades didáticas do campo: colocador em uma base do
IBGE por renda. Justifica a opção do eixo se concentrar nos morros e na zona noroeste; esforço
imenso para articular os campos em todos os termos de forma que manter a articulação com o
serviço fortalece a relação.
Seguese então a apresentação de todos os termos com detalhamento de objetivos,
conteúdos, estratégias pedagógicas, avaliações com destaque dentro deste item para as % de
avaliação entre nota individual e de grupo e com a apresentação do quadro de distribuição dos
docentes (questão para discussão).
Na sequência, apresenta as propostas de alteração para os módulos do eixo TS:
1o termo = novo nome, redução de CH, renovação de conteúdos; campo compartilhado
com IS (eles fazem a atividade de campo e TS aproveita para sua discussão)
2o termo = novo nome, redução de CH, renovação de conteúdos; com criação de um
modulo eletivo de 40h que trataria prioritariamente de epidemiologia.
3o termo = novo nome, redução de CH; alternancia com 4o termo para permitir
continuidade para os narrados
4o termo = novo nome, redução de CH; alternancia com 4o termo para permitir
continuidade para os acompanhados
5o/6o termos = sem alterações
criação de um 7o termo = “Agir em rede: produção de integralidade”; a ser discutido em
um GT com participação de todos os eixos específicos
III – Apresentação dos Núcleos Docentes Estruturantes (NDEs):
1. Educação Física:
Rogério, coordenador do curso de educação física, destaca que não é um processo fácil.
Aponta que o eixo TS representa 21% da carga horária da matriz do curso de educação física.
Rogério traz a história o percurso do NDEEduca desde 2013. Propõe redução de carga horária de
160 para 120h no primeiro ano e aponta que módulos de 40h podem ser melhor para liberar
períodos na semana (discordam de que a epidemiologia seja eletiva).
Aponta que no 2º ano: Narrativa: tem sido utilizada por si mesma, sem diálogo com
demandas e necessidade em saúde. Não dialoga com nenhum pressuposto da saúde, não garantindo
a experiência comum. A narrativa é um instrumento “para” análise de demandas em saúde. Para que
serve a narrativa? Há perspectiva de continuidade? Há possibilidade de intervenção com os
narradores? Larga um problema e inicia outro (deixam os narradores sem serem satisfeitos em suas
demandas). Redução de carga horária: 160 para 120 horas.
Para grupos pensa igual: dependência do professor, sem perspectiva de garantir a formação
comum. Plano de trabalho supõe que se proponha algo com continuidade. Experiências diferentes
para cada aluno. Proposta de tirar esse módulo e levar para o 5º6º termos. Os projetos terapêuticos
singulares podem ser algo que já esteja encadeado com as narrativas. Método (sugestões): para que
o aluno não seja avaliado apenas por atividades grupais, é necessário que exista avaliação
individual, pois caso contrário, criamse vários ruídos (alunos que acabam sendo aprovados sem
terem se implicado). Proposta de uma semana padrão adequada à formação inter: grade semestral
que não ultrapasse 480 a 520 horas (redução de 20%). Considerações finais: 4º ano (módulos
eletivos interdisciplinares de 40 horas).
2. Fisioterapia:
A coordenadora do curso de fisioterapia, Profa Patricia, coloca que nas duas últimas
reuniões apareceu com bastante frequência a questão de chamar de ciclo básico os eixos comuns.
Desde o início aparece um duelo entre o eixo específico e o eixo TS. A cada início de semestre o
duelo era feito em relação aos professores do específico que trabalhariam em TS. Por outro lado,
isso nunca trouxe para essa relação a aparência de ciclo básico.
O NDE da Fisioterapia não se reuniu com o eixo TS. Considera que a importância de TS na
formação do egresso de fisioterapia é extrema. Colocou que geralmente a fisioterapia recebe como
crítica o fato de não ser aberto para modificações, sendo que atualmente impera uma visão
fragmentada dentro do próprio curso em relação ao trabalho em equipe. Ao longo dos anos foram
ampliando a visão, sendo que há muita coisa a aprender ainda na relação com as outras áreas.
Em nenhum momento questionouse o conteúdo e a carga horária do módulos do eixo. O
que chamou atenção foram o método e alguns rearranjos em relação ao conteúdo.
