relatÓrio de execuÇÃo 2011
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Programa Operacional Valorização do Território
RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011
Programa Operacional Temático Valorização do Território
Objetivo: Convergência Zona Elegível: Portugal Período de Programação: 2007‐2013 Número de Programa: CCI 2007 PT 16 U PO 001
Relatório Anual de Execução 2011 Data de aprovação pela Comissão de Acompanhamento: 26 de Junho de 2012
Relatório de Execução | 2011
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Relatório de Execução | 2011
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ÍNDICE GERAL
Índice Geral.......................................................................................................................... .........3
Índice de Quadros ..........................................................................................................................6
Índice de Tabelas ........................................................................................................................ ....8
Índice de Figuras ............................................................................................................................9
Índice de Gráficos ....................................................................................................................... .. 10
Glossário de Siglas ........................................................................................................................ 11
Anexos ............................................................................................................................... ........ 14
Sumário Executivo ........................................................................................................................ 15
Programa ............................................................................................................................... 15
Quadro Legal de Governação, Gestão e Controlo ........................................................................... 18
Alterações Decorrentes do contexto socioeconómico..................................................................... 21
Principais atividades e resultados obtidos em 2011 ........................................................................ 22
Introdução ............................................................................................................................... ... 29
1. Apresentação do Programa Operacional.................................................................................. 33
Eixo I – Redes e Equipamentos Estruturantes Nacionais de Transportes e Mobilidade Sustentável................ 39
Eixo II – Sistemas Ambientais e de Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos ................................................. 40
Eixo III – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma dos Açores ................................................... 43
Eixo IV – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da Madeira .................................................. 44
Eixo V – Infraestruturas e Equipamentos para a Valorização Territorial e o Desenvolvimento Urbano.......... 44
Eixo VI – Assistência Técnica .......................................................................................................................................................... 45
2. Execução do Programa Operacional........................................................................................ 52
2.1 Realização e Análise dos Progressos .......................................................................................................................... 52
2.1.1 Realização física do Programa Operacional............................................................................ 52
2.1.2 Realização financeira do Programa Operacional ........................................................................................................ 69
2.1.3 Informação sobre a repartição da utilização dos fundos ........................................................................................ 79
2.1.4 Informação sobre o apoio por grupos alvo................................................................................................................... 85
2.1.5. Apoio restituído ou reutilizado......................................................................................................................................... 88
2.1.6. Análise qualitativa ................................................................................................................................................................. 90
2.2 Informação sobre a conformidade com o direito da União.............................................................................. 94
2.3 Problemas s ignifica tivos encontrados na implementação do Programa Operacional e Medidas
Tomadas...............................................................................................................................................................................................103
2.4 Mudanças no contexto da execução do Programa Operacional ..................................................................117
2.5 Alteração substancia l na aceção do artigo 57º do Regulamento (CE) nº 1083/2006...........................124
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2.6 Complementaridade com outros instrumentos ou iniciativas da União Europeia ................................125
2.6.1 Complementaridade com outros Programas .............................................................................................................125
2.6.2 Instrumentos de Engenharia Financeira ......................................................................................................................127
2.7 Acompanhamento e avaliação...................................................................................................................................131
2.7.1. Acompanhamento ...............................................................................................................................................................131
2.7.2 Avaliação...................................................................................................................................................................................154
2.7.3. Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) .......................................................................................................................157
2.7.4 Controlo e Auditoria.............................................................................................................................................................171
3. Execução por E ixo Prioritário............................................................................................... 187
3.1 Eixo Prioritá rio I – Rede e Equipamentos Estruturantes Nacionais de Transportes e Mobilidade
Sustentável (FC) ................................................................................................................................................................................188
3.1.1 Cumprimento de metas e análise de progressos................................................................... 188
3.1.2 Análise qualitativa .......................................................................................................... 190
3.1.3. Problemas significa tivos encontrados na implementação do Eixo Prioritá rio e Medidas tomadas . 197
3.2. Eixo Prioritário II – Sistemas Ambienta is e de Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos .................199
3.2.1. Cumprimento de Metas e análise de prog ressos ................................................................. 199
3.1.2 Análise qualitativa .......................................................................................................... 202
3.2.3 Problemas signif icativos encontrados na implementação do E ixo Prioritário e medidas tomadas .. 222
3.3 Eixo Prioritá rio III – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma dos Açores ....................226
3.3.1 Cumprimento de Metas e análise de progressos .................................................................. 226
3.3.2 Análise qualitativa .......................................................................................................... 227
3.3.3 Problemas signif icativos encontrados na implementação do E ixo Prioritário e medidas tomadas .. 230
3.4 Eixo Prioritá rio IV – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da Madeira ...................231
3.4.1 Cumprimento de Metas e análise de progressos .................................................................. 231
3.4.2 Análise qualitativa .......................................................................................................... 232
3.4.3 Problemas signif icativos encontrados na implementação do E ixo Prioritário e medidas tomadas .. 234
3.5. Eixo Prioritário V ‐ Infraestruturas e Equipamentos para a Valorização Territorial e o Desenvolvimento
Urbano (FEDER) .................................................................................................................................................................................236
3.5.1. Cumprimento de Metas e análise de prog ressos ................................................................. 236
3.5.2. Análise qualitativa ......................................................................................................... 238
3.5.3 Problemas signif icativos encontrados na implementação do E ixo Prioritário e medidas tomadas .. 254
3.6. Eixo Prioritário VI – Assistência Técnica (FEDER) ........................................................................................................255
3.6.1. Cumprimento de Metas e análise de prog ressos ................................................................. 255
3.6.2. Análise qualitativa ......................................................................................................... 255
3.6.3. Problemas significa tivos encontrados na implementação do Eixo Prioritá rio e medidas tomadas . 258
4. Grandes Projetos e Projetos Ambientais ................................................................................ 260
4.1 Grandes Projetos .......................................................................................................................................................................260
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4.2 Projetos Ambientais com custo total entre 25 e 50 milhões de euros ................................................................268
5. Assistência Técnica ............................................................................................................ 276
6. Informação e Divulgação .................................................................................................... 278
7. Conclusões e Previsões para 2012 ........................................................................................ 301
7.1 Conclusões de 2011 .................................................................................................................................................................301
7.2 Previsões para 2012.................................................................................................................................................................314
Anexos ............................................................................................................................... ...... 316
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ÍNDICE DE QUADROS
Quadro nº 1 Programação Financeira inicial 34
Quadro nº 2 Programação f inanceira em vigor 36
Quadro nº 3 Variações na programação f inanceira do POVT decorrentes da reprogramação 36
Quadro nº 4 Pedidos de Certif icação de Despesa 75
Quadro nº 5 Efeito da aplicação do mecanismo de Top Up 77
Quadro nº 6 Situação de “Tesoura ria” do POVT 78
Quadro nº 7 Apoio Comunitário por tipologia de beneficiário 85
Quadro nº 8 Apoio Comunitário por entidade do sector empresarial do estado 87
Quadro nº 9 Operações onde foram detetadas irregularidades 88
Quadro nº 10 Programação e Aprovação, por Tema Prioritário Earmarking 93
Quadro nº 11 Gap entre taxa de compromisso e de execução 105
Quadro nº 12 Quadro resumo dos financiamentos do EQ‐BEI aprovados para projetos POVT 109
Quadro nº 13 Custos de gestão do FDU 129
Quadro nº 14 Fundos JESSICA a atribuir 130
Quadro nº 15 Financiamentos concedidos no âmbito do EQ‐BEI aos projetos aprovados no POVT
134
Quadro nº 16 Prazos médios de análise de pedidos de pagamento 136
Quadro nº 17 Procedimentos e medidas adotadas pela Autoridade de Gestão durante o ano de 2011
139
Quadro nº 18 Indicadores de Monitorização das recomendações da AAE 170
Quadro nº 19 Ações de verif icação no local realizadas em 2011 173
Quadro nº 20 Operações auditadas pelo TCE (DAS 2010) e Observações Preliminares 175
Quadro nº 21 Auditoria aos Sistemas de Informação do POVT Recomendações 179
Quadro nº 22 Auditoria de Sistemas no domínio da Contratação Pública 180
Quadro nº 23 Auditoria de Sistemas no domínio da Contratação Pública conclusões 181
Quadro nº 24 Principais recomendações da auditoria da Estrutura de auditoria Segregada/IFDR 183
Quadro nº 25 Despesa retirada pela Autoridade de Certif icação como medida preventiva 184
Quadro nº 26 Ponto de situação dos Avisos do Eixo I 191
Quadro nº 27 Evolução na decisão dos Avisos do Ciclo Urbano da Água 203
Quadro nº 28 Ponto de situação dos Avisos do Eixo II ‐ Domínio de intervenção do Ciclo Urbano da Água
203
Quadro nº 29 Evolução nos montantes de fundo comprometidos e executados (2011/2010) no Ciclo Urbano da Água
204
Quadro nº 30 Ponto de situação dos Avisos do Eixo II‐ Domínio de intervenção da Proteção Costeira
208
Quadro nº 31 Ponto de situação dos Avisos do Eixo II‐ Domínio de intervenção da Recuperação de Passivos Ambienta is
210
Quadro nº 32 Ponto de situação dos Avisos do Eixo II‐ Domínio de intervenção da Prevenção e Gestão de Riscos
213
Quadro nº 33 Ponto de situação dos Avisos do Eixo II‐ Domínio de intervenção da valorização de Resíduos Sólidos Urbanos
216
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Quadro nº 34 Operações que contribuíram para o avanço da execução do domínio de intervenção Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos
217
Quadro nº 35 Ponto de situação dos Avisos dos Eixos II e V ‐ Domínio de intervenção do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva
220
Quadro nº 36 Ponto de situação do Aviso do Eixo III – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma dos Açores
227
Quadro nº 37 Ponto de situação do Eixo III a 31 de dezembro de 2011 228
Quadro nº 38 Ponto de situação do Aviso do Eixo IV – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da Madeira
233
Quadro nº 39 Ponto de situação dos Avisos do Eixo V‐ Domínio de intervenção das Acções inovadoras para o Desenvolvimento Urbano
240
Quadro nº 40 Ponto de situação dos Avisos do Eixo V‐ Domínio de intervenção da Rede de Escolas com Ens ino Secundário
242
Quadro nº 41 Ponto de situação dos Avisos do Eixo V‐ Domínio de intervenção das Infraestruturas e Equipamentos Desportivos
248
Quadro nº 42 Ponto de situação do Aviso do Eixo V‐ Domínio de intervenção dos Equipamentos Estruturantes para o Sis tema Urbano Nacional
250
Quadro nº 43 Ponto de situação do Aviso do Eixo V‐ Domínio de intervenção da Iniciativa JESSICA
252
Quadro nº 44 Ponto de situação do Aviso do Eixo V‐ Domínio de intervenção do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva
253
Quadro nº 45 Ponto de situação do Aviso do Eixo V‐ Domínio de intervenção da Requalif icação de Escolas do 2º e 3º ciclo do ensino básico
253
Quadro nº 46 Ponto de situação dos Avisos do Eixo VI 256
Quadro nº 47 Ponto de situação do Eixo VI a 31 de dezembro de 2011 257
Quadro nº 48 Ponto de situação da Decisão dos Grandes Projetos 261
Quadro nº 49 Execução f inanceira dos Grandes Projetos 267
Quadro nº 50 Candidaturas aprovadas em 2011 – E ixo VI do POVT 276
Quadro nº 51 Avisos de Abertura publicados e suportes de divulgação 280
Quadro nº 52 Investimento realizado nas ações realizadas em 2011 288
Quadro nº 53 Evolução dos indicadores do Plano de Comunicação do POVT 300
Quadro nº 54 Evolução anual da atividade relativa à submissão e decisão de candidaturas 304
Quadro nº 55 Evolução anual dos montantes comprometidos por Fundo e por Eixo 305
Quadro nº 56 Peso dos Grandes Projetos no POVT a 31 de dezembro de 2011 307
Quadro nº 57 Evolução anual dos montantes executados por Fundo e por Eixo 308
Quadro nº 58 Fundo re lativo aos PPI apresentados anualmente à CE 310
Quadro nº 59 Grau de execução das previsões face aos PPI apresentados à CE 311
Quadro nº 60 Cumprimento da Reg ra N+3 em 31/12/2011 de acordo com Regulamento nº 539/2010, de 16 de Junho
313
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ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 2.1. Realização Física 53
Tabela 2.2. Realização Financeira 74
Tabela 2.3. Repartição da contribuição da União por Forma de Financiamento 79
Tabela 2.4. Repartição da contribuição da União por Tipo de Território 82
Tabela 2.5. Repartição da contribuição da União por Atividade Económica 83
Tabela 2.7. Aprovações e execução por Área Temática dos Temas Prioritá rios (contribuição da União)
90
Tabela 3.1. Realização Física do Eixo Prioritário 1 188
Tabela 3.2. Realização Física do Eixo Prioritário 2 199
Tabela 3.3. Realização Física do Eixo Prioritário 3 226
Tabela 3.4. Realização Física do Eixo Prioritário 4 231
Tabela 3.5. Realização Física do Eixo Prioritário 5 236
Tabela 3.6. Realização Física do Eixo Prioritário 6 255
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura nº 1 Correspondência entre a estrutura de Eixos Prioritários/Domínios de Intervenção antes e depois da reprogramação
35
Figura nº 2 Estrutura Orgânica da Autoridade de Gestão do POVT 47
Figura nº 3 Site do POVT com link para o Portal da Comissão para a Igualdade de Género 98
Figura nº 4 Quadro de responsabilidades na monitorização ambiental estratégica 160
Figura nº 5 Site do POVT com exemplos de notícias publicadas online 279
Figura nº 6 Site do POVT com exemplos de avisos de abertura 281
Figura nº 7 Lista de beneficiários publicada no site do POVT 282
Figura nº 8 Trípticos produzidos para a Sessão Pública de Apresentação de Resultados 2010|2011
285
Figura nº 9 Participação do POVT na edição da Revista “Pontos de Vista” 287
Figura nº 10 Página dedicada ao POVT no webs ite do PROCONVERGENCIA AÇORES 291
Figura nº 11 Página dedicada ao POVT no webs ite do IDR e link ao site do POVT 292
Figura nº 12 Página dedicada aos projetos financiados pelo POVT na revista “Espaço Global” 294
Figura nº 13 Suplemento QREN OJE, dedicado aos “Equipamentos e infraestruturas de valorização do território”
298
Figura nº 14 Coleção de oito postais a lusivos ao Dia da Europa 299
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ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico nº 1 Redução do esforço da contrapartida nacional 37
Gráfico nº 2 Execução Financeira Anual do POVT, por Fundo Comunitário 69
Gráfico nº 3 Evolução da Taxa de Execução do POVT 70
Gráfico nº 4 Evolução do número de pedidos e pagamento apresentados ao POVT 71
Gráfico nº 5 Acréscimos trimestrais das taxas de execução do POVT (em pontos percentuais) 71
Gráfico nº 6 Execução Anual do POVT, por Fundo Comunitário (com execução acumulada a 2010 ajustada à estrutura que resultou da Reprogramação)
72
Gráfico nº 7 Programação, aprovação e execução do POVT, por Eixo Prioritá rio 73
Gráfico nº 8 Cumprimento da Reg ra N+3 78
Gráfico nº 9 Apoio Comunitário por NUT II 80
Gráfico nº 10 Apoio Comunitário aprovado, por principais atividades Económicas 84
Gráfico nº 11 Programação, aprovação e execução por Área Temática 92
Gráfico nº 12 Repartição do financiamento comunitário aprovado, por beneficiário 257
Gráfico nº 13 Repartição da tipologia de despesas inerente aos encargos com a Assistência Técnica
258
Gráfico nº 14 Evolução anual dos montantes comprometidos por Fundo e por Eixo 307
Gráfico nº 15 Evolução anual dos montantes executados por Fundo e por Eixo 309
Gráfico nº 16 Fundo re lativo aos PPI apresentados anualmente à CE 310
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GLOSSÁRIO DE SIGLAS
AAE Avaliação Ambiental Estratégica AdP Águas de Portugal
AdRA Águas da Região de Aveiro AG Autoridade de Gestão AIA Avaliação de Impacte Ambiental ANCP Agência Nacional de Compras Públicas ANMP Associação Nacional de Municípios Portugueses ANPC Autoridade Nacional de Proteção Civil
APA Agência Portuguesa do Ambiente ARH Administração Regional Hidrográfica BEI Banco Europeu de Investimento BPI Banco Português de Investimentos CA Comissão de Acompanhamento CAR Centros de Alto Rendimento CCDR Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional
CD Comissão Diretiva CDDPP Certif icado e Decla ração de Despesas e Pedido de Pagamento CE Comissão Europeia CGD Caixa Geral de Depósitos CMC Comissão Minis teria l de Coordenação CPADA Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente CRIL Circular Regional Interna de Lisboa
CRIPS Circular Regional Interna da Península de Setúbal DEE Documento de Enquadramento Estratégico DFF Decisão de Financiamento Favorável DG ENV Direção Geral do Ambiente da Comissão Europeia DG REGIO Direção Geral de Política Regional da Comissão Europeia DGEG Direção‐Geral de Energia e Geologia
DGIE Direção Geral de Infraestruturas e Equipamentos DGOTDU Direção Geral do ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano DGT Direção Geral do Território DGTF Direção Geral do Tesouro e Finanças DI Domínio de Intervenção DIA Declaração de Impacto Ambiental DRPFE Direção Regional de Planeamento e dos Fundos Estruturais
EAS Estrutura de auditoria segregada EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infra ‐Estruturas do Alqueva, S. A EDM, SA Empresa de Desenvolvimento Mineiro, SA EE Pedrogão Estação Elevatória do Pedrógão EFMA Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva EIIGMOPTC Equipa Interdepartamental para a Igualdade do Género do MOPTC EMGFC Estrutura de Missão para a Gestão de Fundos Comunitários
ENEAPAI Estratégia Nacional para os Ef luentes Agropecuários e Agroindustriais EQ Empréstimo Quadro
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EQ‐BEI Empréstimo Quadro do Banco Europeu de Investimento ERSAR Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Residuos ETA Estação de Tratamento de Água ETAR Estação de Tratamento de Águas Residuais FBCF Formação Bruta de Capital Fixo FCT Faculdade de Ciências e Tecnologia
FdC Fundo de Coesão FDU Fundo de Desenvolvimento Urbano FEADER Fundo Europeu para o Desenvolvimento Rural FEDER Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional FSE Fundo Social Europeu GAT Grupo de Articulação Temática GEE Gases com efeito de estufa
GEPE Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação GP Grande Projeto IC Itinerário Complementar ICN ‐ AAE Indicador Comum Nacional ‐ Avaliação Ambiental Estratégica ICNB Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade ICN‐TRI Indicador Comum Nacional ‐ Trimestral
IDR Instituto de Desenvolvimento Regional IFDR Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional, I.P. IGF Inspeção Geral de Finanças IGFSE Instituto para a Gestão do Fundo Social Europeu, I.P. IHRU Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana INAG Instituto Nacional da Água, I.P. JESSICA Joint European Support for Sustainable in City Areas
JHFP Jessica Holding Fund Portugal LNEC Laboratório Nacional de Engenharia Civil MAI Ministério da Administração Interna MEC Ministério da Educação e Ciência MEID Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento MOPTC Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações ND Não disponível
OI Organismo Intermédio PAL Plano de Ação de Valorização e Proteção do Litoral PCIP Prevenção e Controlo Integrados de Poluição PEAASAR Plano Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Res iduais PEGRA Plano Estratégico de Gestão de Resíduos da Região Autónoma dos Açores PERSU II Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos
PGA Plano Global de Avaliação PIB Produto Interno Bruto PIDDAC Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central PO Programa Operacional POOC Planos de Ordenamento da Orla Costeira POPH Programa Operacional do Potencial Humano POR Programa Operacional Regional
POVT Programa Operacional Valorização do Território
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PPI Pedido de Pagamento Intermédio PPP Parceria Público‐Privada PRODER Programa de Desenvolvimento Rural QREN Quadro de Referência Estratégico Nacional RAA Região Autónoma dos Açores RAM Região Autónoma da Madeira
RCM Resolução de conselho de Ministros RTE‐T Redes Transeuropeias de Transportes RUB Resíduos Urbanos Biodeg radáveis SAR Sistema de Águas Residua is SEAEDR Secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional SFC 2007 Structural Funds Common Database 2007 SIPOVT Sistema de Informação do Programa Operaciona l Valorização do Território
SPPIAA Sistema Público de Parceria Integrado da Águas do Alentejo SRC Sistema Regional do Carvoeiro SRU Sociedade de Reabilitação Urbana SSA Subsistema do Alqueva SSArdila Subsistema do Ardila ST Secretariado Técnico
TC Tribuna l de Contas TCE Tribuna l de constas Europeu TdP Turismo de Portugal TMB Tratamento Mecânico e Biológico UAI Unidade de Auditoria Interna UAMC Unidade de Avaliação, Monitorização e Comunicação
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ANEXOS
Anexo I Realização Física dos Indicadores Comuns Nacionais
Anexo II Programação f inanceira, aprovações e execução por Eixo Prioritá rio até 31.12.11 (valores acumulados)
Anexo III Aprovações e execução por Regulamento Específico até 31.12.11 (valores acumulados)
Anexo IV Aprovações e execução por NUTS III até 31.12.11 (valores acumulados)
Anexo V Aprovações e execução por Tema Prioritário (contribuição da União)
Anexo VI Relatório de acompanhamento dos Instrumentos de Engenharia Financeira (Fundos de Participação)
Anexo VII Indicadores de Monitorização Estratégica Ambiental e de Sustentabilidade
Anexo VIII Resumo Implementação Física ‐ Indicadores de Eixo ‐ Anexo VI do Regulamento (CE) n.º 846/2009
Anexo IX Resumo Implementação Física ‐ Indicadores Comuns Comunitá rios ‐ Anexo VI do Regulamento (CE) n.º 846/2009
Anexo X Operações aprovadas por E ixo Prioritário até 31.12.11 (valores acumulados)
Anexo XI Regulamentação Específica / Calendário de concursos por Eixo Prioritário
Anexo XII Processo de seleção por Eixo Prioritá rio até 31.12.11 (valores acumulados)
Anexo XIII Tipologias de intervenção e principais beneficiá rios por Eixo Prioritário/Domínio de Intervenção
Anexo XIV Legislação e outros atos normativos de 2011
Anexo XV Complementaridade entre Projetos do POVT e PRODER no âmbito do Empreendimento de fins Múltiplos de Alqueva
Anexo XVI Árvore de imputação objetivos – Áreas de Intervenção – Indicadores (Avaliação Ambiental Estratégica)
Anexo XIII Tipologias de intervenção e principais destinatários de cada Eixo Prioritá rio/Domínio de Intervenção
Anexo XVII Parecer da IGF quanto a eficácia do funcionamento dos Sistemas de Gestão e Controlo
Relatório de Execução | 2011
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SUMÁRIO EXECUTIVO
PROGRAMA
O POVT é um instrumento do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que constitui o
enquadramento para a aplicação da política comunitá ria de coesão económica e social em Portugal no período
2007 – 2013, destinado à prossecução das prioridades contidas na Agenda da Valorização do Território, com
incidência em todo o território do Continente e das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira (Fundo de
Coesão) e nas Regiões do objetivo “Convergência” – Norte, Centro e Alentejo (FEDER).
O POVT foi aprovado pela Decisão da Comissão Europeia C (2007) 5110, de 12 de Outubro de 2007, com uma
dotação global de fundos comunitários de 4.658 milhões de euros, dos quais 3.060 milhões de euros de Fundo
de Coesão e 1.598 milhões de euros de FEDER, tendo sido objeto das seguintes alterações:
• Pela Decisão da Comissão C (2009) 10068, de 9 de Dezembro, foi aprovada a correção do Plano
Financeiro do Prog rama para incluir o financiamento privado como elegível em seis dos dez Eixos
Prioritá rios, situação que, embora prevista no texto do Programa, não tinha sido quantificada na
Decisão inicial;
• Pela Decisão da Comissão C (2011) 9334, de 9 de Dezembro, foi aprovada uma reprogramação de
natureza técnica e financeira, promovida na sequência de alterações socioeconómicas significativas e
visando antecipar previsíveis dif iculdades de execução, por força do contexto financeiro nacional e
internaciona l e das necessárias medidas de restrição orçamental que exigiam uma redução da
contrapartida nacional.
A reprogramação do POVT aprovada em 9‐Dez‐2011 teve os seguintes objetivos essenciais:
• Promover uma melhoria das condições de execução do POVT, em especial do Fundo de Coesão, tendo
para o efe ito sido alargado o leque de tipologias de intervenção a f inancia r pelo FC, no âmbito dos
transportes, ambiente e desenvolvimento sustentável, libertando os correspondentes montantes de
FEDER no POVT e nos Prog ramas Operacionais Regionais;
• Reduzir o esforço com a contrapartida nacional necessária ao financiamento das intervenções
previstas;
• Reduzir em 316 milhões de euros a dotação FEDER do POVT para permitir o reforço de FSE para o
POPH;
• Reforça r as verbas destinadas ao Programa de Modernização das Escolas com Ensino Secundário face
ao elevado nível de overbooking registado no antigo E ixo IX do POVT;
• Simplifica r a estrutura deste Programa, que ficou reduzida a seis Eixos Prioritários;
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• Promover uma melhor estruturação da Agenda Temática Valorização do Território, com concentração
no POVT de tipologias de intervenção que anteriormente eram partilhadas com os POR (Ciclo Urbano
da Água, Recuperação de Passivos Ambientais e Prevenção e Gestão de Riscos) e concentração nos
POR das intervenções de modernização das escolas com ensino básico, equipamentos desportivos e
ações inovadoras para o desenvolvimento urbano.
Com esta reprog ramação, o Plano Financeiro do POVT registou a lterações signif icativas, quer ao nível do seu
Financiamento Total, que registou um decréscimo de 1.521 milhões de euros (‐22,9%), em resultado do efeito
conjugado da redução da Contrapartida Nacional em 1.205 milhões de euros (‐61,1%) e diminuição de 316
milhões de euros no financiamento comunitá rio (‐6,8%), quer ao nível da estrutura dos seus Eixos Prioritários.
Apresenta‐se no quadro seguinte o resumo das variações da programação financeira do POVT decorrentes da
reprog ramação aprovada em Dez‐2011:
Com a Decisão da Comissão C (2011) 9334, de 9 de Dezembro, o Plano Financeiro do POVT passou a conta r
com uma dotação global de fundos comunitários de 4.343 milhões de euros, encontrando‐se estruturado nos
seguintes moldes:
1. O montante máximo da intervenção do FEDER atribuído ao Programa foi fixado em 1.283 milhões de
euros, encontrando‐se previsto nos Eixos Prioritários V e VI, sendo calculado com base na despesa total e
numa taxa de co financiamento de 84,42% no caso do Eixo V e com base na despesa pública e numa taxa
de co f inanciamento de 96,67%, no caso do Eixo VI;
2. O montante máximo da intervenção do Fundo de Coesão atribuído ao Programa manteve‐se em 3.060
milhões de euros, calculado com base numa taxa de co f inanciamento de 85%, a incidir sobre a despesa
pública, no caso do Eixo III e IV, e com base na despesa total, no caso do Eixo I e II.
O Eixo Prioritá rio I – Redes e Equipamentos Estruturantes Nacionais de Transportes e Mobilidade Sustentável,
passou a concentrar todas as intervenções do POVT em matéria de investimentos no domínio dos transportes e
do desenvolvimento sustentável, elegíveis ao Fundo de Coesão, tendo incorporado todas as elegibilidades do
unid: milhões de euros
Antes da reprogramação
Depois da reprogramação
∆ Antes da reprogramação
Depois da reprograma ção
∆ Antes da reprograma ção
Depois da reprogramação
∆
FEDER 1.599 1 .283 ‐316 660 226 ‐434 2.259 1 .509 ‐750
Fundo de Coesão 3.060 3 .060 0 1 .311 540 ‐771 4.371 3 .600 ‐771
Total 4.659 4 .343 ‐316 1 .971 766 ‐1.205 6.630 5 .109 ‐1.521
Financiamento Comunitá rio Contra pa rtida Nacional Financiamento Total
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anterior Eixo I (Fundo de Coesão) e VII (FEDER), tendo ainda passado a integrar nas suas tipologias de
intervenção os sis temas ferroviários ligeiros (metros).
O Eixo Prioritário II – Sistemas Ambientais e de Prevenção, Gestão e monitorização de Riscos, passou a
concentrar todas as intervenções do POVT em matéria de investimentos no domínio do ambiente e
desenvolvimento sustentável, elegíveis ao Fundo de Coesão, tendo incorporado todas as elegibilidades do
anterior Eixo II ‐ Ciclo Urbano da Água e III ‐ Prevenção e Gestão de Riscos (Fundo de Coesão) e ainda do
anterior Eixo VI ‐ Empreendimento de Fins Múltiplos de A lqueva e VIII – Valorização de Resíduos Sólidos
Urbanos (FEDER), tendo ainda passado a integrar nas suas tipologias de intervenção as que se encontravam
anteriormente previstas nos Prog ramas Operacionais Regiona is (FEDER), no âmbito do Ciclo Urbano da Água –
sistemas em baixa não verticalizados, da Recuperação de Passivos Ambientais, da Otimização da Gestão de
Resíduos e da Prevenção e Gestão de Riscos – ações materiais.
O Eixo III – Redes e Equipamentos Estruturantes na Região Autónoma dos Açores passou a integrar as
intervenções já anteriormente previstas no Eixo IV, tendo registado um aumento de dotação de FC de 40
milhões de euros, tendo em conta as grandes intervenções previstas no domínio das infra estruturas de
valorização de resíduos sólidos urbanos na Região Autónoma dos Açores.
O Eixo IV ‐ Redes e Equipamentos Estruturantes na Região Autónoma da Madeira passou a integrar as
intervenções já anteriormente previstas no Eixo V, às quais foi acrescentada, no domínio da Prevenção e
Gestão de Riscos, as intervenções que visam a correção torrencial das principa is ribeiras da ilha da madeira.
O Eixo V – Infra estruturas e Equipamentos para a Valorização Territorial e o Desenvolvimento Urbano, passou
a integrar as intervenções já anteriormente previstas no Eixo IX, bem como as operações aprovadas no âmbito
do antigo Eixo VI ‐ Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva que não sejam elegíveis ao Fundo de Coesão.
Deixaram se ser elegíveis no âmbito do Eixo V as intervenções no domínio. Passou a estar explicitamente
presente no novo Eixo V a participação do POVT no instrumento de engenharia financeira JESSICA.
O Eixo VI – Assistência Técnica passou a integrar as intervenções já anteriormente previstas no Eixo X, tendo a
respetiva dotação e FEDER s ido reduz ida em 31 milhões de euros, por não se prever a sua necessidades.
Por último é de salienta r neste ponto a relevância que a reprogramação técnica do POVT teve na estrutura
deste Programa, nas atividades de gestão desenvolvidas em 2011 que se centraram muito nesta matéria, quer
para efeitos da sua preparação quer para efeitos da sua implementação, designadamente no que concerne à
transição de operações aprovadas e em análise dos anteriores para os novos Eixos e a subsequente
reestruturação da informação constante dos sistemas internos de Informação e gestão e de articulação com a
Autoridade de Certificação, adaptação dos Regulamentos Específ icos e contra tação com os beneficiários, para
referir apenas os mais significativos. É também de destacar os efeitos já significativos que a reprogramação
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aprovada em 9‐Dez‐2011 teve na execução financeira do POVT no final de 2011, essencialmente em resultado
da transição interna das operações para os novos Eixos financiados por Fundo de Coesão.
QUADRO LEGAL DE GOVERNAÇÃO, GESTÃO E CONTROLO
As bases do modelo de governação do POVT não foram alteradas em 2011, encontrando‐se fixadas no capítulo
8 do texto do Programa, bem como na Secção II e III do Decreto‐Lei n.º 312/2007, de 17 de Setembro, na
redação dada pelo Decreto‐Lei n.º 74/2008, de 22 de Abril, os quais definem o modelo de governação do QREN
e dos respetivos Programas Operacionais e estabelecem a estrutura orgânica re lativa ao exercício das funções
de gestão, monitorização, auditoria e controlo, certificação, aconselhamento estratégico, acompanhamento e
avaliação, nos termos de Regulamento (CE) Nº 1083/2006 do Conselho, de 11 de Julho.
≈ Manteve‐se em 2011 o órgão de direção política do POVT, que é a Comissão Minis teria l de
Coordenação do Programa (CMC), mas foi alterada a sua composição, de acordo com a nova
estrutura orgânica do XIX Governo Constitucional, passando a integ rar o Minis tro da Economia e
do Emprego, que coordena, o Ministro – Adjunto dos Assuntos Parlamentares, a Ministra da
Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, o Minis tro da Adminis tração
Interna, o Minis tro da Educação e Ciência e o Secretário de Estado da Cultura.
A CMC é responsável pelo estabelecimento das orientações específicas sobre a gestão do Prog rama,
designadamente a aprovação dos Regulamentos Específicos, a confirmação das decisões de financiamento das
operações com Investimento Total superior aos limites fixados em regulamento interno da CMC, a aprovação
do Plano de Avaliação do Programa e a apreciação das propostas de revisão e de reprogramação do PO.
No ano de 2011, a principal atividade deste Órgão consistiu no estabelecimento de orientações específicas,
designadamente para efe itos da reprogramação deste Programa, na decisão sobre as alterações aos
Regulamentos Específicos do Programa e ao Plano de Avaliação do Programa, e na confirmação de propostas
de Decisão Favorável de Financiamento de operações, apresentadas pela Autoridade de Gestão.
Consta do Anexo XIV (Legislação e outros atos normativos de 2011) a síntese dos diplomas e normativos
comunitários e nacionais com maior relevância no QREN e no POVT, bem como das deliberações da CMC e da
Comissão Diretiva com maior destaque na atividade deste Programa em 2011.
É de assinalar neste ponto e ao nível da legislação comunitária com relevância para o POVT, as alterações ao
Regulamento geral dos Fundos – Reg. (CE) n.º 1083/2006, que foram aprovadas em 2011 através do Reg. (EU)
n.º 1310/2011, de 13 de Dezembro, que respeita às disposições em matéria de declaração de despesas e de
divulgação dos ins trumentos de ajuda reembolsável e de engenharia financeira, assim como o Regulamento
(EU) n.º 1311/2011, de 13 de Dezembro, que introduz iu a possibilidade de derrogação do artigo 53.º, n.º 2 e
n.º 4, permitindo que os pagamentos intermédios e os pagamentos do saldo fina l sejam aumentados em 10
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pontos percentua is acima da taxa de co financiamento aplicável a cada eixo prioritário, sem exceder os 100%, a
aplicar ao montante das despesas elegíveis inscritas de novo em cada decla ração de despesas certificada,
apresentada durante o período em que o Estado Membro esteja em regime de assistência financeira (a partir
de 24‐Maio‐2011, no caso de Portugal) até 31‐Dez‐2013.
A nível nacional é de salienta r o Despacho n.º 10353/2011, de 17 de Agosto, através do qual foram delegadas
as competências do Ministro da Economia e do Emprego no Secretá rio de Estado Adjunto da Economia e
Desenvolvimento Regional, para efeitos de coordenação do QREN e do POVT.
São ainda de referir as alterações a certas disposições contidas no Regulamento Geral FEDER e Fundo de
Coesão que foram aprovadas pela CMC do QREN em 2011:
• Alteração aos artigos 13.º e 19.º, aprovada em 21‐Jan‐2011, visando a s implif icação de procedimentos
e a melhoria das condições de execução das operações, no âmbito da qual deixou de ser exigida: a
apresentação dos documentos comprovativos da titula ridade do terreno ou edif ício a intervencionar
à data de celebração do contrato de financiamento; podendo tais documentos bem como as licenças
necessárias à execução da operação ser apresentadas até à data de apresentação do primeiro pedido
de pagamento ou, excecionalmente, até à entrega do relatório Final;
• Alteração do artigo 30.º e aditamento do artigo 36.º ao Regulamento Geral FEDER e Fundo de Coesão,
aprovada pela CMC do QREN em 21‐Dez‐2011, no âmbito da qual foram introduz idas modificações no
regime de recuperações e foram definidas as regras gerais de transição de operações decorrentes da
aprovação pela Comissão Europeia da reprogramação do QREN.
Ao nível dos Regulamentos Específicos do POVT, as alterações aprovadas em 2011 tiveram por principais
objetivos o aumento das taxas de comparticipação e introdução do regime de majoração das mesmas a aplicar
em 2011 em alguns domínios do POVT.
Ao nível das deliberações da Comissão Diretiva é de salientar que foram aprovadas diversas deliberações
destinadas à simplif icação de procedimentos, designadamente em matéria de reprogramações e a que aprovou
o Plano de Acompanhamento no local de operações aprovadas pelo POVT e respetiva metodologia, bem como
a deliberação de 22‐Dez‐2011 que aprovou a transição interna de operações dos anteriores para os novos Eixos
Prioritá rios do POVT, para efeitos de implementação da reprogramação do POVT aprovada em 9‐Dez‐2011.
Foi realizada em 2011 uma reunião da Comissão de Acompanhamento do POVT (em 22 de Junho) na qual foi
apreciado e aprovado o Relatório Anual de Execução do Programa de 2010 e os progressos realizados para
atingir os objetivos do Programa. Foi ainda aprovada nesta reunião a proposta de reprog ramação técnica do
POVT.
Relatório de Execução | 2011
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Foi ainda objeto de aprovação pela Comissão de Acompanhamento, através de procedimento de consulta
escrita realizado em 21‐Jul‐2011, a proposta de revisão dos indicadores do POVT.
Foi ainda dado conhecimento à Comissão de Acompanhamento em 21‐Jan‐2012 o resultado final da
reprog ramação técnica do POVT, nos termos em que foi aprovada pela Comissão Europeia constante da
Decisão de 9 ‐Dez‐2011.
Não se verificaram em 2011 quaisquer alterações na estrutura da Autoridade de Gestão (AG) do POVT,
composta pela Comissão Diretiva (CD) e pelo Secretariado Técnico (ST), definida no Anexo III da RCM n.º
25/2008, de 13 de Fevereiro, alterada pela RCM n.º 74/2009, de 30 de Julho, que f ixou o número máximo de
elementos do secretariado Técnico do POVT em 72 elementos, incluindo 7 Secretá rios Técnicos, 54 Técnicos
Superiores, 8 Assistentes Técnicos e 3 Assistentes Operacionais. Verificou‐se no entanto em Fev‐2011 a
nomeação do Vogal executivo da Comissão Diretiva do POVT, Eng. Germano Faria Martins, como Presidente do
Conselho Executivo da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa, pelo que cessou o exercício de
funções como Vogal da Comissão Diretiva deste Programa, passando este Órgão a contar apenas com dois
elementos (Presidente e Vogal executiva) o que provocou uma grande sobrecarga na sua atividade, que é de
assinalar.
Com base no diagnóstico realizado às alterações organizacionais necessá rias ao pleno desenvolvimento das
atividades e competências que cabem à AG do POVT, que incluem a gestão deste Programa do QREN e a gestão
setorial do Fundo de Coesão II – Transportes e Ambiente, a Comissão Diretiva do POVT apresentou ao Senhor
Secretário de Estado Adjunto para a Economia e Desenvolvimento Regional (SEAEDR), na sua qualidade de
coordenador da Comissão Ministerial de Coordenação do POVT, a proposta de alteração da estrutura orgânica
do POVT, visando a integração no Secretariado Técnico do POVT dos elementos que desempenham funções na
estrutura de gestão setorial do Fundo de Coesão II – Ambiente, através da alteração da RCM n.º 25/2008. Foi
também proposta a nomeação dos Secretários Técnicos e orientações para a designação de chefias de equipa,
de modo a estabilizar a estrutura organizativa do POVT, não tendo existido até ao momento qualquer decisão
neste âmbito.
Apesar da l imitação da sua constituição em 2011, a Comissão Diretiva teve uma atividade plena no ano
transato, tendo realizado um elevado número de reuniões, das quais foi lavrada ata, para apreciação dos
assuntos que cabem a este órgão colegial, que abrangem todas as matérias mais relevantes para o POVT, desde
as decisões de financiamento das candidaturas submetidas ao Prog rama, às decisões estratégias, à gestão de
recursos humanos, aos sistemas de gestão e organização, entre outros.
Ao nível da articulação com os Organismos Intermédios, não foram introduzidas alterações nas competências
delegadas, tendo sido realizadas diversas reuniões de articulação para a preparação da reprog ramação e para a
Relatório de Execução | 2011
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resolução de problemas técnicos e difusão de orientações a adotar, visando maior ef icácia e eficiência de
gestão.
ALTERAÇÕES DECORRENTES DO CONTEXTO SOCIOECONÓMICO
O contexto de crise económica e financeira internacional continuou a marcar o ano de 2011, conjugada com o
processo de ajustamento da economia e das finanças públicas nacionais, confrontada com as ameaças de crise
da dívida soberana que se continuaram a sentir no âmbito mais vasto da União Europeia e que também
afetaram Portugal.
Neste contexto, os principa is indicadores de clima económico, regrediram com uma desaceleração do consumo
privado e do indicador de FBCF, na sequência das medidas de consolidação orçamental que foram sendo
adotadas desde 2010 e ao longo de 2011 e anunciadas para 2012.
Dentro das medidas de carácter geral que foram definidas em 2011, com maior relevância para a atividade do
ano transato e resultados alcançados pelo POVT, são de salientar as que resultaram da assinatura por parte do
Estado Português do Memorando de Entendimento sobre as Condicionalidades de Política Económica, no qual
se definem as condições gerais de política económica a cumprir durante o período de assistência financeira,
sendo de destacar neste âmbito os objetivos de política orçamental fixados, nomeadamente as metas em
termos de redução do défice das Administrações Públicas, a redução do rácio da dívida pública/PIB e a redução
da despesa pública, objetivos estes que vieram trazer acrescidas dificuldades à realização dos investimentos
públicos aprovados e previstos no POVT, por dificuldades na mobilização da contrapartida nacional.
Tendo em conta o contexto geral de crise económica e financeira e em face das dificuldades de execução
verificadas ao nível de diversos Estados Membros da União Europeia que ficaram em 2011 abrangidos por
intervenção externa, de entre os quais Portugal, foi aprovado o Regulamento (EU) n.º 1311/2011, de 13 de
Dezembro, introduziu no Regulamento geral dos fundos (Reg. (CE) n.º 1083/2006), no que respeita às regras
comuns de cálculo dos pagamentos intermédios e do saldo final, ao prever que, em derrogação do artigo 53.º,
n.º 2 e n.º 4, os pagamentos intermédios e os pagamentos do saldo f inal são aumentados em 10 pontos
percentuais acima da taxa de co f inanciamento aplicável a cada eixo prioritário, sem exceder os 100%, a aplica r
ao montante das despesas elegíveis inscritas de novo em cada decla ração de despesas certif icada, apresentada
durante o período em que o Estado Membro esteja em regime de assistência financeira (a partir de 24‐Maio‐
2011, no caso de Portugal) até 31‐Dez‐2013.
Por decisão da Comissão Europeia, datada de 22‐Dez‐2011, foi aprovada a aplicação deste regime, designado
por “TOP‐UP”, a diversos PO do QREN, entre os quais o POVT, destinando‐se a dotação adicional de fundos a
receber naquele período à criação de condições mais favoráveis à realização das operações, designadamente
Relatório de Execução | 2011
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através da concessão de regimes de adiantamentos aos beneficiários e de majoração de taxas de co
financiamento às operações.
No ano de 2011 foi assim possível beneficiar de uma acréscimo significativo de fundos comunitá rios recebidos
no âmbito do POVT (FEDER e Fundo de Coesão) em resultado do novo mecanismo de “TOP‐UP” o qual teve
também um efeito positivo no montantes de fundos certif icados, o que relevou para a ultrapassagem dos
limites da regra “N+3” tendo por isso um efe ito muito signif icativa na performance f inanceira deste Programa.
Também com o objetivo de assegurar fontes de financiamento em condições bastante favoráveis para a
contrapartida nacional dos projetos aprovados no âmbito do QREN, foi aprovada pelo Banco Europeu de
Investimentos (BEI) uma linha de financiamento, designada por Empréstimo – Quadro do BEI (EQ‐BEI), no
montante total de 1.500 milhões de euros, da qual foi posta em prática em 2011 a aplicação da 1.ª tranche, no
montante de 450 milhões de euros, da qual beneficiou um número significativo de operações do POVT, com
um financiamento global aprovado de 130 milhões de euros, dos quais 79,7 milhões de euros no regime de
empréstimos reembolsáveis e 50,3 milhões de euros no âmbito do PIDDAC.
Foram ainda tomadas medidas para promover a aceleração da execução financeira das operações em curso no
âmbito do QREN, sendo de referir neste âmbito as iniciativas previstas no 2.º Memorando de Entendimento
celebrado entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses em Fevereiro de 2011, o qual
teve incidência no POVT ao nível do domínio “Ciclo Urbano da Água” do Eixo II, tendo s ido decidida a aplicação
em 2011 da taxa de co financiamento de 80% às operações aprovadas e aprovar de responsabilidade
municipal, bem como a majoração dos pagamentos (a 85%) a executar até ao fina l de 2011 neste âmbito e
ainda às operações de responsabilidade das empresas do grupo AdP.
PRINCIPAIS ATIVIDADES E RESULTADOS OBTIDOS EM 2011
O ano de 2011 foi muito intenso ao nível das atividades de gestão, visando priorita riamente a aceleração da
execução financeira do Programa, em especial no que respeita ao Fundo de Coesão, bem como a conclusão da
apreciação das candidaturas com vista à decisão sobre as mesmas em 2011, tendo em conta que ainda se
encontravam em análise no f inal de 2010 candidaturas resultantes de Avisos de abertura publicados em 2009 e
2010 nas diversas áreas de intervenção do Programa, com maior relevância para o domínio “Ciclo Urbano da
Água” e “Prevenção e Gestão de Riscos” do Eixo Prioritário II.
A concretização de grande parte destes objetivos fixados para 2011 foi conseguida, muito embora a um nível
um pouco aquém das metas traçadas, uma vez que a taxa de execução financeira final do Prog rama não foi
além dos 34,6%, quando se tinha f ixado o objetivo de atingir os 37%.
Relatório de Execução | 2011
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Por outro lado, o esforço realizado pela Autoridade de Gestão e pelos Organismos Intermédios envolvidos em
torno do objetivo de concluir em 2011 a apreciação das 199 candidaturas em análise que transitaram do ano
anterior, saldou‐se na decisão sobre 171 candida turas de financiamento, das quais 122 aprovadas e 49 não
aceites, reprovadas e desistidas, tendo assim ficado por decidir no final de 2011, 42 candidaturas, cuja
conclusão do processo de análise e decisão trans itou para 2012.
O nível de compromisso de fundos com operações aprovadas aumentou bastante em 2011, quer pelo efeito
das candidaturas aprovadas, quer em resultado do aumento das taxas de cofinanciamentos nos domínios em
que tal foi aprovado. Com efeito, o montante global de FC comprometido com projetos aprovados em 2011
ascendeu a 620 milhões de euros, sobretudo em resultado da aprovação em 2011 das candidaturas do “Ciclo
Urbano da Água” e dos Transportes que se encontravam em análise. É ainda de referir o montante a que
ascendeu em 2011 o FEDER comprometido com novos projetos, que ascendeu a 210 milhões de euros, em
resultado da aprovação de seis candidaturas das escolas com ensino secundário que tinham sido apresentadas
no final de 2010 e das candidaturas apresentadas em 2011 no âmbito da Assistência Técnica.
Verificou‐se também um acréscimo muito significa tivo na celebração de contratos de financiamento das
operações aprovadas, tendo s ido ultrapassadas muitas das dificuldades sentidas em anos anteriores nesta
matéria e que se prendem com a falta de cumprimento dos requisitos fixados para a celebração dos contratos,
nomeadamente ambientais, o que é particularmente relevante no domínio do “Ciclo Urbano da Água”. Com
efeito, durante o ano de 2011 foram celebrados 137 novos contratos de f inanciamento, permanecendo no final
de 2011 um universo de apenas 36 operações por contrata r.
Durante o ano de 2011 a abertura do Programa à apresentação de candidaturas foi bastante limitado, o que se
deveu, em grande parte, ao contexto associado á preparação e negociação da reprogramação técnica, o que
aconselhava a que se aguardasse pela sua aprovação antes da preparação das alterações regulamentares e das
novas aberturas. Com efeito, durante 2011 apenas foram apresentadas ao POVT um total de 14 novas
candidaturas em domínios muito limitados do Programa.
O avanço da implementação do POVT em 2011, no que à vertente financeira diz respeito, evidenciou uma
ligeira desaceleração face ao crescimento do ritmo de execução que se tinha verificado em 2011, tendo partido
de uma taxa de execução de 20% registada no final de 2010 para 34,6% no fina l de 2011 – o que representa um
acréscimo de 14,6 pontos percentuais (contra um crescimento de 14,9 p.p. no ano anterior).
Deve ainda referir‐se que a reprogramação do POVT diminuiu em 316 milhões de euros (exclusivamente
FEDER), a dotação do Programa, alterando dessa forma a base de cálculo da taxa de execução do Programa no
final de 2011, a qual, de acordo com a programação financeira anterior do POVT, se situaria nos 32%.
Continuou também a verificar‐se em 2011 uma s ignifica tiva assimetria entre os níveis de execução dos diversos
Eixos e Fundos do POVT. A execução financeira acumulada do POVT em 31‐Dez‐2011, corresponde a um total
Relatório de Execução | 2011
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de 1.504 milhões de euros de fundo comunitário, repartindo‐se entre 643 milhões de euros de Fundo de
Coesão e 861 milhões de euros de FEDER, a que correspondem taxas de execução financeira de 21% e de
67,2%, respetivamente, taxas estas muito díspares, aspeto que ainda se torna mais relevante pelo facto do
volume de Fundo de Coesão programado no POVT ser muito superior ao volume de FEDER.
Apesar de se manter a níveis muito baixos a taxa de execução do Fundo de Coesão no final de 2011, a evolução
verificada no ano foi positiva, embora a níveis inferiores ao que seria desejável, uma vez que o volume de FC
validado em 2011 (329 milhões de euros) duplicou o de 2010 (152 milhões de euros). Este progresso verificado
em 2011 ficou a dever‐se não só à melhoria da dinâmica de execução dos projetos já f inanciados
anteriormente pelo FC, nomeadamente ao avanço dos projetos do domínio “Ciclo Urbano da Água”, mas
também, em parte (140,3 milhões de euros) ao efeito da transição interna de operações de FEDER para Fundo
de Coesão que resultou da reprogramação aprovada em Dezembro de 2011.
As dinâmicas de execução financeira dos diversos Eixos do POVT explicam as grandes diferenças entre Fundos
que foram referidas. Com efe ito, a baixa taxa de execução do Fundo de Coesão é explicada essencialmente
pelos seguintes aspetos:
• O baixo nível de compromisso e de realização dos projetos da área dos transportes que se encontram
previstos no Eixo I (que conta com uma dotação de FC de 1.200 milhões de euros), estando por
executar um montante próximo dos 1.000 milhões de euros, dos quais 400 milhões aprovados e por
executar e 600 milhões de euros por aprovar. Tendo em conta que este Eixo contempla um conjunto
bem definido de grandes intervenções prioritárias no domínio ferroviário e rodoviário, as principais
medidas adotadas pelo POVT foi dar a maior celeridade poss ível à apreciação das candidaturas
submetidas e à sua ins trução como Grandes Projetos à CE, bem como à apreciação dos Pedidos de
Pagamento. Todavia e apesar dos avanços verificados, continuou a não ser registada em 2011
qualquer execução f inanceira das grandes infra‐estruturas ferroviárias previstas no corredor Lisboa –
Sines – Elvas, a não ser a que resulta dos projetos de modernização de troços da l inha de mercadorias
Sines – Elvas que terminam em Évora, verificando‐se a inda a ausência de definições cla ras sobre as
soluções técnicas e o planeamento da rea lização dos investimentos desta linha que estavam previstos
até Elvas. A AG do POVT tem vindo a alertar a tutela do POVT e do QREN para a necessidade de
ultrapassar esta situação, de forma ser possível concretiza r a absorção da totalidade do FC previsto no
Eixo I;
• No que respeita à área do ambiente e desenvolvimento sustentável, concentrada atualmente no Eixo
II, com uma dotação de FC de 1.650 milhões de euros, o volume de fundos por executar ultrapassa os
1.200 milhões de euros, dos quais 900 milhões de euros aprovados e por executar e cerca de 300
milhões por aprovar. Neste âmbito as medidas mais adequadas são as que visam o estímulo à
execução, criando melhores condições aos beneficiários para que possam concretizar os projetos
Relatório de Execução | 2011
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aprovados nomeadamente o aumento das taxas de cof inanciamento comunitá rio para que possam
reduzir a contrapartida nacional, medidas estas que no domínio do Ciclo Urbano da Água já foram
postas em prática em 2011 e se prolongam para 2012. Neste âmbito é também muito relevante os
financiamentos do EQ – BEI que já se encontram aprovados em 2011 e no início de 2012, todavia
ainda sem grandes efeitos práticos ao nível da sua mobilização, tendo em conta que estão ainda a ser
concluídos os procedimentos formais de aprovação e de contratualização. A execução f inanceira do
Eixo II é também condicionada pela complexidade técnica e extensão das intervenção, assim como
pelos requisitos ambientais a assegura r previamente;
• No caso dos investimentos estruturantes nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, previstos
nos Eixos III e IV é de assinalar a baixa taxa de aprovação na RAM, tendo em conta que ainda não se
encontra aprovado nenhum dos Grandes Projetos previsto.
No que respeita ao FEDER, a situação é inversa do FC, uma vez que da dotação global de FEDER atualmente
programada (1.282 milhões de euros), apenas estão por executa r 421 milhões de euros relativos a projetos já
aprovados, em resultado essencialmente do elevado nível de realização dos diversos domínios do E ixo V,
designadamente do que respeita à “Modernização das Escolas com Ensino Secundário”. A reprogramação do
POVT aprovada em 9‐Dez‐2011 ao reforça r a dotação FEDER do Eixo Prioritário V em 415 milhões de euros,
veio colmata r o desequilíbrio f inanceiro que se verificava anteriormente no Eixo IX.
Mantêm‐se no Eixo V algumas operações anteriormente aprovadas no âmbito do antigo Eixo VI (EFMA), com
um financiamento comunitário aprovado de 92 milhões de euros de FEDER, o qual deveria, nos termos do
texto do POVT aprovado no âmbito da reprogramação técnica de Dezembro de 2011, ter passado para o E ixo II
(Fundo de Coesão) aguardando‐se resposta da CE a um pedido de cla rificação das elegibilidades dos
investimentos do EFMA ao FC apresentado no início de 2012 e que ainda não teve resposta.
O resultado conjugado das dificuldades referidas ao nível da execução financeira e do avanço ao nível das
aprovações, traduziu‐se no aumento do gap existente entre o nível de compromissos e de execução do
Programa, no que respeita ao Fundo de Coesão, que passou de 30 pontos percentuais no final de 2010 para
47,4 pontos percentua is no final desse ano, pelo facto do aumento da taxa de compromisso com projetos
aprovados, que no fina l do ano atingiu os 68,4%, ter suplantado o acréscimo ainda assim significativo da taxa
de execução financeira, que em 31 de dezembro de 2011 se cifrava em 21%.
Já no que respeita ao FEDER as dificuldades gerais de execução que caraterizaram o ano de 2011 fizeram‐se
sentir de forma menos intensa, essencialmente pelo facto das candida turas apresentadas pelo principal
beneficiá rio (Parque Escolar, EPE) terem elevada maturidade e nível de realização física e financeira na fase da
sua aprovação, o que propiciou um elevado nível de execução financeira FEDER. Apesar desta situação
bastante pos itiva que permitiu a redução do Gap entre o nível de compromisso e de execução do FEDER em
Relatório de Execução | 2011
26
10,7 p.p. (passou de 44 p.p. para 33,3 p.p.), foram ainda assim visíveis, em especial na fase final do ano,
dificuldades financeiras acrescidas da maioria dos beneficiários do FEDER, o que se traduziu em múltiplos
atrasos na realização dos projetos face ao que estava aprovado na candidatura.
Em face do exposto, que traduz uma dualidade de tendência entre o FEDER e do FdC, e tendo em conta que se
acentuou a inda mais em 2011 a relevância deste último Fundo no computo global do POVT, pela redução de
316 milhões de euros de FEDER que foi definida na reprogramação aprovada em dezembro de 2011, a situação
global do POVT agravou‐se no que respeita a este aspeto, terminando o ano de 2011 com um gap entre o
montante de fundos comprometido e não executado de 43,2 p.p. (mais 8,2 p.p. do que no ano anterior) (Ver
Quadro n.º 11).
Tendo em conta a elevada relevância dos compromissos assumidos e baixa expressão gera l da execução
financeira de um grande número de operações aprovadas, teve início no segundo semestre de 2011 a adoção
de um conjunto de medidas que visaram a redução de compromissos assumidos que não tivessem perspetivas
de execução, o que passou por uma análise casuística, a qual incidiu especialmente sobre as operações que se
encontravam em situação de incumprimento, por se encontrarem aprovadas e contratadas há mais de 6 meses
e sem execução ou com muito baixa execução. A expressão do resultado destas medidas foi relativamente
baixa em 2011, uma vez que os casos de montante mais signif icativo apenas foram concluídos já em 2012, já no
âmbito da RCM 33/2012, de 1 de Março, designada por “Operação Limpeza”.
Apesar das dificuldades referidas, os níveis de execução do POVT continuaram a garantir em 2011 o
cumprimento da Regra N+3, com elevada folga em ambos os Fundos. No caso do Fundo de Coesão a Regra N+3
de 2011 foi cumprida com bastante folga, faltando no entanto um montante significativo, na ordem dos 300
milhões de euros para o cumprimento da regra em 2012. No caso do FEDER já se encontrava cumprida em 31‐
Dez‐2011e com um ano de antecipação a regra N+2 de 2012.
Refletiu‐se ainda pos itivamente em 2011 o acréscimo de pagamentos intermédios que a Comissão Europeia
efetuou a Portugal em resultado do aumento das taxas de cofinanciamento programadas que foi aprovado na
reprog ramação e que teve reflexos em cada um dos Eixos do POVT (de 70% para 85% nos Eixos I a IV, de 70%
para 84,42% no Eixo V e de 85% para 96,76% no caso do Eixo VI), a que acresceu a majoração de 10 pontos
percentuais rela tivos ao mecanismo de “TOP‐UP” ao POVT à despesa declarada por este Programa a partir de
24‐Maio‐2011. Estes dois efeitos permitiram o aumento do volume de fundos comunitários recebidos da União
Europeia na ordem dos 238 milhões de euros, o que foi muito positivo para a tesouraria dos fundos, em
especial do FEDER.
É de referir que não foi possível refletir em 2011 outros aspetos muito importantes da reprogramação, tendo
em conta que a mesma foi aprovada em momento muito próximo do fina l do ano, não tendo permitido a
transição dos projetos dos POR para o POVT, da qual se prevê resultar um acréscimo de Fundo de Coesão a
Relatório de Execução | 2011
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comprometer neste Programa na ordem dos 168 milhões de euros, nem a transição dos projetos das Escolas
do Ensino Básico do POVT para os POR, não tendo permitido em 2011 a libertação de 64 milhões de euros de
FEDER. Estes efeitos da reprogramação, bem como o correspondente aumento da execução financeira de
Fundo de Coesão apenas vão ter reflexo no ano de 2012, à medida que forem concluídos os procedimentos de
verificação prévios às transições e que se preveem concluir até ao final do mês de Junho de 2012.
No domínio das transições das operações dos POR para o POVT, tem grande relevância a transição dos projetos
relativos ao Metro do Porto, o que só foi poss ível concretizar em abril de 2012, incluindo o Grande Projeto
relativo à “Extensão da Rede do Metro entre o Estádio do Dragão e Venda Nova” que com a notificação à
Comissão Europeia permitirá a certif icação da despesa validada, o que terá grande relevância no cumprimento
da regra N+3 no que respeita ao Fundo de Coesão em 2012.
É ainda de salientar que a situação da tesouraria dos fundos do POVT se manteve equilibrada em 2011, sendo
superavitária quer no FEDER quer no Fundo de Coesão, uma vez que o total de Pagamentos efetuado pela CE
supera os pagamentos aos beneficiá rios e aos Organismos Intermédios dos Açores e da Madeira.
É relevante assinala r o contributo do POVT para as prioridades da União Europeia em matéria de
competitividade e emprego, designada por earmarking, continuou a verifica r‐se em 2011 uma situação muito
positiva, uma vez que o volume de f inanciamento comunitário atribuído a operações que respeitam a
categorias re levantes para o earmarking, representa cerca de 91,6% do fundo já comprometido, estando em
linha com o peso que essas categorias assumem atualmente na programação do POVT (92,9%), o qual foi
bastante reforçado face ao previsto na programação inicial do POVT, onde apresentavam um contributo de
82,8%.
É ainda de referir neste ponto os principais aspetos do avanço verificado em 2011 na implementação da
Iniciativa JESSICA em Portugal, tendo em conta que o POVT participa no JESSICA Holding Fund com o montante
de 30 milhões de euros de FEDER. Foi concluído em 2011 o processo de avaliação das propostas e de seleção
das entidades gestoras dos Fundos de Desenvolvimento Urbano, bem como de negociação dos Acordos
Operacionais, os quais foram assinados com o BEI no dia 11 de Outubro de 2011. Foi selecionado para a gestão
do Fundo a constituir no âmbito do POVT, o consórcio constituído pela CGD/IHRU, o qual rea lizou no final de
2011 algumas ações de divulgação nas regiões convergência abrangidas, prevendo‐se para 2012 a
implementação de um plano de ação para a captação de projetos a financiar.
Verificou‐se em 2011 um avanço muito positivo das novas funcionalidades do Sistema de Informação do POVT
(SIPOVT), quer no que respeita à manutenção evolutiva, destinada ao desenvolvimento de novas
funcionalidades, como é o caso da implementação do novo módulo de “Gestão de contratos” e dos regimes de
majoração de taxas decididos em 2011, assim como a adaptação de todos os módulos e funcionalidades já
existentes no SIPOVT às alterações na estrutura do Programa definidas no âmbito da reprogramação aprovada
Relatório de Execução | 2011
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em Dezembro de 2011. Foram ainda concluídos em 2011 os trabalhos de desenvolvimento da Plataforma
analítica de extração de dados (Business Intelligence) e de gestão documental.
Foram realizadas em 2011, um total de 13 ações de acompanhamento no local a operações cof inanciadas pelo
POVT, realizadas pela AG e Organismos Intermédios. Foi ainda decidido em 2011 realizar um número adicional
de 100 ações de acompanhamento, no âmbito do Plano de Acompanhamento de 2010 e de 2011, através de
recursos externos tendo sido lançado realizado parte significativa do concurso, tendo no entanto apenas sido
possível no início de 2012 celebrar no contratos e iniciar os trabalhos, encontrando‐se atualmente em curso.
Relatório de Execução | 2011
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INTRODUÇÃO
O Relatório Anual de Execução do Programa Operaciona l Temático Valorização do Território (POVT) relativo ao
ano de 2011, apresenta‐se em conformidade com as disposições regulamentares comunitárias previstas no
artigo 67.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006, de 11 de Julho, com as a lterações introduzidas pelo
Regulamento (UE) n.º 1310/2011, de 13 de Dezembro, no que concerne à informação relativa aos prog ressos
efetuados no financiamento e na execução dos instrumentos de engenharia financeira, a qual consta do ponto
2.6.2.
Foi tido em conta na elaboração do presente relatório o conteúdo previsto no Anexo VI do Regulamento (CE)
n.º 846/2009, de 1 de Setembro, e no Regulamento (EU) n.º 832/2010, de 17 de Setembro, que alteraram o
Anexo XVIII do Regulamento (CE) n.º 1828/2006, de 8 de Dezembro.
Foram ainda tidas em conta as disposições nacionais aplicáveis, nomeadamente o Decreto‐Lei n.º 312/2007, de
17 de Setembro, com a redação dada pelo Decreto‐Lei n.º 74/2008, de 22 de Abril.
Para além das dispos ições regulamenta res e legais referidas, foram também adotadas as recomendações da
Comissão Europeia (CE), constantes da ca rta de aceitação do Relatório de Execução referente a 2010, com a
Ref.ª Ares 870687, de 10‐Ago‐2011, na qual a CE referiu que, tendo em vista melhorar a qualidade do relatório
e dar conta de alguns dos principais resultados alcançados, deveriam ser incluídos em futuros relatórios
exemplos significativos de boas práticas de projetos financiados. Esta recomendação foi acolhida no presente
relatório, constando dos vários pontos do Capítulo 3, exemplos de boas práticas adotadas em projetos
realizados com o apoio dos fundos comunitá rios atribuídos no âmbito do POVT.
O objetivo essencial do presente Relatório é o de assegurar o exercício de prestação de contas re lativo ao
exercício de 2011, refletindo de forma clara e fidedigna, os aspetos mais relevantes da execução e dos
resultados do Programa Operacional (PO) no ano em referência. Para o efeito, descrevem‐se as principais
atividades desenvolvidas em 2011 no âmbito da gestão do Prog rama e os avanços verificados na execução do
POVT nesse ano, em respeito pelo princípio da transparência assumido no Plano de Comunicação do Programa.
A estrutura e o conteúdo do presente Relatório estão em linha com as orientações recebidas da Comissão
Técnica de Coordenação do QREN e obedecem às disposições contidas na Norma emitida pelo IFDR relativa às
orientações a observar na sua elaboração. Foi ainda dada continuidade à adoção da metodologia de
abordagem comum que foi definida aquando da elaboração do Rela tório de 2009 pelo Observatório do QREN
Relatório de Execução | 2011
30
para as questões relativas à Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), constando do ponto 2.7.3. as principais
conclusões sobre esta matéria.
A estrutura, conteúdo analítico e cará ter qualitativo do Relatório de 2011 seguem muito de perto o que já tinha
adotado para a elaboração do relatório do ano anterior, com as adaptações e os desenvolvimentos que
resulta ram das alterações regulamentares e da recomendação da Comissão Europeias já referidas, assim como
das exigências específ icas que decorrem da reprogramação técnica deste Programa aprovada pela Decisão da
Comissão Europeia C (2011) 9334, de 9‐Dez‐2011, em resultado da qual a estrutura de Eixos do POVT registou
significativas alterações, as quais se encontram devidamente explicitadas no presente re latório, de modo a
permitir uma comparação com os resultados do ano anterior e identif icar em que medida as alterações
verificadas neste Programa em 2011, no que respeita a cada um dos Eixos Prioritários e Fundos, resultaram da
atividade normal deste Programa e das que resulta ram dos efe itos da referida reprogramação.
Destaca‐se no presente Relatório o conteúdo do Capítulo 2. – Execução do Programa Operacional, do qual faz
parte a referência aos principais avanços concretizados em 2011 ao nível dos indicadores de execução f ísica e
financeira, sendo de salientar o apuramento efetuado dos Indicadores de Realização Executada (ponto 2.1.1.),
o que permite uma maior perceção do avanço verificado na concretização das metas previstas neste Prog rama.
Esta Capitulo integra ainda a informação relativa à conformidade com o dire ito da União, assim como os
problemas mais significa tivos encontrados na implementação do Programa e medidas tomadas, as mudanças
verificadas no contexto da execução do PO e a complementa ridade com outros instrumentos financeiros ou
Programas.
À semelhança do ano anterior, foi adotado um ponto específico (2.7.4.) para concentração da informação
relativa às ações de auditoria e controlo realizadas em 2011 por esta Autoridade de Gestão e pelas demais
Autoridades nacionais e comunitárias e seus principais resultados.
No Capítulo 3 – Execução por E ixo Prioritário é apresentada a informação relativa à execução física, financeira e
qualitativa por Eixos Prioritá rios, bem como dos principais problemas encontrados na implementação do E ixo e
medidas adotadas para os resolver. Em cada um dos Eixos é feita uma referência aos efe itos da reprogramação
técnica deste PO aprovada em dezembro de 2011 e são apresentados exemplos de boas práticas ao nível das
operações apoiadas por este Programa.
A elaboração do presente Relatório envolveu todo o Secretariado Técnico do POVT, com a coordenação da
Unidade de Avaliação, Monitorização e Comunicação (UAMC).
O Relatório Anual de Execução de 2011 foi aprovado pela Comissão Diretiva em 24 de maio de 2012, teve a
apreciação favorável da CMC deste Prog rama, através de um procedimento de consulta escrita desencadeado
no dia 28 de maio e concluído a 4 de junho de 2012, e foi submetido à Comissão de Acompanhamento, para
Relatório de Execução | 2011
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apreciação na sua 7.ª Reunião, realizada em 26 de junho de 2012, após o que será enviado ao IFDR para
encaminhamento à Comissão Europeia.
Neste ponto introdutório é de expressar um voto de agradecimento a todas as Autoridades Comunitárias e
Nacionais que, ao longo de 2011 colaboraram de forma tão positiva e intensa com o POVT, o que muito
contribuiu para o cumprimento dos objetivos que nortearam a atividade da Autoridade de Gestão (AG) deste
Programa, bem como para a elaboração do presente Relatório, designadamente aos serviços da Comissão
Europeia, pela sua estre ita colaboração e apoio na resolução das questões colocadas.
Com efeito, é de destacar o relevante apoio dado a esta AG pelas Autoridades Nacionais de coordenação,
certif icação e auditoria do QREN, pelo seu importante contributo para os objetivos e metas alcançados por este
Programa em 2011.
É de salientar e agradecer a colaboração do IFDR, na sua qualidade de Autoridade de Certificação FEDER e
Fundo de Coesão, pela estreita colaboração em matérias muito relevantes para a atividade de gestão do POVT,
designadamente a monitorização operaciona l e financeira, a emissão de orientações técnicas, a instrução de
Grandes Projetos para notificação à Comissão Europeia, a apresentação de Pedidos de Pagamento Intermédio
à Comissão Europeia, o apoio dado à definição de procedimentos que permitiram operacionalizar a aplicação
em Portugal da Iniciativa JESSICA e a realização dos pagamentos aos beneficiários do Programa. Esta
colaboração teve ainda em 2011 aspetos particularmente relevantes, no que respeita à coordenação das
atividades relativas à preparação e negociação da reprog ramação técnica do QREN e à sua implementação,
bem como no que respeita à implementação do Empréstimo – Quadro do BEI (EQ – BEI).
É também de sublinhar e agradecer à Autoridade de Auditoria – Inspeção Geral de Finanças (IGF) o
acompanhamento e as recomendações que nos têm transmitido, o que tem contribuído de forma muito
significativa e positiva para o aperfeiçoamento dos procedimentos adotados.
É ainda de salientar e agradecer a colaboração do Observatório do QREN em matérias gerais no âmbito da
monitorização, avaliação e comunicação e em matérias específicas que tiveram em 2011 uma particula r
relevância, no que respeita à coordenação das atividades rela tivas à preparação da reprogramação do QREN,
incluindo o exercício de screening (processo de verif icação independente) relativo à necessidade de sujeitar as
alterações dos Programas Operacionais a uma nova Avaliação Ambiental Estratégica.
Nesta ocasião, aproveitamos para agradecer a colaboração dos Órgãos de governação política do POVT e do
QREN pelo apoio dado à execução do Programa, designadamente ao Ministro Coordenador da Comissão
Ministerial de Coordenação (CMC) do QREN e do POVT – Secretário de Estado Adjunto da Economia e do
Desenvolvimento Regional (SEAEDR) e aos membros da CMC deste Prog rama, Ministro‐Adjunto e dos Assuntos
Parlamentares, Minis tro da Administração Interna, Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do
Ordenamento do Território, Ministro da Educação e Ciência e Secretário de Estado da Cultura, bem como aos
Relatório de Execução | 2011
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membros dos respetivos Gabinetes que, de forma muito positiva, ajudaram esta AG na definição das
orientações estratégicas a adotar.
Por último, é ainda de agradecer a todos os colaboradores do POVT, incluindo os seus Secretários Técnicos,
Técnicos e demais elementos do Secretariado Técnico, bem como aos responsáveis e técnicos dos Organismos
Intermédios do POVT, pelo seu enorme esforço e dedicação colocados ao serviço deste Prog rama, os quais
foram determinantes para o cumprimento dos objetivos e resultados alcançados pelo POVT em 2011, pelos
quais a Comissão Diretiva expressa o seu voto de agradecimento e de reconhecimento.
Relatório de Execução | 2011
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1. APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA OPERACIONAL
O Programa Operaciona l Valorização do Território (POVT) é o instrumento temático do Quadro de Referência
Estratégico Nacional 2007‐2013 (QREN), no âmbito da Agenda para a Valorização do Território, cujos objetivos
estratégicos essenciais estão focados na superação dos défices estruturais que têm condicionado o
desenvolvimento sustentável, visando essencialmente:
≈ O reforço da conectividade territorial, da mobilidade e da acessibilidade, à escala Nacional, Ibérica
e da União Europeia;
≈ A proteção e valorização do ambiente e do património natural, bem como a qualificação dos
serviços ambientais;
≈ O reforço da prevenção, gestão e monitorização de riscos naturais e tecnológicos;
≈ A promoção do desenvolvimento urbano policêntrico, o reforço da articulação das cidades com as
respetivas áreas envolventes e a qualificação dos espaços urbanos – Política de Cidades;
≈ Consolidação de redes, infraestruturas e equipamentos relevantes para a estruturação do
território nacional, ao serviço da competitividade e da coesão.
A dotação global inicial de fundos comunitários do POVT ascendia a 4.658 milhões de euros (3.060 milhões de
euros do Fundo de Coesão e 1.599 milhões de euros de FEDER – Fundo Europeu do Desenvolvimento Regiona l)
associada a uma comparticipação nacional de 1.971 milhões de euros, o que permitia uma a lavancagem do
investimento total de 6.629 milhões de euros, a realizar em todas as regiões do país (no caso do Fundo de
Coesão) e nas regiões convergência (no caso do FEDER), no período que vai até ao f inal de 2015.
O POVT foi aprovado pela Decisão da Comissão Europeia C (2007) 5110, de 12 de Outubro de 2007, tendo sido
oficialmente formalizada a sua assinatura pela Comissão Europeia (CE) e pelo Governo Português no dia 17 de
Outubro de 2007. Através da Decisão C (2009) 10068, de 9 de Dezembro, foi aprovada a alteração do Plano de
Financiamento do Programa, que passou a prever a despesa elegível de natureza privada no Eixos I, II, III, VII e
VIII.
De acordo com as referidas Decisões, o Programa, na sua configuração inicial, estava organizado em dez Eixos
Prioritá rios, cujas dotações financeiras (FEDER e Fundo de Coesão) se indicam seguidamente:
Relatório de Execução | 2011
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Quadro nº 1‐ Programação Financeira inicia l
(Unidade: milhaes de euros)
Eixos Fundo
Comunitário
Financiamento Total
(Milhares euros)
Dotação Fundo
Dotação (%) associada a cada
Eixo
I – Redes e Equipamentos Estruturantes do Sistema Urbano Nacional
Fundo de Coesão
2.218.523 1.552.965 33%
II – Rede Estruturante de Abastecimento de Água e Saneamento
Fundo de Coesão
1.147.143 803.000 17%
III – Prevenção, Gestão e Monitoriza ção de Riscos Naturais e Tecnológicos
Fundo de Coesão 762.857 534.000 11%
IV – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma dos Açores
Fundo de Coesão
100.000 70.000 2%
V ‐ Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da Madeira
Fundo de Coesão
142.857 100.000 2%
VI – Investimentos Estruturantes do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva
FEDER 392.857 275.000 6%
VII – Infraestruturas para a Conectividade Regional FEDER 385.714 270.000 6%
VIII – Infraestruturas Nacionais para a Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos
FEDER 221.429 155.000 3%
IX – Desenvolvimento do Sistema Urbano Nacional FEDER 1.141.429 799.000 17%
X – Assistência Técni ca FEDER 117.151 99.579 2%
TOTAL Fundo Coesão 4.371.380 3.059.965 66%
TOTAL FEDER 2.258.580 1.598.579 34%
TOTAL 6.629.960 4.658.544 100%
Através da Decisão C(2011)9334, de 9 de Dezembro de 2011, foi aprovada a reprogramação técnica do POVT,
mediante a qual este Programa passou a estar organizado em seis eixos prioritá rios e apresenta uma nova
programação f inanceira, conforme f igura e quadro seguintes:
Relatório de Execução | 2011
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Figura nº 1 – Correspondência entre a estrutura de Eixos Prioritários/Domínios de Intervenção antes e depois
da reprogramação
Estrutura de Eixos anterior à Reprogramação Estrutura de Eixos após Reprogramação
Eixo III ‐ Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos Naturais e Tecnológicos
Cic lo Urbano da Água
Combate à Erosão e Defesa Coste ira Protecção Costeira
Recuperação do Pass ivo Amb iental Recuperação de Passivos Ambientais
Prevenção e Gestão de Riscos Prevenção e Gestão de Riscos
Valorização de Resíduos Sól id os Urbanos
Eixo V ‐ Redes e Equip amentos Estruturan tes da Região Autónoma da Madeira
Eixo III ‐ Redes e Equipamentos Estruturantes da Re gião Autónoma dos Açores (FC)
Eixo VI ‐ Investimentos Estru tu rantes do Empreendimen to de Fins Mú ltiplos de Alqueva
Eixo IV ‐ Redes e Equipamentos Estruturantes da Re gião Autónoma da Madeira (FC )
Eixo VII ‐ Infra‐estruturas para a Cone ctividade TerritorialEixo V ‐ Infra‐estruturas e Equip amentos para a Valorização
Territorial e o Desen volvimento Urbano (FEDER)
Eixo VIII ‐ Infra‐estruturas Nacionais para a Valorização de Re síduos Sól idos Urbanos
Acções Inovadoras para o Desenvolvime nto Urbano
Eixo IX ‐ Desenvolvimento do Sistema Urbano Nacional
Acçõ es Inovado ras para o Desenvolvimento Urbano Infra‐estruturas e Equ ipamentos Desportivos
Requal i ficação da Re de de Escolas com Ensino Secundário Redes de Equipamentos Estrutu rantes do Sis tema Urbano Nacional
Infra‐estruturas e Equipamentos Desportivos Iniciativa Jessica
Redes de Equipamen to s Estruturantes do Sistema Urbano Nacional Empreend imento de Fins Mú ltiplos do Alqueva (FEDER)
Requali ficação da Rede de Escolas do 2º e 3º cic lo do Ensino Básico Requal ificação da Rede de Escolas do 2º e 3º ciclo do Ens ino Bás ico
Inic iativa Jessica
Eixo X ‐ Ass istê ncia Técnica Exo VI ‐ Assistência Técnica (FEDER)
Legenda :
Eixos / Domínio s Fundo de Coesão
Eixos / Domínios FEDER
Alteração provisória, até trans ição para PO Regionais
Empreendimen to de Fin s Múltiplos do Alqueva (FC)
Eixo IV ‐ Redes e Equipamentos Estru turantes da Região Autónoma dos Açore s
Requali ficação da Rede de Escolas com Ensino Secundário
Eixo I ‐ Redes e Equipame ntos Estruturantes Nacionais de Transportes
Eixo II ‐ Re de Estruturante de Abastecimento de Água e Sane amento
Eixo I ‐ Redes e Equ ipamentos Estruturantes Nacionais de Transportes e Mobil idade Su stentáve l (FC)
Eixo II ‐ Sistemas Ambientais e de Prevenção , Gestão e Monitorização de Riscos (FC)
Relatório de Execução | 2011
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Quadro nº 2 ‐ Programação financeira em vigor
(Unidade: euros)
Eixo Designação do Eixo Prioritário Fundo
Comunitário Financiamento Comunitário
Contrapartida nacional
Financiamento total
I Redes e Equipamentos Estruturantes Nacionais de Transportes e Mobilidade Sustentável
Fundo de Coesão
1.199.965.525 211.764.706 1.411.730.231
II Sistemas Ambientais e de Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos
Fundo de Coesão
1.650.000.000 291.176.470 1.941.176.470
III Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma dos Açores
Fundo de Coesão
110.000.000 19.411.765 129.411.765
IV Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da Madeira
Fundo de Coesão
100.000.000 17.647.059 117.647.059
V Infraestruturas e Equipamentos para a Valorização Territorial e o Desenvolvimento Urbano
FEDER 1.214.000.000 224.118.025 1.438.118.025
VI Assistência Técnica FEDER 68.578.698 2.293.740 70.872.438
Total Fundo de Coesã o
3.059.965.525 540.000.000 3.599. 965.525
Total FEDER
1.282.578.698 226.411.765 1. 508. 990.463
TOTAL GLOBAL
4.342.544.223 766.411.765 5.108.955.988
Esta reprog ramação do POVT configurou‐se como uma revisão programática de natureza técnica e financeira,
promovida na sequência de alterações socioeconómicas significativas e visando antecipar previsíveis
dificuldades de execução, por força do contexto financeiro do país, nomeadamente as restrições orçamentais,
permitindo uma redução substancial do esforço da contrapartida nacional. Incluiu ainda uma redução de 316
milhões de euros na dotação FEDER do Programa, que serviram de contrapartida ao reforço do Fundo Social
Europeu (FSE) do Programa Operacional Potencial Humano.
Apresentam‐se no quadro e gráfico seguintes as principa is variações na Programação Financeira do POVT,
decorrentes da referida reprogramação:
Quadro nº 3 – Variações na programação financeira do POVT decorrentes da reprogramação
unid: milhões de euros
Antes da reprogramação
Depois da reprogramação
∆ Antes da reprogramação
Depois da reprogramação
∆ Antes da reprogramação
Depois da reprogramação
∆
FEDER 1.599 1.283 ‐316 660 226 ‐434 2.259 1.509 ‐750
Fundo de Coesão 3.060 3.060 0 1.311 540 ‐771 4.371 3.600 ‐771
Total 4.659 4.343 ‐316 1.971 766 ‐1.205 6.630 5.109 ‐1.521
Financ iamento Comunitá rio Contrapa rtida Nacional Financiamento Tota l
Relatório de Execução | 2011
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Gráfico nº 1 ‐ Redução do esforço da contrapartida nacional ‐ 1.205 milhões de euros (‐61%)
Apresentam‐se seguidamente, de forma sucinta e esquemática, as principais linhas de orientação e alterações
introduzidas no âmbito da referida reprogramação:
Alargar o âmbito das elegibilidades do Fundo de Coesão no POVT para:
≈ Projetos já anteriormente previstos no POVT (FEDER) enquadráveis no âmbito das Redes
Transeuropeias de Transportes (Itinerários Principais do Plano rodoviário nacional; ferrovias;
Infraestruturas portuárias;
≈ Projetos já anteriormente previstos no POVT (FEDER) no âmbito dos sistemas ambientais
(tratamento de resíduos sólidos urbanos);
≈ Projetos no domínio do Ciclo Urbano da Água re lativos à vertente em baixa de sistemas não
verticalizados (anteriormente nos Programas Operacionais Regionais (POR));
≈ Ações materiais relativas à prevenção e gestão de riscos naturais e tecnológicos (anteriormente
POR);
≈ Projetos no Domínio dos Sis temas Ferroviários Urbanos (Metros) (anteriormente POR);
≈ Projetos já anteriormente previstos no POVT (FEDER) no domínio do Empreendimento de Fins
Múltiplos de Alqueva);
0
500
1.000
1.500
2.000Milhões de
euros Recursos Nacionais
Públicos e Privados
Antes da reprogramação
Após a reprogramação
Relatório de Execução | 2011
38
≈ Alargamento das intervenções que visem a preservação e gestão de riscos no território, prevendo
as ações de controlo e risco contra cheias no Continente e as operações que visam a correção
torrencial das principais reservas da Madeira;
≈ Ações relativas à gestão de resíduos e melhoria do comportamento ambiental, reabilitação de
locais contaminados e zonas extrativas, otimização da gestão de resíduos (anteriormente POR)
Concentrar nos PO Regionais os investimentos relativos a:
≈ Escolas até ao 3º ciclo (incluindo requalif icação da rede de escolas do 2º e 3º Ciclo do Ensino
Básico);
≈ Equipamentos desportivos (novas operações);
≈ Ações inovadoras para o desenvolvimento urbano (novas operações);
Como principais vantagens da referida reprogramação técnica do POVT e do QREN, são de referir as seguintes:
≈ Nova “arrumação” do QREN com concentração no POVT e nos POR de tipologias de intervenção
da Agenda Temática Valorização do Território que anteriormente eram partilhadas;
≈ Operações que trans itam dos POR para o POVT (Fundo de Coesão) libertam f inanciamentos FEDER
que podem ser alocados a outras áreas de intervenção – cerca de 180,8 Milhões de Euros;
≈ Otimização da utilização do Fundo de Coesão, passando a ser elegíveis no âmbito deste Fundo,
intervenções nas áreas dos transportes e sistemas ambientais que anteriormente eram elegíveis
no FEDER;
≈ Aumento da taxa média de cofinanciamento programada para 85%;
≈ Maior abrangência na elegibilidade territorial das intervenções decorrentes do seu
enquadramento no Fundo de Coesão passando a incluir as regiões de Lisboa e Algarve, as quais
anteriormente só eram elegíveis nas regiões Objetivo Convergência – Norte, Centro e Alentejo,
nomeadamente:
≈ Sistemas Ferroviários Urbanos (Metros);
≈ Ciclo Urbano da Água – vertente em baixa em sis temas não verticalizados;
≈ Passivos Ambientais (ações corretivas, preventivas e de requalificação ou regeneração de áreas
degradadas e/ou contaminadas, consideradas prioritárias a nível regional ou local);
≈ Prevenção e Gestão de Riscos‐ ações materiais (equipamento da rede de centros municipais de
proteção civil e respetivos sis temas de gestão);
Relatório de Execução | 2011
39
≈ Otimização da gestão de resíduos (redes de recolha seletiva, otimização das unidades de triagem
existentes, unidades de valorização energética do biogás de aterros);
Os objetivos gerais e específ icos de cada um dos Eixos e Domínios de Intervenção do POVT, após a
Reprogramação do POVT aprovada em 9 de Dezembro de 2011, são os seguintes:
Eixo I – Redes e Equipamentos Estruturantes Nacionais de Transportes e Mobilidade
Sustentável
O reforço da competitividade e da conectividade do território, à escala Nacional, Ibérica e Europeia, através do
desenvolvimento de projetos estruturantes no domínio dos transportes que contribuam para “inserir Portugal
nas redes transeuropeias de transportes, nas diferentes escalas nacional, ibérica e contribuir para o reforço da
mobilidade sustentável, são os objetivos prioritários deste Eixo.