O NDE identifica uma quantidade menor de conteúdo no 1º termo, por isso propõem que
conteúdos do segundo termo venham para o 1º, para que haja uma continuidade. Mas agora com a
nova proposta trazida por TS, isso talvez não seja mais necessário.
Apontam para o 3º termo uma diversidade muito grande em relação às discussões teóricas
realizadas, o que pode trazer grupos de alunos que vão a campo com uma clareza muito significativa
em relação a atividade a ser desenvolvida, por um lado e, por outro, alguns vão a campo com uma
concepção pouco clara, passando pela atividade sem compreender claramente o quanto aquilo
agrega para sua formação profissional. Uma tentativa para minimizar tais diferenças é que essas
discussões possam ser feitas com mais subgrupos na mesma sala (por ex., 4 grupos na mesma sala).
Isso faria com que os alunos fossem a campo com maior compreensão teórica. Nos dias de
supervisão os 4 subgrupos farão a supervisão em horário dividido. O compartilhamento de
experiências não ficaria para o final, mas durante o processo. A ideia é que a discussão fique mais
homogênea.
O NDE não faz nenhum apontamento para o 5º6º termo, o único apontamento é que possa
se pensar em um prérequisito para cursar estes termos (alunos que chegam nesses módulos sem ter
feito narrativa); a linha de complexidade apontada no percurso de formação é rompida.
Sobre o 4º termo: não tem funcionado do modo que fisioterapia gostaria: há uma quebra da
relação de continuidade (os alunos falam muito disso), repetição da mesma experiência no 5º/6º
termos. Colocam como proposta que a narrativa aconteça no 3º e 4º termos, para que haja maior
continuidade para as pessoas que participam das narrativas. Para tanto o 4º módulo seria extinto.
3. Nutrição:
A apresentação do curso de nutrição foi feita pela Profa Semíramis, que inicia apontando a
evidência ao se olhar as premissas a importância do eixo TS para a formação do nutricionista, e que
a nutrição é uma área historicamente interprofissional. Visa à estruturação do cuidado, autonomia do
sujeito que prevê a criação de espaços para a criatividade, que é uma preocupação grande do curso,
pois deseja que o estudante enxergue outras possibilidades para além da própria matriz curricular de
nutrição.
Trazem o resultado de uma reflexão que teve início em 2011. Em abril de 2014 o NDE da
Nutrição fez um levantamento detalhado sobre tudo o que foi discutido: identificam a necessidade
do alinhamento das abordagens, carga horária, conteúdos. Nessa relação com TS o curso de
Nutrição, ao enxergar alguns limites, propõe certos caminhos: o que mais preocupava era a
interlocução com o eixo TS e as pactuações com os parceiros (viam um desalinhamento que os
preocupava), excessivo número de reuniões que demandava grande dedicação por parte dos
docentes, desalinhamento em relação à oferta de cada módulo do eixo a depender do docente.
Conteúdos e lacunas: 1º e 2º termos: lacunas em relação a políticas públicas, vigilância
epidemiológica e sanitária, transições. Sugere condensar o conteúdo todo no 1º termo e deixar
narrativas para o 2º termo. Fala da importância de uma estrutura de apoio pedagógica para a
estruturação das matrizes revisadas. Trazer docentes em cenários que já desenvolvem campo. Os
cenários de práticas são muito distantes do SUS (a nutrição desenvolve em outros campos). Escolha
de casos com maior participação dos docentes do específico. Núcleo de apoio entre docentes e
técnicos para auxiliar nessa logística. Traz o resultado da pesquisa de egressos conduzida pelo eixo
específico da nutrição: critérios de avaliação, estratégias pedagógicas utilizadas, conteúdos – os
egressos fazem uma avaliação muito positiva, concordando positivamente com o eixo TS em sua
formação.
4. Psicologia:
A Profa Carla, coordenadora do curso de psicologia, expõe os objetivos do curso e perfil do
egresso. Entende que o curso está bem sintonizado com o PPP do Campus e faz sentido pensar na
reforma dos eixos comuns. Uma primeira questão do curso é a ênfase em saúde e clínica, política e
instituições e educação e sociedade. O curso tem trabalhado com o eixo TS com uma média de 12
docentes. O Eixo TS ocupa 320hs e o Eixo IS, 200 hs. Considera necessário trazer para a oficina
como se dá a distribuição dos docentes do específico no eixo comum: “Esta discussão quanto a
distribuição de docentes é uma coisa que interessa a pensar em todos os eixos específicos.