O reforço da conectividade internacional do país e da integração de Portugal na Rede Transeuropeia de
Transportes (RTE) será prosseguido através de um conjunto de operações estruturantes, visando alcançar os
seguintes objetivos específicos:
≈ Reforça r a rede ferroviária, nomeadamente através da ligação ferroviária ao porto de Sines, tendo
em vista o aumento da sua atratividade como Porta de entrada na Península Ibérica, alargando o
seu hinterland até Madrid e articulando com outras ligações aos portos de Lisboa e Setúbal. Esta
ligação poderá ainda promover a redução dos custos operacionais de transporte, a potenciação
de ganhos ambientais por criação de uma alternativa de transporte sustentável e o reforço da
conectividade externa do território;
≈ Concluir a malha rodoviária na área metropolitana de Lisboa de itinerários principais e
complementares (fecho das Circulares Regiona is Internas de Lisboa ‐ CRIL e da Península de
Setúbal ‐ CRIPS), enquanto elementos essenciais para garantir a coerência da rede rodoviária
metropolitana e a conectividade da região capital às redes de ligação internacional;
≈ Concluir os Itinerários Principais do Plano Rodoviário Nacional, visando o aumento da
competitividade e atratividade do interior do território;
≈ Reorganizar e reforça r o sistema marítimo – portuário e sua articulação com as cadeias de
transportes e logísticas;
Relatório de Execução | 2011
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≈ Foi ainda integrado neste Eixo as intervenções no domínio dos transportes que não façam parte
da RTE, mas se inscrevam em domínios relativos ao desenvolvimento sustentável, incluindo os
Transportes ferroviários e marítimos, bem como o transporte urbano limpo, visando a
consolidação dos sistemas de transportes ferroviários urbanos, melhorando a acessibilidade e o
descongestionamento das cidades e das suas periferias.
Eixo II – Sistemas Ambientais e de Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos
Este Eixo Prioritário passou a integrar todos os domínios de intervenção na área do ambiente e do
desenvolvimento sustentável, com impacte ao nível da qualificação do território e das cidades, abrangendo
intervenções no território do continente.
Neste contexto, estão previstos os seguintes Domínios de Intervenção:
≈ Ciclo Urbano da Água
≈ Proteção Costeira
≈ Recuperação de Passivos Ambientais
≈ Prevenção e Gestão de Riscos
≈ Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva
≈ Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos
Ciclo Urbano da Água
Este Domínio de Intervenção visa alcançar os seguintes objetivos:
≈ Reduzir as assimetrias regionais no respeitante aos níveis de atendimento das populações com
estes serviços básicos
≈ Servir a população de Portugal Continental com sistemas públicos de abastecimento de água, com
fiabilidade, quantidade e qualidade, e de sistemas públicos de drenagem e tratamento de águas
residuais urbanas, promovendo os valores ambientais e a saúde pública no cumprimento integra l
do normativo nacional e comunitário aplicável
Relatório de Execução | 2011
41
Proteção Costeira
Este Domínio de Intervenção visa alcançar os seguintes objetivos:
≈ Assegurar a proteção do território para acolher de forma sustentável as atividades produtivas e
garantir a diversidade da paisagem e dos recursos naturais
≈ Assegurar a sustentabilidade e a manutenção equilibrada da linha de costa, a médio e longo prazo
≈ Integrar no planeamento territorial as questões do risco associadas às dinâmicas da zona costeira,
a médio e longo prazo; identificar as áreas de risco para salvaguarda de pessoas e bens
≈ Planear a defesa sustentável das zonas de risco, minimizando os conflitos decorrentes do avanço
das águas
≈ Aumentar o grau de proteção contra o risco
≈ Melhorar os conhecimentos sobre acidentes natura is e tecnológicos nas zonas costeiras e
prevenir os riscos associados às alterações climáticas
Recuperação dos Pass ivos Ambientais
Este Domínio de Intervenção visa alcançar os seguintes objetivos:
≈ Promover a “valorização do território e das cidades” do ponto de vista orçamental e económico,
nomeadamente ao garantir ganhos ambientais face à diminuição dos riscos e ao contribuir
positivamente para a manutenção da biodiversidade e proporcionando melhores condições para
o uso futuro do solo
≈ Contribuir para a reabilitação de áreas degradadas afetas à indústria extra tiva e de sítios e solos
contaminados prioritários, onde não se ja viável a aplicação do princípio do poluidor pagador e a
vulnerabilidade do solo, aquíferos e ecossistemas, ponham em risco a saúde humana e o meio
ambiente
Prevenção e Gestão de Riscos
Este Domínio de Intervenção visa alcançar os seguintes objetivos:
≈ Contribuir para superar os constrangimentos estruturais de âmbito territorial, no que respeita à
prevenção e mitigação de riscos naturais e tecnológicos
Relatório de Execução | 2011
42
≈ Avaliar e prevenir os fatores e as situações de risco, e desenvolver dispositivos e medidas de
minimização dos respetivos efe itos
≈ Modernizar as infraestruturas, equipamentos e melhorar qualificação prof issional das
organizações e dos agentes de proteção civil
≈ Assegurar uma ação sistemática de prevenção e gestão de riscos, numa perspetiva de
desenvolvimento sustentável, e de aumento da resiliência, mediante o desenvolvimento dos
meios e capacidades ao nível nacional, regional e local
≈ Melhorar as condições, meios e recursos necessários para o tratamento centralizado e
permanente dos dados e informação re levante para a identificação, avaliação, prevenção, alerta,
gestão e correção das diversas situações de vulnerabilidade e riscos, nomeadamente no que
respeita aos riscos de cheias, seca ou fogos florestais
≈ Cria r as condições para a programação e planeamento centralizado e integrado dos meios e
ações de prevenção, alerta, gestão de risco e reparação de danos associados
≈ Garantir a utilização racional e coordenada dos meios, equipamentos e recursos, de forma a
potenciar e capitalizar a respetiva utilização, assegurando uma capacidade de resposta rápida,
eficiente e eficaz, coerente e integrada, com recurso a meios inovadores e tecnológicos
≈ Criar condições para a adequada dotação de equipamentos de relevância estrutural em situações
de risco natural ou tecnológico
≈ Promover a intercomunicação e a interoperacionalidade entre os meios e as entidades públicas e
privadas envolvidas na prevenção, alerta, gestão de riscos e reparação de danos associados,
orientando a respetiva participação em função da rapidez e qualidade de reação às situações de
risco
≈ Valorizar e enquadrar a participação adequada da sociedade civil, estimulando a respetiv o
envolvimento numa abordagem permanente de prevenção dos riscos e minimização dos
respetivos efe itos
Empreendimento de F ins Múltiplos de Alqueva (EFMA)
Este Domínio de Intervenção visa alcançar os seguintes objetivos:
≈ Garantir o abastecimento de água numa grande área territorial do Alentejo, aumentando a
qualidade e segurança no abastecimento de água, sobretudo nos anos de crise hídrica que são
frequentes nesta região
Relatório de Execução | 2011
43
≈ Contribuir para o desenvolvimento sustentável da região onde se insere, proporcionando ganhos
de eficiência energética e o incremento das energias renováveis
≈ Criar uma reserva estratégica de água e um sistema primário de armazenamento, captação,
elevação e transporte, ao qual estão l igadas as infraestruturas secundária de distribuição de água
≈ Combater a desertif icação e promover uma gestão sustentável dos recursos hídricos e de
proteção dos solos, contribuindo para conter as alterações climáticas, numa região muito
vulnerável a fenómenos extremos de crise hídrica
≈ Concluir o sistema primário de captação, armazenamento e transporte de água do Alqueva, que
permitirá a operaciona lização de toda a rede secundária de rega e assegurará condições para
promover o abastecimento urbano e industrial, nomeadamente a Évora, Alvito, Cuba, Vidigueira,
Porte l, Viana do Alentejo, Ferreira do Alentejo, Beja, Aljustrel, Sines, Reguengos de Monsaraz,
Mourão, Serpa e Mértola
Para além disso, estão previstas intervenções que têm por finalidade o cumprimento de impera tivos
ambientais, garantindo a permanência de um caudal ecológico para o funcionamento das infraestruturas a
jusante no respetivo subsistema, o que enquadra as intervenções na alínea b) do número 1 do Artigo 2º do
Regulamento (CE) nº 1084/2006,
Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos
É objetivo deste Domínio de Intervenção:
≈ Contribuir para a otimização dos recursos afetos às operações de recolha seletiva e triagem, numa
perspetiva de complementaridade e não de sobreposição de meios com a recolha indiferenciada
≈ Contribuir para a otimização da recolha seletiva e da triagem de resíduos, bem como para a
prevenção da sua produção e melhoria do comportamento ambiental dos cidadãos
Eixo III – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma dos Açores
O Eixo III prevê o conjunto das intervenções do Fundo de Coesão na Região Autónoma dos Açores (RAA) no
período 2007‐2015, que combina duas grandes linhas de orientação: corresponder às áreas de intervenção
definidas para este fundo comunitário e aos projetos relevantes e complementares da intervenção operacional
comparticipada pelo fundo estrutural FEDER, designadamente nos Eixos Prioritários relativos às redes de
infraestruturas de acess ibilidades e de valorização e qualificação do sistema ambiental.
Relatório de Execução | 2011
44
Com estes pressupostos, e tendo em consideração que este instrumento financeiro tem o objetivo último de
contribuir para o reforço da coesão económica e social, numa perspetiva de promoção do desenvolvimento
sustentável, para as Intervenções do Fundo de Coesão previstos na RAA são fixados dois grandes objetivos
estratégicos:
≈ Melhorar os níveis de eficiência e de segurança do transporte marítimo no arquipélago;
≈ Aumentar os níveis de proteção ambiental e de desenvolvimento sustentável, no domínio dos
recursos hídricos e do tratamento e valorização dos resíduos, bem como no âmbito do
aproveitamento dos recursos renováveis na produção de energia elétrica.
Eixo IV – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da Madeira
O Eixo IV prevê o conjunto das intervenções do Fundo de Coesão na Região Autónoma a da Madeira (RAM), no
período 2007‐2015 combina duas grandes linhas de orientação: corresponder às áreas de intervenção definidas
para este fundo comunitário e aos projetos relevantes e complementares da intervenção operacional
comparticipada pelo fundo estrutural FEDER.
Com estes pressupostos, e tendo em consideração que este instrumento financeiro tem o objetivo último de
contribuir para o reforço da coesão económica e social, numa perspetiva de promoção do desenvolvimento
sustentável, constituem‐se como objetivos específicos do E ixo:
≈ Consolidar as estruturas de gestão ambiental em especial no domínio da gestão de resíduos
≈ Contribuir para a diminuição das emissões CO2 e garantir reservas energéticas através da
introdução de gás natural na Região
≈ Melhorar os níveis de eficiência e de segurança do transporte marítimo, por via da modernização
das infraestruturas portuárias e melhoria dos acessos aos portos de acosso ao exterior
≈ Reduzir os fatores de risco que ameacem o território da Ilha da Madeira, através de intervenções
que visam a correção torrencial das principais Ribeiras
Eixo V – Infraestruturas e Equipamentos para a Valorização Territorial e o
Desenvolvimento Urbano
As operações a apoiar através do E ixo V têm como finalidade alcançar os seguintes objetivos:
≈ Desenvolver as redes nacionais de infraestruturas e equipamentos urbanos
Relatório de Execução | 2011
45
≈ Dinamizar respostas inovadoras aos problemas e procuras urbanas
Com a aprovação da Reprogramação técnica do POVT o Eixo V passou a integra r todas as intervenções que
anteriormente já estavam previstas no anterior Eixo IX deste Programa, bem como as operações no âmbito dos
antigos Eixo VI (EFMA), VII e VIII que pudessem não ter enquadramento no financiamento do Fundo de Coesão
(Eixos I e II do POVT). Por outro lado, as novas operações no domínio das “Ações Inovadoras para o
desenvolvimento Urbano” e no domínio das “Infraestruturas e Equipamentos Desportivos” deixaram de ser
elegíveis ao POVT, tendo passado para o domínio de intervenção dos POR.
É ainda de salientar que um dos aspetos da reprog ramação técnica do POVT consiste no reforço da re levância
conferida neste Prog rama à requalificação e modernização das escolas com ensino Secundário, tendo
transitado para os POR todas as operações no domínio das Escolas do 2.º e 3.º ciclo Básico.
Passou ainda a estar explicitado no texto do Eixo V do POVT, o contributo deste Programa para o instrumento
de engenharia financeira JESSICA, em particula r através das redes nacionais de infraestruturas e equipamentos
e da dinamização da inovação na resposta aos problemas urbanos, mantendo‐se para este efeito, as
elegibilidades previstas no antigo Eixo IX.
Eixo VI – Assistência Técnica
Este Eixo visa permitir a realização de todas as atividades que concorram para a preparação, gestão, controlo,
acompanhamento, avaliação, informação e comunicação do POVT, bem como as atividades destinadas a
reforçar a capacidade administrativa e técnica necessária para a sua execução. Tem como objetivos específicos
associados a dinamização, gestão e implementação de forma eficaz e eficiente do Prog rama Operacional.
Os destinatários deste Eixo são os órgãos de governação do Programa e os seus Organismos Intermédios.
No Anexo XI, poderá verificar‐se os Regulamentos Específ icos aplicáveis a cada Eixo Prioritário e no Anexo XIII
são identif icadas as principais tipologias de intervenção e os principais destinatários de cada Eixo
Prioritá rio/Domínio de Intervenção.
Modelo de Governação do Programa Operacional
As bases do modelo de governação do Prog rama Operaciona l Valorização do Território encontram‐se f ixadas
no capítulo 8 do texto do Programa, bem como na Secção II e III do Decreto‐Lei n.º 312/2007, de 17 de
Setembro, na redação dada pelo Decreto‐Lei n.º 74/2008, de 22 de Abril, os qua is definem o modelo de
governação do QREN e dos respetivos Programas Operacionais e estabelecem a estrutura orgânica relativa ao
Relatório de Execução | 2011
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exercício das funções de gestão, monitorização, auditoria e controlo, certificação, aconselhamento estra tégico,
acompanhamento e avaliação, nos termos de Regulamento (CE) Nº 1083/2006 do Conselho, de 11 de Julho.
Em 2011 e em virtude da mudança de Governo, verificou‐se a subsequente alteração da Comissão Minis terial
de Coordenação, de acordo com a nova estrutura orgânica adotada pelo XIX Governo Constitucional.
Em relação ao modelo de governação do POVT, o mesmo compreende órgãos de direção política, órgãos de
gestão e órgãos de acompanhamento nos seguintes moldes:
≈ O órgão de direção política é a Comissão Minis terial de Coordenação (CMC), que é composta pelo
Ministro da Economia e do Emprego que coordena, pelo Ministro – Adjunto dos Assuntos
Parlamentares, Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território,
Ministro da Administração Interna, Ministro da Educação e Ciência e Secretá rio de Estado da
Cultura;
≈ O órgão de gestão é a Autoridade de Gestão (AG), que é composta pela Comissão Diretiva (CD) e
Secretariado Técnico (ST), reportando às seguintes Autoridades Nacionais:
≈ Autoridade de Certificação – Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional, I.P. (IFDR);
≈ Autoridade de Auditoria – Inspeção‐geral de Finanças (IGF);
≈ Comissão Técnica de Coordenação do QREN, composta pelo coordenador do Observatório do
QREN, que preside, e pelos presidentes dos conselhos diretivos do IFDR, I.P., e do Instituto para a
Gestão do Fundo Social Europeu, I.P. (IGFSE, I.P.), e pelo Inspetor – Geral de Finanças, que
assegura a coordenação e monitorização estratégica, operacional e financeira do QREN;
≈ O órgão de acompanhamento é a Comissão de Acompanhamento, a qual desempenha a missão
essencial de assegurar a monitorização do Programa, em termos de ef icácia e qualidade da sua
execução e dos resultados face aos objetivos f ixados. A Comissão de Acompanhamento assegura a
participação das autoridades e entidades mais diretamente envolvidas na monitorização do
Programa, incluindo a Associação Nacional de Municípios Portugueses, a Associação Nacional de
Freguesias, representantes dos parceiros económicos e sociais e as Autoridades Naciona is e
Comunitárias responsáveis pela execução do QREN, designadamente a Autoridade de Certificação
(IFDR), a Autoridade de Auditoria (IGF) o Observatório do QREN.
A estrutura orgânica da Autoridade de Gestão do POVT foi aprovada por deliberação da Comissão Minis terial
de Coordenação do QREN em 31 de Março de 2008, nos seguintes termos, os quais se referem à estrutura de
Eixos do POVT aprovada inicialmente.
Relatório de Execução | 2011
47
Figura nº 2 – Estrutura Orgânica da Autoridade de Gestão do POVT
São também intervenientes no sis tema de gestão do POVT os Organismos Intermédios com os quais a
Autoridade de Gestão celebrou contrato de delegação de competências, ao abrigo do disposto no Artigo. 61º,
nº1, alínea b) do Decreto‐Lei Nº312/2007, de 17 de Setembro, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto‐Lei
Nº74/2008, de 22 de Abril.
As competências delegadas em 2008 nos Organismos Intermédios tiveram essencialmente por objetivo
reforçar as valências técnicas de apreciação de candidaturas e de acompanhamento dos projetos (caso da
intervenção do Ins tituto da Água, I.P. (INAG)1 no domínio do Ciclo Urbano da Água, da Estrutura de Missão para
a Gestão dos Fundos Comunitários do Ministério da Administração Interna (MAI), para as intervenções do
domínio “Prevenção e Gestão de Riscos” e da Direcção‐Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento
1 Na sequência do processo de reestruturação do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT) e das entidades por ele tuteladas, o Instituto da Água e as Administrações das Regiões Hidrográficas (ARH) foram entretanto integrados na nova Agência Portuguesa do Ambiente.
Relatório de Execução | 2011
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Urbano (DGOTDU)2 para as intervenções do domínio “Ações Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano”),
bem como promover a proximidade territorial da gestão, no caso das intervenções do Fundo de Coesão na
Região Autónoma dos Açores (Direção Regional de Planeamento e Fundos Estruturais ‐ DRPFE) e da Madeira
(Instituto do Desenvolvimento Regional ‐ IDR).
Nos casos dos Organismos Intermédios DRPFE e IDR, com competências delegadas em regime de Subvenção
Global, para a gestão dos Eixos II e IV, respetivamente, a dotação financeira atribuída no âmbito dos contratos
de delegação de competências é equivalente à dotação total do Fundo associado aos Eixos sobre os quais
incidem as competências de gestão delegadas, ou seja, 110 milhões de euros (Eixo III) e 100 milhões de euros
(Eixo IV).
Relação com as Autoridades Nacionais e Comunitárias
Relações entre a Autoridade de Gestão e a Comissão Europeia
A Autoridade de Gestão do POVT é responsável por assegurar a apresentação à Comissão Europeia, através do
IFDR, de toda a informação necessária para que esta possa apreciar as propostas para f inanciamento de
Grandes Projetos.
As propostas de financiamento para Grandes Projetos, na aceção que lhes foi conferida no artigo 39.º do
Regulamento (CE) Nº1083/2006, de 11 de Julho, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 539/2010, de 16 de Junho,
são selecionadas pela Autoridade de Gestão e depois de obterem a concordância da Comissão Ministerial de
Coordenação, são apresentadas ao IFDR.
O IFDR aprecia e confirma as propostas e transmite todas as informações à Comissão Europeia, nos termos
regulamentares. O processo de candidatura é enviado, via Sistema de Informação da Comissão Europeia (SFC
2007). A Comissão Europeia aprecia o processo, com base no conjunto de informação que lhe foi apresentada e
emite a decisão de financiamento, comunicando‐a via IFDR, que posteriormente informará a Autoridade de
Gestão.
No que respeita à certificação de despesa, cabe à Autoridade de Gestão apresenta r ao IFDR, as propostas de
Certif icação de Despesa, visando a apresentação dos Pedidos de Pagamento Intermédios (PPI) à Comissão
Europeia.
2 No âmbito do PREMAC, o Decreto ‐Lei n.º 7/2011, de 17 de Janeiro, aprovou a fusão da Direção‐Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano e do Instituto Geográfico Português, para dar lugar à Direção‐Geral do Território (DGT).
Relatório de Execução | 2011
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Cabe ainda à Autoridade de Gestão apresentar, via IFDR, os Relatórios anuais e final de execução do Prog rama,
o Plano de Comunicação, os Relatórios de avaliação e outros documentos previstos na regulamentação
aplicável.
Por último, a Autoridade de Gestão tem a responsabilidade de manter o seu Sistema de Informação atua lizado,
para que seja possível ao IFDR aceder à informação do POVT, bem como a ligação e articulação com o Sistema
de Informação da Comissão Europeia, para transmissão de informações sobre o Prog rama.
Relações entre a Autoridade de Gestão e a Autoridade de Certificação
As funções da Autoridade de Certificação que, no âmbito do FEDER e Fundo de Coesão, são da
responsabilidade do IFDR, assentam fundamentalmente na coordenação e centralização das interações
operacionais e financeiras da Autoridade de Gestão com a Comissão Europeia, conforme consta dos
regulamentos.
Como já foi referido, compete à Autoridade de Gestão fornecer ao IFDR a proposta de decisão para
financiamento de Grandes Projetos, bem como todas as informações necessárias e os procedimentos de
análise relevantes para apreciação da proposta e apresentação da mesma à CE, nos moldes descritos no ponto
anterior.
A Autoridade de Gestão tem ainda a responsabilidade do desenvolvimento e da manutenção do Sistema de
Informação do Programa (SIPOVT) devidamente atualizado e que integre de uma forma consistente todas as
informações de carácter financeiro, estatís tico, de realização e de resultados, re lativas às operações
cofinanciadas e ao Programa, com base na informação disponibilizada pelos beneficiários, pelos Organismos
Intermédios e outras entidades.
A Autoridade de Gestão do POVT tem também de permitir ao IFDR o exercício da monitorização operacional e
financeira das operações que são objeto de cof inanciamento, mantendo‐o permanentemente informado
relativamente à realização física e financeira das operações.
Cabe ainda à Autoridade de Gestão a apresentação ao IFDR de propostas de Certif icação de Despesa, com vista
à apresentação de Pedidos de Pagamento Intermédios à Comissão Europeia.
Por outro lado, a Autoridade de Gestão disponibiliza à Autoridade de Certificação, as previsões de execução
financeira do Prog rama, que permitam ao IFDR enviar à Comissão Europeia as previsões de pedidos de
pagamento a apresentar (dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 76.º do Regulamento (CE)
Nº1083/2006).
Relatório de Execução | 2011
50
Ao nível dos circuitos f inanceiros, cabe ao IFDR efetuar os pagamentos diretos aos beneficiá rios, de acordo com
as Autorizações de Pagamento emitidas pela Autoridade de Gestão, com base na validação das despesas e dos
pedidos de pagamentos apresentados pelos beneficiários. Cabe ainda ao IFDR efetuar as transferências para os
Organismos Intermédios autorizados a efetuar pagamentos diretos aos beneficiários (DRPFE e IDR).
A Autoridade de Certificação é responsável pela gestão dos fluxos financeiros entre a Comissão Europeia, a
Autoridade de Gestão, os Organismos Intermédios e os beneficiários. O IFDR dispõe de uma conta bancária
específica para cada Fundo, em nome do POVT, para as quais são transferidas as contribuições comunitárias e
de onde são efetuados os pagamentos aos beneficiá rios e as transferências para os Organismos Intermédios.
Ao nível do Sistema de Informação, a Autoridade de Gestão tem a responsabilidade de garantir a permanente
disponibilização ao IFDR dos dados integ rados no sis tema considerados relevantes para as funções da
Autoridade de Certif icação e disponibilizar permanentemente todas as informações sobre a gestão e
acompanhamento do POVT, nos moldes definidos pelo IFDR, de modo a que este possa coordenar e divulgar,
de uma forma rigorosa e atualizada, toda a informação de gestão e de acompanhamento do QREN. A
Autoridade de Gestão e o IFDR asseguram os procedimentos necessá rios para compatibilização entre os
respetivos Sistemas de Informação, de forma a garantir a recolha e apresentação dos dados financeiros, físicos
e estatísticos sobre a execução do POVT, assim como garantir uma articulação eficaz com a Comissão Europeia.
A Autoridade de Certificação e a Autoridade de Gestão são igualmente responsáveis por fornecer às entidades
públicas responsáveis pelo acompanhamento do QREN, nomeadamente o Observatório do QREN, a informação
adequada e em conformidade com o disposto no modelo de governação.
Ao IFDR compete ainda a elaboração de normas e orientações técnicas que favoreçam o exercício das funções
que cabem à Autoridade de Gestão.
Relações entre a Autoridade de Gestão e a Autoridade de Auditoria
As funções de Autoridade de Auditoria são exercidas pela IGF e consistem na realização de ações de controlo e
auditoria, que assentam em verif icações administrativas, físicas e financeiras, quer ao nível da Autoridade de
Gestão e dos Organismos Intermédios quer ao nível dos beneficiários.
Na sequência das verificações efetuadas, a Autoridade de Auditoria elabora os relatórios de controlo/auditoria
que, nos termos regulamentares previstos no Sistema de Controlo e Auditoria do QREN, são enviados à
Autoridade de Gestão e aos beneficiários para o exercício do contraditório.
A Autoridade de Gestão, no prazo pré‐estabelecido, manifesta a sua posição sobre as alegações, conclusões e
recomendações constantes dos Relatórios de auditoria, nos termos que decorrem dos normativos aplicáveis.
Relatório de Execução | 2011
51
Com base na resposta ao contraditório, a Autoridade de Auditoria analisa as alegações efetuadas e emite a
versão final do re latório da ação de controlo/auditoria.
No caso de terem sido destetadas irregularidades, estas são comunicadas à Autoridade de Gestão, que deverá
tomar as medidas corretivas que sejam oportunas e adequadas ao caso em questão, e proceder à recuperação
dos Fundos indevidamente pagos.
A Autoridade de Auditoria terá de ser informada sobre as recuperações efetuadas, na medida em que lhe
compete a coordenação e o tratamento da informação relativa às irregula ridades detetadas.
A Autoridade de Auditoria assegura o tratamento desta informação e procede ao acompanhamento dos
processos relativos às irregularidades detetadas, com vista a garantir o cumprimento integral das obrigações
decorrentes da regulamentação relativa à comunicação de irregularidades à Comissão Europeia.
Por outro lado, o tratamento de irregularidades é efetuado de acordo com as normas emitidas pelo IFDR.
Relações entre a Autoridade de Gestão e os Organismos Intermédios
Os Organismos Intermédios nos quais foram delegadas competências pela Autoridade de Gestão, através de
contratos celebrados de acordo com o previsto no Decreto‐Lei Nº312/07, desempenham funções de gestão, as
quais são variáveis consoante o tipo e a abrangência da delegação de competências que foi considerada
adequada pela Autoridade de Gestão, tendo em conta os domínios de intervenção em causa e a especificidade
técnica dos mesmas, bem como as competências desses Organismos.
No caso de Organismos Intermédios com Subvenção Globa l, regime em que se enquadra o Instituto de
Desenvolvimento Regional da Região Autónoma da Madeira e a Direção Regional do Planeamento e Fundos
Estruturais dos Açores, foram delegadas pela Autoridade de Gestão todas as competências delegáveis, nos
termos do referido Decreto‐Lei.
Já nos demais Organismos Intermédios, as competências delegadas tiveram âmbitos diferentes consoante a
situação em causa e a avaliação das condições que cada organismo reunia para assegura r as funções de gestão
com os requis itos técnicos e de eficiência exigidos.
Relatório de Execução | 2011
52
2. EXECUÇÃO DO PROGRAMA OPERACIONAL
2.1 Realização e Análise dos Progressos
2.1.1 Realização física do Programa Operacional
A realização física do Prog rama será analisada com base nos Indicadores Comuns Comunitários (Core
Indicators), apresentados na tabela 2.1 e, sempre que pertinente, na informação que consta do Anexo I,
relativo aos Indicadores Comuns Nacionais.
A reprogramação técnica do POVT, aprovada no final do ano de 2011, veio operar várias alterações de
significativa re levância no que diz respeito aos diversos âmbitos da sua intervenção. Como reflexo dessas
alterações, foram também introduzidos ajustamentos nos indicadores de Eixos Prioritários, salientando as
seguintes premissas gerais: reafectação dos indicadores relativos aos Eixos Prioritários encerrados para os
atuais Eixos I e II; foram retirados os indicadores que são de âmbito setorial e para os quais as intervenções
financiadas pelo POVT só contribuem parcialmente, tendo sido substituídos por outros que respeitam de forma
mais objetiva a previsão de realização e de resultado das intervenções previstas apoiar, e por outro lado,
tenham em conta a bateria de Indicadores Comuns Naciona is e Indicadores Comuns Comunitários que se
encontra definida.
No âmbito da referida reprog ramação, também os “valores objetivo” inscritos para o ano de 2015 ref letem a
revisão operada nos indicadores de E ixo Prioritá rio, tendo por objetivo a adoção de metas consentâneas com
os níveis de execução já atingidos pelo Programa no final do ano de 2011 e bem assim as perspetivas até final
do QREN, designadamente tendo em conta os domínios de intervenção em relação aos quais não se prevê a
aprovação de mais candida turas (de acordo com os pressupostos da reprog ramação).
No que respeita aos Core Indicators, verificaram‐se também alguns a justamentos, no que respeita a dois
aspetos: revisão, no caso de alguns indicadores, dos Eixos Prioritários que contribuem para esses indicadores e
revisão em alta ou em baixa dos “valores objetivo” que constituem o contributo do POVT para as metas a
atingir pelo QREN para aqueles indicadores.
As referidas a lterações encontram‐se materia lizadas da seguinte forma:
o Na área dos transportes o indicador 14 deixa de ter aplicabilidade ao Eixo III (Redes e Equipamentos
Estruturantes na Região Autónoma dos Açores) e o indicador 15 passa a ter também aplicabilidade ao Eixo
IV, tendo em consideração o contributo das operações desta área previstas apoia r na Região Autónoma
da Madeira.
Relatório de Execução | 2011
53
o Ainda neste âmbito, o indicador 22 deixa de ter aplicabilidade ao Eixo III (Redes e Equipamentos
Estruturantes na Região Autónoma dos Açores) e passa a ser aplicável para além do Eixo V, tendo em
consideração o contributo das operações aprovadas no âmbito das “Ações Inovadoras para o
Desenvolvimento Urbano”, também ao Eixo I, em resultado da transição das operações relativas ao Metro
do Porto para o POVT.
o No âmbito das energias renováveis, os indicadores 23 e 24, deixam de ter aplicabilidade ao Eixo IV (Redes
e Equipamentos Estruturantes na RAM), dada a clarificação introduzida no Programa relativa à integração
na tipologia “Transportes/Portos” da intervenção prevista no terminal de gás natural.
o Na área do ambiente, o indicador 28 passa a ser aplicável ao Eixo III, tendo em conta a previsão de apoio
do POVT ao financiamento de operações deste âmbito na Região Autónoma dos Açores.
o Relativamente às alterações climáticas, o indicador 30 aplicável aos Eixos I e III deixa de ter aplicabilidade
ao Eixo IV, uma vez que não se prevê o apoio a operações desta natureza naquele Eixo.
o Quanto ao indicador 38, o mesmo passa a ser aplicável ao Eixo V, dada a natureza de alguns dos
investimentos a apoiar no domínio de intervenção “Equipamentos Estruturantes do Sistema Urbano
Nacional”.
De destacar ainda que, pela primeira vez, o POVT apresenta informação sobre a realização executada destes
indicadores. Para o efeito, e em relação aos indicadores do tipo “nº de projetos (…)”, considerou‐se o universo
de operações fisicamente concluídas, ou seja, aquelas em relação às quais, todas as ações previstas nas
operações se encontram concretizadas. No que respeita aos indicadores de realização física (Km ou Km2
construídos/reconstruídos/ reabilitados) e as populações beneficiadas/servidas, a informação foi apurada com
base nos Relatórios Anuais de Execução das Operações ou Relatórios Finais, nos casos em que já existem.
Tabela 2.1.: Realização Física
Código Indicadores 2007 2008 2009 2010 2011 2015 Total
Indicadores Comuns Comunitários (core indicators)
1
Empregos criados (empregos diretos criados, em equivalente de tempo inteiro)
Realização ‐ Contratada
2.650 3.851 3295
‐‐
Realização ‐ Executada
490
‐‐
Metas
4.000 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
2 dos quais: Homens
Realização ‐ Contratada
n.d. n.d. n.d.
‐‐
Realização ‐ Executada
392
‐‐
Relatório de Execução | 2011
54
Metas
‐‐ ‐‐
‐‐
Valor de Referência
‐‐
3 dos quais mulheres
Realização ‐ Contratada
n.d. n.d. n.d,
‐‐
Realização ‐ Executada
98
‐‐
Metas
‐‐ ‐‐
‐‐
Valor de Referência
‐‐
13 Nº de Projetos (Transportes)
Realização ‐ Contratada
2 9 11 16
‐‐
Realização ‐ Executada
7
‐‐
Metas
23 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
14 Nº de Km de novas Estradas
Realização ‐ Contratada
3,85 10,27 10,27 10,27
‐‐
Realização ‐ Executada
5,15
‐‐
Metas
138 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
15 Nº de Km de novas Estradas nas RTE
Realização ‐ Contratada
1,5 5,92 5,92 5,92
‐‐
Realização ‐ Executada
5,15
‐‐
Metas
138 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
16 Nº de Km de Estradas Reconstruídas
Realização ‐ Contratada
‐ ‐ ‐ _
‐‐
Realização ‐ Executada
_
‐‐
Metas
‐ ‐‐
Valor de Referência
‐‐
17 Nº de Km de Novas Ferrovias
Realização ‐ Contratada
29 29 38
‐‐
Realização ‐ Executada
38
‐‐
Metas
217 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
18 Nº de Km de Novas Ferrovias nas RTE
Realização ‐ Contratada
29 29 38
‐‐
Realização ‐ Executada
38
‐‐
Metas
217 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
Relatório de Execução | 2011
55
19 Nº de Km de Ferrovias reconstruídas
Realização ‐ Contratada
__ 8,28 73,28
‐‐
Realização ‐ Executada
8,28
‐‐
Metas
73 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
20
Valor (em euros/ano) dos ganhos nos tempos de percurso, gerado pelos projetos de construção e reconstrução de estradas (mercadorias e passageiros)
Realização ‐ Contratada
n.d. n.d. n.d.
‐‐
Realização ‐ Executada
‐
‐‐
Metas ‐ n.d. ‐‐
Valor de Referência ‐‐
21
Valor (em euros/ano) dos ganhos nos tempos de percurso, gerado pelos projetos de construção e reconstrução de ferrovias (mercadorias e passageiros)
Realização ‐ Contratada
n.d. n.d. n.d.
‐‐
Realização ‐ Executada
‐
‐‐
Metas
‐
n.d. ‐‐
Valor de Referência
‐‐
22
Acréscimo de população servida por intervenções de expansão de sistemas de transporte urbanos
Realização ‐ Contratada
240.182 240.182 279.532
‐‐
Realização ‐ Executada
_
‐‐
Metas
250.000 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
23 Nº de projetos (energias renováveis)
Realização ‐ Contratada
‐‐ ‐‐ ‐‐
‐‐
Realização ‐ Executada
_
‐‐
Metas
‐‐
2 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
24
Capacidade suplementar de produção de energia a partir de fontes renováveis (em MWh)
Realização ‐ Contratada
‐‐ ‐‐ ‐‐
‐‐
Realização ‐ Executada
_
‐‐
Metas
‐‐
n.d ‐‐
Valor de Referência
‐‐
25 Acréscimo de população servida nos sistemas de
Realização ‐ Contratada
70.393 73.601 91.507
‐‐
Relatório de Execução | 2011
56
abastecimento de água intervencionados
Realização ‐ Executada
73.168
‐‐
Metas
200.000 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
26
Acréscimo de população servida nos sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais intervencionadas
Realização ‐ Contratada
1.069.457 1.108.887 1.265.737
‐‐
Realização ‐ Executada 185.602 ‐‐
Metas
2.000.000 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
27 Nº de projetos de Resíduos Sólidos
Realização ‐ Contratada
2 4 7 13
‐‐
Realização ‐ Executada
3
‐‐
Metas
14 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
28 Nº de projetos visando a melhoria da qualidade do ar
Realização ‐ Contratada
5 6 4
‐‐
Realização ‐ Executada
_
‐‐
Metas
6 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
29
Área reabilitada (em Km2) no âmbito de intervenções de recuperação de passivos ambientais (áreas degradadas e contaminadas)
Realização ‐ Contratada
4,2 5,2
‐‐
Realização ‐ Executada
4,21
‐‐
Metas
‐‐
4,2 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
30
Redução de emissões de gases com efeito de estufa (CO2 equivalentes Kt)
Realização ‐ Contratada
n.d. n.d. n.d.
‐‐
Realização ‐ Executada
n.d.
‐‐
Metas
‐‐
n.d. ‐‐
Valor de Referência
‐‐
31 Nº de projetos (Prevenção de Riscos)
Realização ‐ Contratada
19 65 152 213
‐‐
Realização ‐ Executada
45
‐‐
Metas
246 ‐‐
Valor de Referência ‐‐
32
População que beneficia de medidas de proteção contra cheias e inundações
Realização ‐ Contratada
889.535 1.025.099 1.363.922 1.722.240
‐‐
Realização ‐ Executada 931.535 ‐‐
Metas
1.900.000
Relatório de Execução | 2011
57
Valor de Referência
‐‐
33
População que beneficia de medidas de proteção contra incêndios e outros riscos naturais e tecnológicos (exceto cheias e inundações)
Realização ‐ Contratada
1.466.587 5.667.495 7.319.015 7.338.732
‐‐
Realização ‐ Executada
2.016.681
‐‐
Metas
7.320.000 ‐‐
Valor de Referência ‐‐
34 Nº de projetos (Turismo)
Realização ‐ Contratada
1 19 n.a __ ‐‐
Realização ‐ Executada
‐‐
Metas __ ‐‐
Valor de Referência
‐‐
35
Nº de empregos criados (em equivalente tempo inteiro)
Realização ‐ Contratada
30 249 n.a __ ‐‐
Realização ‐ Executada
‐‐
Metas __ ‐‐
Valor de Referência
‐‐
36 Nº de projetos (Educação)
Realização ‐ Contratada
16 51 108 119
‐‐
Realização ‐ Executada
69
‐‐
Metas
99 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
37 Nº de Alunos que beneficiam das intervenções
Realização ‐ Contratada
19.950 87.763 155.573 170.237
‐‐
Realização ‐ Executada
98.028
‐‐
Metas 149.000 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
38 Nº de projetos (Saúde)
Realização ‐ Contratada
__ __
‐‐
Realização ‐ Executada
‐ ‐ ‐ _
‐‐
Metas
‐‐
Valor de Referência ‐‐
39
Nº de projetos que asseguram a sustentabilidade e melhoram a atratividade das cidades
Realização ‐ Contratada
44 135 223 218
‐‐
Realização ‐ Executada
123
‐‐
Metas
214 ‐‐
Relatório de Execução | 2011
58
Valor de Referência ‐‐
40
Nº de projetos que visam estimular a atividade empresarial, o empreendedorismo e a utilização das novas tecnologias
Realização ‐ Contratada
n.d. n.d. n.d. n.d.
‐‐
Realização ‐ Executada
‐‐
Metas
n.d. ‐‐
Valor de Referência
‐‐
41
Nº de projetos dirigidos aos jovens e às minorias, que visam promover a oferta de serviços para a igualdade de oportunidades e a inclusão social
Realização ‐ Contratada
44 111 193 203
‐‐
Realização ‐ Executada
123
‐‐
Metas
184 ‐‐
Valor de Referência
‐‐
Os indicadores associados ao sector dos Transportes sofreram, em 2011, alterações face aos valores já
registados em 2010. Para além da evolução decorrente das novas operações contratadas em 2011, também a
reprog ramação técnica do POVT veio trazer a necessidade de clarificação de alguns conceitos associados às
elegibilidades de Fundo de Coesão, que no caso das infraestruturas rodoviárias e ferroviárias se circunscreve às
que se integram nas Redes Transeuropeias de transportes.
Deste modo, no final de 2011, existem dezasseis projetos de transportes contratados, dos quais doze no
Continente – Eixo I, dois na Região Autónoma dos Açores (E ixo III) e dois na Região Autónoma da Madeira (Eixo
IV), verificando‐se um acréscimo de cinco novos projetos. Daqueles dezasseis, sete estão concluídos no f inal de
2011, contribuindo para a realização executada deste indicador. Verifica‐se um grau de aproximação ao “valor
objetivo” fixado de apenas 30%.
Relativamente às infraestruturas rodoviárias (core indicators 14, 15 e 16), verif ica‐se um ajustamento no que
respeita à realização contra tada em 2008, 2009 e 2010 no indicador 14, relativa à clarificação levada a cabo em
2011 relativa às redes viárias RTE‐T. Deste modo, corrigiu‐se a informação relativa aos core indicators 14, 15 e
16 reportada em 2009 e 2010 (também a reportada em 2008 no caso dos indicadores 14 e 16), passando a
constar para o indicador 14, uma realização contratada de 3,85 Km em 2008 e 10,27 Km em 2009 e 2010
correspondente aos Km de novas estradas no âmbito das operações apoiadas (incluindo os troços de novas
estradas, construídos no âmbito da melhoria das acessibilidades aos portos nacionais tendo em vista a sua
modernização),para o indicador 15, uma realização contratada de 5,92 Km para os anos 2009 e 2010
(correspondentes às novas estradas RTE‐T apoiadas) e zero para o indicador 16, dado que o POVT não apoia,
até ao momento, reconstrução de estradas no âmbito do Fundo de Coesão.
Relatório de Execução | 2011
59
Assim, as novas estradas construídas incluídas nas RTE‐T e que já se encontram concretizadas, são os troços
relativos ao fecho da CRIL (Buraca‐Pontinha) – 3,65 Km e à Ligação Via Expresso ao Funchal ‐ 1,5 Km no total.
Projeto ‐ CRIL‐ BURACA/PONTINHA | Beneficiário ‐ EP ‐ Estradas de Portugal, SA
Projeto ‐ Ligação Via Expresso ao Porto do Funchal | Beneficiário ‐ RAMEDM ‐ Estradas da Madeira, S.A
No domínio das infraestruturas ferroviárias (core indicators 17, 18 e 19), também existiram a justamentos
decorrentes da clarif icação referida anteriormente e da aprovação de duas novas operações: Ramal de Ligação
Relatório de Execução | 2011
60
Ferroviária ao Porto de Aveiro e Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) III: Troço de ligação Bombel e Vidigal
a Évora.
Projeto ‐ Ramal de Ligação Ferroviária ao Porto de Aveiro | Beneficiário ‐ Rede Ferroviária Nacional ‐ REFER, EPE
Assim, para os indicadores 17 e 18, contribuem apenas as operações contratadas relativas à Ligação Ferroviária
Sines/Elvas (Espanha) I: Variante de Alcácer (2ª fase) e o Ramal de Ligação Ferroviária ao Porto de Aveiro,
ambas já concluídas e por essa via, a contribuir para a realização executada deste indicador (38 Km). Estes
indicadores continuam a não refletir, a construção de 85 Km de nova ferrovia associados à operação Rede
Ferroviária de Alta Velocidade em Portugal – E ixo Lisboa/Madrid: Sub‐troço Poce irão/Évora, que ainda não se
encontrava contratualizada no f inal de 2011.
Também aqui, importa fazer uma correção re lativamente à realização contra tada dos indicadores 15 e 16
apurada no ano 2010, pois verificou‐se que a intervenção a realizar no âmbito da operação Ligação Ferroviária
Sines/Elvas (Espanha) II: Estação da Raquete em Sines, trata‐se de uma reconstrução e não de uma nova
construção, ficando naquele ano um contributo de 29 Km, relativos à operação Ligação Ferroviária Sines/Elvas
(Espanha) I: Variante de Alcácer (2ª fase).
Relatório de Execução | 2011
61
Projeto ‐ Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) I: Variante de Alcácer (2ª fase) | Beneficiário ‐ Rede Ferroviária
Nacional ‐ REFER, EPE
No que concerne ao indicador 19. Nº de Km de Ferrovias reconstruídas, verifica‐se que as operações que
relevam para a sua realização (contratada), são as operações Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) III:
Modernização do troço Bombe l e Vidigal a Évora e Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) II: Estação da
Raquete em Sines, sendo que esta última contribui para a execução deste indicador (8 Km).
Importa, novamente, sublinhar uma correção na meta indicada em 2010, incluindo como contributo para a
realização contratada deste indicador o número de 8,28 Km, correspondente à operação Ligação Ferroviária
Sines/Elvas (Espanha) II: Estação da Raquete em Sines, contratada naquele ano.
No que respeita aos indicadores 20 e 21, dado que a metodologia de apuramento ainda não se encontra
estabilizada embora existam projetos contratados que contribuem para este indicador, optámos por
referenciá‐los como não disponíveis, corrigindo igualmente o reporte realizado nos anos 2009 e 2010.
Por último, no que respeita aos transportes, verifica‐se o contributo de um conjunto de projetos aprovados no
âmbito do domínio de intervenção “Ações Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano” (Eixo V) para o
acréscimo de população servida pela expansão de sis temas de transporte urbanos, estimada em cerca de 279
mil pessoas.
Não existem, no sector das Energias Renováveis, projetos aprovados ou contratados até ao final do ano de
2011.
Relatório de Execução | 2011
62
Nos domínios do Ambiente concorrem diretamente para os resultados associados aos indicadores 25 a 27, as
operações aprovadas e contratadas no âmbito do Eixo II – “Sistemas Ambientais e de Prevenção, Gestão e
Monitorização de Riscos”, dos domínios de intervenção “Ciclo Urbano da Água”, “Empreendimento de Fins
Múltiplos de Alqueva” e “Recuperação do Passivo Ambiental”.
Verifica‐se, em 2011, um acréscimo face a 2010, dos indicadores relativos ao avanço dos sistemas ambientais,
sendo de destaca r o número de “Km de rede de abastecimento de água (nova ou a reabilitar/intervencionar)
nos sistemas em baixa e alta”, que passou de 488 para 1687 e do número de “km de coletores de drenagem de
águas residuais (nova ou a reabilita r/intervencionar)”, que passou de 2487 para 3259. Estes indicadores
constam do Anexo I a este rela tório, como Indicadores Comuns Nacionais VT‐ICN‐Tri‐011 e VT‐ICN‐Tri‐012. É
ainda de destacar o acréscimo de 181 ETAR em 2011 (Indicador VT‐ICN‐Anual‐018) face às 178 contratadas em
2010, expressando, desta forma, a materialidade e relevância das novas operações para a melhoria dos
sistemas ambientais.
No que respeita a concretizações que refletem o financiamento comunitário aprovado, no final de 2011
encontram‐se construídas ou remodeladas 158 das 359 ETAR previstas nas operações contratadas, ou seja 44%
e no que respeita aos ICN 011 e ICN 012, verifica‐se uma concretização de 223 Km de rede de abastecimento
de água e 617 Km de coletores de drenagem de águas residuais.
A população que passará a beneficiar de sistemas públicos de abastecimento de água e tratamento de águas
residuais também regista um aumento face a 2010, como se retira da leitura da tabela 2.1 ( indicadores 25 e
26), decorrente do aumento das operações contratadas acima referido. Refira‐se a propósito da realização
executada do indicador 25 que, das 73.168 pessoas que passam a beneficiar de sistemas de abastecimento de
água, cerca de 68.559 passam a ser beneficiadas por via da concretização das infraestruturas do
Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (Adutor Brinches‐Enxoé e Ligação Pisão – Roxo) que já se
encontram concluídas.
No que respeita à população beneficiada pelos sistemas públicos de tratamento de águas residuais, verifica‐se
que os sis temas que já concluídos beneficiam adicionalmente cerca de 186 mil pessoas.
Relatório de Execução | 2011
63
Projeto ‐ Construção da Estação de Tratamento de Águas Residuais da Povoa de Santarém | AS ‐ Empresa das
Águas de Santarém EM, SA
Também no domínio da “Valorização de Res íduos Sólidos Urbanos”, verifica‐se um acréscimo face ao ano
transato tendo em conta que se contratualizaram mais seis operações até final de 2011, elevando o “Número
de projetos de Resíduos Sólidos” para treze (Indicador 27) e a “Quantidade de Resíduos Urbanos
Biodegradáveis (RUB) valorizados organicamente por ano” (indicador ICN‐Anua l‐019, Anexo I) de 219.099
Ton/ano para 496.462 Ton/ano.
As infraestruturas concluídas já contribuem para um acréscimo da capacidade instalada para a valorização
orgânica e energética de RUB de 30.977 Ton/ano.
No domínio da “Recuperação de Passivos Ambientais”, o conjunto das vinte e uma operações contratadas até
ao final de 2011 permitiram já reabilita r 4,21 km2 de áreas degradadas e contaminadas (indicador 29), dos 5,2
Km2 associados às operações contratadas.
Relatório de Execução | 2011
64
Projeto ‐ Recuperação Ambiental da Área Mineira de Senhora das Fontes | Beneficiário ‐ EDM ‐ Empresa de
Desenvolvimento Mineiro, S.A.
Ainda no que respeita aos core indicators da área do ambiente, há a referir que o indicador 28. Nº de projetos
visando a melhoria da qualidade do ar, passa de seis no ano 2010 para quatro no ano 2011, na medida em que
existiram 2 operações do domínio de intervenção “Ações Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano”,
associadas aos temas prioritários 25 Transportes urbanos e 28 Transportes urbanos, cuja decisão de
financiamento foi revogada.
Passando ao domínio da Prevenção de Riscos – concentrado, no POVT, nas áreas de intervenção do Eixo II na
sequência da reprog ramação técnica do Prog rama, registou‐se em 2011 um acréscimo ao nível dos indicadores
que lhes estão associados. O “Nº de Projetos Prevenção de Riscos” passou de 152 para 213 – valor que se
decompõe entre as três áreas de intervenção de acordo com os valores inscritos no Anexo I, indicador VT‐ICN‐
Tri‐013 – e a população que beneficia dessas intervenções que registou também um aumento, no que concerne
à população que beneficia de medidas de proteção contra cheias e inundações e à população que beneficia de
incêndios e outros riscos naturais e tecnológicos.
Importa aqui referir também que foram introduzidas correções nos valores associados à realização contratada
do indicador 32 relativas aos anos 2008, 2009 e 2010, na medida em que, para os valores reportados
anteriormente estava a contribuir uma operação contratada “Sistema de Informação de Planeamento de
Emergência” da responsabilidade da Autoridade Nacional de Proteção Civil, que só deve contribuir para o
indicador 33.
Relatório de Execução | 2011
65
Importa aqui referir o grau de concretização daqueles indicadores no final de 2011, com quarenta e cinco
projetos concluídos e cerca de 932 mil pessoas beneficiadas por medidas de proteção contra cheias e
inundações e cerca de 2 milhões que já beneficiam de medidas de proteção contra outros riscos naturais e
tecnológicos, implementadas no âmbito das operações do domínio de intervenção “Proteção e Gestão de
Riscos”.
No apuramento dos números de população servida acima referidos excluem‐se, naturalmente, as operações
cuja cobertura territorial abrange todo o território nacional continental, sendo exemplo disso algumas
operações promovidas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Projeto ‐ Construção do Heliporto dos Bombeiros Voluntários de Baltar | Beneficiário ‐ Associação dos Bombeiros
Voluntários de Baltar
Ainda neste contexto, e no que se refere ao domínio da “Proteção Costeira”, registam‐se como contributo
direto das quarenta e cinco operações contratadas até f inal do ano de 2011, o aumento para 54,98 km (face
aos 44,83 Km em 2010) da “Extensão de costa intervencionada para redução do risco associado à dinâmica
costeira”, e o aumento para 11,15 km (face aos 9, 75 Km) de “Costa intervencionada para a contenção ou
diminuição da ocupação antrópica em área de risco (indicadores ICN‐AAE‐023 e ICN‐AAE‐024 inscritos no
Anexo I, respetivamente), estando já intervencionados 12,96 Km e 1,4 Km, respetivamente.
As áreas da Educação, Reabilitação urbana e Inclusão Social, que se refletem nos indicadores 34 a 41 da tabela
2.1 concentram o investimento previsto no Eixo V – “Infraestruturas e Equipamentos para a Valorização
Territorial e o Desenvolvimento Urbano” e registam também valores que devem ser destacados.
Relatório de Execução | 2011
66
Aqui, será de realça r em particular, no domínio da “Requalificação das Redes de Escolas do Ens ino Secundário”,
a aprovação e contratação até ao fina l do ano de 2011 de mais seis operações que, juntamente com as
intervenções de “Requalif icação das Escolas do 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico” e os projetos de
construção/ampliação/ requalificação de infraestruturas univers itárias apoiadas no âmbito do domínio “Redes
de Equipamentos Estruturantes do Sistema Urbano Nacional”, se traduziram no aumento do “Nº de projetos
(educação)” (Indicador 36), entendido pelo número de escolas intervencionadas, de 108 para 119. A
desagregação do indicador ICN‐TRI‐015 apresentado no Anexo I permite perceber a distribuição dos projetos
aprovados em cada um dos ciclos de ensino, prevalecendo as 82 escolas com ensino secundário, a que se
juntam 20 escolas do 2º e 3º ciclo do ensino básico e de 17 infraestruturas universitá rias.
Neste ponto, não se pode deixar de destaca r as 69 infraestruturas de educação já intervencionadas, o que
representa um g rau de concretização face ao “valor objetivo” definido para o indicador 36 de 70%, que merece
uma leitura cuidada, na medida em que 6 dos 69 estabelecimentos de ensino concluídos se referem a escolas
do 2º e 3º ciclo do ensino básico que, na decorrência da reprogramação técnica do QREN aprovada em
dezembro de 2011, transitarão para os Prog ramas Operacionais do Norte e Centro em 2012 (de realçar que o
“valor objetivo” definido para o indicador 36 já incorpora esta nova realidade pós reprog ramação do POVT).
Também o número de alunos que beneficiam das intervenções (Indicador 37), que ascende a cerca de 170 mil
(mais cerca de 14 mil e se iscentos alunos face a 2010), encontra maior detalhe ao nível dos Indicadores
Comuns Nacionais inscritos no Anexo I. Ressalva‐se a este propósito, que por questões de definição
metodológica, não se encontram contabilizados neste indicadores o número de escolas e de alunos que
beneficiam da intervenção de infraestruturação e equipamento ao abrigo da operação Kit tecnológico nas
Escolas Secundárias que, representa riam um acréscimo de 249 escolas intervencionadas e mais de 66 mil
alunos beneficiados. Destacam‐se os 98.028 alunos beneficiados resultantes das intervenções concluídas.
Os já mencionados projetos na área da educação, juntamente com as operações contratadas no âmbito das
“Infraestruturas e Equipamentos Desportivos”, contribuem para o crescimento do “Nº de projetos dirigidos aos
jovens e às minorias…”, alargando os resultados do Programa nas vertentes da inclusão social e do reforço da
coesão territorial. Neste domínio, encontram‐se concluídos 123 projetos, o que representa uma concretização
de 67 % (aplica‐se a este indicador o que anteriormente foi referido em relação ao indicador 36 e aos efeitos
pós‐reprogramação).
Relatório de Execução | 2011
67
Projeto ‐ Centro de Alto Rendimento de Montemor‐o‐Velho | Beneficiário ‐ Município de Montemor‐o‐Velho
Este conjunto de projetos, bem como aqueles que têm enquadramento nos domínios das “Ações Inovadoras
para o Desenvolvimento Urbano” e “Redes de Equipamentos Estruturantes do Sistema Urbano Nacional” – este
último nas áreas da Cultura – do E ixo V, conjugam‐se no seu contributo para a reabilitação urbana e
requalif icação das cidades, sendo avaliados pelo “Nº de projetos que asseguram a sustentabilidade e melhoram
a atratividade das cidades” (Indicador 39). A este respeito importa referir que a diminuição do valor obtido no
final de 2011 incorpora situações de rescisão de decisões de f inanciamento de operações no domínio das
“Ações Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano” por falta de execução, consideradas anteriormente no
apuramento reportado a 2010.
Relatório de Execução | 2011
68
Projeto ‐ Projeto de Reabilitação da antiga Fábrica dos Leões para o Complexo de Arquitetura e Artes Visuais da
Universidade de Évora | Beneficiário ‐ Universidade de Évora
Projeto ‐ Infraestruturas do Ensino Superior IPL/Peniche – Construção da 2ª fase do edifício pedagógico da Escola
Superior de Tecnologias do Mar (ESTM) e da cantina dos serviços sociais da ESTM | Beneficiário – Instituto
Politécnico de Leiria
No conjunto das intervenções nas várias áreas temáticas acima mencionadas, prevê‐se que a conclusão dos
projetos já contratados permita a criação de cerca de 3.295 novos postos de trabalho (a repartição deste posto
de trabalho em função do género f icará disponível após a conclusão das operações e a sua entrada em
exploração), ou seja, empregos criados como resultado direto da exploração dos projetos apoiados. A
diminuição desta estimativa, quando comparada com o valor apresentado em 2010, resulta da revisão das
Relatório de Execução | 2011
69
metas de um conjunto de operações para as quais havia sido apurado incorretamente o seu contributo em
matéria de emprego.
Por outro lado, é já possível apresenta r, em contraste com os anos anteriores, o valor deste indicador
associado a realizações efetivas, que ascende se 490 posto de trabalho, que se repartem entre 98 mulheres e
392 homens.
2.1.2 Realização financeira do Programa Operacional
A implementação do POVT em 2011 registou, no que à vertente financeira diz respeito, uma ligeira
desaceleração face ao crescimento do ritmo de execução que se tinha verificado em 2010, embora com
significativa assimetria entre Eixos e entre Fundos. Partindo da taxa de execução de 20% registada no fina l de
2010, a taxa de execução atingiu 34,6% no final de 2011 – o que representa um acréscimo de 14,6 pontos
percentuais (contra um crescimento de 14,9 p.p. no ano anterior). A execução financeira acumulada do POVT
em 31 de dezembro de 2011 correspondente a um total de 1.504 milhões de euros de fundo comunitá rio,
executado desde o início do período de programação até ao final do ano de 2011, repartidos entre 643 milhões
de euros de Fundo de Coesão e 861 milhões de euros de FEDER. Deve notar‐se, todavia, que a reprogramação
do POVT diminuiu, em 316 milhões de euros (exclusivamente FEDER), a dotação do Programa, alterando dessa
forma a base de cálculo da referida taxa de execução, no final de 2011, a qual, de acordo com a programação
financeira anterior do POVT, se situaria nos 32%.
Gráfico nº 2 ‐ Execução Financeira Anual do POVT, por Fundo Comunitário
162,8 76,0238,8
151,6541,9
693,5328,6
243,5
572,1
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
Fundo Coesão FEDER Total POVT
Milhões €
2011
2010
2008 + 2009
Relatório de Execução | 2011
70
Gráfico nº 3 ‐ Evolução da Taxa de Execução do POVT
Dois aspetos ficam evidentes nas figuras anteriores: a dinâmica de execução é bastante diferenciada ao longo
do tempo mas com um padrão de aceleração no último trimestre de cada ano; e o valor global da execução do
POVT resume (em termos médios) ritmos muito dis tintos do FEDER e do Fundo de Coesão.
O primeiro destes aspetos resulta, em grande medida, do ritmo a que são apresentados pelos beneficiários os
pedidos de pagamento e, consequentemente, da capacidade de resposta da Autoridade de Gestão e aos
Organismos Intermédios. As figuras que se seguem apresentam a evolução do número de pedidos de
pagamento apresentados em cada trimestre – sendo evidente a quebra/desaceleração registada no início de
cada ano (ainda que num contexto de crescimento acentuado desde 2009, fruto do aumento das operações em
execução) – e a variação trimestral, em pontos percentuais, da taxa de execução do prog rama. A correlação e
sincronismo e andamento entre ambas é s inónimo de prazos relativamente curtos (cerca de 26 dias) de análise
e validação da despesa apresentada pelos beneficiários.
20,0%
34,6%
10,3%
21,0%
38,7%
67,2%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
Total POVT
Fundo de Coesão
FEDER
Relatório de Execução | 2011
71
Gráfico nº 4 ‐ Evolução do número de pedidos e pagamento apresentados ao POVT
Gráfico nº 5 ‐ Acréscimos trimestrais das taxas de execução do POVT (em pontos percentuais)
Quanto ao segundo, a assimetria entre fundos resulta, naturalmente, da especificidade dos Eixos Prioritários
financiados por um e por outro Fundo, cujo estado de implementação será apresentado em deta lhe no capítulo
3 deste relatório. Vale a pena notar, no entanto, que os valores anuais apresentados no gráfico nº 2 (Execução
Anual do POVT, por Fundo Comunitá rio), e em particular a aparente inversão, em 2011, dos ritmos de execução
do Fundo de Coesão e do FEDER são efeito, em grande medida, da alteração da estrutura axial do Programa
introduzida pela reprogramação aprovada em dezembro de 2011, e da consequente transferência de execução
FEDER para o Fundo de Coesão. O mesmo gráfico, ajustando os valores executados até 2010 à atual estrutura
do POVT, sugere uma leitura diferente da inicial, conforme se verifica no g ráfico seguinte:
0
200
400
600
800
1000
2009 / 1ºTrim
2009 / 2ºTrim
2009 / 3ºTrim
2009 / 4ºTrim
2010 / 1ºTrim
2010 / 2ºTrim
2010 / 3ºTrim
2010 / 4ºTrim
2011 / 1ºTrim
2011 / 2ºTrim
2011 / 3ºTrim
2011 / 4ºTrim
2012 / 1ºTrim
‐2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Mar‐09 Jun‐09 Set‐09 Dez‐09 Mar‐10 Jun‐10 Set‐10 Dez‐10 Mar‐11 Jun‐11 Set‐11 Dez‐11 Mar‐12
Total POVT
Fundo de Coesão
FEDER
Relatório de Execução | 2011
72
Gráfico nº 6 ‐ Execução Anual do POVT, por Fundo Comunitário (com execução acumulada a 2010 ajustada à
estrutura que resultou da Reprogramação)
Conclui‐se, desta forma, que se manteve, tal como em 2010, um maior dinamismo na execução dos Eixos
FEDER ou, mais precisamente, de algumas das áreas de intervenção financiadas por aquele fundo: 59% da
execução regis tada pelo POVT em 2011 corresponde ao atual Eixo V (dos quais 59% no âmbito da
“Requalificação da Rede de Escolas com Ensino Secundário”, seguida da “Redes de Equipamentos Estruturantes
do Sistema Urbano Nacional”, com 13% da execução do eixo, e das demais áreas de intervenção inscritas no
Anexo III a este relatório, com valores entre os 5% e os 8%).
Ao nível do Fundo de Coesão, o acréscimo de execução esteve essencialmente concentrado no novo Eixo II,
cujos 77 milhões de euros executados no “Ciclo Urbano da Água” correspondem ao segundo maior valor
absoluto, por área de intervenção, do Programa, e representam cerca de 45% da execução do Eixo (a que
seguiu a “Valorização de Res íduos Sólidos Urbanos”, com 21% e a “Prevenção e Gestão de Riscos”, com 14% da
execução do Eixo). O gráfico seguinte i lustra as dinâmicas de execução face aos valores já aprovados e à
dotação de cada eixo.
412520
932231
341
572
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
Fundo Coesão FEDER Total POVT
Milhõe
s €
2011
Acumulado até 2010
Relatório de Execução | 2011
73
Gráfico nº 7 ‐ Programação, aprovação e execução do POVT, por Eixo Prioritário
Os valores da execução financeira acima apresentados, equivalentes aos montantes de fundo associado à
despesa certificável validada pela Autoridade de Gestão e pelos Organismos Intermédios em que essa
competência está delegada, têm natura lmente expressão ao nível dos pagamentos a favor dos beneficiários do
Programa, que somavam 1.341 milhões de euros no final de 2011, conforme valores apresentados no Anexo II.
Com exceção dos Eixo IV e V, todos os eixos do POVT apresentavam, no final do ano, taxas de reembolso
(fundo pago em relação ao fundo validado) superiores a 100%, signif icando que o valor dos pagamentos (em
particular nas modalidades de pedido de pagamento por adiantamento – “contra‐fatura” ou adiantamentos no
âmbito da Assis tência Técnica – era superior ao fundo validado (quando apresentados os documentos de
quitação da despesa sobre a qual incidiu o adiantamento). No caso do Eixo IV, a taxa de reembolso inferior a
100% é consequência da disposição regulamentar que condiciona os pagamentos a um limite de 95% do
montante máximo do apoio a cada operação, até à aprovação do relatório final dessa operação (o seu efeito é
mais notório neste Eixo por via do número reduzido de operações em curso e do seu estado de avançado de
realização). Já no que respeita à (anormalmente) baixa taxa de reembolso do Eixo V, a situação no final do ano
de 2011 traduzia, essencialmente, um elevado número de pagamentos submetidos à Entidade Pagadora (IFDR)
em Dezembro e cujo pagamento efetivo ao beneficiá rio não havia ainda sido concretizado até ao final do ano
transato.
Os pagamentos aos beneficiários, quer sejam efetuados pelo IFDR, enquanto Entidade Pagadora do QREN (nas
vertentes Fundo de Coesão e FEDER) no caso da despesa validada pela Autoridade de Gestão do POVT, quer
sejam os pagamentos efetuados pelos Organismos Intermédios para as Regiões Autónomas dos Açores e da
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
EP 1 EP 2 EP 3 EP 4 EP 5 EP 6
Milhões €
Execução em 2011
Execução até 2010
Programação
Aprovação
Relatório de Execução | 2011
74
Madeira, com contratos de subvenção global (e que, nessa condição, realizam pagamentos diretos aos
beneficiá rios), têm sustento nos reembolsos da Comissão Europeia (a que acresce os montantes transferidos
no início do período de programação a título de pré‐financiamentos), com base na despesa incluída em
Certificado e Declaração de Despesas e Pedido de Pagamento (CDDPP), apresentados à Comissão pelo IFDR. A
tabela 2.2. apresenta, por eixo prioritário, o total da despesa elegível certificada até ao final de 2011, incluída
nos pedidos de pagamento apresentados pelo IFDR à Comissão Europeia, lis tados no quadro nº 4.
Tabela 2.2: Realização Financeira Un: €
Eixo Prioritário
Financiamento total do Programa
Operacional (União e nacional)
Base de cálcul o da contribuiçã o da União (Custo
Público ou Total)
Total da despesa elegível certif icada
paga pelos beneficiários
Contribuiçã o pública
correspondente
Taxa de execução (%)
1 2 3 4 5=3/1 ou 4/1
Eixo Prioritário 1
Fundo de Coe são 1.411.730.231 Custo Total 211.579.851 211.579.851 15%
Eixo Prioritário 2
Fundo de Coe são 1.941.176.470 Custo Total 275.868.898 271.139.614 14%
Eixo Prioritário 3
Fundo de Coe são 129.411.765 Despesa Pública 30.534.866 30.534.866 24%
Eixo Prioritário 4
Fundo de Coe são 117.647.059 Despesa Pública 48.858.363 48.858.363 42%
Eixo Prioritário 5
FEDER 1.438.118.025 Custo Total 909.294.484 909.285.784 63%
Eixo Prioritário 6
FEDER 70.872.438 Despesa Pública 15.309.497 15.309.497 22%
Total Fundo de Coesão
3.599.965.525
566.841.978 562.112.695 16%
Total FEDER 1.508.990.463
924.603.981 924.595.281 61%
Total PO 5.108.955.988
1.491.445.959 1.486.707.975 29%
Relatório de Execução | 2011
75
Quadro nº 4 ‐ Pedidos de Certificação de Despesa
N.º /Ano de submissão do
Pedido
Data de envio do CDDPP à CE
Total das despesas elegíveis pagas
pelos beneficiários
Montante do PP à CE
Data de Pagamento da CE
FEDER 924.603.981 789.123.586
1º/2009 19‐10‐2009 11.976.792 8.825.942 05‐11‐2009 1º/2010 26‐04‐2010 114.290.294 80.371.519 06‐05‐2010 2º/2010 23‐06‐2010 78.789.678 55.266.850 22‐07‐2010 3.º/2010 04‐08‐2010 146.086.711 102.482.236 12‐08‐2010 4.º/2010 31‐08‐2010 40.098.920 28.078.569 24‐09‐2010 5.º/2010 29‐10‐2010 65.332.992 45.966.449 19‐11‐2010 6.º/2010 10‐12‐2010 194.765.711 136.409.177 22‐12‐2010 7.º/2010 17‐12‐2010 112.082.997 78.496.312 27‐12‐2010 1º/2011 15‐04‐2011 83.618.984 58.663.022 26‐04‐2011 2º/2011 12‐07‐2011 114.238.641 80.189.193 27‐07‐2011 3º/2011 05‐08‐2011 65.637.161 46.069.742 12‐08‐2011 4º/2011 15‐11‐2011 74.357.025 52.153.391 30‐11‐2011 5.º/2011 22‐12‐2011 ‐176.671.926 9.430.562 25‐01‐2012
5.º/2011 (TOP UP) 22‐12‐2011 0 6.720.622 25‐01‐2012
Fundo de Coesão 566.841.978 495.147.978 1º/2009 21‐10‐2009 95.668.596 66.968.012 05‐11‐2009 1º/2010 26‐04‐2010 150.902.633 105.631.834 06‐05‐2010 2.º/2010 04‐08‐2010 73.128.234 51.189.760 12‐08‐2010 3.º/2010 17‐11‐2010 37.279.652 26.095.756 02‐12‐2010 4.º/2010 04‐12‐2010 31.359.481 21.951.636 13‐12‐2010 5.º/2010 20‐12‐2010 45.172.665 31.620.862 28‐12‐2010 1.º/2011 19‐07‐2011 33.038.765 23.127.135 17‐08‐2011 2.º/2011 12‐09‐2011 73.372.460 51.360.721 07‐10‐2011
4.º/2011 (REP) 20‐12‐2011 26.919.492 103.869.191 19‐01‐2012 5.º/2011 (TOP UP) 22‐12‐2011 0 13.333.072 19‐01‐2012
Total 1.491.445.959 1.284.271.565
Faz‐se notar, na leitura do quadro anterior, que os CDDPP apresentados à Comissão Europeia em Dezembro de
2011 (e reembolsados pela Comissão já em 2012) surgem na sequência da reprogramação do POVT e da
aplicação do mecanismo de derrogação criado pelo Regulamento (UE) n.º 1311/2011, de 13 de dezembro, que
altera o Regulamento (CE) n.º 1083/2006 no que diz respeito a determinadas disposições referentes à gestão
financeira relativamente a determinados Estados‐Membros afetados ou ameaçados por graves dificuldades de
estabilidade financeira.
A este propósito recorda‐se que na sequência do processo de reprogramação ocorreu o encerramento da
elegibilidade de investimentos em a lgumas tipologias anteriormente previstas no POVT e que passaram para os
Programas Operacionais Regionais, assim como foram abertas no POVT novas elegibilidades que antes estavam
apenas previstas nesses Programas. Por esse motivo, e porque no f inal do ano não estava ainda concluída a
operacionalização da transição entre Prog ramas das operações anteriormente aprovadas no âmbito dessas
Relatório de Execução | 2011
76
tipologias, o IFDR suspendeu a certificação da despesa relativa a esse conjunto de operações, a fim de evitar a
certif icação de despesas que deixaram de ser elegíveis num determinado Programa ou Eixo.
Esta medida resultou na suspensão da certificação de um conjunto de despesas (relativo a anteriores tipologias
do FEDER), situação que jus tifica, juntamente com algum desfasamento entre a despesa validada pela
Autoridade de Gestão e a despesa incluída pelo IFDR e CDDPP, a diferença entre o Total da despesa elegível
certif icada paga pelos beneficiários (coluna 3 da tabela 2.2) e a despesa executada inscrita no Anexo II a este
relatório.
Relativamente ao mecanismo de derrogação, conforme estabelece a alínea a) do n.º 2 do Regulamento (UE) n.º
1311/2011, de 13 de dezembro, o mesmo consiste na concessão de assistência financeira ao abrigo do
Regulamento (UE) n.º 407/2010, de 11 de maio, que cria um mecanismo europeu de estabilização financeira,
com o objetivo de preservar a estabilidade financeira da União. Nos termos do segundo parágrafo do artigo 2.º
do mesmo regulamento, a derrogação aplica‐se a partir da data em que a assistência f inanceira foi tornada
disponível para Portugal (24 de maio de 2011) até 31 de dezembro de 2013.
Em 20 de dezembro de 2011, o Estado Português, através do IFDR, apresentou o pedido de aplicação da
derrogação re lativo a um primeiro conjunto de cinco PO FEDER e Fundo de Coesão do QREN, onde se incluía o
POVT3. Este conjunto de Programas foi identificado atendendo ao facto das taxas de cofinanciamento previstas
em sede de decisão se encontrarem, globalmente, no limiar máximo previsto no Anexo III do Regulamento (CE)
n.º 1083/2006, de 16 de junho, observando‐se assim a condição explicitada no Regulamento (UE) n.º
1311/2011.
A Comissão Europeia concedeu, em 22/12/2011, a aplicação da derrogação solicitada, pelo que a Autoridade
de Certif icação procedeu, consequentemente, à apresentação das declarações de despesas e pedidos de
pagamento para estes Programas, cujos valores surgem inscritos no último pedido de cada fundo apresentado
no Quadro nº 4. Os montantes solicitados resulta ram da aplicação deste mecanismo ( taxas de cofinanciamento
aplicáveis a cada Eixo Prioritário – conforme estabelecidas na decisão de cada Programa – aumentadas em 10
p.p., sem exceder 100%) aos montantes de despesa certificada desde 24/05/2011, conforme quadro que se
segue.
3 Além do POVT (FEDER e Fundo de Coesão) o pedido estendeu‐se aos Programas Algarve 21, PROCONVERGÊNCIA, Intervir+ e POAT FEDER.
Relatório de Execução | 2011
77
Quadro nº 5 ‐ Efeito da aplicação do mecanismo de Top Up
Eixo Prioritário Despesa certif icada
Despesa a deduzir ao montante a que é aplicado o Top Up
Montante PP à CE antes de Top UP
Montante de Top Up (+10 p.p. sobre despesa certif icada)
Total PP à CE
VT‐1 0 206.107.836 0 ‐20.610.784 ‐20.610.784
VT‐2 0 104.359.441 0 ‐10.435.944 ‐10.435.944
VT‐3 0 59.646.484 0 ‐5.964.648 ‐5.964.648
VT‐4 0 15.641.908 0 ‐1.564.191 ‐1.564.191
VT‐5 0 47.755.593 0 ‐4.775.559 ‐4.775.559
VT‐11 211.579.851 0 179.842.098 21.157.985 201.000.083
VT‐12 275.868.898 0 234.488.563 27.586.890 262.075.453
VT‐13 30.534.866 0 25.954.636 3.053.487 29.008.123
VT‐14 48.858.363 0 41.529.609 4.885.836 46.415.445
Fundo de Coesão
566.841.978 433.511.261 481.814.907 13.333.072 495.147.978
VT‐6 0 95.869.942 0 ‐9.586.994 ‐9.586.994
VT‐7 0 28.051.612 0 ‐2.805.161 ‐2.805.161
VT‐8 0 46.622.466 0 ‐4.662.247 ‐4.662.247
VT‐9 0 665.632.927 0 ‐66.563.293 ‐66.563.293
VT‐10 0 10.866.132 0 ‐1.086.613 ‐1.086.613
VT‐15 909.294.484 0 767.588.949 90.929.448 858.518.397
VT‐16 15.309.497 0 14.814.015 495.482 15.309.497
FEDER 924.603.981 847.043.080 782.402.964 6.720.622 789.123.586
Total 1.491.445.959 1.280.554.341 1.264.217.871 20.053.694 1.284.271.565
Apresentam‐se de seguida, no quadro nº 6, os recebimentos (por via dos pré‐financiamentos e reembolsos da
Comissão Europeia) e os pagamentos aos beneficiários (via IFDR e Organismos Intermédios). Note‐se que,
decorrente da reprog ramação técnica do POVT, cuja Decisão ocorreu em dezembro de 2011, os valores pagos
no âmbito dos anteriores Eixos VI (que agora se reparte entre o E ixo II e o Eixo V), VII (agora Eixo I) e VIII (agora
Eixo II), através do FEDER, estão no quadro nº 6 contabilizados no Fundo e Coesão. Por essa razão, e porque
uma parcela significativa dos recebimentos resultantes dos montantes certificados no âmbito da
reprog ramação (ver quadro nº 4) foi contabilizada já em 2012, o valor dos recebimentos apresentado ao nível
do Fundo de Coesão é ligeiramente inferior ao total dos pagamentos/transferências a favor dos
beneficiá rios/Organismos Intermédios.
Relatório de Execução | 2011
78
Quadro nº 6 ‐ S ituação de “Tesouraria” do POVT
Os valores da execução financeira do POVT, aqui entendidos em função da despesa (fundo) incluída em CDDPP
até ao final, permitem ainda verifica r o cumprimento, em ambos os fundos, da meta da designada regra n+3
em 2011 – recorde‐se que o Regulamento (CE) n.º 1083/2006 do Conselho, de 11 de julho, estabelece que é
automaticamente anulada, pela Comissão, a parte de uma autorização orçamental re lativa a um Programa
Operacional que não tenha sido utilizada até 31 de dezembro do segundo ano seguinte ao da autorização
orçamental (n+2) ou, para um conjunto de Estados‐Membros, no qual se inclui Portugal, cujo PIB entre 2001 e
2003 foi inferior a 85% da média da UE‐25, até 31 de dezembro do terce iro ano seguinte, para as autorizações
orçamentais de 2007 a 2010 (n+3) –, e perspetivar o esforço de execução necessário para atingir as metas em
2012, para cada um dos fundos.
Gráfico nº 8: Cumprimento da Regra N+3
Unid: Milhares euros
Pré Financ.mento
Reembolso da CE 2011
Reembolso da CE Acumulado
Total
Pagamentos CE
Pagamentos
pelo IFDR aos bene ficiár ios *
Transfe rências
pa ra OI Subvenção
Pagamento
pe los OI aos bene ficiá rios
Total
Transfe rências e Pagamentos
Total
Pagamentos aos
1 2 3 4 5 6 7 8=5+6 9=5+7
FEDER 119.8 93 237 .07 5 772 .972 892.866 690.341 0 690.341 690.341
Fundo de Coesão
229.4 97 74 .48 8 377 .946 607.443 582.798 79.750 68.162 662.548 650.960
TOTAL 349.3 91 311 .56 3 1.150 .918 1.500.309 1.273.139 79.750 68.162 1.352.889 1.341.301
OI Açores 40.250 34.840
OI Madeira 39.500 33.322
Total 79.750 68.162
* Inclui Recupera ções e Devoluções no fina l do ano
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Fundo Coesão FEDER
Milhõe
s €
"Top Up" 2011PPI 2011 (sem "Top Up")PPI 2010
PPI 2009
Regra N+3 (2012)Regra N+3 (2011)
Relatório de Execução | 2011
79
2.1.3 Informação sobre a repartição da utilização dos fundos
A informação do apoio comunitário aprovado, por combinação das diferentes dimensões de categorização, nos
termos previs tos na parte C do Anexo II do Regulamento (CE) nº 1828/2006, de 8 de Dezembro, alterado pelo
Regulamento (CE) nº 846/2009, de 1 de Setembro, será apresentada em suporte excel em complemento a este
Relatório. Complementa rmente, apresenta‐se de seguida a forma como esse apoio é ventilado por cada uma
das seguintes categorias: Formas de Financiamento, Tipo de Território, e Atividade Económica e Localização. A
análise da dimensão Temas Prioritários é realizada separadamente, no ponto 2.1.6.
Formas de Financiamento
A contribuição comunitária atribuída pelo POVT era, até 2009, exclusivamente atribuída sob a forma de Ajuda
não Reembolsável. Em 2010, com a decisão de intervenção do Programa da Iniciativa JESSICA (ver ponto
específico do Relatório sobre este ins trumento financeiro), a repartição passou a prever a dotação daquela
operação em Outras Formas de Financiamento, que ficou plasmada na reprogramação do Programa aprovada
em dezembro 2011. A repartição dos montantes aprovados e executados, por forma de financiamento, era no
final de 2011 a que se apresenta na tabela 2.3.
Tabela 2.3 ‐ Repartição da contribuição da União por Forma de Financiamento
Código Designação
Fundo
Aprovação Execução
Nº Proj. Montante
€ Montante
€ Tx EX/AP
1 Ajuda não reembolsável 617 3.349.995.175 1.474.395.452 44%
2 Ajuda (empréstimo, bonificação de juros, garantias)
3 Capital de risco (participação, fundo de capital de risco)
4 Outras formas de financiamento 1 30.000.000 30.000.000 100%
TOTAL 618 3.379.995.175 1.504.395.452 45%
Relatório de Execução | 2011
80
Localização
No Anexo IV a este Rela tório – Aprovações e execução por NUT III até 31.12.11 (valores acumulados) –
encontra‐se, de forma sistematizada, a distribuição, por NUT II e pelas correspondentes NUT III, do número de
operações aprovadas, do financiamento comunitário que lhes está atribuído e do respetivo nível de execução.
Essa repartição, ao nível das NUT II, é representada no gráfico seguinte.
Gráfico nº 9 ‐ Apoio Comunitário por NUT II
Apesar de 2011 ter registado o segundo maior aumento dos valores aprovados (a seguir ao ano de 2009, em
que haviam sido comprometidos 1.548 milhões de euros), os 831 milhões de euros em novas aprovações não
introduziram alteração substancial na forma como se distribui, no território nacional, o financiamento
comunitário aprovado. Quer em número de operações aprovadas, quer em financiamento comunitário que
lhes está associado, mantem‐se a forte concentração, já observada nos anos anteriores, nas regiões do objetivo
convergência do continente (Norte, Centro e Alentejo).
Continua também a ser a região Alentejo aquela que concentra a maior fatia do financiamento comunitário
aprovado, com um cerca de 1.029 milhões de euros, correspondente a 30% do fundo total aprovado pelo
Programa, em grande medida impulsionada pelas infraestruturas de transportes aprovadas no âmbito do Eixo I
(nomeadamente as que respeitam às ligações ferroviárias do Eixo Lisboa‐ Sines‐Elvas), que representam pouco
menos de metade do fundo aprovado nesta região, seguidas dos investimentos aprovados no Eixo II – com
grande preponderância das infraestruturas do Ciclo Urbano da Água, do Empreendimento de Fins Múltiplos de
160
219
98
77
26
4 3 26 5
Nº operações aprovadas
911,2
890,8
1.029
213,7
76,981,8
45,9 98,6 31,7
Fundo aprovado (M€)
503,8
365,5
343,9
120,2
19,5
34,234,4 59,8 23,2
Fundo executado (M€)
Norte
Centro
Alentejo
Lisboa
Algarve
Região Autónoma dos Açores
Região Autónoma da Madeira
Multi‐região Convergência
Não regionalizável
Relatório de Execução | 2011
81
Alqueva e dos Resíduos Sólidos Urbanos – e no Eixo V – em particula r nas vertentes da Requalificação da Rede
de Escolas com Ensino Secundário e do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva.
Na região Norte, a segunda maior em fundo aprovado (27% do total), são os investimentos aprovados no
âmbito do Eixo V que concentram a maior fatia de investimento, em particular nas áreas de intervenção
dedicadas ao ensino e cultura: 413 milhões de euros estão alocados às escolas com ensino secundário, 79
milhões de euros em infraestruturas universitá rias e equipamentos culturais e 51 milhões de em escolas do
ensino básico. O restante financiamento está, na sua quase totalidade, afeto ao Eixo II, onde se destacam, à
semelhança da região Alentejo, as intervenções no âmbito do Ciclo Urbano da Água.
Segue‐se, em volume de financiamento comunitário comprometido a região Centro, com 26% do total. Aqui, e
tomando por referência o que acima foi dito a propósito da região Norte, invertem‐se as posições dos dois
eixos de maior peso: às intervenções do E ixo II estão alocados cerca de 461 milhões de euros, dos quais 293
milhões referentes a operações no âmbito do Ciclo Urbano da Água (a que se seguem as intervenções n área
dos Resíduos Sólidos Urbanos, com 85 milhões de euros), seguidas pelos investimentos no âmbito do Eixo V,
onde prevalecem, novamente, as operações de requalif icação da rede de escolas com ensino secundário (227
milhões de euros), as infraestruturas universitárias e equipamentos cultura is (86 milhões de euros) e as
infraestruturas e equipamentos desportivos (estão implementadas nesta região se is dos onze Centros de Alto
Rendimento aprovados pelo POVT). Merece também referência o facto de, apesar de ocupar a terceira posição
em termos do financiamento aprovado, ser esta a região com maior número de operações aprovadas (219,
contra as 160 da região Norte e as 98 da região Alentejo).
Nas regiões do continente fora do Objetivo Convergência, elegíveis no âmbito do Fundo de Coesão, Lisboa
mantém‐se como aquela que concentra a maior parte dos projetos aprovados – número para o qual contribui o
facto de, em função das regras de regionalização, aí serem contabilizados os investimentos de natureza
imaterial ou de aquisição de equipamentos promovidos por entidades públicas sediadas nesta região, que se
juntam ao grande projeto CRIL – Buraca/Pontinha, do Eixo I, e um conjunto de infraestruturas apoiadas no
âmbito do Ciclo Urbano da Água (Eixo II).
Tipo de Território
Conexa com a localização das intervenções apoiadas, a classificação do investimento de acordo com o Tipo de
Território é apresentada na tabela 2.4, incluindo o número de projetos aprovados, a contribuição comunitá ria
atribuída e o respetivo nível de execução e cada um dos tipos de território aplicáveis.
Relatório de Execução | 2011
82
Tabela 2.4.: Repartição da contribui ção da União por Tipo de Território
Código Designação
Fundo
Aprovação Execução
Nº Proj. Montante
€ Montante
€ Tx EX/AP
1 Aglomeração urbana 332 2.316.385.277 1.069.183.091 46%
2 Zona de montanha
3 Ilhas
4 Zonas de fraca e muito fraca densidade populacional
127 364.304.385 95.529.304 26%
5 Zonas rurais (que não montanhas, ilhas, ou zonas de fraca e muito fraca densidade populacional)
121 441.243.677 188.107.499 43%
6 Antigas fronteiras externas da UE (após 30.04.2004)
7 Região ultraperiférica 9 127.912.465 68.583.013 54%
8 Zona de cooperação transfronteiriça
9 Zona de cooperação transnacional
10 Zona de cooperação inter‐regional
0 Não aplicável 29 130.149.372 82.992.544 64%
TOTAL 618 3.379.995.175 1.504.395.452 45%
A este nível prevalecem, tal como acontecia já em 2010, as intervenções localizadas em Aglomeração Urbana,
absorvendo cerca de 59% do Fundo total aprovado – o seu peso rela tivo, quando considerado o número de
projetos, situa‐se nos 54% –, seguidas pelas Zonas Rurais, com 13% do Fundo aprovado (20% em número de
operações aprovadas) e pelas Regiões de fraca e muito fraca densidade populacional, que recebem cerca de
11% do Fundo aprovado (21% em número de operações aprovadas). As Regiões Autónomas dos Açores e da
Madeira surgem, neste âmbito classificadas como regiões ultraperiféricas, e representam perto de 4% do
financiamento já aprovado, em linha com o peso que representam os respetivos Eixos III e IV na programação
financeira do POVT (de cerca de 5%).
Relatório de Execução | 2011
83
Atividade Económica
Apesar da grande heterogeneidade das intervenções apoiadas no âmbito dos eixos prioritários do POVT, as
operações encontram‐se concentradas num número reduz ido de atividades económicas (nos termos em que
está definida enquanto dimensão de categorização dos investimentos), que ref letem, no essencial, as grandes
áreas de intervenção do Programa e as atividades delas resultantes. A tabela 2.5, aqui apresentada, reflete a
repartição da contribuição comunitária de acordo com o tipo de atividade económica em que se enquadram as
operações aprovadas pelo POVT, e o gráfico seguinte esquematiza essa distribuição.
Tabela 2.5.: Repartição da contribui ção da União por Atividade Económica
Código Designação
Fundo
Aprovação Execução
Nº Proj. Montante
€ Montante
€ Tx EX/AP
1 Agricultura, caça e silvicultura
2 Pesca
3 Indústrias alimentares e das bebidas
4 Fabrico de têxteis e produtos têxteis
5 Construção de material de transporte
6 Indústrias transformadoras diversas
7 Extração de produtos energéticos
8 Produção e distribuição de eletricidade, gás, vapor e água quente
9 Captação, tratamento e distribuição de água
37 359.367.880 102.803.240 29%
10 Correios e telecomunicações
11 Transportes 18 750.557.086 273.370.071 36%
12 Construção
13 Comércio por grosso e a retalho
14 Hotéis e restaurantes 1 12.593.894 2.629.156 21%
15 Atividades financeiras 1 30.000.000 30.000.000 100%
16 Atividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas
17 Administração pública 341 412.565.309 158.230.328 38%
Relatório de Execução | 2011
84
18 Educação 79 941.622.556 715.893.940 76%
19 Atividades de saúde humana
20 Ação social e serviços coletivos, sociais e pessoais 2 2.272.154 0 0%
21 Atividades associadas ao ambiente 139 871.016.296 221.468.717 25%
22 Outros serviços não especificados
0 Não aplicável
TOTAL 618 3.379.995.175 1.504.395.452 45%
Gráfico nº 10 ‐ Apoio Comunitário aprovado, por principais atividades Económicas
Da tabela e gráfico anteriores resulta desde logo evidente a importância relativa das “Atividades associadas ao
ambiente”, quando consideradas, de forma mais abrangente, em conjunto com a atividade de “Captação,
tratamento e distribuição de água”, representando 26% e 11% do f inanciamento aprovado, respetivamente.
Relevam nestas duas atividades as intervenções do Ciclo Urbano da Água, na vertente de saneamento e
tratamento de águas residuais (634 milhões de euros), e a recuperação de Passivos Ambientais e valorização de
Resíduos Sólidos Urbanos, incluindo regiões autónomas (237 milhões de euros), e as intervenções do Ciclo
Urbano da Água, na vertente de abastecimento de água (198 milhões de euros), juntamente com as
intervenções do empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (162 milhões de euros). Seguem‐se a
0
50
100
150
200
250
300
350
400
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1.000
Captação, tratamento e distribuição de
água
Transportes Hotéis e restaurantes
Atividades financeiras
Administração pública
Educação Ação social e serviços coletivos, sociais e pessoais
Atividades associadas ao ambiente
Nº de O
perações
Milhõe
s €
Aprovação Execução Nº Operações
Relatório de Execução | 2011
85
“Educação”, com um peso de 28% (o mais elevado em termos individuais) – agrupando os financiamentos
associados a intervenções em escolas com ensino secundário (778 milhões de euros), infraestruturas
universitá rias (100 milhões de euros) e escolas do 2º e 3º ciclo do ens ino básico (64 milhões de euros) –, e os
“Transportes”, com 22% – onde o financiamento previsto para a l igação ferroviária de alta velocidade ainda
contribuía com 351 milhões de euros para os 751 milhões de euros aprovados.
Existe, como seria esperado, uma estreita corre lação entre estas atividades e os valores de aprovação e
execução dos principais (maiores) eixos prioritá rios do programa (ver Anexo II a este Relatório), cuja
programação respeita, no essencial a estas mesmas atividades (ou seja, os eixos prioritá rios II, V e I,
respetivamente).
Das demais atividades económicas cofinanciadas pelo Programa merece destaque a “Administração Pública”, à
qual estão associadas a grande parte das intervenções no âmbito da “Prevenção e Gestão de Riscos” e de
“Proteção Costeira” (atual Eixo II), assim como as intervenções no âmbito das “Ações Inovadoras para o
Desenvolvimento Urbano” e “Infraestruturas e Equipamentos Desportivos” e “Equipamentos Estruturantes do
Sistema Urbano Nacional” (que não as infraestruturas universitá rias).
2.1.4 Informação sobre o apoio por grupos alvo
Na análise por grupos alvo, aqui entendida como relativa à repartição da contribuição comunitária aprovada,
por categorias de beneficiário, valerá a pena distinguir o seu peso relativo no POVT em função do número de
operações aprovadas e do financiamento comunitá rio que lhes está associado, pois dessa distinção resulta
evidente o efe ito da dimensão média dos projetos implementados por diferentes tipologias de beneficiá rios.
No quadro seguinte apresentam‐se os valores de aprovação e execução por em cada uma das tipologias
presentes no POVT, bem como o número de operações desenvolvida por cada uma e o seu peso re lativo no
conjunto do Programa.
Quadro nº 7 ‐ Apoio Comunitário por tipolog ia de beneficiário
Categoria de beneficiários
Fundo
Aprovação Execução Peso relativo no
POVT
Nº Proj.
Montante €
Financiamento Médio
Montante €
Tx. Exec. nº fundo
Administração Direta Serviços Centrais 33 128.006.753 3.878.993 54.553.252 43% 5,3% 3,8%
Administração Direta Serviços Periféricos
4 2.066.355 516.589 1.479.431 72% 0,6% 0,1%
Relatório de Execução | 2011
86
Administração Indireta Serviços Personalizados
37 64.715.728 1.749.074 28.742.322 44% 6,0% 1,9%
Empresas não financeiras públicas e participadas maioritariamente pelo sector público
164 2.514.640.407 15.333.173 1.173.910.066 47% 26,5% 74,4%
Administração Autónoma Regional 9 21.143.819 2.349.313 401.947 2% 1,5% 0,6%
Administração Autónoma Local 226 431.934.700 1.911.215 136.579.965 32% 36,6% 12,8%
Instituições do Ensino Superior (Públicas)
19 116.369.273 6.124.699 60.580.435 52% 3,1% 3,4%
Não PME (recomenda ção 2003/361/CE)
2 5.653.691 2.826.846 0 0% 0,3% 0,2%
Empresa de média dimensão (recomendação 2003/361/CE )
1 14.362.024 14.362.024 4.226.603 29% 0,2% 0,4%
Pequena empresa (recomendação 2003/361/CE)
2 8.061.064 4.030.532 0 0% 0,3% 0,2%
Soc.Púb.Inv.,Soc.Cap.Risco,Invest.Inst.s/controle na emp.
1 30.000.000 30.000.000 30.000.000 100% 0,2% 0,9%
Entidade Privada sem fins lucrativos 119 41.382.757 347.754 13.921.431 34% 19,3% 1,2%
Instituições do Ensino Superior (Privadas)
1 1.658.604 1.658.604 0 0% 0,2% 0,0%
Total 618 3.379.995.175 5.469.248 1.504.395.452 45%
Analisando os valores acima apresentados, dois aspetos merecem, desde logo, destaque: a presença (em
número de operações, mas também no financiamento aprovado) das entidades da Administração Autónoma
Local (municípios e suas associações) – responsava por 37% das operações aprovadas, embora lhes
correspondam “apenas” 13% do financiamento comunitário atribuído pelo POVT – e o peso (especialmente
significativo em termos de financiamento aprovado) do sector empresa rial do estado – responsável por 27%
das operações aprovadas, absorvendo perto de 75% do financiamento aprovado. Note‐se, a este propósito,
que a inclusão das empresas municipais, aqui tra tadas no âmbito das empresas participadas maioritariamente
pelo setor público, no conjunto das entidades da administração autónoma local elevaria o peso relativo destas
últimas um pouco acima dos 18% do financiamento já aprovado pelo POVT.
A razão desta proporção fica clara quando observados os valores de financiamento médio, por operação, de
cada um dos beneficiário‐tipo: as empresas públicas são responsáveis pela totalidade dos Grandes Projetos
apresentados ao POVT e por um conjunto de operações que, abaixo da classificação de Grande Projeto,
envolvem ainda assim investimentos avultados. Face à sua relevância na implementação do Prog rama,
apresenta‐se informação mais detalhada sobre as entidades que compõem este sector no quadro seguinte.
Relatório de Execução | 2011
87
Quadro nº 8 ‐ Apoio Comunitário por entidade do sector empresarial do estado
Setor Empresarial do Estado
Fundo
Aprovação Execução Peso relativo no
SEE
Nº Proj.
Montante €
Financiamento Médio por Proj.
Montante €
Tx EX/AP nº fundo
REFER 5 499.404.217 99.880.843 101.835.269 20% 3,0% 19,9%
Estradas de Portugal 1 95.772.660 95.772.660 84.722.672 88% 0,6% 3,8%
Água de Portugal 34 561.609.099 16.517.915 159.869.736 28% 20,7% 22,3%
Empresas Municipais 33 191.413.091 5.800.397 23.973.443 13% 20,1% 7,6%
EDIA 9 161.764.560 17.973.840 94.857.737 59% 5,5% 6,4%
Administrações Portuárias 8 67.904.803 8.488.100 19.998.142 29% 4,9% 2,7%
Parque Escolar 41 761.357.770 18.569.702 601.266.759 79% 25,0% 30,3%
SEE (outros) 27 67.950.516 2.516.686 18.855.994 28% 16,5% 2,7%
RAM 3 45.935.100 15.311.700 34.385.278 75% 1,8% 1,8%
RAA
3 61.528.592 20.509.531 34.145.036 55% 1,8% 2,4%
Total 164 2.514.640.407 15.333.173 1.173.910.066 47%
A relação entre as tipologias acima apresentadas, em particula r as do sector empresarial do estado, e as áreas
de intervenção apoiadas pelo POVT é relativamente evidente, sublinhando‐se, pelo volume de financiamento
(e investimento subjacente) as intervenções da Parque Escolar na requalificação as escolas com ensino
secundário (Eixo V), os investimentos das empresas do grupo Águas de Portugal no âmbito do Ciclo Urbano da
Água e da valorização de Resíduos Sólidos Urbanos (Eixo II) e as operação da REFER rela tivas a construção e
modernização de linhas e troços da rede ferroviária naciona l (Eixo I).
Nas demais tipologias de entidades, retoma‐se a referência às autarquias locais, cujos investimentos se
concentram no Ciclo Urbano da Água e Prevenção e Gestão de Riscos (Eixo II) e na quase totalidade das áreas
de intervenção do Eixo V (com exceção da requalificação as escolas com ens ino secundário, a ca rgo da empresa
pública Parque Escola r, EPE).
Devem ainda ser referidas, em função do financiamento que lhes está atribuído, os Serviços Centrais da
Administração Direta, como a Autoridade Naciona l de Proteção Civil, a Direção Geral de infraestruturas
Relatório de Execução | 2011
88
(Ministério da Administração Interna) e o Ins tituto Geográfico Português, com operações no âmbito da
Prevenção e Gestão de Riscos e da Proteção Costeira (Eixo II), e as Instituições (públicas) de Ensino Superior
(Eixo V), bem como o INAG e as Administrações das Regiões Hidrog ráficas4, também promotoras de operações
de Proteção Coste ira e de Recuperação de Passivos Ambientais (E ixo II), no caso dos Serviços Personalizados da
Administração Indireta.
2.1.5. Apoio restituído ou reutilizado
No que se refere aos apoios restituídos na sequência de anulação total ou parcial, por motivo de
irregula ridades, durante o ano de 2011, foram efetuadas anulações parciais da participação comunitária nas
seguintes operações:
Quadro nº 9 ‐ Operações onde foram detetadas irregularidades
Operação Montante Despesa
Irregular (Fundo)
Detetado
POVT‐12‐0435 ‐FCOES‐000098 ‐ Refor ço da Infra‐
estrutura Tecnológica do CNOS e CDOS 214.632,22
Follow Up
Auditoria Temática aos
procedimentos de contratação
na EMGFC/ UAI
POVT‐15‐0245 ‐FEDER‐000001 ‐ Modernização e
requalificação de escolas com ensino secundário –
Região Alentejo Lote 1
2.510.059,40€ Auditoria EAS/IFDR 2011
POVT‐15‐0245 ‐FEDER‐000002 ‐ Moderniza ção e
requalificação de escolas com ensino secundário –
Região Alentejo Lote 2
3.115.467,42€ Auditoria EAS/IFDR 2011
POVT‐15‐0245 ‐FEDER‐000003 ‐ Moderniza ção e
requalificação de escolas com ensino secundário –
Região Norte Lote 3
9.695.488,38€ Auditoria EAS/IFDR 2011
POVT‐15‐0245 ‐FEDER‐000004 ‐ Moderniza ção e
requalificação de escolas com ensino secundário –
Região Norte e Centro Lote 4
485.687,00€ Auditoria EAS/IFDR 2011
TOTAL 16.021.334,42€
4 Na sequência do processo de reestruturação do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT) e das entidades por ele tuteladas, o Instituto da Água e as Administrações das Regiões Hidrográficas (ARH) foram entretanto integrados na nova Agência Portuguesa do Ambiente.
Relatório de Execução | 2011
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Nos termos do nº 2 e 3 do artigo 98º do Regulamento (CE) nº 1083/2006, de 11 de Julho, a comparticipação
anulada nas referidas operações que foram objeto de correção financeira, traduz iu‐se na reprogramação
financeira das operações com libertação do correspondente montante de fundo, o qual fica liberto no PO e que
poderá ser reutilizado no âmbito deste Programa
No presente contexto o ponto de s ituação reportado ao f inal do exercício de 2011 era o seguinte:
A. No âmbito da execução, todos os montantes de despesa irregular foram abatidos ao montante de
despesa elegível dos contra tos, conseguindo‐se o duplo efe ito de retirar essa despesa ao montante de
despesa elegível validada do programa e reduzir o montante elegível associado ao respetivo contrato,
(montante máximo a ser apresentado a cofinanciamento no âmbito da operação) criando‐se um novo
“teto contratual” que limita a despesa a apresentar futuramente, garantindo que a despesa irregula r
nunca será reutilizada no âmbito desse contrato, nem no âmbito do somatório dos contratos que
constituem a operação.
B. No final do ano de 2011 só haviam sido recuperados os montantes em dívida de fundo relativos à
operação POVT‐12‐0435‐FCOES‐000098, sendo que:
≈ No que respeita às despesas irregulares identificadas nas operações POVT‐15‐0245‐FEDER‐
000002, POVT‐15‐0245‐FEDER‐000003 e POVT‐15‐0245‐FEDER‐000004, da Parque Escolar, EPE, a
correspondente comparticipação foi recuperada já em 2012;
Quanto à operação POVT‐15‐0245‐FEDER‐000001, foi efetuada também em 2012 uma recuperação
parcial no valor de 2.503.028,12€, encontrando‐se por recuperar 7.031,28€;
≈ Por fim é de referir que rela tivamente aos montantes já restituídos a respetiva reutilização será
efetuada no âmbito do PO sendo garantido que, de acordo com o procedimento de controlo
preventivo descrito em A, não serão reutilizados no âmbito do projeto original ta l como previsto
no n.º 3 do artigo 98.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006.
No que respeita ao montante acumulado de irregula ridades, detetadas anualmente, desde do início do
Programa, foram apurados os seguintes valores:
AnoMontante Irregular (Fundo)
2007-2009 0,00 €2010 77.999,76 €2011 16.021.334,42 €
TOTAL 16.099.334,18 €
Relatório de Execução | 2011
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2.1.6. Análise qualitativa
A intervenção do POVT no âmbito da Agenda Temática Valorização do Território incide em especial nos
domínios do reforço da conectividade internacional do território nacional, do completamento dos sistemas
ambientais e de prevenção, gestão e monitorização de riscos e no desenvolvimento do sis tema urbano
nacional. A sua programação indicativa, por Tema Prioritá rio5, vai ao encontro dessa agenda – esta
programação foi ajustada, no âmbito da reprog ramação aprovada no final de 2011, em função das prioridades
estratégicas do Programa, bem como dos níveis de compromisso já conhecidos e previstos à data da instrução
do processo de reprogramação –, garantindo ao mesmo tempo que os objetivos e prioridades da União
Europeia em matéria de promoção da competitividade e da criação de emprego (Earmarking) vêm sendo
prosseguidos de forma eficaz.
Nesse sentido, incluem‐se na tabela 2.7 os montantes da dotação indicativa prevista no texto do Programa, a
contribuição comunitá ria aprovada e a execução financeira do POVT verificada a 31 de dezembro de 2011,
ventilada em função das áreas temáticas (agrupamentos de temas prioritários) a que as operações estão
associadas, sendo apresentados, no Anexo V a este relatório, os valores ao nível de cada um dos temas que
contribuem para esta áreas temáticas.
Tabela 2.7.: Aprovações e execu ção por Área Temática dos Temas Prioritários (contribuição da União)
Área Temática Programação
Fundo
Aprovação Execução
Nº Proj.
Montante Montante Tx EX/AP € €
Investigação e desenvolvimento tecnológico, inovação e empreendedorismo
0 0 0 0
Sociedade da informação 0 0 0 0
Transportes 1.251.704.832 22 754.253.082 273.602.464 36%
Energia 11.060.000 1 442.050 4.856 1%
Proteção do ambiente e prevenção de riscos 1.947.002.693 386 1.434.627.241 407.438.699 28%
Turismo 0 0 0 0
Atividades culturais 77.000.000 10 76.984.121 7.715.374 10%
Reabilitação urbana e rural 35.428.000 6 35.416.422 31.491.877 89%
5 Temas Prioritários definidos de acordo com o disposto no n.º 3 de art.º 9º do Reg (CE) 1083/2009, de 11 de Julho
Relatório de Execução | 2011
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Aumentar a adaptabilidade dos trabalhadores, das empresas e dos empresários
0 0 0 0
Melhorar o acesso ao emprego e a sustentabilidade 0 0 0 0
Melhorar a inclusão social dos mais desfavorecidos 0 0 0 0
Melhorar o capital humano 0 0 0 0
Investimento em infraestruturas sociais 948.220.000 165 1.024.098.934 770.314.665 75%
Mobilização para as reformas nos domínios do emprego e da inclusão
0 0 0 0
Reforço das capacidades institucionais aos níveis nacional, regional e local
3.550.000 4 1.729.255 211.071 12%
Redução dos sobrecustos que entravam o desenvolvimento das regiões ultraperiféricas
0 0 0 0
Assistência Técnica 68.578.698 24 52.444.069 13.616.447 26%
TOTAL Temas Prioritários 4.342.544.223 618 3.379.995.175 1.504.395.452 45%
TOTAL Earmarking 4.032.845.525 469 3.094.574.782 1.414.015.039 46%
Constata‐se, facilmente, que as operações aprovadas pelo POVT estão concentradas nas áreas temáticas
correspondentes aos principais domínios da Agenda da Valorização do Território acima enunciados, aos quais
estão afetos, naturalmente, a parte mais significativa da dotação do Programa. As áreas temáticas
“Transportes”, “Proteção do Ambiente e prevenção de riscos” e “Infraestruturas sociais” somam cerca de 4.147
milhões de euros (95% da programação total), e acolhem perto de 96% do financiamento das operações
aprovadas, em paralelo com os Eixos I, II e V (conforme se confirma pela leitura cruzada da tabela 2.7 e do
Anexo II a este re latório).
Na “Proteção do Ambiente e prevenção de riscos” – que representa, simultaneamente, o maior volume de
financiamento programado e de financiamento atribuído –, incluem‐se a totalidade das intervenções apoiadas
no âmbito do Eixo II, acrescidas das intervenções em requalif icação ambiental e tratamento de resíduos sólidos
urbanos das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, das operações do Empreendimento de Fins Múltiplos
de Alqueva (EFMA) e, ainda, de um conjunto de operações desenvolvidas no âmbito das Ações Inovadoras,
totalizando 386 das 618 operações que se encontravam aprovadas no final do ano de 2011. Destacam‐se, pelos
montantes aprovados, os investimentos relativos à gestão e distribuição de água e ao tratamento de águas
residuais (no âmbito do Ciclo Urbano da Água e EFMA) que somam perto de 994 milhões de euros de
financiamento comunitário já aprovado, seguidos das intervenções de prevenção de riscos, ondem pontuam as
operações de relativas à proteção da orla costeira e à melhoria do sistema nacional de proteção civil, e das
operações de valorização dos Resíduos sólidos urbanos.
Relatório de Execução | 2011
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O “Investimento em infraestruturas sociais”, que em 2010 representava a principal área temática do Programa
em volume de financiamento aprovado e executado, representa agora (em 2011) o segundo maior conjunto de
temas prioritários aplicáveis ao Programa, quer em termos de dotação programada – procedeu‐se, com a
reprog ramação e face aos compromissos (aprovações) já existentes, ao ajustamento (em alta) da dotação
destinada a infraestruturas de ens ino –, quer em termos de aprovação (vide Anexo V). Incluem‐se neste
conjunto de temas as intervenções no âmbito da Requalificação da Rede de Escolas com Ensino Secundário
(representam 23% do financiamento aprovado pelo POVT), as operações relativas à construção/requalificação
de infraestruturas universitárias e as intervenções de requalif icação da rede de escolas do 2º e 3º ciclo do
ensino básico (embora, neste último caso, de forma apenas transitória até à conclusão da operacionalização da
reprog ramação dos PO do QREN, facto pelo qual a programação apresentada, na tabela 2.7, para este área
temática é inferior ao f inanciamento nela aprovado), a que se somam as infraestruturas e equipamentos
desportivos, todos apoiados no âmbito do E ixo V do Programa.
Refere‐se, por último, o conjunto de temas prioritá rios subordinados à área dos “Transportes”, onde figuram a
totalidade das operações aprovadas no âmbito do Eixo I e as operações de infraestruturas rodoviárias e
portuárias aprovadas nos Eixos III e IV, notando‐se ainda que é nesta área temática, por vias das circunstâncias
descritas no ponto 3.1 deste relatório e em comparação com as duas outras áreas acima analisadas, que se
verifica uma menor taxa de compromisso (aprovação face à dotação indicativa prevista no Programa).
O gráfico que se segue permite uma leitura mais imediata dos resultados reportados ao final de 2011, em
particular no que respeita à dinâmica da execução de cada umas áreas temáticas do POVT.
Gráfico nº11 ‐ Programação, aprovação e execução por Área Temática
0 500 1.000 1.500 2.000
Transportes
Energia
Proteção do ambiente e prevenção de riscos
Atividades culturais
Reabilitação urbana e rural
Investimento em infraestruturas sociais
Reforço das capacidades institucionais aos níveis nacional, regional e local
Assistência Técnica
Milhões €
Programação
Aprovação
Execução
Relatório de Execução | 2011
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No seu conjunto, as operações aprovadas pelo POVT apresentam uma forte associação aos temas prioritários
diretamente re lacionados com as prioridades da União Europeia em matéria de competitividade e criação de
emprego, vulgo despesas earmarking. Tomando por referência os valores apresentados no Anexo V este
relatório, bem como no quadro seguinte, verif ica‐se que o volume de financiamento comunitá rio atribuído a
operações que respeitam a estas categorias de despesa representa cerca de 91,6% do fundo já comprometido,
em linha portanto com o peso que essas categorias assumem na programação do POVT (92,9%). Recorde‐se, a
este propósito, que a reprogramação de dezembro de 2011 reforçou o peso destas categorias na programação
financeira inicial do POVT, onde apresentavam um contributo de 82,8%.
Quadro nº 10‐ Programação e Aprovação, por Tema Prioritário Earmarking
unid: euro
Designação do Tema Prioritário Programação
Peso relativo no total da
Programação Aprovação
Peso relativo no total da
Programação
(Fundo) % (Fundo) %
16 Transporte ferroviário 10.000.000
0
17 Transporte ferroviário (RTE‐T) 733.348.029
499.404.217
21 Autoestradas (RTE‐T) 311.260.000
117.968.058
27 Transportes multimodais (RTE‐T) 4.767.000
0
28 Sistemas de transporte inteligentes 2.925.000
1.928.307
30 Portos 187.204.803
133.184.811
42 Energias renováveis: hidroeléctrica, geotérmica e outras 9.450.000 0
43 Eficiência energética, cogeração, gestão da energia 1.610.000 442.050
44 Gestão dos resíduos domésticos e industriais 255.000.000 167.313.731
45 Gestão e distribuição de água (potável) 467.000.000
359.367.880
46 Tratamento de água (águas residuais) 556.000.000
634.274.604
52 Promoção de transportes urbanos limpos 100.652.693
712.510
53 Prevenção de riscos (incluindo a conceção e execução de planos e medidas destinados a prevenir e gerir os riscos naturais e tecnológicos)
492.000.000
202.939.635
61 Projectos integrados de reabilitação urbana e rural 35.428.000 35.416.422
Relatório de Execução | 2011
94
75 Infraestruturas de ensino 866.200.000
941.622.556
Earmarking Fundo de Coesão 2.984.915.525 97,5% 2.022.089.036 96,7%
Earmarking FEDER 1.047.930.000 81,7% 1.072.485.746 83,2%
Earmarking Total POVT 4.032.845.525 92,9% 3.094.574.782 91,6%
Total Temas Prioritários Fundo de Coesão 3.059.965.525
2.091.516.997
Total Temas Prioritários FEDER 1.282.578.698
1.288.478.179
Total Temas Prioritários POVT 4.342.544.223
3.379.995.175
2.2 Informação sobre a conformidade com o direito da União
A compatibilidade do Programa com as políticas da União europeia e com o direito comunitário constitui uma
das mais re levantes preocupações da Autoridade de Gestão, tendo para o efeito introduzido no seu quadro
normativo (Manuais de Procedimentos) e no Sis tema de Gestão e Controlo (Sistema de Informação, Pista de
Controlo e Normas de acompanhamento e de auditoria) os mecanismos de suporte para assegurar a
compatibilização das despesas cofinanciadas pelo POVT com o direito da União.
Passamos a referir seguidamente as medidas mais relevantes adotadas pela Autoridade de Gestão deste
Programa para garantir o respeito pelas políticas da União, ao nível das regras de concorrência, da contra tação
pública, do ambiente, bem como da promoção da igualdade de oportunidades e da não discriminação.
A Autoridade de Gestão do POVT tem conferido desde sempre uma grande relevância à definição de normas
que permitam assegurar a garantia de cumprimento das regras da concorrência e da contratação pública, bem
como a adequada divulgação das mesmas junto dos beneficiários do Prog rama, para que estes adotem boas
práticas neste domínio, bem como junto dos dirigentes e técnicos do Secretariado Técnico e dos Organismos
Intermédios.
No âmbito do POVT não está prevista a atribuição de Auxílios de Estado nem existem regimes de ajudas
notif icados, dado que o POVT tem uma vocação destinada essencialmente a investimentos de natureza pública
e equiparada a pública, destinados à construção de Infra estruturas, da qual resulta que os seus beneficiários
sejam essencialmente entidades públicas.
O leque de potenciais beneficiários do POVT inclui ainda entidades privadas responsáveis pela execução de
investimentos e exploração de serviços no âmbito de concessões de serviços públicos nas áreas dos transportes
e do ambiente e de Parcerias Público Privadas, bem como entidades privadas sem fins lucrativos.
Relatório de Execução | 2011
95
Não foram até ao final de 2011 identificadas situações no POVT que configurem auxílios individuais a notifica r à
Comissão Europeia. No entanto, tendo sido aprovado uma operação que prevê a concessão ao Instituto Piaget
de um financiamento comunitário FEDER, para a construção de uma Unidade de Cuidados Continuados e
Paliativos, a qual, não obstante, no entendimento do POVT e do IFDR, configurou uma intervenção com fins de
saúde e apoio social, que não provoca distorções na concorrência, considerou‐se prudente obter uma
segurança jurídica, sobre tal entendimento, tendo s ido fe ita a notificação à Comissão Europeia, a qual se
encontra em apreciação, aguardando se a resposta.
No que respeita à contratação pública, a Autoridade de Gestão deste Prog rama criou desde o seu início um
conjunto de normas e procedimentos que visam assegurar o respeito pelo cumprimento das diretivas
comunitárias e pela legislação nacional aplicável, as quais têm vindo a ser reforçadas e melhoradas.
Para este efeito foram definidas Check‐lists e normas de apoio para a análise da contratação pública, que são
preenchidas pelos beneficiários e verif icadas pelo Secreta riado Técnico do POVT ou Organismos Intermédios.
Estas Check‐lists e algumas orientações para o seu preenchimento foram objeto de atua lização e de
completamento em 2010 e 2011, para incluir as alterações do regime jurídico entretanto aprovadas e explicita r
aspetos com g rande relevância.
As medidas mais relevantes adotadas pela Autoridade de Gestão do POVT durante o ano de 2011, para garantir
o respeito pelas políticas comunitárias, nomeadamente ao nível das regras da concorrência na contra tação
pública, da proteção do ambiente e da igualdade de oportunidades, foram as seguintes:
Ao nível da contratação pública:
≈ Foi implementado no SIPOVT e entrou em funcionamento no final de 2011, um novo do módulo,
destinado à gestão da contratação pública, através do qual os beneficiários do POVT carregam
todos os procedimentos de modo a serem analisados pela Autoridade de Gestão do POVT;
≈ Foram transmitidas orientações aos Organismos Intermédios através de ofícios circulares e de
orientações diversas sobre a matéria, designadamente sobre fracionamento da despesa;
≈ Foram atualizados os documentos de trabalho em função das a lterações da legislação ou de
situações consideradas relevantes pelas Autoridades Nacionais (T ribunal de Contas (TC), IGF e
IFDR) e Autoridades Comunitárias (Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas Europeu e Comissão
Europeia);
≈ Devido ao grande fluxo de trabalho na verificação da contratação pública associada a todos os
projetos aprovados no POVT, a Autoridade de Gestão do Programa teve necessidade de reforça r
os seus recursos internos na área jurídica (Unidade de Assessoria Jurídica), através da adjudicação
Relatório de Execução | 2011
96
de uma prestação de serviços a uma sociedade de advogados, o que permitiu reforçar esta área
de trabalho durante 12 meses, com os serviços de se is pessoas;
≈ Foi dada continuidade à formação dos juristas do POVT e participação em
reuniões/seminários/workshop sobre matérias de contratação pública.
Ao nível da igualdade de oportunidades e da não discriminação:
No que respeita à igualdade de oportunidades e de não discriminação, podemos referir que se mantêm a
preocupação da Autoridade de Gestão do POVT em garantir que as operações cofinanciadas por este Programa
não contribuem para causar algum constrangimento ou l imitação à plena observação dos princípios da
igualdade de oportunidades.
Neste sentido, é exigido que nas candidaturas seja assumido pelo beneficiário o compromisso de observar os
princípios da igualdade de oportunidades e de género. Paralelamente, existe um campo específico ao nível do
parecer técnico para referência a esta matéria e nas check‐lists utilizadas para efeitos de verificação no local,
são garantidas evidências de observação desta política da União.
No acompanhamento das operações aprovadas, através dos relatórios anuais e finais produzidos pelos
beneficiá rios, a Autoridade de Gestão do POVT analisa a informação relativa a número de postos de trabalho
criados, temporários e/ou permanentes, bem como a sua desagregação por género. Estes indicadores são
transmitidos pelos beneficiários, em que lhes é exigido um report do contributo de cada operação neste
âmbito, o que por si, impõe uma preocupação no âmbito da execução da operação com o cumprimento dos
princípios da igualdade de oportunidades e de não discriminação.
Para além do referido, a Autoridade de Gestão preocupa‐se também em garantir nas suas atividades de gestão
o cumprimento dos princípios da igualdade de oportunidades e de não discriminação.
De referir que as operações aprovadas, tal como referido no ponto 3 – Execução por Eixo Prioritário deste
relatório, também contribuem para aquele princípio fundamental da União Europeia na perspetiva da
promoção da igualdade de oportunidades no acesso aos bens e serviços proporcionados pelas infraestruturas
financiadas – nomeadamente pelos sistemas de abastecimento de água e tratamento de águas res iduais, em
que se pretende que o nível de atendimento se ja universal, pelos equipamentos desportivos e outros
equipamentos estruturantes do sistema urbano nacional apoiados e incluindo também as infraestruturas de
ensino que promovem, para além da igualdade no acesso e no desenvolvimento socioeducativo dos jovens, a
conciliação da vida pessoal, familiar e prof issional das famílias.
Relatório de Execução | 2011
97
Por outro lado existem algumas operações cofinanciadas que pela sua natureza (ações imateria is relacionadas
com a elaboração de estudos e projetos) ou pela natureza das tarefas desenvolvidas após a entrada da
infraestrutura em exploração (caso das infraestruturas de valorização de RUB) que promovem a criação de
emprego em fase de realização ‐ no primeiro dos casos referidos, ou em fase de exploração – no segundo caso,
que contribui para a promoção da igualdade de género.
No que respeita ao contributo do POVT para a igualdade de género é de referir que no final de 2009, foi
nomeado um representante do POVT para a equipa interdepartamental para a igualdade de género do ex‐
Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC)6, no âmbito da Comissão para a Igualdade
de Género prevista nos artigos 8º a 13º da RCM n.º 161/2008, de 22 de Outubro. No âmbito do trabalho
desenvolvido por esta equipa em 2011, foram desenvolvidas algumas atividades com o objetivo de promover a
não discriminação de género, cujo detalhe será feito adiante neste rela tório (Ponto 2.7.1
Acompanhamento/Outras Parcerias).
O Plano para a Igualdade de Género do MOPTC (2011‐2013), que foi aprovado pelo Sr. Ministro das Obras
Públicas, Transportes e Comunicações a 28 de Setembro de 2010, está disponível no site do POVT, que tem um
espaço próprio para divulgação da promoção da Igualdade de Género, com um link para com o link para o
Portal da Comissão para a Igualdade de Género.
6 Atual Ministério da Economia e do Emprego.
Relatório de Execução | 2011
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Figura nº 3 ‐ Site do POVT com link para o Porta l da Comissão para a Igualdade de Género
Cumprimento das regras ambienta is
As questões a abordar neste ponto centram‐se na descrição dos procedimentos implementados para
salvaguardar a verificação do cumprimento das reg ras ambientais nos projetos apoiados, constando do ponto
2.7.3 as questões relativas ao cumprimento dos requisitos em matéria da Avaliação Ambiental Estra tégica
(AAE).
Em primeiro lugar há que referir que as operações a cofinanciar pelo Programa devem ser coerentes com os
princípios e objetivos de desenvolvimento sustentável e de proteção do ambiente, referidos no Tra tado da
União Europeia e reforçados na Estratégia de Lisboa renovada.
A Autoridade de Gestão do POVT tem vindo a conferir relevância crescente à verificação de que as operações
cofinanciadas por este Programa evidenciam o cumprimento da legislação comunitária e nacional em matéria
de ambiente e o respeito pela proteção dos s ítios abrangidos pela Rede Natura 2000.
Relatório de Execução | 2011
99
Todos os aspetos referidos estão presentes nas atividades de gestão do POVT, desde logo na definição das
condições de acesso das operações ao POVT e nos critérios de seleção dos diversos eixos e domínios de
intervenção deste Programa – definidos no Regulamento Geral FEDER e Fundo de Coesão e nos Regulamentos
Específicos do Programa, bem como nos mecanismos de governação e de articulação com as Autoridades
Nacionais com responsabilidades ao nível do Ambiente e do Ordenamento do Território – Agência Portuguesa
do Ambiente (APA), Instituto da Água (INAG), Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e
Administrações das Regiões Hidrográficas (ARH), Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos
(ERSAR) e Direcção‐Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU)7.
Com efeito, o apoio técnico prestado ao POVT pelas Autoridades Nacionais em matéria de ambiente, quer na
fase de definição das condições de acesso e dos critérios de seleção presentes nos Regulamentos Específ icos,
quer na fase de apreciação das candidaturas e do cumprimento da legislação ambiental pelos projetos
aprovados, tem constituído um aspeto muito relevante para que este Programa possa assegurar o
cumprimento das regras ambientais e a avaliação do contributo de cada projeto para o cumprimento dos
objetivos e metas ambientais nos diversos Eixos Prioritários e Domínios de Intervenção deste Programa.
A AG do POVT manteve em 2011 o quadro regular de cooperação com as referidas Autoridades Ambientais que
já tinha estabelecido nos anos anteriores, através dos contratos de delegação de competências e de protocolos
de colaboração técnica celebrados com essas entidades, e cuja atividades desenvolvidas estão detalhadas no
Ponto 2.7.1 – Acompanhamento/Outras Parcerias deste relatório.
Tendo por especial preocupação assegurar que os projetos cofinanciados no âmbito do POVT garantam o
cumprimento da legis lação comunitária e nacional em matéria de ambiente, a Autoridade de Gestão recolhe as
necessárias evidências ao longo da sua realização. Para o efeito foram definidas normas a observar neste
âmbito contidas no seu Manual de Procedimentos (Nota Metodológica n.º 4) e elaborou uma check‐lis t de
verificação do cumprimento da legislação comunitária e nacional em matéria de ambiente a aplicar aos
projetos cofinanciados por este Prog rama, de modo a sis tematizar o quadro das exigências legais aplicáveis,
evidenciando a verificação do seu cumprimento, na qual são registadas as verificações efetuadas sobre cada
operação, tendo em conta, designadamente os seguintes aspetos: licenças ambientais obrigatórias para a fase
em que se encontra a operação; Declaração de Impacto Ambiental (DIA) ou Decla ração da Autoridade
competente em matéria de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) que confirme a sujeição ou não a avaliação;
Declaração da Autoridade responsável pela Fiscalização da Rede Natura 2000.
7 Na sequência do processo de reestruturação do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT) e das entidades por ele tuteladas, o Instituto da Água e as Administrações das Regiões Hidrográficas (ARH) foram entretanto integrados na nova Agência Portuguesa do Ambiente, e a DGOTDU é integrada, juntamente com o Instituto Geográfico Português (IGP), na nova Direcção‐Geral do Território.
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100
Para cada candidatura submetida é assim verificado o enquadramento do projeto de investimento face ao seu
regime de l icenciamento e à legislação ambiental nacional e comunitária em vigor, aplicável, e solicitados os
respetivos comprovativos do seu cumprimento (pareceres/declarações/autorizações/licenças emitidas pelas
respetivas autoridades competentes ou, em caso de ainda não terem s ido concluídos os respetivos processos
de avaliação/análise, o ponto de situação dos mesmos.
A conclusão da análise da check‐list referida é vertida nos pareceres técnicos que auxiliam a decisão sobre as
candidaturas e sempre que tenha sido aplicada uma ou mais condicionante(s) ambientais em sede de
aprovação de uma candidatura, a mesma é verificada no prazo temporal em que foi aplicada, não sendo
possível, no l imite, o encerramento da operação, sem a total verificação do cumprimento da(s) mesma(s).
Para cada operação, é utilizada uma ficha de acompanhamento do cumprimento das regras ambientais a qual é
atualizada ao longo da execução dos projetos e até ao seu encerramento, tendo como anexos quadros com
indicação das componentes abrangidas por cláusulas restritivas e medidas de minimização e documentação
relevante, nomeadamente licenças e/ou autorizações emitidas no âmbito do projeto.
Acresce que, a instrução dos processos de candidatura respeitantes a Grandes Projetos segue regras próprias
indicadas no ponto F do respetivo formulário, relativo à Analise de Impacte Ambiental, que contempla um
conjunto diversif icado de questões no domínio ambiental que extravasam a AIA.
Designadamente, são verificadas as evidências da consulta às Autoridades Ambientais, através do Resumo não
Técnico do Estudo de Impacte Ambiental, o Relatório da Consulta Pública, a Declaração de Impacte Ambiental e
a Declaração da Rede Natura 2000.
Referimos seguidamente as matérias de natureza ambiental que têm assumido maior relevância no POVT e as
principais medidas adotadas para garantir o cumprimento da legis lação ambiental.
Em geral e para todos os Domínios de Intervenção do POVT:
O interesse nacional e comunitá rio de que se reveste o instrumento de AIA e as questões de Conservação da
Natureza têm jus tificado uma atenção especia l a este aspeto por parte do POVT. Assim, para os projetos
abrangidos pelo regime jurídico de AIA é exigida a apresentação da DIA, sendo que na maior parte das
situações o enquadramento neste regime é claro pela consulta da legislação. Sempre que existem dúvidas
sobre a sujeição ao regime de AIA é solicitada a apreciação da situação pelas Autoridades Ambientais.
É de salientar que as alterações a projetos abrangidos pelo regime de AIA, merecem uma verificação cuidadosa
para prevenir a hipótese de se trata r de uma alteração signif icativa ‐ o que obriga por si só à abertura de um
novo procedimento de AIA. Assim, no caso de se trata r de uma alteração significativa terá de ser apresentada a
Relatório de Execução | 2011
101
respetiva DIA e, nos restantes casos, deverá ser apresentada uma Decla ração da Autoridade de AIA (APA, CCDR
ou Outras entidades) que conf irme que não se trata de uma alteração signif icativa.
Para os projetos não abrangidos pelo regime de AIA mas suscetíveis de afetar um sítio da Rede Natura, é
necessária a apresentação da Análise de Incidências Ambientais e do Parecer do Instituto da Conservação da
Natureza e Biodiversidade.
Em particular, por Domínio de Intervenção:
≈ No caso dos projetos dos domínios de intervenção do “Ciclo urbano da água” e da “Valorização de
Resíduos Sólidos Urbanos” é verif icado se as operações se incluem numa ins talação abrangida
pelo regime da Prevenção e Controlo Integrados de Poluição (PCIP), sendo que para o “Ciclo
urbano da água” esta verificação dirige‐se apenas de operações no âmbito da ENEAPAI –
Estratégia Nacional para os Ef luentes Agropecuários e Agroindustriais.
≈ Nas operações do domínio da Proteção Coste ira, é verificado simultaneamente o enquadramento
no Plano de Ação de Valorização e Proteção do Litoral (PAL) e se as operações propostas
decorrem do previs to nos respetivos Planos de Ordenamento da Orla Coste ira (POOC).
≈ Relativamente ao domínio da Recuperação do Passivo Ambiental, as operações consideradas
prioritá rias de âmbito nacional, encontram‐se previamente definidas no Documento Enquadrador
da Agência Portuguesa do Ambiente, tanto os passivos ambientais na área dos solos
contaminados como das áreas mineiras degradadas. No entanto, e no âmbito do Protocolo
celebrado com a Direção‐Geral de Energia e Geologia, esta entidade apoia a Autoridade Gestão
em fase de análise da candidatura, designadamente aquelas que visam a reabilitação de áreas
degradadas afetas à indústria extrativa mineira, nomeadamente no que respeita ao seu
enquadramento no referido documento enquadrador.
≈ Nas operações de “Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos” é verificado o respeito pelo regime
jurídico de gestão de res íduos, não só em matéria de licenciamento mas também na
compatibilização das operações candidatas com os instrumentos de planeamento vigentes,
nomeadamente o PERSU II.
≈ Também no caso das operações re lativas ao Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, são
também relevantes as verificações que respeitam ao regime jurídico da conservação das aves
selvagens e dos habitats (Decreto‐Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro que procede à primeira
alteração ao Decreto‐Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, que transpôs para a ordem jurídica interna a
Diretiva n.º 79/409/CEE, do Conselho, de 2 de Abril, relativa à conservação das aves selvagens
Relatório de Execução | 2011
102
(diretiva aves) e da Diretiva n.º 92/43/CEE, do Conselho, de 21 de Maio, re lativa à preservação dos
habitats naturais e da fauna e da flora selvagens (diretiva habitats).
De referir ainda que, no âmbito do processo de reprogramação técnica dos Programas Operacionais do QREN,
foi realizado um screening por uma entidade independente, tal como exigido no Anexo incluído na legis lação
nacional aplicável ‐ Decreto‐Lei n°232/2007, de 15 de Junho, alterado pelo Decreto‐Lei n°58/2011, de 4 de
Maio e no Anexo II da Diretiva 2011/42/CE, de 27 de Junho, que concluiu que a referida reprogramação
configura alterações de natureza técnica e de programação financeira, existindo pequenas alterações no
quadro das elegibilidades. Assim, no âmbito desta verificação concluiu‐se que não seria necessário a realização
de uma nova AAE, sendo no entanto recomendado:
Pela entidade que realizou o exercício de screening
O Observatório do QREN e a Autoridade de Gestão do POVT acompanhem a tradução em projetos concretos
dos dois novos domínios de elegibilidades (no âmbito da mobilidade territorial e da prevenção e gestão de
riscos) por forma a avaliar, quando forem conhecidos elementos mais detalhados sobre a natureza dos
projetos que estas irão enquadrar, a necessidade de realizar uma AAE dedicada exclusivamente a estes
domínios de elegibilidades
O sistema de monitorização ambiental desenvolvido pelas Autoridades de Governação e de Gestão do QREN
seja revisto no sentido de atualizar as responsabilidades de cada PO de monitorização dos domínios de
elegibilidade que lhes competem, atendendo à transferência de elegibilidades verif icada no âmbito da
reprog ramação aprovada.
Pela Agência Portuguesa do Ambiente, que validou o exercício realizado
≈ Deverá existir uma atenção redobrada aos aspetos de monitorização, a fim de identifica r
atempadamente efeitos negativos imprevistos e aplicar as medidas de correção adequada
≈ O conjunto de indicadores para a monitorização estratégica deve ser otimizado, numa perspetiva
pragmática, de modo a facilitar um acompanhamento próximo da execução dos programas por
parte das autoridades ambientais e do público
Relatório de Execução | 2011
103
2.3 Problemas significativos encontrados na implementação do Programa Operacional e
Medidas Tomadas
2.3.1 Principais problemas relacionados com a execução financeira
O ano de 2011 foi muito intenso ao nível das atividades de gestão, visando priorita riamente a aceleração da
execução financeira do Programa, em especial no que respeita ao Fundo de Coesão, bem como a conclusão da
apreciação das candidaturas com vista à decisão sobre as mesmas em 2011, tendo em conta que ainda se
encontravam em análise no f inal de 2010 candidaturas resultantes de Avisos de abertura publicados em 2009 e
2010 nas diversas áreas de intervenção do Programa, com maior relevância para o domínio “Ciclo Urbano da
Água” e “Prevenção e Gestão de Riscos” do Eixo Prioritário II.
A concretização de grande parte destes objetivos fixados para 2011 foi conseguida, muito embora a um nível
um pouco aquém das metas traçadas, uma vez que a taxa de execução financeira final do Prog rama não foi
além dos 34,6%, quando se tinha fixado o objetivo de atingir os 37%. Por outro lado, o esforço realizado pela
Autoridade de Gestão e pelos Organismos Intermédios envolvidos em torno do objetivo de concluir em 2011 a
apreciação das 199 candidaturas em análise que trans itaram do ano anterior, saldou‐se na decisão sobre 171
candidaturas de financiamento, das quais 122 aprovadas e 49 não aceites, reprovadas e desistidas, tendo assim
ficado por decidir no fina l de 2011, 42 candidaturas, cuja conclusão do processo de análise e decisão transitou
para 2012.
As dificuldades que estiveram na origem da limitação do cumprimento dos objetivos de execução f inanceira
prenderam‐se essencialmente com as dificuldades de execução que foram evidenciadas pela maioria dos
beneficiá rios do POVT, as quais resultaram em grande medida das restrições financeiras associadas à
diminuição da sua capacidade para fazer face à contrapartida nacional, por limitações orçamentais impostas às
entidades do setor público, condicionantes à obtenção de financiamento bancário derivadas da sua escassez e
dos limites impostos às Empresas Públicas que constituem o núcleo essencial de beneficiários do POVT, bem
como pela redução dos níveis gerais de l iquidez da maioria dos beneficiá rios do POVT derivada da redução de
proveitos e da degradação dos prazos de recebimento por efeito da recessão económica, o que afetou em
particular as empresas públicas e municípios.
Constituem também causa para a limitação da execução f inanceira dos projetos aprovados, o baixo grau de
maturidade que muitos desses projetos ainda evidenciavam no f inal de 2011, pelo facto de se encontra rem
ainda na fase de execução dos projetos técnicos, tendo apenas avançado para a abertura dos procedimentos
de contra tação pública das componentes principais das operações depois da aprovação das candidaturas, o
que associado ao longo processo de análise e à sua complexidade técnica e morosidade da realização desses
procedimentos conduziu a signif icativos atrasos na execução física e financeira dos projetos aprovados.
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104
É também de assinalar o efeito condicionador de um maior avanço na execução financeira do Programa em
2011, no que se refere ao Fundo de Coesão, os seguintes aspetos: no setor dos transportes o atraso na
aprovação e no início da execução dos grandes projetos re lativos as infraestruturas ferroviárias e rodoviárias
previstas no Programa; no setor do ambiente a complexidade e diversidade de requisitos ambientais ( licenças e
pareceres) cujo cumprimento tem que ser aprovado antes da celebração do contrato e do início da execução
financeira das operações aprovadas.
É ainda de referir que a execução financeira do POVT foi prejudicada no fina l do ano de 2011 pelo facto de se
encontrarem a aguardar verificação um grande número de procedimentos de contratação pública adjudicados
pelos beneficiários e que esta Autoridade de Gestão não teve capacidade de validação por escassez dos seus
recursos internos, os quais se encontravam no final e 2011 em grande parte alocados à verificação dos
procedimentos de contratação pública apresentados no âmbito do Fundo de Coesão II – Transportes e
Ambiente, os quais tiveram prioridade sobre os do POVT tendo em conta o calendário de encerramento
acordado com a coordenação nacional do Fundo de Coesão II.
No que respeita às candidaturas que não foi possível decidir até ao final e 2011, o seu número é bastante
limitado e deveu‐se essencialmente ao facto de não se encontrarem ainda devidamente instruídas. As
candidaturas de montante mais signif icativo que se encontravam nesta situação foram aprovadas até ao final
de Fevereiro de 2012 e a aprovação das restantes ficou dependente no levantamento da suspensão de novas
aprovações, que foi definida por deliberação do Conselho de Ministros de 1 de março de 2012.
O resultado conjugado das dificuldades referidas ao nível da execução financeira e do avanço ao nível das
aprovações, traduziu‐se no aumento do gap existente entre o nível de compromissos e de execução do
Programa, no que respeita ao Fundo de Coesão, que passou de 30 pontos percentuais no final de 2010 para
47,4 pontos percentua is no final desse ano, pelo facto do aumento da taxa de compromisso com projetos
aprovados, que no fina l do ano atingiu os 68,4%, ter suplantado o acréscimo ainda assim significativo da taxa
de execução financeira, que em 31 de dezembro de 2011 se cifrava em 21%.
Já no que respeita ao FEDER as dificuldades gerais de execução que caraterizaram o ano de 2011 fizeram‐se
sentir de forma menos intensa, essencialmente pelo facto das candida turas apresentadas pelo principal
beneficiá rio (Parque Escolar, EPE) terem elevada maturidade e nível de realização física e financeira na fase da
sua aprovação, o que propiciou um elevado crescimento da taxa de execução f inanceira FEDER. Apesar desta
situação bastante pos itiva que permitiu a redução do Gap entre o nível de compromisso e de execução do
FEDER em 10,7 p.p. (passou de 44 p.p. para 33,3 p.p.), foram ainda assim visíveis, em especial na fase final do
ano, dificuldades financeiras acrescidas da maioria dos beneficiá rios do FEDER, o que se traduziu em múltiplos
atrasos na realização dos projetos face ao que estava aprovado na candidatura.
Relatório de Execução | 2011
105
Em face do exposto, que traduz uma dualidade de tendência entre o FEDER e do FdC, e tendo em conta que se
acentuou a inda mais em 2011 a relevância deste último Fundo no computo global do POVT, pela redução de
316 milhões de euros de FEDER que foi definida na reprogramação aprovada em dezembro de 2011, a situação
global do POVT agravou‐se no que respeita a este aspeto, terminando o ano de 2011 com um gap entre o
montante de fundos comprometido e não executado de 43,2 p.p. (mais 8,2 p.p. do que no ano anterior).
Quadro nº 11‐ Gap entre taxa de compromisso e de execução
Taxa de compromisso Taxa de execução Gap entre Taxa de compromisso e de execução
31‐Dez‐10 31‐Dez‐11 Variação 31‐Dez‐10 31‐Dez‐11 Variação 31‐Dez‐10 31‐Dez‐11 Variação
FEDER 83% 100,5% +17,5 p.p. 39% 67,2% +28,2 p.p.
44 p.p. 33,3 p.p. ‐10,7 p.p.
Fundo de Coesão
40% 68,4% +28,4 p.p. 10% 21% +11 p.p. 30 p.p. 47,4 p.p. +17,4 p.p.
Total POVT 55% 77,8 +22,8 p.p. 20% 34,6%
+ 14,6 p.p. 35 p.p. 43,2 p.p. +8,2 p.p.
2.3.2 Medidas tomadas pela Autoridade de Gestão para incentivo à execução financeira e redução de
compromissos sem execução
Ao longo do ano de 2011 foram tomadas por esta Autoridade de Gestão diversas medidas para contrariar esta
situação, quer através de medidas de incentivo à execução financeira, quer através de medidas que visaram a
redução de compromissos assumidos e que no contexto atual já não se prevê a sua execução.
No que respeita às medidas de incentivo à execução tomadas em 2011 para aumentar a execução financeira,
são de referir as seguintes:
1. Aumento das taxas de cofinanciamento comunitário e implementação de regimes de majoração de
taxas em alguns domínios do POVT, designadamente no Eixo II ‐ Ciclo Urbano da Água e Prevenção e
Gestão de Riscos, no Eixo V – Centros de Alto Rendimento Desportivo e no Eixo X – Assistência
Técnica;
2. Redução dos prazos de análise dos Pedidos de Pagamento e da emissão de Autorizações de
Pagamentos, para acelera r os circuitos de execução;
3. Aumento da relevância dos Pedidos de Adiantamento de Fundos, regularizados posteriormente com a
apresentação dos documentos comprovativos de quitação;
Relatório de Execução | 2011
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4. Simplificação dos processos de apresentação e de apreciação dos pedidos de reprogramação
temporal, tendo em conta o seu elevado número, resultante de atrasos generalizados na execução
dos projetos, face ao calendário previsto na fase de candidatura;
5. Reforço das equipas internas afetas à validação dos pedidos de Pagamento apresentados pelos
beneficiá rios e verificação da regularidade dos procedimentos de contratação pública que lhes são
inerentes, esta última através da aquisição de serviços externos de 6 juristas a tempo inte iro durante
um ano, o que terminou em Outubro de 2011, levando a uma grande acumulação de procedimentos
por analisar no final do ano, o que condicionou a execução financeira, conforme já referido;
6. Flexibilização do cumprimento dos requisitos impostos aquando da aprovação das candidaturas,
permitindo a sua apresentação ao longo da execução dos projetos, condicionando o menos possível o
fluxo de pagamentos ao beneficiário. Foi conferida uma g rande prioridade em 2011 à celebração de
contratos de financiamento rela tivos a operações aprovadas no próprio ano e em anos anteriores e
que estavam a aguardar o cumprimento dos requisitos, designadamente ambientais e de
comprovativo de disponibilidade da contrapartida naciona l.
No que respeita às medidas que visaram a redução de compromissos assumidos e que no contexto atual já não
se prevê a sua execução, são de referir as seguintes:
1. Análise dos projetos aprovados sem execução e identif icação de situações de incumprimento
regulamentar e contratua l (projetos aprovados sem contrato e com contrato celebrado há mais de
seis meses e sem execução) e de situações de muito baixa execução. Depois desta identificação, foram
feitas as comunicações aos beneficiá rios e, depois da sua resposta foram tomadas já em 2011 algumas
medidas de reprogramação f inanceira em baixa e de cancelamento de nove projetos aprovados sem
execução, medidas estas que foram já no corrente ano de 2012 ampliadas através da implementação
das medidas previstas na RCM 33/2012, de 1 de março, designada por “Operação Limpeza”;
2. Nas medidas de simplif icação adotadas para efeitos de reprogramação, passaram a ser feitas por
inicia tiva da Autoridade de Gestão reprogramações financeiras em baixa nas operações aprovadas,
sempre que se identifica através dos montantes relativos aos contratos de empreitada e de aquisição
de serviços celebrados no âmbito da operação que esta não vai atingir o limite de Despesa elegível e
de Fundo aprovado. Esta medida permitiu uma redução de fundos comprometidos com projetos
aprovados de modo a poderem ser alocados a outas operações deste Programa;
Não obstante a grande prioridade conferida às atividades de gestão do Programa e dentro destas ao objetivo
de aumento da realização f inanceira dos projetos aprovados, o que exigiu uma grande celeridade na análise
dos pedidos de pagamento e emissão das autorizações de pagamento a favor dos beneficiá rios, as
condicionantes referidas, decorrentes do contexto de crise económica e financeira, das especif icidades técnicas
Relatório de Execução | 2011
107
dos projetos e das dificuldades internas da Autoridade de Gestão, limitaram de forma signif icativa o
crescimento dos níveis de execução f inanceira deste Programa, ficando por isso aquém da meta traçada.
2.3.3 Principa is medidas para resolução das dificuldades de execução previstas na Reprogramação
Técnica do POVT
Grande parte das dif iculdades sentidas em 2011 e referidas neste Rela tório foram tidas em consideração na
reprog ramação técnica do POVT e do QREN que foi aprovada pela Comissão Europeia em 9 de Dezembro de
2011, a qual visou a antecipação e resolução das maiores dif iculdades de execução sentidas no POVT, em
especial as que se prendem com o Fundo de Coesão.
Para esse efeito foram contempladas na referida reprogramação as principais medidas que visaram contribuir
de forma muito positiva para colmatar as dificuldades sentidas pelo POVT, designadamente as que se prendem
com a mobilização da contrapartida nacional, a baixa taxa de execução do Fundo de Coesão, as perspetivas de
redução de fundos previstos para os investimentos no domínio dos transportes, em resultado das decisões de
adiamento de algumas das grandes infra estruturas de transportes, bem como a necessidade de reforço das
verbas FEDER afetas ao Programa de Modernização das Escolas com Ensino Secundário face ao overbooking
que se verif icava no antigo Eixo IX. Com efeito, são de destacar as seguintes medidas integradas na referida
reprog ramação:
1. Aumento das taxas de comparticipação comunitá ria prog ramadas de 70% para 85% nos Eixo I a IV, de
70% para 84,42% no Eixo V e de 85% para 96,76% no Eixo VI, permitindo uma redução assinalável do
esforço para a contrapartida nacional;
2. Domínios de intervenção do POVT e dos POR que eram financiados por FEDER mas que tinham
enquadramento nas elegibilidades do Fundo de Coesão trans itaram para Eixos com financiamento do
Fundo de Coesão no POVT (Eixos I e II), envolvendo a transição de operações elegíveis a este Fundo,
provenientes dos antigos Eixos VI, VII e VIII do POVT e operações aprovadas pelos Programas
Operacionais Regionais em determinadas condições (Metro do Porto e projetos aprovados entre 1 de
janeiro de 2011 e 22 de junho de 2011 nos domínios: Ciclo Urbano da Água – Baixas não verticalizadas;
Prevenção e Gestão de Riscos – Ações Materiais e Otimização da Gestão de Res íduos).
3. Transição para os POR dos projetos aprovados no âmbito do POVT com financiamento FEDER, no
domínio da “Modernização das Escolas do Ensino Básico (2.º e 3.º ciclo), libertando FEDER que serviu
para reforçar o Programa de Modernização das Escolas com Ensino Secundário;
4. Redução da dotação FEDER no Eixo relativo à Assistência Técnica do Programa em 31 milhões de euros
que serviu para reforçar o Programa de Modernização das Escolas com Ensino Secundário;
Relatório de Execução | 2011
108
5. Concentração dos domínios de intervenção já anteriormente existentes no POVT e dos novos
domínios transitados dos POR num número menor de Eixos (apenas 6) o que constituição uma medida
de clarificação das intervenções e das elegibilidades, com efeitos relevantes para a simplif icação e
redução de ambiguidades no domínio da Agenda da Valorização do Território.
Os efeitos da citada reprogramação na situação do POVT em 2011 limitaram‐se à transição interna (dentro
deste programa) de operações, que passaram de f inanciamento FEDER para Fundo de Coesão, o que contribuiu
para o aumento do FC comprometido com projetos aprovados de 278,5 milhões de euros e para o aumento da
execução f inanceira do FC em 140,3 milhões de euros, o que representou 61% do execução financeira global de
FC em 2011.
Não foi poss ível concretizar até ao f inal de 2011 todas as demais trans ições de operações dos POR para o POVT
e deste para os POR, pelo que os efeitos da reprog ramação aprovada em 9 de Dezembro de 2011 na situação
deste Programa em 2011 ficou l imitado às alterações decorrentes da prog ramação e das trans ições internas
dentro do POVT. A este propósito convém referir as dificuldades inerentes ao processo de reprogramação, que
conduz iram a uma grande sobrecarga de trabalho no final do ano e a adaptações muito relevantes no Sistema
de Informação deste Programa, para ajustamento à nova estrutura de programação e de transição de projetos,
articulação com o IFDR para efeitos de certif icação e de envio de Grandes projetos e da Gestão de devedores,
entre outros aspetos.
Uma das dificuldades que não foi plenamente resolvida no âmbito da reprogramação é a transição integral das
operações aprovadas no âmbito do EFMA no antigo Eixo VI do POVT para o Fundo de Coesão, por não esta r
plenamente esclarecida a elegibilidade de todos os projetos do EFMA ao Fundo de Coesão. Em resultado desta
situação, transitaram apenas dois projetos para o Eixo II (Fundo de Coesão) cujo financiamento global do FC
ascende a 69 milhões de euros, ficando as restantes operações do EFMA no novo Eixo V, absorvendo um
financiamento comunitário FEDER de 92,4 milhões de euros, o qual não permitiu o cumprimento cabal dos
objetivos que nortearam a reprog ramação técnica apresentada à Comissão Europeia que previam a libertação
deste montante de FEDER.
A carga adminis trativa resultante da reprogramação foi também muito pesada para esta Autoridade de Gestão,
de forma a garantir a verificação das condições de transição, as notificações aos beneficiários e as alterações
contratuais respetivas.
Relatório de Execução | 2011
109
2.3.4 Medidas adotadas tendo em vista a resolução da dificuldades de obtenção de financiamento da
contrapartida nacional
Para obviar as dificuldades na obtenção de fontes de financiamento para a contrapartida nacional necessária à
realização dos projetos, foi negociada com o BEI e aprovada por este uma l inha de financiamento para a
contrapartida nacional dos projetos co financiados pelo QREN no montante global de 1.500 milhões de euros,
do qual foi posta em prática em 2011 a aplicação da primeira tranche, no montante de 450 milhões de euros,
através da apresentação de candidaturas pelo beneficiários e emissão de parecer por parte da Autoridade de
Gestão.
No que respeita aos projetos do POVT que tiveram enquadramento na 1.ª tranche do referido financiamento
do EQ – BEI, encontra‐se aprovado até à atualidade um volume total de f inanciamento de 130 milhões de
euros, que represente 29% do total de fundos da 1.ª tranche, dos quais 86,8 milhões de euros respeitam a
aprovações de 2011 e 43,2 a aprovações proferidas já no primeiro trimestre de 2012. Apresenta‐se
seguidamente o quadro resumo dos financiamentos do EQ – BEI que foram aprovados para projetos do POVT8:
Quadro nº 12 – Quadro resumo dos financiamentos do EQ‐BEI aprovados para projetos POVT
Unid: milhões de euros Empréstimos
Reembolsáveis PIDDAC Total
1.ª Fase – Decisão em 2011 42,3 44,5 86,8
2.ª Fase – Decisão em 2012 37,4 5,8 43,2
Totais 79,7 50,3 130,0
É de salientar que o efeito dos financiamentos do EQ – BEI em termos de melhoria das condições de execução
dos projetos que beneficiam dos mesmos financiamentos não terá tido grande efeito prático na aceleração da
execução no ano de 2011, is to porque a sua concessão efetiva no caso dos Empréstimos Reembolsáveis
careceu de um conjunto de procedimentos formais prévios, designadamente a apresentação de garantias e a
concessão de visto pelo Tribunal de Contas.
A aprovação destes financiamentos contribuiu no entanto em 2011 de forma muito s ignifica tiva para assegura r
a capacidade de assumir a contrapartida nacional de muitos projetos aprovados no âmbito do POVT,
permitindo assim o lançamento de concursos para as componentes mais re levantes das operações, o que de
outra forma não teria sido possível, contribuindo assim de forma muito signif icativa para a estabilização dos
8 No caso dos financiamentos de montante superior a 25 milhões de euros a aprovação cabe ao BEI.
Relatório de Execução | 2011
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modelos de financiamento dos projetos e granjeando condições para a sua realização física e financeira em
2012 e 2013.
2.3.5 Problemas relativos aos recursos humanos
É ainda de relevar os efeitos que continuaram a ser sentidos em 2011 da sobreposição muito significativa de
tarefas e de responsabilidades desta Autoridade de Gestão com as atividades de gestão setorial do Fundo de
Coesão II Ambiente e Transportes, numa fase particularmente intensa de execução das decisões aprovadas,
resultante da aproximação da fase de conclusão de um número significa tivo de projetos e de encerramento do
Fundo de Coesão II.
Em face do exposto, as situações de sobreposição referidas no parágrafo anterior absorveram significa tivos
recursos humanos (dirigentes e técnicos) cuja disponibilidade para as atividades de gestão do POVT foi
bastante condicionada ou limitada, sobretudo na área jurídica, tendo em conta o grande número de
procedimentos de contratação pública neste âmbito que foi necessário verif icar para permitir a validação dos
Pedidos de Pagamento.
2.3.6 Medida de simplificação procedimental tendo em vista a redução dos prazos de análise das
candidaturas
A AG do POVT e os seus Organismos Intermédios continuaram a fazer em 2011 um grande esforço para
reduzirem os prazos de análise das candidaturas e acelerarem os processos de decisão, tendo adotado medidas
de simplificação dos procedimentos adotadas, sendo de referir a decisão de deixar de ser exigida a
apresentação de Documento de Enquadramento Estratégico nas candidaturas do domínio “Ciclo Urbano da
Água” do Eixo II, o que muito contribui para a decisão das candidaturas em análise que trans itaram de 2010.
O efeito destas medidas foi bastante positivo, tendo contribuído para que se tenha verificado em 2011 um
número considerável de candidaturas decididas (157), fazendo com que o número de candidaturas em análise
no final de 2011 (42) tenha registado um decréscimo bastante signif icativo face ao acumulado no final do ano
anterior (199), evidenciando pois uma forte recuperação.
A aceleração dos processos de análise das candidaturas e o avanço no ritmo de decisão só não foi mais
acelerado em 2011 pelas dificuldades que se continuaram a sentir na instrução das candida turas por parte das
entidades beneficiárias, aspeto este que tem provocado longos períodos que antecedem a aceitação e decisão
das candidaturas, pelo efeito de múltiplos períodos de suspensão da análise, correspondentes aos períodos de
tempo concedidos aos beneficiários para completarem as suas candidaturas.
Esta situação tem sido particularmente relevante no caso do POVT, o que está associado à elevada dimensão
da maioria das candidaturas (Investimento Total Médio por candidatura aprovada no POVT ascendia a 8,355
Relatório de Execução | 2011
111
milhões de euros, no final de 2011) e à complexidade técnica decorrente do facto de estarmos perante
candidaturas re lativas a investimentos de la rga escala e de grande complexidade f ísica, técnica e económico‐
financeira, com diversas intervenções realizadas em Parceria Público Privada (PPP), grande parte das operações
estarem suje itas à apresentação de Estudo Económico e Financeiro no caso dos projetos geradores de receitas,
à elaboração de Análise Custo Benefício (ACB) no caso dos Grandes Projetos, e à apresentação de
comprovativos do cumprimento de obrigações decorrentes da legislação ambiental.
Acrescem ainda as dif iculdades sentidas na adequada instrução dos Grandes Projetos, o que tem exigido
múltiplas revisões das candidaturas e dos documentos que as instruem e de resposta à Comissão Europeia, o
que tem atrasado o processo de decisão de aprovação pela CE. Este aspeto foi de resto salientado pela
Comissão Europeia nas suas recomendações à AG do POVT, no âmbito do Encontro Anual entre a Comissão
Europeia e as Autoridades de Gestão realizado em Novembro de 2011, como se referirá seguidamente.
A AG tem vindo a reforçar os seus mecanismos de validação dos formulá rios de candidatura dos Grandes
Projetos e dos Estudos Económicos e Financeiros que sustentam o apuramento do Funding‐Gap e
correspondente Montante da Decisão, sentido no entanto que será conveniente promover novas ações de
sensibilização e de formação junto das entidades beneficiárias, a promover de forma conjunta pela CE, IFDR e
AG, para que se ja possível ultrapassar as dificuldades sentidas e melhorar de forma significativa a qualidade
dos processos de candidatura dos Grandes Projetos e dos estudos económico financeiros (ACB) que os
sustentam.
Em 2011 foram também particularmente sentidas as orientações da tute la do QREN no sentido de acelerar a
execução financeira do QREN, tendo sido fixada a meta de 40% para o final e 2011. Com este objetivo e tendo
em conta a relevância do Investimento Municipal para efeitos da execução do QREN, foi celebrado em 2011 o
2.º Memorando de Entendimento entre o Minis tério da Economia, Inovação e Desenvolvimento (MEID) e a
Associação Nacional de Municípios (ANMP), o qual previu as já referidas medidas de aumento das taxas de
comparticipação a aplicar no POVT ao domínio do “Ciclo Urbano da Água” do Eixo II.
2.3.7 Conclusões e observações da Comissão Europeia resultantes do Encontro Anual
É de referir neste ponto as conclusões e as observações da Comissão Europeia resultantes do Encontro anual
realizado em 8‐Nov‐2011 entre a CE e as Autoridades Nacionais, dedicado à análise anual dos Programas
Operacionais FEDER e Fundo de Coesão, constantes da carta com a Referência Ares (2012) 75733, de 23‐Jan‐
2012, da qual é de salienta r, no âmbito das observações gerais, as que se prendem mais diretamente com o
POVT e que se transcrevem seguidamente (em itálico), bem como as respetivas respostas e esclarecimentos
desta AG:
Relatório de Execução | 2011
112
‐ No que respeita aos Grandes Projetos, deverão as autoridades portuguesas apresentar à Comissão uma
atualização da lis ta de projetos a serem submetidos, bem como o respetivo calendário previsional.
Agradecíamos que esta lis ta nos fosse enviada antes de 15 de Fevereiro de 1012.
No que respeita a esta observação é de referir que o calendário previsional atualizado do envio dos Grandes
Projetos foi remetido à Comissão Europeia no dia 09 de Fevereiro de 2012, através do nosso ofício S000250, o
qual contemplava a informação relativa ao calendário previsto de notificação dos Grandes Projetos do POVT
ainda não submetidos, bem como o calendário previsto de reenvio dos Grandes Projetos que já tinham sido
analisados pelo CE e que tiveram de ser revistos tendo em conta a reprog ramação aprovada em 9‐Dez‐11, no
que respeita nomeadamente ao enquadramento nos novos Eixos Prioritários, Fundo e Taxa programada,
respondendo especificamente à carta da CE, com a Ref.ª Ares (2012) 83092, de 25 de Janeiro.
‐ Relativamente aos eventos anuais de divulgação dos resultados dos PO, a Comissão agradece desde já o
calendário global que lhe foi submetido durante o Encontro anual, mas solicita que de futuro esses eventos
sejam programados atempadamente ao longo do ano, para evitar a acumulação de realizações no mês de
Dezembro.
A AG do POVT realizou o seu evento anual de 2010/2011 no dia 5 de Dezembro de 2011, de modo a poder
apresentar os resultados da reprogramação técnica numa fase já muito próxima da sua aprovação, prevendo a
realização do evento anual de 2012 no início de Novembro do corrente ano, adotando assim a recomendação
da CE.
No que respeita às observações da CE resultantes do Encontro “bilateral” com a AG de POVT, são de referir as
seguintes:
‐Relativamente aos projetos que deverão ser transferidos do FEDER para o Fundo de Coesão, a Comissão
recorda que deverá ser feita uma modificação formal de todos os projetos, com alteração da prioridade e
eventualmente do Fundo de financiamento; deverão ser verificadas as condições de financiamento e de
elegibilidade de acordo com as regras do Fundo de Coesão e com os critérios de seleção específicos aplicáveis
ao domínio em questão; no caso dos Grandes Projetos, deverá o pedido de modificação ser submetido à
Comissão, com a justif icação e descrição das alterações, não sendo no entanto necessário alterar o número
do projeto; neste sentido, a Comissão recorda que, tendo havido uma redefinição dos domínios de
intervenção e dos eixos prioritários, é necessário rever os regulamentos específicos e os critérios de seleção,
devendo estes ser aprovados pela Comissão de Acompanhamento do Programa.
Sobre esta mesma matéria foi ainda enviada pela Comissão Europeia à AG do POVT a carta com a Ref.ª Ares
(2012) 79454, de 24‐Jan‐2012, tendo sido enviada resposta através do nosso ofício S000749, de 23‐Fev‐2012,
no qual explicitámos deta lhadamente os procedimentos adotados a nível nacional para permitir a transição de
Relatório de Execução | 2011
113
operações (do POVT e dos POR) para os novos Eixos de POVT, envolvendo a transição de FEDER para Fundo de
Coesão.
Cabe pois referir sinteticamente os elementos normativos essenciais para as referidas transições que foram
comunicados à CE:
‐ Foi aprovada Norma do IFDR sobre a transição de operações no âmbito da reprog ramação dos PO
FEDER e Fundo de Coesão, datada de 11‐Nov‐2011, na qual foram formuladas recomendações às AG
para assegurarem uma adequada articulação e procedimentos;
‐ Foi aprovada pela CMC do QREN em 21‐Dez.‐2011, o artigo 36.º do Regulamento Feral FEDER e FC,
que fixou as normas gerais de transição de operações aprovadas no âmbito de um PO que, na
sequência das aprovações pela Comissão Europeia da reprogramação do QREN, transitem para outro
Eixo do mesmo Programa ou para outro PO;
‐ Tendo em conta que o POVT acolheu um conjunto diversif icado de situações de trans ição, que
contempla transições internas dentro do PO e transições externas, com transição de projetos dos POR
que passam de FEDER para FC, foi elaborada Nota interna, onde foi definida a metodologia adotada e
o faseamento das tarefas a realizar, bem como os suportes de análise das operações a transitar para
garantir a pista de auditoria;
‐ No âmbito das verificações efetuadas às operações que transitaram em 22 de Dezembro de 2011 dos
anteriores Eixos para os novos Eixos do POVT (trans ições internas dentro do PO) foi cuidadosamente
verificada a elegibilidade das operações face ao Regulamento geral do Fundo de Coesão (Regulamento
n.º 1084/2006, de 11 de Julho);
‐ Não obstante as signif icativas alterações introduzidas na estrutura dos Eixos do POVT com a
reprog ramação aprovada em 9 de Dezembro de 2011, mantiveram‐se as tipologias de intervenção que
já estavam previstas nos anteriores domínios de intervenção do POVT (à exceção dos domínios que
transitam para os POR e que saíram do POVT), pelo que se mantiveram os critérios de seleção
anteriormente aprovados pela Comissão de Acompanhamento e a estrutura essencial dos
Regulamentos Específicos deste Programa, com apenas alguns ajustamentos que se revelaram
necessários para total consonância com a nova estrutura de Eixos do POVT e harmonização com o
Regulamento Geral FEDER e Fundo de Coesão. Para além destes ajustamentos nos Regulamentos
Específicos originá rios do POVT, foram acolhidos no âmbito deste Programa os Regulamentos
Específicos dos POR que abrangiam as tipologias de intervenção que passaram para o Eixo II do POVT.
Para o efeito, foram aprovadas pela CMC do POVT em 6 de Fevereiro de 2012 as alterações nos
referidos Regulamentos Específicos;
Relatório de Execução | 2011
114
‐ No que respeita ao mérito das operações transitadas de um Eixo para o outro dentro do POVT no ano
de 2011 e a transitar dos POR em 2012, a AG do POVT comunicou à CE o seu entendimento de que a
sua avaliação de mérito foi feita no âmbito da apreciação inicial das candidaturas, com base nos
critérios de seleção aprovados pela Comissão de Acompanhamento no âmbito dos Eixos originá rios
onde foram aprovados. Foi ainda referida a consistência e validade dos critérios de seleção iniciais face
ao enquadramento nos novos Eixos e Fundo (Fundo de Coesão) pelo facto de se tra tar de intervenções
em domínios elegíveis ao Fundo Coesão (transportes, ambiente e desenvolvimento sustentável) que já
seriam elegíveis a este Fundo quando foram aprovados inicialmente, mas que, por uma questão e
“arquitetura do QREN” estavam inicialmente previstas em Eixos com intervenção FEDER (no âmbito do
POVT e dos POR). Por este facto, concluiu‐se que os critérios de se leção ao abrigo dos quais as
operações foram aprovadas no âmbito do FEDER se mantêm válidos no âmbito do Fundo de Coesão,
uma vez que já tinham em conta os aspetos mais importantes dos efe itos positivos dos projetos nos
domínios elegíveis ao FdC.
Em face do exposto, foi apenas efetuada uma revisão de ajustamento dos critérios de seleção dos domínios
que já eram do POVT e proposta a integração no POVT dos critérios de seleção dos domínios de intervenção
que passaram dos POR para o POVT e que tinham sido aprovados pelas Comissões de Acompanhamento desses
Programas. Esta proposta foi aprovada pela Comissão de Acompanhamento do POVT em 16 de fevereiro de
2012, com ajustamentos posteriores aprovados pela Comissão de Acompanhamento em 27 de abril de 2012.
‐ No âmbito das verificações a efetuar às operações em que se prevê a transição dos POR para o POVT, a
realizar em 2012, com passagem de financiamento FEDER para Fundo de Coesão, vai ser também
cuidadosamente verificada a elegibilidade das operações, face ao referido Regulamento gera l do Fundo de
Coesão, tendo em conta o âmbito de aplicação do seu artigo 2.º, à luz do texto do POVT aprovado pela Decisão
C (2011) 9334, de 9 de dezembro.
‐ No âmbito do financiamento das infraestruturas ferroviárias, em articular a ligação de alta velocidade
Lisboa – Madrid e a de mercadorias Sines – Elvas – Madrid, a Comissão recorda que é necessário esclarecer
todas as questões técnicas e legais já colocadas pela Comissão, o mais rapidamente possível, tendo em conta
o calendário já bastante apertado até ao final do período de intervenção.
Neste ponto é de referir que esta Autoridade de Gestão tem alertado a tutela do QREN e da área dos
transportes, bem como a REFER, EPE, que constitui a entidade responsável pela execução das infra estruturas
ferroviárias referidas, para a necessidade de dar resposta às questões colocadas pela CE as quais são da maior
relevância para a aprovação pela Comissão Europeia dos Grandes Projetos já submetidos que fazem parte da
linha ferroviária de mercadorias Sines – Elvas, cujo processo de análise foi interrompido pela CE, enquanto não
forem enviados os necessá rios esclarecimentos e revisão dos estudos e das próprias candidaturas.
Relatório de Execução | 2011
115
‐ A Comissão solicita ainda que o nível de verificações de gestão – artigo 13.º do Regulamento 1828/2006 –
seja aumentado, cobrindo uma maior percentagem de despesa.
Neste ponto é de referir que esta AG avançou em 2011 com as condições necessárias para aumentar o nível de
verificações de gestão no local das operações, conforme é referido em mais detalhe no ponto 2.7.4. do
presente Relatório, tendo estabilizado a sua metodologia de traba lho, aprovado o Plano de Acompanhamento
de operações relativo a 2010 e lançado o concurso público para adjudicação de serviços externos com vista à
realização das verificações de gestão a 100 operações apoiadas pelo POVT. Tendo em conta que só foi possível
adjudica r estes serviços no início de 2012, a realização destas ações vai ser realizada até ao f inal do corrente
ano, assegurando assim o cumprimento da recomendação da CE.
2.3.8 Parecer e Relatório Anual de Controlo da Inspeção‐Geral de F inanças relativo ao funcionamento do
sistema de gestão e controlo
É ainda de referir neste ponto que a Inspeção‐geral de Finanças (IGF), enquanto Autoridade de Auditoria,
apresentou à Comissão Europeia, em Dezembro de 2011, o Relatório Anua l de Controlo, nos termos do n.º 1,
alínea d), subalínea (i) do artigo 62.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006, de 11 de Julho, e do n.º 2 do artigo
18.º do Regulamento (CE) n.º 1828/2006, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 846/2009, de 1 de Setembro,
relativo ao Sistema Comum FEDER/FdC que integra o POVT e o PO Assistência Técnica.
Tendo em conta as auditorias realizadas aos programas que integram o citado sistema comum, a IGF concluiu
no referido Relatório que o sistema comum em apreço permite uma segurança razoável para a emissão de uma
opinião qualitativa quanto ao funcionamento dos sistemas de gestão e controlo das respetivas Autoridades de
Gestão.
As conclusões do referido Relatório referem ainda que, tendo por base uma auditoria específica sobre a
Autoridade de Certificação, concluiu que, em termos gerais, os procedimentos desenvolvidos respeitam a
descrição dos sistemas de gestão e controlo enviada oportunamente à CE, pelo que, embora carecendo de
melhorias, funcionam e salvaguardam o cumprimento dos requisitos aplicáveis por força dos artigos 58.º a 61.º
do Regulamento (CE) n.º 1083/2006 e da seção 3 do Regulamento (CE) n.º 1828/2006.
Refere ainda o citado Relatório que nas auditorias sobre as operações foram identificadas despesas não
elegíveis no montante de € 18.597.214,79 e que, decorrente da extrapolação efetuada o erro mais provável
existente na população é de € 21.967.375,44, o que representa cerca de 1,57 do universo, situando‐se abaixo
do limiar de 2% definido.
A IGF conclui ainda no seu Relatório que a elegibilidade da operação POVT‐15‐0245‐FEDER‐0000018, cujo
beneficiá rio é o GEPE do Ministério da Educação e Ciência (MEC) deverá f icar condicionada à aprovação final da
alteração do texto do POVT rela tivo ao domínio “Requalificação da Rede de Escolas com Ensino Secundário” do
Relatório de Execução | 2011
116
antigo Eixo IX do POVT, o que foi concretizado no âmbito da reprogramação do POVT aprovada em 9 de
Dezembro de 2011.
A IGF refere ainda que, apesar de considerar que não deverão representar impacte materialmente re levante
nas despesas certificadas, salientou os seguintes aspetos:
a. Desconhece, quer as conclusões f inais da missão de auditoria ao cumprimento pelas autoridades
nacionais da alínea a) do n.º 1 do artigo 61.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006 e da alínea c) do
artigo 23º do Regulamento (CE) n.º 1928/2006, quer as conclusões preliminares da missão para
aferição da qualidade do trabalho da Autoridade de Auditoria, nos termos do artigo 62.º do
Regulamento (CE) n.º 1083/2006;
b. Relativamente ao Fundo de Desenvolvimento Urbano (FDU), com a designação JESSICA, a Autoridade
de Gestão ainda não concluiu a definição dos procedimentos a aplicar. Esta despesa não tem qualquer
impacte nas despesas certificadas durante o ano civil de 2010.
A IGF concluiu que, com base no exame realizado, cons idera que, no período em análise, os s istemas de gestão
e controle estabelecidos para o sis tema comum onde se integra o POVT, respeitaram os requisitos
regulamentares aplicáveis e funcionaram de forma eficaz, de modo a dar garantias razoáveis de que as
declarações de despesas apresentadas à Comissão são corretas e, consequentemente, de que as transações
subjacentes respeitam a legalidade e a regularidade, exceto no que diz respeito ao seguinte.
Em resultado das auditorias realizadas pela Autoridade de Auditoria, foram efetuadas várias recomendações de
melhoria do funcionamento dos sistemas de gestão e controlo, algumas das quais ainda não foram totalmente
implementadas, entendendo nestes termos que, as deficiências por satisfazer afetam moderadamente os
requisitos essenciais do funcionamento dos sistemas de gestão e controlo, pelo que devem ser classificados na
Categoria 2, conforme previsto na Nota de Orientações sobre uma metodologia comum para avaliação dos
sistemas de gestão e controlo dos Estados Membros (documento COCOF 08/0019/00).
Nos termos referidos, foi emitido parecer com reservas sobre o funcionamento dos sistemas de gestão e
controlo estabelecidos para o Sistema comum FEDER constituído pelo POVT e pelo PO Assistência Técnica.
O Parecer anual emitido pela IGF em 22‐Dez‐2011 tem as mesmas conclusões referidas no citado Relatório.
Sobre as conclusões do referido Relatório convém referir os seguintes aspetos:
‐ O texto da Decisão de reprogramação do POVT, aprovada em 9 de dezembro de 2011, veio permitir o
adequado enquadramento da elegibilidade da citada operação POVT‐15‐0245‐FEDER‐0000018, cujo
beneficiá rio é o GEPE do MEC, pelo que a respetiva despesa é elegível;
Relatório de Execução | 2011
117
‐ Foi entretanto rececionado o relatório final da missão de controlo nº 2009/PT/REGIO/J4/785/5,
promovida pela Comissão Europeia, em 2010, assim como as conclusões preliminares no âmbito da
missão nº 2009/PT/REGIO/J4/785/7, realizada em 2011, não tendo sido identif icadas situações com
impacto materialmente relevante no funcionamento dos sis temas de gestão e controlo do sistema
comum no qual o POVT se enquadra;
‐ No que respeita à definição de procedimentos a aplica r re lativamente à Iniciativa JESSICA, é de referir
que foi já elaborada pelo IFDR em articulação com o BEI uma proposta de Manual de Procedimentos a
aplicar neste âmbito sobre a qual a IGF e a Comissão Europeia se irão pronuncia r;
‐ No que respeita às despesas não elegíveis apuradas nas auditorias sobre as operações, as mesmas
correspondem a 18.596.120,36 € de despesa irregular, consubstanciada em 15.806.702,20 € de Fundo,
tendo‐se já procedido à correção e recuperação da sua quase totalidade junto dos beneficiários,
estando por recuperar 7.031,28 €, conforme referido no ponto 2.1.5. do presente Relatório.
2.4 Mudanças no contexto da execução do Programa Operacional
O contexto de crise económica e financeira internacional continuou a marcar o ano de 2011, conjugada com o
processo de ajustamento da economia e das finanças públicas nacionais, confrontada com as ameaças de crise
da dívida soberana que se continuaram a sentir no âmbito mais vasto da União Europeia e que também
afetaram Portugal.
Neste contexto, os principa is indicadores de clima económico, regrediram com uma desaceleração do consumo
privado e do indicador de FBCF, na sequência das medidas de consolidação orçamental que foram sendo
adotadas desde 2010 e ao longo de 2011 e anunciadas para 2012.
O aspeto mais marcante do contexto socioeconómico que caracterizou 2011, foi a assinatura por parte do
Estado Português do Memorando de Entendimento sobre as Condicionalidades de Politica Económica. Trata‐se
de um programa político, onde se descrevem as condições gerais de política económica a cumprir pelo Estado
Português durante o período de assistência financeira (2011‐2014) da Comissão Europeia em conjunto com
Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.
São de destacar os objetivos de política orçamental, que foram fixados nomeadamente: a redução do défice
das Administrações Púbicas, a redução do rácio da dívida pública/PIB e a redução da despesa pública.
Relatório de Execução | 2011
118
Estes objetivos visam trazer novas e acrescidas dificuldades à realização dos investimentos públicos previstos e
aprovados no POVT, por dificuldade na obtenção da contrapartida nacional resultante da redução de dotações
orçamentais e da capacidade de obtenção de financiamentos.