Entendendo que todos participamos deste projeto político pedagógico e precisamos pensar juntos”.
A coordenadora destaca que o eixo TS vai até o 3º ano do curso, mas a partir do 4º ano
quando iniciam os estágios fica claro que falta o diálogo interdisciplinar. Questiona: “Como
deveriam ser os estágios interdisciplinares?” Refere que os 5º e 6º termos são módulos que
poderiam ter muito mais diálogo com os eixos específicos.
Sugere que exista, espaçamento dos conteúdos, diálogo entre os conteúdos, integração
entre os conteúdos e critérios para análise das vagas no eixo TS. Da organização, sugere que o
campo da TS ocorra onde já exista o trabalho docente, que exista maior diálogo e abertura para as
formas de entender o trabalho em campo e retoma que os estágios devem ser interdisciplinares.
5. Serviço Social
A coordenadora do curso de serviço social, Profa Sônia, inicia sua fala destacando que
desde outubro do ano passado o curso tem realizado oficinas para discutir a revisão com diferentes
atores (docentes, estudantes, etc). Aponta que o curso tem 4 eixos de fundamentação. Mostra a
matriz curricular de 2011, chamando a atenção para o fato de que o curso de serviço social funciona
parcialmente, diferente dos outros que funcionam integralmente.
Sônia chama a atenção para o fato de que o debate que estão realizando diz respeito ao
conjunto das unidades curriculares. Os pressupostos para o processo de revisão são as diretrizes
curriculares da ABEPSS e os 4 eixos de fundamentação do PPP, procurando o lugar das UCs na
matriz curricular.
Já identificaram lacunas com conteúdos que não são discutidos e devem ser inseridos.
Precisam aprofundar alguns conteúdos (direitos, violência, família, assistência social, previdência
social, habitação, expressões da questão social na região da BS). Urgência de discutir a carga
horária do curso (há orientação de que essa carga horária poderia ser ampliada para 5 anos).
Há pressão dos estudantes para que haja incorporação de alguns temas das diretrizes para a
educação brasileira (educação em direitos, relações étnicoraciais, educação ambiental). Introdução
de módulos eletivos com carga horária diferenciada.
Aponta que para o curso a existência do eixo TS é um ganho para a saúde coletiva, sendo
uma formação contrahegemônica, aproximando os estudantes e docentes da realidade de vida,
trabalho e moradia, problematizando as determinações sociais da saúde. O curso de SS sempre se
questionou se TS deveria integrar sua matriz curricular, já que SS orientase para uma formação
generalista. Em 2009, SS achava que seria possível dar ênfase ao eixo TS, mas atualmente aponta
algumas questões:
uma grande problematização diz respeito à formação generalista, já que a saúde não é
área exclusiva da atuação profissional do assistente social. O SS é também uma das profissões da
habitação e saneamento, da assistência social, educação, cultura, campo sóciojurídico, previdência
social, segurança pública políticas voltadas para idosos, mulheres, criança e adolescentes, pessoas
com deficiência, população em situação de rua, indígenas, etc.
uma segunda problematização: vespertino e noturno. O cotidiano acadêmico tem
demonstrado diferentes experiências entre o vespertino e noturno e a pergunta é: um mesmo curso
pode operacionalizar o PPP de modo diferente? De acordo com a LDB os cursos do vespertino e
noturno devem manter os mesmos padrões de qualidade.
Existem atualmente situações concretas que demonstram a dificuldade de se manter isso,
sendo um desafio para o PPP do campus, pois extrapola a possibilidade de enfrentamento do curso
de SS e do eixo TS, pois isso exige uma uniformidade de formação.
Em relação ao 3º termo as questões apontadas são: qual é o propósito para o sujeito da
narrativa? Como garantir esse conteúdo e estratégia no período noturno articulando áreas de
graduação em duplas e realizando visitas domiciliares? Como essa estratégia pedagógica se articula
com UCs que abordam esses conteúdos no curso? Em relação ao terceiro e quarto termo, a
abordagem depende dos professores de acordo com os alunos.
Em relação ao 4º termo: como possibilitar experiência de trabalho em grupo descolada das
condições objetivas de trabalho, já que muitas vezes são criados artificialmente processos grupais?