Tendo em conta o referido e que a qualidade do investimento público é um fator determinante do seu
contributo para o crescimento económico do país a longo prazo, foram tomadas medidas para promover a
aceleração da execução das operações em curso no âmbito do QREN, sendo de referir neste âmbito as
inicia tivas previstas no 2º Memorando de Entendimento celebrado entre o Governo – Ministério da Economia,
da Inovação e do Desenvolvimento (MEID) e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) em
Fevereiro de 2011 e a operacionalização do Empréstimo – Quadro do Banco Europeu de Investimento (BEI),
anteriormente negociado, com vista a financiar a contrapartida nacional dos projetos co financiados pelo
FEDER e Fundo de Coesão.
Em relação ao 2.º Memorando de Entendimento celebrado com a ANMP, destacam‐se as seguintes iniciativas
com incidência no POVT:
Iniciativa 2: Aplicar em 2011 o aumento das taxas de cofinanciamento para 80% no Ciclo Urbano da Água no
Programa Operacional Valorização do Território e outras tipologias específicas de investimento municipa l.
Esta Iniciativa visou colmatar as dificuldades exis tentes para garantir a contrapartida naciona l dos projetos da
responsabilidade dos Municípios, suas associações e entidades participadas maiorita riamente pelos
Municípios. Desta forma estabeleceu‐se que durante o ano 2011 a taxa de cofinanciamento das operações,
enquadradas no Domínio de Intervenção – Ciclo Urbano da Água, em execução (que ainda não estejam física e
financeiramente encerradas) e para as novas aprovações, passava a ser de 80%.
Iniciativa 3 – Bonificar, para 85%, a taxa de cofinanciamento das despesas executadas e apresentadas em
2011.
De forma a estimular a apresentação a execução financeira das operações durante o ano 2011, estabeleceu‐se
que nas Operações do Domínio de Intervenção Ciclo Urbano da Água, a taxa máxima de cofinanciamento das
despesas executadas seria de 85%. Nos termos da alteração do Regulamento Especif ico deste Domínio, o
regime de majoração das taxas de cofinanciamento foi ainda aplicado a todas as operações, promovidas pelas
empresas do Grupo Águas de Portugal (AdP), desde o início da sua execução até ao final de 2011.
Iniciativa 4 – Apoiar o financiamento da contrapartida nacional pública nacional dos projetos de iniciativa
municipa l, através do Empréstimo Quadro do Banco Europeu de Investimento (BEI), no âmbito do QREN.
Relatório de Execução | 2011
119
No sentido de contribuir para minorar os efeitos negativos da conjuntura, em particular as dif iculdades de
acesso ao crédito, o Governo celebrou um contra to de Empréstimo – Quadro com o Banco Europeu de
Investimento, para financiamento da contrapartida pública nacional das operações aprovadas a
cofinanciamento pelo FEDER e pelo Fundo de Coesão. Este contrato previu condições de financiamento mais
favoráveis, beneficiando assim as Autarquias Locais e as entidades do sector empresarial autárquico, bem
como outras entidades que se enquadrem nas condições de acesso ao referido Empréstimo‐Quadro.
No Ponto 2.7.1 – Acompanhamento – Atividades da Gestão, poderá ser consultado um quadro‐resumo dos
pedidos e das aprovações de f inanciamento através do EQ‐BEI que foram decididas até ao fina l de 2011, no que
concerne aos projetos aprovados pelo POVT.
Será ainda importante referir neste capítulo, as grandes mudanças na execução do Programa que resultaram
da aprovação da reprogramação técnica do POVT, em dezembro de 2011, de entre as quais o aumento das
taxas de cofinanciamento prog ramadas (70% para 85% nos Eixo I a IV, de 70% para 84,42% no Eixo V e de 85%
para 96,76% no Eixo VI) e a transição de operações entre fundos (de FEDER para Fundo de Coesão) e entre
Programas Operacionais, visando a otimização da gestão do FEDER e do Fundo de Coesão e o aumento das
taxas de absorção e de execução deste último.
No entanto, dado que a reprogramação foi aprovada apenas no final do ano de 2011, os efeitos deste ano
foram bastante limitados, circunscrevendo‐se apenas à transição interna de operações do POVT dos anteriores
para os novos eixos resultantes da reprog ramação apenas foi possível realizar alguns dos acertos formais e
definir‐se a metodologia a adota r.
Ao nível regulamentar nacional, é de destacar as alterações introduzidas em 2011 no Regulamento Geral FEDER
e Fundo de Coesão que procuraram dar continuidade ao processo de simplificação iniciado nos anos
anteriores, particularmente quanto aos procedimentos associados aos beneficiários e operações, por exemplo
em matéria de requis itos de admissão e aceitação. Estas a lterações foram aprovadas através de deliberação da
CMC do QREN em 21/01/2011.
A deliberação da CMC do QREN de 21/12/2012 procurou também enquadrar algumas disposições decorrentes
do processo de reprogramação técnica do QREN verificado no ano de 2011, particularmente no que diz
respeito às alterações de elegibilidade de algumas tipologias de intervenção entre Prog ramas Operaciona is e
entre Fundos e à transição de operações entre Programas.
De igual modo se deu início ao processo de revisão dos Regulamentos Específicos aplicáveis aos POVT em
resultado da reprogramação aprovada no fina l de 2011, muito embora a conclusão desse processo tenha
ocorrido já em 2012.
Relatório de Execução | 2011
120
Constam do Anexo XIV as referências principais aos diplomas e deliberações dos Órgãos de Governação do
QREN e do POVT que foram mais re levantes para o contexto da execução do Programa Operaciona l referido no
presente ponto do Relatório.
Principal Legislação produzida ao longo de 2011 com relevância para o POVT
Durante o ano de 2011 foram publicados diversos diplomas legais, tanto a nível nacional como a nível
comunitário, com importantes repercussões na organização e funcionamento do POVT, de entre os quais
destacamos:
Legislação Comunitária:
≈ Regulamento (UE) n.º 1310/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Dezembro, que
altera o Regulamento (UE) n.º 1083/2006 do Conselho no que respeita à ajuda reembolsável, à
engenharia financeira e a certas disposições re lativas à decla ração de despesas;
≈ Regulamento de Execução (UE) N.º 1236/2011 da Comissão de 29 de Novembro de 2011, que
altera o Regulamento (CE) N.º 1828/2006 no que respeita a investimentos feitos através de
instrumentos de engenharia financeira;
≈ Regulamento (UE) n.º 1251/2011 da Comissão, de 30 de Novembro 2011, que altera as Diretivas
2004/17/CE e 2004/18/CE do Parlamento Europeu e do Conselho respeitante aos seus l imites de
aplicação no contexto dos processos de adjudicação de contratos.
≈ Regulamento (UE) n.º 1311/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Dezembro de
2011, que altera o Regulamento (CE) n.º 1083/2006 do Conselho no que diz respeito a
determinadas disposições referentes à gestão financeira relativamente a determinados Estados
Membros afetados ou ameaçados por g raves dificuldades de estabilidade financeira. A alteração
repercute‐se no artigo 77º.
Legislação Nacional:
Geral
≈ Lei n.º 55‐A/2010, de 31 de Dezembro, que aprova o Orçamento de Estado para 2011;
Relatório de Execução | 2011
121
≈ Porta ria n.º 4‐A/2011, de 3 Janeiro, que regulamenta os termos e a tramitação do parecer prévio
vinculativo dos membros responsáveis pelas áreas das finanças e da administração pública,
previsto no nº 2 do artigo 22º da Lei n.º 55‐A/2010, de 31 Dezembro;
≈ Decreto‐Lei nº 29‐A/2011, de 1 de Março 2011, que estabelece as Normas de Execução do
Orçamento do Estado para 2011;
≈ Decreto ‐ Lei n.º 86‐A/2011, de 12 Julho, que estabelece a Lei Orgânica do XIX Governo
Constitucional;
≈ Lei n.º 48/2011, de 26 Agosto, que procede à primeira alteração à Lei do Orçamento de Estado
para 2011, aprovado pela Lei n.º 55‐A/2010, de 31 de Dezembro;
≈ Lei n.º 53/2011, de 14 Outubro, que procede à segunda alteração ao Código do Trabalho,
aprovado em anexo à Lei nº 7/2009, de 12 Fevereiro, estabelecendo um novo sistema de
compensação em diversas modalidades de cessação do contrato de trabalho, aplicável apenas aos
novos contratos de trabalho;
≈ Lei nº 61/2011, de 7 de Dezembro, que procede à sétima alteração à Lei de Organização e
Processo do Tribunal de Contas, aprovada pela Lei nº 98/97, de 26 Agosto;
≈ Lei nº 64/2011, de 22 Dezembro, que modifica os procedimentos de recrutamento, seleção e
provimento dos cargos de direção superior da Adminis tração Pública, procedendo à 4ª alteração à
Lei n.º 2/2004, de 15 Janeiro, que aprova o Estatuto do Pessoal Dirigente dos serviços e
organismos da Adminis tração Central Regional e Local do Estado;
≈ Decreto‐Lei n.º 126‐C/2011, de 29 Dezembro, que estabelece a Lei Orgânica do Ministério da
Economia e do Emprego;
≈ Lei n.º 64‐C/2011, de 30 de Dezembro, que aprova a estratégia e os procedimentos a adota r no
âmbito da lei de enquadramento orçamental bem como a calendarização para a respetiva
implementação até 2015.
Específica
QREN
≈ Porta ria nº 169/2011, de 27 de abril, que altera os Estatutos do Instituto Financeiro
Desenvolvimento Regional;
≈ RCM nº 49/2011, de 27 Outubro, que determina que a Estrutura de Missão designada por
Observatório do QREN criada nos termos da RCM n.º 24/2008, de 13 Fevereiro, cujas
Relatório de Execução | 2011
122
competências se encontram previstas no artigo 8º do DL n.º 312/07, de 17 Setembro, fica na
dependência do Ministro das Finanças;
≈ Porta ria n.º 70/2011, de 9 Fevereiro, que estabelece os limites de auxílios de minimis;
≈ Despacho nº 3254/2011, relativo à nomeação do Engenheiro Germano Faria Martins como
Presidente do Conselho Executivo da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa;
≈ Despacho de 4835/2011, de 14 de Março, que assegura as condições para um adequado
encerramento do Fundo de Coesão e um reajustamento do exercício das funções de Coordenação
Nacional e de Gestão Setorial;
≈ Despacho n.º 6572/2011, de 04 de Abril de 2011, que fixa as condições de acesso e de utilização
dos financiamentos no âmbito do empréstimo quadro (EQ) contra tado entre a República
Portuguesa e o Banco Europeu de Investimento (BEI);
≈ Despacho n.º 10353/2011, que define a delegação de Competências do Ministro da Economia e
do Emprego no Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, António
Joaquim Almeida Henriques;
≈ Deliberação da CMC do QREN de 21 de Dezembro de 2011, relativa à alteração do Regulamento
Geral do FEDER e do Fundo de Coesão, na sequência da aprovação da reprogramação técnica do
QREN e dos Programas Operacionais.
Contratação Pública
≈ Decreto‐Lei n.º 104/2011, de 8 Outubro, que estabelece a disciplina aplicável à contratação
pública nos domínios da defesa e da segurança e transpõe a Diretiva n.º 2009/81/CE do
Parlamento Europeu e do Concelho de 13 de Julho;
≈ Porta ria n.º 103/2011, de 14 de Março, que procede à revisão das categorias de bens e serviços
cujos acordos quadro e procedimentos de contratação da aquisição são celebrados e conduzidos
pela ANCP, nos termos previstos nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 5.º do Decreto‐Lei n. º
37/2007, de 19 de Fevereiro;
≈ Decreto‐Lei n.º 40/2011, de 22 de Março, que estabelece o regime da autorização da despesa
inerente aos contratos públicos a celebrar pelas entidades adjudicantes nele referidas (revogando
os artigos 16.º a 22.º e 29.º do Decreto‐Lei n.º 197/99, de 8 de Junho);
≈ Resolução n.º 86/2011, de 30 de Março, que faz cessar a vigência do Decreto‐Lei n.º 40/2011, de
22 de Março, de 22 Março, que estabelece o regime de autorização da despesa inerente aos
Relatório de Execução | 2011
123
contratos públicos a celebra r pelo Estado, Institutos Públicos, Autarquias Locais, Fundações
Públicas, Associações Públicas e Empresas Públicas
Ambiente
≈ Decreto ‐ Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho, que altera o Regime Geral da Gestão de Resíduos e
Transpõe a Diretiva n.º 2008/98/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Novembro,
relativa aos res íduos.
Outros atos e acordos
≈ Programa de Ef iciência Energética na Adminis tração Pública‐ ECO.AP de forma a alcançar um
aumento da ef iciência energética de 20% até 2020;
≈ Memorando de Entendimento onde são estabelecidas as condições gerais da política económica
tal como contidos na Decisão do Conselho sobre a concessão de assis tência f inanceira da União
Europeia a Portugal
Principais Deliberações dos vários órgãos de Governação do POVT
Deliberações mais relevantes da Comissão Ministerial de Coordenação do QREN:
≈ Deliberação de 21 de Janeiro 2011, que altera o Regulamento Geral do Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional e do Fundo de Coesão.
Deliberações mais relevantes da Comissão Ministerial de Coordenação do POVT:
≈ Deliberação da CMC de 24 de Março de 2011, que aprova a revisão ao Regulamento Específ ico
«Prevenção e Gestão de Riscos»;
≈ Deliberação de 29 de Março de 2011, que aprova a revisão ao Regulamento Específico «Rede
Estruturante de Abastecimento de Água e Saneamento»;
Relatório de Execução | 2011
124
≈ Deliberação de 31 de Maio de 2011, que aprova a alteração ao Regulamento Específ ico
«Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva»;
≈ Deliberação de 31 de Maio de 2011, que aprova a alteração ao Regulamento Específico «Combate
à Erosão e Defesa Costeira»;
≈ Deliberação de 31 de Maio de 2011, que aprova a alteração ao Regulamento Específ ico
«Infraestruturas e Equipamentos Desportivos»;
≈ Deliberação de 02 de Junho de 2011, que aprova a Proposta de Reprogramação do QREN e dos
Programas Operacionais;
≈ Deliberação de 17 de Junho de 2011, que aprova o Relatório Anual de Execução POVT de 2010.
Deliberações mais relevantes da Comissão Diretiva do POVT
≈ Deliberação da Comissão Diretiva do POVT de 27 de Janeiro, que aprova o Plano de
Acompanhamento de Projetos relativos ao ano de 2010;
≈ Deliberação da Comissão Diretiva do POVT de 5 de Maio de 2011, que aprova a reprogramação de
Operações de Iniciativa Municipal (Eixo II – Rede Estruturante de Abastecimento de Água e
Saneamento), no âmbito da Iniciativa 2 do Segundo Memorando de Entendimento celebrado
entre o Governo e a Associação Nacional dos Municípios Portugueses;
≈ Deliberação da Comissão Diretiva do POVT de 14 de Setembro de 2011, que autoriza a aquisição
de Serviços para a Verificação da Conformidade Legal de Procedimentos de Contratação Pública,
Acompanhamento do Contencioso Judicia l e Acompanhamento Jurídico de processos de auditoria
relativos a projetos cofinanciados pelo POVT e Fundo de Coesão II;
≈ Deliberação da Comissão Diretiva do POVT de 16 de Dezembro de 2011, que aprova a transição de
operações entre Eixos Prioritá rios do POVT na sequência da aprovação da reprog ramação técnica
do POVT.
2.5 Alteração substancial na aceção do artigo 57º do Regulamento (CE) nº 1083/2006
Não foi verificada qua lquer alteração substancial ocorrida ao nível das operações, que tenha afetado a sua
natureza ou as suas condições de execução, ou tenha proporcionado uma vantagem indevida a uma empresa
ou a um organismo público em resultado, quer de uma mudança na natureza da propriedade de uma
infraestrutura, quer da cessação de uma atividade produtiva.
Relatório de Execução | 2011
125
2.6 Complementaridade com outros instrumentos ou iniciativas da União Europeia
2.6.1 Complementaridade com outros Programas
A organização operacional do QREN em termos da Agenda Temática para a Valorização do Território visa, entre
outros objetivos, reforçar a coerência e a complementaridade das intervenções cofinanciadas no âmbito do
POVT e os demais instrumentos de financiamento comunitá rio, designadamente os Programas Operacionais
Regionais (POR) e o Prog rama de Desenvolvimento Rural (PRODER).
Assim, considerando as complementaridades externas existentes em diversos domínios do POVT, foram criados
por inicia tiva da AG do POVT Grupos de Articulação Temática (GAT), que envolvem as Autoridades de Gestão
do POVT, dos POR e do PRODER, bem como de representantes das respetivas tutelas setoriais, nos termos
previstos nos Regulamentos Específicos dos Eixos / Domínios de Intervenção onde a complementaridade entre
Programas é mais relevante, no sentido de integrar na apreciação das candidaturas a análise conjunta das
potencialidades que as operações revelam em termos de complementa ridade e sinergias existentes ou
potenciais entre as operações a cofinancia r no âmbito do POVT e dos referidos Programas.
Os Eixos e Domínios de intervenção do POVT onde está prevista a intervenção dos GAT são os seguintes:
≈ Eixo II/Domínio de Intervenção – Proteção Costeira;
≈ Eixo II/Domínio de Intervenção – Recuperação do Passivo Ambiental;
≈ Eixo II e Eixo V/ Domínio de Intervenção – Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva;
≈ Eixo V – Desenvolvimento do Sistema Urbano Naciona l – Infraestruturas e Equipamentos
Desportivos.
Cada um dos referidos GAT integra representantes da Autoridade de Gestão do POVT e dos referidos
Programas Operacionais, bem como das entidades que tute lam e coordenam os respetivos sectores. Passamos
a apresentar seguidamente uma s íntese das principais atividades desenvolvidas no âmbito dos referidos GAT
em 2011.
Naquele ano, não existiram reuniões dos GAT constituídos para os Domínios de Intervenção “Proteção
Costeira” e “Infraestruturas e Equipamentos Desportivos”, dado que não existiu a aprovação de novas
candidaturas. A única candidatura aprovada no Domínio de Intervenção da “Proteção Costeira” constituía uma
intervenção de emergência, cuja apresentação foi determinada por Despacho do membro do Governo com
responsabilidades nesta área de intervenção.
Relatório de Execução | 2011
126
Recuperação do Pass ivo Ambiental
Para as seis candidaturas aprovadas no domínio de intervenção “Recuperação do Passivo Ambiental” do Eixo II,
não foi possível realizar a reunião presencial, no entanto, foi realizada a consulta escrita via pla taforma web,
quanto à complementa ridade das ações previstas nestas seis candida turas, com ações cof inanciadas pelos PO
Regionais.
Investimentos Estruturantes do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva
No ano de 2011, e nos termos do previsto no n.º 4 do artigo 8.º do Regulamento Interno do Grupo de
Articulação Temática (GAT), do domínio de intervenção “Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva”, foi
consultado uma vez o GAT, através de consulta escrita, para apreciação do critério de seleção
“Complementaridade das operações com as intervenções realizadas ou a realiza r com o apoio do FEADER”, o
qual tem por objetivo valorizar as operações em função do contributo que dão para a conclusão e interligação
das redes primárias, financiadas pelo POVT, com as redes secundárias, financiadas pelo PRODER, de modo a
garantir a operacionalização total dos sistemas.
A referida consulta, realizada em 03 de agosto de 2011 visou a apreciação da operação Circuito Hidráulico de
Pedrógão – Margem Direita, relativa ao primeiro circuito hidráulico do subs istema do Pedrogão, cujo
investimento permitirá a bombagem, o armazenamento e o transporte de água armazenada na albufe ira de
Pedrógão até à albufe ira de São Pedro.
Após a conclusão da referida consulta escrita, foi constatado que a complementaridade da operação com o
FEADER é muito relevante para o subsis tema do Pedrógão, permitindo a interligação entre a rede primária e
secundária e consequente operacionalização da rede secundária.
O GAT pronunciou‐se favoravelmente, tendo considerado que o contributo da operação para a
complementaridade entre a rede primária e a rede secundária é Muito Signif icativo, pelo que atribuiu a
pontuação de 4 – Muito Significa tiva.
Para além dos mecanismos de articulação estabelecidos já indicados, é ainda de referir o mecanismo de
articulação e de coordenação da complementaridade entre as intervenções financiadas através do POVT e do
PRODER, acordado entre a Autoridade de Gestão do POVT e a Comissão Europeia e instituído no âmbito da
Comissão de Acompanhamento do POVT, uma vez que é este o Programa do QREN que concentra o
financiamento do sistema primário do Alqueva, com o objetivo de:
≈ Apresentar um ponto de situação dos investimentos da rede primária e secundária do Alqueva
que estão a ser financiados pelo POVT e pelo PRODER;
Relatório de Execução | 2011
127
≈ Apresentar as perspetivas futuras e eventuais dif iculdades que possam existir na concretização do
EFMA;
≈ Esclarecer as questões relevantes em matéria de instrução dos Grandes Projetos notificados à
Comissão Europeia no âmbito do POVT.
Apresenta‐se no Anexo XV o ponto de situação a 31/12/2011, dos investimentos financiados pelo POVT, no
que respeita à rede primária e sua complementa ridade com os investimentos financiados pelo PRODER, no que
respeita à rede secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva.
Por último, é de referir que com a aprovação da reprogramação técnica do POVT, em dezembro de 2011,
ficaram reduzidas as complementaridades entre o POVT e os POR em domínios comuns da Agenda Temática
Valorização do Território, os passam a ter enquadramento ou só no Prog rama Temático ou só nos POR. É o
caso das intervenções do Ciclo Urbano da Água, da Recuperação de Passivos Ambientais, da Valorização de
Resíduos e das Ações Materiais da Prevenção e Gestão de Riscos que passaram a ser elegíveis exclusivamente
ao POVT.
Em face do exposto, a questão da complementaridade do POVT com outras Programas perde alguma
relevância no caso de projetos futuros, pelo que se admite a conveniência de, em 2012, rever os mecanismos
de articulação previstos, nomeadamente nos domínios da “Recuperação do Passivo Ambiental” e
“Infraestruturas e Equipamentos Desportivos”.
2.6.2 Instrumentos de Engenharia Financeira
A Iniciativa JESSICA foi concebida para promover os Fundos de Desenvolvimento Urbano (FDU), instrumentos
de engenharia financeira de apoio ao investimento no desenvolvimento urbano sustentável.
A 20 de Julho de 2009 foi celebrado o Funding Agreement, (onde são estabelecidos os termos de
funcionamento da Iniciativa JESSICA em Portugal) entre as Autoridades de Gestão do Programa Operacional
Temático Valorização do Território (POVT), do Programa Operacional Regional do Norte (POR Norte), do
Programa Operacional Regional do Centro (POR Centro), do Programa Operacional Regional de Lisboa (POR
Lisboa), do Programa Operacional Regional do Alentejo (POR Alentejo), do Programa Operacional Regional do
Algarve (POR Algarve), a Direcção‐Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) e o Banco Europeu de Investimento
(BEI).
Relatório de Execução | 2011
128
Nos termos do artigo 6.1 do Funding Agreement as Autoridades de Gestão dos Programas Operacionais (POVT,
POR Norte, POR Centro, POR Lisboa e Vale do Tejo, POR Alentejo e POR Algarve) e a Direcção‐Geral do Tesouro
e Finanças contribuem para o JESSICA Holding Fund com um montante total de 130 milhões de euros, cabendo
ao POVT uma participação tota l de 30 milhões de euros.
A participação do POVT no Acordo de Financiamento (Funding Agreement), através da dotação prevista no Eixo
V do Programa, visa permitir o investimento em Fundos de Desenvolvimento Urbano (FDU) destinados a apoia r
projetos de desenvolvimento urbano que tenham por fim objetivos de regeneração urbana e aumento da
competitividade das cidades, que criem oportunidades para a criação de novas formas de parceria público
privada e que contribuam para soluções inovadoras e sustentáveis para os problemas urbanos. Este
instrumento dará um contributo fundamental para os objetivos do Programa em matéria de Política de
Cidades, nomeadamente através do seu contributo para a estruturação do modelo territorial, em particula r
através das redes nacionais de infraestruturas e equipamentos e da dinamização da inovação na resposta aos
problemas e procuras urbanas. A gestão do Fundo cabe ao Banco Europeu de Investimentos (BEI), o que inclui
as seguintes atividades principais: desenvolvimento da estra tégia de investimento prevista no Acordo de
Financiamento; definição de critérios e metodologias de seleção dos Fundos de Desenvolvimento Urbano (FDU)
a constituir com o apoio do Fundo de participações; lançamento e realização dos processos de seleção dos
FDU; Apresentação de propostas de seleção ao Comité de Investimento; Monitorização e controlo das
operações e elaboração de Relatórios a apresentar ao Comité de Investimento.
A 6 de Novembro de 2010 o BEI lançou o “Convite à Manifestação de Interesse” (Call for Expressions of Inte rest)
que culminou a 11 de Outubro de 2011 com a assinatura dos Acordos Operacionais. Este concurso tinha como
objetivo selecionar as entidades privadas ou públicas interessadas na constituição dos FDU, veículos financeiros
através dos quais serão apoiados os projetos Urbanos no âmbito da Iniciativa JESSICA. O processo de seleção
realizou‐se em quatro fases:
Fase I – Seleção inicial (Novembro a Dezembro de 2010): nesta fase, com base em critérios formais, foram
admitidas 11 entidades (BPI, CGD, IHRU, Fundbox, Imorendimento, Montepio Geral, Refundos, Turismo de
Portugal, SRU Viseu Novo, Câmara Municipal de Viseu e Interfundos) tendo sido notificadas a apresenta r uma
proposta para a gestão de FDU;
Fase II – Analise e seleção das propostas (Dezembro de 2010 a Março de 2011): foram recebidas 7 propostas de
8 candidatos (BPI, CGD/IHRU, Fundbox, Imorendimento, Montepio Geral, Refundos, Turismo de Portugal) as
quais apresenta ram as suas propostas na forma de um “Plano de Negócios” onde definem a estratégia de
investimento do Fundo. Nesta fase foram aplicados os critérios de seleção, os quais foram objeto de aprovação
pela Deliberação da Comissão Diretiva do POVT de 21 de Outubro de 2010 e pela Comissão de
Acompanhamento do POVT, em 28 de Outubro de 2010. Com base na análise efetuada, a atribuição de fundos
JESSICA recaiu nas propostas apresentadas pelo BPI, CGD/IHRU e Turismo de Portugal.
Relatório de Execução | 2011
129
Fase III – Processo de Negociação (Abril a Outubro de 2011): esta fase cons istiu em após a avaliação das
propostas dar início às negociações visando o entendimento com os candidatos sobre os respetivos Acordos
Operacionais.
Fase IV ‐ Negociação do Acordo Operacional (Outubro de 2011): uma vez aceite pelo Comité de Investimento,
os candida tos selecionados foram convidados a negociar os termos e condições do Acordo Operacional a ser
assinado com o BEI. A assinatura dos Acordos Operacionais teve lugar no dia 11 de Outubro de 2011.
A proposta da CGD/IHRU foi a selecionada pelo BEI para o POVT.
No que respeita ao calendário de pagamentos o POVT já transferiu o montante FEDER de 30 milhões de euros
(montante total que lhe foi atribuído) para a JESSICA Holding Fund, sendo que a 1ª transferência foi rea lizada
em Setembro de 2010 pelo montante de 12.422.746,00€ e a 2ª transferência foi realizada em Janeiro de 2012
pelo montante de 17.577.254,00€.
Quanto aos custos de Gestão JESSICA – POVT, verificou‐se o seguinte:
Quadro nº 13 ‐ Custos de gestão do FDU
Ano 2010 Ano 2011
Custos BEI Movimentos na conta de retenção de Fees
Custos BEI Movimentos na conta de retenção de Fees
Saldo Inicial (Setembro)
Juros vencidos
Saldo Final* (Dezembro)
Saldo Inicial (Janeiro)
Juros vencidos
Saldo Final* (Dezembro)
143.444,50 € 566.787,79 € 485,79€ 423.829,08€ 288.493,27 € 423.829,08€ 2.109,15€ 137.444,96€
Notas:
Saldo final* = Saldo inicial +ju ros ‐ custos do BEI;
Apresenta‐se seguidamente uma s íntese das principais ações desenvolvidas em 2011 no âmbito da iniciativa
JESSICA em Portugal:
≈ Reunião do Comité de Investimento, em Coimbra no dia 19 de Janeiro de 2011, na qual foram
abordadas as seguintes questões:
≈ Informação sobre entidades pré‐qualificadas para a gestão de FDU;
≈ Apreciação e aprovação do Plano de Comunicação da Inicia tiva JESSICA em Portugal;
≈ Apreciação da “Nota sobre custos de gestão do JHFP”;
Relatório de Execução | 2011
130
≈ Apresentação do Orçamento anual e trimestral para 2011;
≈ Apreciação e aprovação do Modelo de Reporte.
≈ Reunião do Comité de Investimento, em Lisboa no dia 11 de Março de 2011, tendo na mesma sido
efetuada um ponto de situação dos trabalhos realizados pelo BEI e uma apresentação sucinta da
Proposta do BEI rela tiva à seleção de FDU e das respetivas Entidades Gestoras.
Envio no dia 23 de Março de 2011 da proposta da carta do BEI e respetivos anexos a todos os membros do
Comité de Investimento. Este documento procurou sintetizar a análise efetuada pelo BEI às candidaturas
selecionadas para os FDU resultando numa proposta que assenta na atribuição de fundos JESSICA ao BPI,
CGD/IHRU e Turismo de Portugal.
Tendo sido apresentado o seguinte cenário:
Quadro nº 14 ‐ Fundos JESSICA a atribuir
Unidade: Milhões €
Nível FDU
Fundos JESSICA a atribuir
Nível FDU
Cofinanciamento
Proposto
Nível FDU
Fundos
sob gestão
Nível Projeto
Cofinanciamento
Proposto
Total de
Fundos
Disponíveis
FEDER DGTF Total (A) (B) (A)+(B)
BPI 40 24 64 0 64 64 128
Norte 30 16 46 0 46 46 92
Alentejo 10 8 18 0 18 18 36
CGD 50 1 51 45 96 80 176
POVT 30 0 30 27 57 45 102
Centro 20 1 21 18 39 35 74
TdP 10 5 15 16 31 0 31
Lisboa 5 5 15
11 31
0 31
Algarve 5 5 0
Total 100 30 130 61 191 144 335
≈ Reunião do Comité de Investimento em Évora no dia 7 de outubro de 2011, tendo s ido analisados
os seguintes assuntos:
Relatório de Execução | 2011
131
≈ Apreciação dos Acordos Operacionais negociados com as entidades gestoras de Fundos de
Desenvolvimento Urbano selecionadas;
≈ Ponto de situação do Manual de procedimentos e das Ajudas de Estado no âmbito da Inicia tiva
JESSICA.
≈ A assinatura formal dos Acordos Operacionais entre o BEI e as entidades gestoras dos FDU teve
lugar do dia 11 de Outubro de 2011, na Feira Internacional de Lisboa.
2.7 Acompanhamento e avaliação
2.7.1. Acompanhamento
Neste ponto será apresentada a informação re lativa à atividade desenvolvida em 2011 ao nível dos vários
órgãos de gestão do Programa, bem como as principais decisões adotadas.
Autoridade de Gestão
A atividade desenvolvida pela Autoridade de Gestão do Programa em 2011 ficou marcada por três aspetos
fundamentais:
≈ Meta de execução fixada em 40% do Fundo programado, de acordo com o objetivo definido pela
Comissão Ministerial de Coordenação do QREN, o que levou a uma grande concentração de
esforços nas tarefas tendentes a acelerar o nível de execução do Programa;
≈ Reprog ramação para uma taxa de cofinanciamento de 80% das operações promovidas por
Municípios, Associações de Municípios e outras entidades da esfera municipal e a inda não
concluídas fís ica e financeiramente e majoração das despesas apresentadas durante o ano 2011
com uma taxa de cofinanciamento de 85%, no âmbito do 2º Memorando de entendimento
celebrado entre o Governo Português e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP)
em 11 de Fevereiro de 2011. No caso do POVT, esta medida excecional de aceleração da execução
foi aplicável às operações da Rede Estruturante de Abastecimento de Água e Saneamento;
≈ Reprog ramação técnica do POVT, que teve como principal objetivo o aumento da taxa média de
cofinanciamento do Programa para 85%, de modo a assegurar que os reembolsos realizados pela
Comissão Europeia sejam realizados a uma taxa superior à anterior (70%) e abarcou alguns outros
aspetos de organização do POVT, tais como: a reorganização dos Eixos Prioritá rios do POVT,
concentrando as tipologias de intervenção relativas às infraestruturas de transportes e aos
sistemas ambientais nos Eixos I e II, respetivamente e passando a integrar apenas 6 Eixos
Relatório de Execução | 2011
132
Prioritá rios; Alargamento do âmbito das elegibilidades do Fundo de Coesão (FC) no POVT para
intervenções anteriormente previstas no FEDER; Concentração nos PO Regionais de elegibilidades
relativas a Ações Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano, Infraestruturas e Equipamentos
Desportivos e Requalif icação de escolas do 2º e 3º ciclo do ensino básico; Alargamento da
elegibilidade territorial aos beneficiá rios e das operações localizados nas regiões de Lisboa e
Algarve para todas as tipologias que passam a ser elegíveis ao Fundo de Coesão. O POVT passou a
prever ainda novas elegibilidades ‐ Intervenções de controlo e risco contra cheias (Regiões do
Continente) – enquadráveis no novo E ixo II/ Prevenção e Gestão de Riscos e Correções torrenciais
(Região Autónoma da Madeira) – enquadráveis no novo Eixo IV. Foi ainda decidida uma redução
de 316 Milhões de Euros de FEDER no POVT, servindo de contrapartida ao reforço do Fundo Socia l
Europeu no POPH.
Com o objetivo central de promover o aumento da execução financeira do Programa, foram tomadas diversas
medidas ao longo de 2011, que passaremos a referir de acordo com a sua natureza:
Medidas que visaram a s implificação de procedimentos e a racionalização de meios e de circuitos e o
aumento da eficácia e da eficiência da gestão
≈ Implementação de um módulo de “Gestão de Contra tos” no Sistema de Informação do POVT
(SIPOVT) em Outubro de 2011.
≈ Dispensa da elaboração e apresentação dos Documentos de Enquadramento Estratégico (DEE) no
âmbito das operações do antigo Eixo II e extinção da Estrutura de Apoio e Coordenação,
coordenada pelo INAG, IP9, com o objetivo de acelerar a aprovação e execução das operações do
antigo Domínio de Intervenção “Rede de Abastecimento de Água e Saneamento”, no âmbito das
medidas adotadas no 2º memorando de entendimento entre o Governo Português e a ANMP.
Boas Práticas de Gestão
Com o objetivo de otimizar e tornar mais eficiente a verificação da regularidade dos
procedimentos de contratação pública, uma vez que, de acordo com o sistema de controlo
9 Na sequência do processo de reestruturação do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT) e das entidades por ele tuteladas, o Instituto da Água foi integrado na nova Agência Portuguesa do Ambiente.
Relatório de Execução | 2011
133
interno implementado no POVT, sem a validação inicial de cada procedimento não é possível a
validação de qualquer despesa relativa a esse procedimento e o consequente pagamento aos
beneficiá rios, foi implementado um módulo de “Gestão de Contratos” no Sistema de
Informação do POVT (SIPOVT) em Outubro de 2011. Este módulo tem como objetivo a
submissão pelos beneficiários, de forma estruturada, dos documentos rela tivos aos
procedimentos de adjudicação que suportam as despesas a executar no âmbito das
operações. A normalização do conjunto de documentos que deve ser submetido re lativamente
a cada tipo de procedimento de adjudicação minimiza os tempos de verif icação por via da
redução de pedidos adiciona is que muitas vezes eram efetuados e possibilitando, deste modo,
a mais rápida validação do procedimento e da despesa e o respetivo pagamento, assegurando,
igualmente, maior fiabilidade, concentração e facilidade de acesso a essa documentação.
Medidas de aumento das taxas de co financiamento e de financiamento da contrapartida pública nacional:
Para fazer face às dificuldades de disponibilização de recursos financeiros nacionais necessários à execução
financeira e maximizar a utilização do financiamento comunitá rio em condições mais favoráveis ao incremento
da execução das operações aprovadas, nomeadamente as de iniciativa pública, foi implementado um conjunto
de medidas comunitárias e nacionais, de entre as quais destacamos as seguintes:
≈ A nível comunitário, é de destaca r o Regulamento (UE) n.º 1311/2011, de 13 de Dezembro, que
estabelece uma derrogação rela tiva às regras comuns de cálculo dos pagamentos intermédios e
dos pagamentos do saldo fina l dos Prog ramas Operacionais dos Estado Membros que estejam
abrangidos por prog ramas de assistência financeira. Assim, os pagamentos intermédios e os
pagamentos do saldo final são aumentados em dez pontos percentuais acima da taxa de co‐
financiamento aplicável a cada eixo prioritário, sem exceder 100%, a aplicar ao montante das
despesas elegíveis inscritas de novo em cada declaração de despesas certificada apresentada
desde a data de entrada em vigor do referido programa de assistência financeira e até 31 de
Dezembro de 2013;
≈ Na sequência da celebração do contrato de Empréstimo‐Quadro entre o Governo Português e o
Banco Europeu de Investimentos (BEI), a seguir designado por EQ‐BEI, no valor de 1.500 M€,
visando o financiamento da contrapartida nacional dos projetos cofinanciados, foi disponibilizada
um primeira tranche de 450 M€ para financiamento da contrapartida nacional associada à
execução das operações aprovadas no âmbito do QREN, quer de iniciativa pública, quer de
inicia tiva privada. Para aplicação da 1ª tranche, foram selecionados projetos de iniciativa pública
com contrapartida nacional exclusivamente pública.
Relatório de Execução | 2011
134
≈ No âmbito deste processo e no período que decorreu entre 12/05/2011 e 28/06/2011, foram
propostas pela Autoridade de Gestão do POVT, 55 operações, para enquadramento na
componente PIDDAC, com contrapartida nacional a ser financiada através do EQ‐BEI, proposta
essa que consubstanciou já o respetivo parecer sobre a verificação das condições de elegibilidade
de tais operações à luz dos requis itos estabelecidos no Despacho n.º 6572/2011, de 04 de Abril.
≈ No mesmo período, foi realizada a submissão dos pedidos de financiamento reembolsável pelas
entidades interessadas através de plataforma informática desenvolvida pelo IFDR para esse efeito,
tendo a Autoridade de Gestão do POVT emitido parecer relativamente a 106 pedidos,
nomeadamente sobre a respetiva elegibilidade face às condições estabelecidas no Despacho n. º
6572/2011.
≈ Das 161 propostas submetidas, e ainda em 2011, foi tomada uma decisão favorável sem
condicionantes relativamente a 19 operações com um financiamento reembolsável equivalente a
42,3 milhões de euros e 53 operações com f inanciamento inscrito no PIDDAC, no montante de
44,5 milhões de euros. Das operações que se candidataram a financiamento reembolsável, 53
foram cons ideradas elegíveis, mas a decisão favorável ficou condicionada ou adiada para 2ª fase
de atribuição do financiamento correspondente à 1ª tranche. Esta mesma situação ocorreu no
caso de uma das operações com financiamento da contrapartida nacional inscrita no PIDDAC.
Apresenta‐se seguidamente Quadro‐Resumo dos pedidos e das aprovações de financiamento através do EQ‐
BEI que foram decididas até ao final de 2011.
Quadro nº 15 – Financiamentos concedidos no âmbito do EQ‐BEI aos projetos aprovados no POVT
unid:eu ros
nº Valor nº Val or nº Val or
Propostas e pedidos de financiamentoapre sentados
(1) 161 230.938.656 106 177.614 .820 55 53.323 .836
Propos tas e pedidos de fina nci amento aprova dos(1ª fase da 1 º tranche)
(2) 72 86.769.232 19 42 .2 92.243 53 44.476 .98 9
Propos tas e pedidos de financiamento nãoaprovados (*)
(3) 35 24.177.777 34 24 .1 19.622 1 58.155
Propos tas e pedidos de fi nanci amento a submetera del iberaçã o em momento posteri or (*)
(4) 47 86.611.850 46 77 .8 24.880 1 8.786.970
Propos tas e pedi dos de fi nanciamento comdecis ão favorável de financiamento condi ci onadaao resu ltado de a náli ses compl ementares emcurso (*)
(5) 7 31.408.491 7 31 .4 08.491
(*) os va lores indicados são os solicita dos nas proposta s/pedidos de financiamento
TotalPed ido de
fi nanciamento reembols ável
Propos tas de f inanciamento P IDDAC
Relatório de Execução | 2011
135
Dentro das medidas adotadas pela AG do POVT para o mesmo objetivo geral de agilizar os pagamentos aos
beneficiá rios e contribuir para o aumento da execução f inanceira das operações aprovadas podemos destaca r
as seguintes:
≈ Alteração do Regulamento Específico do Domínio de Intervenção “Rede de Abastecimento de
Água e Saneamento” do antigo E ixo II do POVT, de modo a incorporar as orientações do 2º
Memorando de entendimento celebrado entre o Governo Português e a ANMP, para prever,
excecionalmente e até ao final de 2011, a aprovação das operações promovidas por Municípios,
Associações de Municípios e outras entidades da esfera municipal com uma taxa de
cofinanciamento de 80% e a majoração em 5 pontos percentuais do cofinanciamento das
despesas apresentadas em pedidos de pagamento apresentados até ao f inal de 2011, relativos a
operações que não estivessem física e financeiramente concluídas (encerradas).
Esta alteração também abrangeu as operações promovidas pelas empresas do Grupo Águas de
Portugal, SGPS, S.A., prevendo‐se a majoração da taxa de comparticipação para 85% sobre as
despesas apresentadas e a apresentar no âmbito das operações já aprovadas e a aprovar durante o
ano de 2011, sem alteração da comparticipação comunitária prevista. Esta majoração transitória
da taxa de cofinanciamento destinou‐se a aliviar a necessidade de contrapartida nacional, no
decurso da fase inicial e mais intensa de rea lização das operações e a l ibertar verbas, que
contribuem para um aumento do ritmo de investimento.
≈ Alteração do Regulamento Específico “Prevenção e Gestão de Riscos”, prevendo o aumento para
85 % da taxa de co ‐financiamento das operações aprovadas e que não se encontrem física e
financeiramente concluídas (encerradas) e a aprovar, executadas pelos organismos do Ministério
da Administração Interna, com grandes volumes de investimento a realizar ‐ Autoridade Naciona l
de Proteção Civil e Direção ‐Geral de Infra ‐estruturas e Equipamentos;
≈ Alteração do Regulamento Específico “Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva”, para
prever novas formas de adiantamento, cons iderando as dificuldades que foram reportadas pela
nº Valor nº Val or nº Val or
Taxa de admi ss ibil idade [(2) + (4) + (5)]/(1) 78% 89% 68% 85% 98% 100%
Taxa de aprovação (2)/(1) 45% 38% 18% 24% 96% 83%
Taxa de não a provação (3)/(1) 22% 10% 32% 14% 2% 0%
(*) a ta xa de adm issibi l idade r eflete a s todas a s propostas/pedidos de financiamento em condições de e le gib i lidade (incluindo os que a inda nã o foram decid idos)
TotalPedido de
fi nanciamento reembol sável
Propostas de financ iamento P IDDAC
Relatório de Execução | 2011
136
EDIA — Empresa de Desenvolvimento e Infra ‐Estruturas do Alqueva, S. A., no que respeita à
mobilização da contrapartida nacional, em especial em operações de montante mais elevado;
≈ Alteração do Regulamento específico “Infraestruturas e Equipamentos Desportivos”, com a
introdução de uma alteração na taxa máxima de co ‐f inanciamento aplicável à tipologia de
operações «Equipamentos especializados» que constituam Centros de Apoio ao Desporto de Alto
Rendimento, designados por CAR, os quais são prioritários no âmbito do referido Regulamento
Específico”, que passou para 85%;
≈ Prioridade conferida nas atividades de gestão, à verificação dos pedidos de pagamento e à
emissão de Autorizações de Pagamento a enviar ao IFDR para concretização dos pagamentos
(verificando‐se prazos de análise rela tivamente curtos, conforme constam do quadro nº 16);
≈ Incremento do recurso à modalidade de pagamentos a título de adiantamento aos beneficiários,
baseados em Faturas, de modo a disponibilizar um acréscimo de liquidez aos beneficiários, capaz
de promover a aceleração da execução financeira das operações.
Quadro nº 16 – Prazos médios de análise de pedidos de pagamento
Medidas que visaram uma melhor articulação com os beneficiários e acompanhamento das operações
aprovadas:
Neste âmbito é de referir sobretudo a atitude de maior proximidade e de contacto com as entidades
beneficiá rias que foi sendo aprofundada ao longo do tempo, com grande relevância em 2011, destinada a
promover uma melhoria da qualidade dos projetos e um acompanhamento mais intenso da execução das
Tipologia de Pedido de Pagamento Prazo médio de análise (dias)
Adiantamentos Assistência Técnica 10
Adiantamentos "Contra‐Factura" 29
Regularização de Adiantamento "Contra‐Factura" 16
Regularização de Adiantamento 43
Reembolso 31
Saldo Final 44
Pagamento JESSICA 2
Total POVT 26
Relatório de Execução | 2011
137
operações aprovadas e das dificuldades verif icadas na sua realização. São exemplos de medidas com estes
objetivos a realização e reuniões técnicas com os beneficiários, a solicitação de previsões de execução
financeira e de explicação dos desvios, entre outros.
No que respeita ao acompanhamento no local das operações aprovadas, são apresentadas seguidamente as
principais atividades realizadas em 2011, pela Autoridade de Gestão e pelos Organismos Intermédios.
Na sequência da apreciação geral da metodologia a adotar para a realização das ações de acompanhamento
que já foi concluída no final do ano de 2010, em Janeiro de 2011, procedeu‐se à seleção das operações do
Plano de Acompanhamento de 2010, cujo procedimento de contratação pública foi realizado ao longo de 2011
e culminou com a seleção da entidade que irá proceder à sua realização, com a coordenação da Autoridade de
Gestão do POVT. Não obstante esta situação que limitou em 2011, o âmbito das ações de acompanhamento,
foram rea lizadas por esta Autoridade de Gestão e pelos organismos Intermédios as ações de acompanhamento
que se identif icam no quadro nº 19 do ponto 2.7.4 Controlo e Auditoria deste relatório.
Participação em Reuniões g lobais do QREN
No que respeita à participação em reuniões globais de monitorização da implementação do QREN, há que
referir as seguintes iniciativas nas quais a AG do POVT participou:
≈ Encontro Anual entre a Comissão Europeia e as Autoridades de Gestão dos Programas
Operacionais FEDER e Fundo de Coesão, realizado em Lisboa, em Novembro de 2011, no qua l
foram foi feita uma apreciação da execução global e por Fundo, à data de 30 de Setembro de
2011, incluindo o cumprimento da Regra N+3, e do ponto de situação dos Grandes Projetos. Nesta
reunião, foi ainda apresentada informação sobre os seguintes aspetos: Medidas adotadas para
reforçar a execução e respostas do QREN à situação económica atua l; Ponto de situação das
Reprog ramações; apresentação detalhada, pelo IFDR e pela IGF, das auditorias já efetuadas ou a
decorrer, e dos seus principais resultados em termos de Contratação Publica; ba lanço sobre os
eventos anuais; ponto de situação sobre o Empréstimo Quadro do BEI e ponto de situação sobre a
inicia tiva JESSICA.
Foi ainda realizada no âmbito desta reunião o Encontro Bilateral entre a CE – DG REGIO – e a
Autoridade de Gestão do POVT, na qual foram abordadas, entre outras, as seguintes questões:
ponto de situação da resposta às questões colocadas pela CE relativamente a alguns Grandes
Projetos, na qual a AG referiu as respostas que já tinham sido enviadas e apresentou um
planeamento dos Grandes Projetos que se previa vir a notifica r brevemente. A CE referiu que
Relatório de Execução | 2011
138
todos os Grande Projetos que irão trans itar de FEDER para Fundo de Coesão deverão ser
reenviados à CE com a alteração de Eixo Prioritá rio/Fundo e da taxa de cofinanciamento.
Ainda nesta reunião foi abordada a situação do E ixo Prioritário III, relativo aos Equipamentos
Estruturantes da Região autónoma dos Açores e da possibilidade de submissão de Grandes
Projetos cujo financiamento esteja acima da dotação do Eixo para aprovação em regime de
overbooking. A CE referiu que a Decisão sobre esses GP apenas tem em conta a dotação de fundo
programada para o Eixo, uma vez que a gestão do overbooking nacional cabe ao Estado‐Membro.
Foi ainda referido pela AG do POVT que o Grande Evento anual 2010/2011, teria lugar no dia 5 de
Dezembro e que a Autoridade de Gestão estava a preparar os termos de referência para lançar o
concurso público relativo à Avaliação Interca lar.
A Comissão solicitou que o nível de verif icações de gestão no local (artigo 13° do Regulamento
n°1828/2006) seja aumentado, cobrindo uma maior percentagem de despesa, uma vez que
durante o ano de 2010 foi muito reduzido, tal como foi indicado no relatório anual. A AG assumiu
o compromisso de assegurar esse aumento logo que fosse possível a adjudicação de serviços
externos para esse efeito, uma vez que esta AG não dispõe de recursos internos suficientes para o
efeito.
A Autoridade de Gestão referiu ainda que o cumprimento da Regra N+3 em relação ao FEDER já
estava assegurado para o ano de 2012 e que o cumprimento desta em relação ao Fundo de
Coesão estava assegurado para o ano de 2011, prevendo‐se ainda o cumprimento da Regra N+2
em 2012, com o efeito de transição dos projetos dos PORegionais, no âmbito da reprogramação
técnica do QREN e a execução esperada das operações.
Tendo em vista a preparação da Reprogramação Técnica do QREN, foram ainda realizadas
diversas reuniões técnicas no âmbito da CMC do QREN, que envolveram o Observatório do QREN,
o IFDR, a Autoridade de Gestão do POVT, os Organismos Intermédios e os principa is beneficiá rios
do Programa, no sentido de delinear as orientações que presidiram à referida reprogramação.
Já na sequência da aprovação da referida reprogramação e para operacionalização da mesma no
que respeita à transição das operações aprovadas entre o POVT e os Prog ramas Operacionais
Regionais e daqueles Prog ramas para o POVT, foram realizadas diversas reuniões técnicas com a
participação do IFDR e de cada um dos PO envolvidos, com o objetivo de serem definidas
metodologias e procedimentos tendo em vista a referida trans ição, concretamente no que
respeita à transferência de informação entre Sistemas de Informação.
Relatório de Execução | 2011
139
Descrição dos Sistemas de Gestão e Controlo
Neste âmbito consideram‐se relevantes as alterações decorrentes da aplicação da legislação nacional e
comunitária, bem como as orientações e revisão resultantes das necessidades de aperfe içoamento do Sistema.
Assim, foram revistos os procedimentos e adotadas as medidas que a seguir se descrevem:
Quadro nº 17 ‐ Procedimentos e medidas adotadas pela Autoridade de Gestão durante o ano de 2011
Guidance note on finan cial engineering instruments under article 44 of Council Regulation (EC) Nº 1083/2006
Guidance Note CE 21‐02‐2011
Sistema de gestão de devedores – Orientações técnicas‐ Entrada em funciona mento, registos em SIPOVT
Ordem Serviço nº18
18‐03‐2011
Alteração do Regulamento Específico do Domínio Prevenção e Gestão de Riscos, alteração taxa de cofinanciamento comunitário em todos os projetos já executados e a executar por Organismos do MAI ‐ ANPC e DGIE
Deliberação da CMC de 24‐03‐
2011 24‐03‐2011
Revisão do Regulamento Específico do Eixo II ‐ Rede Estruturante de Abastecimento de Água e Saneamento, introduzindo alterações nas taxas de cofinan ciamento aplicáveis, decorrentes do Memorando de Entendimento celebrado entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses.
Deliberação da CMC de 29‐03‐
2011 29‐03‐2011
Revisão dos Regulamentos Específi cos dos seguintes Domínio s de intervenção do POVT: “Combate à Erosão e Defesa Costeira” do Eixo III, Eixo VI “Investimentos Estruturantes do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva” e “Infraestruturas e Equipamentos Desportivos” do Eixo IX do POVT.
Deliberação da CMC de 31‐05‐
2011 31‐05‐2011
Nota da Comissão Europeia: Respeito das regras em matéria de auxílios estatais no processo de e xecuçã o dos Programas Operacionais.
Nota CE de 10‐11‐2011
10‐11‐2011
Decisão da Comissão Europeia que altera a Decisão C(2007)5110 que adota o Programa Operacional Valorização do Território 2007‐2013 de intervenções comunitárias do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e Fundo de Coesão a título do objetivo de convergência em Portugal.
Decisão CE C(2011)93 34 09‐12‐2011
Alteração do Regulamento Geral FEDER e Fundo de Coesão Deliberação CMC
QREN 21‐12‐2011
Relatório de Execução | 2011
140
Nota Técnica sobre a utilização de materiais de armazém em operações cofinan ciadas pelo POVT.
Informação 860/2011/POVT com Despacho de
27‐12‐2011
37‐12‐2011
É ainda de referir que a Autoridade de Gestão do POVT cumpriu os procedimentos definidos pela Autoridade
de Auditoria, nesta matéria, tendo enviado ao IFDR a identificação das alterações com relevância no Sistema de
Gestão e Controlo e procedido em 09 de Novembro de 2011 ao envio da descrição do sistema de gestão e
controlo revista, com a identificação das alterações, em “track‐changes”. Foi‐nos comunicada pelo IFDR em 9
de Fevereiro de 2012 a sua aceitação, pelo que foram aceites todas as alterações introduzidas e a versão
atualizada da descrição do sis tema de gestão e controlo do POVT foi referenciada com a data de 30 de
Setembro de 2011.
Sistema de Informação
O desenvolvimento aplicacional e de manutenção evolutiva e corretiva do Sistema de Informação do POVT
(SIPOVT) envolveram em 2011 os seguintes trabalhos e componentes de desenvolvimento:
Componente I – Manutenção evolutiva e corretiva do SIPOVT
Foram realizados, nesta componente, vários desenvolvimentos com vista à implementação de novas
funcionalidades que respondem às necessidades identif icadas pelos diversos utilizadores do SI ou à correção de
problemas detetados.
À semelhança do que vem sendo referido nos re latórios anteriores todas as operações e respetivos pedidos de
pagamento e pagamentos são tratados integralmente em SIPOVT, o que permite que os processos de
Certif icação de Despesas enviados ao IFDR com vista à elaboração dos Pedidos de Pagamento Intermédios
sejam realizados através de webservice. A comunicação dos Grandes Projetos e do Sistema Contabilístico de
Dívidas para o IFDR também é fe ita via SIPOVT para o SIQREN.
Dentro da componente I, relativa à manutenção evolutiva do SIPOVT, o ano de 2011 destaca‐se essencialmente
pela adaptação do Sistema aos seguintes desenvolvimentos:
≈ Aplicação das Iniciativas 2 e 3 do 2º Memorando de entendimento celebrado entre o Governo
Português e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) em 11 de Fevereiro de
2011 (reprogramar no Circulo Urbano da Água para uma taxa de cofinanciamento de 80% as
operações promovidas por Municípios, Associações de Municípios e outras entidades da esfera
Relatório de Execução | 2011
141
municipal e ainda não concluídas física e financeiramente e majora r as despesas apresentadas
durante o ano 2011 com uma taxa de cofinanciamento de 85%);
≈ Criação na plataforma de Front‐Office de um módulo de “Gestão de contratos”, que permite aos
beneficiá rios a submissão online dos procedimentos de adjudicação, sendo que esses elementos
ficam estruturados e imediatamente disponíveis para visualização, análise e validação em Back‐
office. Este módulo permitiu a normalização do conjunto de documentos que devem ser
submetidos relativamente a cada tipo de procedimento de adjudicação e uma melhor
comunicação com o beneficiá rio através do envio de e‐mails ou da possibilidade de consulta do
estado de validação dos contratos, otimizando assim os tempos de verificação por via da redução
de pedidos adicionais que muitas vezes eram efetuados devido a processos incompletos, e
possibilitando, deste modo, a mais rápida validação da despesa (que tem subjacente a validação
dos contratos a que respeitam) e o respetivo pagamento.
≈ A reprogramação técnica do POVT, aprovada pela Decisão da Comissão C (2011) 9334, de 9‐Dez‐
2011., implicou alterações signif icativas na estrutura de eixos do Prog rama e, por inerência, a
transição de candidaturas e operações do POVT da anterior para a nova estrutura (por via da
recodificação dos Eixos e Domínios, e consequentemente, das próprias candidaturas e operações).
Implicou, também, a transição de operações entre o POVT e os Programas Operacionais
Regionais, obrigando um trabalho relativamente complexo e exaustivo de articulação e migração
de dados entre diferentes Sistemas de Informação, que no final de 2011 ainda não estava
concluído.
Componente II – Implementação da plataforma analítica de extração de dados (Business Intelligence)
A documentação de arquitetura técnica e arquitetura funcional (plano de projeto e Caderno Específico de
Requisitos), apresentada em 2010, foi apreciada favoravelmente e aceite pela Autoridade de Gestão em
Janeiro de 2011, iniciando‐se os trabalhos de desenvolvimento e Implementação da plataforma analítica de
extração de dados. A aceitação fina l da implementação da pla taforma, após a realização de testes e correção
das situações identificadas nesse âmbito, ocorreu em Outubro, de 2011, altura em que entrou em exploração,
(ainda que condicionada à realização de um conjunto de ajustamentos de correntes das alterações que, em
simultâneo, se introduziram no SIPOVT por via da reprogramação técnica do Programa (ver, a este propósito, o
que se referiu no ponto anterior, re lativo à componente I.
Componente III – Implementação de solução de gestão documental
Relatório de Execução | 2011
142
No que respeita a esta componente, durante o ano de 2011 foi instalado o licenciamento do software e foram
efetuadas ações de formação aos utilizadores on‐job. Contudo, por via de novos desenvolvimentos
implementados no Sistema de Informação do POVT relativos à submissão eletrónica da documentação de
procedimentos de contratação e em resultado do volume de documentação das operações a trans itar dos
Programas Operacionais Regionais na sequência da reprogramação técnica do Programa, optou‐se por adiar a
entrada desta componente em produção para um momento imedia tamente subsequente à conclusão dos
trabalhos rela tivos à reprog ramação técnica do programa.
Organismos intermédios e Subvenções Globais
O POVT conta com cinco Organismos Intermédios (OI) que realizam atividades delegadas pela Autoridade de
Gestão em diversos Eixos e Domínios específicos, nos termos dos Contratos de Delegação de competências
celebrados em 2008, conforme referido no Ponto 1. Apresentação do Programa Operacional do presente
Relatório.
Apresentamos seguidamente uma síntese das principais atividades exercidas por cada um dos Organismos
Intermédios no ano de 2011:
Direção Regional do Planeamento e Fundos Estruturais – DRPFE
Este Organismo Intermédio (OI) tem um contrato de delegação de competências com Subvenção Global para a
gestão do E ixo III (após reprogramação técnica) do POVT – “Redes e Equipamentos Estruturantes na Região
Autónoma dos Açores”, o qual conta com uma dotação global de 110 milhões de euros de Fundo de Coesão,
após reforço de 40 milhões de euros efetuado no âmbito da referida reprog ramação, destinados a melhorar os
níveis de eficiência e de segurança do transporte marítimo no arquipélago dos Açores e aumentar os níveis de
proteção ambiental no domínio dos recursos hídricos e dos resíduos, assim como o aproveitamento dos
recursos renováveis na produção de energia elétrica. Não foi possível em 2011 rever o contrato de delegação
de competências, para revisão do montante da dotação de Fundo e atualização, o que se prevê realizar em
2012.
A intervenção deste OI no ano de 2011, complementar à que é exercida no âmbito da gestão do FEDER inscrito
no Programa Regional PROCONVERGÊNCIA, enquadrou‐se na atividade normal de gestão das operações
cofinanciadas, de acompanhamento e ações de divulgação.
Relatório de Execução | 2011
143
Em 2011 foram apresentadas duas candidaturas no âmbito do Eixo III do POVT, as quais no final do ano
estavam ainda em análise, uma respeitando à construção da Central de Tratamento e Valorização de Resíduos
da ilha Terceira, promovida pela TERAMB ‐ Empresa Municipal de Gestão e Valorização Ambiental da i lha
Terceira, EEM, e a outra respeitando ao Projeto VALORISM ‐ Ecoparque da Ilha de São Miguel, promovido pela
Associação de Municípios da Ilha de São Miguel. Este último projeto previsto na lis ta indicativa do POVT (ponto
7.4 do texto do Programa) na revisão aprovada pela CE em Dezembro de 2011.
Tendo em conta que o montante de financiamento global do Fundo de Coesão destes dois projetos ascendem
a 92 milhões de euros e que a dotação disponível do Eixo é de 35 Milhões de euros, o OI aguarda pelo reforço
da dotação do eixo III que foi solicitado para que a aprovação destas candidaturas seja viabilizada.
Foram ainda aprovadas em 2011 duas novas operações: uma que visa o Reordenamento do Porto da Madalena
e outra que visa a construção dos Centros de Processamento de Resíduos de Santa Maria, São Jorge, Pico e
Faial e Selagem/remoção de lixeiras, somando‐se às anteriormente aprovadas que visam a Requalificação e
reordenamento da frente marítima da Horta e Requalif icação Ambiental das Bacias Hidrográficas das Lagoas
das Furnas e Sete Cidades.
O valor de Fundo de Coesão comprometido com projetos aprovados no final de 2011 ascende a 82 milhões de
euros, correspondendo a 74% da dotação do Eixo em que se inscrevem. Deste montante, estavam executados
até ao final do ano 2011 mais de 34 milhões de euros registando à data de 31 de Dezembro de 2011 (um
acréscimo de cerca de 190% face ao ano anterior, o que situa a taxa de execução deste Eixo em 31,1%, acima
da média do Fundo de Coesão (21%).
Os pagamentos efetuados em 2011 pelo OI aos beneficiários ascenderam a 19,8 milhões de euros, perfazendo
um total acumulado de 34,8 milhões de euros, o que é compatível com a execução f inanceira tota l registada.
Em função destes valores de execução e nos termos do Protocolo celebrado entre a Autoridade de Pagamento
(IFDR), a Autoridade de Gestão e o Organismo Intermédio, inerente ao contrato de delegação de competências
com subvenção global, o IFDR procedeu à transferência adicional de 20 milhões de euros a favor da DRPFE,
perfazendo os 40,25 milhões de euros inscritos no quadro nº 6 do ponto 2.1.2 deste Relatório.
O Tribuna l de Contas Europeu promoveu uma auditoria no âmbito da Decla ração de Fiabilidade ao exercício de
2010 do POVT, que incidem sobre um conjunto de operações, do POVT, tendo sido selecionada a operação
Requalif icação Ambiental das Bacias Hidrográf icas das Lagoas das Furnas e Sete Cidades.
Em sede de relatório final foi identif icado um total de despesa irregular no montante de 202.868,22 €, a que
corresponde o montante de FC de 172.437,99 €. A situação foi devidamente corrigida encontrando‐se o
montante recuperado.
Relatório de Execução | 2011
144
Foram também realizadas três ações de acompanhamento às operações Requalif icação Ambiental das Bacias
Hidrográficas das Lagoas das Furnas e Sete Cidades, Requalificação e Reordenamento da Frente Marítima da
Cidade da Horta e Reordenamento do Porto da Madalena.
No que respeita às medidas adotadas para assegurar a informação e publicidade, o OI privilegiou a divulgação
via Website do PO CONVERGÊNCIA Açores, no qual foi criada uma área para o Eixo III do POVT, assim como no
Portal Açores uma página dedicada ao POVT, que contém informação rela tiva ao Programa, projetos
aprovados, beneficiários, montantes e link para o website do POVT.
Instituto de Desenvolvimento Regional – IDR
Este Organismo Intermédio tem um contrato de delegação de competências com Subvenção Global para a
gestão do Eixo IV (após reprogramação) do POVT – “Redes e Equipamentos Estruturantes na Região Autónoma
da Madeira”, o qual conta com uma dotação global de 100 Milhões de euros de Fundo de Coesão, destinados a
consolidar as estruturas de gestão ambiental de 1ª geração, contribuir para a diminuição das emissões de CO2
e garantir reservas energéticas e melhorar os níveis e eficiência e de segurança do transporte terrestre e
marítimo e destinados ainda a uma nova prioridade, introduz ida no âmbito da reprog ramação técnica do
POVT: corrigir as vulnerabilidades da Ilha da Madeira, em matéria de prevenção e gestão de riscos, no que
respeita a torrentes a aluviões em zonas críticas.
A intervenção deste OI no ano de 2011, complementar à que é exercida no âmbito da gestão do FEDER inscrito
no Programa Regional, enquadrou‐se na atividade norma l de gestão das operações cofinanciadas no âmbito do
Eixo IV do POVT, ações de acompanhamento e ações de divulgação.
Destaca‐se no ano 2011, o envolvimento do Organismo Intermédio nos trabalhos respeitantes à
Reprog ramação do Eixo da RAM no contexto da reprogramação do Programa.
Merece um especia l enfoque a operação apresentada e aprovada em 2011, da responsabilidade da Valor
Ambiente – Gestão e Administração de Resíduos da Madeira, SA, designada por “3ª Fase do Aterro Sanitá rio da
Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos da Meia Serra”, com um f inanciamento Fundo de Coesão de 5,9
milhões de Euros para um montante de investimento elegível de 8,5 milhões de Euros.
Esta operação, conjuntamente com as outras duas candidaturas aprovadas – Ligação em Via Expresso ao Porto
do Funchal e Infraestruturas do porto de Porto Santo – leva a que o montante comprometido do Eixo ascenda a
46 milhões de euros (46% do total do Eixo), estando disponível para aprovação de novos projetos uma verba
total de Fundo de Coesão de 54 milhões de euros.
Relatório de Execução | 2011
145
A execução financeira registada no ano 2011, muito pouco expressiva face ao ano anterior, é resultante
sobretudo das dificuldades de f inanciamento resultantes da atual conjunta económico‐f inanceira da APRAM,
entidade beneficiária da operação “Infraestruturas do porto de Porto Santo”, uma vez que a operação Ligação
em Via Expresso ao Porto do Funchal encontra‐se concluída desde o final de 2010. Tal situação levou a um
exercício de reavaliação de todas as componentes do projeto que estão por realiza r o que conduz iu à
preparação (em curso) de uma proposta de reprogramação temporal, física e f inanceira do projeto.
Por outro lado, a operação aprovada em 2011, embora com uma execução fís ica de cerca de 18%, só foi
contratada em Dezembro, pelo que já não foi possível apresenta r execução financeira naquele ano.
Não houve, por esta razão, qualquer transferência durante o ano de 2011 ao abrigo do Protocolo celebrado
entre a Autoridade de Pagamento (IFDR), a Autoridade de Gestão e o Organismo Intermédio, no âmbito do
contrato de delegação de competências com subvenção global.
A taxa de execução financeira do Eixo IV era no final de 2011, de 34,4%, refletindo por um lado a baixa taxa de
compromisso (46%) e a alta taxa de realização financeira dos projetos aprovados (74,95%).
Ao longo do ano 2011 a atividade do OI, centrou‐se também no acompanhamento das auditorias
desencadeadas nos anos anteriores, a saber:
≈ A auditoria realizada em maio de 2010, no âmbito da auditoria em operações realizada pelo IFDR,
tendente à verificação de despesa certif icada entre 1/01/2009 e 31/12/2009, e da qual resultou
apenas uma recomendação relativa ao prazo para justif icação de adiantamentos.
≈ A auditoria realizada em setembro de 2010, no âmbito da Decla ração de Fiabilidade (DAS 2010),
pelo Tribunal de Contas Europeu, ao projeto “Infraestruturas do Porto do Porto Santo”, e que teve
enfoque sobretudo na análise custo benefício do projeto e nos procedimentos em vigor,
associados à validação dos projetos geradores de receitas
No decurso do ano 2011 regista ram‐se ainda as seguintes auditorias:
≈ a auditoria promovida pelo IFDR, em Maio de 2011 tendo em vista a verificação da despesa
certif icada no período de 1/1/2010 a 31/12/2010 no âmbito dos dois projetos da RAM;
≈ a auditoria realizada pela IGF nos dias 26 e 27 de Outubro de 2011 para supervisão da auditoria de
operações no âmbito do FEDER e do Fundo de Coesão, que abrangeu os dois projetos aprovados
no Eixo IV do POVT.
Relatório de Execução | 2011
146
No período a que se reporta o relatório é também de salientar que não foi efetuado qualquer registo no
sistema de gestão de devedores e de tratamento de irregularidades pontuais ou sistémicas, disponibilizado
pelo IFDR.
No que respeita às medidas adotadas para assegurar a informação e publicidade, o IDR realizou diversas ações
de divulgação sobre os projetos aprovados. Um exemplo dessa divulgação foi o destaque dado à execução do
Eixo IV do POVT na 4ª edição da revista “Espaço Global”, considerado um veículo de excelência de informação
anual sobre os Programas de cofinanciamento comunitá rio na Região Autónoma da Madeira, tendo em conta a
abrangência do target deste meio de comunicação.
Foram também realizadas 10 sessões informativas realizadas em estabelecimentos de ensino da região, nas
quais foram apresentados os projetos aprovados, bem como três exposições empresariais da Região Autónoma
da Madeira.
Ainda no âmbito da semana da Europa, o IDR realizou uma exposição de rua (de 9 a 13 de maio), onde foram
divulgados os vários Programas e em particula r o POVT. Tratou‐se de uma ação direcionada ao público em
geral (aproximadamente a 120 mil pessoas). O OI aderiu igualmente à iniciativa da Rede de Comunicação do
QREN, com a divulgação de postais no âmbito da campanha do Dia da Europa e filmes nas caixas de
multibanco.
No ano em apreço, este OI manteve a sua forma de atuar com os beneficiários, privilegiando sobretudo o
contacto direto e regula r com as entidades, dadas as claras vantagens que o procedimento origina ao nível da
eficiência e da eficácia na gestão e acompanhamento dos projetos. Este acompanhamento é particularmente
relevante no que respeita à instrução das candidaturas, nomeadamente aos documentos com maior
complexidade, como são o caso da Análise Custo Beneficio (ACB) e Estudos Económico‐Financeiros.
Importa por fim regis tar a participação ativa e assídua dos técnicos da EAT nas ações de formação promovidas
pela AG do POVT e também pelo IFDR (muito pertinentes também para gestão dos projetos POVT) bem como a
participação nas reuniões e no trabalho desenvolvido no seio da Comissão de Acompanhamento do POVT,
destacando‐se a participação de representantes do IDR na Ação de divulgação de Resultados do POVT
promovida pela AG em dezembro de 2011 e na Ação de Formação sobre o novo módulo do SIPOVT: “Gestão de
Contratos”.
Estrutura de Missão para a Gestão de Fundos Comunitários do Ministério da
Administração Interna – EMGFC do MAI
Este Organismo Intermédio tem um contra to de delegação de competências para a gestão do Domínio de
Intervenção “Prevenção e Gestão de Riscos” do Eixo II do POVT – Sistemas Ambientais e de Prevenção, Gestão
Relatório de Execução | 2011
147
e Monitorização de Riscos (após reprogramação), o qual conta com uma dotação global estimada de 175
Milhões de euros de Fundo de Coesão, destinados à melhoria do sistema nacional de proteção civil,
aumentando a sua resiliência, designadamente através do reforço das infraestruturas, equipamentos, meios e
instrumentos necessários a todas as fases do processo de proteção civil, com um enfoque especial na
prevenção e gestão de riscos naturais e tecnológicos.
A intervenção deste OI no ano de 2011 enquadrou‐se na atividade normal de gestão das operações
cofinanciadas no âmbito do referido Domínio de Intervenção, ações de acompanhamento e de divulgação.
No que respeita a decisões sobre candidaturas apresentadas, a atividade do OI durante o ano de 2011 centrou‐
se no universo de propostas apresentadas no âmbito do 4º período de apresentação de candidaturas, que
decorreu entre Junho e Outubro de 2010, tendo sido decididas, em 2011, 71 candidaturas, 51 aprovadas (das
quais 37 contratadas) e 20 não admitidas.
Em 2011, foram ainda contratadas 3 operações re lativas ao 2º período de abertura que decorreu entre
Dezembro de 2008 e Março de 2009 e 5 relativas ao 3º período de abertura que decorreu entre Julho de 2009
e Outubro de 2009.
No decorrer do quinto período para apresentação de candida turas (POVT‐35‐2011‐41), que teve lugar entre 17
e 28 de Janeiro de 2011, destinado às tipologias de operações enquadradas na alínea f) do n.º 1 do artigo 4.º
do respetivo Regulamento Específico ‐ Equipamento operacional de proteção civil e veículos para operações de
socorro de proteção civil ‐ foi apresentada apenas uma candidatura pela Autoridade Nacional de Proteção Civil,
tendo a mesma s ido alvo de desis tência em 4 de Fevereiro do mesmo ano.
A atividade da EMGFC estevem também fortemente centrada no acompanhamento financeiro das operações
contratadas, contribuindo para o acréscimo da despesa validada e do correspondente Fundo, que atingiu os
45,6 milhões de euros, o que revela um crescimento de 119% face à posição financeira deste domínio de
Intervenção no final de 2010.
No f inal de 2011, a s ituação do domínio de intervenção “Prevenção e Gestão de Riscos” era a seguinte: volume
global do Fundo de Coesão comprometido com projetos aprovados: 119 milhões de euros, o que representa
68% da dotação global estimada no contrato de delegação de competências. A execução financeira acumulada
de Fundo ascendia a 46 milhões de euros, o que representa uma taxa de execução financeira de 26%.
No ano de 2011, a EMGFC realizou ainda cinco ações de acompanhamento a projetos financiados (ver ponto
2.7.4 – Controlo e Auditoria ‐ Quadro nº 19 ‐ Ações de verificação no local realizadas em 2011).
No que respeita às medidas adotadas para assegura r a informação e publicidade, a EMGFC tem vindo a
assegurar a transmissão de orientações aos beneficiá rios sobre as obrigações decorrentes do financiamento
Relatório de Execução | 2011
148
Comunitário, em matéria de informação e publicidade. Para além da divulgação nos s ites
http://www.fundoscomunitários.mai.gov.pt e http://www.qren‐mai.info/ index.html, durante o ano de 2011,
foram desenvolvidas diversas ações de informação e publicidade junto dos beneficiários, nomeadamente,
reuniões parcelares com diversas Associações Humanitárias de Bombeiros, Municípios e Governos Civis e várias
reuniões bilaterais, com ANPC e DGIE, para informações e esclarecimentos.
Foram ainda realizadas Cerimónias de Assinatura de Contratos de Financiamento e Ações de Sensibilização dos
Beneficiários para uma boa execução das Operações (uma no 2º trimestre e duas no 3º trimestre do ano).
Direcção‐Geral do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Urbano – DGOTDU10
A Autoridade de Gestão do POVT assinou em 17 de Maio de 2008 um Contrato de Delegação de Competências
com a DGOTDU, no qual delegou neste Organismo Intermédio algumas das suas competências relacionadas
com a gestão do Domínio de Intervenção “Ações Inovadoras para o desenvolvimento Urbano” do Eixo V do
POVT (após reprogramação técnica), o qual tem por objetivo financiar projetos‐piloto que traduzam a aplicação
de soluções inovadoras suscetíveis de dar resposta aos problemas urbanos e às novas procuras urbanas,
contribuindo para o desenvolvimento de comunidades urbanas sustentáveis.
Recorde‐se que à DGOTDU cabe, na sua dupla qua lidade de organismo técnico nacional responsável pela
implementação da Política de Cidades POLIS XXI e de Organismo Intermédio de gestão das “Ações Inovadoras”
no âmbito do POVT, orienta r a sua atuação no sentido de ampliar os benefícios deste Instrumento de Política e
do investimento público que lhe está associado.
As competências delegadas neste OI incluem, nomeadamente, a divulgação deste instrumento da Política de
Cidades pelos potenciais beneficiá rios, apreciação das condições de admissão e do mérito das candidaturas
submetidas, de acordo com os critérios definidos, bem como o acompanhamento da execução das operações
aprovadas, na perspetiva do conteúdo técnico das operações.
A atividade desenvolvida pela DGOTDU em 2011 no âmbito da Seleção, uma vez que não foram abertos novos
procedimentos concursais, concretizou‐se essencialmente na preparação e assina tura de alguns contratos de
financiamento que não tinham sido assinados anteriormente e pelo apoio à resolução de condicionantes
relativas às operações do 2º concurso realizado para a seleção de candidaturas.
10 No âmbito do PREMAC, o Decreto ‐Lei n.º 7/2011, de 17 de Janeiro, aprovou a fusão da Direção‐Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano e do Instituto Geográfico Português, para dar lugar à Direção‐Geral do Território (DGT).
Relatório de Execução | 2011
149
A atividade desenvolvida pela DGOTDU em 2011 no âmbito do acompanhamento das operações contratadas,
consubstanciou‐se nas seguintes ações:
≈ Contactos e apoio aos beneficiários na execução das operações;
≈ Apoio e aná lise de pedidos de reprogramação das operações que foram apresentadas;
≈ Reuniões de trabalho com a AG do POVT e com os beneficiários;
≈ Elaboração de pontos de situação mensais para o conjunto das operações;
≈ Análise dos pedidos de Des istência e rescisões contratuais.
Durante o ano de 2011, foram iniciados e instruídos diversos processos de reprogramação de operações, todos
por proposta dos beneficiários.
Ainda foram desencadeados em 2011 os processos de rescisão do contrato de financiamento das operações,
cuja manifesta inatividade material e financeira o circunstanciou e o encaminhamento das desistências por
inicia tiva dos beneficiá rios.
No que respeita às medidas adotadas para assegurar a informação e publicidade, são de referir as seguintes
atividades desenvolvidas em maior detalhe no capítulo 6 deste Relatório.
É de salientar que em setembro de 2010 foi alterado o contra to de delegação de competências celebrado com
a DGOTDU, tendo, a competência rela tiva à verificação dos procedimentos de contratação pública passado a
ser realizada, pela AG, assim como a comunicação com os beneficiários, nesta matéria e em matérias
relacionadas com a execução financeira das operações e o acompanhamento das operações no local,
continuando cometido à DGOTDU o acompanhamento das operações e dos beneficiários nas componentes
técnicas da sua especia lidade.
Por último é de referir que, no âmbito da reprog ramação técnica do POVT, aprovada em Dezembro de 2011, o
domínio de intervenção “Ações Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano” passou para o âmbito de
intervenção dos POR, pelo que não serão apresentadas novas candida turas neste domínio.
Relatório de Execução | 2011
150
Instituto Nacional da Água, IP ‐ INAG11
A Autoridade de Gestão do POVT assinou com o Instituto da Água, IP (INAG) um Contrato de Delegação de
Competências no qual delegou neste Organismo Intermédio algumas das suas competências relacionadas com
a gestão do Domínio de Intervenção “Ciclo Urbano da Água” do Eixo II (após reprogramação técnica),
designadamente para efeitos da verif icação do cumprimento dos requisitos técnicos de admissão e da
legislação aplicável no domínio do ambiente, análise económico – f inanceira dos projetos e apreciação do
mérito das candidaturas submetidas, assim como o acompanhamento fís ico das operações, no respeita aos
aspetos técnicos da sua especialidade, enquanto Autoridade Nacional da Água, que tem por missão propor,
acompanhar e assegurar a sua gestão sustentável, bem como garantir a efetiva aplicação da Lei da Água.
É de salientar que, através do Despacho nº 14/MAOT/2011, de 31 de Maio de 2011, do Ministério do Ambiente
e Ordenamento do Território, foi extinta a Estrutura de Apoio e Coordenação, que era coordenada pelo INAG, e
dispensada a apresentação dos Documentos de Enquadramento Estratégico (DEE) pelos beneficiários do antigo
Eixo II. Esta medida teve como objetivo s implif icar e acelera r o processo de aprovação e a execução das
operações deste Domínio de Intervenção, dada que a escassez de recursos humanos, quer do INAG quer das
Administrações das Regiões Hidrográficas, IP, impediam a apreciação em tempo útil daquele documento.
Em 2011 foi concluído o processo de análise do 1º aviso de Abertura, sendo que as 3 candidaturas que se
encontram por decidir, têm questões que se prendem com o fa to de serem da responsabilidade de empresas
privadas concessionárias dos Municípios e por esse motivo, ter que ser fundamentado e demonstrado o
benefício público decorrente do cofinanciamento comunitá rio.
No que respeita às candidaturas que entraram ao abrigo do 2º Aviso, o processo de análise também se
encontrava praticamente concluído, no fina l de 2011, estando apenas 2 candidaturas em análise.
Relativamente a este Aviso, o OI concluiu a apreciação de 37 candida turas durante o ano 2011, o que foi
bastante re levante.
Ainda durante o ano de 2011, o INAG participou no Grande Evento Anual do POVT, realizado no dia
05/12/2011 no LNEC, com o tema “Contributo do POVT para o PEAASAR II”.
As medidas adotadas para assegurar a informação e publicidade passam essencialmente pelo site criado para o
efeito (http://oi.inag.pt) e interlocução com os beneficiários.
Comissão de Acompanhamento
11 Na sequência do processo de reestruturação do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT) e das entidades por ele tuteladas, o Instituto da Água foi integrado na nova Agência Portuguesa do Ambiente.
Relatório de Execução | 2011
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Durante o ano de 2011, foi realizada a 6ª reunião da Comissão de Acompanhamento (CA) – a 22 de Junho em
Lisboa, cujas deliberações, com maior relevância, se indicam de seguida:
≈ Análise e aprovação da proposta de reprogramação técnica do POVT;
≈ Apreciação e aprovação do Relatório Anual de Execução de 2010 do Programa.
Posteriormente, em 21 de julho de 2011, foi realizada uma consulta escrita à Comissão de Acompanhamento,
onde foi aprovada a revisão dos indicadores dos Eixos Prioritá rios no âmbito da reprog ramação técnica do
POVT aprovada em Junho.
Em 20 de janeiro de 2012, foi dado conhecimento aos membros da Comissão de Acompanhamento da Decisão
C (2011) 9334, de 9 de Dezembro, através da qual foi aprovada a reprogramação técnica do POVT e das
questões colocadas pela CE neste âmbito e respostas dadas pela AG.
Outras Parcerias
Durante o ano de 2011 e na sequência das diversas parcerias que o POVT estabeleceu com outras entidades,
considerando por um lado, a complementa ridade existente entre os diversos domínios de intervenção da
Agenda Temática Valorização do Território e as intervenções financiadas, pelo POVT e pelo PRODER e por outro
lado, a diversidade setorial das intervenções financiadas abrangendo áreas de atuação que vão desde o
ambiente às infraestruturas sociais e de ensino, foram desenvolvidas as atividades que seguidamente se
detalham:
Autoridades Ambienta is12
≈ Durante o ano de 2011, a ERSAR apoiou o POVT e o INAG na confirmação da manutenção do
equilíbrio de partida das concessões, para efeitos de decisão pela Autoridade de Gestão, de
financiamento de operações de iniciativa de entidades privadas (concessionárias de serviços
públicos de água e saneamento) no Domínio de Intervenção “Ciclo Urbano da Água”.
≈ É ainda de referir a estre ita articulação estabelecida com Organismos com competência s
ambientais a nível nacional e regional, como é o caso das CCDR, das ARH e do Instituto de
Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) aos quais se tem recorrido no sentido de
12 Na sequência do processo de reestruturação do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT) e das entidades por ele tuteladas, o Instituto da Água e as Administrações das Regiões Hidrográficas (ARH) foram entretanto integrados na nova Agência Portuguesa do Ambiente.
Relatório de Execução | 2011
152
acompanhar os aspetos do licenciamento que, se demasiado demorados, se podem tornar críticos
na execução das operações;
≈ Neste âmbito deve sublinhar‐se mais uma vez o papel desempenhado pelo INAG no apoio que
prestou ao POVT na verif icação e conf irmação destes aspetos durante a análise das candida turas e
execução das infraestruturas, ao detetar lacunas e confirmar conteúdos e de um modo geral,
conferindo segurança a um processo que, no caso de operações de maior dimensão geográfica e
com múltiplas infraestruturas, se revela bastante complexo;
≈ A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) tiveram
uma intervenção direta na emissão dos pareceres técnicos nas seis operações aprovadas no
âmbito do Domínio de intervenção “Recuperação de Passivos Ambientais”: duas operações são
relativas a recuperação ambiental (APA) e quatro relativas à recuperação de minas abandonadas
(DGEG, entidade l icenciadora das mesmas). Estas entidades também deram apoio em matérias de
especificidade técnica relacionadas com as suas áreas de intervenção, nomeadamente sobre os
normativos aplicáveis em matéria de ambiente e l icenciamento das operações.
Outras entidades:
≈ Instituto do Desporto de Portugal: o POVT conta com o apoio técnico deste Instituto para a
emissão de Pareceres técnicos sobre as candidaturas do domínio do “Desporto” e para a
confirmação da boa execução técnica dos projetos aprovados. Com o objetivo de verificar a
execução dos projetos de projetos re lativos ao “Primeiro Relvado” tendo em vista o seu
encerramento, este Instituto realizou em 2011 a projetos localizados nas Regiões do Norte, Centro
e Alentejo, que tiveram como objetivo verifica r as condições em que as operações foram
executadas, tendo em vista o seu encerramento;
≈ Direções Regionais de Educação: no âmbito da apreciação de reprogramações financeiras em alta
de 14 escolas do ens ino básico (2º e 3º ciclo), o POVT contou com a colaboração das Direções
Regionais de Educação do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo, para a avaliação da pertinência das
solicitações de reforço de financiamento, nomeadamente a conf irmação de que as condições
evocadas pelos beneficiá rios para a necessidade do reforço eram tecnicamente justificáveis;
≈ De destacar as atividades no âmbito dos Grupos de Articulação Temáticos (GAT), referidas no
ponto 2.6.1 Complementaridade com outros Programas deste re latório e ainda das atividades
desenvolvidas pelo INAG e pela Direção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento
Relatório de Execução | 2011
153
Urbano (DGOTDU)13 enquanto Organismos Intermédios do POVT, atividades essas já referidas
anteriormente neste ponto.
De destacar ainda, a atividade do Comité de Investimento da Iniciativa JESSICA em Portugal, no qual participam
a AG do POVT e dos POR e a Direção‐Geral do Tesouro e Finanças e que tem como principal missão a decisão
sobre a seleção dos Fundos de Desenvolvimento Urbano a apoiar no âmbito deste ins trumento de engenharia
financeira, e que é referida no ponto 2.6.2. Instrumentos de Engenharia Financeira deste Relatório.
Ao nível da promoção da igualdade e no âmbito do Plano para a Igualdade do Género do Ministério das Obras
Públicas, Transportes e Comunicações, o POVT deu sequência à meta definida naquele plano para o 1º
trimestre de 2011, nomeadamente através da publicitação no site do l ink para o Portal da Comissão para a
Igualdade de Género, alertando para a inclusão da dimensão Igualdade de Género na linguagem escrita e visual
dos Serviços do ex‐MOPTC, conferindo igualmente a devida re levância à informação sobre estas matérias.
No 2º trimestre, implementou‐se uma medida relacionada com o levantamento de cerca de 100 modelos de
documentos utilizados pelos seis Serviços que integram a EIIGMOPTC (Equipa Interdepartamental para a
Igualdade do Género do MOPTC), entre os quais o POVT. A abordagem metodológica adotada relevou a
questão identitária através da igualdade de tratamento dos sexos masculino e feminino, o que implica tornar o
sexo feminino visível na linguagem, atualmente invisível, na maioria dos casos. Pretende‐se promover o uso de
formas masculinas para designar homens, de formas femininas para designar mulheres e das duas formas para
designar homens e mulheres. Da documentação analisada, propôs‐se algumas alterações no sentido de tornar
a respetiva linguagem mais inclusiva, em termos de Igualdade de Género.
Em outubro de 2011, foi lançado um Guia orientador para uma linguagem promotora da Igualdade de Género,
onde são propostas algumas normas orientadoras, simples e pragmáticas, de substituição de formas
linguísticas por novas formas, que proporcionem uma comunicação mais inclusiva, através de dois princípios
fundamentais: a visibilidade e a simetria dos géneros feminino e masculino. Este guia tem também como
objetivo alertar para a importância da a lteração progressiva da linguagem, de uma forma concertada em todos
os Serviços da Adminis tração Pública, em respeito pelo direito de homens e de mulheres à representação
linguística da sua identidade.
Em novembro de 2011, foi elaborado um trabalho através de diapositivos sobre a promoção de uma linguagem
mais inclusiva, visando um maior impacto visual sobre esta temática, com o objetivo de sensibilizar os Serviços
do ex‐MOPTC para a necessária visibilidade do género feminino na linguagem.
13 No âmbito do PREMAC, o Decreto ‐Lei n.º 7/2011, de 17 de Janeiro, aprovou a fusão da Direção‐Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano e do Instituto Geográfico Português, para dar lugar à Direção‐Geral do Território (DGT).
Relatório de Execução | 2011
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2.7.2 Avaliação
O Plano de Avaliação do POVT, elaborado no seguimento dos trabalhos desenvolvidos no âmbito da Rede de
Avaliação do QREN (2007‐2013) – composta pelo Observatório do QREN, que a coordena, e por representantes
dos Centros de Raciona lidade Temática e dos Centros de Observação das Dinâmicas Regionais, do IFDR, do
IGFSE e das Autoridades de Gestão dos Prog ramas Operacionais –, foi submetido à Comissão Ministerial de
Coordenação deste Programa em 6 de Novembro de 2008 e aprovado por esta em 25 de Novembro de 2008.
Este Plano, que se inscreve no Plano Global de Avaliação do QREN (PGA), foi objeto de revisão, em 2009 e
2010, com o intuito de ajusta r o seu cronograma de realização ao calendário indicativo previsto para os dois
exercícios de avaliação que contempla:
≈ Avaliação da operacionalização do POVT (2007‐2009) no contexto da estratégia do QREN, com o
objetivo geral de avaliar o modo de operacionalização do POVT na prossecução das prioridades
estratégicas do QREN, a realizar até ao final do 2º trimestre de 2010;
≈ Avaliação Interca lar do POVT (2007‐2010), com o objetivo de avaliar a performance e o impacte
do POVT a meio do seu período de vigência, a realizar até ao fina l de 2012.
No final do ano 2011, o Plano de Avaliação do POVT sofreu um ajustamento no calendário de realização da
Avaliação Intercalar, fazendo avançar o lançamento desta avaliação, antes previsto para o 3º trimestre de
2011, para 1º semestre de 2012 e a sua conclusão para o f inal de 2012.
Para este efeito, foi já iniciado em 2012 o procedimento destinado à aquisição externa de serviços (concurso
público) tendo sido solicitado ao Ministério das Finanças – o Observatório do QREN submeteu à consideração
da tutela deste Ministério uma proposta no sentido de ser aprovado um despacho dos membros do Governo
responsáveis pelas áreas das Finanças e da Adminis tração Pública, dando um parecer genérico favorável à
celebração de contratos de aquisição de serviços no âmbito da implementação do PGA – o parecer prévio
vinculativo quer permitirá a abertura do concurso.
No que respeita ao exercício de Avaliação da Operacionalização do POVT (2007‐2009), importa agora fazer um
follow‐up rela tivo ao progresso realizado em 2011 na implementação das recomendações daquele exercício:
Recomendação (R.3) Simplificação de procedimentos no que respeita a exigências formais nas candidaturas em
Tipologias onde a procura é muito acentuada, com implicações na carga de tarefas associadas à análise e insistindo,
sobretudo, nos elementos demonstrativos da qualidade das operações.
Relatório de Execução | 2011
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Para esta recomendação, nomeadamente no que concerne ao antigo Eixo II/atual Domínio de Intervenção “Ciclo Urbano da
Água”, contribuiu a isenção de elaboração e apresentação do Documento de Enquadramento Estratégico (DEE), por
despacho da Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território de 11 de Maio de 2011 e na sequência das medidas
previstas no 2º Memorando de entendimento celebrado entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios em
Fevereiro de 2011, considerando que seria sempre possível confirmar, com base nos elementos disponibilizados nas
candidaturas, a sustentabilidade técnica e económica dos investimentos.
Este documento, dada a sua complexidade e necessidade de sucessivas revisões, contribuía para o relativamente elevado
tempo médio de análise de candidaturas que se registava naquele Eixo, e caso as operações viessem a ser aprovadas sem
aquele documento estar aprovado, no prazo de seis meses, o DEE deveria estar aprovado, ou seriam suspensos os
pagamentos ao beneficiário.
Recomendação (R6) Revisão do corpo de indicadores de realização e resultados, a partir de critérios relacionados com a
sua abrangência, proporcionalidade, metodologia de cálculo e adequação à natureza das operações e aos objetivos do
Programa.
No que respeita a esta recomendação, na sequência da reprogramação técnica do POVT, aprovada no final de 2011, foi
feita uma revisão dos indicadores de Eixo Prioritário e Core Indicators para os quais o Programa contribui, adequando a
bateria de indicadores à natureza das operações aprovadas e que se espera v ir a aprovar bem como as respetivas metas (a
este propósito, ver os pontos 2.1.1 Realização Física do Programa Operacional e 3. Execução por Eixo Prioritário)
Recomendação (R7) Reforço da capacidade de gestão, com redistribuição da equipa interna (após conclusão das tarefas
de encerramento dos diversos PO do QCA III que estiveram a cargo da AG do POVT) e recurso a outsourcing nos casos do
apoio jurídico e acompanhamento/auditoria de operações aprovadas
Dados os constrangimentos sentidos pela Autoridade de Gestão ao nível da verificação da regularidade dos procedimentos
de contratação pública, condição indispensável à validação da despesa e realização de pagamentos aos beneficiários,
durante o ano 2010 e 2011 recorreu‐se à contratação externa de serviços jurídicos especializados, tendo em vista aumentar
a capacidade de resposta da AG do POVT relativamente ao grande volume de procedimentos de adjudicação em fase de
verificação.
Igualmente, e no que concerne ao acompanhamento das operações aprovadas (verificação no âmbito do artigo 13º do
Regulamento (CE) nº 1086/2006), a autoridade de gestão optou por desencadear um procedimento de contratação externa
para a realização de 100 ações de verificação, para a realização do Plano de Acompanhamento de operações de 2010 e de
2011, o que se irá concretizar até ao final de 2012
Relatório de Execução | 2011
156
Recomendação (R11) Promover uma Reprogramação do POVT, na qual deverão, entre outras, ser consideradas as
seguintes dimensões:
(i) Incorporação das alterações do contexto social, económico e político e da evolução das políticas que enquadram o
POVT; (ii) Revisão, em função dos aspetos de contexto e do estado de desenvolvimento do Programa, das metas e
objetivos e da programação financeira; (iii) Consideração específica das decisões políticas recentes em matéria das
grandes infraestruturas de transportes (com implicação no Eixo I, mas também Eixo VII), da adequação e realismo das
metas em diversos Eixos / Domínios e da respetiva dotação financeira (Eixos II, IV e VIII) e da necessidade de atender às
consequências do temporal de 20 Fevereiro 2010 na Madeira (Eixo V).
A reprogramação técnica do POVT foi aprovada em dezembro de 2011 e constituiu uma resposta à atual situação de crise
económica e financeira, visando reduzir os constrangimentos à execução resultantes da falta de contrapartida nacional.
Para além da reorganização dos Eixos Prioritários, concentrando no Eixo I os investimentos relativos a infraestruturas de
transportes (rodoviários, ferroviários e infraestruturas portuárias) elegíveis ao Fundo de Coesão e, no Eixo II, os
investimentos relativos a Sistemas Ambientais, foi feito um redimensionamento da programação financeira dos Eixos e
procedeu‐se à otimização da utilização do Fundo de Coesão associada à elegibilidade de um maior leque de intervenções
anteriormente financiadas pelo POVT (com FEDER) e pelos Programas Regionais do Continente, o que passou a incluir
operações a realizar nas regiões de Lisboa e do Algarve (por serem elegíveis ao Fundo de Coesão).
Simultaneamente, promoveu‐se o ajustamento dos montantes financeiros anteriormente previstos para os grandes
projetos de infraestruturas, nomeadamente na área dos transportes, considerando um calendário mais realista para a sua
concretização e uma redefinição de prioridades de investimento consonante com a conjuntura nacional.
Foram também adequados os indicadores de Eixo Prioritário e as respetivas metas, considerando a reorganização do
Programa e o nível de evolução do mesmo.
Foi introduzida uma nova elegibilidade no atual Eixo IV – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da
Madeira, relativa a correções torrenciais (intervenções nas ribeiras), que visaram reforçar as condições de prevenção e
gestão de riscos do território da Ilha da Madeira.
Recomendação (R13) Aceleração da implementação do Sistema de Informação do POVT (SIPOVT), transformando‐o até
final de 2010 numa "ferramenta potenciada" com incorporação das funcionalidades de gestão documental e business
intelligence
A plataforma analítica de extração de dados Business Intelligence entrou em exploração no final do ano 2011 e a
implementação da Gestão Documental ficou concluída também naquele ano, tendo decorrido uma ação piloto para a
entrada em produção daquela ferramenta, faltando apenas alguns ajustamentos decorrentes da reprogramação, para que
fique totalmente operacional.
Relatório de Execução | 2011
157
Deve ainda ser referido, em matéria de avaliação, a participação do POVT nas duas reuniões da Rede de Avaliação do QREN,
realizadas em f evereiro e em novembro de 2011. A primeira esteve centrada no ponto de situação do processo de folow‐up
dos exercícios de avaliação já concluídos – incluindo a apresentação dos resultados de algumas dessas avaliações – e da
implementação do Plano Global de Avaliação (PGA) do QREN. Na segunda foi retomado o ponto de situação dos processos
de folow‐up, preparada a implementação do ciclo de avaliações intercalares previsto no PGA e discutida a revisão (anual)
dos Planos de Avaliação Global e do PO.
2.7.3. Avaliação Ambiental Estratégica (AAE)
2.7.3.1. A Monitorização Ambiental Estratégica
No âmbito do re latório de execução relativo a 2009 foi apresentado um primeiro balanço dos resultados
obtidos pelo sistema de monitorização ambiental estratégica aplicado ao PO – e que envolve, na sua dimensão
plena, todas as Autoridades de Gestão dos PO financiados pelo FEDER e/ou Fundo de Coesão, o Instituto
Financeiro para o Desenvolvimento Regiona l e o Observatório do QREN – e que se destina, de forma contínua,
a aferir os efeitos significa tivos sobre o ambiente decorrentes da execução do POVT, e, simultaneamente a
avaliar em que medida estão a ser consideradas as recomendações dirigidas ao POVT (inscritas no Relatório
Ambiental da AAE14).
Os capítulos apresentados nos Relatórios de Execução de 2009 e 2010, em conjunto com os Relatórios de
Avaliação e Controlo dos Efeitos no Ambiente decorrentes da aplicação do QREN, concretizaram o reporte
enquadrado nos requisitos de continuidade inerentes ao regime de AAE15.
No quadro das exigências estabelecidas pelo regime nacional da avaliação ambiental estra tégica, será aqui
apresentado um novo balanço dos resultados obtidos pelo sistema de monitorização ambiental estra tégica
aplicado ao PO e os seus resultados serão incorporados no Relatório de Avaliação e Controlo dos Efeitos no
Ambiente decorrentes da aplicação do QREN 2011, o qual será objeto de divulgação pública.
Deve ser aqui destacado que no âmbito da reprogramação técnica do QREN, aprovada no final de 2011, foi
realizado um exercício de screening (processo de verificação independente) relativamente à necessidade de
14 A AAE das intervenções estruturais cofinanciadas pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e pelo Fundo de Coesão (FdC), foi desenvolvida em 2007 por uma equipa independente constituída por especialistas em ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e dela resultou o Relatório Ambiental que constitui a base de referência para a monitorização ambiental estratégica.
15 De acordo com o Decreto–Lei nº 232/20 07, as “Entidades responsáveis pela elaboração do “Programa” deverão avaliar e controlar os efeitos significativos no ambiente decorrentes da sua aplicação (…) e “Os resultados do controlo são divulgados pelas entidades referidas (…) através de meios eletrónicos e atualizados com uma periodicidade mínima anual”. O mesmo diploma define ainda que “Os resultados do controlo realizado (…) são remetidos à APA, cabendo a esta entidade, por sua vez, assegurar o intercâmbio dessa informação com a Comissão Europeia, bem como a sua disponibilização a todos os interessados ”.
Relatório de Execução | 2011
158
sujeitar as alterações aos Prog ramas Operacionais aprovados para 2007‐2013, previstas no âmbito da referida
reprog ramação, a uma nova Avaliação Ambiental Estratégica. Aquele exercício foi realizado por uma entidade
independente e as conclusões foram suje itas a validação pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), na
sequência do solicitado pela Comissão Europeia.
A necessidade da realização deste exercício de screening é determinada pela nota informativa subscrita pelas
DG ENV e DG REGIO que a Comissão Europeia dirigiu às Autoridades de Gestão dos Programas Operacionais
Regionais em 30 de Setembro de 2008, referindo que as alterações introduzidas nos Programas Operacionais
devem ser avaliadas, no sentido de determinar se são ou não suscetíveis de ter efeitos s ignifica tivos no
Ambiente. Sempre que sejam previsíveis efeitos significativos sobre o Ambiente, torna‐se necessário preceder
as alterações de um exercício de Avaliação Ambiental.
A determinação da probabilidade de ocorrerem efe itos signif icativos sobre o ambiente em resultado da
alteração de um Programa sujeito a AAE é feita, caso a caso, com base nos critérios definidos na legis lação
aplicável16. Estes critérios atendem quer às características dos programas quer às características dos impactes
e da área suscetível de ser afetada.
A validação da APA sobre as conclusões do exercício de screening realizados pela referida entidade, refere que:
≈ A proposta de reprogramação dos Programas Operacionais mantem a matriz estratégica do QREN,
configurando‐se como uma revisão de natureza técnica e de programação f inanceira, promovida
na sequência de alterações socioeconómicas, que visa antecipar dif iculdades de execução por
força de restrições orçamentais. São considerados ajustamentos financeiros e transferências de
verbas e redis tribuição de elegibilidades entre programas e ins trumentos de apoio financeiro, com
pequenas alterações no quadro de elegibilidades;
≈ As questões de natureza financeira e os aspetos organizacionais que tem que ver com o sistema
de governação do QREN e dos seus PO estão excluídos do âmbito de aplicação da legislação
nacional e comunitá ria sobre AAE. À luz dos critérios definidos no Anexo ao Decreto‐Lei
n°232/2007 o que interessa determinar e se, como resultado da reprog ramação, vão ocorrer
alterações s ignifica tivas nas elegibilidades aprovadas, isto e, se, re lativamente a s ituação
previamente avaliada, há novas situações a considerar, a nível nacional ou regional, que alterem a
natureza dos impactes ou a loca lização das áreas em que se irão verificar.
≈ As alterações previstas ao quadro de elegibilidades não são re levantes e não parecem agravar a
situação inicial, numa perspetiva de avaliação de impactes. De facto, a inclusão de uma tipologia
de intervenção referente a projetos de mobilidade baseados em energias limpas, são eliminadas
16 Anexo incluído na legislação nacional aplicável ‐ Decreto‐Lei n°232/2007, de 15 de Junho, alterado pelo Decreto‐Lei n°58/2011, de 4 de Maio e Anexo II da Diretiva 2011/42/CE, de 27 de Junho.
Relatório de Execução | 2011
159
as tipologias de intervenção associadas ao novo Aeroporto de Lisboa (trabalhos prepara tórios), e
incluída uma nova tipologia de intervenção referente a hidráulica torrencial, no âmbito da já
prevista prevenção e gestão de riscos e assiste‐se a uma diminuição de elegibilidades no domínio
dos transportes.
≈ Não há transferências de elegibilidade entre os PO regionais e, tendo em conta as já exis tentes
sobrepos ições geográf icas entre os PO temáticos e os regionais, a proposta redistribuição de
elegibilidades não se traduz em alterações no terreno, pelo que se mantem a situação já
globalmente avaliada para o QREN no seu conjunto.
Deste modo, concluiu‐se que a reprogramação técnica do QREN não teria que ser sujeita a Avaliação Ambiental
Estratégica, havendo no entanto uma recomendação da APA no sentido de existir uma atenção redobrada aos
aspetos de monitorização, a fim de identificar atempadamente efeitos negativos imprevistos e aplicar as
medidas de correção adequadas. O conjunto de indicadores para a monitorização estratégica deve ser
otimizado, numa perspetiva pragmática, de modo a facilita r um acompanhamento próximo da execução dos
programas por parte das autoridades ambientais e do público.
Por último, de referir que o parecer da entidade independente recomenda ao Observatório do QREN e à
Autoridade de Gestão do POVT que acompanhem a tradução em projetos concretos dos dois novos domínios
de elegibilidades (no âmbito da mobilidade territorial e da prevenção e gestão de riscos) por forma a avaliar,
quando forem conhecidos elementos mais detalhados sobre a natureza dos projetos que estas irão enquadrar,
a necessidade de realizar uma AAE dedicada exclusivamente a estes domínios de elegibilidades. Recomenda
também que o sistema de monitorização ambiental desenvolvido pelas Autoridades de Governação e de
Gestão do QREN seja revisto no sentido de atualizar as responsabilidades de cada PO de monitorização dos
domínios de elegibilidade que lhes competem, atendendo à transferência de elegibilidades verificada no
âmbito da reprogramação aprovada.
2.7.3.2. Consolidação do Sistema de Monitorização AAE
A criação e consolidação do sistema de avaliação ambiental estratégica e os produtos que dele derivam
configuram‐se como exercícios complexos, em progressivo aperfeiçoamento, tal como se pode inferir do
quadro de responsabilidades ilus trado na figura seguinte.
Relatório de Execução | 2011
160
Figura nº 4 – Quadro de responsabilidades na monitorização ambienta l estratég ica
Fonte: Sistema de Monitorização do QREN
Apesar de 2010 já ter constituído um ano em que foi reforçada a recolha de informação que permite
quantif icar alguns dos indicadores de monitorização ambiental estratégica e, para a grande maioria, já ter sido
possível a apresentação de alguns resultados, em 2011 deu‐se continuidade a esse esforço, nomeadamente
através da revisão e maior adequação dos indicadores de E ixo Prioritário e Indicadores Comuns Comunitários à
atualidade do POVT, bem como da recolha de informação realizada no âmbito dos Relatórios Anuais de
Execução das operações.
No entanto, e pelos motivos explicitados no relatório de execução do ano de 2010, continuam a existir alguns
indicadores que não são quantificáveis por dificuldade no seu apuramento, requerendo procedimentos
específicos de cálculo ou estimação, cuja concretização se verifica rá apenas em futuros exercícios, beneficiando
do recurso a especialistas externos17.
2.7.3.3. Mecanismos de Gestão e envolvimento das Autoridades Ambientais
Tal como já era referido no Relatório de Execução do POVT reportado a 2010, a Autoridade de Gestão do POVT
estabeleceu com as Autoridades Ambientais uma parceria alargada, em particular no que respeita ao antigo
eixo prioritário re lativo à “Rede Estruturante de Abastecimento de Água e Saneamento” (atual domínio de
17 Estão neste caso, por exemplo, os indicadores referentes a emissões GEE ou de consumos energéticos.
Consolidação da bateria dos
i ndicadores e def inição da metodologia
Programas Operacionais
Obs ervatório do QREN
I FDR
Apuramento da in formação agregada
Informação das Autoridades Ambientais
Análise complementar de out ras fontes de
i nformação
Apuramento da in formação
Análise da in formação qualitativa dos i ndicadores e das
operações
E laboração dos Capítulos sobre AAE
E laboração do Relatório G lobal da
AAE
Relatório de Execução | 2011
161
intervenção “Ciclo Urbano da Água”), ao domínio referente à “Recuperação do Passivo Ambiental” do antigo
eixo prioritário dedicado à “Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos naturais e Tecnológicos” e ao antigo
eixo relativo às “Infraestruturas Nacionais para a Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos”, todos eles
integrantes do atual Eixo II.
A parceria com as Autoridades Ambientais encontra‐se ativa desde a fase de elaboração dos Regulamentos
Específicos das Intervenções abrangidas pelos eixos prioritários e domínios referidos anteriormente. Salienta‐
se, a este respeito, a participação das Autoridades Ambientais na determinação das condições e requisitos de
elegibilidade e dos critérios de seleção de projetos, inscritos nos Regulamentos Específicos na fase da sua
elaboração, e o reforço dessa parceira com as seguintes entidades e nos seguintes moldes:
≈ Instituto Nacional da Água (INAG) – Delegação de competências (enquanto Autoridade Naciona l
da Água) referentes à apreciação da admiss ibilidade e do mérito das candidaturas apresentadas
ao Eixo 2 – “Rede Estruturante de Abastecimento de Água e de Saneamento”, competindo ainda
ao INAG a apreciação e aprovação dos Documentos de Enquadramento Estratégico (DEE)
elaborados pelas entidades gestoras proponentes de candidaturas 18
≈ Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ‐ Protocolo com vista à prestação de apoio técnico, por
parte da Autoridade Ambienta l, na análise e acompanhamento das candidaturas, nomeadamente
no que respeita ao enquadramento nos planos sectoriais e a apreciação de mérito das
candidaturas apresentadas no âmbito da “Recuperação do Passivo ambiental” (designadamente
aquelas que visam a reabilitação de solos contaminados), e das intervenções referentes às
“Infraestruturas Nacionais para a Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos”.
≈ Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) – Protocolo com vista ao apoio técnico ao POVT no
âmbito da análise e acompanhamento das candidaturas apresentadas no âmbito da “Recuperação
do Passivo ambiental”, designadamente aquelas que visam a reabilitação de áreas degradadas
afetas à indústria extrativa mineira, nomeadamente no que respeita ao seu enquadramento no
documento enquadrador e na sua apreciação de mérito.
Em síntese, as Autoridades Ambientais mencionadas anteriormente assumiram, através da delegação de
competências e protocolos de colaboração promovidos pela Autoridade de Gestão do POVT, particula res
responsabilidades na gestão de uma parte significativa do valor total programado pelo POVT, sendo que o seu
contributo incide não apenas na apreciação e no acompanhamento dos projetos apoiados, como também no
cumprimento do normativo ambiental – a Autoridade de Gestão do POVT tem ainda beneficiado do apoio da
18 Esta última competência do INAG foi suspensa por despacho da Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território de 31 de Maio de 2011, na sequência das iniciativas tendentes a acelerar a execução do QREN, previstas no 2º Memorando de entendimento, celebrado entre o Governo Português e a ANMP, que previram, nomeadamente a suspensão da neces sidade de apresentação do Documento de Enquadramento Estratégico.
Relatório de Execução | 2011
162
APA no acompanhamento dos processos de AIA a que a generalidade dos projetos submetidos para apoio ao
POVT é necessariamente sujeita – e no cumprimento das metas e dos objetivos ambientais dos domínios de
intervenção do POVT.
Adicionalmente, as reuniões da Comissão de Acompanhamento do POVT oferecem também uma sede de
envolvimento de parceiros sociais com responsabilidades no ambiente, atendendo a que as Organizações Não
Governamentais de Ambiente têm assento naquela Comissão de Acompanhamento como membro efetivo com
direito de voto, através da Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente (CPADA).
Estas parcerias reforçam os mecanismos, transversais, implementados pela Autoridade de Gestão do POVT
com o objetivo de incorpora r, em diversas fases do ciclo da vida das operações, medidas que garantem o
cumprimento da legislação de ca rácter ambiental, bem como medidas que elevam o nível de proteção
ambiental das operações apoiadas, quer no que respeita à fase de seleção das operações – incorporados em
condições de acesso estabelecidas na regulamentação gera l e especifica, incidentes na observância das
obrigações dos beneficiários que decorrem das normas comunitárias e nacionais em matéria de ambiente,
sistematizadas e verificadas com base num check‐lis t específ ico, e em ponderadores de cariz ambiental
valorizados aquando da apreciação de mérito – quer em fase acompanhamento, nomeadamente através da
monitorização do cumprimento das condicionantes que ha jam sido estabelecidas em sede de aprovação que
respeitem aos l icenciamentos e outros requisitos legais necessários à entrada em exploração. A este propósito,
remete‐se para o que já foi referido, sobre o Cumprimento das regras Ambientais, no ponto 2.2 deste
Relatório.
2.7.3.4. Efeitos resultantes da implementação do PO com base nos indicadores de monitorização
estratégica ambiental
A análise que a seguir se apresenta pretende ref letir duas dimensões fundamentais do processo de follow‐up
da AAE: a aferição do desempenho ambienta l e de sustentabilidade do POVT e a aferição do grau de
cumprimento das recomendações da AAE nas qua is o POVT é implicado.
Este exercício, na sua componente de aferição de desempenho ambiental e de sustentabilidade, pressupôs que
fossem associados aos objetivos estratégicos definidos em AAE os regulamentos e as tipologias de intervenção
que para aqueles contribuíam, bem como uma adequada seleção de indicadores (comuns nacionais e/ou
comuns comunitários) para a mensurabilidade do efeito produzido pelo POVT nos mencionados objetivos
estratégicos.
Relatório de Execução | 2011
163
Aferição do Desempenho Ambienta l e de Sustentabilidade do POVT
O desempenho ambiental e de sustentabilidade do POVT são aqui aferidos através de um conjunto de
indicadores nacionais e comunitários com contributo direto para os objetivos estratégicos definidos no âmbito
da AAE. À semelhança do Relatório de 2010, apresenta‐se, no Anexo XIV, a árvore de imputação objetivos –
Áreas de Intervenção – Indicadores que constitui a base lógica desta avaliação de desempenho.
De seguida apresentam‐se os resultados mais s ignificativos ao nível do contributo da implementação e
execução do POVT face a esses objetivos, sendo que os indicadores adiante apresentados poderão ser também
consultados, de forma mais sis tematizada, no Anexo VII este Relatório.
O contributo do POVT para o Objetivo Estratégico “Garantir a Universalidade no acesso a cuidados de saúde,
valorizando os cuidados de saúde primários e a resposta aos grupos mais vulneráveis”, deve ser avaliado tendo
em conta que esta não constitui uma área prioritá ria de intervenção deste PO. Ainda assim, e pese embora não
haver, a 31 de Dezembro de 2011, qualquer candidatura com contrato de financiamento celebrado nesta área
de intervenção do domínio dos “Equipamentos Estruturantes do Sistema Urbano Naciona l”, o indicador
“população servida pelas unidades de saúde apoiadas” manter‐se‐á sob monitorização do Programa.
A prossecução do Objetivo Estratégico “Garantir a Universalidade no Acesso e Melhora r as Condições do
Ensino”, constitui um dos domínios de particular responsabilidade do POVT, que com os seus apoios, contribuiu
até ao final de 2011 para que 170.237 alunos fossem abrangidos por intervenções de requalificação e
modernização de 102 escolas com ensino básico (2 º e 3º ciclo) e ensino secundário e por 17 infraestruturas
universitá rias (estas últimas intervencionadas no âmbito do domínio dos “Equipamentos Estruturantes do
Sistema Urbano Nacional”). De destaca r que 69 destas infraestruturas se encontram concluídas,
correspondendo a uma população já beneficiada por estas intervenções de cerca de 97.920 alunos.
Ressalva‐se que na sequência da aprovação da reprogramação técnica do POVT, o contributo das escolas com
ensino básico (2º e 3º ciclo) para este objetivo é transferido para a responsabilidade dos Programas
Operacionais Regionais do Norte e do Centro. No entanto, como no final de 2011, as referidas operações ainda
se encontravam aprovadas no âmbito do POVT, o seu contributo para este Objetivo ainda se mantem neste
Programa.
As mencionadas intervenções e os resultados produzidos contribuem igualmente para a “Redução da Pobreza e
Promoção da Equidade, Igualdade de Oportunidades e da Coesão Social”, Objetivo Estratégico para o qual é
também relevante o apoio concedido pelo POVT aos Equipamentos Desportivos, perfazendo um total de 203
projetos.
O Objetivo de “Promover a Mobilidade Urbana Sustentável” é prosseguido pelo POVT e aferido pelo indicador
“Acréscimo de população servida por intervenções de expansão de sistemas de transporte urbanos”, para o
Relatório de Execução | 2011
164
qual se apurou, à data deste rela tório, no âmbito das operações rela tivas às Ações Inovadoras, um resultado de
279.532 pessoas (este número ref lete um ajustamento introduzido no contributo das operações anteriormente
aprovadas, já que não existiu aprovação de novas candida turas). Em 2012, e por via da transição das operações
da responsabilidade do Metro do Porto, SA do PO Norte para o POVT, no âmbito da reprogramação aprovada,
este indicador conhecerá um novo acréscimo (na ordem das 161 mil pessoas servidas por aquela rede
metropolitana).
Os objetivos estratégicos “Limitar o Crescimento das emissões de GEE”, “Diminuir a intensidade energética do
produto / aumentar a ef iciência energética” e “Aumenta r a quota de produção de energia a partir de fontes
renováveis” são também visados pelo POVT, em especial num conjunto de intervenções em infraestruturas do
sistema electroprodutor a partir de recursos renováveis, no âmbito das Redes e Equipamentos Estruturantes na
R.A. dos Açores. Não foram concretizadas até ao f inal de 2011, todavia, quaisquer candidaturas nestas áreas.
Também as candidaturas do Eixo I, nomeadamente as que se enquadram nas tipologias associadas à
mobilidade sustentável (operações do Metro do Porto), apresentarão, quando transitarem para o POVT, um
importante contributo, por parte deste Programa, para o primeiro daqueles objetivos.
O Eixo II do POVT, através dos Domínios de Intervenção relativos ao “Ciclo Urbano da Água” e “Valorização de
Resíduos Urbanos”, consubstanciam um financiamento muito significativo no domínio do abastecimento de
água, saneamento de águas residuais e tratamento de resíduos sólidos urbanos, constituindo assim um motor
crucia l para o cumprimento do acervo comunitário e nacional nestas matérias e igualmente das metas
assumidas nos documentos estratégicos nacionais PEAASAR II e PERSU II.
“Servir 95% da população com sistemas públicos de abastecimento de água” constitui um objetivo estratégico
do PEAASAR II para o qual a intervenção do POVT é prioritária, sendo este objetivo avaliado através do
indicador do nº de pessoas servidas por sistemas de abastecimento de água em resultado dos projetos
apoiados. Até ao final de 2011, as operações contratadas pelo POVT relativas a projetos de abastecimento de
água permitirão um acréscimo de 114 mil pessoas na população servida.
Em linha com o reportado em 2010, verifica‐se que o contributo do POVT para o objetivo estratégico “Servir
90% da população com sis temas públicos de drenagem e tratamento de águas res iduais urbanas” é mais
significativo, o que se justifica dado o esforço acrescido que é necessário realizar para aumentar o nível de
atendimento da população relativamente a estes s istemas, e, por conseguinte, o predomínio desta tipologia
nas operações aprovadas. Destaca‐se o acréscimo de 1.265.736 pessoas servidas em resultado dos projetos
apoiados.
O avanço ainda pouco expressivo na concretização das operações deste domínio de intervenção, revela‐se no
(também) ainda pouco expressivo número de pessoas efetivamente servido pelas intervenções já concluídas.
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O “Cumprimento das Metas de Redução da Deposição de Resíduos Urbanos Biodegradáveis (RUB) em Aterro” é
avaliado através dos indicadores re lativos à quantidade total de RUB valorizada organicamente nos projetos
apoiados e ao desvio de RUB de aterro. No que respeita ao primeiro e no âmbito da reprogramação do POVT,
foi introduzido um ajustamento apenas na designação (e não na metodologia de apuramento), na medida em
que o indicador reflete a capacidade máxima instalada nas infraestruturas apoiadas para a valorização
energética e orgânica de RUB. Em 2011, e considerando os projetos contratados, os mesmos contribuirão com
uma capacidade de 496.462 toneladas/ano para a valorização orgânica e energética de RUB, absolutamente
relevantes para o cumprimento das metas inscritas no PERSU II. De destacar o efetivo contributo das operações
já concluídas, que se cifra em 30.098 toneladas/ano para aquele objetivo.
O POVT assumiu enquanto uma das suas áreas chave de intervenção no domínio ambiental a Recuperação do
Passivo Ambiental, indo assim ao encontro do objetivo estratégico “Controlar o Risco de Contaminação do Solo
e Recupera r os Passivos Ambientais”. Com as operações aprovadas até ao final de 2011, a área abrangida por
ações de reabilitação e descontaminação ambiental intervencionadas totalizava 5,2 Km2.
A “Redução do Risco de Erosão Coste ira” constitui, à semelhança da anterior área de intervenção ambiental,
uma prioridade para o POVT, traduzida, no âmbito das operações já contra tadas até final de 2010, em 54,98
km de extensão total de costa intervencionada para redução do risco associado à dinâmica costeira e em 11,15
km de extensão total de costa intervencionada para contenção ou diminuição da ocupação antrópica em área
de risco.
Por último, no âmbito da Prevenção, Gestão e monitorização de Riscos Naturais, destaca‐se também o
contributo do POVT para o objetivo estratégico “Minimizar os Danos Decorrentes de Eventos Extremos
Climáticos”, medido através do indicador “População abrangida pelos planos de emergência de proteção civil”,
o que nos projetos apoiados pelo POVT – ver, a este propósito, o ponto 3.2.2. deste Relatório – se traduz na
totalidade dos res identes em território nacional. De igual modo, também o contributo do POVT para o objetivo
estratégico “Garantir a Cobertura do País por Sistemas de Proteção de Riscos” se traduz em 100 % de cobertura
do território por planos de emergência.
Aferição do grau de cumprimento das recomendações da AAE com base nos indicadores de monitorização
das recomendações da AAE
No âmbito da Avaliação Ambiental Estratégica foi proposto um conjunto de recomendações, as quais
mereceram um aprofundado estudo levado a cabo pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade
Nova de Lisboa, coordenado pelo Observatório do QREN, com o objetivo de identif icar um sistema que permita
avaliar o seu cumprimento, através de um conjunto de indicadores que vertessem as preocupações constantes
nas referidas recomendações.
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No que respeita às recomendações de ca rácter geral que constam da Agenda da Valorização do Território, a
Autoridade de Gestão do POVT demonstra uma atenção particular dada a esta matéria, evidenciada pela
informação recolhida no âmbito das candida turas apresentadas (quando aplicável) e das operações aprovadas
e contratadas até f inal de dezembro de 2011.
Recomendação (R1): Deverão ser cons iderados critérios de natureza ambiental nos processos de avaliação da
viabilidade de financiamento dos projetos
Os aspetos centrais e os requisitos legais e processuais de índole ambiental estão presentes em todos os
Regulamentos Específicos do POVT enquanto condições de acesso ao cofinanciamento comunitário através
deste Programa. Com efeito, a Autoridade de Gestão do POVT leva as preocupações ambienta is além do
primeiro crivo de seleção de candidaturas, incluindo na grande maioria dos Regulamentos e/ou em Avisos de
Abertura um conjuntos de critérios, subcritérios e parâmetros de seleção, que permitem valoriza r fatores
ambientais em sede de avaliação do mérito das candidaturas.
Tendo em conta o acima referido, esta preocupação da Autoridade de Gestão fica claramente evidenciada pelo
indicador “Rácio de integração de critérios ambientais na avaliação de candidaturas”, que no POVT regista um
nível de 100%, uma vez constatada a utilização de critérios ambientais no processo de decisão de
financiamento da totalidade de projetos contratados até esta data.
Recomendação (R2): Devem privilegiar‐se as intervenções de natureza imaterial (e.g. requalificação e
aproveitamento de infraestruturas e equipamentos existentes, sistemas de informação, …) em detrimento da
construção de novas infraestruturas e equipamentos
O POVT tem, por definição do seu conteúdo programático, uma componente essencialmente infraestrutural no
investimento colocado ao serviço da valorização dos territórios. Ainda assim, alguns domínios de intervenção
do Prog rama – com especial destaque para a Prevenção e Gestão de Riscos, Proteção Costeira e Recuperação
de Passivos Ambientais (na vertente de estudos e projetos técnicos), enquadrados pelo atual Eixo II – incluem
um conjunto s ignificativo de ações de sensibilização, desenvolvimentos de planos de ação de âmbito nacional
ou estudos e projetos de monitorização ambiental, que representam cerca de 6% do número de operações
contratadas e 1,6 % do investimento total contratado (o investimento que lhes está associado é, em média,
bastante inferior ao investimento em infraestruturas).
Relatório de Execução | 2011
167
Recomendação (R7): Deve ser promovida a adoção de práticas de construção sustentável e de gestão
ambiental na construção e operação das infraestruturas
A construção sustentável e a gestão ambienta l pressupõem a adoção de práticas que visam a integração de
processos como a incorporação de materiais reciclados, preocupações decorrentes da melhoria e eficiência
energética ou da proteção e preservação de biodivers idade urbana. Por forma a aferir o cumprimento desta
recomendação, é apurado o “Rácio de projetos de infraestruturas contemplando a adoção de práticas de
conceção, construção e gestão sustentável”, com enfoque apenas nas operações aprovadas que respeitem a
infraestruturas e cujo custo total seja superior 5 milhões de euros, e que até ao final de 2011 correspondia a
78% desse universo de operações contratadas, evidenciando cla ramente o esforço (crescente, considerando
que em 2010 o valor deste rácio era de 55%) desenvolvido pelos beneficiários em conjugar as melhores
práticas de construção sustentável e gestão ambienta l com as normas legais aplicáveis.
Águas do Ave ‐ Alargamento do Sistema de Saneamento
Custo Total: 123.576.347 €
Financiamento Comunitário: 82.941.061€
A operação do Alargamento do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de
Relatório de Execução | 2011
168
Saneamento do Vale do Ave, na componente de Saneamento de Águas Residuais, abrange os
municípios de Amarante, Amares, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Esposende,
Felgueiras, Lousada, Mondim de Basto, Póvoa de Varzim, Terras de Bouro, Vila do Conde e Vila
Verde, e compreende o intervenções em 30 subsistemas de recolha e tratamento de águas
residuais, que se caracterizam pela construção/remodelação de 26 ETAR, assim como a
construção de cerca de 422 Km de Intercetores, cerca de 33,6 Km de condutas elevatórias e 44
estações elevatórias a construir, com o objetivo de servir uma população (residente +
flutuante) de, aproximadamente, 521 mil habitantes.
Evidenciando uma clara preocupação com questões ambientais exponenciadas pela
envergadura da intervenção, e em estreito cumprimento da legislação aplicável, foi adotado
um conjunto prá ticas de construção sustentável, das quais se salientam a adoção de materiais
de construção de origem natural e local, a opção por materiais reutilizáveis e menos tóxicos, a
reutilização de solos contaminados, a impermeabilização de áreas de solo, a separação e
reciclagem de resíduos provenientes da construção a opção por materiais de acabamento com
menor toxicidade associada, o conforto térmico (isolamento) e acústico e a preservação da
biodivers idade através da elaboração de um projeto f lorestal, tendo em vis ta a constituição de
novas áreas de povoamento de sobreiros ou beneficiação de áreas existentes, bem como o
ajardinamento com plantas/espécies locais e autóctones.
Adicionalmente, no âmbito do Plano de Gestão Ambiental, está prevista a implementação de
um sistema de reutilização de uma parte do efluente tratado para usos compatíveis (água de
serviço), como por exemplo a rega dos espaços verdes, água para lavagem de pavimentos e
equipamentos e diluição de reagentes utilizados no tratamento, nomeadamente em algumas
das unidades de tratamento de águas residuais de maior dimensão, como a ETAR do Ave, a
ETAR de Cávado/Homem, a ETAR de Ponte da Baia e a ETAR do Sousa, A execução desta etapa
de tratamento permite o reaproveitamento de parte do efluente tratado que seria rejeitado
no meio recetor, e conduz necessariamente a uma maior economia de água da rede (água
para consumo humano).
Nas infraestruturas atrás referidas está, igualmente, prevista a implementação de um sistema
de reaproveitamento da energia produzida no processo, nomeadamente a partir da queima do
biogás, obtido no processo da digestão anaeróbia das lamas das ETAR, em sistemas de
cogeração. A execução desta etapa de tratamento permite o aproveitamento energético do
biogás, quer através da energia térmica utilizada no próprio processo de digestão das lamas,
quer através da energia elétrica, contribuindo para a supressão parcial das necessidades
energéticas das ETAR. No caso da ETAR do Ave, produziram‐se cerca de 180.000 m3 de biogás,
Relatório de Execução | 2011
169
desde a sua entrada em exploração até 31/12/2011, dos quais 85% são canalizados para a
produção de energia.
Recomendação (R8): As ações de proteção e valorização do ambiente devem ser acompanhadas da
promoção de ações de sensibilização da população para a poupança de recursos, nomeadamente consumos
de água e energia, bem como para a redução da produção de resíduos e reciclagem
Os dois indicadores que sustentam esta recomendação visam quantificar, por um lado, todas as operações que
se centram na implementação de ações destinadas à divulgação, comunicação e formação ambiental que
foram apoiadas pelo Programa, e por outro lado, a totalidade dos cidadãos que beneficia ram das mesmas. A
este nível, mantêm‐se aprovadas as duas operações já reportadas no ano de 2010 que corresponderem em
exclusivo a ações desta natureza, beneficiando dessa ações cerca de 3,4 milhões de habitantes do continente.
Note‐se que, função da sua tipologia, um número s ignifica tivo de operações de natureza material aprovadas
pelo POVT incorporam, também, uma (financeiramente não preponderante) componente de divulgação e
sensibilização das populações abrangidas pelos seus impactos.
Recomendação (R9): Devem ser privilegiadas intervenções de natureza preventiva e proactiva na resolução
dos problemas ambientais, em detrimento da implementação de soluções de “fim‐de‐ linha” ou de medidas
de natureza exclusivamente curativa
Sem prejuízo do reconhecimento da importância crescente a atribuir a medidas de carácter preventivo e
proactivo na resolução (por antecipação) dos problemas ambientais, que se encontra espelhada na
programação do atual Eixo II, é também incontornável que um número muito significativo de intervenções com
impacte direto no ambiente e na resolução de problemas associados aos riscos naturais e tecnológicos
assumiram carácter imperativo e mereceram, por isso, especial atenção em fase de programação – em função
dos diagnósticos realizados e em articulação direta com as orientações e prioridades definidas em sede dos
respetivos planos sectoriais – e na execução do Programa.
Neste contexto, sublinha‐se que as operações relativas ao Ciclo Urbano da Água – que são
preponderantemente associadas a intervenções prioritárias em matéria de alargamento da rede de
saneamento de águas residuais –, bem como as intervenções respeitantes à Recuperação de Passivos
Ambientais e, ainda, às ações proactivas de Proteção Costeira, assumem maioritariamente uma natureza
corretiva, pelo que o número de intervenções de cariz essencialmente preventivo, traduzidas num “Rácio de
projetos visando a implementação de medidas preventivas e proactivas de proteção ambiental” corresponde a
Relatório de Execução | 2011
170
6,6% do tota l de operações contratadas no âmbito da proteção e valorização do ambiente (apesar do
acréscimo de operações contra tadas nestes domínios, manteve‐se o peso rela tivo das intervenções de
natureza preventiva, que em 2010 correspondia também a 6,6%).
Recomendação (R10): Nas intervenções de reforço do s istema urbano, bem como nas redes, infraestruturas e
equipamentos para a coesão territorial e social, deve privilegiar‐se a requalificação de construções e
infraestruturas em detrimento de construções novas
Nas intervenções de reforço do s istema urbano a executa r no âmbito do POVT, assumem particular destaque a
ações de requalificação das redes de Escolas dos 2º e 3º ciclo do Ensino Básico e de Escolas com Ensino
Secundário, das infraestruturas universitárias e ainda de um conjunto de equipamentos desportivos e culturais
estruturantes do sistema urbano nacional. Este esforço de investimento, com particular incidência nas
infraestruturas de ensino, tem sido centrado na requalificação desses equipamentos, mediante intervenções
(em muitos casos profundas) de beneficiação/reabilitação/ reconversão de construções exis tentes, em
detrimento de construções novas. Esta aposta vai ao encontro da recomendação da AAE e traduz‐se num rácio
de projetos de regeneração/requalificação de construções e infraestruturas face ao total de projetos
infraestruturais do sistema urbano na ordem dos 62%.
Indicadores de monitorização das recomendações da AAE (aplicáveis ao POVT)
De seguida apresentam‐se, sistematizados, os indicadores de monitorização das recomendações anteriormente
explicitadas, reportado à execução do Programa até ao f inal de 2011 (por comparação com os resultados de
2010):
Quadro nº 18 ‐ Indicadores de Monitorização das recomendações da AAE
Recomendação AAE
Designação do indicador Resultados a 31.12.10
Resultado a 31.12.11
R1 I1. Rácio de integração de critérios ambientais na
avaliação de candidaturas 100% 100%
R2 I2. Rácio de intervenções de natureza imaterial 6,7% 6,0%
R2 I3. Rácio de investimento em intervenções de
natureza imaterial 2,1% 1,5%
Relatório de Execução | 2011
171
R7
I12. Rácio de projetos de infraestruturas
contemplando a adoção de práticas de conceção,
construção e gestão sustentável
55% 78%
R8 I13. Operações de ações de divulgação,
comuni cação e forma ção ambiental 5 5
R8 I14. Pessoas beneficiadas por açõe s de divulgação,
comuni cação e forma ção ambiental 3.345.949 3.345.949
R9
I15. Rácio de projetos que visam a implementação
de medidas preventivas e/ou proactivas de
proteção ambiental
6,6% 6,6%
R10
I16. Rácio de projetos de
regeneração/requalificação de construçõe s e
infraestruturas
59% 62%
2.7.4 Controlo e Auditoria
2.7.4.1 Ações de Controlo Interno
Ações de Controlo de Supervisão aos Organismos Intermédios
No âmbito do Plano de Supervisão dos Organismos Intermédios, visando confirmar a correta implementação e
a fiabilidade dos sistemas de gestão e controlo adotados pelos Organismos Intermédios (OI) na análise das
operações, iniciou‐se, em 2009, o Inquérito ao Exercício de competências delegadas na Estrutura de Missão e
Gestão de Fundos Comunitá rios (EMGFC), e no decurso do mesmo uma auditoria temática aos procedimentos
de contratação pública verificados pela EMGFC, com o objetivo de identificar o alcance do condicionamento de
despesa determinado pela Unidade de Certificação do IFDR à operação POVT‐12‐0435‐FCOES‐000011‐
“Constituição da Reserva Nacional de Emergência e Equipamento Operacional de Proteção Civil”, rela tiva ao
eventual fracionamento dos procedimentos de contratação pública detetado aquando da realização da ação de
controlo prévia à certificação de despesa realizada.
Na sequência das ações em apreço foram detetadas algumas fragilidades nos beneficiários ao nível dos
procedimentos em matéria de contra tação pública (risco de fracionamento e referência a marcas ou origens de
produtos), inventariação de bens e rigor no preenchimento dos instrumentos de apoio à análise da candidatura
e pedidos de pagamento, as quais não obstaram à confirmação da segurança razoável subjacente ao s istema
de controlo interno adotado pela EMGFC.
Neste quadro, foi iniciada em dezembro de 2010 e prosseguida em 2011 uma ação de follow‐up no seguimento
da auditoria temática aos procedimentos de contratação pública verificados pela EMGFC, com o objetivo de
confirmar se os procedimentos de análise de contratação pública entretanto instituídos pela EMFGC são
Relatório de Execução | 2011
172
suficientes para a deteção do eventua l fracionamento do objeto de adjudicação e deteção de eventual menção
a marcas comerciais e/ou origem de produção, na sequência do que se concluiu ter existido uma melhoria
comparativa ao nível dos procedimentos de análise deste OI.
Ainda no presente contexto mas relativamente a outro Organismo Intermédio, importa referir que o Inquérito
ao exercício das competências de gestão e de controlo (SGC) delegadas na Direção Geral do Ordenamento do
Território e do Desenvolvimento Urbano (DGOTDU)19, enquanto Organismo Intermédio do POVT, foi iniciado
no 4º trimestre de 2011, estando em curso a preparação do respetivo relatório preliminar.
Ações de Controlo à Assistência Técnica dos Organismos Intermédios
Relativamente ao acompanhamento e controlo da utilização dos apoios financeiros concedidos no âmbito do
Eixo VI – Assistência Técnica, deu‐se continuidade à realização de auditorias à Assistência Técnica dos
Organismos Intermédios, iniciada em 2010, com a verificação da operação POVT‐16‐0173‐FEDER‐000006 –
Assistência Técnica INAG, cujo relatório final foi emitido no 1º trimestre de 2011.
Assim, em 2011, paralelamente à ação de follow‐up junto da EMGFC anteriormente mencionada, foi rea lizada
uma auditoria no âmbito da operação POVT‐16‐0173‐FEDER‐000002‐ Assistência Técnica SG‐MAI/EMGFC, com
o objetivo de confirmar a realidade, regula ridade e legalidade da mesma, no âmbito do que está
presentemente em curso o acompanhamento das recomendações expressas.
De assinalar que a auditoria à assistência técnica da DRPFE, inicialmente pendente face à baixa execução das
operações subjacentes, terá início no 2º trimestre de 2012, tendo por base a verificação das operações POVT‐
16‐0173‐FCOES‐000013 e POVT‐16‐0173‐FCOES‐000020 ‐ Assistência Técnica OI Açores 2010 e 2011,
respetivamente.
Para o mesmo período está igualmente agendada a auditoria à Assistência Técnica do Instituto de
Desenvolvimento Regional da Região Autónoma da Madeira (IDR), no âmbito da qual serão verif icadas as
operações POVT‐16‐0173‐FEDER‐000007, POVT‐16‐0173‐FEDER‐000008, POVT‐16‐0173‐FEDER‐000012,
Assistência Técnica POVT‐Eixo IV re lativa anos 2007/2008, 2009 e 2010, respetivamente.
No contexto do planeamento definido não está prevista a realização de qualquer auditoria à Assistência
Técnica da Direção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, na medida em que esta foi
já auditada pela Estrutura de Auditoria Segregada do IFDR, não tendo sido detetadas anomalias e/ou
irregula ridades no âmbito da despesa certificada objeto de auditoria.
19 No âmbito do PREMAC, o Decreto ‐Lei n.º 7/2011, de 17 de Janeiro, aprovou a fusão da Direção‐Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano e do Instituto Geográfico Português, para dar lugar à Direção‐Geral do Território (DGT).
Relatório de Execução | 2011
173
Ações de verificação no local, no âmbito do cumprimento do artigo 13º b) do Regulamento (CE) 1828/2006
No âmbito da alínea b) do nº 2 do artigo 13º do Regulamento (CE) 1828/2006 relativo às verificações no local
de operações, foram realizadas, em 2011, 13 ações de acompanhamento a operações cofinanciadas pelo POVT.
Destas 13 ações de acompanhamento, 5 foram realizadas por iniciativa da Autoridade de Gestão do POVT,
através de recursos internos da Unidade de Auditoria Interna (UAI) tendo as restantes sido realizadas pelos
Organismos Intermédios do POVT, EMGFC (5) e DRPFE (3), no exercício das suas competências.
Quadro nº 19 ‐ Ações de verificação no loca l realizadas em 2011
Código Operação Designação Operação Beneficiário
Verificação
efetuada
por:
POVT‐15‐0245‐FEDER‐000018 Kit Tecnológico nas Escolas Secundárias
GEPE ‐ Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação AG ‐ UAI
POVT‐15‐0439‐FEDER‐000001 Apetrechamento da Faculdade de Ciências da Saúde Universidade da Beira Interior AG ‐ UAI
POVT‐15‐0353‐FEDER‐000015 Campo de Futebol Vilhena de Carvalho em Relva Sintética Município de Almeida AG ‐ UAI
POVT‐15‐0142‐FEDER‐000026 OLA ‐ Operação de Desenvolvimento Urbano ‐ Lousã Acessível
Câmara Municipal da Lousã AG ‐ UAI
POVT‐15‐0353‐FEDER‐000026 Recuperação e Readaptação do Estádio Municipal de Vinhais Câmara Municipal de Vinhais AG ‐ UAI
POVT‐12‐0435‐FCOES‐000089 Aquisição de viaturas especiais para o GIPS/GNR
DGIE ‐ Direcção‐Geral de Infraestruturas e Equipamentos EMGFC
POVT‐12‐0435‐FCOES‐000088 Equipamento proteção individual de proteção civil
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcochete
EMGFC
POVT‐12‐0435‐FCOES‐000128 Ampliação do Quartel e Base de apoio logística de B.V.C.Branco
Câmara Municipal de Castelo Branco EMGFC
POVT‐12‐0435‐FCOES‐000105 Construção de Quartel dos Bombeiros Municipais de Abrantes
Câmara Municipal de Abrantes EMGFC
POVT‐12‐0435‐FCOES‐000051 Construção do Novo Quartel de Bombeiros Voluntários de Barrancos
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Barrancos
EMGFC
POVT‐13‐0157‐FCOES‐000001 Requalificação Ambiental das Bacias Hidrográficas das Lagoas das Furnas e Sete Cidades
SPRAçores ‐ Sociedade de Promoção e Gestão Ambiental, SA
DRPFE
POVT‐13‐0157‐FCOES‐000002 Requalificação e Reordenamento da Frente Marítima da Cidade da Horta
Portos dos Açores, SA DRPFE
POVT‐13‐0157‐FCOES‐000004 Reordenamento do Porto da Madalena
Portos dos Açores, SA DRPFE
Relatório de Execução | 2011
174
As principais conclusões no âmbito das ações de acompanhamento acima identif icadas referem‐se à
composição e organização dos dossiers de operação criados pelos beneficiá rios das operações, face às
orientações descritas no manual de procedimentos do beneficiá rio, assim como à publicitação do
cofinanciamento e à inventa riação dos equipamentos.
De referir que, neste âmbito, se encontram satisfeitas todas as recomendações expressas, com exceção para as
seguintes situações:
≈ A ação de acompanhamento realizada no âmbito da operação POVT‐15‐0245‐FEDER‐000018 – Kit
Escolar nas Escolas Secundárias, decorre da ação realizada em 2010, na qual tinha sido
identif icada uma descontinuidade do audit trail face à ausência de um procedimento de
inventariação dos equipamentos recebidos e de uma orientação uniforme por parte do GEPE
junto das Direções Regionais de Educação (DRE) visadas, e consequentemente junto dos
diferentes estabelecimentos de ensino. Esta limitação inviabilizou a continuação dos trabalhos de
verificação neste contexto, tendo à data sido proposto um conjunto de medidas no sentido de
assegurar a cons istência da pista de auditoria.
≈ Deste modo, em 2011, esta operação foi objeto de uma ação de follow up para verificação do
cumprimento das recomendações e da internalização das medidas propostas, no que se refere à
inventariação f ísica e à traçabilidade dos equipamentos adquiridos, bem como sobre as medidas
de publicitação do cofinanciamento, tendo‐se verif icado a criação pelo beneficiário de uma
plataforma eletrónica de inventa riação no sentido de garantir a vinculação dos estabelecimentos
escolares e suportar a pista de auditoria, subsis tindo contudo em aberto um conjunto de
recomendações associadas à atualização da referida plataforma e à localização dos equipamentos,
estando prevista para o segundo trimestre de 2012 uma nova ação de acompanhamento para a
verificação do cumprimento das mesmas.
≈ No seguimento das ações de acompanhamento às operações POVT‐15‐0353‐FEDER‐000015 ‐
Campo de Futebol Vilhena de Carvalho em Relva Sintética e POVT‐12‐0435‐FCOES‐000051 ‐
Construção do Novo Quartel de Bombeiros Voluntá rios de Barrancos foram identificadas despesas
irregula res relativas a trabalhos, medidos e faturados, não realizados, cuja correção financeira
aguarda concretização.
Seguidamente apresentam‐se alguns indicadores subjacentes às verificações no local realizadas até
31.12.2011. De referir que, para o cálculo dos indicadores, foi considerada a despesa efetivamente
verificada, no que respeita à sua traçabilidade, e a despesa não elegível ou irregular detetada, na data
em que se procedeu à sua verificação física.
Relatório de Execução | 2011
175
Total despesa verificada % Despesa
verificada/Certificada
Despesa não elegível ou irregular (Fundo)
Montante corrigido (Fundo)
Montante recupe rado (Fundo )
149.932.819,13 11,67% 138.283,25 138.283,25 31.102,61
Verificações no local (Art.13º 2b) realizados até 31.12.2011
O montante total de despesas não elegíveis ou irregula res apuradas nas verif icações ao local,
realizadas em 2011, foram corrigidos no início de 2012.
Adicionalmente importa referir que se encontra presentemente em execução o Plano de Ações de
Acompanhamento de 2010 e de 2011, o qual abrange um total de 100 operações, da quais 44 selecionadas no
âmbito do plano de acompanhamento de 2010 e um total de 56 operações relativas ao plano de 2011. As
verificações serão realizadas por recursos externos, prevendo‐se a emissão dos respetivos relatórios durante o
segundo semestre do 2012.
2.7.4.2 Ações de Controlo realizadas por Entidades Externas
Tribunal de Contas Europeu
Na sequência da auditoria realizada pelo Tribunal de Contas Europeu, no 3ºTrimestre de 2010, no âmbito da
Declaração de Fiabilidade re lativa ao exercício de 2010 (DAS2010‐ Programa Operacional Nº
2007PT16UPO001), procedeu‐se, em 2011, ao acompanhamento do processo de contraditório conducente à
emissão do relatório final, o qual ocorreu no 2º semestre do ano, estando presentemente em curso o
acompanhamento das recomendações expressas.
A auditoria teve como objetivo verificar a legalidade e regularidade das despesas decla radas e reembolsadas no
Fundo de Coesão, no âmbito de uma amostra de 6 operações do POVT, estando as principais conclusões
refletidas nos quadros seguintes:
Quadro nº 20 ‐ Operações auditadas pelo TCE (DAS 2010) e Observações Preliminares
Código Operação Designação Beneficiário
POVT‐12‐0146‐FCOES‐000010 Sistemas Integrados de Saneamento em Alta da SIMARSUL: Barreiro /Moita e Seixal Simarsul SA
Relatório de Execução | 2011
176
POVT‐14‐0158‐FCOES‐000002 Infraestruturas do porto do Porto Santo APRAM
POVT‐12‐0146‐FCOES‐000006 Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento do Vale do Ave ‐Alargamento do Sistema de Saneamento.
Águas do Ave SA
POVT‐11‐0151‐FCOES‐000001 CRIL ‐ Buraca/Pontinha EP ‐ Estradas de Portugal
POVT‐11‐0151‐FCOES‐000002 Ligação Ferroviária Sines / Elvas (Espanha) I: Variante de Alcácer (2ª fase)
REFER – Rede Ferroviária Nacional
POVT‐13‐0157‐FCOES‐000001 Requalificação Ambiental das Bacias Hidrográficas das Lagoas das Furnas e Sete Cidades
SPR Açores
Observações prelim inares SIMARSUL APRAM ÁGUAS DO AVE
EP REFER SPR
Açores
Análise Custo‐Benefício (ACB) ‐ a subvenção aprovada excede o défi ce de financiame nto
x x x
x
Especificação de critérios ilícitos de seleção/adjudicação: utilização da "experiência" como critério de adjudicação
x
Insuficiên cia dos controlos da gestão x x x x x
O concurs o não cumpre integralmente as normas relacionadas com a publicidade e/ou transparência previstas nas diretivas europeias relativas aos contratos públicos (aspetos formais): ausê ncia de publicação do anúncio de adjudicaçã o
x
Especificação de critérios ilícitos de selecção/adjudicação: utilização da "experiência" como critério de adjudicação
x
O concurs o não cumpre integralmente as normas relacionadas com a publicidade e/ou transparência previstas nas diretivas europeias relativas aos contratos públicos (aspetos formais): publicação tardia do anúncio de adjudicação
x x
O concurs o não cumpre integralmente as normas relacionadas com a publicidade e/ou transparência previstas nas diretivas europeias relativas aos contratos públicos (aspetos formais): falta de transparência do processo de adjudica ção
x
Despesas não elegíveis x
De referir que foram já rececionadas as conclusões preliminares do acompanhamento efetuado pela DG REGIO
aos resultados da auditoria do Tribuna l de Contas Europeu no âmbito da sua declaração de f iabilidade para
2010, em sede do qual foram encerradas todas as conclusões com exceção das relativas à operação POVT‐13‐
0157‐FCOES‐000001, requerendo as mesmas acompanhamento futuro, a par de uma recomendação dirigida à
Relatório de Execução | 2011
177
Autoridade de Gestão no sentido de verif icar com base numa amostra, as receitas declaradas pelos
beneficiá rios das operações “Subsistema de Saneamento do Barre iro/Moita e do Seixal”, “Alargamento do
Sistema de Saneamento” e “Infraestruturas do porto do Porto Santo”.
Direção Geral Política Regional
Ao longo do ano de 2011, a Direção Geral de Política Regional (DGREGIO) deu continuidade à auditoria
efetuada sobre o trabalho da Autoridade de Auditoria, iniciada em 2010, nos termos do artigo 62º do
Regulamento (CE) nº 1083/2006, incidindo na revisão da auditoria da IGF aos sistemas de gestão e controlo do
POVT.
A mencionada auditoria teve como objetivo principal obter uma segurança razoável de que o trabalho
realizado pela Autoridade de Auditoria está conforme com os requisitos do Regulamento (CE) Nº 1083/2006 do
conselho e avaliar o grau de conf iança que os serviços da Comissão devem atribuir aos resultados do trabalho
da Autoridade de Auditoria apresentados nos relatórios de controlo anuais e nas opiniões anuais transmitidas
ao abrigo dos pontos (i) e (ii) da alínea (d) do artigo 62º do Regulamento (CE) nº 1083/2006 do Conselho, sendo
constituída por missões distintas tendo em vista a repetição das auditorias de operações efetuadas pelo
departamento de auditoria e controlo do IFDR e/ou por auditores externos ao serviço desta entidade e sob a
supervisão da Autoridade de Auditoria.
Neste contexto, o Rela tório Preliminar relativo à Missão 2009/PT/REGIO/J4/785/5, realizada em Novembro de
2010, foi rececionado no 1º trimestre de 2011, incluindo verificações no âmbito da seguinte operação:
Auditoria da DGREGIO ‐ 2010
Missão DGREGIO Operação
2009/PT/REGIO/J4/785/5 POVT‐14‐0158‐FCOES‐000001 – Ligação em Via
Expresso ao Porto do Funchal
No quadro das conclusões preliminares identificadas, designadamente no que respeita ao procedimento para a
empreitada de “Construção da l igação em Via Expresso ao Porto do Funchal”, adjudicado à Tecnovia Madeira,
Sociedade de Empreitadas, SA., pelo valor de 27.900.000,00€ (acrescido de IVA à taxa legal em vigor), a
Comissão Europeia identif icou a utilização de um critério de adjudicação não permitido à luz das Diretivas
sobre contratação pública, designadamente a consideração do preço médio na avaliação das propostas.
Relatório de Execução | 2011
178
A resposta da Autoridade de Gestão, em sede de contraditório, foi emitida em Junho de 2011, tendo sido
rececionado o re latório f inal de auditoria, em 10 de maio de 2012, estando o mesmo em análise.
No âmbito da mesma auditoria, a DGREGIO realizou, no último trimestre de 2011, uma nova missão, incluindo
2 operações do POVT.
Auditoria da DGREGIO ‐ 2011
Missão DGREGIO Operação
2009/PT/REGIO/J4/785/7
POVT‐15‐0245‐FEDER‐000037 ‐ Lote 2AC5 ‐ Modernização e Requalificação de Escolas com Ensino Secundário POVT‐15‐0245‐FEDER‐000003 ‐ Modernização e Requalificação de Escolas com Ensino Secundário ‐ Região Norte, Lote 3
O relatório preliminar de auditoria foi igualmente recentemente rececionado, em 24 de abril de 2012, não
tendo s ido levantadas questões de particular relevo, estando presentemente em fase de contraditório.
Autoridade de Auditoria
No decurso do ano de 2011, a Inspeção Geral de Finanças, no desempenho das suas funções enquanto
Autoridade de Auditoria, rea lizou 3 ações no quadro da atividade do POVT:
Auditoria aos Sistemas de Informação do POVT
A presente auditoria consistiu na análise do modelo conceptual e na avaliação da segurança dos Sistemas de
Informação do POVT, na sequência da qual o Relatório Final foi comunicado a esta Autoridade de Gestão em 13
de setembro de 2011, na qual foram identif icadas as seguintes recomendações que se encontram em fase de
implementação pela Autoridade de Gestão.
Cabe salientar que a decisão de extinção da entidade que presta apoio informático à Autoridade de gestão do
POVT – Secretaria‐Geral do ex‐Ministério Obras Públicas, Transportes e Comunicações – e a concentração de
competências na nova Secretaria‐Geral do Ministério da Economia e Emprego nos levaram a equacionar a
implementação de algumas das recomendações constantes do Plano de Continuidade do Negócio e do
relatório de auditoria em referência após a concretização desta a lteração orgânica.
Relatório de Execução | 2011
179
Quadro nº 21 ‐ Auditoria aos Sistemas de Informação do POVT ‐ Recomendações
Recomendação
Preparar e iniciar a implementação do Plano de Segurança, consciencializando a Direção sobre a sua
funcionalidade com: ‐ Introdução do conceito de segurança na visão estratégica da organização; ‐Divulgação das
regras básicas de segurança aos funcionários e restantes trabalhadores.
Com base nos relatórios da Análise dos Riscos Físicos e Ambientais, Maturidade (Cobit) e Impacto no Negócio
(BIA), proceder à implementação das respetivas recomendações e das melhores soluções de proteção e
segurança da informação.
Conceber e publicar as políticas, normas e procedimentos escritos para a segurança da informação, por exemplo,
publicar a política de utilização dos ativos de informação (software e hardware) e de tudo o que se relacione com
a segurança física.
Nomear, formalmente, um responsável pela segurança dos sistemas de informação.
Criar e formalizar a nomeação do Conselho de Segurança do Sistema de Informação.
Implementar a primeira fase do plano global de segurança que inclui os objetivos de análise de risco, a estratégia
a seguir e o plano de ação.
Completar e iniciar a implementação de um Plano de Continuidade do Negócio.
Após a aceitação formalmente das normas e dos procedimentos escritos de segurança, devem ser promovidas
ações de sensibilização para todos os trabalhadores da organização.
Os responsáveis pela segurança devem dispor de uma ferramenta de gestão de risco que permita planear,
registar, analisar e acompanhar o tratamento dos riscos ao nível da segurança de informação, da continuidade
do negócio e da gestão de serviços das tecnologias de informação.
Auditoria de sistemas no domínio da contratação pública – FEDER
A Autoridade de Auditoria realizou, no 2º trimestre do ano, uma auditoria específ ica com o objetivo de verifica r
o eficaz funcionamento do s istema de gestão e controlo do POVT no domínio dos procedimentos adotados pela
Autoridade de Gestão, ao nível das verificações no domínio da contratação pública, de modo a dar uma
garantia razoável de que as declarações de despesas apresentadas à CE são corretas e, consequentemente, de
que as transações subjacentes respeitam a legalidade e a regularidade.
Neste contexto, as verificações realizadas incidiram sobre uma amostra final constituída por 10 operações,
abrangendo 15 procedimentos de contratação:
Relatório de Execução | 2011
180
Quadro nº 22 Auditoria de Sistemas no domínio da Contratação Pública
Projecto Beneficiário Designação do Contrato Fornecedor Valor da Adjudicação
POVT‐11‐0151‐FCOES‐000004
Rede Ferroviária Nacional ‐ REFER, EPE
Empreitada de modernização da Estação da Raquete
NEOPUL 5.991.163,00
Empreitada com Elaboração de Projeto para a Linha de Sines – Remodelação de
Sinalização da Estação da Raquete Dimetronic 4.623.621,12
POVT‐12‐0146‐FCOES‐000070
Águas de Trás‐os‐Montes e Alto Douro, SA
Construção das Estações de Tratamento de Águas Residuais do Douro Sul ‐ Lote 2
CHUPAS E MORRÃO 3.026.178,00
Prestação de Serviços de Fiscalização, Gestão de Qualidade e Coordenação de Segurança em Obra das Empreitadas das PITAR do Alto Tâmega, Douro Norte e 2ª fase do saneamento do Douro Norte
Cinclus ‐ Planeamento e Gestão de
Projetos, S.A.
538.796,00
POVT‐12‐0146‐FCOES‐000105
Instituto da Água
Prestação de serviços de Investigação e Desenvolvimento do Dominio Agricola para a criação da primeira fase do sistema de
Previsão e Gestão Secas
Universidade de Évora 50.000,00
Aquisição de serviços especializados de apoio à implementação do Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água
(PNUEA), nomeadamente nas operações “Escola Eficiente” e “Divulgação e
Sensibilização
Ganheficiência, Consultoria e
Gestão Financeira e
Energét ica, Lda.
74.000,00
POVT‐12‐0146‐FCOES‐000115
Município do Pombal
Empreitada de Construção da Conduta Adutora entre a Mata do Urso e Caxaria
Oliveiras, S.A. 1.370.931,47
POVT‐12‐0435‐FCOES‐000092
Autoridade Nacional de Proteção Civil
Assessoria Jurídica no processo de aquisição de 95 viaturas operacionais de
proteção e socorro
Sérvulo Correia e associados 60.000,00
POVT‐13‐0157‐FCOES‐000002
Administração dos Portos do Triângulo e do Grupo Ocidental, S.A.
Serviços de planeamento, coordenação e fiscalização da empreitada de
requalificação e reordenamento da frente marítima da cidade da Horta ‐ 1ª fase
Norma Açores/Consul
mar Açores/Gabinet
e 118
404.551,30
POVT‐11‐0150‐FEDER‐000002
APDL‐Administração dos Portos do Douro e Leixões, SA
Contrato 13/09 Colocação de Material Rochoso do Terminal Multiusos no Molhe
Sul do Porto de Leixões ‐ Trabalhos complementares
OBRECOL ‐ Obras e
Construções, SA 95.524,38
POVT‐12‐0659‐FEDER‐000001
ERSUC ‐ Resíduos Sólidos do Centro, SA
Conceção, construção e fornecimento de uma TMB EDIFER, SA 70.716.035,00
Coordenação, controlo e fiscalização da empreitada de construção das TMB
Consórcio PROMAN, SA e PENGEST, SA
643.870,00
POVT‐15‐0245‐FEDER‐000018
Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação
Aquisição dos bens e serviços necessários ao fornecimento, instalação, manutenção e help‐desk de computadores pessoais para as escolas públicas do 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário
Hewlett‐Packard
Portugal, LDA 20.770.225,50
POVT‐16‐0173‐FEDER‐000009
AG (Assistência Técnica)
Contrato de aquisição de serviços de consultoria e assistência técnica (PPP)
Vitor Almeida & Associados, SROC, Lda
72.500,00
Contrato para prestação de serviços de higienização e limpeza às instalações do Programa Operacional Valorização do
Território
SGL ‐ Sociedade Geral de
Limpezas, SA 56.314,56
Relatório de Execução | 2011
181
Na sequência da auditoria, e no que respeita ao funcionamento do Sistema de Gestão e Controlo do POVT,
concluiu‐se que o mesmo se revela adequado, sendo que a generalidade das recomendações respeita a
ajustamentos de melhoria dos procedimentos de controlo interno, encontrando‐se já prevista a respetiva
implementação por parte da Autoridade de Gestão.
As principais observações de auditoria respeitam aos aspetos que seguidamente se descrevem:
Quadro nº 23 ‐ Auditoria de S istemas no domínio da Contratação Pública ‐ Conclusões
Conclusões
Apesar da Descrição dos Sistemas de Gestão e Controlo referir que todos os projetos serão objeto de uma
verificação no local durante a sua execução, observámos que o nível de tais verificações é muito reduzido.
Encontra‐se em curso na AG um processo de aquisição de serviços com vista a ultrapassar esta insuficiência.
A organização documental necessária para seguir a pista de auditoria revelou fragilidades, decorrentes da
dispersão dos documentos, bem como da falta de identificação da sua localização. A AG referiu que este
problema será solucionado a curto prazo mediante a operacionalização no Sistema de Informação do módulo de
gestão documental;
O Sistema de Informação do Programa não obstante as melhorias implementadas quanto à informação ao nível
dos contratos públicos de cada projeto, ainda não permite a extração direta dos dados sobre os procedimentos
de contratação registados, aspeto que a AG prevê resolver em Outubro próximo, com a entrada em exploração
do módulo Business Intelligence.
Ao nível da legalidade e regularidade das operações auditadas, apesar de não terem sido detetadas
irregularidades de montante significativo, a AG deverá manter procedimentos que assegurem junto dos
beneficiários a aplicação de princípios de boa gestão financeira, tendentes a limitar o recurso a ajustes diretos
por consulta a uma única entidade.
Na operação POVT‐07‐0150‐FEDER‐000002 foi detetada uma despesa não elegível, no valor de €13.240,80,
relativa a trabalhos a mais, que correspondeu a uma situação pontual decorrente de um lapso nos
procedimentos de gestão. A AG já iniciou o processo para a correção da situação.
Auditoria à Missão da DGREGIO (2009PTREGIOJ4785_3) sobre o trabalho realizado nos termos do artigo 62º do
Regulamento (CE) nº 1083/2006, do Conselho. Revisão da auditoria da IGF ao sistema de gestão e controlo do
POVT. (Parque Escolar‐ Lote3)
No seguimento da Missão 2009/PT/REGIO/J4/785/3, realizada no 1º semestre de 2010, a DGREGIO solicitou à
Inspeção Geral de Finanças (IGF), no desempenho das funções enquanto Autoridade de Auditoria, a análise de
Relatório de Execução | 2011
182
um procedimento de contratação por negociação sem publicação prévia de anúncio, adotado no contexto da
operação POVT‐15‐0245‐FEDER‐000003 ‐ Modernização e Requalificação de Escolas com Ensino Secundário ‐
Região Norte, Lote 3, no sentido de obter uma opinião sobre a respetiva legalidade.
Em resposta à recomendação da DGREGIO, a IGF procedeu a uma auditoria no âmbito da referida operação na
sequência da qual concluiu pelo incumprimento de alguns princípios fundamentais que regem a matéria da
contratação pública, quer a nível nacional, quer comunitário (v.g. princípios da publicidade, transparência,
concorrência e igualdade de tratamento operadores económicos), determinando a aplicação de uma correção
financeira de 25% sobre o montante das despesas aceites no âmbito do contrato em apreço.
De referir que a conclusão identif icada relativamente ao procedimento de contratação por negociação sem
publicação prévia de anúncio analisado no contexto da operação POVT‐15‐0245‐FEDER‐000003 é extensível a
outros procedimentos desencadeados pelo beneficiário (Parque Escolar, EPE), designadamente nas operações
POVT‐15‐0245‐FEDER‐000001 ‐ Modernização e Requalificação de Escolas com Ensino Secundário ‐ Região do
Alentejo, Lote 1 e POVT‐15‐0245‐FEDER‐000002 ‐Modernização e Requalificação de Escolas com Ensino
Secundário ‐ Região do Alentejo, Lote 2, sendo que as respetivas correções financeiras foram já efetuadas.
Por último importa referir que no cumprimento das funções que lhe estão cometidas, enquanto Autoridade de
Auditoria, a IGF procedeu à elaboração do relatório anual de controlo e à emissão de parecer (Anexo XVII)
quanto a eficácia do funcionamento dos sistemas de gestão e controlo, nos termos do n.º1, alínea d), subalínea
ii), do artigo 62º do regulamento (CE) n.º1083/2006 e do n.º2 do artigo 18.º do regulamento (CE) nº
1828/2006, no sentido de assegurar que as declarações de despesas apresentadas à Comissão são corretas e,
consequentemente, de que as transações subjacentes respeitam a legalidade e a regularidade.
No âmbito das conclusões retiradas a Autoridade de Auditoria declarou que os procedimentos desenvolvidos
no âmbito do sistema comum 2 (POVT e PO Assistência Técnica) respeitam a descrição dos sistemas de gestão
e controlo enviadas oportunamente à CE, pelo que, embora carecendo de melhorias, funcionam e
salvaguardam o cumprimento dos requisitos aplicáveis, estimando um erro provável na ordem dos 1,57%,
abaixo do limiar da materialidade de 2% definido.
Estrutura de Auditoria Segregada (EAS)/IFDR
No âmbito do estabelecido nos artigos 20º e 22º do DL nº312/2007 de 17 de Setembro republicado pelo DL nº
74/2008 de 22 de Abril e alterado pelo DL nº 99/2009 de 28 de Abril, a Estrutura de Auditoria Segregada do
IFDR realizou, em 2011, uma Auditoria a 68 operações cof inanciada pelo POVT para verificação da regularidade
e legalidade das despesas certificadas à Comissão Europeia no período de 01‐01‐2010 a 31‐12‐2010.
Relatório de Execução | 2011
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O relatório fina l de auditoria, remetido à Autoridade de Gestão em Fevereiro de 2012, formulou as seguintes
recomendações:
Quadro nº 24 ‐ Principa is recomendações da auditoria da Estrutura de auditoria Segregada/IFDR
PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES SOBRE AS OPERAÇÕES AUDITADAS
O montante global de correções financeiras, relativo às operações da amostra com incidência neste PO,
nomeadamente POVT‐15‐0245‐FEDER‐000001; POVT‐15‐0245‐FEDER‐000002; POVT‐15‐0245‐FEDER‐000003;
POVT‐15‐0245‐FEDER‐000004; POVT‐15‐0245‐FEDER‐000018, ascende a 18.597.214,79€ ao qual corresponde uma
comparticipação FEDER de 15.807.413,65€.
Importa destacar que, do montante global de correções financeiras apuradas na presente auditoria, foi já refletida,
no pedido de certificação de despesa n.º 12/2011, de 15 de Novembro, a regularização de 18.596.120,25€, nos
termos acima explicitados.
OBSERVAÇÕES COM INCIDÊNC IA NOS SISTEMAS DE GESTÃO E CONTROLO
Nos casos relativos a adiantamentos contra‐fatura, as correspondentes regularizações (apresentação à Autoridade
de Gestão dos comprovativos do pagamento integral das despesas incluídas nos respetivos adiantamentos),
deverão processar‐se de acordo com as condições constantes dos contratos de financiamento celebrados para o
efeito em causa, desde que consentâneas ou mais restritivas que as estabelecidas nos Regulamentos Específicos
e/ou no Regulamento Geral FEDER e do Fundo de Coesão, aplicáveis nesse âmbito.
Ainda relativamente às condições de adiantamentos contra‐fatura, quando não se verifiquem as situações
acima descritas, deverá ser supletivamente observado o disposto mais restritivo inscrito no Regulamentos
Específicos aplicável e/ou no Regulamento Geral FEDER e do Fundo de Coesão.
Neste contexto, refere‐se que, no âmbito das operações POVT‐12‐0233‐FCOES‐000001, POVT‐12‐0435‐FCOES‐
000001, POVT‐12‐0435‐FCOES‐000089, POVT‐15‐0245‐FEDER‐00018, foram detetadas situações em que não foi
cumprido o prazo máximo para a apresentação à Autoridade de Gestão dos comprovativos do pagamento integral
das despesas incluídas nos respetivos adiantamentos, fixado nos respetivos contratos de financiamento
celebrados.
A este propósito, relevando as alegações sobre esta problemática, proferidas pela Autoridade de Gestão, no
exercício do contraditório, em particular as referentes às operações POVT‐12‐0435‐FCOES‐000001, POVT‐12‐0435‐
FCOES‐000089 (vertidas nos respetivos Anexo I), consideramos que a Autoridade de Gestão deverá diligenciar no
sentido dos procedimentos de análise refleti rem o acima exposto.
Relatório de Execução | 2011
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De referir que a Autoridade de Gestão deste Programa e os beneficiá rios das operações auditadas no âmbito
da mencionada auditoria, têm procedido à adoção das correções e recomendações propostas pela Estrutura de
Auditoria Segregada do IFDR.
No que respeita às correções financeiras propostas pela Estrutura de Auditoria Segregada às operações POVT‐
15‐0245‐FEDER‐000001; POVT‐15‐0245‐FEDER‐000002; POVT‐15‐0245‐FEDER‐000003; POVT‐15‐0245‐FEDER‐
000004 da Parque Escolar,EPE e à operação POVT‐15‐0245‐FEDER‐000018‐ Kit Tecnológico nas Escolas
Secundárias, estas foram regula rizadas já em 2012, encontrando‐se por recuperar um montante parcial da
dívida, 7.031,28€, correspondente à operação POVT‐15‐0245‐FEDER‐000001, para o qual já foram iniciados os
procedimentos de recuperação.
Autoridade de Certificação
Em 2011, a Autoridade de Certificação não realizou qualquer auditoria/verificação na AG relativamente ao
envio das respetivas decla rações de despesas apresentadas pelo POVT e pedido de pagamento Intermédio à
Comissão Europeia.
Contudo, no âmbito do processo de certif icação de despesas, foram considerados pela Autoridade de
Certif icação os resultados da Auditoria da Estrutura de Auditoria Segregada às operações cofinanciadas pelo
POVT e os resultados das ações de acompanhamento realizadas pela Autoridade de Gestão.
Assim, não foi considerada, para efeitos de certif icação, um montante total de despesa FEDER de €
60.178.302,30€, dos quais 48.602.134,79€ respeitam a operações a transitar para os Programas Operacionais
Regionais, e um montante total de despesa de Fundo de Coesão de 938.924,66€, conforme discriminado no
quadro abaixo:
Quadro nº 25 Despesa retirada pela Autoridade de Certificação como medida preventiva
FEDER
Controlo/Auditoria Código Operação Medida
Preventiva_AC
IFDR/UC/NFFC POVT‐15‐0598‐FEDER‐000001‐ Iniciativa JESSICA 5.324.034,06€
EAS IFDR‐ Auditoria Despesa certificada 2009
POVT‐16‐0173‐FEDER‐000001‐ Assistência Técnica POVT 2007/2008
5.254,50€
EAS IFDR‐ Auditoria Despesa certificada 2009
POVT‐16‐0173‐FEDER‐000004‐ Assistência Técnica POVT 2009
5.040,73€
EAS IFDR – Auditoria despesa POVT‐15‐0245‐FEDER‐000001‐ Modernização e requalificação de escolas com ensino secundário ‐
24.364,09€
Relatório de Execução | 2011
185
certificada 2010 região do Alentejo, Lote 1
EAS IFDR – Auditoria despesa
certificada 2010
POVT‐15‐0245‐FEDER‐000003 ‐ Modernização e requalificação de escolas com ensino secundário ‐
Regiões Norte, lote 3 85.277,26€
EAS IFDR – Auditoria despesa
certificada 2010
POVT‐15‐0245‐FEDER‐000004 ‐ Modernização e Requalificação de Escolas com Ensino Secundário ‐
Região Norte e Centro ‐ Lote 4 1.266.012,57€
EAS IFDR – Auditoria despesa certificada 2010
POVT‐15‐0245‐FEDER‐000018 ‐ Kit Tecnológico nas Escolas Secundárias 1094,54€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000001‐ Recuperação Geral das instalações da Escola básica de João de Meira
4.865.089,76€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000002‐ Requalificação da Escola Básica dos 2º e 3º ciclos D. Nuno Alvares
Pereira
5.284.168,74€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000003 ‐ Substituição parcial das instalações da Escola Básica de Diogo Cão
754.446,85€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000004 ‐ Recuperação geral das instalações da Escola Básica de Leça da Palmeira
3.789.614,55€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000005‐ Recuperação geral das instalações da Escola Básica de Matosinhos
4.150.504,40€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000007 ‐ Substituição parcial das instalações da Escola Básica de Soares dos Reis
770.832,38€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000008‐ Construção de nova Escola Básica em S. João da Madeira
5.344.158,87€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000009 ‐ Requalificação e Ampliação da Escola Básica de Paços de Brandão
1.192.254,47€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000010 ‐ Requalificação Global da EB 2/3 e Secundária de S. Martinho do Porto
122.518,92€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000011 ‐ Criação da Escola Básica de Freamunde
3.243.656,98€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000012‐ Requalificação da Escola EB 2,3 D. Miguel de Almeida
3.132.527,73€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000013 ‐ Recuperação parcial das Instalações da Escola Básica de Rosa Ramalho
588.193,66€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000014 ‐ Ampliação da Escola Básica de Lanheses
1.037.701,31€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000015 ‐ Substituição Integral da Escola Básica de S. Tomé de Negrelos
3.972.653,00€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000016 ‐ Construção da Escola Básica de Nogueira
4.099.935,68€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000020‐ Requalificação da Escola EB2,3 Dr. Chora Barroso
14.091,56€
Operações a transitar para outros PO POVT‐15‐0797‐FEDER‐000021 ‐ Substituição Integral 3.803.463,40€
Relatório de Execução | 2011
186
no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
das Instalações da Escola Básica de Baltar
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000022 ‐ Substituição Integral das Instalações da Escola Básica de Cabeceiras de
Basto
3.972.858,51€
Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER
POVT‐15‐0797‐FEDER‐000023 – Escola Básica de Felgueiras
3.328.553,78€
Total 60.168.007,07€ Fundo de Coesão
Controlo/Auditoria Código Operação Medida Preventiva_AC
EAS IFDR‐ Auditoria Despesa certificada 2009
POVT‐12‐0146‐FCOES‐000008‐ Sistema Multi‐Municipal de Saneamento da Ria de Aveiro
4.741,88€
EAS IFDR‐ Auditoria Despesa certificada 2009
POVT‐12‐0233‐FCOES‐000001‐ Alimentação artificial das praias da Costa da Caparica de S.João da Caparica 2.994,90€
Ação de Acompanhamento 2009 POVT‐12‐0233‐FCOES‐000004‐ Defesa Aderente do
Bairro de Silvade ‐ Espinho 88,15€
Ação de acompanhamento 2009 POVT‐12‐0233‐FCOES‐000005‐ Requalificação
Ambiental da Praia de Melides Grândola 22.381,36€
EAS IFDR‐ Auditoria Despesa certificada 2009
POVT‐14‐0158‐FCOES‐000002‐ Infra‐estruturas do Porto de Porto Santo 263.461,64
Ação Acompanhamento EMGFC 2011 POVT‐12‐0435‐FCOES‐000051‐ Construção do novo quartel de bombeiros voluntários de Barrancos 645.256,73
Total 938.924,66€
No que se refere à suspensão de despesas no âmbito da auditoria da Estrutura de Auditoria Segregada do IFDR
às despesas certif icadas em 2009, estas decorrem de correções financeiras com as qua is a Autoridade de
Gestão não concorda pelo que ainda não se procedeu à sua regularização. Neste contexto, foi colocada à
consideração do IFDR, o cabal escla recimento destas situações de molde a se proceder ao levantamento das
mesmas, tendo sido recentemente agendada uma reunião para encerramento das questões.