Muitas experiências mostram que a universidade chega, faz grupo e vai embora. As perguntas para
o quarto termo são as mesmas para as narrativas. A problematização exige a revisão da relação com
TS uma vez que a ênfase em saúde reduz conteúdos programáticos essenciais à formação em
serviço social, sobretudo num curso de 4 anos.
Finaliza dizendo que se identificam com a proposta do eixo, pois também defendem o
direito à saúde, sendo também militantes na área de saúde. SS não possui tensões com TS e diz que
é o PPP que desafia já que é necessário formar assistentes sociais que sejam formados de modo
generalista, preparados para atuar nas mais diversas áreas, que inclui saúde, mas não se reduz a ela.
Saúde é um dos elementos, não é o fundamento, sendo apenas uma das expressões da
realidade social discutida por SS. Diante disso tudo, o curso está se perguntando qual é o lugar de
TS na formação do SS e qual é o papel do SS para TS. Há clareza de que existe uma sobreposição
de conteúdo e de que a discussão conteúdoestratégia pedagógica pode ser feita olhando as matrizes
curriculares. Questionam se é possível desenvolver estratégias diferenciadas para vespertino e
noturno. Para concluir afirma: TS fortalece mais diretamente o SS se estiver no 1º e 2º módulos
apenas e desde que inseridos em outro lugar na matriz, talvez no 2º ano. Tal deslocamento é
importante para aproximar os módulos de TS das UCs do SS.
6. Terapia Ocupacional:
Andréa, coordenadora do curso de terapia ocupacional, apresenta o relatório técnico para o
eixo TS. Inicia falando sobre a importância que o eixo TS ocupa na trajetória do curso, abordando
as DCN que diz sobre a importância de se contemplar o sistema de saúde nas graduações. Aborda
algumas modificações necessárias para cada termo. Chama a atenção para o 3º módulo que é onde o
aluno pode desenvolver habilidades no trabalho em equipe interprofissional, chamando a atenção
para a construção de grupos mais estáveis. Para a clínica integrada: produção de cuidados, ela vê
necessidade de mais tempo para discussão. Considera a carga horária do eixo adequada, porém
deveria haver uma melhor distribuição. Em relação à metodologia de ensino considera que há uma
aprendizagem significativa e alguns campos da TS poderia também ser um campo da própria TO.
IV – Roda de Conversa/Debates:
Tivemos no período da tarde momentos de intenso debate e reflexão com participação e
falas de diversos dos presentes.
Na extração das falas e apontamentos os temas/itens a seguir foram os que tiveram
destaque:
Eixos comuns pressupõem acúmulo de experiências.
Apontamentos gerais sobre o eixo TS:
Logística complexa dos módulos do eixo TS
A relação de parceria em relação aos locais de inserção dos módulos do eixo
se dá tanto por intencionalidade (locais de maior vulnerabilidade) quanto
pelas possibilidades de criação das parcerias com os serviços e pela oferta da
SMS
Necessidade de continuidade mais evidente e fortalecida
A continuidade é garantida também pelo relacionamento construído com os
serviços
Há o reconhecimento que a relação com os serviços e a entrada nos serviços
se dá muito pelo esforço pessoal dos docentes envolvidos.
Necessidade de realização das narrativas nos mesmos locais das ações de
grupo
Há um excesso de avaliações coletivas em detrimento de avaliações
individuais
As atividades do eixo criam oportunidades de ir a campo e trazer a realidade
para dentro da universidade
Indicativo pelos discentes de falta de padronização das aulas (muitos chegam
a considerar que TS é sorte)
Analisar a possibilidade de desvincular as atividades de campo do transporte
pela universidade
Reconhecimento de que viver a experiência com os usuários/comunidade é
fundamental para a formação dos alunos
Reconhecimento de que viver a experiência em equipe é fundamental para a
formação dos alunos
Destaque para o papel do eixo no itinerário de formação dos alunos
Apontamentos gerais sobre as propostas feitas pelo eixo TS:
Conteúdos de epidemiologia não podem estar em módulo eletivo, mas sim
obrigatório
Repensar a organização de carga horária nos módulos: 40 e 80 horas ao invés
de 60 horas
Necessidade de mais detalhamento no planejamento de atividade de campo
em parceria com eixo IS no 1º termo
Proposta da criação de um módulo no 7º termo poderia ser pensada como
uma unidade curricular eletiva
Se não houver o equacionamento das lacunas nos módulos não adianta
implantar as concomitâncias entre 3º e 4º termos
Sobre o curso de serviço social e sua relação com o eixo TS e as dificuldades pelos
turnos de funcionamento:
Formação no curso vespertino tem sido diferente do curso noturno
Dificuldade de funcionamento no noturno
O que significa pensar no noturno?