Quanto às despesas suspensas por recomendações de ações de acompanhamento do POVT de 2009, estas
serão regula rizadas aquando do encerramento das respetivas operações.
Por último, no que se refere aos restantes controlos/auditorias, que originaram a suspensão de despesas, estão
em curso os trabalhos de regularização.
Relatório de Execução | 2011
187
3. EXECUÇÃO POR EIXO PRIORITÁRIO
Os Indicadores de Eixo apresentados neste ponto e nos pontos seguintes estão de acordo com os Indicadores
de eixo atualmente em vigor, de acordo com o texto do POVT, após a aprovação da reprogramação técnica do
Programa pela Comissão Europeia, através da Decisão C (2011) 9334, de 09 de Dezembro, no âmbito da qual
foram revistos os indicadores e algumas metas, adequando ambos às alterações introduzidas no âmbito da
reprog ramação e à fase de evolução do Programa.
Alguns dos indicadores agora introduzidos, refletem a evolução no que respeita à sua realização em anos
anteriores, dado que no âmbito da referida revisão dos Indicadores de eixo, apenas se procedeu à alteração da
sua designação. Essas situações estão devidamente assinaladas.
Relativamente às alterações introduz idas nos Core Indicators, já foram devidamente explicitadas no ponto
2.1.1.
Do formato indicado para apresentação das tabelas relativas aos indicadores, optámos por retirar a coluna
relativa ao ano 2007, que não apresenta quaisquer valores de realização contratada ou executada e a coluna
relativa ao “Total”, dado que os valores apresentados reportados a 2011 são valores acumulados.
Ainda de forma transversal ao Eixo e tal como já havia sublinhado no Relatório de Execução de 2010, sendo a
igualdade de oportunidades entre mulheres e homens uma prioridade horizontal a todos os Eixos Prioritários
do Programa, esta não assume a mesma expressão em todos eles, nem poderia, dada a natureza das
intervenções financiadas nos diferentes Eixos, que na maior parte dos casos apenas permite um contributo
indireto para esse desígnio ou, dito de outra forma, apenas permite reforça r as condições de base à
implementação de políticas ativas de promoção da igualdade de género, nomeadamente no acesso a bens,
serviços e equipamentos coletivos.
Relatório de Execução | 2011
188
3.1 Eixo Prioritário I – Rede e Equipamentos Estruturantes Nacionais de Transportes e
Mobilidade Sustentável (FC)
3.1.1 Cumprimento de metas e análise de progressos
A tabela seguinte apresenta, com base no conjunto de Indicadores de Eixo e ainda de Indicadores Comuns
Comunitários aplicáveis, os principais resultados alcançados até ao f inal de 2011.
Tabela 3.1.: Realização Física do Eixo Prioritário 1
Indicadores 2008 2009 2010 2011 2015
Indicadores Eixo (alínea c) do n.º 1 do artigo 37.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006
1. Km de Ferrovia construída/beneficiada em bitola europeia
Realização Contratada
Realização Executada Meta 89
Valor de Referência
2. Tempo de percurso Lisboa‐Madrid ( ligação direta)
Realização Contratada Realização Executada Metas 3:49 Valor de Referência / Situação de Partida
3. Km de Ferrovia construida/beneficiada em bitola ibérica
Realização Contratada 29 37,28 111,28 Realização Executada 46,28 Metas 40 193 Valor de Referência / Situação de Partida
4. Km de Ferrovia eletrif icada
Realização Contratada 29 37,28 102,28
Realização Executada 37,28
Metas 75 105 Valor de Referência / Situação de Partida
5. Km de Ferrovia construída/beneficiada relativa a transportes urbanos limpos
Realização Contratada
Realização Executada
Metas 8
Valor de Referência / Situação de Partida
6. Mercadorias Transportadas
Realização Contratada 1.200.000 2.100.000 2.574.000 Realização Executada 185.250 Metas 4.300.000 Valor de Referência / Situação de Partida
7. Km de Rede Viária construída/beneficiada/retif icada em perfil auto‐estrada inserida nas RTE‐T
Realização Contratada 4,42 4,42 4,42
Realização Executada 3,65
Metas 3 137 Valor de Referência / Situação de Partida
Relatório de Execução | 2011
189
8. Ganhos em tempo de percursos nos troços intervencionados do IP4 (em minutos): Porto‐Bragança Lisboa‐Bragança Guarda‐Bragança
Realização Contratada Realização Executada
Meta
50 35 45
Valor de Referência
9. Ganhos em tempo de percurso com o fecho da CRIL (em minutos): Buraca‐Pontinha Algés‐Loures Ponte Vascoda Gama‐A5 Parque das Nações‐Centro
Realização Contratada
10 4 3 4
Realização Executada
10 4 3 4
Meta
10 4 3 4
Valor de Referência
10. Nº de Projetos apoiados que visam o reforço das acessibilidades e a requalificação de Portos
Realização Contratada 4 4 7
Realização Executada 3
Meta 2 6
Valor de Referência Indicadores Comuns Comunitários (core indicators)
Transportes 13. Nº de Projectos (Transportes)
Realização Contratada
1 6 8 12
Realização Executada 6
Transportes 14. Nº de Km de Novas Estradas
Realização Contratada
2,35 8,77 8,77 8,77
Realização Executada
3,65
Transportes 15. Nº de Km de Novas Estradas nas RTE
Realização Contratada ‐ ‐ 4,42
Realização Executada
3,65
Transportes 16. Nº de Km de Estradas Reconstruídas
Realização Contratada
‐ ‐ ‐ _
Realização Executada
‐
Transportes 17. Nº de Km de Novas Ferrovias
Realização Contratada
29 29 38
Realização Executada 38
Transportes 18. Nº de Km de Novas Ferrovias nas RTE
Realização Contratada
29 29 38
Realização Executada 38
Transportes 19. Nº de Km de Ferrovias reconstruídas
Realização Contratada
8,28 73,28
Realização Executada 8,28
Transportes 20. Valor (em euros/ano) dos
Realização Contratada
n.d n.d n.d
Relatório de Execução | 2011
190
ganhos nos tempos de percurso, gerado pelos projectos de construção e reconstrução de estradas (mercadorias e passageiros)
Realização Executada
Transportes
21. Valor (em euros/ano) dos ganhos nos tempos de percurso, gerado pelos projectos de construção e reconstrução de ferrovias (mercadorias e passageiros)
Realização Contratada
n.d n.d n.d
Realização Executada
‐
Transportes
22. Acréscimo de população servida por intervenções de expansão de sistemas de transporte urbanos
Realização Contratada
‐
Realização Executada ‐
Alterações Climáticas
30. Redução de emissões de gases com efeito de estufa (CO2 equivalentes Kt)
Realização Contratada
n.d n.d n.d
Realização Executada
Competitividade das Cidades
40. Nº de projetos que visam estimular a atividade empresarial, o empreendedorismo e a utilização das novas tecnologias
Realização Contratada
n.d. n.d. n.d.
Realização Executada
Nota: as realizações relativas aos anos 2009 e 2010 assinaladas a sombreado, resultam de correções efetuadas à informação reportada nos
anos anteriores e justificadas no ponto 2.1.1 deste relatório.
3.1.2 Análise qualitativa
Por decisão da Comissão Diretiva de 22 de dezembro de 2011, baseada numa análise efetuada por operação,
transita ram do (anterior) Eixo VII para o Eixo I todas as operações apresentadas e aprovadas naquele Eixo, nos
termos da reprogramação aprovado em 9 de dezembro e de acordo como artigo 36º do Regulamento Geral
FEDER e Fundo de Coesão aprovado pela CMC do QREN em 21 de dezembro de 2011. Assim, a análise deste
Eixo reflete a evolução verificada nos antigos Eixos I e VII.
Durante o ano de 2011, para além do Aviso relativo ao período de apresentação de candidaturas em contínuo,
ao abrigo do antigo Eixo 1 (tipologia relativa à Redes e Equipamentos Nacionais de Transportes), foi aberto em
2011 um Aviso para apresentação de candidaturas relativas às Infraestruturas para a Conectividade Territorial
(Aviso POVT‐50‐2011‐43). Ao abrigo deste Aviso, verificou‐se a apresentação de uma candidatura na tipologia
relativa às infraestruturas portuárias ‐ Melhoria das acessibilidades marítimas do Porto de Aveiro:
prolongamento em 200m do molhe norte, da responsabilidade da Adminis tração do Porto de Aveiro, SA, com
um valor de Fundo de Coesão solicitado de 18 milhões de euros.
Relatório de Execução | 2011
191
Para além desta operação, foram aprovadas em 2011 3 outras operações que tinham s ido apresentadas em
2010: 2ª Fase de Ampliação do Molhe Leste do Porto de Sines, Ramal de Ligação Ferroviária ao Porto de Aveiro
e Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) III: Modernização do troço Bombel e Vidigal a Évora.
Assim, para o montante total de Fundo comprometido com projetos aprovados (663 milhões de euros), que
representa cerca de 55,3% do total de Fundo de Coesão programado no novo Eixo I, foram aprovadas durante
o ano de 2011 operações que contribuíram em cerca de 106 milhões de euros para aquele valor.
Quadro nº 26 ‐ Ponto de s ituação dos Avisos do Eixo I
Considerando, no conjunto dos Avisos de Abertura acima assinalados, um nível de procura de 1.138 milhões de
euros de financiamento, os valores de aprovação registados no f inal de 2011 correspondiam a cerca de 58%
daquele valor.
Este nível de compromisso prende‐se com algumas dificuldades que ainda existiam no final de 2011
relativamente às condições de aprovação de algumas das candidaturas apresentadas, nomeadamente no que
respeita à Ligação Ferroviária Convencional Sines / Elvas (Espanha) IV: Sub‐troço Évora‐Caia, incluída no
concurso público re lativo à PPP1 (em conjunto do troço Poceirão‐Caia da Alta Velocidade) e que aguardava o
visto do Tribunal de Contas, bem como as candidaturas relativas à Linha do Minho: Variante Trofa e a
Autoestrada Transmontana, em relação às quais decorria o processo de revisão dos estudos económico‐
financeiros e as ACB, não estando ainda em condições de aprovação. Estas 3 candidaturas envolvem um valor
Fundo solicitado de 371 milhões de euros.
Relativamente ao avanço do nível de execução financeira do Eixo, verifica‐se uma taxa de cerca de 17%
relativamente ao Fundo programado e uma taxa de realização de 31%, quando considerado o montante Fundo
das operações aprovadas.
Para a baixa taxa de execução financeira do Eixo I contribui essencialmente o fato da operação aprovada
relativa ao troço Poceirão‐Évora da Alta Velocidade não ter qualquer execução, em resultado da opção de
adiamento da decisão quanto à Alta Velocidade para um prazo não especif icado, que só ficou clarificado com a
unid: euros
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Compromiss o
Taxa Exe cução
Taxa Re alização
POVT-51-2007-05 21-Dez-07 1.552.965.525 9 867.721.498 6 595.176.877 186.557.941 188.630.498 38% 12% 31%
POVT-50-2007-02 21-Dez-07 270.000.000 12 252.850.667 7 49.624.902 19.998.142 19.864.506 18% 7% 40%
POVT-50-2011-43 06-Jun-11 26.000.000 1 18.279.901 1 18.279.901 0 0 70% 0% 0%
Total 22 1.138.852.066 14 663.081.680 206.556.083 208.495.004 31%
Aviso Eixo IDotação de cada Avis o
(Fundo)
Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros
Relatório de Execução | 2011
192
não concessão de visto ao contrato da PPP1 por parte do Tribunal de Contas, o que só veio a acontecer em
março de 2012.
Na nível da execução fís ica, a evolução do E ixo I, conforme apresentado na tabela 3.1, reflete para além dos
efeitos da reprog ramação técnica do POVT, com a passagem das elegibilidades do antigo Eixo VII ‐
Infraestruturas para a Conectividade Territorial para o Eixo I, os ajustamentos introduz idos que decorreram da
clarificação de alguns aspetos relacionados com os core indicators e o seu conteúdo, e a consequente correção
dos valores reportados re lativamente à realização contratada reportada em rela tórios anteriores, relativa aos
anos 2008, 2009 e 2010. Estes ajustamentos prendem ‐se essencialmente com a definição das estradas e
ferrovias apoiadas e a reflexão feita sobre as mesmas, em termos de integração nas Redes Transeuropeias de
Transportes (RTE). A avaliação desta questão foi efetuada no âmbito da transição de operações que antes eram
financiadas no Eixo VII, através do FEDER, para o Eixo I, Fundo de Coesão. A este propósito, ver o Ponto 2.1.1 –
Realização física deste Relatório.
Também os core indicators 17, 18 e 19, sofreram ajustamentos na realização contratada face a 2010, dado que
as operações Ramal de Ligação Ferroviária ao Porto de Aveiro (9 Km) e Ligação Ferroviária Sines – Elvas
(Espanha) I – Variante de Alcácer (2ª Fase (29 Km)), dizem respeito a nova ferrovia construída (indicadores 17 e
18) e as operações Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) II: Estação da Raquete em Sines (8,28 Km) e
Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) III: Modernização do troço Bombel e Vidigal a Évora (65 Km) dizem
respeito a ferrovia reconstruída.
O progresso do Eixo I durante o ano 2011 é realçado pela realização executada dos indicadores, expressa na
Tabela 3.1.
Deste modo, o contributo das operações Ligação Ferroviária Sines – Elvas (Espanha) I – Variante de Alcácer (2ª
Fase), Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) II: Estação da Raquete em Sines e Ramal de Ligação Ferroviária
ao porto de Aveiro, contribuem decisivamente para a execução dos indicadores relativos à ferrovia, estando no
final de 2011, cerca de 46 Km de Ferrovia construída/beneficiada em bitola ibérica, dos qua is 38 km se referem
a via construída e 8Km a via ferroviária reconstruída ‐ Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) II: Estação da
Raquete em Sines. Dos 46 km de linha férrea referidos foram eletrificados 37 km nas operações Ligação
Ferroviária Sines – Elvas (Espanha) I – Variante de Alcácer (2ª Fase e, Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha)
II: Estação da Raquete em Sines).
No que se refere ao indicador “Mercadorias transportadas”, no ano de 2011 foram atingidas 185.250 toneladas
das 474.000 toneladas/ano de mercadorias que é expectável vir a ser transportado com origem/destino no
Porto de Aveiro com a conclusão desta infraestrutura, fundamental para melhorar a atratividade de novos
fluxos de mercadorias por parte do transporte ferroviá rio e para a sua integração em cadeias de transporte
intermodais.
Relatório de Execução | 2011
193
No que respeita à Ligação Ferroviária Sines‐E lvas, como ainda não se encontram concluídos todos os troços
previstos, não se considera que a linha esteja operacional não existindo portanto condições para se atingirem
os resultados previstos no que respeita ao volume de mercadorias transportadas.
Relativamente à rodovia, destaca‐se neste Eixo o reflexo da conclusão da ligação Buraca/Pontinha da CRIL,
inaugurada em Abril de 2011 e que sendo um troço relativamente pequeno (3,65 Km), tem um impacte
positivo muito assinalável na circulação na Área Metropolitana de Lisboa e que é demonstrado pelos ganhos
em tempo de percurso com o fecho da CRIL (indicador 9) ref letidos na tabela 3.1. No entanto, apesar da
conclusão daquele troço, a operação ainda não se encontra totalmente concretizada, faltando o troço do IC 16
entre o Nó da Pontinha e a Rotunda de Benfica, numa extensão de cerca de 770 metros. A realização
contratada do indicador 7 do Eixo Prioritá rio (Km de rede viária construída/beneficiada/retif icada em perfil
autoestrada inserido nas RTE‐T20), traduz o facto de só estar aprovada a CRIL e de ainda não ter sido aprovada a
candidatura re lativa à Autoestrada Transmontana (IP4).
No que respeita ao core indicator 20, dado que a metodologia de cálculo ainda não se encontra estabilizada,
está referenciado como n.d., tendo s ido igualmente retificado o reporte fe ito em relação aos anos 2009 e 2010.
O impacte do investimento em operações rela tivas a Redes e Equipamentos Estruturantes Nacionais de
Transportes e Mobilidade Sustentável (Fundo de Coesão) reflete‐se de forma indireta na questão da igualdade
de oportunidades entre homens e mulheres.
As operações incluídas no Eixo I são grandes empreitadas de infraestruturas rodo e ferroviárias e empreitadas
de infraestruturas incluídas em grandes investimentos de melhorias logísticas e abertura dos portos ao tráfego
internaciona l. Esta área de atuação é tradicionalmente masculina e a participação feminina é reduzida,
sobretudo ao nível da mão‐de‐obra não especializada. A nível de técnicos superiores a situação tem‐se, no
entanto, invertido verif icando‐se, cada vez mais, um maior número de licenciadas em engenharias.
No entanto, estes investimentos em infraestruturas com vista ao transporte de ca rga têm efeitos diretos no
transporte de passageiros. Uma das consequências imediatas é a diminuição dos tempos de deslocação com
consequente aumento da mobilidade. Uma vez que as mulheres são as principais utilizadoras do transporte
público são também as principais beneficiadas neste tipo de investimento que dá um grande contributo para a
conciliação entre o trabalho e a vida familiar.
20 Contribui também para o indicador comum nacional VT‐ICN‐Tri‐009, como se pode ver no anexo I a este relatório.
Relatório de Execução | 2011
194
Neste Eixo e como exemplo de Boas Práticas na aplicação do f inanciamento comunitário, no
caso Fundo de Coesão, destacamos três operações:
CRIL: Buraca/Pontinha da responsabilidade da Estradas de Portugal, SA
Custo Total: 187.416.548€
Financiamento Comunitário: 95.772.660€
Um ano depois da sua conclusão, confirmam‐se a principais previsões no que respeita aos
benefícios que o funcionamento da CRIL, em toda a sua extensão, veio trazer à mobilidade na
Grande Lisboa. O troço entre a Buraca e a Pontinha regista um tráfego médio da ordem dos
50.000 veículos por dia, enquanto os troços adjacentes, previamente existentes, registam
aumentos de procura de cerca de 20.000 veículos por dia. Com o fecho deste anel distribuidor,
verificou‐se a absorção pela CRIL das viagens que anteriormente eram realizadas em vias de
circulação com maior inserção urbana, como a 2ª Circula r ou o Eixo N/S. Na 2.ª circular
verifica‐se uma redução de tráfego da ordem dos 40%, contribuindo signif icativamente para o
seu descongestionamento. Em função dos dados recolhidos, a poupança associada às viagens
realizadas na Grande Lisboa avalia‐se em 25 M€ por ano.
Ao nível da requalif icação do espaço urbano são bem visíveis as melhorias, beneficiando toda
a população dos concelhos da Amadora, Lisboa e Odivelas. Cerca de 1600 famílias vivem hoje
em habitações condignas graças aos processos de realojamento efetuados. Para além de
Relatório de Execução | 2011
195
famílias, foram também realojadas instituições de carácter social, como os escoteiros, uma
associação de moradores e um infantá rio. Foram igualmente efetuadas intervenções de
carácter social em escolas interferidas pela obra, como a construção de um campo desportivo
e de uma horta pedagógica na Escola de Alfornelos e a remodelação da Escola EB1 nº 17 de Stª
Cruz de Benfica.
Ao nível do património arquitetónico destaca‐se a preservação das Portas de Benfica, dos
Aquedutos das Águas Livres e das Francesas, conseguida através de medidas de elevada
valência técnica ímpares a nível mundial, no que se refere ao engenho e complexidade de
implementação.
A soma destes benefícios traduz‐se dia riamente num dos principais objetivos da Estradas de
Portugal: a prestação de um serviço público de qualidade e a melhoria da qualidade de vida da
população.
Ligação Ferroviária ao Porto de Aveiro, da responsabilidade da REFER, EP
Custo Total: 59.309.422€
Financiamento Comunitário: 16.015.563€
Este projeto permitiu completar a ligação por ferrovia do Porto de Aveiro ao Terminal
Intermodal de Cacia (na conf luência com a l inha do Norte) e à Rede ferroviária principal
potenciando a utilização das plataformas logísticas e da articulação multimodal. O processo de
Relatório de Execução | 2011
196
candidatura do projeto ferroviário envolveu a articulação entre a REFER e a Administração do
Porto de Aveiro no estabelecimento de cenários de tráfego ferroviário a partir da
movimentação de mercadorias prevista para o Porto de Aveiro.
Sistemas Operacionais de Supervisão e Segurança, da responsabilidade da Administração do
Porto de Sines, SA
Custo Total: 2.118.237,5 €
Financiamento Comunitário: 783.747,88 €
A operação “Sistemas Operacionais de Supervisão e Segurança” permitiu desenvolver novas
ferramentas tecnológicas de suporte às diferentes dimensões da gestão do Porto de Sines,
quer ao nível operacional quer de segurança e proteção, contemplando também ferramentas
de integração na vertente de planeamento e desenvolvimento futuro do porto. Da
implementação desta operação resultou um conjunto de benefícios concretos que têm
contribuído para manter o Porto de Sines a crescer a bom ritmo e a afirmar‐se no mercado
internaciona l do shipping como porto de referência em modernidade e competitividade.
Os bons resultados da aplicação desta operação têm sido distinguidos a vários níveis,
destacando‐se a escolha do Porto de Sines para a celebração do programa Simplex na
aplicação de tecnologias de informação na adminis tração pública, a receção do galardão de
projeto SIG do ano em 2011 e a seleção das soluções implementadas no Porto de Sines por
Relatório de Execução | 2011
197
outros países, nomeadamente na CPLP, para adoção nos seus portos.
3.1.3. Problemas significativos encontrados na implementação do Eixo Priori tário e Medidas
tomadas
Durante o processo de instrução do Grande Projeto Ligação Ferroviária Sines / Elvas (Espanha) I: Variante de
Alcácer (2ª fase) da responsabilidade da REFER, a Comissão Europeia (CE) levantou algumas questões em
relação à análise custo‐benefício (ACB), sobretudo quanto à necessidade de justif icar e fundamentar os
pressupostos de cálculo utilizados. A resposta a estas questões implicou esclarecimentos adicionais
sistemáticos e morosos por parte do beneficiário.
É de salientar que, não obstante as revisões efetuadas dos Estudos Económico‐Financeiros, não se encontra
ainda aprovado pela Comissão Europeia nenhum dos Grandes Projetos da linha ferroviária de mercadorias
Sines‐Elvas, (Variante de Alcácer e Bombel‐Évora) pelo facto de não ter ainda sido fe ita a revisão dos estudos e
calendário de realização do Projeto globa l “Sines‐Elvas”, à luz da nova solução prevista em 2011 para o
corredor ferroviário Lisboa‐Sines‐Elvas, tendo a Comissão Europeia comunicado à AG a suspensão da análise
desses Grandes Projetos, enquanto ta l revisão não for efetuada. Esta condição foi transmitida à tutela e à
REFER – a AG entendeu então solicitar a reformulação das ACB para as outras operações em análise,
divulgando junto do beneficiário o conjunto de preocupações da CE –, para resposta ao pedido da Comissão, o
que se aguarda.
Este processo, que visou antecipar problemas, teve como consequência imediata atrasos na aprovação das
candidaturas de operações geradoras de receita em análise. Prevê‐se que a aprendizagem decorrente da
experiência entretanto adquirida venha a tornar, no futuro, os processos de decisão mais céleres.
Em relação à tipologia “Construção/benef iciação de Itinerários da rede rodoviá ria principal que constituam
prioridade nacional para o reforço da conectividade e que revelem elevado contributo para o aumento da
qualificação, ordenamento e coesão do território”, a única candidatura admitida foi apresentada em Agosto de
2009, pela Estradas de Portugal, S.A. e diz respeito à conclusão do IP4 – Autoestrada Transmontana.
A instrução desta candidatura apresentava porém um grande conjunto de insuficiências nomeadamente no
que respeita à metodologia de Análise Custo‐Benefício apresentada bem como a fundamentação dos custos e
proveitos atribuídos ao projeto. O processo de reformulação e fundamentação da candidatura prolongou‐se,
tendo a candidatura sido admitida em 01/12/2010. O respetivo processo de análise e decisão não foi concluído
até ao final de 2011. Tratando‐se de uma candida tura no âmbito do IP4, que integra a Rede Transeuropeia de
Relatório de Execução | 2011
198
Transportes, a respetiva operação passou a ser enquadrada no âmbito do Eixo I, no contexto da reprogramação
do POVT em Dezembro de 2011.
Relatório de Execução | 2011
199
3.2. Eixo Prioritário II – Sistemas Ambientais e de Prevenção, Gestão e Monitorização de
Riscos
3.2.1. Cumprimento de Metas e análise de progressos
A tabela seguinte apresenta, com base no conjunto de Indicadores de Eixo Prioritá rio definidos no Programa e
nos Indicadores Comuns Comunitários aplicáveis, os principais resultados alcançado até ao final de 2011 no
âmbito do Eixo II – “Sistemas Ambientais e de Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos”.
Como no âmbito da reprog ramação técnica do POVT, uma das alterações introduzidas ao nível da
reorganização dos Eixos Prioritários do Prog rama foi a concentração de todas as tipologias incluídas nos vários
Domínios de Intervenção rela tivos a Sis temas Ambientais elegíveis ao Fundo de Coesão no Eixo II, a análise nos
pontos seguintes será fe ita relativamente a cada uma das áreas de intervenção que se organizam em torno
deste Eixo.
Cabe referir que, por decisão da Comissão Diretiva do POVT de 22 de dezembro baseada numa análise
efetuada por operação, transitaram dos Eixos VI e VIII para o Eixo II as operações aprovadas naqueles Eixos que
evidenciavam elegibilidade inequívoca ao Fundo de Coesão nos termos da reprog ramação do POVT aprovada
em 9 de dezembro e de acordo com o artigo 36º do Regulamento Geral do FEDER e do Fundo de Coesão,
aprovado pela CMC do QREN em 21 de dezembro de 2011. Salienta‐se que transitaram para o Eixo II todas as
operações aprovadas no âmbito de antigo Eixo VIII e as operações aprovadas no antigo Eixo VI que constituem
Grandes Projetos, por evidenciarem inequivocamente a sua elegibilidade ao Fundo de Coesão, tendo as demais
operações aprovadas nesse Eixo sido mantidas no atual Eixo V (FEDER) enquanto não é escla recida cabalmente
a sua elegibilidade ao Fundo de Coesão, nos termos que foram solicitados à Comissão Europeia.
Tabela 3.2.: Realização Física do Eixo Prioritário 2
Indicadores 2008 2009 2010 2011 2015
Indicadores Eixo (alínea c) do n.º 1 do artigo 37.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006
11. Km de Rede de Abastecimento de Água (nova ou a reabilitar/intervencionar) nos sistemas em baixa e alta
Realização Contratada 488 1687 Realização Executada 223
Metas 760 Valor de Referência / Situação de Partida
12. Km de Coletores de drenagem de águas residuais (novos ou a reabilitar/intervencionar)
Realização Contratada 2.487 3259 Realização Executada 617
Meta 2660
Valor de Referência 13.Nº de Estações de Tratamento de Águas Residuais
Realização Contratada 138 178 359
Relatório de Execução | 2011
200
construídas/remodeladas Realização Executada 158
Meta 250
Valor de Referência
14. População servida com sistemas públicos de abastecimento de água financiados pelo POVT
Realização Contratada 4.487 14.896 1.324.289 Realização Executada 4.644
Meta 200.000
Valor de Referência
15. População servida com sistemas públicos de saneamento de águas residuais urbanas financiados pelo POVT
Realização Contratada 1.579.090 1.910.782 3.357.989 Realização Executada 188.704
Meta 2.000.000
Valor de Referência
16. Km de extensão da costa onde as intervenções reduziram o risco associado á dinâmica costeira
Realização Contratada 22,76 43,85 54,98 Realização Executada 12,96
Meta 50 60
Valor de Referência
17. Km de extensão da costa intervencionada para contenção ou diminuição da ocupação antrópica em área de risco
Realização Contratada 9,75 9,75 11,15 Realização Executada 1,4
Metas 15 30 Valor de Referência / Situação de Partida
18. Nº de projetos de recuperação de áreas contaminadas
Realização Contratada 4 5 9 Realização Executada 2
Metas 4 8 Valor de Referência / Situação de Partida
19. Nº de projetos de reabilitação de áreas mineiras degradadas
Realização Contratada 4 5 12 Realização Executada 5
Metas 15 15 Valor de Referência / Situação de Partida
20. Nº de projetos de prevenção e gestão de riscos naturais e tecnológicos na área da proteção civil apoiados
Realização Contratada 65 102 147 Realização Executada 30
Metas 180 Valor de Referência / Situação de Partida
21. Nº de Barragens da rede primária do EFMA construídas
Realização Contratada 2 2 2 Realização Executada 2
Metas 3 7 Valor de Referência / Situação de Partida
Relatório de Execução | 2011
201
22. Km de extensão da rede primária do EFMA construída
Realização Contratada 44,13 44,13 44,13 Realização Executada 44,13
Metas 80 181 Valor de Referência / Situação de Partida
23. Acréscimo da população servida nos sistemas públicos de abastecimento de água financiados pelo POVT
Realização Contratada 68.559 68.559 68.559 Realização Executada 68.559
Metas 150.000 69.000 Valor de Referência / Situação de Partida
24. Capacidade instalada (1000 ton/ano) de valorização orgânica e energética de RUB no âmbito dos projetos financiados pelo POVT (1000 ton/ano)
Realização Contratada 174,10 219,10 340,10 Realização Executada 30,98
Metas 360,00 Valor de Referência / Situação de Partida
25. Nº de Projetos de Resíduos Sólidos
Realização Contratada 11 Realização Executada 3
Metas 11 Valor de Referência / Situação de Partida
Indicadores Comuns Comunitários (core indicators)
Ambiente
25. Acréscimo de população servida nos sistemas de abastecimento de água intervencionados
Realização Contratada 70.393 73.601 91.507
Realização Executada 73.168
Ambiente
26. Acréscimo de população servida nos sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais intervencionadas
Realização Contratada 1.069.457 1.108.887 1.265.737
Realização Executada 185.602
Ambiente 27. Nº de projetos de Resíduos Sólidos
Realização Contratada 2 4 7 11
Realização Executada 3
Ambiente
29. Área reabilitada (em Km2) no âmbito de intervenções de recuperação de passivos ambientais (áreas degradadas e contaminadas)
Realização Contratada n.d 4 5,2
Realização Executada 4,21
Prevenção de Riscos
31. Nº de projetos (Prevenção de Riscos)
Realização Contratada 19 65 152 213
Realização Executada 45
Prevenção de Riscos
32. População que beneficia de medidas de proteção contra
Realização Contratada 889.535 1.025.099 1.363.922 1.722.740
Relatório de Execução | 2011
202
cheias e inundações Realização Executada 931.535
Prevenção de Riscos
33. População que beneficia de medidas de proteção contra incêndios e outros riscos naturais e tecnológicos (excepto cheias e inundações)
Realização Contratada 1.466.587 5.667.495 7.319.015 7.338.732
Realização Executada 2.016.681
Nota: O indicador de Eixo Prioritário 14 está relacionado com o Objetivo Estratégico do Eixo II que se refere a “Redução das assimetrias
regionais no respeitante aos níveis de atendimento das populações (água e saneamento) e Melhoria do nível de atendimento (águas e
saneamento) e qualidade do abastecimento de água” e portanto só inclui o contributo das operações relativas ao domínio de intervenção
do Ciclo Urbano da Água.
O indicador 23 está relacionado com o Objetivo Estratégico do Eixo II que se refere a “Garantir reservas de água para consumo humano e
industrial, reforçar a cobertura no abastecimento de água à população abrangida pelo EFMA e contribuir para o desenvolvimento
sustentável da região e do País” e portanto só inclui o contributo das operações relativas ao domínio de intervenção do Empreendimento de
Fins Múltiplos de Alqueva.
Nos indicadores de eixo Prioritário 21, 22 e 23, apenas se encontra refletido o contributo das operações relativas ao Domínio de Intervenção
“Empreendimento de fins Múltiplos de Alqueva” do Eixo II. Também para o core indicator 25, para além das operações do Domínio de
Intervenção “Ciclo Urbano da Água”, contribuem também as operações relativas ao Domínio de Intervenção “Empreendimento de Fins
múltiplos de Alqueva”,
3.1.2 Análise qualitativa
As intervenções apoiadas no Eixo II agrupam‐se em torno de diferentes domínios de intervenção, pelo que a
análise que adiante se apresenta incide, de forma individual, sobre cada um deles.
Ciclo Urbano da Água
No domínio de intervenção rela tivo ao “Ciclo Urbano da Água” e por referência ao comportamento do antigo
Eixo II – Rede Estruturante de Abastecimento de Água e Saneamento, verificou‐se uma evolução signif icativa
face a 2010, quer no que respeita ao processo de decisão de candidaturas, quer no que respeita à execução
financeira.
Relativamente ao processo de decisão das candidaturas entradas ao abrigo dos Avisos de 2008 (POVT‐46‐2008‐
13) e de 2009 (POVT‐46‐2009‐27), verifica‐se que no final do ano de 2011 se encontram praticamente
decididos (já existe um nível de decisão dos Avisos superior a 75%), tendo‐se registado um avanço significativo
face a 2010.
Relatório de Execução | 2011
203
Quadro nº 27 ‐ Evolução na decisão dos Avisos do Ciclo Urbano da Água
Ano Candidaturas (acumulado)
Em análise Não Admitidas / Reprovadas / Desistidas
Aprovadas
Admissibilidade Mérito
2009 232 123 1 81 27
2010 268 57 0 116 95
2011 268 16 0 119 133
Permanecem apenas ainda em análise três operações do primeiro Aviso, que são de responsabilidade de
empresas privadas concessionárias dos Municípios e que ainda não foi possível decidir por falta de
demonstração do benefício público decorrente do cofinanciamento comunitário, o que não foi poss ível de
concluir até ao f inal do ano 2011.
Relativamente ao segundo Aviso, ainda se encontravam por decidir, no final de 2011, treze operações, a
maioria das quais essencialmente por motivos que se prendem com a concretização das parcerias Estado
/Autarquias subjacentes ao modelo de investimento e exploração previsto para o desenvolvimento das
infraestruturas em causa.
Quadro nº 28 ‐ Ponto de s ituação dos Avisos do Eixo II ‐ Domínio de intervenção do Ciclo Urbano da Água
O progresso assinalável deste domínio de intervenção em 2011, ficou também marcado pelas determinações
decorrentes da assinatura do 2º Memorando de entendimento entre o Governo e a Associação Nacional de
Municípios, tendo em vista a aceleração da execução do QREN.
No âmbito de referido Memorando, foi decidido que todas as operações promovidas por Municípios,
Associações de Municípios e outras entidades da esfera municipal e ainda não concluídas física e
financeiramente seriam reprogramadas para uma taxa de cofinanciamento de 80% e as despesas apresentadas
durante o ano 2011 seriam majoradas com 5 p.p, ou se ja, pagas com uma taxa de cof inanciamento de 85%. Foi
também adotado um regime de majoração para as operações promovidas por empresas do Grupo AdP no
âmbito da revisão do Regulamento Específico deste Domínio de Intervenção, que previu a majoração para 85%
unid: euros
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Compromiss o
Taxa Exe cução
Taxa Re alização
POVT-46-2008-13 1º Aviso:1-Abr-08
803.000.000 121 546.654.697 36 251.014.699 120.514.951 125.399.421 31% 15% 48%
POVT-46-2009-272º Aviso:1-Jul-09
520.000.000 147 1.580.993.301 97 582.669.225 29.085.301 26.235.545 112% 6% 5%
Total 268 2.127.647.998 133 833.683.924 149.600.252 151.634.966 18%
Eixo II - CUADotação de cada Avis o
(Fundo)
Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros
Aviso
Relatório de Execução | 2011
204
dos pagamentos à AdP desde o início da execução das operações até ao f inal de 2011, mantendo a taxa de
cofinanciamento aprovada para cada operação.
Assim, em virtude desta decisão, exis tiu um reforço no montante de Fundo de Coesão comprometido no
âmbito deste Eixo Prioritário (para além do resultante da aprovação de 38 operações) e um avanço s ignifica tivo
na execução do mesmo, tal como se demonstra no quadro seguinte:
Quadro nº 29 ‐ Evolução nos montantes de fundo comprometidos e executados (2011/2010) no Ciclo Urbano
da Água
unid: euros
2010 2011
Variação 2011/2010
Eixo II ‐ Rede Estruturante de Abastecimento de Água e
Saneamento
Eixo II/DI Ciclo Urbano da Água
Fundo comprometido 397.370.894 833.683.924 110 %
Fundo executado 72.297.060 149.600.252 106 %
Ou seja, o montante de Fundo comprometido e executado no final de 2011 mais que duplicou face à situação
no final de 2010, comportamento este que resulta dos motivos explicitados anteriormente. No entanto, a taxa
de realização dos projetos aprovados no domínio de intervenção mantem‐se inalterada face a 2010 – 18%,
dadas as dificuldades que os beneficiários continuam a sentir no que respeita a assegurar a contrapartida
nacional necessária para a absorção do financiamento comunitá rio bem como as inerentes aos procedimentos
de adjudicação que são desencadeados.
No que concerne à evolução da realização física deste Domínio de intervenção temos a realçar, apesar de não
ter ainda uma expressão s ignifica tiva, algum grau de concretização revelado pelos indicadores de eixo
Prioritá rio e Comuns Comunitários aplicáveis a esta área de intervenção (tabela 3.2).
Deste modo, é de destacar o contributo das operações em execução e as já concluídas neste domínio para a
evidência do avanço do eixo refletida na tabela 3.2, no que respeita ao número de Km de Rede de
Abastecimento de Água (nova ou a reabilitar/intervencionar) nos sistemas em baixa e alta – concretizados 223
dos 1687 previstos nas operações contratadas e revelando um grau de execução face à meta de 29% e ao
número de Km Coletores de drenagem de águas residuais (novos ou a reabilitar/ intervencionar), em re lação
Relatório de Execução | 2011
205
aos quais estão construídos/ reabilitados/intervencionados 617 km, dos 3259 Km previstos nas operações
intervencionadas, revelando um grau de avanço relativo à meta de 2015 de cerca de 23% 21.
De destacar também o aumento do número de ETAR construídas/reabilitadas que se prevê concretizar no
âmbito das operações contratadas (359) face aos 178 previstos no final de 2010. Destas 158 encontram‐se
concretizadas no fina l de 2011.
No que respeita aos indicadores 14 e 15 do Eixo Prioritário, continua a ser dominante o número de pessoas
servidas pelos sistemas públicos de saneamento de águas residuais – aproximadamente 3,4 milhões de
pessoas, das quais 1,3 milhões não beneficiam deste serviço antes da concretização das intervenções a
financiar. No caso dos sistemas públicos de abastecimento de água e dados os níveis de atendimento já
existentes, a população que se prevê servir no âmbito das intervenções a realizar é de cerca de 1,3 milhões de
pessoas.
A população efetivamente servida pelas intervenções já concluídas não é muito expressiva, como se constata
pelo número de pessoas já beneficiada pelos sistemas públicos de abastecimento de água e de tratamento de
águas residuais concluídos – respetivamente 4.644 e 188.704 pessoas. A razão para este nível de concretização
deve‐se ao fato daqueles sistemas abrangerem aglomerados populacionais relativamente pequenos mas em
relação aos quais se deve garantir os níveis de atendimento adequados no que concerne ao abastecimento de
água e do tratamento de águas residuais. A informação reportada em relação à realização contratada em 2010
tem como suporte o apuramento realizado naquele ano em relação aos Indicadores Comuns Nacionais,
apresentados com as referências VT‐ICN‐Tri‐011 e VT‐ICN‐Tri‐012. Em re lação aos valores reportados naquele
ano, existiram ajustamentos que decorrem de um incorreto apuramento, refletindo‐se agora na Tabela 3.2 os
valores corretos que devem ser considerados na realização contratada daquele ano.
A tipologia de operações apoiadas – 104 operações dominantes na categoria de despesa “Tratamento de água
(águas residuais) ” contra 28 dominantes na categoria de despesa “Gestão e Distribuição de Água (potável) ” é
determinante para o comportamento dos indicadores relativos à população servida e ao acréscimo de
população servida demonstrado anteriormente.
No que concerne à questão da igualdade de oportunidades, não pode medir‐se neste domínio pela tradicional
dicotomia homem/mulher ou integ ração de pessoas com deficiência já que, pelo serviço prestado, todas as
candidaturas aprovadas são por natureza inclusivas, tendendo para a universalidade do acesso das populações
a sistemas públicos de abastecimento de água e saneamento de águas residuais. Pode por este motivo afirmar‐
se que as operações aprovadas neste domínio de intervenção promovem a igualdade de oportunidades no que
respeita ao acesso e à qualidade do serviço prestado por aqueles sistemas ambientais.
21 Indicadores de Eixo incluídos com a Decisão C (2011) 9334 de 9 de Dezembro, que aprovou a reprogramação do POVT. Os mesmos valores são também contabilizados como Indi cadores Comuns Nacionais, apresentados com as referências VT‐ICN‐Tri‐0 11 e VT‐ICN‐Tri‐012 no Anexo I a este relatório.
Relatório de Execução | 2011
206
A questão da igualdade de oportunidades pode, neste domínio ser discutida nos vetores público vs. privado,
administração central vs administração local, litoral (muito populoso) vs interior (desertificado). Pode contudo
afirmar‐se com propriedade que as candidaturas aprovadas neste domínio abrangeram, sem exceção, todas
estas realidades e a Autoridade de Gestão e o Organismo Intermédio para este Domínio promoveram, desde
logo com a definição das elegibilidades e condições de acesso dos beneficiários e das operações, o caminho
necessário para que todas elas fossem acolhidas.
Pode por este motivo afirmar‐se que as operações aprovadas neste domínio de intervenção promovem a
igualdade de oportunidades no acesso e nos níveis de qualidade na prestação daqueles serviços.
A Estratégia para o Ciclo Urbano da Água, consagrada no PEAASAR 2007 – 2013, definiu como um
dos objetivos principais a realização de investimentos de articulação das chamadas vertentes em
“alta” e em “baixa”, com o objetivo de fechar a “malha” re lativamente ao abastecimento de água e
ao saneamento de águas residuais em algumas zonas do pa ís.
A matriz desenhada no Regulamento Específico do antigo Eixo II – Rede Estruturante de
Abastecimento de Água e Saneamento, acolheu modelos concetualmente distintos para atingir
aquele objetivo e pode dizer‐se que foram adotados em duas regiões do país – Aveiro e Algarve – de
forma igualmente bem sucedida e que podem constituir exemplos de Boas Práticas neste domínio.
Na região de Aveiro, um conjunto de municípios concordou em celebrar uma parceria entre o estado
e as autarquias, nos termos revistos pelo DL nº 90/2009 de 9 de Abril, no âmbito da qual foram
agregados os respetivos sis temas municipais de água e saneamento e na qual delegaram as
respetivas competências relativas à gestão e exploração dos serviços, incluindo a transmissão das
posições que detinham nas entidades responsáveis pelo fornecimento de água em alta (Associação
de Municípios do Carvoeiro‐Vouga) e pela recolha e tratamento de águas residuais (SIMRIA). Quatro
das candidaturas aprovadas no âmbito do 2º Aviso dão corpo aos investimentos necessários para
garantir os níveis de serviço preconizados no PEAASAR e a integração e interligação “alta”/“baixa”.
No Algarve as autarquias assumiram a responsabilidade de garantir o mesmo objetivo prosseguindo
a infraestruturação em “baixa” dos respetivos municípios de forma a aumentar os níveis de serviço,
Designação da oper açãoInvest imen to
total Financiamen to comunitário
ADRA ‐ 1ª Fase do Sistema de recolha de Águas Residuais nos Concelhos de Estarreja e Murtosa 5.987.214,00 3.710.543,83ADRA ‐ 1ª Fase do Sistema de recolha de Águas Residuais no Concelho de Águeda 12.513.795,59 8.289.459,44ADRA ‐ 1ª Fase do Sistema de recolha de (AR) no Concelhos de Aveiro,Ílhavo,Albergaria,Sever do Vouga 9.717.026,00 5.611.386,18ADRA ‐ 1ª fase do Sistema de Recolha de AR nos Concelhos de Oliveira do Bairro, Vagos e Ovar 17.908.731,25 12.119.117,37
46.126.766,84 29.730.506,82
Relatório de Execução | 2011
207
melhora r os níveis de performance, incluindo em alguns casos a reconfiguração dos sistemas, de
forma a assegurar a ligação alta baixa e potenciar a utilização e consequente rentabilização e
sustentabilidade dos investimentos efetuados na vertente em “alta”. Oito candidaturas corporizaram
esta estratégia, sendo que três são da responsabilidade de municípios do interior algarvio
(Monchique e Castro Marim) nos qua is importa também assegurar às populações residente e
flutuante níveis de conforto e de qualidade de vida que reduzam as assimetrias com o l itoral.
Urbanização do Poço dos Peixes, Azinhal, Castro Marim
Projeto ‐ Infraestruturas de abastecimento de água e saneamento de águas residuais do concelho de Castro
Marim| Beneficiário ‐ Município de Castro Marim
Proteção Costeira
Designação da operação Desi gnação do beneficiárioInvestimento
total Financi amento c omunitário
Remodelação e Ampl iação das Rede s de Abaste cimento de Água e Saneamento de Monchique Municipio de Monchique 2.100.979,00 1.532.269,83Redes Estru turantes de Abastecimen to de Água e Sane amento no Município de Loulé Município de Lou lé 24.439.053,83 7.363.020,57
Infra‐estruturas de Abastecimen to de Água e Sane amento de Águas Residuais do concelho de FaroFAGAR ‐ Faro, Gestão de Águas e Resíduos, E.M.
15.747.592,24 11.565.009,97
Sistema de Abaste cimento de Água de Monchique ‐ Constru ção, remodelação e amp liação Municipio de Monchique 2.640.200,79 2.008.891,03Abast ecimento de água no Concelho de Alcoutim Município de Alcoutim 490.116,14 392.092,91Saneamento de Águas Residuais no Conce lho de Alcoutim Município de Alcoutim 461.625,50 369.300,40Redes de água e saneamento em diversas local idades do concelho de Alcou tim Município de Alcoutim 1.801.501,63 1.240.191,68Infra‐estruturas de abastecime nto de água e saneamento de águas re siduais do concelho de Castro Marim
Municipio de Castro Marim 24.759.458,40 15.303.985,18
72.440.527,53 39.774.761,57
Relatório de Execução | 2011
208
No domínio da Proteção Costeira, durante o ano 2011 foram abertos 2 novos avisos, cada um deles destinada a
acolher uma intervenção de emergência, tendo sido aberto nos termos do nº 1 do Artigo 12º do Regulamento
Específico, que estipulava que “As candida turas deverão ser apresentadas em períodos pré‐determinados, com
exceção de intervenções de emergência por comprovada situação de risco, nos termos e condições a definir
pela Autoridade de Gestão e a divulgar adequadamente”.
As duas candidaturas apresentadas dizem respeito a Inte rvenção de emergência para proteção do Cordão
Dunar da zona Norte da Praia de Mira e Intervenção de Emergência na Praia do Furadouro‐Fase 3, da
responsabilidade do INAG, IP, que acabou por desistir desta proposta de candidatura.
No final de 2011, todos os Avisos de Abertura estavam decididos, tendo s ido apresentadas 58 candidaturas e
aprovadas 46 operações, das quais 45 estavam contratadas.
Quadro nº 30 ‐ Ponto de s ituação dos Avisos do Eixo II‐ Domínio de intervenção da Proteção Costeira
Destaca‐se neste Domínio de Intervenção as elevadas Taxas de Admissibilidade (84%) e de Aprovação (Bruta e
Líquida) – 98%, evidenciadas no Anexo XII, dado que as intervenções apresentadas para cofinanciamento, quer
da responsabilidade de organismos tutelados pelo MAMAOT quer por Câmaras Municipais, inscrevem‐se nas
prioridades definidas para esta área de intervenção, que não tem características concorrenciais.
A 31 de Dezembro de 2011, estavam comprometidos neste domínio de intervenção cerca de 82 milhões de
euros de Fundo de Coesão e executados 37 milhões de euros, o que corresponde a uma taxa de realização de
45%.
No que respeita ao contributo desta área de intervenção para os indicadores de realização e de resultados do
Eixo II, destacam‐se os 12,96 Km e os 1,4 Km de extensão de costa onde as intervenções reduziram o risco
associado à dinâmica costeira e de extensão de costa intervencionada para contenção ou diminuição da
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Compromiss o
Taxa Exe cução
Taxa Re alização
POVT-33-2007-04 1º Aviso:28-Dez-07
25.000.000 9 19.665.985 6 16.780.469 11.148.959 10.920.917 67% 45% 66%
POVT-33-2008-172º Aviso:16-Jun-08
60.000.000 13 30.565.890 11 23.419.904 11.930.930 11.502.009 39% 20% 51%
POVT-33-2009-253º Aviso:11-Mai-09
30.000.000 18 35.524.121 15 27.907.500 10.682.216 10.625.570 93% 36% 38%
POVT-33-2010-33 4º Aviso:17-Mai-10
35.000.000 15 26.586.651 12 12.883.807 3.282.617 3.130.787 37% 9% 25%
POVT-33-2010-34 5º Aviso:24-Mai-10
- 1 504.000 1 1.138.586 201.725 360.977 18%
POVT-33-2011-42 6º Aviso:30-Mai-11
- 1 720.000 0 0 0 0 0%
POVT-33-2011-457º Aviso:17-Out-11
- 1 266.695 1 266.695 0 0 0%
Total 58 113.833.342 46 82.396.961 37.246.447 36.540.260 45%
AvisoEixo II -
Prote ção Coste ir a
Dotação de cada Avis o
(Fundo)
Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros
Relatório de Execução | 2011
209
ocupação antrópica em área de risco, respetivamente já concretizados (indicadores de Eixo Prioritá rio 16 e 17 e
Comuns Nacionais VT‐ICN‐AAE‐023 e VT‐ICN‐AAE‐024 que constam do Anexo I a este re latório).
Estão concluídos 8 projetos de combate à erosão e defesa do litoral (ver VT‐ICN‐Tri‐013_a no Anexo I), que
também contribuem para a realização alcançada pelo core indicator 31 ‐ Nº de projetos (Prevenção de Riscos).
Projeto ‐ Estabilização das Arribas das Praias da Nazaré, Consolação, Porto Novo, Formosa e Calada |
Beneficiário ‐ Instituto da Água
No que respeita ao contributo das operações deste domínio de intervenção para a igualdade de oportunidades
e não discriminação, destaca‐se que a criação de emprego associado às ações imateriais – estudos, planos e
projetos de preparação das respetivas intervenções (empreitadas) de requalificação, que são em número
bastante relevante nesta área (cerca de 30% das operações aprovadas), são promotoras daquele princípio
fundamental dado o equilíbrio exis tente entre a criação de emprego, por género, durante a fase de realização
das operações por género.
De destacar também o contributo da operação Sistema de Informação para Apoio à Reposição da Legalidade
na Orla Coste ira” (SIARL), em que os resultados da operação também promovem o princípio da igualdade de
oportunidades, uma vez que o output do projeto foi o desenvolvimento do portal do SIARL, com recurso a
software aberto inteiramente naciona l, privilegiando o livre acesso à informação, por forma atribuir aos
serviços com competências no l itoral e aos diversos atores, maior ef icácia nas ações de reposição da legalidade.
Relatório de Execução | 2011
210
Recuperação do Passivo Ambiental
Neste domínio de intervenção, durante o ano de 2011 não foi aberto qualquer Aviso para apresentação de
candidaturas, tendo s ido aprovadas as 6 candidaturas que estavam em análise de admissibilidade no final de
2010, encontrando‐se no f inal de 2011 todos os períodos de candidatura decididos.
Quadro nº 31 ‐ Ponto de situação dos Avisos do E ixo II ‐ Domínio de intervenção da Recuperação de Pass ivos
Ambientais
Também esta área de intervenção apresenta uma taxa de admissibilidade e de aprovação (bruta e líquida)
bastante elevadas – respetivamente 91%, 91% e 100%, dado não se tratar de um domínio concorrencial e das
intervenções consideradas prioritá rias a nível nacional e por isso elegíveis a cofinanciamento, estarem
perfeitamente identificadas num Documento Enquadrador, aprovado por Despacho datado de 07/04/2008 do
Secretario de Estado do Ambiente.
O valor total comprometido, no conjunto das 21 operações aprovadas é de cerca de 55 milhões de euros,
estando executado um montante de 12,5 milhões de euros, revelando uma taxa de realização relativamente
baixa.
No que respeita ao contributo deste Domínio de Intervenção para a concretização do Eixo Prioritário II,
destaca‐se a conclusão de 2 projetos de recuperação de áreas contaminadas e de 5 projetos de reabilitação de
áreas mineiras degradadas, o que revela um grau de concretização face à meta dos indicadores 18 e 19 do Eixo
Prioritá rio de 20% e 33%, respetivamente.
Relativamente à Área reabilitada (em Km2) no âmbito de intervenções de recuperação de passivos ambientais
(áreas degradadas e contaminadas) (core Indicator 29), verifica‐se que no fina l de 2011, a mesma atingiu 4,21
Km2, o que representa cerca de 81% da área total associada às operações contratadas.
Salienta‐se que dada a tipologia de projetos, não se verifica um forte contributo para a temática da Igualdade
de Oportunidades, uma vez que se tra tam ou de intervenções de requalificação ambiental de áreas mineiras
abandonadas ou intervenções em solos contaminados com resíduos perigosos, e como tal as
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Compromiss o
Taxa Exe cução
Taxa Re alização
POVT-34-2008-10 1º Aviso:17-Mar-08
95.000.000 11 18.695.624 9 9.238.351 6.582.163 6.521.281 10% 7% 71,2%
POVT-34-2009-292º Aviso:5-Ago-09
78.000.000 9 45.177.456 9 43.668.838 5.940.343 5.488.370 56% 8% 13,6%
POVT-34-2010-393º Aviso:
23-Ago-1035.000.000 4 3.355.464 3 2.454.804 0 0 7%
Total 24 67.228.544 21 55.361.993 12.522.506 12.009.650 22,6%
AvisoEixo II - Pass ivo
Ambie ntal
Dotação de cada Avis o
(Fundo)
Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros
Relatório de Execução | 2011
211
qualificações/funções exigidas nem sempre contemplam o género feminino, apesar de que nas funções de
fiscalização, realização de estudos técnicos e acompanhamento financeiro, a contribuição dos recursos
humanos do sexo feminino, com qualif icações superiores, são relevantes.
Assim, neste domínio de intervenção, destaca‐se o contributo das operações desenvolvidas pela EDM, SA na
área da recuperação ambiental de minas degradadas, que implicam a criação de postos de trabalho na fase de
obra em diferentes locais do país, com maior incidência nas áreas do interior Centro e Alentejo, onde o impacte
com a criação de emprego se torna muito relevante em áreas mais desertif icadas (Lousal, Aljustrel, Cunha
Baixa, Rosmaneira, Barroco, Freixiosa, Bica, Senhora das Fontes, Urgeiriça).
Recuperação Ambiental na Área mineira do Lousal da responsabilidade da EDM ‐ Empresa
de Desenvolvimento Mineiro, S.A.
Custo Total: 4.681.433,71€
Financiamento Comunitário: 3.107.752,7€
A operação “Recuperação Ambiental na Área mineira do Lousal” que consistiu na
requalif icação ambiental da antiga área mineira do Lousal, em Grândola, distinguiu‐se quer
pelo cumprimento dos prazos de execução, quer pela relevância da intervenção realizada para
a comunidade. Relativamente a este ultimo ponto, destaca‐se a implementação de conjunto
de medidas que visam promover a diminuição dos impactes negativos sentidos na zona em
intervenção através de iniciativas de promoção turística‐museológica‐cultura l do meio
industrial mineiro que está ser desenvolvida pela Fundação Fredric Velge.
Relatório de Execução | 2011
212
Destacam‐se nesta operação como boas praticas da aplicação do financiamento comunitário, a
melhoria da paisagem, a redução dos riscos de segurança e a redução dos caudais que
provocam a contaminação da ribe ira e ainda a visitação do percurso intervencionado pela
construção de pavimentos do tipo “Deck” em madeira ao longo da corta que permite a
utilização de cadeiras de rodas.
Prevenção e Gestão de Riscos
No domínio da Prevenção e Gestão de Riscos – para o qual, recorde‐se, estão delegadas competências de
análise, seleção e acompanhamento físico e financeiro das candida turas na Estrutura de Missão para a Gestão
dos Fundos Comunitá rios (EMGFC) – em 2011 foi lançado o 5º Aviso para a apresentação de candidaturas, ao
abrigo do qual foi apresentada uma candidatura que culminou na des istência do beneficiário.
No conjunto dos 5 Avisos publicados, o número de candida turas apresentadas elevou‐se para 261, sendo que
para uma dotação fundo disponibilizada a concurso de 175 milhões de euros (dotação indicativa para este
domínio de intervenção antes da aprovação da reprogramação do POVT), a procura total aproximou‐se dos 194
milhões de euros.
No f inal de 2011, encontravam‐se por decidir no âmbito do 4º Aviso, dezassete candidaturas ‐ cinco em análise
de mérito e doze em fase de admissibilidade. Foram aprovadas cinquenta e uma candidaturas durante o ano de
2011.
No final do ano, encontravam‐se aprovadas 161 operações, revelando uma taxa de aprovação face às
candidaturas apresentadas a concurso de cerca de 70%, quando cons iderado o número de candidaturas e de
62%, quando considerado o fundo aprovado vs. fundo solicitado e um nível de compromisso de cerca de 119
milhões de euros.
O nível de rea lização financeira das operações aprovadas situa‐se nos 38%, a qual duplicou face a 2010 (19%). A
execução de Fundo passa de 20,8 milhões de euros em 2010 para 45,6 milhões de euros no final de 2011.
Relatório de Execução | 2011
213
Quadro nº 32 ‐ Ponto de situação dos Av isos do Eixo II‐ Domínio de intervenção da Prevenção e Gestão de
Riscos
No que respeita ao grau de concretização deste Domínio de Intervenção e o seu contributo para a performance
do Eixo II no final de 2011, temos a destacar a conclusão de 30 das 147 operações contratadas no f inal de 2011,
que se ref lete igualmente no core indicator 31 ‐ “nº de projetos (Prevenção de Riscos)”.
No que respeita à “População que beneficia de medidas de proteção contra cheias e inundações” e da
“População que beneficia de medidas de proteção contra incêndios e outros riscos naturais e tecnológicos (…)”,
core indicators 32 e 33, respetivamente, existem já, no âmbito das operações concluídas, cerca de 932 mil
pessoas que beneficiam de medidas contra cheias e inundações e cerca de 2 milhões de pessoas que
beneficiam de medidas contra incêndios e outros riscos naturais e tecnológicos.
Estudo do Risco Sísmico e de Tsunamis do Algarve da responsabilidade da Autoridade
Nacional de Proteção Civ il (ANPC)
Custo Total: 1.382.949,04€
Financiamento Comunitário 1.038.787,07€
unid: euros
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Compromiss o
Taxa Exe cução
Taxa Re alização
POVT-35-2008-141º Aviso:01-Abr-08
35.000.000 33 47.264.908 14 27.026.895 18.942.011 18.887.832 77% 54% 70%
POVT-35-2008-192º Aviso:16-Dez-08
40.000.000 71 45.006.197 51 40.333.406 21.725.694 23.657.151 101% 54% 54%
POVT-35-2009-28 3º Aviso:6-Jul-09
50.000.000 58 47.217.103 45 32.750.909 4.695.385 6.905.470 66% 9% 14%
POVT-35-2010-35 4º Aviso:14-Jun-10
30.000.000 98 38.087.074 51 18.625.464 206.567 206.567 62% 1% 1%
POVT-35-2011-415º Aviso:17-Jan-11
20.000.000 1 16.100.700 0 0 0 0 0% 0% 0%
Total 261 193.675.981 161 118.736.674 45.569.658 49.657.020 38%
AvisoEixo II -
Preve nção Ges tão Ris cos
Dotação de cada Avis o
(Fundo)
Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros
Relatório de Execução | 2011
214
Esta operação tem como objetivo o Estudo do Risco Sísmico e de Tsunamis do Algarve (ERSTA),
de forma a dar cumprimento aos objetivos de prevenir e atenuar os riscos coletivos e limitar
em caso de acidentes g raves ou catástrofes, nomeadamente através do desenvolvimento de
um plano especial de emergência.
Os registos históricos demonstram que a região do Algarve tem registado as maiores
intensidades sísmicas em Portugal Continental, sendo esta uma região de características
particulares, pois a lém da grande concentração urbana junto ao l itoral, recebe sazona lmente
um intenso fluxo populacional, nacional e internacional.
Deste modo foi elaborado pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, o Estudo do Risco
Sísmico e de Tsunamis do Algarve (ERSTA) que visa o conhecimento aprofundado destes riscos,
de forma a dar cumprimento aos objetivos de prevenir e atenuar os riscos coletivos e limitar
em caso de acidentes g raves ou catástrofes, nomeadamente através do desenvolvimento de
um plano especial de emergência.
O ERSTA permitiu diversos avanços científ icos, nomeadamente:
≈ Revisão da neotectónica (estruturas sísmicas ativas) do Algarve, com a definição e
caracterização das principais estruturas ativas e do zonamento sismogénico da região;
≈ Caracterização dos parâmetros do movimento sísmico dos solos;
≈ Identificação detalhada de zonas com potencial de efe itos locais (liquefação e
amplificação) na região e de deslizamentos de vertentes;
≈ Identificação das zonas de risco de inundação por tsunami e primeira análise de
Relatório de Execução | 2011
215
impactos;
≈ Análise do comportamento das infraestruturas face ao risco s ísmico;
≈ Estudo detalhado da dinâmica diária, semanal e sazona l da população.
≈ Os resultados do ERSTA vão permitir uma maior sensibilização da sociedade para a
necessidade de desenvolvimento de ações para minimização dos riscos associados a
um evento sísmico e no desenvolvimento de ações que reduzam a vulnerabilidade
dos diferentes elementos em risco.
Sistema de Informação de Planeamento de Emergência da responsabilidade da Autoridade
Nacional de Proteção Civ il
Custo Total: 79.960,12€
Financiamento Comunitário 67.966,1€
O Sistema Nacional de Planeamento de Emergência (SIPE) é uma plataforma informática,
assente numa base de dados associada às tecnologias de informação e comunicação, onde
estão alojados e disponíveis todos os Planos de Emergência de Proteção Civil de 2ª geração,
aprovados pelas autoridades territorialmente competentes. Esta plataforma surge na
sequência da Resolução 25/2008, de 18 de Julho, a qual estipulou que as entidades gestoras
dos Planos de Emergência devem garantir a disponibilização das suas componentes não
reservadas em plataformas baseadas nas tecnologias de informação e comunicação,
Relatório de Execução | 2011
216
promovendo a interação com o cidadão.
O SIPE permite a partilha de informação, no domínio do planeamento de emergência, entre os
diferentes organismos relevantes para a proteção civil e o público em geral, e contribui para
aumento da eficiência, eficácia e qualidade da atuação dos serviços e agentes de proteção civil
nos cenários em que a ativação de planos de emergência de proteção civil é essencial para
potenciar a resposta a acidentes graves e catástrofes, de modo a garantir o objetivo final de
redução das perdas e danos na população, bens e ambiente.
A concretização do SIPE permite, assim, modernizar o Sistema de Proteção Civil, afigurando‐se
como estruturante para a gestão da emergência e para o processamento e partilha de
informação operacional.
Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos
O antigo Eixo VIII do POVT, Infraestruturas para a Valorização dos Resíduos Sólidos Urbanos, passa, no âmbito
da reorganização dos Eixos do POVT, a constituir um Domínio de Intervenção do atual Eixo II, com
financiamento Fundo de Coesão.
Os dois avisos abertos para a apresentação de candidaturas neste domínio, encontravam‐se decididos no final
de 2011, revelando uma taxa de admissibilidade de candidaturas 69%, fruto de se trata r de uma área de
intervenção concorrencial.
Quadro nº 33 ‐ Ponto de situação dos Avisos do Eixo II ‐ Domínio de intervenção da Valorização de Resíduos
Sólidos Urbanos
Em 2011, este Domínio de intervenção tinha uma taxa de realização de 46,6%, fruto do impulso dado por um
conjunto de operações com um estado avançado de execução, nomeadamente as seguintes:
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Compromiss o
Taxa Exe cução
Taxa Re alização
POVT-59-2007-06 1º Aviso:28-Dez-07
120.000.000 8 148.907.106 4 99.247.952 57.778.497 57.249.694 83% 48% 58,2%
POVT-59-2009-262º Aviso:1-Jun-09
20.000.000 8 62.643.065 7 41.915.587 8.008.298 9.115.103 210% 40% 19,1%
Total 16 211.550.172 11 141.163.539 65.786.795 66.364.797 46,6%
Aviso
Eixo II - Resíduos Sólidos Urbanos
Dotação de cada Avis o
(Fundo)
Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros
Relatório de Execução | 2011
217
Quadro nº 34 ‐ Operações que contribuíram para o avanço da execução do domínio de intervenção da
Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos
Designação da Operação Taxa de Execução
Construção e exploração de uma unidade de tratamento mecânico e biológico por compostagem de resíduos
99,32%
Ampliação da Central de Valorização Orgânica ‐ Unidade de Compostagem na Valnor 97,43%
Ampliação do Tratamento Biológico por Digestão Anaeróbia da Central Valorização Orgânica da Valnor 74,23%
Enquadramento da Central de Valorização Orgânica da SULDOURO no QREN 62,53%
Projeto de Tratamento, Valorização e Destino Final dos Resíduos Sólidos Urbanos do Sistema Multimunicipal do Litoral Centro
59,54%
AMPLIAÇÃO E REMODELAÇÃO DA CENTRAL DE COMPOSTAGEM DA RESIESTRELA 59,00%
Valorização de Resíduos Urbanos dos Sistemas Multimunicipais da Alta Estremadura e Oeste ‐ Ampliação 53,25%
Unidade de tratamento mecânico e biológico por digestão anaeróbia 31,51%
No que respeita à realização física ref letida pelos indicadores de Eixo Prioritário e Core Indicatores para os
quais estas operações contribuem, destaca‐se a alteração na designação do indicador 24. Capacidade ins talada
de valorização orgânica e energética de RUB no âmbito dos projetos financiados pelo POVT, no âmbito da
reprog ramação, de forma a adequar aquela designação ao contributo que estava a ser retirado das operações
que estavam a contribuir para aquele indicador.
Ou seja, apesar da alteração da designação, o que estava a ser medido pelo Indicador que tinha a designação
“Quantidade de RUB valorizada organicamente” era, na realidade, a capacidade ins talada das infraestruturas
apoiadas para valorizarem orgânica e energeticamente os res íduos urbanos biodegradáveis.
Apesar de não terem sido aprovadas novas candidaturas em 2011, foram contratadas quatro, o que reflete o
acréscimo na capacidade instalada associada às operações contratadas. No que respeita à execução, a mesma
reflete a capacidade máxima instalada, considerando os três projetos concluídos – 30,98 mil toneladas/ano, o
que representa um grau de concretização face à meta de cerca de 9%: Ampliação do Tratamento Biológico por
Digestão Anaeróbia da Central de Valorização Orgânica da Valnor; Construção e exploração de uma unidade de
tratamento mecânico e biológico por compostagem de resíduos, da Ambilital e Ampliação da Central de
Valorização Orgânica ‐ Unidade de Compostagem na Valnor.
A natureza das infraestruturas apoiadas neste domínio ‐ instalação, remodelação ou ampliação de unidades de
tratamento mecânico e biológico, e infraestruturas complementares de TMB promove a igualdade de género
Relatório de Execução | 2011
218
na criação de postos de trabalho em fase de exploração das infraestruturas e com caráter permanente, dada a
natureza das tarefas que são desempenhadas nestas unidades.
Construção e exploração de uma unidade de tratamento mecânico e biológico por
compostagem de resíduos da responsabilidade da Ambilital ‐ Investimentos Ambientais no
Alentejo, EIM
Custo Total: 5.166.566,68€
Financiamento Comunitário: 3.588.230,76€
Como exemplo de Boas Práticas nesta área de intervenção, podemos destacar o projeto da
responsabilidade da Ambilital, que visa a construção de uma unidade de tratamento mecânico
e biológico por compostagem de resíduos (UTMB), destacando‐se as atividades realizadas na
área da Sensibilização Ambiental. Esta sensibilização é efetuada através dos serviços
educacionais das diversas escolas, aliados aos serviços de sensibilização da Ambilital e também
através das iniciativas de comunicação e informação promovidas pela empresa, que
permitiram e permitem uma articulação efetiva com a população no que diz à
consciencialização e alteração de hábitos e procedimentos enraizados.
Assim, deu‐se a conhecer à população a nova unidade de tratamento mecânico e biológico de
Relatório de Execução | 2011
219
resíduos instalado com o financiamento comunitá rio, os tipos de processos que a compõem,
bem como os resíduos que trata e valoriza, nomeadamente a fração orgânica de 65 mil
toneladas/ano de resíduos indiferenciados, assim como uma parte das embalagens associadas
aos resíduos indiferenciados. Dando a conhecer que os resíduos recicláveis separados terão
como destino a reciclagem e que a matéria orgânica segue para compostagem, o que irá
permitir produzir cerca de 12 mil toneladas/ano de composto de qualidade.
Empreendimento de fins Múltiplos de Alqueva
Com a aprovação da reprogramação técnica do POVT em Dezembro de 2011 e no âmbito da reorganização dos
Eixos Prioritários, o antigo Eixo VI passou a constituir um domínio de intervenção do Eixo II ‐ Sistemas
Ambientais e de Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos (Fundo de Coesão), prevendo‐se a manutenção
no Eixo V ‐ Infraestruturas e Equipamentos para a Valorização Territorial e o Desenvolvimento Urbano (FEDER)
das operações em que possa não se verificar a elegibilidade ao Fundo de Coesão.
No âmbito do Eixo II, ficaram abrangidas as seguintes operações: Ligação Pisão‐Roxo e Adutor Brinches‐Enxoé,
dado o seu contributo direto para o abastecimento de água às populações dos concelhos abrangidos, sendo
por isso mais inequívoca a sua elegibilidade ao Fundo de Coesão, correspondendo ambas as operações a
Grandes Projetos, cuja notif icação à Comissão Europeia deverá ser revista em função do novo Eixo e Fundo.
Relatório de Execução | 2011
220
Apesar do carater dicotómico deste Domínio de Intervenção, a análise qualita tiva será feita neste ponto,
nomeadamente no que respeita ao Aviso de Abertura que foi encerrado a 22 de Dezembro de 2011, sendo
detalhado no ponto 3.5.2 o progresso das operações que transita ram para o Eixo V.
Em Dezembro de 2007, procedeu‐se à abertura de um período de candidaturas em contínuo, com um
financiamento comunitário equivalente à dotação total do antigo Eixo VI, ou seja, 275 milhões de euros, tendo
sido apresentadas até ao final de 2011 doze candidaturas, uma das quais em 2011, correspondendo às
tipologias de investimento previstas no antigo Eixo VI e aos seus objetivos, e que corresponderam a um
financiamento solicitado de 198 milhões de euros – 72% do Fundo disponibilizado no âmbito do Aviso.
Contudo, e em 2009, três destas doze candidaturas, a pedido da entidade executora – EDIA, SA, foram
canceladas e os respetivos contratos de f inanciamento rescindidos, para absorção de fundos do QCAIII. As
referidas candidaturas totalizavam um montante de fundo da ordem dos 30 milhões de euros.
Quadro nº 35 ‐ Ponto de situação dos Avisos dos Eixos II e V ‐ Domínio de intervenção do Empreendimento
de Fins Múltiplos de Alqueva
No decorrer do ano de 2011, foram aprovadas três operações, duas das quais estavam em análise no final de
2010 e a terceira, a que foi apresentada em 2011.
No que respeita às operações que, no âmbito da reprogramação, se considerou terem condições claras de
enquadramento no Eixo II, as mesmas envolvem um financiamento Fundo de Coesão de 69,4 milhões de euros,
estando executados no final de 2011, cerca de 58,1 milhões de euros, ou seja, 82%.
O contributo das operações aprovadas e contratadas para a concretização dos objetivos do Eixo II é já
significativo, designadamente ao nível da “Extensão da Rede Primária Construída” (indicador de Eixo 22 da
tabela 3.2), com a concretização de 44,13 km de rede construída no âmbito das operações aprovadas e de duas
barragens (indicador 21), o um grau de concretização face à meta de 2015 de 24% e 29%, respetivamente. No
que respeita à realização contratada dos anos 2009 e 2010 dos indicadores 21 e 22, a mesma foi ajustada à que
unid: euros
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Compromiss o
Taxa Exe cução
Taxa Re alização
POVT-55-2007-01 21-Dez-07 275.000.000 2 75.499.251 2 69.400.659 57.102.249 58.096.629 25% 21% 82%
AvisoEixo II -
Alque va
Dotação de cada Avis o
(Fundo)*
Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros
unid: euros
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Compromiss o
Taxa Exe cução
Taxa Re alização
POVT-55-2007-01 21-Dez-07 275.000.000 10 122.718.302 7 92.363.901 37.755.488 39.998.782 34% 14% 41%
Totais 12 198.217.552 9 161.764.560 94.857.737 98.095.411 59% 34% 59%
Eixo II - Alque va
Dotação de cada Avis o
(Fundo)
Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros
Aviso
Relatório de Execução | 2011
221
resulta das operações que contribuem para o Eixo II.O indicador “Acréscimo de População Servida com
Sistemas Públicos de Abastecimento de Água” (indicador de Eixo 23) apresenta uma realização de 100% face ao
previsto, com 68.559 habitantes servidos por via da conclusão das infraestruturas relativas às operações
“Ligação Pisão‐Roxo” e “Adutor Brinches‐Enxoé”.
Projeto ‐ Ligação Pisão‐Roxo | Beneficiário ‐ Edia ‐ Empresa de Desenvolvimento e Infra‐Estruturas do
Alqueva, S.A.
Projeto ‐ Adutor Brinches‐Enxoé | Beneficiário ‐ Edia ‐ Empresa de Desenvolvimento e Infra‐Estruturas do
Alqueva, S.A.
Relatório de Execução | 2011
222
Sendo a igualdade de oportunidades entre as mulheres e os homens, uma prioridade horizontal a todos os
Eixos prioritá rios do POVT, não assume a mesma expressão em todos eles. No caso específico do
Empreendimento de fins Múltiplos de Alqueva, que integra uma estrutura de operações que correspondem
essencialmente a projetos de infraestruturas e equipamentos pesados, a participação feminina é reduzida, em
particular ao nível da mão‐de‐obra não especializada.
Também neste domínio de intervenção (à semelhança do Domínio de Intervenção do Ciclo Urbano da Água), as
operações financiadas contribuem para a promoção dos níveis da qualidade e da segurança no abastecimento
de água para consumo urbano e para as atividades económicas desenvolvidas na região abrangida por estas
intervenções, não havendo qualquer tipo de discriminação e sendo este acesso universal.
3.2.3 Problemas significativos encontrados na implementação do Eixo Priori tário e medidas
tomadas
Ciclo Urbano da Água
Tal como demonstra a análise efetuada no ponto anterior, no ano de 2011 foi possível ultrapassar a maior
parte dos constrangimentos que se colocavam à aprovação das candida turas e que foram caracterizados no
Relatório de Execução Anua l de 2010.
Por outro lado foi poss ível assegurar uma articulação entre o POVT, o Organismo Intermédio, as empresas
concessionárias e a ERSAR (entidade reguladora do sector) que produziu resultados ao nível da análise do
benefício público da contribuição do Fundo de Coesão e do respeito pelas regras de concorrência que facilitou
a tomada de decisão da Autoridade de Gestão sobre este tipo de candidaturas.
A demonstração do cumprimento das disposições legais em matéria de ambiente e ordenamento do território
em fase anterior à celebração do contrato de financiamento, revelou‐se um sério obstáculo à execução das
candidaturas mais complexas e com maior número de infraestruturas pelo que a Autoridade de Gestão decidiu
deslocar a mesma para a fase de execução. Esta opção teve imediato impacto no número de contratos
celebrados e beneficiou a execução, já que deu às entidades beneficiárias, a garantia de que precisavam para
impulsionarem a realização dos investimentos.
Deve contudo sublinhar‐se que a questão licenciamento ambiental se reveste de grande complexidade pelo
número de candida turas envolvido e pelo número e dimensão das infraestruturas abrangidas (exis tem
intercetores e adutoras com muitos Km de comprimento e que atravessam zonas geográficas de características
Relatório de Execução | 2011
223
diferentes em matéria de ordenamento do território, incluindo linhas de água). A Autoridade de Gestão tem
dado atenção a estes aspetos e procurado a colaboração e articulação com os beneficiários e entidades
licenciadoras.
De realçar também que a dispensa de elaboração e apresentação do Documento de Enquadramento
Estratégico (DEE), na sequência do Despacho da Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território, de 11
de Maio de 2011, considerando que seria sempre possível assegurar, com base nos elementos disponibilizados
nas candidaturas, a sustentabilidade técnica e económica dos investimentos, permitiu resolver um problema
que se antevia na fase de execução das operações em relação às quais não existisse DEE aprovado no prazo de
seis meses após a aprovação da operação, que seria a suspensão de pagamentos.
O ano de 2011 também ficou marcado pelo facto da capacidade de execução dos beneficiários ter ficado
fortemente condicionada pelo enquadramento macroeconómico nacional em resultado das restrições
impostas ao endividamento e da reduzida disponibilidade da banca para a concessão de crédito. Estas
dificuldades foram em certa medida mitigadas pelas alterações introduz idas ao Regulamento Específ ico do
antigo Eixo II – Rede Estruturante de Abastecimento de Água e Saneamento (ver a este respeito o ponto 2.7.1 –
Acompanhamento deste re latório)
Proteção Costeira
No decorrer do ano de 2011, a execução financeira do domínio de intervenção Proteção Costeira, decorreu a
um ritmo bastante diminuto, uma vez que se verificaram fortes l imitações orçamentais, ao nível dos
beneficiá rios públicos com contrapartida nacional que provém do Orçamento de Estado, como sejam, Instituto
da Água (INAG) e Adminis tração das Regiões Hidrográficas (ARH), que constituem os principais beneficiários
neste domínio.
Outro dos principa is beneficiários do domínio da Proteção Costeira são as Sociedades Polis Litoral, em que as
dificuldades de execução das respetivas operações integradas de requalif icação do litoral, maioritariamente de
natureza imaterial, se situam ao nível da implementação dos estudos, planos e projetos de execução. Estas
dificuldades estão associadas à necessidade de se considerarem demolições de construções, expropriações, e
relocalizações de zonas em risco, com impacte direto junto das populações locais, envolvendo processos de
consulta pública, e à complexidade técnica das soluções propostas, que dificultam a expedita elaboração e
emissão de pareceres pelas diversas entidades envolvidas na gestão do território. Esta situação justif ica a
dificuldade de conclusão das referidas operações, que terão de dar lugar a execução das empreitadas no
período de vigência do QREN.
Prevenção e Gestão de Riscos
Relatório de Execução | 2011
224
Neste domínio de intervenção, é de referir que a grande maioria das entidades beneficiárias ainda não se
encontra suficientemente sensibilizada no domínio das obrigações de contratação pública e todos os seus
princípios inerentes. Contudo, no decorrer do ano de 2011, consta tou‐se um esforço, por parte dos
beneficiá rios, aquando da instrução das candida turas, relativo à observância da regulamentação comunitária e
nacional sobre contratação pública.
Neste contexto, a EGMFC do MAI tem vindo a reforçar os seus procedimentos de verif icação e de sensibilização
nesta matéria. A AG do POVT tem apoiado o Organismo Intermédio na sua capacitação para o efe ito.
Outras das dificuldades sentidas neste domínio, prendem‐se com a escassez de recursos da maioria dos
beneficiá rios para a contrapartida nacional, para cuja minimização contribuiu o EQ‐BEI.
Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos
As dificuldades em termos de execução no domínio dos Resíduos Sólidos Urbanos apresenta ram‐se ao nível da
garantia da contrapartida nacional, uma vez que a maioria dos beneficiários são empresas intermunicipais, que
por um lado, dependem de financiamento bancário para a realização do investimento e no contexto atual esse
acesso tem tido enormes dificuldades. Para colmatar essa situação em 2011, as entidades recorreram à
utilização do empréstimo‐quadro contratado com o Banco Europeu de Investimento (BEI) destinado a f inancia r
uma parte da contrapartida nacional necessária para acelera r a execução financeira do QREN, mas algumas
destas entidades tiveram pareceres de f inanciamento favoráveis mas condicionados à apresentação de
documentos adicionais, o que origina um adiamento relativamente à decisão final e à concretização do
empréstimo.
Por outro lado, as receitas desta tipologia de entidades assenta essencialmente nos Municípios, e uma vez que
os mesmos também apresentam graves dificuldades financeiras e nem sempre cumprem com os pagamentos
de serviços às empresas intermunicipais, acrescem dificuldades de tesouraria pela consequente escassez de
liquidez para fazer face ao elevado volume de investimento dos projetos candida tados para a construção,
remodelação ou ampliação das infraestruturas.
Empreendimento de fins Múltiplos de Alqueva
No decorrer do ano de 2011 o ritmo de execução financeira do domínio de intervenção “Empreendimento de
Fins Múltiplos de Alqueva”, do Eixo II continuou a ser pressionado pelas dificuldades de tesouraria sentidas
pela EDIA e pela consequente escassez de liquidez para fazer face ao elevado volume de investimento que tem
a seu cargo. Esta dificuldade tem vindo a ser atenuada pela concessão de adiantamentos de FEDER, baseados
na apresentação de faturas e autos de medição.
Relatório de Execução | 2011
225
É ainda de referir a dificuldade sentida em determinados aspetos específ icos da metodologia e validação dos
pressupostos das Análise Custo‐Benefício (ACB), aspetos estes que foram sendo objeto de clarificação ao longo
do tempo, mas obrigaram à revisão das ACB entretanto apresentadas.
Relatório de Execução | 2011
226
3.3 Eixo Prioritário III – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma dos
Açores
3.3.1 Cumprimento de Metas e análise de progressos
A tabela seguinte apresenta, com base no conjunto de Indicadores de Eixo Prioritá rio definidos no Programa e
nos Indicadores Comuns Comunitários aplicáveis, os principais resultados alcançado até ao final de 2011 no
âmbito do Eixo III – “Redes e Equipamentos Estruturantes na Região Autónoma dos Açores”.
Tabela 3.3.: Realização Física do Eixo Prioritário 3
Indicadores 2008 2009 2010 2011 2015
Indicadores Eixo (alínea c) do n.º 1 do artigo 37.º do Regulamento (CE ) n.º 1083/2006
26. Nº de projetos de reordenamento e requalificação de portos comerciais nos Açores
Realização Contratada 1 1 2
Realização Executada ‐
Meta 1 2
Valor de Referência
27. Movimentos beneficiados de mercadorias (carregadas+descarregadas) nos Portos da Região Autónoma dos Açores
Realização Contratada __ __ _
Realização Executada _
Meta 95.000 290.000
Valor de Referência
28. Movimentos beneficiados de passageiros (embarcados +desembarcados ) nos Portos da Região Autónoma dos Açores
Realização Contratada 400.000 400.000 400.000
Realização Executada ‐
Meta 270.000 800.000
Valor de Referência
29. Qualidade das águas superficiais ‐estado eutrófico das lagoas na Região Autónoma dos Açores
Realização Contratada 0‐10 0‐10 0‐10
Realização Executada ‐
Meta 0‐10
Valor de Referência
30. Redução da emissão de CO2 ‐ Substituição da produção de eletricidade nas centrais térmicas por produção renovável
Realização Contratada __ __ _
Realização Executada ‐
Meta 20.000 70.000
Valor de Referência
31. Nº de Projetos de Resíduos Sólidos
Realização Contratada 1
Realização Executada ‐
Meta 3
Valor de Referência
Indicadores Comuns Comunitários (core indicators)
Transportes 13. Nº de Projetos (Transportes)
Realização Contratada 1 2
Realização Executada ‐
Relatório de Execução | 2011
227
Energia 23. Nº de projetos (energias renováveis)
Realização Contratada __ __ ‐
Realização Executada
Energia
24. Capacidade suplementar de produção de energia a partir de fontes renováveis (em MWh)
Realização Contratada __ __ ‐
Realização Executada
Ambiente 27. Nº de projetos de Resíduos Sólidos
Realização Contratada __ __ 1
Realização Executada ‐
Ambiente 28. Nº de projetos visando a melhoria da qualidade do ar
Realização Contratada __ __ ‐
Realização Executada ‐
Ambiente
29. Área reabilitada (em Km2) no âmbito de intervenções de recuperação de passivos ambientais (áreas degradadas e contaminadas)
Realização Contratada __ __ ‐
Realização Executada
‐
Alterações climáticas
30. Redução de emiss ões de gases com efeito de estufa (CO2 equivalentes Kt)
Realização Contratada __ __ n.d.
Realização Executada
n.d.
3.3.2 Análise qualitativa
Em 2011, foram apresentadas no âmbito do Eixo III do POVT duas candidaturas, uma relativa à Central de
Tratamento e Valorização de Resíduos da i lha Terceira, promovida pela TERAMB ‐ Empresa Municipal de
Gestão e Valorização Ambiental da ilha Terceira, EEM e outra respeitante ao Projeto VALORISM ‐ ECOPARQUE
DA ILHA DE SÃO MIGUEL, promovido pela Associação de Municípios da Ilha de São Miguel e que configura um
Grande Projeto encontrando‐se estas duas candidaturas em análise de admissibilidade no fina l do ano.
Também no final do ano e em virtude da reprogramação do POVT, este Aviso de Abertura foi encerrado.
Quadro nº 36 ‐ Ponto de situação do Av iso do Eixo III – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região
Autónoma dos Açores
Foram aprovadas em 2011 as operações re lativas ao Reordenamento do Porto da Madalena e à Construção dos
Centros de Processamento de Resíduos de Santa Maria, São Jorge, Pico e Faial e Selagem/remoção de lixeiras,
somando‐se às anteriormente aprovadas, Requalificação Ambiental das Bacias Hidrog ráficas das Lagoas das
Furnas e Sete Cidades e Requalificação e reordenamento da frente marítima da Horta.
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Compromiss o
Taxa Exe cução
Taxa Re alização
POVT-57-2008-11 31-Mar-08 70.000.000 7 191.016.188 4 81.756.467 34.197.736 34.840.392 117% 49% 42%
Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros
Aviso Eixo III - RAADotação de cada Avis o
(Fundo)
Candidatur as
Relatório de Execução | 2011
228
A 31 de Dezembro de 2011 o nível de compromisso, respeitante às quatro candidaturas aprovadas, totaliza
96,2 milhões de euros de despesa pública, a que corresponde um montante total de Fundo de 81,8 milhões de
euros o que representa uma taxa de compromisso do E ixo de 74,3%.