Necessidade de repensar o noturno na dinâmica do campus (em relação ao
que é possível oferecer)
Algumas estratégias do eixo TS são de difícil implantação no noturno
Questionamentos e apontamentos sobre 3º termo:
O módulo que trata das narrativas é essencial para a formação dos alunos
Possibilidades de construção de intervenções a partir da história do sujeito
Reconhecimento do módulo pelas narrativas
A narrativa como modo de construir cuidado
A narrativa como foco principal (modo de produzir saúde) e como
instrumento
Sujeito social e a elaboração de narrativas – “sujeito social” traz a idéia de
superação de sujeitoobjeto, mas que ele porta as questões de caráter comum.
Nova nomenclatura para o módulo que traz visibilidade para “narrativas”. O
novo nome proposto traz duas questões: sujeito social é a idéia de que não
queremos cair num subjetivismo, ou idéia de sujeitoobjeto. Sendo um sujeito
um agente ele porta questões que são comuns. Identificar em que momento as
políticas de saúde, SUS, de que modo eles encarnam nas pessoas. Não é nem
um subjetivismo e nem pensando nas grandes políticas. O módulo é
conhecido como narrativas, pois é o que marca, ele é lembrado assim.
Questionamentos sobre 4º termo:
O que consideramos como coletivo?
Falta de clareza sobre com o que o 4º termo deseja trabalhar
O 4º termo precisa de revisão
Qual o foco do 4º termo?
Diferentes compreensões entre “o que é grupo” e “o que é coletivo”
Clareza da impossibilidade de composição de grupos de forma continuada
Analisar a possibilidade de o 4º termo explorar mais o trabalho dos alunos
como equipe
Apontamentos gerais para os PPP:
As ementas devem garantir o projeto pedagógico. É preciso melhorar a
descrição das ementas pois são elas que dão a identidade dos módulos. É
preciso garantir que as ementas sejam respeitadas na prática do dia a dia
Prérequisitos não funcionam (punem o regular devido a exceção)
Necessidade de aprimorar o aproveitamento de estudos de forma que passem
pelos coordenadores dos eixos comuns
Destaque para a importância que as oficinas tem tido por colocar o que é comum em
pauta.
Necessidade de retomada de discussão de carga horária docente tanto nos eixos
comuns quanto nos eixos específicos.
Falta de discussão sobre estágio interprofissional.
Necessidade de criação de ações/atividades voltadas para a formação docente
V – Encaminhamentos finais:
Após todas as apresentações e debates a segunda oficina de revisão do projeto pedagógico
que discutiu a relação dos eixos específicos com o eixo comum “Trabalho em Saúde” definiu como
encaminhamentos para a oficina final e posterior encaminhamento à Câmara de Graduação do
Campus Baixada Santista:
em relação às propostas de mudanças nos módulos do eixo:
1. Rediscussão da carga horária dos módulos do 1º ano (40 e 80 horas? 60 e 60 horas?
80 e 80 horas com retorno do conteúdo de epidemiologia).
2. Recusa na oferta de módulo eletivo do 2º termo com conteúdo de epidemiologia
pois foi consenso de que é assunto obrigatório.
3. Revisão da proposta para módulo do 4º termo com maior clareza do foco e
finalidade da unidade curricular
4. Apresentação de proposta de módulo do 7º termo com mais detalhamento e
indicativo de que seja eletiva.
5. Recusa em se implantar prérequisitos nas unidades curriculares do eixo TS.
temáticas a serem tratadas e/ou encaminhadas pela CEG:
a) Discussão da distribuição de carga horária docente tanto em eixos comuns quanto
específicos.
b) Retomada/criação de ações para formação docente no campus
c) Discussão sobre estágios interprofisssionais
d) Funcionamento do campus no período noturno e seus impactos para os cursos que
funcionam neste regime
ANEXOS
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