Quadro nº 37 ‐ Ponto de s ituação do E ixo III a 31 de dezembro de 2011
Unidade: Euro
Código da
Operação Entidade Designação do Projecto Localização
Valores Aprovados
Montante da
Decisão Contribuiçã o FC
POVT‐13‐01 57‐FCOES‐000001
Sociedade de Promoção e Gestão Ambiental SA
Requalificação Ambiental das Bacias Hidrográficas das Lagoas
das Furnas e Sete Cidades S. Miguel 16.548.197,00 14.065.968,00
POVT‐13‐01 57‐FCOES‐000002
Administração dos Portos do Triângulo e do Grupo Ocidental, S.A.
Requalificação e Reordenamento da Frente Marítima da Cidade da
Horta Faial 42.787.750,61 36.369.588,02
POVT‐13‐01 57‐FCOES‐000004
Administração dos Portos do Triângulo e do Grupo Ocidental, S.A.
Reordenamento do Porto da Madalena ‐ Construção de infraestruturas e obras para
melhoramento das condições de abrigo
Pico 13.050.630,32 11.093.035,77
POVT‐13‐01 57‐FCOES‐000005
Secretaria Regional do Ambiente e do Mar
Centros de Processamento de Resíduos de Santa Maria, São
Jorge, Pico e Faial Açores 23.797.500,00 20.227.875,00
96.184.077,93 81.756.466,79
No que concerne à execução do Eixo, estavam executados no f inal do ano cerca de 34,2 milhões de euros de
Fundo de Coesão, o que significa um acréscimo de mais de 100% face à execução registada em 2010, fixando a
taxa de execução em 31,1%, acima da média da taxa do fundo de Coesão e próximo da taxa de execução do
Programa.
O contributo das operações aprovadas e contra tadas para os objetivos do Programa, consubstanciado nos
valores dos indicadores inscritos na tabela 3.3, tem uma evolução, face a 2010, em relação aos indicadores de
Eixo Prioritá rio 26 e o novo indicador 31 (que também tem ref lexos no core indicator 27), resultante da
aprovação das duas novas operações referidas anteriormente. Dado que as operações aprovadas ainda não se
encontram concluídas, não existe avanço no que concerne à realização executada.
Relatório de Execução | 2011
229
Requalificação Ambiental das Bacias Hidrográficas das Lagoas das Furnas e Sete Cidades da
responsabilidade da SPRAçores ‐ Sociedade de Promoção e Gestão Ambiental, SA
Custo Total: 16.548.197 €
Financiamento Comunitário: 14.065.968 €
Destaca‐se neste Eixo Prioritá rio como exemplo de Boas Práticas na aplicação dos Fundos
Comunitários, a operação Requalificação Ambiental das Bacias Hidrográficas das Lagoas das
Furnas e Sete Cidades. Esta operação tem como objetivo a implementação dos Planos de
Ordenamento das Bacias Hidrográf icas das referidas Lagoas, enquanto ins trumentos
determinantes de desenvolvimento sustentável, nomeadamente no que concerne à definição
de regras e medidas de uso, ocupação e transformação do solo, capazes de gerir as áreas dos
planos, numa perspetiva dinâmica e integ rada.
Este projeto prevê a requalif icação de áreas específicas dos respetivos planos,
nomeadamente, os troços l imítrofes à lagoa, dotando‐os de infraestruturas várias,
equipamentos lúdico‐recreativos e de apoio ao plano de água, bem como operações de
qualificação do núcleo urbano.
De uma forma geral estas intervenções irão potenciar um maior dinamismo da economia loca l,
tendo em conta que a requalificação daquele espaço irá atrair um maior número de visitantes
e cria r novas atividades e produtos. A aposta num projeto inovador, dinâmico e sustentável
pretende explorar os valores da região e produtos naturais locais, estimulando a dispersão de
Relatório de Execução | 2011
230
atividades de lazer e respetivos utilizadores por toda a bacia hidrográfica, de uma forma
regrada, numa perspetiva de que o sucesso deste projeto passa também pelo envolvimento da
comunidade local, científica e empresa rial.
Esta ação de requalificação das margens das Lagoas das Furnas e Sete Cidades é uma aposta e
um investimento na valorização do ambiente, no aumento da biodiversidade e na criação de
condições para um desenvolvimento sustentável, procurando iniciativas e ações que
incorporem e materializem preocupações ambientais, de modo a compatibilizá‐las com a
nossa estratégia de intervenção. Para este efeito, e no âmbito do projeto multidisciplinar que
é, foram elaboradas diversas parcerias e estra tégias conjuntas de atuação.
O Fundo de Coesão é, deste modo, fundamental implementação das referidas ações, tendo
em conta que permitem, de uma forma mais rápida, requalif icar, proteger e valorizar os
ecossistemas de grande sensibilidade ambiental.
3.3.3 Problemas significativos encontrados na implementação do Eixo Priori tário e medidas
tomadas
No que concerne à execução, tra tando‐se de uma componente do Programa que é pré‐determinada em âmbito
e conteúdo e também em beneficiá rios de natureza exclusivamente pública, as questões relativas à situação de
crise económica e f inanceira tiveram naturalmente algum impacte, mas não tão s ignifica tivo que pusesse em
causa o desenvolvimento norma l das operações enquadradas neste Eixo, vincando‐se mais os aspetos de
natureza processual e administrativa como condicionantes da evolução da execução mantendo‐se como
principal dificuldade a complexidade e densidade dos instrumentos de apoio e os procedimentos associados.
De forma a ultrapassar estas dificuldades, a Direção Regional do Planeamento e Fundos Estruturais, Organismo
Intermédio com competências delegadas, realiza reuniões com os beneficiários na tentativa de ultrapassar os
principais constrangimentos sentidos, como por exemplo, as questões relativas à contra tação pública.
Os recursos financeiros adstritos ao Eixo, face às candidaturas aprovadas e já submetidas, afiguravam‐se
insuficientes pelo que foi solicitado o reforço de 112,5 milhões de euros de Fundo de Coesão. No âmbito da
reprog ramação técnica do POVT, foi já aprovado o reforço no montante de 40 milhões de euros.
Relatório de Execução | 2011
231
3.4 Eixo Prioritário IV – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da
Madeira
3.4.1 Cumprimento de Metas e análise de progressos
A tabela seguinte apresenta, com base no conjunto de Indicadores de Eixo Prioritá rio definidos no Programa e
nos Indicadores Comuns Comunitários aplicáveis, os principais resultados alcançado até ao final de 2011 no
âmbito do Eixo IV – “Redes e Equipamentos Estruturantes na Região Autónoma da Madeira”.
Tabela 3.4.: Realização Física do Eixo Prioritário 4
Indicadores 2008 2009 2010 2011 2015
Indicadores Eixo (alínea c) do n.º 1 do artigo 37.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006
32. Nº de Projetos de Infraestruturas ambientais intervencionadas
Realização Contratada _ _ 1
Realização Executada ‐
Meta 1 2
Valor de Referência
33. População servida por infraestruturas ambientais (águas e saneamento)
Realização Contratada __ __ _
Realização Executada ‐
Meta 70% 78%
Valor de Referência
34. Nº de Terminais de Gás Natural instaladas (UAG)
Realização Contratada __ __ _
Realização Executada ‐
Meta 1 1
Valor de Referência
35. Nº de Infraestruturas de transporte intervencionadas
Realização Contratada 2 2 2
Realização Executada 1
Meta 1 3
Valor de Referência
36. Capacidade de acolhimento de passageiros de cruzeiros
Realização Contratada __ __ 13.000
Realização Executada ‐
Meta 50.000 60.000
Valor de Referência
37. Redução do tempo de viagem, decorrente de projetos apoiados
Realização Contratada 61% 61% 61%
Realização Executada 61%
Meta 61% 61%
Valor de Referência
38. Linhas de Água (ribeiras) intervencionadas
Realização Contratada __
Realização Executada ‐
Meta 28
Relatório de Execução | 2011
232
Valor de Referência
Indicadores Comuns Comunitários (core indicators)
Transportes 13. Nº de Projetos Realização Contratada 2 2 2
Realização Executada 1
Transportes 14. Nº de Km de Novas Estradas
Realização Contratada 1,5 1,5 1,5
Realização Executada 1,5
Transportes 15. Nº de Km de Novas Estradas nas RTE
Realização Contratada 1,5 1,5 1,5
Realização Executada 1,5
Transportes
20. Valor (em euros/ano) dos ganhos nos tempos de percurso, gerado pelos projetos de construção e reconstrução de estradas (mercadorias e passageiros)
Realização Contratada ‐
Realização Executada
‐
Ambiente
25. Acréscimo de população servida nos sistemas de abastecimento de água intervencionados
Realização Contratada _ _ ‐
Realização Executada
‐
Ambiente
26. Acréscimo de população servida nos sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais intervencionadas
Realização Contratada
_ _ ‐
Realização Executada
‐
Ambiente 27. Nº de projetos de Resíduos Sólidos
Realização Contratada _ 1
Realização Executada ‐
Ambiente 28. Nº de projetos visando a melhoria da qualidade do ar
Realização Contratada _ _ ‐
Realização Executada ‐
3.4.2 Análise qualitativa
No âmbito do Aviso para apresentação de candidaturas, que esteve aberto desde 31 de Março de 2008 até ter
sido encerrado em 22 de Dezembro de 2011, em virtude da aprovação da reprogramação técnica do POVT,
entrou uma nova candidatura em 2011, que foi aprovada no f inal desse ano ‐ 3ª Fase do Ate rro sanitário da
ETRS da Meia Serra, com um financiamento Fundo de Coesão na ordem dos 5,9 milhões de Euros para um
montante de investimento elegível de 8,5 milhões de Euros
Tendo sido este projeto, o primeiro no domínio das infraestruturas ambientais, aprovado em Dezembro de
2011, já não teve qualquer reflexo no nível de execução do Eixo Prioritário, embora tenha contribuído para a
taxa de compromisso registada de cerca de 46%.
Relatório de Execução | 2011
233
Deste modo, os dois projetos aprovados desde 2008 e 2009, respetivamente a Ligação em Via Expresso ao
Porto do Funchal e as Infraestruturas do porto do Porto Santo, marcaram o ritmo de execução deste Eixo,
sendo que apenas este último teve um contributo efetivo dado que o primeiro se encontra financeiramente
concluído deste 2010.
Quadro nº 38 ‐ Ponto de situação do Aviso do Eixo IV – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região
Autónoma da Madeira
Aquele contributo efetivo foi na realidade muito baixo, cerca de 20 mil euros, o que leva a que a taxa de
execução do Eixo se tenha mantido inalterada rela tivamente a 2010 – 34,4%. Os motivos para esta situação
serão explicitados no ponto 3.4.3.
O contributo das operações aprovadas e contra tadas para os objetivos do Programa, consubstanciado nos
valores dos indicadores inscritos na tabela 3.4 evolui no que respeita à realização contratada do indicador de
Eixo Prioritário 32. Nº de Projetos de Infraestruturas ambientais intervencionadas, na sequência da aprovação
da operação referida anteriormente ‐ 3ª Fase do Aterro sanitário da ETRS da Meia Serra, contribuindo
igualmente para o core indicator 27. Nº de projetos de Resíduos Sólidos.
Projeto ‐ Infra‐estruturas do porto do Porto Santo | Beneficiário ‐ APRAM ‐ Administração dos Portos
da Região Autónoma da Madeira, SA
unid: euros
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Compromiss o
Taxa Exe cução
Taxa Re alização
POVT-58-2008-12 31-Mar-08 100.000.000 3 45.113.635 3 45.935.100 34.385.278 33.321.746 46% 34% 75%
Aviso Eixo IV - RAMDotação de cada Avis o
(Fundo)
Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros
Relatório de Execução | 2011
234
No que respeita a concretizações e com a conclusão em 2010 do projeto Ligação em Via Expresso ao Porto do
Funchal, os indicadores de Eixo Prioritário 35. Nº de Infraestruturas de transporte intervencionadas e 37.
Redução do tempo de viagem, decorrente de projetos apoiados, apresentam uma rea lização executada de 1 e
61%, respetivamente, sendo que no caso do último indicador, o grau de concretização face à meta de 2015 é
de 100%.
No que concerne aos core indicators, a conclusão daquela intervenção contribui para a realização executada
dos indicadores 13. Nº de Projetos de transportes (1) e 14. Nº de Km de Novas Estradas e 15. Nº de Km de
Novas Estradas nas RTE (1,5 Km).
Não exis tem operações aprovadas com contributo para o indicador 38. Linhas de Água (ribeiras)
intervencionadas, introduz ido na sequência da reprogramação do POVT, correspondente às novas
elegibilidades ‐ correção torrencial e regularização de ribeiras.
3.4.3 Problemas significativos encontrados na implementação do Eixo Priori tário e medidas
tomadas
No que respeita à operação “Infraestruturas do Porto do Porto Santo”, aprovado em 2009 e com data de
conclusão prevista para 30/09/2011, as razões que justificam a fraca execução f ísica da operação
concretamente da componente “Construção” e em particular das empreitadas de construção dos “Edifícios
Operacionais e Arruamentos”, das “Redes de Energia e Eletricidade” e da “Ampliação de Terrapleno e
Construção de Cais e Rampa de Salvamento”, são as seguintes:
≈ As dificuldades de financiamento resultantes da atual conjuntura económico‐financeira e que
levaram a um exercício de reavaliação não só da componente mencionada mas também de todas
as componentes do projeto, que estão por rea lizar o que conduziu à preparação (em curso) de
uma proposta de Reprogramação Temporal, Física e Financeira.
≈ A complexidade técnica do processo de reprogramação motivada pela aprovação do projeto
“Unidade de Captura e armazenamento de CO 2 para valorização energética”, já aprovado no
Programa Operacional da RAM: Intervir +, financiado pelo FEDER) em que a ocupação de parte da
área do terrapleno, exigirá alteração na área de implantação dos edif ícios operacionais,
interferindo assim com o que estava projetado pela APRAM na candidatura aprovada no âmbito
do POVT.
Relatório de Execução | 2011
235
A entidade responsável pela operação está a trabalhar no processo de reprogramação, podendo‐se antecipa r
que serão devidamente jus tificadas as alterações que vier a propor, salvaguardando sempre o cumprimento
dos objetivos preconizados na candidatura.
Quanto à apresentação da candidatura do Terminal do Gás Natura l, o Instituto de Desenvolvimento Regional
continua a trabalha r conjuntamente com a Empresa de Eletricidade da Madeira, SA na ins trução da mesma,
processo que se tem vindo a demonstrar complexo e moroso, essencialmente devido a questões relativas aos
estudos económico‐financeiros.
Relatório de Execução | 2011
236
3.5. Eixo Prioritário V ‐ Infraestruturas e Equipamentos para a Valorização Territorial e o
Desenvolvimento Urbano (FEDER)
3.5.1. Cumprimento de Metas e análise de progressos
A tabela seguinte apresenta, com base no conjunto de Indicadores de Eixo Prioritá rio definidos no Programa e
nos Indicadores Comuns Comunitários aplicáveis, os principais resultados alcançados até ao f inal de 2011 no
âmbito do Eixo V – “Infraestruturas e Equipamentos para a Valorização Territorial e o Desenvolvimento Urbano
(FEDER)”. A este Eixo correspondem, na sequência da reprogramação operada no final de 2011, todos os
domínios do anterior Eixo IX, acrescido das operações aprovadas no anterior Eixo VI e cuja elegibilidade não foi
ainda enquadrada no Fundo de Coesão (no âmbito da prog ramação do atual Eixo II).
Tabela 3.5.: Realização Física do Eixo Prioritário 5
Indicadores 2008 2009 2010 2011 2015
Indicadores Eixo (alínea c) do n.º 1 do artigo 37.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006
39. Nº de Escolas intervencionadas ao abrigo do Programa de Modernização do Parque Escolar destinado ao Ensino Secundário financiadas pelo POVT
Realização Contratada 16 71 82
Realização Executada 58
Meta 110 82
Valor de Referência
40. Alunos servidos por escolas intervencionadas ao abrigo do Programa de Modernização do Parque Escolar destinado ao Ensino Secundário financiadas pelo POVT
Realização Contratada 19.950 86.952 101.616
Realização Executada 77.082
Meta 90.000 100.000
Valor de Referência
41. Equipamentos Desportivos
Realização Contratada 84
Realização Executada 54
Meta 85
Valor de Referência
42. População abrangida por equipamentos desportivos
Realização Contratada 991.027
Realização Executada 596.459
Meta 1.055.577
Valor de Referência
43. Universidades construídas e/ou ampliadas/requalificadas
Realização Contratada 17 Realização Executada 5
Meta 17
Valor de Referência
44. Alunos servidos pelas Universidades intervencionadas
Realização Contratada 49.202
Relatório de Execução | 2011
237
Realização Executada 15.750
Meta 49.202
Valor de Referência
45. Equipamentos culturais
Realização Contratada 9 Realização Executada ‐
Meta 10
Valor de Referência
46. Nº Projetos de soluções inovadoras
Realização Contratada 20 15
Realização Executada ‐
Meta 50 20
Valor de Referência
47. População diretamente abrangida pelos resultados dos projetos de soluções inovadoras
Realização Contratada 1.875.201 3.575.201 1.978.421 Realização Executada ‐
Meta 1.000.000 3.580.000
Valor de Referência
48. Replicações por projeto de soluções inovadoras
Realização Contratada 2 2,5 2,5
Realização Executada ‐
Meta 2 2,5
Valor de Referência
49. Fundos de Desenvolvimento Urbano Criado no âmbito da iniciativa JESSICA
Realização Contratada _ _ 1
Realização Executada 1
Meta 1
Valor de Referência
Indicadores Comuns Comunitários (core indicators)
Transportes
22. Acréscimo de população servida por intervenções de expansão de sistemas de transporte urbanos
Realização Contratada
240.182 240.182 279.532
Realização Executada
‐
Energia 23. Nº de projetos (energias renováveis)
Realização Contratada
‐ ‐
Realização Executada
‐
Ambiente 28. Nº de projetos visando a melhoria da qualidade do ar
Realização Contratada
5 6 4
Realização Executada ‐
Educação 36. Nº de projetos (Educação )
Realização Contratada
16 51 108 119
Realização Executada 69
Educação 37. Nº de Alunos que beneficiam das intervenções
Realização Contratada
19.950 87.763 155.573 170.237
Realização Executada
98.028
Relatório de Execução | 2011
238
Saúde 38. Nº de projetos (Saúde)
Realização Contratada ‐ ‐ ‐ Realização Executada
‐
Reabilitação urbana
39. Nº de projetos que asseguram a sustentabilidade e melhoram a atratividade das cidades
Realização Contratada
44 135 223 218
Realização Executada
123
Competitividade das Cidades
40. Nº de projetos que visam estimular a atividade empresarial, o empreendedorismo e a utilização das novas tecnologias
Realização Contratada
n.d n.d n.d
Realização Executada
Inclusão Social
41. Nº de projetos dirigidos aos jovens e ás minorias, que visam promover a oferta de serviços para a igualdade de oportunidades e a inclusão social
Realização Contratada
44 111 193 203
Realização Executada 123
3.5.2. Análise qualitativa
O Eixo V é caracterizado pela heterogeneidade de intervenções que contribuem para o desenvolvimento do
sistema urbano e para a valorização territorial em diversas dimensões, estando a sua programação atualmente
definida para 6 áreas de intervenção. Acresce, no âmbito deste relatório, a área de intervenção “Escolas do 2º
e 3º Ciclo do Ens ino Secundário”, mas de forma apenas trans itória até à conclusão da operacionalização da
reprog ramação do Programa, passando esta área de intervenção e as operações já aprovadas para a
responsabilidade dos Programas Operacionais Regionais do Norte e Centro. A análise da implementação e
execução de cada uma dessas áreas, bem como dos respetivos resultados, apresenta‐se, por isso, de forma
individua lizada.
No caso específ ico do Eixo Prioritário V, a igualdade do género e a igualdade de oportunidades, em sentido
mais amplo, sai reforçada pela política subjacente aos investimentos apoiados. Ao nível da rede de
equipamentos de educação, por exemplo, cujo objetivo é aumenta r e melhorar as condições das escolas do 2º,
3º Ciclo do Ensino Básico, do Ensino Secundário e das Instituições de Ensino Superior e por essa via, favorecer
as condições de igualdade no acesso e no desenvolvimento socioeducativo dos jovens e a conciliação da vida
pessoal, familiar e profissiona l das famílias jovens; ou, da mesma forma, ao nível da rede de equipamentos
coletivos, cujo reforço infraestrutural nas suas diversas vertentes – social, recreativa, cultural – opera efeito
idêntico.
Relatório de Execução | 2011
239
Ações Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano
No domínio das “Ações Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano” a Autoridade de Gestão delegou um
conjunto de competências na Direção Geral do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Urbano
(DGOTDU)22 relativas à apreciação técnica e acompanhamento das candidaturas, sendo aquela entidade
também responsável pelo lançamento dos concursos.
No âmbito do primeiro Aviso, lançado em 2008, centrado no apoio a intervenções enquadráveis nas áreas
temáticas “Acessibilidade e mobilidade urbana”, “Segurança, prevenção de riscos e combate à criminalidade” e
“Gestão do espaço público e do edificado”, haviam sido aprovadas 13 operações, sendo entretanto desistidas
e/ou rescindidas 4 operações, reduz indo o valor do financiamento comunitário atribuído de 9,6 milhões de
euros para os 6,7 milhões comprometidos no f inal do ano de 2011, respeitantes a nove operações. Do processo
de seleção havia ainda resultado a não admissão de 10 candidaturas, por falta de enquadramento e
incumprimento das condições de admissão e aceitação, designadamente a ultrapassagem dos limites de
financiamento fixados no Aviso e a falta de elegibilidade territoria l, e a exclusão, por falta de mérito (em função
dos critérios de seleção definidos no Regulamento Específ ico e parametrizados em sede do Aviso), de 6
candidaturas.
O segundo procedimento concursal, lançado em Abril de 2009, alargou as áreas temáticas de intervenção ao
“Ambiente Urbano” e à “Governação Urbana com incremento da participação dos cidadãos e dos atores
económicos e sociais”, tendo sido apresentadas um total de 40 candidaturas. Destas, foram aprovadas, em
2010, 9 operações, acrescendo 7 milhões de euros ao montante já comprometido com o primeiro concurso,
das quais duas tiveram o contrato rescindido, ficando apenas 7 candidaturas aprovadas. Do processo de
seleção tinha resultado ainda a não admissão de 21 candidaturas, por falta de enquadramento e
incumprimento das condições de admissão e aceitação, e a exclusão, por falta de mérito (em função dos
critérios de seleção definidos no Regulamento Específico e parametrizados em sede do Aviso) de 7
candidaturas, havendo entretanto lugar a 3 desistências.
Por comparação com as restantes áreas de intervenção do Programa, as “Ações Inovadoras para o
Desenvolvimento Urbano” evidenciam, como fica claro no Anexo XII a este Relatório, quebras acentuadas ao
longo do processo de seleção de candidaturas, quer no momento da sua aceitação (onde partilha, com as áreas
de intervenção de maior volume de candidaturas, as mais baixas taxas de admissibilidade), quer na análise de
mérito, onde se destaca das demais área com uma taxa de aprovação líquida claramente abaixo da média do
Programa).
22 No âmbito do PREMAC, o Decreto ‐Lei n.º 7/2011, de 17 de Janeiro, aprovou a fusão da Direção‐Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano e do Instituto Geográfico Português, para dar lugar à Direção‐Geral do Território (DGT).
Relatório de Execução | 2011
240
A maioria das operações que permaneciam aprovadas no final de 2011 tem enquadramento na tipologia
“Acessibilidade e mobilidade urbana”, representando 48% do financiamento atribuído, seguida da “Gestão do
espaço público e do edif icado”, com 22% e do “Ambiente Urbano”, com 19%, repartindo‐se as demais entre a
“Segurança, prevenção de riscos e combate à criminalidade” e a “Governação Urbana”. As operações têm
quase sempre como beneficiários os Municípios ou entidades da sua esfera de intervenção (Comunidades
Urbanas e Comunidades Intermunicipais).
Quadro nº 39 ‐ Ponto de s ituação dos Avisos do Eixo V‐ Domínio de intervenção das Ações inovadoras para o
Desenvolvimento Urbano
O facto de haver, face ao ano anterior, uma redução do número de operações aprovadas neste domínio de
intervenção – por via da rescisão dos contratos de f inanciamento de alguns projetos – e, consequentemente,
do Fundo comprometido ajuda a explicar, em parte, outro aspeto que se destaca na análise aos valores de
execução acima apresentados: traduzem uma grande dificuldade de arranque da implementação dos projetos
e um ritmo de execução muito abaixo do que seria desejável.
Os valores apresentados na tabela 3.5 relativos aos Indicadores de Eixo e Indicadores Comuns Comunitários
aplicáveis ao domínio das “Ações Inovadoras para o desenvolvimento urbano” espelham bem as dif iculdades
antes referidas: o “Nº de projetos de Soluções Inovadoras” (Indicador Eixo 46), e a “População diretamente
abrangida pelos resultados dos projetos de soluções inovadoras” (Indicador de Eixo 47) evidenciam uma
redução face aos valores que estavam contratados no final do ano de 2011. Ao nível dos indicadores
comunitários, mantem‐se como relevante o contributo destas operações para o “Acréscimo de população
servida por intervenções de expansão de sistemas de transportes urbanos” (indicador Comunitário 22), que
reflete a predominância entre os projetos aprovados daqueles que se enquadram na área temática da
“Acessibilidade e mobilidade urbana”. Em ambos os conjuntos de indicadores, a ausência de valores para a
“realização executada” confirma, evidentemente, o grau de avanço da realização f ísica e financeira de que as
taxas de execução.
unid: euros
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Comprom iss o
Taxa Execução
Taxa Re alização
POV T-42-2008-08 1º Aviso:10-Mar-08
15.000.000 29 2 7.057.902 9 6.754.59 1 1.543.197 1.70 9.783 45% 10% 2 3%
POV T-42-2009-22 2º Aviso:24-Abr-09
25.000.000 40 2 9.998.853 7 5.251.93 3 30.406 2 1.889 21% 0% 1%
Total 69 5 7.056.755 16 12.006.52 4 1.573.603 1.73 1.672 13%
AvisoEixo V - Açõe s
Inovador as
Dotação de cada Avis o
(Fundo)
Candidatur as Aprovações Exe cução Indicador e s Financeiros
Relatório de Execução | 2011
241
“Eficiência Hídrica de edifícios e espaços públicos ‐ o caminho para a gestão sustentável da
água” da responsabilidade da Comunidade Intermunicipa l da Região de Aveiro ‐ Baixo Vouga
Custo total: 744.093,76 €
Financiamento comunitário: 520.865,63 €
O projeto apresentado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro ‐ Baixo Vouga
passa pelo desenvolvimento e implementação a nível nacional do Modelo de Certif icação da
Eficiência Hídrica. A certif icação hídrica de um espaço, para além da real poupança de água,
permite representar uma promoção inovadora de espaços e edifícios públicos, na medida em
que estes poderão ser “rotulados”, relativamente à sua eficiência, tal como acontece
atualmente para as questões de eficiência energética (Classe A, B, C, D).
O resultado concreto e imediato que resultar deste projeto será o estudo e desenvolvimento
de um Modelo de Certif icação Hídrica de Edifícios, aplicado, numa fase inicial, aos edifícios
propostos nesta candidatura. A edição de um Guia para as Boas Práticas do Uso Sustentável da
Água será efetuada após a incorporação das conclusões deste processo de certificação e
auditorias efetuadas aos edifícios e espaços públicos. Este processo construtivo de partilha de
conclusões e inicia tivas será uma ferramenta importante para todos os munícipes.
Relatório de Execução | 2011
242
Rede de Escolas com Ensino Secundário
No decurso do ano de 2011 foram aprovadas as 6 candidaturas apresentadas no fina l de 2010, elevando o
número de operações com decisão de financiamento favorável para 42 e o valor do Fundo comprometido no
âmbito da “Requalif icação da Rede de Escolas com Ensino Secundário” para 777 milhões de euros (o segundo
valor mais elevado por área de intervenção, a seguir às intervenções relativas à “Rede Estruturante de
Abastecimento de Água e Saneamento”). Recorde‐se que estas operações visam a
construção/ampliação/requa lificação de escolas com ensino secundário, num conjunto de intervenções
enquadradas pelo “Prog rama de Modernização do Parque Escola r” e pelo “Plano Tecnológico da Educação”. A
aprovação destas 6 candidaturas pelo POVT apenas ocorreu em Dezembro de 2011, uma vez que as mesmas
estavam dependentes da aprovação da reprogramação técnica do Programa Operacional Valorização do
Território pela Comissão Europeia, que contemplou o reforço de FEDER para este efeito.
Quadro nº 40 ‐ Ponto de situação dos Avisos do Eixo V ‐ Domínio de intervenção da Rede de Escolas com
Ensino Secundário
O grande avanço registado em 2010 em termos de aprovações e execução financeira – no final desse ano os
compromissos elevavam‐se já a 665 milhões de euros e a execução a cerca de 419 milhões de euros –, faz com
que os acréscimos de 2011 – cerca de 113 milhões de euros e 199 milhões de euros, respetivamente – se
traduzam numa re lativa desaceleração face ao período anterior, com reflexo evidente (e já sublinhado em
capítulos anteriores deste rela tório) na evolução dos indicadores f inanceiros do FEDER.
Já no plano da relização física, os niveis de concretização das intervenções, possíveis de inferir através das
taxas de realização apresentadas no quadro anterior, encontram tradução direta ao nível dos indicadores de
realização física e de resultados apresentados na tabela 3.5. Das 82 escolas previstas intervencionar nas 41
operações aprovadas (A operação Kit Tecnológico nas Escolas Secundárias, destinada à infraestruturação
tecnológica e dotação de equipamento informático, beneficia também 249 escolas), 58 estavam já concluídas e
unid: euros
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Com prom iss o
Taxa Exe cução
Taxa Re alização
POV T-45-2008-071º Aviso:4-Jan-08
100 .000.000 5 104.499.54 5 4 77 .439.571 74.803.58 6 79 .733.550 77% 75% 97 %
POV T-45-2009-232º Aviso:4-Mai-09
240 .000.000 13 250.398.66 9 13 32 2.426.570 277.926.7 59 217 .094.031 1 34% 116% 86 %
POV T-45-2010-32 3º Aviso:4-Abr-1 0
17 .000.000 2 38.158.34 9 2 46 .297.181 41.812.78 9 33 .788.877 2 72% 246% 90 %
POV T-45-2010-374º Aviso:
1 6-Ago-10200 .000.000 17 201.955.28 2 17 20 1.890.317 175.386.7 93 121 .997.542 1 01% 88% 87 %
POV T-45-2010-405º Aviso:3-Nov-1 0
123 .000.000 6 129.504.90 7 6 12 9.504.907 47.537.60 8 0 1 05% 39% 37 %
Total 43 724.516.75 2 42 77 7.558.546 617.467.5 35 452 .614.000 79%
Aviso
Eixo V - Es colas Ens ino
Secundár io
Dotação de cada Aviso
(Fundo)
C andidaturas A pr ova çõe s Exe cução Indicador es Financeiros
Relatório de Execução | 2011
243
(novamente) em funcionamento, beneficiando mais de 77 mil alunos. O impacto destas operações no conjunto
de intervenções apoiadas pelo POVT na área da educação é preponderante, quer no número total de projetos –
82 em 119 projetos (Indicador Comum Comunitá rio nº 36) – quer em número de alunos que beneficiam das
intervenções – quase 98 mil em 170 mil alunos (Indicador Comum Comunitário nº 37) – e ainda mais
preponderante quando considerados os números das intervenções já concretizadas (o detalhe dos valores que
contribuem para os Indicadores Comuns Comunitários antes citados é apresentado no Anexo I a este re latório,
através do Indicador Comum Nacional PH‐ICN‐Anual‐033).
Projetos de requalificação da Rede de Escolas com Ensino Secundário, da responsabilidade
da Parque Escolar, EPE
Custo total: 958.237.039€
Financiamento Comunitário: 777.558.546 €
As intervenções no âmbito da “Requa lificação da Rede de Escolas com Ensino Secundário”
permitem cria r um novo modelo de gestão das ins talações, garantindo uma otimização de
recursos instalados e uma correta gestão da conservação e manutenção dos edif ícios após as
intervenções, abrir a Escola à comunidade, criando condições para uma maior articulação com
o meio envolvente, associado a uma correta valorização patrimonial garantindo o
aproveitamento integral das potencialidades ins taladas na infraestrutura escolar.
Estas intervenções visam, no essencial, corrigir problemas construtivos, substituir as redes e
infraestruturas exis tentes, adequar as condições de conforto e dotar a escola de novos
espaços, repondo a eficácia física e funcional dos mesmos, numa perspetiva de criar condições
para a prática de um ens ino moderno, adaptado aos conteúdos programáticos, às didáticas e
às novas tecnologias de informação e comunicação, inclusivo e estimulante para toda a
comunidade educativa. Foi com estes princípios que diversas escolas secundárias foram
intervencionadas, alicerçando em infraestruturas de excelência o objetivo último de melhorar
a acesso à educação e a qualidade da formação disponível aos a lunos.
Relatório de Execução | 2011
244
Escola Secundária de Benavente – antes da inte rvenção
Escola Secundária de Benavente – depois da intervenção
Adicionalmente, as intervenções promovidas pela Parque Escola r, EPE incorporam, de forma
significativa, preocupações com o desenvolvimento sustentável, espelhadas não só nas suas
inicia tivas internas de desenvolvimento dos recursos exis tentes, mas também nas suas
preocupações ambientais e de consolidação económico‐financeira.
Relatório de Execução | 2011
245
Com impactos ao nível construtivo, colocaram‐se diversas questões associadas a alterações
significativas do quadro legal e regulamentar de várias atividades, que podem ser agregadas
em seis grandes g rupos: ( i) elementos estruturais, (ii) reabilitação energética, (iii) segurança,
(iv) acústica, (v) sistemas informáticos e (vi) redes elétricas e de gás, (vii) redes de águas e
esgotos.
Em relação aos elementos estruturais das escolas, indo ao encontro da legislação nacional e
comunitária sobre este tema, foi tomada a decisão de incorporar no plano das intervenções a
análise sísmica das estruturas, aproveitando‐se, assim, a oportunidade “histórica” para as
realizar que o Programa representava, por se tratar de um conjunto de intervenções em
profundidade.
Neste âmbito, verificou‐se a necessidade de operar reforços sísmicos signif icativos dos
elementos estruturais dos edifícios. Saliente‐se que muitos dos edifícios são construções
anteriores a 1958 (23%), ano da entrada em vigor do Regulamento de Segurança das
Construções Contra os Sismos (RSCC), com condições críticas ao nível de resis tência aos
sismos. Mesmo as construções dos anos 70 e 80, representando cerca de metade dos edifícios
escolares, apresentavam condições que, em alguns casos, revelaram ser mais económica a
demolição e reconstrução do que o próprio reforço, seja por terem s ido construídas antes da
entrada em vigor do Regulamento de Segurança e Ações em Estruturas de Edifícios e Pontes
(RSAEEP) de 1983, ou por terem sido construídas de forma deficiente, como é comummente
reconhecido.
No conjunto das mais de 200 escolas das Fases 0, 1, 2 e 3, 67 escolas sofreram reforços
estruturais, essencialmente sísmicos.
Quanto à reabilitação energética, em 4 de Abril de 2006 foi publicado um pacote legislativo
(que só entrou em vigor em Dezembro de 2006) relativo ao Sis tema de Certificação Energética
e Qualidade do Ar Interior (SCE) e aos sistemas energéticos de climatização (RSECE) e
comportamento térmico dos edifícios (RCCTE). Pese embora a publicação desta legislação, só
com a publicação da Portaria n.º 461/2007, de 5 de Junho, ficou definida a calendarização da
obrigatoriedade de aplicação do SCE, e só com o Despacho n.º 10250/2008, de 8 de Abril, foi
aprovado o normativo que define o Modelo do Certificado de Desempenho Energético e da
Qualidade do Ar Interior, pelo que só com estes dois atos o quadro normativo dos
regulamentos ficou completamente definido e estabilizado.
Tais requisitos legais, que transpõem para o ordenamento jurídico nacional a Diretiva
2002/91/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho da Europa relativos ao conforto ambiental
Relatório de Execução | 2011
246
e à eficiência energética, bem como as regras práticas de concretização, posteriormente
validadas pela ADENE, deram origem às seguintes necessidades:
≈ Instalação sistemas de ventilação forçada, para dar cumprimento às elevadas
renovações de ar obrigatórias;
≈ Sistemas de arrefecimento e aquecimento, de modo a manter as temperaturas
dentro dos referenciais aconselháveis ao longo do ano (20 a 25 graus);
≈ Alteração completa dos sistemas elétricos, de forma a melhorar a eficiência
energética, incorporando materiais e equipamentos adequados, desde as lâmpadas
de baixo consumo à Gestão Técnica Centralizada (GTC);
≈ Reabilitação quase total da envolvente construtiva, nas suas várias componentes
(coberturas, paredes e vãos), para garantir a ef iciência energética dos sistemas;
≈ Reforço significa tivo das potências elétricas, com construção de novos Postos de
Transformação, de forma a garantir o funcionamento dos s istemas.
Em termos de segurança, o cumprimento obrigatório do disposto no Decreto‐Lei n.º
220/2008, de 12 de Novembro (que entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2009), na Portaria n.º
1532/2008, de 29 Dezembro, e no Despacho nº 2074/2009, de 15 de Janeiro, do Presidente da
Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), trouxe alterações ao projeto e ao processo
construtivo. Estas alterações legislativas implica ram ainda, no caso da segurança contra
incêndios, a introdução de envolventes corta‐fogo e a definição de vias de evacuação com
novos percursos horizontais e verticais (escadas interiores e exteriores), o que, por sua vez,
acarretou a substituição de vãos por sis temas corta‐fogo e selagem de todas as aberturas até
aí existentes, originando um forte incremento dos sistemas de ventilação mecânica.
Ao nível da segurança de utilização e de segurança contra intrusão, tornou‐se obrigatória a
utilização de vidros laminados, guardas de escada e corredores com dimensões e resis tência
adequadas à função, redimensionamento e retif icação de traçado de redes técnicas, tais como
a de gás ou de ar comprimido, instalação de sistemas de segurança contra intrusão e
videovigilância.
Paralelamente ao que sucedeu em outras componentes construtivas, as exigências legais
recentes (2006 a 2009) estenderam‐se às condições acústicas dos edifícios, nomeadamente à
Avaliação e Gestão de Ruído Ambiente, ao Regulamento Gera l de Ruído e a alterações ao
Regulamento dos Requisitos Acústicos de Edif ícios, implicando a introdução de sistemas
Relatório de Execução | 2011
247
construtivos para correção acústica dos espaços letivos e sociais.
Ao nível das redes elétricas e de gás e instalações técnicas, foram necessá rias alterações
profundas de forma a colmatar as deficiências globais das redes exis tentes, bem como
reforços associados às novas tecnologias, novos equipamentos didáticos e oficinais e,
finalmente, as já referidas alterações ao nível do AVAC.
Do mesmo modo, no plano da redes de águas e esgotos, as intervenções resultantes da
necessidade de substituição de tubagens e equipamentos que datam da construção dos
edifícios, encontrando‐se degradadas e com roturas, muito para além da vida útil, constituíram
um fator de agravamento do investimento. Neste mesmo plano, deve ainda considerar‐se a
necessidade de construir mais ins talações sanitá rias, adequando‐as às reais necessidades das
escolas, colmatando deficiências de projeto inicial, ou simplesmente repondo instalações que
tinham sido transformadas noutros usos pelas Direções da Escolas, de forma a suprir outras
necessidades mais imperiosas.
É, aliás, nesse contexto que a Parque Escolar tem colaborado de forma muito próxima com as
entidades públicas responsáveis pelo acompanhamento da concretização da nova legislação,
numa postura de crítica construtiva, apresentando várias sugestões/estudos tendentes à
correta definição de parâmetros e de metodologias de aplicação, no sentido de, mantendo as
condições de conforto reconhecidas internacionalmente, obter economias globais
significativas.
Infraestruturas e Equipamentos Desportivos
No domínio das “Infraestruturas e Equipamentos Desportivos”, e considerando que os 4 Avisos de Abertura,
lançados em 2008 e 2009, se encontravam já decididos no final de 2010, o avanço durante o ano de 2011
traduziu‐se (quase) exclusivamente ao nível da realização f ísica e financeira das 84 operações aprovadas (este
número ref lete uma ligeira diminuição face a 2010, por força da anulação/rescisão de 3 operações durante
2011) que, recorde‐se, assumem duas tipologias distintas: Equipamentos de Base; e equipamentos que se
possam constituir como Centros de Apoio ao Desporto de Alto Rendimento.
Assim, destaca‐se pela positiva a duplicação do Fundo executado, que atingiu os 54 milhões de euros no final
de 2011 (face aos 27 milhões de euros em 2010) e que se reflete nas taxas de realização adiante apresentadas
(no seu conjunto a implementação das operações aprovadas aproxima‐se já dos 70%). Para estes valores
contribuiu a aprovação da alteração da taxa de cofinanciamento, de 70% para 85%, das operações que
Relatório de Execução | 2011
248
respeitam a “Centros de Alto Rendimento” construídos ou beneficiados, que absorvem uma comparticipação
comunitária de 42,3 milhões de euros (53% do fundo aprovado nesta área de intervenção) e representam cerca
de 44% dos montantes já executados, e que pela especial re levância que assumem no contexto desta área de
intervenção, se identificam de seguida:
≈ Centro de A lto rendimento de Sangalhos ‐ Velódromo Nacional [ já concluído];
≈ Centro de A lto Rendimento de Surf de Peniche;
≈ Centro de Excelência e Alto Rendimento para o Badminton [já concluído];
≈ Centro de A lto Rendimento de Surf da Nazaré;
≈ Centro de A lto Rendimento de Rio Maior ‐ Natação
≈ Centro de A lto Rendimento de Ga ia;
≈ Centro de Alto Rendimento de Montemor‐o‐Velho ‐ Canoagem, Natação de Águas Livres, Remo e
Triatlo;
≈ Centro de A lto Rendimento de Surf de Viana do Castelo;
≈ Centro de A lto Rendimento de Surf de Aveiro;
≈ Centro de A lto Rendimento do Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) – Remo
≈ Centro de A lto Rendimento de Hipismo da Golegã.
Quadro nº 41 ‐ Ponto de situação dos Avisos do Eixo V‐ Domínio de intervenção das Infraestruturas e
Equipamentos Desportivos
Os níveis de execução financeira acima referidos encontram, natura lmente, tradução nos indicadores de
realização fís ica e de resultados apresentados na tabela 3.5, muito em particula r ao nível dos Indicadores de
unid: euros
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Com prom iss o
Taxa Exe cução
Taxa Re alização
POV T-53-2008-09 1º Aviso:1 3-Mai-08
50 .000.000 68 47.916.01 3 44 25 .352.320 22.835.50 7 22 .757.644 51% 46% 90 %
POV T-53-2008-182º Aviso:
1 5-Set-0830 .000.000 31 53.838.21 3 20 31 .903.085 20.048.79 8 21 .658.144 1 06% 67% 63 %
POV T-53-2009-243º Aviso:4-Mai-09
15 .000.000 70 107.895.13 4 16 14 .354.475 10.864.11 0 10 .807.195 96% 72% 76 %
POV T-53-2009-31 4º Aviso:7-Set-09
6.000.000 8 25.600.30 9 4 8.262.957 638.60 5 636.918 1 38% 11% 8%
Total 177 235.249.66 9 84 79 .872.837 54.387.02 0 55 .859.901 68%
AvisoEixo V -
Equipam e ntos De s portivos
Dotação de cada Aviso
(Fundo)
C andidaturas A pr ova çõe s Exe cução Indicador es Financeiros
Relatório de Execução | 2011
249
Eixo nº 41 e nº 4223 – que quantif icam respetivamente, o número de equipamentos desportivos apoiados e a
população por eles servida –, aos quais estão associados níveis de concretização (na ordem dos 64 e 57%,
respetivamente.
As intervenções apoiadas nesta área de intervenção e o seus resultados ficam também patentes ao nível do
Indicador Comum Comunitá rio nº 41 “Nº de projeto dirigidos aos jovens e às minorias…” – dos 203 projetos
contabilizados como “rea lização contra tadas”, 84 correspondem a infraestruturas de desporto, sendo os
demais resultantes das intervenções apoiadas na área da Educação. Retoma‐se, a este propósito, as
observações apresentadas no início do ponto 3.5.2 deste relatório sobre o papel destas intervenções na
promoção da igualdade de oportunidades e, de uma forma mais alargada, sobre o contributo ao nível da
coesão (e inclusão) social e territorial de uma rede de equipamentos coletivos reforçada.
Equipamentos Estruturantes do Sistema Urbano Nacional
Nesta área de intervenção não houve, em 2011, qualquer novo período de candidaturas, uma vez que o
primeiro (e único) período, decidido ainda em 2009, preencheu uma parte muito s ignifica tiva da dotação
disponível (quando observada ao nível do anterior Eixo IX, em conjugação com as dinâmicas de aprovação das
demais áreas de intervenção desse Eixo).
Por conseguinte, e à semelhança da análise efetuada no ponto anterior, cabe aqui apenas realçar a evolução da
execução financeira desta área de intervenção, assinalando‐se como (moderadamente) positivo o aumento da
taxa de rea lização das operações aprovadas de 13% para 38%.
Todavia, face ao volume de investimento aprovado e financiamento comunitá rio atribuído (e considerando o
momento, ao longo de 2009, em que a grande maioria das operações obteve a decisão de financiamento), este
aumento traduz um baixo ritmo de execução (a taxa de realização de 38% fica claramente abaixo da média do
Eixo V, que se situa nos 68%). Este aspeto é particularmente evidente nas operações promovidas por
Autarquias Locais e Empresas Publicas (de âmbito local e nacional) – mantêm‐se evidentes as dif iculdades na
mobilização dos recursos financeiros para incrementar o ritmo de execução dos seus projetos –, uma vez que
as operações promovidas pelas Instituições de Ensino Superior apresentam índices de realização bastante mais
próximos da média do Eixo (52%, contra os 12% das demais entidades beneficiárias desta área de intervenção).
23 Indicadores de Eixo incluídos com a Decisão C(2011) 9334 de 9 de Dezembro, que aprovou a reprogramação do POVT. Os mesmos valores são também contabilizados como Indicadores Comuns Nacionais, apresentados com as referências VT‐ICN‐Tri‐014 e VT‐ICN ‐ Anual‐032 no Anexo I a este relatório.
Relatório de Execução | 2011
250
Quadro nº 42 ‐ Ponto de s ituação do Aviso do Eixo V ‐ Domínio de intervenção dos Equipamentos
Estruturantes para o S istema Urbano Nacional
Ainda assim, os resultados traduzidos ao nível dos indicadores apresentados na tabela 3.5 permitem identifica r
alguns avanços na implementação das operações, nomeadamente no que respeita ao número de universidades
construídas e/ou ampliadas/requalificadas (Indicador de Eixo nº 43) e ao número de alunos que beneficiam
dessas intervenções24 (Indicador de Eixo nº 43), para os quais estão já disponíveis valores de realização
executada, que refletem a conclusão de 5 intervenções.
Para as demais intervenções, essencialmente dedicadas a equipamentos culturais (Indicador de Eixo nº 4525), e
em resultado do que acima foi dito a propósito das dificuldades sentidas na sua execução, apenas é possível
apresentar valores de “realização contratada”, uma vez que ainda nenhum projeto se encontrava concluído no
final de 2011.
Construção e equipamento das novas instalações da Faculdade de Medicina da Universidade
do Porto e Construção e equipamento das novas instalações do Instituto Ciências
Biomédicas Abel Salazar
Beneficiário – Universidade do Porto
Custo Total ‐ 58.674.076,36 €
Financiamento comunitário ‐ 38.635.178,14 €
24 Indicadores de Eixo incluídos com a Decisão C(2011) 9334 de 9 de Dezembro, que aprovou a reprogramação do POVT. Os mesmos valores são também contabilizados como Indicadores Comuns Nacionais, apresentados com as referências PH‐ICN‐Tri‐015 e PH‐ICN‐Anual‐033 no Anexo I a este relatório.
25 Ver também os indicadores Comuns Nacionais, apresentados com as referências ICN‐Tri‐014 e ICN‐Anual‐032 no Anexo I a este relatório.
unid: euros
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Comprom iss o
Taxa Execução
Taxa Re alização
POV T-39-2008-16 1º Aviso:12- Mai-08
225.000.000 114 45 7.902.138 29 179.897.10 7 68.408.361 72.02 2.779 80% 30% 3 8%
Total 114 45 7.902.138 29 179.897.10 7 68.408.361 72.02 2.779 38%
AvisoEixo V -
Equipam entos Estr utur ante s
Dotação de cada Avis o
(Fundo)
Candidatur as Aprovações Exe cução Indicador e s Financeiros
Relatório de Execução | 2011
251
A Universidade do Porto tem em curso duas operações, re lativas à Ampliação da Faculdade de
Medicina e às novas instalações do Instituto Ciências Biomédicas Abel Salazar e da Faculdade
de Farmácia. No caso das novas instalações destas duas faculdades, destaca‐se a estratégia de
partilha da utilização de espaços (para além da biblioteca e do salão nobre, praticamente
todos os espaços letivos – anfiteatros, salas de aula, salas de seminário, etc. –, alguns
laboratórios de ensino graduado e pós‐g raduado, a maioria dos espaços sociais, etc.), que
conduz a que a área dos espaços comuns às duas faculdades seja de cerca de 2 / 3 da área
total.
Iniciativa JESSICA
A Iniciativa JESSICA foi concebida para promover os Fundos de Desenvolvimento Urbano (FDU), instrumentos
de engenharia financeira de apoio ao investimento no desenvolvimento urbano sustentável.
A 20 de Julho de 2009 foi celebrado o Funding Agreement, (onde são estabelecidos os termos de
funcionamento da Iniciativa JESSICA em Portugal) entre as Autoridades de Gestão do Programa Operacional
Temático Valorização do Território (POVT), do Programa Operacional Regional do Norte (POR Norte), do
Programa Operacional Regional do Centro (POR Centro), do Programa Operacional Regional de Lisboa (POR
Lisboa), do Programa Operacional Regional do Alentejo (POR Alentejo), do Programa Operacional Regional do
Algarve (POR Algarve), a Direcção‐Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) e o Banco Europeu de Investimento
(BEI).
Relatório de Execução | 2011
252
Nos termos do artigo 6.1 do Funding Agreement as Autoridades de Gestão dos Programas Operacionais (POVT,
POR Norte, POR Centro, POR Lisboa e Vale do Tejo, POR Alentejo e POR Algarve) e a Direcção‐Geral do Tesouro
e Finanças devem contribuir para o JESSICA Holding Fund com um montante total de 130 milhões de euros,
cabendo ao POVT uma participação total de 30 milhões de euros.
A 1ª transferência foi efetuada pelo POVT a 1 de Setembro de 2010 no montante de 12,4 milhões de euros
(FEDER) e a despesa correspondente à 2ª transferência, que completa o valor das entregas a efetuar pelo
POVT, foi validada no final do ano de 2011, embora o pagamento só se tenha concretizado já em Janeiro de
2012. Por essa razão, não se encontra ref lexo (ao nível dos pagamentos) no quadro que se segue.
Quadro nº 43 ‐ Ponto de s ituação do Aviso do Eixo V‐ Domínio de intervenção da Iniciativa JESSICA
Com a reprogramação do POVT foi possível incluir, no âmbito do Eixo V, um indicador que traduz isse a
participação deste Programa neste instrumento de engenharia financeira, contabilizando, mais concretamente,
o número de Fundos de Desenvolvimento Urbano (FDU) criados no âmbito da Inicia tiva. No caso do POVT, a
participação está circunscrita a um FDU.
Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva
Como já foi referido anteriormente (Ponto 3.2.2 – Eixo Prioritário 2 – Análise Qualitativa), com a aprovação da
reprog ramação técnica do POVT em Dezembro de 2011 e no âmbito da reorganização dos Eixos Prioritá rios, o
antigo Eixo VI passou a constituir um domínio de intervenção partilhado pelos Eixos II ‐ Sistemas Ambientais e
de Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos (Fundo de Coesão) e V ‐ Infraestruturas e Equipamentos para
a Valorização Territorial e o Desenvolvimento Urbano (FEDER).
No âmbito do Eixo II, ficaram abrangidas as operações Ligação Pisão‐Roxo e Adutor Brinches‐Enxoé (ambas
correspondem a Grandes Projetos), em função do seu enquadramento mais evidente nas elegibilidades do
Fundo de Coesão. As demais candida turas apresentadas/aprovadas até ao final de 2011 passaram a integrar,
como acima referido, o novo Eixo V, e é em relação a estas que aqui se prossegue a análise.
unid: euros
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Compromisso
Taxa Exe cução
Taxa Realização
16-Jul-09 30.000.000 1 30.000.000 1 30.000.000 30.000.000 12.422.746 100% 100% 100,0%
Tot al 1 30.000.000 1 30.000.000 30.000.000 12.422.746 100,0%
Eixo V - JESSICA
Dot ação de cada Aviso
( Fundo)
Candidat uras Aprovações Execução Indicado res Finance iros
Relatório de Execução | 2011
253
Das 7 operações deste domínio que, no final de 2011, trans itaram para o Eixo V, 3 obtiveram decisão de
financiamento favorável já neste último ano, elevando o valor do Fundo aprovado acima dos 92 milhões de
euros. Não obstante as dificuldades crescentes que o beneficiá rio único desta área de intervenção, a EDIA ‐
Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A., (sociedade anónima de capitais
exclusivamente públicos) vem reportando à Autoridade de Gestão, a implementação das operações aprovadas
têm conhecido um avanço moderado, atingindo um valor próximo dos 38 milhões de euros de execução
validada (ou 40 milhões de euros, se considerado o volume de pagamentos associado a estas operações, que
reflete uma predominância da moda lidade de pedidos de pagamento “contra‐factura” – o que, por sua vez,
corrobora de certa forma as dificuldades de tesouraria aduzidas pelo beneficiário).
Quadro nº 44 ‐ Ponto de situação do Aviso do Eixo V ‐ Domínio de intervenção do Empreendimento de Fins
Múltiplos de Alqueva
Requalificação da Rede de Escolas do 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico
A partir de 09 de Dezembro de 2011, data de aprovação pela Comissão Europeia da reprog ramação do POVT,
as tipologias de operações previstas neste domínio de intervenção passaram a ser elegíveis exclusivamente nos
Programas Operacionais Regiona is do Norte, Centro e Alentejo. No entanto, uma vez que a operacionalização
da transição das operações não ocorreu antes do f inal de 2011, dá‐se aqui conta sucinta do grau de
implementação das operações aprovadas e dos seus reflexos ao nível da execução física e financeira do
Programa.
Quadro nº 45 ‐ Ponto de s ituação do Aviso do Eixo V ‐ Domínio de intervenção da Requalificação de Escolas
do 2º e 3º ciclo do ensino básico
unid: euros
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Comprom iss o
Taxa Execução
Taxa Re alização
POVT-55-20 07-01 21-Dez-07 275.000.000 10 12 2.718.302 7 92.363.90 1 37.755.488 39.99 8.782 34% 14% 4 1%
AvisoEixo II -
Alque va
Dotação de cada Avis o
(Fundo)
Candidatur as Aprovações Exe cução Indicador e s Financeiros
unid: euros
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Comprom iss o
Taxa Execução
Taxa Re alização
POV T-97-2009-20 1º Aviso:16-Fev-09
20.000.000 23 5 3.693.736 20 64.335.19 5 38.219.995 40.23 2.264 322% 191% 59 ,4%
Total 23 5 3.693.736 20 64.335.19 5 38.219.995 40.23 2.264 59 ,4%
AvisoEixo V -
Escolas 2º e 3º Ciclo
Dotação de cada Avis o
(Fundo)
Candidatur as Aprovações Exe cução Indicador e s Financeiros
Relatório de Execução | 2011
254
Em matéria de execução financeira, o avanço verificado nesta área de intervenção ao longo de 2011 pode ser
classificado como positivo, cons iderando o aumento da taxa de realização de 24% para 59%. Para este valor
global no f inal de 2011 contribuíam 8 operações com execução financeira superior a 80% e 9 operações com
valores de execução entre os 50% e os 80%, sendo que em apenas 3 operações se registavam valores de
execução mais baixos (entre os 0% e os 11%).
Em resultado da já referida reprogramação do POVT, não existe atualmente qualquer Indicador de Eixo
associado a estas operações. A sua implementação está, por esse motivo, apenas expressa na tabela 3.5 ao
nível dos indicadores comuns comunitários nº 36 e 37, contribuindo com 20 projetos e beneficiando mais de 19
mil alunos26. Destes, estão concluídos 6 projeto, ou seja, 6 escolas dos 2º e 3º ciclo do Ens ino Básico
construídas e/ou ampliadas/requalificadas, que servem uma população estudantil superior a 5 mil alunos.
3.5.3 Problemas significativos encontrados na implementação do Eixo Priori tário e medidas
tomadas
O ano de 2011 ficou marcado pelo contributo e esforço do Prog rama para a necessária superação da crise que
caracterizou (e continua a caraterizar) conjuntura macroeconómica. Num quadro previsível de medidas de
austeridade, o desafio assenta fundamentalmente no seu desempenho na urgente melhoria da
competitividade empresarial e nas dificuldades f inanceiras que perturbam a implementação de alguns dos
projetos, nomeadamente, nos projetos da responsabilidade dos Municípios. Acresce ainda a frágil capacidade
de financiamento de a lguns dos beneficiários dos projetos que não conseguem garantir os meios necessários
para a boa execução dos mesmos, o que determina a prorrogação de algumas ações ou até mesmo a sua não
execução.
Outro dos constrangimentos à boa execução dos projetos s ituam‐se nos exigentes e morosos procedimentos
de contratação pública a incorporar nos projetos, que condicionam o seu arranque nas datas previstas e
atrasam significa tivamente a sua execução.
26 Ver também os indicadores Comuns Nacionais, apresentados com as referências PH‐ICN‐Tri‐015 e PH‐ICN ‐ Anual‐033 no Anexo I a este relatório,.
Relatório de Execução | 2011
255
3.6. Eixo Prioritário VI – Assistência Técnica (FEDER)
3.6.1. Cumprimento de Metas e análise de progressos
A tabela seguinte apresenta, com base no conjunto de Indicadores de Eixo Prioritá rio definidos no Prog rama,
os principais resultados alcançado até ao f inal de 2010 no âmbito da Assistência Técnica.
Tabela 3.6.: Realização Física do Eixo Prioritário 6
Indicadores 2008 2009 2010 2011 2015
Indicadores Eixo (alínea c) do n.º 1 do artigo 37.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006
50. Taxa de execução da Despesa Fundo (ano n-3)
Realização Contratada _ _ _
Realização Executada n.a
Meta 100%
Valor de Referência
51. Taxa de execução da Despesa Fundo (ano n-2)
Realização Contratada _ _ _
Realização Executada n.a
Meta 100%
Valor de Referência
52. Nível de desmaterialização de processos associados a fluxos financeiros
Realização Contratada 75% 100% 100%
Realização Executada 100%
Meta 100% 100%
Valor de Referência
53. Nível de desmaterialização de processos associados a programação e acompanhamento
Realização Contratada 50% 70% 70%
Realização Executada 70%
Meta 80% 100%
Valor de Referência
3.6.2. Análise qualitativa
O Eixo VI – Assistência Técnica do POVT reveste‐se de especiais ca racterísticas, na medida em que se destina ao
financiamento da criação e do funcionamento das estruturas de apoio técnico da Autoridade de Gestão e dos
Organismos Intermédios e o respetivo apoio logístico.
Em Dezembro de 2010 procedeu‐se à alteração do Regulamento Específico do Eixo, introduzindo, entre outras
alterações, a possibilidade das candidaturas terem carácter e abrangência plurianual. Não obstante, as
candidaturas apresentadas no âmbito dos 5 Avisos publicados até Agosto de 2010 apresentavam carácter
anual, correspondendo aos exercícios orçamenta is da Autoridade de Gestão e dos Organismos Intermédios em
cada ano de implementação do Programa.
Relatório de Execução | 2011
256
Em agosto de 2011 foi aberto novo período de candida turas, distinguindo os casos da Autoridade de Gestão do
POVT – que poderia apresentar uma candidatura com ca rácter plurianual, abrangendo todo o período de
elegibilidade do QREN (2012 – 2015), de acordo com a supra referida a lteração do Regulamento Específ ico –, e
dos Organismos Intermédios, cujas candida turas deveriam manter caráter anual, abrangendo apenas às ações
a realizar em 2012. Em dezembro de 2011 estavam já aprovadas 4 das 6 candidaturas recebidas naquele ano, a
que se somou a última candidatura do anterior Aviso que foi também decidida favoravelmente no ano de 2011.
Quadro nº 46 ‐ Ponto de s ituação dos Avisos do Eixo VI
A taxa de realização média global das candidaturas de Assistência Técnica referenciada no Quadro anterior
(26%) reflete a relação entre a execução acumulada em 31‐12‐2011 e o montante aprovado total até essa
mesma data, contudo este último inclui o valor das aprovações relativo às candidaturas no âmbito do 6º Aviso
cuja execução respeita ao exercício orçamental do ano de 2012. Assim se não considerarmos as aprovações do
referido Aviso a taxa de execução acumulada no f inal de 2011 atingiria os 46%.
Em termos acumulados 2007/2011, o montante FEDER executado atingiu cerca de 13,6 milhões de euros tendo
o ano de 2011 por si só representado cerca de 4,1 milhões de euros, ou seja 33% do apoio comunitário
concedido.
Por outro lado, constata‐se que a taxa de compromisso tem vindo a evoluir ao longo do período, registando
nos últimos anos maior ajustamento entre as dotações dos Avisos e montantes das candidaturas apresentadas
e aprovadas. A 31 de dezembro de 2011, constata‐se que o financiamento comunitário aprovado para o Eixo VI
totaliza 52,4 milhões de euros o que representa uma taxa de compromisso, face ao valor FEDER total
programado para o E ixo, da ordem dos 76,5% (com base no valor reprogramado para o E ixo, no âmbito da
reprog ramação do POVT aprovada pela CMC do QREN em 21 de dezembro de 2011).
unid: euros
nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa
Comprom iss o
Taxa Execução
Taxa Re alização
POV T-73-2007-031º Aviso:21-Dez-07
20.000.000 2 5.080.147 2 4.965.32 6 1.412.652 1.41 2.652 25% 7% 2 8%
POV T-73-2008-152º Aviso:2-Mai-08
15.000.000 5 7.446.354 5 7.137.11 2 4.491.941 4.42 3.890 48% 30% 6 3%
POV T-73-2009-21 3º Aviso:16-Mar-09
500.000 1 167.806 1 167.36 7 118.661 118 .661 33% 24% 7 1%
POV T-73-2009-30 4º Aviso:7-Set-09
10.000.000 7 9.478.167 6 9.075.39 9 4.542.229 4.19 3.115 91% 45% 5 0%
POV T-73-2010-385º Aviso
18-0 8-201010.000.000 6 8.585.545 6 8.501.58 3 3.050.964 3.97 1.351 85% 31% 3 6%
POV T-73-2011-446º Aviso
22-0 8-201132.000.000 6 2 3.688.110 4 22.597.28 3 0 1.33 8.982 71% 0% 0%
Total 27 5 4.446.130 24 52.444.06 9 13.616.447 15.45 8.650 26%
Aviso Eixo XDotação de cada Avis o
(Fundo)
Candidatur as Aprovações Exe cução Indicador e s Financeiros
Relatório de Execução | 2011
257
Quadro nº 47 – Ponto de s ituação do Eixo VI a 31 de dezembro de 2011
(Unidade: Milhares de euros)
Total acumulado 31‐Dez‐2011
Dotação FEDER programada 68 579
Dotação FEDER comprometida com projetos aprovados ‐Avisos 1º ao 6º (*) 52 444
Dotação FEDER comprometida com projetos aprovados ‐Avisos 1º ao 5º 29 847
Total de pagamentos de FEDER efetuados aos beneficiários 15 539
Despesa FEDER validada em 31‐Dez‐2011 13 616
(*) O 6º Aviso de 18/08/2010 diz respeito à apresentação de candidatura para o exercício orçamental de 2012.
O facto da candidatura da Autoridade de Gestão do POVT ter carácter plurianual motiva, naturalmente, o forte
aumento do financiamento aprovado neste Eixo, que totalizava no final de 2011 cerca de 52 milhões de euros
(recorde‐se, do Anexo II a este relatório, que o montante de f inanciamento comunitário programado para o
Eixo VI passou a ser de 68.578.698 €). Por outro lado, é reforçado o peso relativo dos encargos com a estrutura
de gestão do POVT no conjunto dos custos de gestão financiados pela Assis tência Técnica do POVT.
Gráfico nº 12 ‐ Repartição do financiamento comunitário aprovado, por beneficiário
No que respeita à tipologia de despesas inerente aos encargos com a Assistência Técnica, constata‐se que a
componente com maior peso foi “Despesas com remunerações e encargos sociais” com 9,3 milhões de euros,
que representou cerca de 58,87% da despesa pública validada no período entre 2007 e 2011, enquanto as
despesas com “Aquisição de Bens e Serviços” constituíram cerca de 19,32% com 3 milhões de despesa
executada, representando a componente “Encargos com ins talações” apenas cerca de 6,67% correspondendo
a uma execução de 1 milhão de euros.
91,1%
3,4%
2,1%1,6%
1,5% 0,2%
SG MOPTC (AG POVT)
INAG
SG MAI / EMGFC
DGOTDU
IDR (MADEIRA)
DRPFE (AÇORES)
Relatório de Execução | 2011
258
Gráfico Nº 13 – Repartição da tipologia de despesas inerentes aos encargos com a Assistência Técnica –
2007/2011
Ao nível dos resultados, expressos na tabela 3.6, destacam‐se a manutenção dos níveis de desmaterialização
de processos associados aos fluxos financeiros e a aproximação à meta re lativa a desmaterialização de
processos associados à programação e acompanhamento. Esta aproximação à meta estabelecida decorre
essencialmente do desenvolvimento evolutivo do Sistema de Informação do POVT que permite uma
flexibilização e simplificação processual e organizacional e uma mais rápida, eficiente e eficaz gestão de
recursos (humanos, financeiros, materiais e de informação).
A desmaterialização dos processos de decisão e autorização administrativa garante um significativo aumento
da transparência e previsibilidade dos atos adminis trativos e a redução de custos. Por outro lado, a
otimização de processos organizativos por via da padronização de procedimentos e ferramentas de trabalho,
a eliminação de práticas e serviços redundantes, resulta rá em enormes ganhos de eficiência e melhoria da
qualidade dos serviços prestados.
3.6.3. Problemas significativos encontrados na implementação do Eixo Priori tário e medidas
tomadas
As funções de Organismos intermédios no âmbito do POVT são desempenhadas em geral por Órgãos da
Administração Pública que afetam parcialmente recursos materiais e humanos a essas funções. Neste contexto
705.429
55.220
365.517
26.422
9.316.403
3.030.873
1.069.215
497
827.528
497.073
125.171
0 2.000.000 4.000.000 6.000.000 8.000.000 10.000.000
Aquisição de Equipamentos
Assistência Técnica
Consultadoria técnica e estudos
Custos Indirectos
Despesas com remunerações e encargos sociais
Despesas correntes (aquisição de bens e serviços)
Encargos com instalações
Encargos Gerais
Honorários planeamento/concepção
Outros
Publicidade
Relatório de Execução | 2011
259
surge frequentemente a necessidade de esclarecer a imputação das respetivas despesas, no âmbito dos
pedidos de pagamento.
Para regular esta matéria e no contexto das candidaturas aprovadas em 2011 a gestão procedeu à delimitação
de uma bolsa de horas atribuível à afetação dos recursos humanos referenciados para as diferentes
candidaturas e à qual corresponderia um limite máximo de valor a justificar e comparticipa r em sede de
execução f inanceira.
Ao nível da execução consta ta‐se que persiste um signif icativo desfasamento relativamente aos montantes
aprovados que, em termos acumulados se situa nos 46%, como se evidenciou anteriormente. Esta situação
justif ica que se promova já em 2012 o descomprometimento dos montantes que venham a revelar‐se
desnecessários, em função da previsão de execução final das operações, através de processos de
reprog ramação em baixa.
Relatório de Execução | 2011
260
4. GRANDES PROJETOS E PROJETOS AMBIENTAIS
4.1 Grandes Projetos
A Agenda Temática Valorização do Território, na qua l o POVT se insere, tem um forte pendor infraestrutural,
sendo que em domínios como o reforço da conectividade internacional, a melhoria das acessibilidades e da
mobilidade territorial ou a proteção e valorização do ambiente, algumas das intervenções revestem‐se de uma
dimensão financeira bastante elevada, configurando, nos termos do Regulamento (CE) nº 1083/2006, alterado
pelo Regulamento (UE) nº 539/2010, de 16 de Junho, Grandes Projetos.
Até ao final do ano de 2011, haviam sido apresentados ao POVT trinta e três Grandes Projetos, embora sete
tivessem entretanto apresentado desistência e cinco tenham sido não admitidos – em ambos os casos, tratava‐
se de projetos apresentados no âmbito do Eixo II do Programa. Existiu ainda uma operação rela tiva ao Domínio
de Intervenção Requalificação da Rede de Escolas com Ensino Secundário, que tendo s ido notificado à CE como
Grande Projeto, foi considerado não admissível e o processo de aprovação ficou anulado, dado que não se
trata de uma operação indivisível mas sim de um conjunto de vários investimentos, física e funcionalmente
independentes e em localizações várias.
Dos restantes projetos, quatro (três rela tivos ao Eixo II e um relativo ao Eixo III) estavam ainda em análise de
admissibilidade pela Autoridade de Gestão, enquanto dois já passado à aná lise de mérito – no âmbito do Eixo I
– sendo que os demais treze tinham uma decisão de financiamento favorável por parte da Autoridade de
Gestão (em três dos casos) ou estavam já contratualizados (nos restantes onze casos). Dos treze Grandes
Projetos com decisão favorável de f inanciamento, nove foram notificados à Comissão Europeia até 31 de
dezembro de 2011.
O processo de aprovação culmina, nestes casos, com a decisão da Comissão Europeia sobre o f inanciamento de
cada um dos projetos. Existem no momento três Grandes Projetos com Decisão da CE, que deverão ser objeto
de decisões modifica tivas dado que existiram a lterações na taxa de cofinanciamento do Eixo e/ou na fundo
financiador decorrentes da aprovação da reprogramação técnica aprovada no final do ano 2011. Apresenta‐se
seguidamente o ponto de situação relativamente a cada um dos Grandes Projetos já com decisão da
Autoridade de Gestão do POVT em 31 de dezembro de 2011, já notificados e, nos casos aplicáveis, já com
Decisão da CE.
Dado que já existiu no corrente ano de 2012 algum progresso na situação de cada um dos GP relativamente ao
final de 2011, optámos por referenciar essa situação na coluna observações:
Relatório de Execução | 2011
261
Quadro nº 48 – Ponto de s ituação da Decisão dos Grandes Projetos
Designação do Pro jeto Data da Decisão Nacional
Data de Notif icação
à UE
Decisão da UE
Montante de Decisão Aprovado
Observações
CRIL ‐ Buraca/Pontinha 30‐10‐2008 20‐05‐2009 12‐10‐2009
C(2010) 2040
136.818.087
A rever e notificar de novo à no âmbito da aprovação da reprogramação ‐ alteração da taxa de cofinan ciamento e do período de realização (reprogramação temporal).
Ligação Ferroviária Sines / Elvas (Espanha I Variante de Alcácer (2ª fase)
30‐10‐2008 29‐09‐2009 07‐11‐2010
92.633.032
Devolvido pela CE para rever em função das informações fornecidas pelas Autoridades Nacionais sobre ligação ferroviária mista passageiros e mercadorias Lisboa/Sines/Évora/ Elvas. Aguarda‐se resposta da REFER.
Rede Ferroviária de Alta Velocidade em Portugal – Eixo Lisboa/Madrid: Sub‐troço Poceirão/Évora
30‐11‐2009 12‐03‐2010 05‐11‐2010
502.168.912
A CE devolveu a candidatura para esclarecimentos. Resposta está dependente das decis ões nacionais sobre a ligação ferroviária mista de passageiros e mercadorias Lisboa/Évora/Elvas. Decisão de financiamento cancelada pela AG em Abril de 2012, a comuni car à CE
Águas do Ave ‐ Alargamento do Sistema de Saneamento
30‐01‐2009 10‐07‐2009 07‐11‐2011
113.874.124
Em carta de 05.12.11, a CE comunicou a interrupção do proces so de decisão, solicitando a a daptação do processo (formulário) face à reprogramação do POVT. Formulário reenviado à CE em 02.05.2012
SIMARSUL – Sub‐sistemas de Saneamento Barreiro/Moita e Seixal
31‐03‐2009 19‐10‐2009 07‐11‐2011 27.076.817
Em carta de 24.11.11, a CE comunicou a interrupção do proces so de decisão, solicitando a a daptação do processo (formulário) face à reprogramação do POVT. Formulário reenviado à CE em 24.04.2012.
Águas de Trás‐os‐Montes e Alto Douro – Saneamento do Douro 7.ª Fase
20‐05‐2009 29‐03‐2010 02‐09‐2010
39.682.733
Em resposta à carta de 10.02.2012 da CE, foi comuni cado pela AG em 08.03.2012 o pedido de anulação da notificação do GP, em resultado da revisão dos montantes do investimento para valores bastante inferiores ao limiar que define um GP. Comuni cação enviada ao IFDR em 24.04.2012 (para instrução do cancelamento da notifica ção).
Ligação Pisão‐Roxo 19‐10‐2009 18‐12‐2009 23‐07‐2010
C(2010) 7839
57.174.861
A rever no âmbito da aprovação da reprogramação ‐ alteração do Fundo, da taxa de co financiame nto e da designação do Eixo. Foi solicitada pelo beneficiário a reprogramação para inclusão do investimento elegível relativo às mini‐hídricas, após o que será feita a reinstrução do processo para envio à CE.
Adutor Brinches‐Enxoé 19‐11‐2009 05‐02‐2010 27‐09‐2011
42.258.279
Em carta da CE de 24.11.11, o pro cesso de aprovação do financiame nto deste GP fica interrompido até que sejam remetidos os novos elementos ( formulário) revistos em funçã o das alterações de enquadramento do finan ciamento decorrentes da reprogramação do POVT. Foi solicitada pelo beneficiário a reprogramação para inclusão do investimento elegível relativo às mini‐hídricas, após o que será feita a reinstrução do processo para envio à CE.
Projeto de Tratamento, Valorização e Destino Final dos Resíduos Sólidos Urbanos do Sistema Multimunicipal do Litoral Centro
04‐12‐2008 27‐01‐2009 29‐07‐2009
C(2009) 9604
114.643.813 A rever no âmbito da aprovação da reprogramação ‐ alteração do Fundo, da taxa de co financiame nto e da designação do Eixo. Reenviado à CE a 14.05.2012
A implementação da g rande maioria dos Grandes Projetos aprovados pela Autoridade de Gestão conheceu, em
2011, um significativo avanço, com reflexo também na respetiva execução financeira, como se evidencia rá mais
adiante. De seguida faz‐se um ponto de situação sobre os trabalhos realizados em cada um desses projetos.
Relatório de Execução | 2011
262
CRIL – Buraca/Pontinha
A operação refere‐se à conclusão da via circular à cidade de Lisboa, CRIL – Circular Regiona l Interior de Lisboa,
materializada pela execução do troço do IC17 entre o Nó da Buraca e o Nó da Pontinha, numa extensão
aproximada de 3650 metros e do troço do IC16 entre o Nó da Pontinha e a Rotunda de Benfica, numa extensão
de 770 metros.
O investimento nesta infraestrutura, que constitui o último troço da Cintura Regional Interior de Lisboa (IC17),
abrange ainda, para além da construção dos 4,42 Km de plena via com perfil de autoestrada anteriormente
identif icados, a construção de 18 Obras de Arte e de 7 Nós e articulação com a rede viária existente.
O projeto encontrava‐se, no final de 2011 pra ticamente concluído, não estando porém ainda executado o
troço do IC 16 entre o Nó da Pontinha e a Rotunda de Benfica, numa extensão de cerca de 770 metros.
Contudo, o troço do IC17, que constitui a parte principal do projeto, foi inaugurado e aberto à utilização
pública em Abril de 2011.
Ligação Ferroviária Sines / Elvas (Espanha) I: Variante de Alcácer (2ª fase)
A operação referente à construção da Variante de Alcácer – 2ª Fase inclui‐se no projeto de ligação de Sines à
fronte ira, que se vai desenvolver numa extensão de aproximadamente 315 km de via única eletrificada, e
insere‐se no objetivo geral de modernização da rede convencional no corredor Sines – Elvas/Badajoz,
concorrendo particularmente para a concretização do objetivo específico de melhoria da oferta de transporte
ferroviário de mercadorias para o porto de Sines.
A 2ª Fase da construção da Variante de Alcácer respeita aos seguintes trabalhos:
≈ Trabalhos de via (apenas superstrutura), instalação de tração elétrica (catenária), com uma
extensão aproximada de 29km l igando o lado Sul da Estação de Pinheiro ao km 94 da linha do Sul;
≈ Construção da ponte sobre o rio Sado, totalizando uma extensão de cerca de 2735 metros entre o
PK 8+530 e o PK 11+265; Viadutos de acesso, dos lados Norte e Sul com desenvolvimentos de
1114,75 metros e 1140 metros, respetivamente;
≈ Adaptação dos Sis temas de Sinalização, Telecomunicações, Convel e Rádio‐Solo Comboio.
A fase de construção decorreu entre novembro de 2007 e agosto de 2010, sendo a nova infraestrutura
inaugurada no dia 19 de dezembro de 2010, mês em que a Variante de Alcácer entrou em exploração.
Relatório de Execução | 2011
263
Rede Ferroviária de Alta Velocidade em Portugal – E ixo Lisboa / Madrid: Sub‐troço Poceirão / Évora
A operação consis te no desenvolvimento da infraestrutura ferroviária de Alta Velocidade referente ao sub‐
troço Poceirão/Évora, parte integrante do Eixo Ferroviário de Alta Velocidade Lisboa/Madrid (Projeto Global),
que está inserido no Projeto Prioritário nº 3 da Rede Transeuropeia de Transportes – Eixo Ferroviá rio de Alta
Velocidade do Sudoeste Europeu.
O sub‐troço Poceirão/Évora terá uma extensão total de cerca de 85 Km e a infraestrutura ferroviária de Alta‐
Velocidade associada será construída em via dupla, em bitola (distância entre carris) standard europeia (UIC), e
foi concebida de modo a permitir a circulação de comboios de passageiros (velocidade de projeto de 350Km/h)
e de mercadorias (velocidade mínima de 120Km/h).
O Contrato de Concessão da PPP 1, que inclui os troços Poceirão – Évora e Évora – Caia, já assinado em Maio de
2010, foi reformulado na sequência da f iscalização prévia do Tribunal de Contas, que culminou com a
assinatura a 9 de Fevereiro de 2011 de um aditamento ao contrato de concessão. Este Contrato de Concessão
foi novamente submetido à fiscalização prévia do Tribunal de Contas, não tendo s ido proferido despacho até
final de 2011, impedindo assim o início das obras.
Águas do Ave – Alargamento do Sistema de Saneamento
A operação diz respeito a um projeto integrado que constitui a fase de investimento em infraestruturas relativa
ao alargamento do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Vale do Ave, na
componente de saneamento de águas residuais. Tem por objetivo o aumento da cobertura do tratamento de
águas residuais, a construção de infraestruturas de transporte de l igação entre as redes em baixa e os pontos
de recolha em alta e o a justamento da eficiência do tratamento às atuais exigências em termos de preservação
ambiental, servindo 12 municípios.
Face à programação física e financeira constante do formulário de candidatura, regista‐se algum atraso na
execução da operação, que se encontra, no final de 2011, em fase final de lançamento dos concursos públicos
e arranque da construção e insta lação de máquinas.
Com efeito, até à data a que se refere o presente relatório, haviam sido abertos 45 concursos públicos – 30
referem‐se a empreitadas e 15 a prestações de serviços, a que correspondia um investimento total na ordem
dos 122 milhões de euros (cerca de 100% do investimento previsto) – dos quais estavam adjudicados 37
contratos (19 empreitadas e 18 prestações de serviços), correspondentes a 83 milhões de euros.
O atraso registado que aumentou para cerca de 24 meses face às previsões iniciais, é essencialmente motivado
pelos seguintes fatores:
Relatório de Execução | 2011
264
≈ Adequação do Plano de Investimentos da Águas do Noroeste às orientações do Governo para o
Sector Empresarial do Estado;
≈ Problemas na expropriação de terrenos;
≈ Problemas na obtenção das autorizações de servidão pública e acordos com os proprietá rios, no
caso do sis tema intercetor.
Face aos atrasos verificados o beneficiário submeteu em Dezembro de 2011 uma reprogramação material,
financeira e temporal.
SIMARSUL: Subsistemas de Saneamento do Barreiro/Moita e do Seixal
A operação é constituída por um conjunto de ações que visam dotar as áreas abrangidas pelos Subsistemas do
Barreiro/Moita e do Seixal das infraestruturas de saneamento (recolha “em Alta” e tra tamento), permitindo
garantir a descarga das águas residuais urbanas em conformidade com a qualidade necessária face ao meio
recetor (Estuário do Tejo), corrigindo a situação de incumprimento da Diretiva nº 91/271/CEE, do Conselho, de
21 de Maio de 1991 relativa às águas residuais, transposta pelo Decreto‐Lei nº 152/97, de 19 de Junho,
segundo a qual os aglomerados populacionais em causa deveriam possuir sistemas de recolha, drenagem e
tratamento secundário até 31 de Dezembro de 2000.
Em termos globais, a operação inclui a construção de 2 ETAR, construção/reabilitação de 17 estações
elevatórias e implantação de 35,3Km de emissários, intercetores e condutas elevatórias.
Durante o ano de 2011, a execução física da operação regis tou alguns atrasos, decorrentes de
constrangimentos surgidos, que implicaram a lterações ao projeto resultantes de incompatibilidades verif icadas
com o projeto da 3ª ponte sobre o Tejo, que levaram a alterações no reposicionamento de estações
elevatórias, entre outros ajustamentos.
Não obstante, as vicissitudes ocorridas não comprometeram os objetivos finais do projeto, tendo a ETAR do
Barreiro / Moita s ido inaugurada em Abril de 2011 e a ETAR do Seixal em Maio de 2011. Durante o ano de 2011
ambas as ETAR entraram em fase de exploração, assim como as respetivas infraestruturas de drenagem e
elevação do subsistema do Seixal e parte das infraestruturas do subsistema da Moita. A taxa de execução à
data é de praticamente 100%.
Águas e de Saneamento de Trás‐os‐Montes e Alto Douro ‐ Saneamento do Douro 7ª fase
Relatório de Execução | 2011
265
Esta operação constitui a 7ª fase da implementação do Subsistema de Abastecimento de Água e de
Saneamento de Trás‐os‐Montes e Alto‐Douro, prevendo a construção e remodelação de infraestruturas de
drenagem e tratamento de águas residuais na vertente “em alta” de 48 subsistemas de águas residuais (SAR),
localizados em 17 municípios.
A operação integra globalmente a construção/remodelação de 51 Estações de Tratamento de Águas Residuais
(ETAR), 134 Km de emissá rios e condutas elevatórias e 49 estações elevatórias.
Registaram‐se ‐se alguns atrasos na execução do projeto que levaram à necessidade de alteração do prazo de
conclusão da operação para 31/12/2011 (inicialmente previsto para 31/03/2011), de modo a viabilizar a
apresentação de despesa em 2012 e o correspondente pagamento da contribuição do Fundo de Coesão.
No final de 2011 a operação regista no beneficiá rio uma taxa de execução financeira de 77,04% face ao Custo
Total aprovado, encontrando‐se adjudicado cerca de 87% do investimento. No POVT a taxa de execução em
31/12/2011 é de 66,69%, encontrando‐se em análise uma reprogramação da operação com redução do
investimento e alteração das intervenções a realizar.
Ligação Pisão – Roxo
Esta operação constitui uma das fases do projeto global subsis tema de Alqueva (SSA), um dos três subsistemas
de rega do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA). Corresponde a um dos troços do SSA, que
irá permitir a ligação da albufeira do Pisão à albufeira do Roxo, no âmbito da rede primária de abastecimento
de água do EFMA. A operação desenvolve‐se no distrito de Beja, abrangendo os concelhos de Ferreira do
Alentejo, Beja e Aljustrel, integrando essencialmente as seguintes infraestruturas:
≈ Troço de Ligação Pisão‐Ferreira ‐ Responsável pelo transporte de água entre a derivação para a
barragem do Pisão e a derivação para o reservatório de Ferreira, assegurando a conexão ao canal
Alvito‐Pisão, com uma extensão total de 10,8 Km;
≈ Troço de ligação Ferreira‐Penedrão, responsável pelo transporte de água entre a derivação para o
reservatório de Ferreira e a barragem do Penedrão, com uma extensão de 8,05Km;
≈ Troço de Ligação Penedrão‐Roxo ‐ Responsável pelo transporte de água entre as barragens do
Penedrão e do Roxo, numa extensão de cerca de 4,4 Km em conduta g ravítica;
≈ Construção da Barragem do Penedrão e da Central mini‐hídrica do Roxo.
Relatório de Execução | 2011
266
Em termos de execução, as infraestruturas, incluídas no âmbito desta operação encontram‐se concluídas,
estando em fase de encerramento de contas. A realização efetiva da operação, no final de 2011, encontrava‐se
a 93% dos trabalhos e componentes de investimento prog ramadas.
Adutor Brinches – Enxoé
A operação Adutor Brinches‐ Enxoé, constitui uma fase do projeto global subsistema do Ardila (SSArdila), um
dos três subsistemas de rega do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA). Integra‐se na rede
primária de abastecimento de água do EFMA, correspondendo à fase subsequente do lançamento da Estação
Elevatória de Pedrógão‐ME (EE Pedrógão) e do Adutor de Pedrógão, que liga esta Estação Elevatória à albufeira
de Brinches, onde se inicia esta operação.
Constitui mais um troço do subsistema de rega do Ardila, que irá permitir o transporte de água da albufeira de
Brinches a três outras albufeiras – Albufeira de Serpa, Albufeira de Lage e Albufeira de Enxoé, integrando
designadamente as infraestruturas ‐ Circuito hidráulico gravítico de alimentação das albufe iras de Serpa, Lage e
Enxoé; Estação elevatória de Brinches e respetiva Conduta elevatória; e Reservatório de Brinches‐Sul; central
Hidroelétrica de Serpa e Barragem de Lage.
A execução da operação encontrava‐se, no final de 2011, em avançado estado de progresso, com todas as
empreitadas concluídas e um nível de realização física de 90% dos traba lhos e componentes de investimento
programadas.
Projeto de Tratamento, Valorização e Destino Final dos Resíduos Sólidos Urbanos do Sistema Multimunicipal
do Litoral Centro
A operação em causa tem como objetivos a construção de duas Unidades de Tratamento Mecânico e Biológico,
em Aveiro e em Coimbra, uma estação de transferência na Figueira da Foz e aquisição de três viaturas
específicas para a operacionalidade da mesma (transporte entre a estação de transferência e a unidade de
TMB de Coimbra), incluindo também a aquisição dos terrenos necessários à construção das referidas
infraestruturas.
As unidades TMB terão como função o processamento de todos os resíduos indiferenciados recolhidos na área
de abrangência do sis tema de gestão, de modo a maximizar o aproveitamento de todas as suas frações com
potencial de valorização. A capacidade de tratamento de cada unidade será de 190 000 toneladas/ano de RSU
indiferenciados, sendo submetidas ao processo de tratamento por digestão anaeróbia cerca de 123 000
toneladas/ano de resíduos orgânicos.
Relatório de Execução | 2011
267
O baixo ritmo da execução desta operação, quer em termos físicos quer em termos financeiros, motivado pelo
condicionamento ao avanço dos trabalhos de construção civil relativos e terraplenagens e movimentações de
terras imposto pelo rigor do Inverno de 2009/2010, bem como pelos atrasos dos fornecedores de
equipamentos a instalar nas unidades de TMB, originou um atraso significativo face ao calendário inicial, o que
motivou a aprovação, em Outubro de 2010, de uma reprogramação temporal e financeira que prolongou o
prazo de execução da operação para maio de 2012.
No final do ano 2011, a execução decorria a bom ritmo sendo previsível que as unidades TMB possam entrar na
fase de testes no segundo semestre de 2012. Rela tivamente à Estação de transferência, os trabalhos inicia ram‐
se em Novembro de 2011. No que concerne à aquisição das viaturas de transporte, o contrato foi celebrado em
Outubro de 2011, sendo previsível que as mesmas sejam adquiridas no início de 2012.
As realizações e progressos verificados ao nível da execução física das operações acima referidas traduzem‐se,
naturalmente, em realização financeira das mesmas e cerificação da despesa executada, desde que o Grande
Projeto já tenha sido notif icado à Comissão Europeia e ainda antes de existir uma decisão proferida pela
Comissão.
Por conseguinte, os Grandes Projetos com decisão de financiamento favorável da Autoridade de Gestão
registavam já, no final do ano de 2011, um nível de execução financeira bastante elevado, como fica evidente
no quadro seguinte.
Quadro nº 49 ‐ Execução financeira dos Grandes Projetos
unidade: Euros
Custo Total Aprovado
Fundo Aprovado
Fundo Executado
Taxa de Realização
Eixo I CRIL ‐ Buraca/Pontinha 187.416.548 95.772.660 84.722.672 88%
Eixo I Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) I: Variante de Alcácer (2ª fase)
112.172.764 64.843.122 58.911.246 91%
Eixo I Rede Ferroviária de Alta Velocidade em Portugal ‐ Eixo Lisboa/Madrid: Sub‐troço Poceirão/Évora
632.840.000 351.518.238 0 0%
Eixo II Ramal de Ligação Ferroviária ao Porto de Aveiro
59.309.422 16.015.563 9.130.375 57%
Eixo II Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) III: Modernização do troço Bombel e Vidigal a Évora
101.871.881 57.718.124 26.663.067 46%
Relatório de Execução | 2011
268
Eixo II Águas do Ave ‐ Alargamento do Sistema de Saneamento
123.576.347 82.941.061 36.854.334 44%
Eixo II SIMARSUL – Sub‐sistemas de Saneamento Barreiro/Moita e Seixal
51.033.153 15.000.000 13.480.057 90%
Eixo II Águas de Trás‐os‐Montes e Alto Douro – Saneamento do Douro 7.ª Fase
40.252.117 27.777.913 22.264.410 80%
Eixo II AGDA, Águas Públicas do Alentejo ‐ 1ª fase Sistema Público de Parceria Integrado de AA
50.683.519 35.478.463 0 0%
Eixo II Sistema Integrado de Distribuição de Água e Recolha de Efluentes dos Município s do Noroeste ‐ 1ª Fase
65.040.792 45.068.476 0 0%
Eixo II Ligação Pisão‐Roxo 65.181.330 40.022.402 34.227.830 86%
Eixo II Adutor Brinches‐Enxoé 47.640.901 29.378.257 22.874.419 78%
Eixo II
Projeto de Tratamento, Valorização e Destino Final dos Resíduos Sólidos Urbanos do Sistema Multimunicipal do Litoral Centro
114.643.813 80.250.669 47.782.895 60%
Por último, em matéria de Grandes Projetos do POVT, cabe referir que a lista indicativa constante do texto do
Programa foi ajustada no âmbito da reprogramação aprovada no final de 2011, estando identif icados todos os
Grandes Projetos que, à data de 31 de dezembro de 2011, já foram notif icados e os que se espera vir a notifica r
à CE.
4.2 Projetos Ambientais com custo total entre 25 e 50 milhões de euros
Na sequência da entrada em vigor do Regulamento (UE) n.º 539/2010, tendo presente o disposto no seu
considerando terce iro, os projetos ambientais com um custo total entre 25 e 50 milhões de euros foram
excluídos da abrangência do conceito de g rande projeto. Ou seja, não carecem de notif icação à Comissão
Europeia, embora se encontrem sujeitos a um acompanhamento específico, designadamente em sede de
relatório anual de execução, tal como previsto no ponto 5‐A do Anexo I do Regulamento (UE) n.º 832/2010.
No POVT, e no final de 2011, exis tiam nove operações aprovadas que configuravam Projetos Ambientais, nos
termos referidos anteriormente – sete operações no domínio de intervenção do Ciclo Urbano da Água do Eixo
II, uma do Eixo III, na área da valorização de resíduos sólidos urbanos e duas no Eixo V, relativas às
Infraestruturas de Fins Múltiplos de Alqueva.
Relatório de Execução | 2011
269
No que respeita a estas operações, seis ainda não regis tavam execução financeira no final de 2011 sendo que
uma delas ainda não tem contrato celebrado ‐ Proje to de Abastecimento de Água em Alta ao concelho da
Covilhã. As restantes cinco são SMM Zêzere e Côa – Saneamento, AGDA, Águas Públicas do Alentejo 1ª fase do
Sistema Público de Parceria Integrado de SAR, Alargamento ao Médio Tejo (Saneamento) e Saneamento de
Castelo Branco, Ferreira do Zêzere e Proença‐a‐Nova, Estação de Tratamento de Águas Residuais de Viseu Sul e
Emissários e Ampliação e extensão do sistema regional do Carvoeiro – SRC II.
No que respeita às restantes operações, seguidamente traça‐se o ponto de situação do progresso das
diferentes fases dos projetos ambienta is aprovados:
Eixo II – Domínio de Intervenção Ciclo Urbano da Água
Projeto de Abastecimento de Água em Alta ao Concelho da Covilhã
A operação em apreço prevê a construção, remodelação e ampliação de infraestruturas de abastecimento de
água na designada vertente em “alta”, geridos pela ICOVI ‐ Infraestruturas e Concessões da Covilhã, EEM, que
irá permitir abastecer com qualidade e quantidade os sis temas de abastecimento de água exis tentes em
“baixa”, geridos pela ADC – Águas da Covilhã, EM, no concelho da Covilhã.
As intervenções previstas têm como objetivo o aumento da capacidade produtiva, com a garantia de qualidade
exigida pela legislação nacional e comunitária em vigor, o reforço do volume de reserva disponível nos pontos
de entrega, construção de ligações aos novos pontos de entrega, o reforço da atual capacidade de transporte ‐
com ins talação de uma nova conduta ‐ nos troços com capacidade insuficiente.
Para concretizar os objetivos acima citados, a ICOVI ‐ Infraestruturas e Concessões da Covilhã, EEM prevê a
construção e a remodelação/ampliação das seguintes infraestruturas:
1) Construção da Barragem da Ribeira das Cortes/Penhas II;
2) Construção da Estação de Tra tamento de Água da Varanda dos Carqueijais;
3) Remodelação da conduta adutora entre a barragem da Cova do Viriato e a ETA da Varanda dos
Carqueijais (3000 metros de extensão);
4) Construção de 9 condutas adutoras com cerca de 26Km de extensão;
5) Remodelação/beneficiação da Estação de Tratamento (ETA) de Água das Penhas da Saúde
6) Construção de 6 Reservatórios, na vertente em “alta”:
Relatório de Execução | 2011
270
7) Expansão do sistema de Telegestão ins talado para apoio à exploração e vigilância, de forma a
englobar todas as zonas e subsis temas de abastecimento de água existentes e a construir.
A operação foi aprovada pela Comissão Diretiva do POVT em 28/07/2011, com um período de execução entre
29/09/2010 e 31/12/2014, tendo a celebração do contrato de f inanciamento ficado condicionada à
apresentação dos documentos comprovativos da contrapartida nacional da operação e à aprovação da
prorrogação da DIA por parte das autoridades ambientais, o que entretanto já se verificou.
De acordo com a informação disponível, a componente relativa à ETA das Penhas da Saúde encontra‐se
concluída e será possível celebrar em breve o contrato de f inanciamento com o POVT.
SMM Zêzere e Côa – Saneamento (Águas do Zêzere e Côa S.A.)
A operação em apreço prevê a construção e remodelação de um conjunto de infraestruturas de saneamento
de águas residuais, visando sobretudo o acréscimo dos níveis de cobertura da população com tratamento
adequado de águas residuais e o aumento da fiabilidade, da qualidade e do desempenho operacional dos
sistemas de saneamento de águas residuais num conjunto de concelhos integrados no Sistema Multimunicipal
do Alto Zêzere e Côa: Aguiar da Beira, Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo,
Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Guarda, Meda, Oliveira do Hospital, Pinhel e Seia.
Em termos globais, a operação inclui a construção de 24 ETAR, a remodelação de 12 ETAR, 110 km de
emissários e condutas elevatórias e 75 Estações Elevatórias de Águas Residuais.
Em termos de execução física, a Operação apresentava no final de 2011 uma taxa de execução de 45%.
Encontram‐se em execução 19 empreitadas que envolvem uma despesa de 11 milhões de euros e está em fase
de contratação despesa de no valor de 7 milhões de euros correspondentes a 6 empreitadas. Os restantes
procedimentos de adjudicação encontram‐se na fase inicial e prevê‐se uma revisão em ba ixa do investimento a
realizar.
1ª fase do Sistema Público de Parceria Integrado de SAR AGDA, Águas Públicas do Alentejo)
Esta operação é constituída por um conjunto de investimentos em infraestruturas de saneamento de águas
residuais nos concelhos de Alcácer do Sal, Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Arraiolos, Barrancos, Beja, Castro Verde,
Cuba, Ferreira do Alentejo, Grândola, Mértola, Montemor‐o‐Novo, Moura, Odemira, Ourique, Santiago do
Cacém, Serpa, Vendas Novas, Viana do Alentejo e Vidigueira, abrangidos pelo Sistema Público de Parceria
Integrado da Águas do Alentejo (SPPIAA).
Relatório de Execução | 2011
271
A solução técnica adotada no estudo de conceção geral desenvolvido com os municípios prevê assegurar a
recolha e o tratamento das águas residuais urbanas da designada vertente em “alta”, de aglomerados cujas
projeções populacionais admitam mais de 300 habitantes res identes em 2025.
Em termos globais, a operação prevê a construção de 14 estações de tratamento de água residuais (ETAR), e a
remodelação de 10 ETAR, assim como a construção de 6 estações elevatórias.
A execução física deste projeto regis ta algum atraso, encontrando‐se realizado, no fina l do ano de 2011, 15%
do investimento previsto até ao final do mesmo período.
Alargamento ao Médio Tejo (Saneamento) e Saneamento de Castelo Branco, Ferreira do Zêzere e Proença‐a‐
Nova
A presente operação diz respeito a dois grandes níveis de intervenções, designadamente o alargamento ao
Médio Tejo, na componente de Saneamento de Águas Residuais, do atual Sistema Multimunicipal de
Abastecimento de Água e Saneamento da de Raia, Zêzere e Nabão aos municípios de Mação, Sardoal,
Entroncamento e Vila Nova da Barquinha. Contempla ainda intervenções nos municípios de Castelo Branco,
Proença‐a‐Nova e Ferreira do Zêzere, já integrados no Sistema, que têm em vista introduzir ajustamentos no
serviço à legislação em vigor.
Globalmente as intervenções a realiza r destinam‐se à construção/remodelação de 23 ETAR, 14 sstações
elevatórias e cerca de 27 km de s istema intercetor.
Está prevista a realização da operação entre janeiro de 2009 e dezembro de 2012, embora neste momento as
previsões disponíveis apontem para uma revisão do investimento em baixa e um atraso de dois anos na
respetiva execução.
Estação de Tratamento de Águas Residuais de Viseu Sul e Emissários.
A presente operação refere‐se à construção da ETAR de Viseu Sul e de um conjunto de emissários gravíticos
com uma extensão total de cerca de 17 km que permitirão transportar para a nova ETAR os efluentes
provenientes das freguesias de Abraveses, Campo, Coração de Jesus, Faíl, Fragosela, Mundão, Orgens,
Ranhados, Repeses, Rio de Loba, S. Cipriano, S. José, S. Salvador, Santa Maria e Vila Chã de Sá e de parte da
freguesia de S. João de Lourosa do concelho de Viseu, cujo tratamento é assegurado atua lmente por 6 ETAR e 7
fossas sépticas coletivas que serão desativadas na sequência da presente operação. A realização dos
investimentos preconizados no âmbito desta candidatura permitirá resolver a s ituação de incumprimento do
Relatório de Execução | 2011
272
artigo 5º da Diretiva 91/271/CEE, do Conselho, de 21 de Maio, que se regista atualmente ao nível da
aglomeração “Viseu” e que deu origem a um processo de contencioso a decorrer no Tribunal de Justiça da
União Europeia. O incumprimento em causa resulta do facto de a ETAR de São Salvador, que descarrega na
área de influência da zona sensível da albufeira da Aguieira, não dispor das operações necessárias à remoção
de nutrientes.
A opção pela construção de uma nova ETAR revelou‐se a solução mais apropriada uma vez que a introdução de
uma etapa de remoção de azoto na ETAR de São Salvador se revelou “inexequível e economicamente inviável,
do ponto de vista do aproveitamento adequado das infraestruturas existentes”, segundo estudos realizados.
Adicionalmente, a adoção de uma solução centralizada para o tratamento dos efluentes provenientes das
freguesias urbanas permite gerar um efeito de escala potenciador de diversas mais‐valias técnicas e
económicas.
A operação foi aprovada pela Comissão Diretiva do POVT em 31/03/2011, com um período de execução entre
01/10/2010 e 31/03/2013, tendo o contrato de financiamento sido celebrado em 07/06/2011.
Até ao final de 2011, a operação não registava execução fís ica ou financeira e apenas se encontrava adjudicada
a empreitada relativa à construção do acesso à nova ETAR (aguardando o visto do Tribunal de Contas). AS
restantes empreitadas encontram‐se em fase de análise das propostas.
Ampliação e Extensão do Sistema Regional do Carvoeiro – SRC II
A operação tem como objetivo a construção, remodelação e ampliação de infraestruturas de abastecimento de
água na designada vertente em “alta”, integradas no Sistema Regional do Carvoeiro (SRC), de forma a permitir
abastecer com qualidade e quantidade os s istemas em “baixa” dos municípios de Aveiro, Albergaria‐a‐Velha,
Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Águeda, Vagos e Oliveira do Bairro, atualmente geridos pela parceria Águas da
Região de Aveiro (AdRA).
A operação regista um atraso significativo, encontrando‐se nesta fase concluídos os projetos de execução que
permitem iniciar a abertura dos procedimentos de concurso para a execução das obras.
A gestão dos s istemas de baixa servidos pelo SRC por uma única entidade gestora, como acima referido, que se
iniciou em pleno em 2010, originou a necessidade de conf irmar e otimizar/alterar alguns troços do sistema
adutor face aos investimentos da AdRA e à nova filosofia de gestão, o que implicou atrasos na conclusão dos
projetos técnicos e a reformulação de algumas componentes. Também contribuiu para o atraso que se verifica
o moroso processo de renegociação do Aditamento ao Contrato de Concessão, com necessidade de parecer da
Relatório de Execução | 2011
273
ERSAR e a aprovação por todos os municípios que fazem parte da Associação de Municípios do Carvoeiro‐
Vouga.
Eixo III – Rede de Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma dos Açores
Centros de Processamento de Resíduos de Santa Maria, São Jorge, Pico e Faial e Selagem/remoção de lixeiras
O projeto integra uma política de gestão de resíduos assente em princípios de racionalidade, eficácia e
sustentabilidade financeira associados a um esforço de equidade social e de reconhecimento das
especificidades insulares. Além disso, constitui uma mais‐valia em domínios essenciais para a qualidade de vida
dos cidadãos e para a competitividade das atividades económicas, dando cumprimento ao definido no Plano
Estratégico de Gestão de Res íduos da Região Autónoma dos Açores — PEGRA, aprovado pelo Decreto
Legislativo Regional n.º 10/2008/A, de 12 de Maio.
Tem por objetivo a conceção de estruturas fundamentais para gestão de res íduos para as Ilhas de S. Maria, S.
Jorge, Pico e Faial, nomeadamente com a construção de quatro infraestruturas compostas por Centro de
Processamento, tipo Ecocentro, onde serão depositados seletivamente os resíduos recolhidos na ilha, de
Centro de Valorização Orgânica por Compostagem, para a transformação dos res íduos orgânicos produzidos
localmente em composto, e a Estação de Transferência, para o encaminhamento para destino adequado após
compactação e acondicionamento em contentores estanques apropriados para o efeito. Inclui também as
componentes de revisão de preços das obras dos quatro centros, respetivas fiscalizações e assistência técnica
dos projetistas. Foi igualmente prevista a aquisição de terrenos para a construção do Centro na ilha de S. Jorge.
O atraso regis tado na execução da operação, quer em termos físicos quer em termos financeiros (apresenta
uma taxa de realização de apenas 0,26% no final de 2011), resulta numa primeira fase na dilatação dos prazos
de execução dos concursos públicos internacionais, nomeadamente devido aos número elevado de
concorrentes, que resultou em inúmeros pedidos de esclarecimentos e de propostas a analisar pelo júri do
concurso.
Numa segunda fase, o ritmo de execução abrandou, pelo condicionamento ao avanço dos trabalhos de
construção civil, relativo a atrasos dos transportes inter‐ilhas com fornecimento de materiais, bem como pelos
condicionamentos dos fornecedores de equipamentos a instalar, situações que perspetivam o prolongamento
do prazo de execução da operação para agosto de 2013.
Relatório de Execução | 2011
274
Eixo V – Domínio de Intervenção Empreendimento de Fins Múltiplo de Alqueva
Adutor Pisão‐Beja
Esta operação constitui mais uma das fases do projeto global subsistema de Alqueva (SSA), um dos três
subsistemas do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA). A operação desenvolve‐se no distrito
de Beja, concelho de Beja, a montante da barragem do Pisão, com início no canal Alvito‐Pisão (no nó de
Trigaches), junto à barragem de Pisão, até perto do extremo Nordeste da albufeira do Roxo, estabelecendo
mais uma ligação/troço da rede primária do EFMA.
A operação integra essencialmente as seguintes infraestruturas:
≈ Condutas adutoras (gravíticas e elevatórias) num comprimento total de cerca de 11,94 km;
≈ Estação Elevatória de Álamo
≈ Dois reservatórios: Álamo e Beringel;
≈ Construção da Barragem dos Cinco Reis.
A execução da operação encontrava‐se, no final de 2011, a um bom ritmo de execução, com um nível de
realização fís ica de 70% dos trabalhos e componentes de investimento programadas.
Circuito Hidráulico de Pedrógão ‐ Margem Direita
Com esta operação, integ rada na rede primária de abastecimento de água do Empreendimento de Fins
Múltiplos de Alqueva (EFMA), inicia‐se a construção das infraestruturas primárias de mais um subsistema de
abastecimento de água deste Empreendimento – o Subsis tema de Pedrógão.
Corresponde assim ao primeiro circuito hidráulico deste subs istema: Circuito Hidráulico de Pedrógão ‐ Margem
Direita, e que irá permitir a ligação, no âmbito da rede primária de abastecimento de água do EFMA, da
margem direita da albufeira de Pedrógão à albufeira de São Pedro, que por sua vez que será a origem de água
dos restantes circuitos hidráulicos a construir deste subsistema. A operação desenvolve‐se no distrito de Beja,
abrangendo os concelhos de Beja (freguesia do Baleizão) e da Vidigueira ( freguesias de Selmes e Pedrógão),
integrando essencia lmente as seguintes infraestruturas:
≈ Estação Elevatória Principal de Pedrógão (Margem Direita);
≈ Reservatório de Pedrógão;
Relatório de Execução | 2011
275
≈ Rede primária ramificada de adutores com cerca de 27,94 km de extensão;
≈ Barragem de S. Pedro.
A execução da operação encontrava‐se, no fina l de 2011, a um nível de realização fís ica de 24,61% dos
trabalhos e componentes de investimento programadas.
Relatório de Execução | 2011
276
5. ASSISTÊNCIA TÉCNICA
A dotação global de FEDER prevista no E ixo VI do POVT – Assistência Técnica ascende a 68.578.698 e euros,
correspondendo a 1,58 % do financiamento comunitá rio total do Prog rama (FEDER e Fundo de Coesão), a qual
está dentro do limite fixado na alínea a) do n.º 1 do Artigo 46.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006, de 11 de
Julho.
No âmbito da reprogramação técnica do POVT aprovada em dezembro de 2011, a dotação FEDER deste Eixo
registou uma redução de 31 milhões de euros, em resultado da avaliação efetuada às necessidades deste
Programa até ao seu encerramento, na perspetiva de ef iciência que norte ia a gestão deste Programa. A taxa de
cofinanciamento programada passou de 85% para 96,76% de modo a reduzir o esforço com a contrapartida
nacional.
Durante o ano de 2011 foram aprovadas quatro candidaturas no âmbito do Eixo VI – Assistência Técnica do
POVT, perfazendo um total de vinte e quatro candidaturas aprovadas em 31 de dezembro num montante
FEDER de 52,4 milhões de euros.
Quadro nº 50 – Operações aprovadas no âmbito do E ixo VI em 2011
(Unidade: Euros)
Operações Designação Entidades Beneficiárias Aprovado
Elegível FEDER
POVT‐16‐01 73‐FEDER ‐000019 (*)
Assistência Técnica da SG‐MAI/EMGFC ‐ 2011
Secretaria‐Geral do Ministério da Administração Interna
733.615,84 623.573,46
POVT‐16‐01 73‐FEDER ‐000021
Assistência Técnica OI Açores Direcção Regional do Planeamento e Fundos Estruturais
44.930,00 40.437,00
POVT‐16‐01 73‐FEDER ‐000022
Assistência Técnica às "Ações Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano", E.P. IX do POVT ‐ 2012
Direcção‐Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano
125.000,00 106.250,00
POVT‐16‐01 73‐FEDER ‐000023
Assistência Técnica POVT ‐ Eixo V 2012 Instituto de Desenvolvimento Regional 200.512,63 180.461,37
POVT‐16‐01 73‐FEDER ‐000024
Assistência Técnica POVT (2012 ‐ 2015) Secretaria‐Geral do ex‐Ministério das Obras Públicas Transportes e Comuni cações
24.744.595,00 22.270.135,00
Total 25.848.653,47 23.220.856,83
(*) Candidatura apresentada no 5º Aviso
A situação da execução financeira do Eixo VI face ao programado e aprovado, à data de 31 de dezembro de
2011, evidenciava uma taxa de compromisso de 76,5% da dotação previs ta para o Eixo.
Relatório de Execução | 2011
277
Em termos acumulados 2007/2011, o montante FEDER executado atingiu cerca de 13,6 milhões de euros tendo
o ano de 2011 por si só representado cerca de 4,1 milhões de euros, ou seja 33% do apoio comunitário
executado.
Ao nível da execução constata‐se que persiste um significativo desfasamento rela tivamente aos montantes
aprovados. Se tivermos em conta o compromisso FEDER com os projetos aprovados com execução até o f im
2011 (Avisos do 1º ao 5º) a taxa de execução acumulada em 31/12/2011 situa‐se nos 45,6%.
Por esta razão e de modo a colmatar os efeitos desta situação, procedeu‐se em 2012 à reprogramação
financeira ‘em baixa’ de cada uma das operações de modo a eliminar os compromissos de findos sem
execução, o que irá reduzir a taxa de compromisso do Eixo VI.
No que respeita à repartição das despesas por tipologia e beneficiários, esta informação já consta do ponto
3.6.2., assim como se encontram especif icados no ponto 3.6.3 os principais problemas e estrangulamentos na
execução e implementação da Assistência Técnica.
Relatório de Execução | 2011
278
6. INFORMAÇÃO E DIVULGAÇÃO
Atualização da informação sobre o site
Uma das primeiras iniciativas da Autoridade de Gestão deste Programa foi a criação de um sítio na Internet
para servir de veículo de comunicação do Programa com todas as entidades que se relacionam com o POVT,
desde os potenciais beneficiários às entidades que colaboram com o POVT na execução e no acompanhamento
do Programa e ao público em geral. Este site, criado em meados de Outubro de 2007, tem vindo a ser
completado e revisto numa base regular, de forma a manter uma permanente atualidade e frescura de
conteúdos.
Em 2011 continuou a dar‐se grande relevância à atualização do site no que toca ao seu conteúdo, de forma a
torná‐ lo um instrumento de verdadeira ajuda aos beneficiários e público em geral. No f inal do ano o site
registou um número de visitantes na ordem dos 1.500.000.
Um dos principais objetivos do site é usá‐lo como meio privilegiado na publicitação da publicação dos anúncios
de novos avisos, alterações e prorrogações dos prazos dos mesmos, informações úteis sobre concursos e
orientações técnicas, apresentação de novos conteúdos online e a apresentação de candidaturas online27.
No decorrer do ano de 2011, foram publicadas 38 notícias online, sendo que a maioria diz respeito à publicação
de inaugurações de projetos cof inanciados pelo POVT e a eventos em que o POVT participou e contribuiu de
forma direta.
27 http://si.povt.qren.pt/
Relatório de Execução | 2011
279
Figura nº 5 ‐ Site do POVT com exemplos de notícias publicadas on line
O site é e continuará a ser o veículo de excelência na divulgação junto dos potenciais beneficiários e do público
em geral para que constitua um dos meios privilegiados de divulgação do POVT e de informação sobre os seus
Eixos Prioritários e Domínios de Intervenção, Regulamentos Específicos, Legislação Aplicável, Avisos de
Abertura, Formulários e Instrução de candidaturas e outros assuntos de interesse.
Informação sobre os avisos de abertura de concursos
No decorrer do ano de 2011 foram publicados diversos Avisos relativos à Abertura de períodos para a
apresentação de candidaturas. Os suportes para a divulgação dos Avisos foram escolhidos tendo em conta o
teor dos respetivos avisos e os potenciais beneficiários.
O ano de 2011 foi significativamente menos intenso no que diz respeito a abertura para a receção de
candidaturas. No quadro seguinte apresentam‐se os Avisos publicados e os respetivos suportes de divulgação,
promovidos pela Autoridade de Gestão do POVT e pelos Organismos Intermédios:
Relatório de Execução | 2011
280
Quadro nº 51 ‐ Av isos de Abertura publicados e suportes de divulgação
Data Eixos Prioritários/Domínios de Intervenção Suporte
17 de Janeiro de
2011
Domínio “Prevenção e Gestão de Riscos” do
Eixo Prioritário III – Prevenção, Gestão e
Monitorização de Riscos Naturais e
Tecnológicos
Site do POVT;
6 de Junho de
2011
Eixo Prioritário VII – Infraestruturas para a
Conetividade Territorial Site do POVT;
22 de Agosto de
2011 Eixo X – Assistência Técnica do POVT Site do POVT; Oi’s.
Em regra, os Avisos de Abertura para Apresentação de Candida turas contêm as seguintes informações,
consideradas relevantes para os potenciais beneficiários:
≈ Objetivos do Domínio de Intervenção
≈ Tipologia de Operações
≈ Modo de Apresentação das candidaturas
≈ Período para apresentação de candida turas
≈ Dotação financeira
≈ Âmbito Geográfico
≈ Seleção das Operações
≈ Apuramento do Mérito do Projeto
≈ Data prevista para a Comunicação da Decisão ao Beneficiário
≈ Documentos a apresentar com a candida tura
≈ Linha de atendimento – Esta linha telefónica de atendimento destina‐se a conferir um serviço de
apoio especializado e de qualidade ao utente para efeitos de apresentação de candidaturas,
centralizado no Secretariado Técnico do POVT ou nos Organismos Intermédios com
responsabilidades delegadas, no que respeita a informações a prestar no âmbito dos Domínios de
Intervenção da sua responsabilidade.
Relatório de Execução | 2011
281
Figura nº 6 ‐ Site do POVT com exemplos de avisos de abertura
Publicação da Lista de Beneficiários
É feita com periodicidade trimestral a publicação da Lis ta de Beneficiários do POVT, seguindo as orientações
previstas na alínea d) do artigo 7º do Regulamento (CE) nº 1828/2006.
Esta publicação é fe ita no site do POVT, onde são mencionados os seguintes elementos:
≈ Beneficiário
≈ Designação das Operações
≈ Fundo
≈ Data de aprovação
≈ Financiamento aprovado – Investimento elegível
≈ Financiamento aprovado – Contribuição FEDER / Fundo de Coesão
≈ NUT II, NUT III e Distritos
Relatório de Execução | 2011
282
Figura nº 7 ‐ Lista de beneficiários publicada no site do POVT
Materiais publicitários produzidos
No âmbito da Sessão Pública de Apresentação de Resultados 2010|2011 (assunto que é desenvolvido
seguidamente) o POVT apresentou dois trípticos produz idos internamente para a apresentação dos principais
resultados do POVT em 2010 e 2011 e um outro sobre a Reprogramação POVT|2011 (ilustração na página
seguinte).
Relatório de Execução | 2011
283
Figura nº 8 ‐ Trípticos produzidos para a Sessão Pública de Apresentação de Resultados 2010|2011
Relatório de Execução | 2011
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Relatório de Execução | 2011
285
Ações de divulgação promovidas pelo POVT e com a colaboração deste Programa
Decorreram, no dia 21 de Julho, as Jornadas Técnicas do Projeto de Conclusão da CRIL da responsabilidade da
empresa Estradas de Portugal, S.A., com o objetivo de reunir durante um dia todos os intervenientes na obra
de conclusão daquele percurso, onde também esteve presente a Autoridade de Gestão do POVT, representada
pela sua Pres idente, Helena Pinheiro de Azevedo.
Na sessão que decorreu na sede da Estradas de Portugal, S.A., a Presidente da Comissão Diretiva do POVT
mencionou a relevância deste projeto, bem como da iniciativa, referindo que o projeto de conclusão da CRIL é
um dos Grandes Projetos que fazem parte do Eixo Prioritário I do POVT, destinado a financia r as Redes e
Equipamentos Estruturantes Nacionais de Transportes, incluindo a conclusão da malha rodoviária de itinerários
principais na área metropolitana de Lisboa, enquanto elementos essenciais para garantir a coerência da rede
rodoviária metropolitana e a conectividade da região capital às redes de ligação internacional.
Grande evento anual do POVT
A Autoridade de Gestão do POVT promoveu no dia 5 de Dezembro, no Auditório do LNEC, em Lisboa, uma
sessão pública de apresentação dos resultados do Programa referente aos anos de 2010 e 2011.
Além do balanço global do POVT nos anos de 2010 e 2011, do contributo deste Programa para a realização dos
objetivos e estratégia da União Europeia e das principais alterações introduz idas com a reprogramação do
POVT, o evento contou ainda com apresentações que deram conta das ações realizadas e em curso e dos
respetivos resultados nos seguintes domínios de intervenção do POVT: "Apresentação dos principais resultados
no âmbito do Eixo II – Rede Estruturantes de Abastecimento de Água e Saneamento" e "Apresentação dos
principais resultados no âmbito da modernização dos portos naciona is e da sua integração nas cadeias
logísticas e de transportes".
Esta sessão contou ainda com as apresentações do Dr. Orlando Borges, Presidente do Instituto da Água, Eng.
Martins Soares, então Administrador do Grupo Águas de Portugal, Dra. Lídia Sequeira, Presidente da
Administração do Porto de Sines, Eng. José Luis Cacho, Presidente da Administração do Porto de Aveiro, e Eng.
Matos Fernandes, Presidente da Adminis tração dos Portos do Douro e Leixões.
O evento contou com uma intervenção do representante da Comissão Europeia ‐ DGRegio, Engº. Eduardo
Barreto, e encerrou com a intervenção do Secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento
Regional, Dr. António Almeida Henriques. Esta iniciativa contou com a presença de cerca de 190 pessoas.
Relatório de Execução | 2011
286
Relatório de Execução | 2011
287
No dia 5 de Dezembro foi publicada ainda a participação do POVT na edição da Revista “Pontos de Vista”
encartada com o Jornal “Público”, sob o tema «QREN 2007‐2013 – QUE PRIORIDADES PARA PORTUGAL?». A
participação do POVT contou com um uma entrevista à Gestora do Programa, bem como uma presença
publicitá ria com anúncio ao evento anua l do POVT.
Figura nº 9 ‐ Participação do POVT na edição da Revista “Pontos de Vista”
Decorreu no dia 22 de Dezembro, no Auditório do Centro de Medicina Desportiva de Lisboa (Estádio
Universitá rio), a assinatura de aditamentos aos protocolos celebrados entre o Instituto do Desporto (IDP) e os
11 Municípios com projetos de Centros de Alto Rendimento (CAR) já aprovados pelo POVT. A cerimónia contou
com a presença do Secretá rio de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Miguel Mestre, do Secretário de
Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques e da Pres idente da
Comissão Diretiva do POVT, Helena Pinheiro de Azevedo, bem como dos presidentes dos Municípios e dos
presidentes das Federações Desportivas envolvidas nos CAR a nível nacional.
Relatório de Execução | 2011
288
Com as ações realizadas, o POVT investiu um total de 13.185 euros do seu orçamento, o que traduz um nível de
dispêndio inferior ao previs to, como pode ser constatado no quadro seguinte:
Quadro nº 52 ‐ Investimento realizado nas ações realizadas em 2011
Ações físicas Investimento Previsto Investimento
Realizado
Site Internet 5.000 0
Brochura de Informação 5.000 4.520
Anúncios Imprensa 50.000 900
Candidaturas Site Internet 10.000 0
Linha telefónica 5.000 0
Direct mail 5.000 0
Conferências / Colóquios 5.000 0
Newsletter Elet rónica 5.000 0
Reuniões da CA e Grande Ação Anual 20.000 7.765
110.000 13.185
Na manutenção do site atual do POVT não é feito nenhum investimento f inanceiro, dado que os meios técnicos
usados pertencem à ex‐Secretaria‐gera l do Ministério das Obras Públicas, Planeamento, Transportes e
Comunicações. O POVT é responsável pela atualização do mesmo em back office.
Relatório de Execução | 2011
289
Também não foram investidos recursos financeiros na realização de desdobráveis, dado que a dimensão e
dinâmica de abertura de avisos receção de candidaturas são intensas e iria implicar uma grande despesa em
recursos não reutilizáveis. Assim, a aposta recaiu para a divulgação no site.
Ações de divulgação promovidas pelos Organismos Intermédios
Os Organismos Intermédios dispõem de áreas de identif icação POVT e conteúdos relativos a este Programa nos
seus sítios na Internet:
≈ Instituto da Água, IP;
≈ Direção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano;
≈ Instituto de Desenvolvimento Regional;
≈ Direção Regional de Planeamento e Fundos Estruturais (DRPFE) dos Açores, através do site do
PROConvergência;
≈ Estrutura de Missão para a Gestão da Estrutura de Missão para a Gestão de Fundos Comunitá rios
2007‐2013 (Minis tério da Administração Interna) através do site http://fundoscomunitarios.mai‐
gov.info.
Foram também realizadas pelos Organismos Intermédios a lgumas sessões de escla recimento relativas à
abertura à apresentação de candidaturas dos seguintes Domínios de Intervenção:
Eixo Prioritário II – Domínio de Intervenção Proteção e Gestão de Riscos
Organização: Organismo I ntermédio – Estr utur a de Missão par a a Gestão de Fundos Comunitár ios
2007 ‐2013 (M inistér io da Administr ação I nter na)
A EMGFC tem vindo a assegurar a transmissão de orientações aos beneficiários sobre as obrigações
decorrentes do financiamento Comunitário, em matéria de informação e publicidade. Para além da divulgação
nos sites http://www.fundoscomunitários.mai.gov.pt e http://www.qren‐mai.info/index.html.
Relatório de Execução | 2011
290
Durante o ano de 2011 foram desenvolvidas reuniões parcelares com diversas Associações Humanitárias de
Bombeiros, Municípios e Governos Civis e várias reuniões bilaterais, com ANPC e DGIE, para informações e
esclarecimentos.
As ações de acompanhamento aos diversos projetos aprovados permitem verif icar o cumprimento das
obrigações por parte dos beneficiá rios, em matéria de informação e publicidade de acordo com os normativos
comunitários e nacionais aplicáveis.
Eixo Prioritário III – Redes e Equipamentos Estruturantes na Região Autónoma dos Açores
Organização: Organismo I ntermédio – Direção Regional do Planeamento e Fundos Estrutur ais
No âmbito do Eixo III do POVT durante o ano de 2011 este Organismo Intermédio procedeu às seguintes ações
de informação e comunicação:
Divulgação via website
No website do PO PROCONVERGENCIA AÇORES, na área reservada aos beneficiários/candidaturas, tem um link
para o aviso de candidatura POVT Eixo IV e no portal Açores, na área da Direção Regional do Planeamento e
Fundos Estruturais, tem uma página dedicada ao POVT que contém informação re lativa ao programa, projetos
aprovados, beneficiários, montantes e link para o website POVT.
(http://www.proconvergencia.azores.gov.pt/AR/beneficiarios.html e
http://www.azores.gov.pt/Portal/pt/entidades/vp‐drpfe/ textoImagem/POVT.htm)
Relatório de Execução | 2011
291
Figura nº 10 ‐ Página dedicada ao POVT no website do PROCONVERGENCIA AÇORES
O OI providenciou apoio na elaboração dos painéis de obra e na instrução de colocação, bem como, prestou
esclarecimentos para garantir o cumprimento das responsabilidades dos beneficiá rios relativamente a medidas
de informação e publicidade.
As evidências fotográficas de colocação do painel de obras dos quatro projetos aprovados, com a identificação
clara da marca QREN e da imagem do POVT, estão disponíveis nos respetivos re latórios anuais.
Eixo Prioritário IV – Redes e Equipamentos Estruturantes na Região Autónoma da Madeira
Organização: Organismo I ntermédio – I nstituto de Desenvolv imento Regional (IDR )
O Instituto de Desenvolvimento Regional, como Organismo Intermédio do Programa Operacional Temático de
Valorização do Território (POVT) no âmbito do atual Eixo IV assumiu desde sempre a responsabilidade de
assegurar a divulgação quer do Programa/ Fundo quer do Eixo, utilizando diversas formas e métodos de
comunicação.
Relatório de Execução | 2011
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Importa no entanto referir que a implementação da estratégia de comunicação definida para o ano 2011 foi
marcada por s ituações alheias ao IDR e que impediram a implementação de todas as ações previstas, em
particular a aprovação de legislação decorrente da aprovação do Orçamento de Estado para 2011 que veio
provocar g randes constrangimentos e atrasos na contratação de bens e serviços por ajuste direto e a própria
Situação financeira do Estado Português e da Região Autónoma da Madeira, que impossibilitou a execução de
algumas atividades previstas devido aos constrangimentos orçamentais, nomeadamente: a inserção de
anúncios publicitários e a impressão do suplemento Espaço Global.
Contudo, nas ações desenvolvidas pelo IDR, no ano em apreço, esteve sempre presente o dever de garantir
uma comunicação eficaz, tendo por base os valores da transparência, do rigor, da aproximação e da
percetibilidade e eficácia.
Destaca‐se então as seguintes ações de informação e publicidade promovidas pelo IDR no ano 2011:
Página do POVT
Criada em 2009, mantém‐se esta Página no sítio Web do IDR onde é apresentada uma breve nota sobre o Eixo
IV do Programa e um l ink ao sítio Web do POVT.
Figura nº 11 ‐ Página dedicada ao POVT no website do IDR e link ao s ite do POVT
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Sessões Informativas destinadas à população mais jovem
Deu‐se continuidade às Sessões Informativas junto das escolas, direcionadas em particula r à população mais
jovem (9º ano de escolaridade (3º ciclo), secundário e o ensino técnico‐profissional) que se traduziram em 10
sessões informativas realizadas as quais abrangeram um total de 337 a lunos e 29 professores.
Exposições Empresariais da RAM
Nas três feiras da Região, o IDR manteve a sua participação com um stand de 18m2 para a divulgação das
principais fontes de financiamento comunitário onde foi também dado destaque ao POVT.
≈ EXPOMADEIRA (de 8 a 17 de julho de 2011), a maior feira realizada no Funchal ‐ com cerca de 80
mil visitantes;
≈ EXPO PORTO SANTO (de 26 de agosto a 4 de setembro de 2011), realizada na ilha do Porto Santo ‐
com aproximadamente 41.600 visitantes;
≈ FIC ‐ Feira da Indústria e da Construção (de 14 a 18 de setembro de 2011), realizada pela primeira
vez, na placa central da Avenida Arriaga no Funchal. Aqui não foi possível contabiliza r o número
de visitantes, por se tratar de um espaço aberto. No entanto, tratou‐se de um evento com a
duração de cinco dias num concelho que possui 120 mil habitantes.
Comemoração do Dia da Europa
≈ Hasteamento da bandeira da União Europeia durante uma semana, a partir de 9 de maio, na
fachada do edifício do IDR.
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≈ Exposição de Rua (de 9 a 13 de maio) organizada pelo IDR onde foram divulgados os vários
Programas e em particular o POVT. Tratou‐se de uma ação direcionada ao público em gera l
(aproximadamente a 120 mil pessoas).
Notícias na Comunicação Social
Em 2011, a imprensa escrita da Região publicitou 4 notícias, onde faz menção ao Fundo de Coesão/POVT.
Revista “Espaço Global”
A revista “Espaço Global” é cons iderada um veículo de excelência de informação anual sobre os Programas de
cofinanciamento comunitá rio na Região Autónoma da Madeira, tendo em conta a abrangência do target. Nesta
4.ª edição continuou‐se a dar grande destaque à execução do Eixo da Região Autónoma da Madeira do POVT,
realçando‐se o artigo escrito pelo convidado especial, o Comissário Europeu da Política Regional, Johannes
Hahn, bem como os artigos dos Opinion Leaders.
Esta edição, por motivos de ordem financeira, não foi impressa, e por força dessa circunstância, não foi
distribuída em formato papel. Está, no entanto, disponível online desde o mês de dezembro de 2011, no sítio
web do IDR, tendo sido distribuída, em suporte informático (via e‐mail) a 372 entidades regiona is, nacionais e
comunitárias.
Esta publicação está igualmente acessível no Website do IDR ‐ http://www.idr.gov‐
madeira.pt/portal/Upload/Anexos/espaco_global_4.pdf (páginas nº 60 e 61).
Figura nº 12 ‐ Página dedicada aos projetos financiados pelo POVT na revista “Espaço Global”
Relatório de Execução | 2011
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Eixo Prioritário V – Desenvolvimento do Sistema Urbano Nacional – Ações Inovadoras para
o Desenvolvimento Urbano
Organização: Organismo Intermédio – Dir ecção‐Geral do Ordenamento do Terr itór io e
Desenvolv imento Urbano, com a par ticipação da Autor idade de Gestão do POVT
Durante 2011 podem ser apontadas as seguintes ações, cujas atividades e objetivos se detalham de seguida:
2º Seminário de Acompanhamento
Este seminário, da iniciativa da DGOTDU, decorreu nas instalações deste Organismo no dia 24 de Março de
2011, tendo estado presentes representantes da AG‐POVT e das entidades beneficiá rias de operações no
domínio das “Ações Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano” aprovadas na sequência dos 2
procedimentos concursais concluídos.
O seminário teve como destinatários os responsáveis e técnicos diretamente envolvidos na execução das
operações e pretendeu analisa r e esclarecer questões l igadas à execução material e financeira das operações, e
às alterações de procedimentos associadas com a revisão do contrato de delegação de competências entre a
AG‐POVT e a DGOTDU.
Em paralelo a divulgação dos resultados intermédios das operações em curso suscitou o debate de aspetos
técnicos de interesse comum e a troca e disseminação de experiências.
Atualização do Porta l dedicado à Política de Cidades – Polis XXI
Este Portal, foi disponibilizado online em 2011, respeitando à Política de Cidades POLIS XXI e tentando abranger
o conjunto de programas, medidas e instrumentos de atuação que concorrem diretamente para a
implementação de uma política de desenvolvimento sustentável nas cidades portuguesas.
No que diz respeito à informação sobre os projetos, foi desenvolvida uma base de dados com todos os projetos
já aprovados onde consta a f icha individual para cada projeto.
Na ótica da Política de cidades, foram atualizados conteúdos gráficos e escritos, e publicadas regularmente
notícias rela tivas ao universo temático.
Relatório de Execução | 2011
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Avaliação dos resultados das medidas de informação e publicidade
O Regulamento (CE) nº 1828/2006 da Comissão de 8 de Dezembro de 2006 menciona, no seu artigo 4º que o
“relatório anual de execução para o ano de 2010 e o re latório final de execução devem conter um capítulo
dedicado à avaliação dos resultados das medidas de informação e publicidade em termos de visibilidade e
notoriedade dos prog ramas operacionais e do papel desempenhado pela Comunidade, tal como disposto no nº
2, alínea e) do artigo 2º”.
Em Março de 2011, a Comissão Diretiva do POVT desencadeou o procedimento de elaboração do Caderno de
Encargos para a consulta a 3 entidades no sentido de fazer cumprir a avaliação das ações de publicidade e
comunicação no sentido de integ rar as conclusões no Relatório de Execução de 2010 do POVT. Contudo, e
considerando as limitações impostas pelo atual panorama económico para a execução do Orçamento de
Estado e controle das despesas dos organismos estatais, os procedimentos acima dos 5 mil euros passaram a
ter um circuito diferente, que obriga à aprovação prévia do Ministério das Finanças.
O processo relativo à solicitação do referido parecer prévio do Ministério das Finanças e o desenrolar do
procedimento de adjudicação (ajuste direto com consulta a três entidades), levou a que a adjudicação da
Aquisição de Serviços para a Avaliação Intercalar das Ações do Plano Estratégico de Comunicação do Programa
Operacional Valorização do Território, tivesse ocorrido a 20 de Fevereiro de 2012, tendo sido selecionada a
empresa ImproveConsult. O contrato de aquis ição de serviços foi celebrado no passado dia 14 de Março.
Neste momento, e no âmbito dos trabalhos que estão a ser desenvolvidos, já foi disponibilizada a informação
documental solicitada pela equipa de avaliação, estando neste momento em apreciação pela Autoridade de
Gestão o conjunto de questões de avaliação a contemplar neste exercício.
Articulação estabelecida no âmbito da Rede de Comunicação QREN
Ao nível externo, a Rede de Comunicação QREN, na qual o POVT é representado pela técnica Isabel Costa,
assegurou a representação de Portugal em diversas reuniões comunitárias, participando, sempre que possível,
de forma ativa, nomeadamente através da divulgação de boas práticas de comunicação levadas a cabo em
Portugal.
Em Maio e em Dezembro de 2011 realizaram‐se a 7ª e a 8ª reunião da Rede Inform, em Sofia e em Bruxelas,
respetivamente, tendo, na primeira, um elemento da coordenação da RIC QREN moderado um painel dedicado
ao tema Working with the media. De salientar que a Rede Inform, coordenada pela DG REGIO da Comissão
Europeia, integra responsáveis pela comunicação dos fundos europeus em cada Estado‐Membro da União
Europeia e reúne‐se duas vezes por ano para debater temas relacionados com a comunicação, para troca r
experiências e para definir linhas de ação comuns a seguir.
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Ainda, em Setembro de 2011, o Minis tério do Desenvolvimento Regional da República Checa promoveu, em
Praga, o seminário "Publicity Platform‐Keeping EU Funds Attractive", onde um elemento da coordenação da RIC
QREN, realizou uma apresentação sob o tema “The Portuguese NSRF Communication Experience".
Tendo em conta as metas fundamentais que o Plano de Comunicação do QREN se propõe concretizar –
Informar, Promover e Massificar, criando uma opinião pública esclarecida, interessada e que acredita no QREN,
nas suas intervenções e nos seus resultados, destacando o papel que assume no desenvolvimento de Portugal
– a RIC QREN desenvolveu, no ano de 2011, diversas atividades que contribuíram para a divulgação da marca
QREN, passando a comunicação a estar centrada na demonstração de resultados, isto é, na divulgação de
projetos apoiados pelo QREN. Pretende‐se com esta abordagem não só assegurar a compreensão dos apoios,
oportunidades e moda lidades de acesso ao QREN, garantindo uma procura mais informada e qualificada dos
apoios, mas também garantir níveis de conhecimento elevados dos resultados alcançados com os apoios do
QREN, por parte do público em geral, reforçando a transparência deste instrumento financeiro.
No âmbito dos produtos de comunicação de largo espectro é de destacar, durante o ano de 2011, a publicação
de dois suplementos editoriais QREN OJE, um dedicado aos “Equipamentos e infraestruturas de valorização do
território”, publicado em Fevereiro, e outro sobre o tema da “Internacionalização”, editado em Setembro.
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Figura nº 13 ‐ Suplemento QREN OJE, dedicado aos “Equipamentos e infraestruturas de valorização do
território”
Estes suplementos, publicados num jornal económico diá rio, foram distribuídos g ratuitamente em todo o
território nacional (28 mil exemplares), em empresas, e disponibilizados no sítio da Internet do OJE, bem como
nos sítios dos organismos do universo QREN. Este é um dos instrumentos que permite atingir diretamente o
público empresarial, um dos alvos preferenciais da comunicação QREN, uma vez que se constituem, por
excelência, como o grupo dos potenciais beneficiários destes apoios comunitários.
Ainda no capítulo das ações de g rande alcance, e dando continuidade às iniciativas anteriores de celebração do
Dia da Europa ‐ 9 de Maio, a RIC QREN voltou a aproveitar esta ocasião para associar o QREN à União Europeia,
através de uma ação de promoção junto do grande público, dando, simultaneamente, a conhecer algumas das
suas áreas de intervenção.
Para o efeito, a RIC QREN dinamizou uma campanha de divulgação na rede nacional do multibanco,
complementada por uma campanha de distribuição gratuita de posta is em todo o território. O mote cria tivo
assentou no papel que os Fundos desempenham no financiamento de projetos em diversas áreas de
intervenção, como a educação, o apoio a empresas, à ciência e à inovação, etc. A campanha na rede nacional
do Multibanco cons istiu na divulgação de dois filmes, entre os dias 2 e 15 de Maio, tendo gerado mais de 8
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milhões de contactos. A coleção de oito postais alusivos ao Dia da Europa foi gratuitamente distribuída entre 4
e 27 de Maio, na rede PostalFree, implementada em todo o território nacional, em universidades, salas de
cinema, restaurantes, teatros, cafés e bares. No total foram distribuídos 200.000 postais, que abrangeram
cerca de 600 mil pessoas em todo o pa ís. No período de vigência desta ação foram ainda divulgados banners,
alusivos à campanha, nos sítios do QREN, dos PO e das autoridades nacionais de certificação e coordenação
dos Fundos.
Figura nº 14‐ Coleção de oito postais alus ivos ao Dia da Europa
Esta ação consubstancia‐se numa boa prática de comunicação uma vez que permitiu atingir uma número
substancial da população portuguesa, através de um meio de grande a lcance, como é o multibanco, bem como
estabelecer contacto com públicos diferentes dos habitua lmente abrangidos pelo QREN, através de um canal e
de um suporte alternativo, como a rede de distribuição gratuita de postais. A acrescer a estes fatores, importa
sublinhar a relação custo‐benefício muito positiva obtida através desta ação.
Relatório de Execução | 2011
300
As medidas de informação e publicidade antes descritas, bem como aquelas desenvolvidas nos anos anteriores,
podem ser resumidas em função do conjunto de indicadores previstos no Plano de Comunicação do POVT, que
se apresentam no quadro seguinte.
Quadro nº 53 – Evolução dos indicadores do Plano de Comunicação do POVT
Destacam‐se, pela positiva, o número de ações de divulgação e informação do Programa, para as quais muito
contribuem, em número, as múltiplas ações desenvolvidas pelos Organismos Intermédios junto dos seus
públicos alvo e, em envergadura, os grandes eventos promovidos pela Autoridade de Gestão do POVT, assim
como os níveis de satisfação dos beneficiá rio face à qua lidade da informação prestada pelo POVT, em função
do inquérito aos beneficiários desenvolvido nesse ano.
Indicadores Meta 2015Resultados até
2012
Número de acções de divulgação e informação do Programa 18 41
Número de publicações a editar com informação sobre o Programa 10 7
Número anual médio de visitas ao site do POVT na internet 70.000 n.d.
Número de edições da Newsletter electrónica do Programa 15 3
Número de anúnc ios na imprensa com informação sobre o POVT 70 20
Número de reuniões da Comissão de Acompanhamento 16 6
Número de ações de road show no "roteiro das boas práticas" 4 ‐
Nível de participação das entidades mais representativas do público‐alvo nos seminários, workshops, acções temáticas e reuniões técnicas (N.º de participantes)
80% n.d.
Número de estudos de avaliação e monitorização do Plano de comunicação 6 1
Percentagem de beneficiários que cons ideraram adequada a qualidade da informação prestada pelo POVT (a apurar através de inquérito)
90% 95% (*)
(*) Valor apurado c om base no inquérito aos benefic iários realizado em maio de 2010
Relatório de Execução | 2011
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7. CONCLUSÕES E PREVISÕES PARA 2012
7.1 Conclusões de 2011
O ano de 2011 ficou marcado pela concretização da reprogramação técnica do POVT, a qual constituía uma
necessidade já identif icada anteriormente. Para esse efeito, a Comissão Minis terial de Coordenação do QREN
considerou estarem reunidas as condições necessárias para ser promovida uma reprogramação técnicas dos
PO do QREN, em sintonia com o entendimento dá Comissão Europeia, justificada por critérios técnicos,
constituindo uma resposta do QREN no seu todo a uma conjuntura de crise económica e financeira, promovida
na sequência de alterações socio económicas significativas e para antecipar previsíveis dificuldades de
execução, por força de restrições orçamentais, sem esquecer a re levância da sua capacidade para estimular o
investimento e a atividade económica, salvaguardando a sua natureza de instrumento estrutural.
As principais linhas de orientação definidas pela CMC do QREN para a reprogramação técnica, com re levância
para o POVT, foram as seguintes:
≈ Aumento generalizado da taxa média de cofinanciamento do investimento público, nos PO FEDER
e Fundo de Coesão;
≈ Ajustamento dos montantes financeiros indicativos previstos para os grandes projetos de infra
estruturas, em resultado do calendário previsional da sua concretização, com mobilização de
recursos financeiros para as prioridades estratégicas que permitam uma resposta robustecida do
QREN à atual conjuntura de crise económica e financeira;
≈ Reforço da dotação de FEDER destinada ao Programa de Modernização das Escolas com Ens ino
Secundário;
≈ Simplificação da estrutura dos eixos prioritários e da programação, com cla rificação e melhor
delimitação entre PO FEDER e FC;
≈ Redução da dotação FEDER do POVT em 316 milhões de euros, para reforço da dotação de FSE no
POPH;
≈ Alargamento do âmbito das elegibilidades do Fundo de Coesão no POVT para abranger:
≈ Intervenções inseridas no Empreendimento de Fins Múltiplos do A lqueva que sejam elegíveis ao
FC;
≈ Projetos previstos no POVT enquadráveis no âmbito das Redes Transeuropeias de Transportes,
com encerramento das elegibilidades em FEDER;
Relatório de Execução | 2011
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≈ Operações do Ciclo Urbano da Água da vertente em baixa (modelo não verticalizado), com
encerramento da elegibilidade nos POR (FEDER);
≈ Ações materiais relativas à Prevenção e Gestão de Riscos, com encerramento da elegibilidade nos
POR (FEDER);
≈ Ações relativas à gestão de resíduos e melhoria do comportamento ambiental, reabilitação e
locais contaminados e zonas extrativas, otimização da gestão de res íduos, com encerramento da
elegibilidade nos POR (FEDER);
≈ Projetos do Metro do Porto, com encerramento desta elegibilidade nos POR (FEDER);
≈ Concentração nos POR dos seguintes investimentos, com encerramento da elegibilidade no POVT:
≈ Escolas do Ensino Básio (até ao 3.º ciclo). Com transição das operações aprovadas no POVT para
os POR;
≈ Equipamentos desportivos. Sem transição das operações aprovadas no POVT para os POR;
≈ Ações Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano. Sem transição das operações aprovadas no
POVT para os POR.
≈ Redução do montante programado para Assistência Técnica.
A proposta de reprog ramação técnica do POVT, elaborada de acordo com as referidas orientações, foi
aprovada pela CMC do POVT em 6‐Jun‐2011, tendo sido submetida à Comissão de Acompanhamento deste
Programa, que a apreciou favoravelmente na sua 6.ª reunião realizada em 22 de junho de 2011. Esta proposta
foi posteriormente apresentada à Comissão Europeia em Julho de 2011, tendo a sua negociação com a CE
ocorrido ao longo do 2.º semestre de 2011, no âmbito do qual foram inseridos alguns aperfeiçoamentos,
nomeadamente a revisão dos indicadores, tendo finalmente sido aprovada pela Comissão Europeia, através da
Decisão C (2011) 9334, de 9 de dezembro.
A reprogramação do POVT constituía uma efetiva necessidade já identificada desde 2010, de modo a conferir
maior adequação do Programa ao contexto socioeconómico e a ultrapassar dif iculdades de gestão que se
faziam sentir e que recomendavam a adoção de diversas medidas corretivas, designadamente o aumento das
taxas de comparticipação prog ramadas, a criação de condições que permitam aumentar a execução do Fundo
de Coesão e a correção do elevado overbooking verificado no antigo E ixo IX do POVT.
É pois de assina lar os benefícios que a referida reprog ramação veio trazer à operacionalização do POVT, alguns
dos quais já tiveram tradução na situação do Programa à data de 31 de dezembro de 2011, embora ainda com
Relatório de Execução | 2011
303
um efeito bastante l imitado, tendo em conta que a reprogramação só foi aprovada a escassos dias do final do
ano. Efetivamente os resultados positivos da reprogramação no exercício de 2011 apenas se fizeram refletir
num aumento de 278,5 milhões de euros do Fundo de Coesão comprometido com projetos aprovados (fazendo
aumentar a taxa de compromisso em 9,1 p.p.) e num acréscimo de 140,3 milhões de euros na execução
financeira deste Fundo (fazendo aumentar a taxa de execução do FC em 10,9 p.p.), em resultado da transição
interna de projetos anteriormente aprovados com FEDER nos antigos Eixos VI (parte), VII e VIII e que
transita ram para os novos Eixos I e II do POVT, financiados por Fundo de Coesão.
Foi ainda possível ref letir em 2011 o acréscimo de pagamentos intermédios que a Comissão Europeia efetuou a
Portugal em resultado do aumento das taxas de cof inanciamento programadas que foi aprovado na
reprog ramação e que teve reflexos em cada um dos Eixos do POVT (de 70% para 85% nos Eixos I a IV, de 70%
para 84,42% no Eixo V e de 85% para 96,76% no Eixo VI), a que acresceu a majoração de 10 pontos percentuais
relativos à despesa declarada por este Programa a partir de 24 de Maio de 2011. Estes dois efeitos permitiram
o aumento do volume de fundos comunitários recebidos da Comissão Europeia na ordem dos 238 milhões de
euros, o que foi muito positivo para a tesouraria dos fundos, em especia l do FEDER.
É de referir que não foi possível refletir em 2011 outros aspetos muito importantes da reprogramação, tendo
em conta que a mesma foi aprovada em momento muito próximo do fina l do ano, não tendo permitido a
transição dos projetos dos POR para o POVT, da qual se prevê resultar um acréscimo de Fundo de Coesão a
comprometer neste Programa na ordem dos 168 milhões de euros, nem a transição dos projetos das Escolas
do Ensino Básico do POVT para os POR, não tendo permitido em 2011 a libertação de 64 milhões de euros de
FEDER. Estes efeitos da reprogramação, bem como o correspondente aumento da execução financeira de
Fundo de Coesão apenas vão ter reflexo no ano de 2012, à medida que forem concluídos os procedimentos de
verificação prévios às transições e que se preveem concluir até ao final do mês de Junho de 2012.
No domínio das transições das operações dos POR para o POVT, tem grande relevância a transição dos projetos
relativos ao Metro do Porto o que foi possível concretizar em abril de 2012, incluindo o Grande Projeto rela tivo
à “Extensão da Rede do Metro entre o Estádio do Dragão e Venda Nova” que com a notificação à Comissão
Europeia permitirá a certificação da despesa validada, o que terá grande relevância no cumprimento da regra
N+3 no que respeita ao Fundo de Coesão em 2012.
No que respeita ao avanço da execução do POVT em 2011, podem ser retiradas as seguintes grandes
conclusões:
Verificou‐se um avanço bastante positivo na conclusão da apreciação e decisão das candidaturas apresentadas
ao Programa, grande parte das quais haviam transitado em análise do final de 2010, tendo‐se conseguido
imprimir em 2011 uma maior celeridade ao processo de análise e decisão das candidaturas apresentadas ao
Relatório de Execução | 2011
304
Programa, tendo‐se concluído uma grande parte dos processos de candidatura. Com efeito, foi possível em
2011 decidir sobre 171 das 199 candidaturas que se encontravam em análise no fina l de 2010, recuperando
assim um atraso significa tivo que é destacar pelos efeitos positivos presentes e futuros no Programa. No final
de 2011 apenas se encontravam em análise 42 candidaturas, cuja decisão transitou para 2012.
Podemos ver no quadro seguinte a evolução verificada em 2011 ao nível do número de candidaturas
submetidas ao POVT e decididas e comparação com a atividade dos anos anteriores.
Quadro nº 54 ‐ Evolução anual da atividade relativa à submissão e decisão de candidaturas
N.º candidaturas em análise início
ano
N.º candidaturas submetidas por ano
N.º candidaturas decididas por ano
N.º candidaturas em análise fim ano
2008 ‐‐‐ 438 182 256
2009 256 465 399 322
2010 322 208 331 199
2011 199 14 171 42
Totais ‐‐‐ 1.125 1.083 ‐‐‐
Os Eixos e Domínios de Intervenção do POVT nos quais se verificou um maior avanço na decisão sobre as
candidaturas apresentadas foram os seguintes:
≈ Eixo II – Domínio “Ciclo Urbano da Água”, com um total de 40 candidaturas decididas, das quais
38 foram aprovadas, com um financiamento Fundo de Coesão atribuído de 436,3 milhões de
euros. É de salienta r a elevada expressão financeira das candidaturas aprovadas neste domínio,
onde teve grande expressão o universo de candidaturas das empresas do Grupo AdP que
envolvem um volume de investimento muito significativo, algumas das quais respeitam a
Parcerias ente o Estado e os Municípios visando a integração e a sustentabilidade dos s istemas;
≈ Eixo II – Domínio “Prevenção e Gestão de Riscos”, com um total de 92 candidaturas decididas, das
quais 59 foram aprovadas, o que envolve um financiamento Fundo de Coesão de 23,5 milhões de
euros;
≈ Eixo II – Domínio “Recuperação de Passivos Ambientais” com um total de 7 candidaturas
decididas, das quais 6 foram aprovadas, o que envolve um financiamento Fundo de Coesão de
17,8 milhões de euros;
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≈ Eixo II – Domínio “Proteção Coste ira” com um total de 9 candidaturas decididas, das quais 7 foram
aprovadas, o que envolve um financiamento Fundo de Coesão de 5,1 milhões de euros;
≈ Eixo III – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma dos Açores, com 2
candidaturas aprovadas, sendo uma na área dos transportes e outra na área do ambiente
(tratamento de resíduos), com um financiamento Fundo de Coesão atribuído de 36,7 milhões de
euros;
≈ Eixo IV – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da Madeira, com 1
candidatura aprovada na área do ambiente (tratamento de resíduos), com um f inanciamento
Fundo de Coesão atribuído de 5,9 milhões de euros;
≈ Eixo V – Domínio “Requalificação da Rede de Escolas com Ensino Secundário” com 6 candidaturas
aprovadas que envolvem um financiamento FEDER atribuído de 112,5 milhões de euros;
≈ Eixo V – Domínio “Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva” com 3 candidaturas aprovadas
que envolvem um f inanciamento FEDER atribuído de 66 milhões de euros;
≈ Eixo VI – Assistência Técnica, com 5 candidaturas aprovadas, destinadas ao financiamento das
atividades da Autoridade de Gestão do POVT no período entre 2012 e 2015 e dos seus
Organismos Intermédios em 2012, com um financiamento FEDER de 22,9 milhões de euros;
Verificou‐se também um avanço muito significativo na celebração de contratos de financiamento das
operações aprovadas, ultrapassando muitas das dificuldades sentidas em anos anteriores nesta matéria e que
se prendiam com a falta de cumprimento dos requisitos fixados para a celebração dos contratos,
nomeadamente requisitos ambientais (licenças e pareceres obrigatórios), o que é particularmente re levante
nos projetos do Ciclo Urbano da Água. Com efeito, durante o ano de 2011 foram celebrados 137 novos
contratos de financiamento, permanecendo no f inal de 2011 um universo de apenas 36 operações por
contratar.
Durante o ano de 2011 a abertura do Programa à apresentação de novas candidaturas foi bastante l imitada, o
que se deveu em grande parte ao contexto associado à preparação e negociação da reprogramação técnica, o
que aconselhava a que se aguardasse pela sua aprovação antes da preparação das alterações regulamentares e
das novas aberturas. Com efe ito, durante 2011 apenas foram apresentadas ao POVT um total e 14 novas
candidaturas em domínios muito limitados do Programa.
A execução financeira do POVT teve um avanço positivo em 2011, tendo passado de 20% em 31 de dezembro
de 2010 para 34,6% em 31 de dezembro de 2011, ficando todavia aquém do objetivo traçado para aquele ano
por esta Autoridade de Gestão (37%) e evidenciando uma certa desaceleração face ao ano de 2010. O FEDER
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continuou a regis tar a melhor performance neste aspeto, tendo registado um acréscimo signif icativo na taxa de
execução, que passou de 39% em 31 de dezembro de 2010 para 67% em 31 de dezembro de 2011, apesar da já
referida transição de projetos de FEDER para FdC. O Fundo de Coesão registou uma duplicação da taxa de
execução, tendo passado de 10% em 2010 para 21% em 2011, o que é bastante signif icativo, apesar de
continuar a níveis bastante baixos.
É de salientar o efeito muito positivo que a reprogramação aprovada em dezembro de 2011 teve ao
proporcionar um maior equilíbrio entre os níveis de compromisso e de execução dos dois Fundos que
compõem o POVT, com um decréscimo relativo do FEDER e um aumento do Fundo de Coesão, melhoria esta
que vai ser ainda mais evidente em 2012.
Podemos ver no quadro e gráfico seguintes o avanço verificado no POVT em 2011 ao nível do compromisso de
Fundos com operações aprovadas, quer em termos globais quer em cada um dos seus Eixos (considerando o
enquadramento das operações que foram aprovadas em cada um dos anos anteriores na nova estrutura de
Eixos Prioritá rios):
Quadro nº 55 ‐ Evolução anual dos montantes comprometidos por Fundo e por Eixo
(Unidade: euros )
Eixos Prioritários 2008 2009 2010 Acumulado em 31‐Dez‐2010
Avanço em 2011
Acumulado em 31‐Dez‐2011
Eixo I 12.268.311 546.288.867 11.479.563 570.036.740 93.044.940 663.081.680
Eixo II 76.441.406 421.053.947 318.157.337 815.652.690 485.091.060 1.300.743.750
Eixo III 0 45.068.622 0 45.068.622 36.687.845 81.756.467
Eixo IV 21.373.933 18.638.849 0 40.012.782 5.922.317 45.935.100
Eixo V 132.472.621 516.368.935 399.110.511 1.047.952.067 188.082.042 1.236.034.110
Eixo VI 11.459.715 977.388 17.104.012 29.541.115 22.902.954 52.444.069
Totais POVT 254.015.986 1.548.396.608 745.851.422 2.548.264.017 831.731.159 3.379.995.175
Fundo Coesã o 110.083.650 1.031.050.285 329.636.899 1.470.770.834 620.746.162 2.091.516.997
FEDER 143.932.336 517.346.323 416.214.523 1.077.493.182 210.984.996 1.288.478.179
Relatório de Execução | 2011
307
Gráfico nº 14 ‐ Evolução anual dos montantes comprometidos por Fundo e por Eixo
É ainda de salientar o efeito positivo no acréscimo dos níveis de compromisso do POVT em 2011 traduzido no
quadro e gráfico anteriores, os aumentos das taxas de comparticipação comunitária que foram decididos em
2011 em re lação a alguns domínios de intervenção do POVT, conforme já referido.
Continuou a verificar‐se em 2011 o efeito muito positivo na taxa de compromisso e de execução do POVT
resultante dos Grandes Projetos com decisão favorável de financiamento da AG e confirmação da CMC (13 GP
no total), dado o elevado volume de Investimento e de Financiamento Comunitá rio que envolvem (32 % e 28%,
respetivamente, do total do POVT), conforme se evidencia no quadro seguinte:
Quadro nº 56 ‐ Peso dos Grandes Projetos no POVT a 31 de dezembro de 2011
unidade: Euro s
Eixos Custo Total Aprovado
Fundo Aprovado
Fundo Executado a 31‐dez ‐2011
Taxa de Realização
I 932.429.312 512.134.020 143.633.918 28%
II 719.233.275 429.650.928 213.277.386 50%
Totais dos GP 1.651.662.587 941.784.948 356.911.304 38%
Totais POVT 5.163.318.344 3.379.995.175 1.504.395.452 45%
Peso relativo dos GP 32% 28% 24%
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Relatório de Execução | 2011
308
Cabe salientar que até 31 de Dezembro de 2011, apenas três GP tinham sido aprovados pela Comissão
Europeia, os quais envolvem um financiamento comunitá rio de 216 milhões de euros e uma execução
financeira de 166,7 milhões de euros, pelo que a possibilidade regulamentar permitida a partir de 2009 de
considerar nos níveis de aprovação e de execução financeira do Programa os GP que ainda não se encontrem
aprovados pela CE continuou a ter uma re levância muito positiva no POVT.
Com efeito, do total dos nove Grandes Projetos que à data de 31 de dezembro de 2011 tinham Decisão
Favorável de Financiamento (DFF) da Autoridade de Gestão, apenas três se encontravam aprovados pela
Comissão Europeia, estando os restantes seis Grandes Projetos em fase de apreciação na Comissão Europeia
ou em fase de resposta pelas Autoridades Nacionais às questões colocadas pela CE.
De uma maneira geral os nove Grandes Projetos com DFF em 31 de Dezembro de 2011 registavam uma taxa de
realização bastante elevada e superior à média do POVT, com exceção do maior GP do POVT, relativo à
construção da Rede de Alta Velocidade Ferroviária (Ligação Lisboa – Madrid, sub‐troço Poceirão – Évora), o
qual tem um Financiamento comunitário previsto de 351,5 M€ e que a inda não regis tou qualquer execução
financeira até ao final do ano transato, o que provoca que a taxa média de realização financeira dos GP à data
de 31 de dezembro de 2011 (38%) se ja inferior à taxa média de realização do POVT àquela data (44,5%).
Como já foi referido, um dos aspetos mais relevantes do ano de 2011 consistiu numa evolução
moderadamente positiva da execução f inanceira do Programa, mas evidenciando uma certa desaceleração face
ao ano anterior. Esta evolução traduz naturalmente o ritmo de realização f inanceira dos projetos aprovados,
que passou de 37% em 31 de dezembro de 2010, correspondente a um total acumulado de 932 milhões de
euros de despesa fundo executada, para 44,5% em 31 de Dezembro de 2011, correspondente a um total
acumulado de 1.504 milhões de euros de despesa fundo executada, evidenciando um acréscimo de 572
milhões de euros de execução no ano de 2011, o que representa 38% do total acumulado deste Programa.
Poderá visualizar‐se no quadro e gráfico seguintes a evolução dos montantes globais de fundo validado por
Eixo em 2011:
Quadro nº 57 ‐ Evolução anual dos montantes executados por Fundo e por Eixo
(Unidade: euros )
Eixos Prioritários 2008 2009 2010
Acumulado em 31‐Dez‐2010
Avanço em 2011 Acumulado em 31‐Dez‐2011
Eixo I 0 104.176.050 63.154.275 167.330.325 39.225.758 206.556.083
Eixo II 581.321 44.718.175 149.683.947 194.983.443 172.844.464 367.827.907
Eixo III 0 5.204.839 9.977.075 15.181.914 19.015.822 34.197.736
Eixo IV 2.922.340 25.862.130 5.580.439 34.364.909 20.368 34.385.278
Relatório de Execução | 2011
309
Eixo V 5.006.360 45.816.229 460.960.981 511.783.570 336.028.432 847.812.002
Eixo VI 556.858 3.912.862 4.154.608 8.624.328 4.992.119 13.616.447
Totais POVT 9.066.879 229.690.286 693.511.323 932.268.489 572.126.962 1.504.395.452
Fundo Coesã o 3.503.661 179.961.195 228.395.735 411.860.591 231.106.412 642.967.002
FEDER 5.563.218 49.729.092 465.115.588 520.407.898 341.020.551 861.428.449
Total aprovado acumulado 254.015.986 1.802.412.594 2.548.264.017 2.548.264.017 3.379.995.175 3.379.995.175
Taxa de realização 4% 13% 37% 45%
Gráfico nº 15 ‐ Evolução anual dos montantes executados por Fundo e por Eixo
Em resultado deste avanço, a taxa de execução f inanceira global do POVT, que registava 20,01% no f inal de
2010, passou para 34,64% em 31 de dezembro de 2011.
Esta evolução global positiva ao nível do POVT, não foi uniforme ao nível dos Fundos nem dos diversos Eixos do
Programa, tendo sido muito influenciada pela elevada execução dos Eixos II (FdC) e V (FEDER), contribuindo os
restantes de forma mais moderada.
No caso do Eixo II, o acréscimo de execução financeira em 2011 ascendeu a 172,8 milhões de euros, sendo de
assinalar o signif icativo contributo da execução dos projetos aprovados no domínio “Ciclo Urbano da Água” e
ainda o efeito da transição para este Eixo de operações dos domínios “Valorização de Resíduos Sólidos
Urbanos” e “Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva”.
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Relatório de Execução | 2011
310
No caso do Eixo V, o acréscimo de execução financeira em 2011 ascendeu a 336 milhões de euros, sendo de
assinalar o signif icativo contributo da execução dos projetos aprovados no domínio “Requalificação da Rede de
Escolas com Ensino Secundário”, que ascendeu a 198,6 milhões de euros, assim como o contributo dos demais
domínios no âmbito deste Eixo, designadamente os “Equipamentos Estruturantes do Sistema Urbano
Nacional”, as “Infraestruturas e Equipamentos Desportivos” e a “Requalificação da Rede de Escolas com Ensino
Secundário”.
Cabe aqui salientar que o avanço verificado no nível de execução financeira do Prog rama em 2011 permitiu ao
POVT aumentar o montante dos Pedidos de Pagamento Intermédios (PPI) apresentados à Comissão Europeia,
conforme se apresenta no quadro e gráfico seguintes:
Quadro nº 58 ‐ Fundo relativo aos PPI apresentados anualmente à CE
Unid: euros
Fundo Coesão FEDER Totais
2009 66.968.013 8.825.942 75.793.955
2010 236.489.848 527.071.112 763.560.960
2011 178.357.046 246.505.910 424.862.956
Totais acumulados em 31‐Dez‐2011 481.814.907 782.402.964 1.264.217.871
Gráfico nº 16 ‐ Fundo relativo aos PPI apresentados anualmente à CE
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311
Verifica‐se que os montantes da despesa Fundo certif icada à Comissão Europeia foram bastante significa tivos
em 2011, beneficiando já do aumento das taxas de cofinanciamento prog ramadas no POVT que foi decidido na
reprog ramação técnica aprovada em 9 de dezembro de 2011. No entanto é de referir que não foi incluída na
despesa certif icada à Comissão Europeia em 2011 a execução financeira dos projetos que transitaram no final
do ano passado de FEDER para Fundo de Coesão, uma vez que a trans ição destes projetos dos antigos Eixos VI,
VII e VIII do POVT para os novos Eixos I e II apenas foi decidida em 22 de dezembro de 2011. Esta situação veio
limitar o volume de fundo certificado em 2011 no âmbito do POVT, situação que só foi poss ível colmata r em
2012.
Em resultado dos aspetos já referidos, nomeadamente uma certa desaceleração na execução f inanceira
verificada em 2011 e as limitações de certificação referidas no parágrafo anterior, o volume de fundos
comunitários (FEDER e FdC), incluído em Pedidos de Pagamento Intermédio (PPI) apresentados à Comissão
Europeia, ficou em 2011 f icou abaixo da previsão que foi comunicada à CE re lativamente a cada um dos Fundos
e ao seu total, como se pode verif icar no quadro seguinte:
Quadro nº 59 ‐ Grau de execução das previsões face aos PPI apresentados à CE
unid: euros
Fundo de Coesão FEDER
Previsões PPI apresentados à CE Previsões
PPI apresentados à CE
2011 263.056.526 178.357.046 337.013.982 246.505.910
Grau de execução das previsões
68%
73%
Nota: cons iderando a atualização das previsões em Agosto de 2011
A título de conclusão, podemos referir que os objetivos fixados para 2011, constantes do Capítulo 7 do
Relatório anual de execução do POVT de 2010 foram, de uma maneira geral, cumpridos sendo de destaca r os
seguintes aspetos:
1. Foi conferida grande prioridade à execução financeira do Programa, não tendo no entanto sido poss ível
atingir o nível de execução f ixada como meta para 31 de dezembro de 2011 (37%), uma vez que a taxa de
execução f inanceira apurada em 31 de dezembro de 2011 (34,6 %) f icou um pouco abaixo (2,4 p.p.) da
referida meta, em resultado essencialmente das dificuldades de execução evidenciadas pela maioria dos
beneficiá rios e referidas ao longo deste Relatório;
2. Foi apresentada à Comissão Europeia uma proposta de reprogramação de natureza técnica que
contemplou a resolução das maiores dificuldades de gestão que tinham sido identif icadas em 2010,
Relatório de Execução | 2011
312
nomeadamente o reforço da dotação FEDER para o Prog rama das Escolas com Ensino Secundário, o
aumento das taxas de cof inanciamento prog ramadas nos diversos Eixos do POVT de modo a responder de
forma mais satisfa tória às dif iculdades de mobilização da contrapartida nacional;
3. Foi efetuada ao longo do ano de 2011 a revisão de alguns Regulamentos Específicos do POVT destinados
essencialmente a prever o aumento das taxas de comparticipação comunitá ria em áreas prioritárias. Por
outro lado, após a aprovação da reprogramação do POVT, foi desencadeada a revisão dos Regulamentos
Específicos para contemplar as alterações decorrentes da reprog ramação, o que veio a ser aprovado pela
CMC do POVT em 6 de fevereiro de 2012;
4. Foi dado um grande avanço na apreciação e decisão das candidaturas que se encontravam em análise em
31 de dezembro de 2010 (199), tendo sido decidido em 2011 um total de 171 candidaturas,
correspondendo a 86% do total;
5. No que respeita ao objetivo de proceder à abertura de novos Avisos para apresentação de candidaturas,
tal abertura só foi feita ao longo do ano em domínios muito específicos que se revelaram indispensáveis
(Assistência Técnica para 2012 e intervenções de emergência na área da Proteção Coste ira e da Prevenção
e Gestão de Riscos). Em todos os demais domínios do POVT não foram abertos Avisos para a
apresentação de candidaturas em 2011, uma vez que se entendeu que a aprovação prévia da
reprog ramação e da subsequente alteração dos Regulamentos Específicos eram essenciais para assegurar
condições de abertura, tendo em conta o elevado nível de compromisso que o Programa já evidenciava e
a perspetiva de transição de 164 operações dos POR para o POVT, envolvendo um financiamento
comunitário de 168 milhões de euros, nos domínios cuja elegibilidade transitou para o POVT no âmbito da
referida reprogramação. Assim sendo, considerou‐se que uma abertura mais generalizada de Avisos para
a presentação de candidaturas deveria aguardar a aprovação da reprogramação, a revisão dos
Regulamentos Específ icos e a transição das operações dos POR para o POVT, sendo que tais requisitos só
foram concluídos em 2012;
6. No que respeita ao incremento do acompanhamento da realização fís ica e financeira dos projetos
aprovados, foi possível melhora r os mecanismos de monitorização periódica dos níveis de realização
financeira de cada uma das operações e de comunicação com os beneficiários, tendo sido intensif icada a
comunicação com os beneficiários. Foram criadas condições para o aumento das ações de verificação
física das operações no local, através da realização de um procedimento de contratação pública para
aquisição de serviços especializados para acompanhamento de 100 operações que fazem parte do Plano
de Acompanhamento de 2010 e de 2011. Não foi todavia possível concluir o processo de adjudicação em
2011 mas apenas no início de 2012, pelo que, só no corrente ano serão realizadas tais ações;
Relatório de Execução | 2011
313
7. Não foi poss ível realizar em 2011 o estudo de avaliação do Plano de Comunicação do POVT, tendo em
conta que se verificou um atraso na realização do respetivo procedimento contratual. Procedeu‐se à
adjudicação deste estudo em Março de 2012, prevendo‐se a sua conclusão no corrente ano.
No que respeita ao lançamento do concurso para a realização do estudo de avaliação intercalar, tal não
avançou em 2011 tendo em conta que estava a decorrer o processo de reprogramação técnica, tendo sido
aprovada no final de 2011 pela CMC do POVT a alteração do ca lendário previsto no Plano de Avaliação
deste Programa, prevendo agora o lançamento do concurso em 2012.
Foi cumprido o objetivo de realização de uma grande ação de divulgação dos resultados do POVT, o que
foi concretizado em 5 de Dezembro de 2011.
8. Foram largamente ultrapassadas as metas de realização financeira previstas para o f inal de 2011 no que
respeita à despesa certificada à Comissão Europeia, como se evidencia no quadro seguinte:
Quadro nº 60 ‐ Cumprimento da Regra N+3 em 31/12/2011 de acordo com Regulamento nº 539/2010, de 16
de Junho
Para a performance do POVT no que respeita ao cumprimento da Regra N+3, onde se destaca a antecipação em
um ano do cumprimento daquela meta rela tivamente ao FEDER, contribui também pos itivamente a alteração
da forma de cálculo que foi aprovada pelo Regulamento (EU) n.º 539/2010, de 16 de Junho, que passou a
considerar o efeito da programação Fundo de 2007 de forma diluída a acrescer a cada um dos anos de 2008 a
2013 e a inclusão do efe ito da aplicação da majoração de 10 p.p sobre os PPI apresentados à CE, decorrentes
da aplicação do mecanismo “top‐up” à despesa certificada desde 24/05/2011.
9. Foi dada grande relevância em 2010 ao desenvolvimento e adaptação do Sistema de Informação do
Programa (SIPOVT), às necessidades crescentes da gestão nos diversos domínios, no âmbito da
manutenção evolutiva e corretiva. Foi ainda dada continuidade em 2011 ao desenvolvimento do
módulo de gestão documental e do módulo de extração de dados (business inteligence) visando a
melhoria da informação de gestão, a qual se revela essencial para o aumento da eficácia e da
eficiência do Prog rama.
Programação 2007 e 2009 (a)
Pré‐financiamentos (7,5%)
Regra N+3 em 31‐Dez‐2011
PPI apresentados à CE até 31‐Dez‐
2011 (b)% cumprimento
Regra N+3
(1) (2) (3) = (1) – (2) (4) (5) = (4) / (3)
Fundo Coe sã o 496.830.992 229.497.414 258.936.898 495.147.978 191,22%
FEDER 259.553.068 119.893.402 135.273.096 789.123.586 583,36%
Total 743.600.810 349.390.816 394.209.994 839.354.915 212,92%
(a) Calc ulado nos termos da alteração do Reg. 1083/2006, aprovada pelo Reg. (UE) n.º 539/2010, de 16 de Junho, tendo sido considerado apenas 2/6 do Fundo Programado para 2007, ao qual acresc e o Fundo programado para 2008 e 2009
(b) Incluindo os PPI apresentados relativos ao chamado mecanismo de "Top‐Up" previsto no Regulamento (UE) nº 1311/2011, de 13 de Dezembro, que altera o artigo 77º de Regulamento (CE) nº 1083/2006, de 11 de Julho
Relatório de Execução | 2011
314
7.2 Previsões para 2012
No contexto atua l da situação do Prog rama e das metas a cumprir até ao final da sua execução e tendo
também presente as orientações da tutela do QREN, as grandes perspetivas que se colocam para o POVT em
2012 centram‐se nos seguintes aspetos:
1. Concluir o processo de operacionalização da trans ição de operações dos POR para o POVT e deste
Programa para os POR, que resultou da reprogramação técnica do POVT aprovada em 9 de
dezembro de 2011;
2. Apresentar à Comissão Europeia de uma proposta de reprogramação, cobrindo as opções
estratégicas que não foram incluídas na reprogramação técnica de 2011;
3. Continuar a dar prioridade ao aumento da execução financeira do POVT, com especial relevância
para o Fundo de Coesão, estando previsto atingir em 31 de dezembro de 2012 uma taxa de execução
financeira global do Prog rama na ordem dos 45 %, de acordo com as previsões de execução dos
projetos para o ano de 2012, a qual revela compatibilidade com o cumprimento da Regra N+3 em
ambos os fundos;
4. Proceder a um acompanhamento mais intenso das operações aprovadas que não tenham execução
ou que tenham baixa execução, no sentido de eliminar compromissos financeiros do Programa,
quando não se preveja a sua execução, libertando fundos para outros projetos, iniciativa esta
designada por “Operação Limpeza”;
5. Alargar o âmbito de aplicação do aumento das taxas de cofinanciamento do POVT e do mecanismo
de Top‐Up, criando condições mais favoráveis para a execução dos projetos aprovados, em linha
com as opções estratégicas da reprogramação referida no ponto 2;
6. Promover a abertura do Programa à apresentação de novas candidaturas em áreas prioritárias;
7. Incrementar o acompanhamento da realização física e financeira dos projetos aprovados, quer
através da monitorização periódica dos níveis de realização financeira, quer através da intensif icação
das ações de acompanhamento físico e financeiro no local, realizando a totalidade do Plano previsto
2012;
Relatório de Execução | 2011
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8. Concluir o estudo de avaliação do Plano de Comunicação do POVT e realiza r o grande evento anual de
divulgação do Programa em Novembro de 2012. Concluir o procedimento de adjudicação e inicia r o
estudo de Avaliação Intercalar do POVT.
Relatório de Execução | 2011
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ANEXOS
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