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REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT
Superintendência Regional no Estado de Mato Grosso
EXECUÇÃO DE OBRAS EMERGENCIAIS DE CONTENÇÃO DE DESLIZAMENTOS - SERRA DA CAIXA FURADA
Rodovia: BR-163/364/MT
Trecho: Div. GO/MT – Div. MT/RO
Subtrecho: Entr. MT-241 (Nobres) – Entr. MT-240 (A)
Segmento: km 574,0 ao km 582,0
Extensão: 8,0 km
Código do PNV: 163BMT0785
Lote: Único
PROJETO EXECUTIVO VOLUME 1 – RELATÓRIO DO PROJETO EXECUTIVO
REVISÃO 3
Setembro / 2015
REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT
Superintendência Regional no Estado de Mato Grosso
EXECUÇÃO DE OBRAS EMERGENCIAIS DE CONTENÇÃO DE DESLIZAMENTOS - SERRA DA CAIXA FURADA
Rodovia: BR-163/364/MT
Trecho: Div. GO/MT – Div. MT/RO
Subtrecho: Entr. MT-241 (Nobres) – Entr. MT-240 (A)
Segmento: km 574,0 ao km 582,0
Extensão: 8,0 km
Código do PNV: 163BMT0785
Lote: Único
Elaboração: Castellar Engenharia LTDA.
Contrato: 11 00465/2015
Processo: 50611.000677/2015-12
PROJETO EXECUTIVO VOLUME 1 – RELATÓRIO DO PROJETO EXECUTIVO
Setembro / 2015
DNIT – Superintendência Regional de Mato Grosso
Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 1
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
Sumário
DNIT – Superintendência Regional de Mato Grosso
Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 2
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
Sumário
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 5
2. MAPA DE SITUAÇÃO ...................................................................................... 8
3. DESCRIÇÃO DOS PROBLEMAS ENCONTRADOS ...................................... 10
3.1 Trecho A ......................................................................................................... 11
3.2 Trecho B+C..................................................................................................... 13
3.3 Trecho F ......................................................................................................... 14
3.4 Trecho G+H .................................................................................................... 15
3.5 Trecho I ........................................................................................................... 17
4. ESTUDOS REALIZADOS ............................................................................... 19
4.1 Estudos Geológicos ........................................................................................ 20
4.2 Resistência dos Materiais Existentes ............................................................. 22
5. PROJETO DE ESTABILIZAÇÃO DOS TALUDES .......................................... 26
5.1 Trecho A ......................................................................................................... 27
5.1.1 Estudos Topográficos ..................................................................................... 27
5.1.2 Estudos Geotécnicos ...................................................................................... 27
5.1.3 Projeto de Drenagem ...................................................................................... 27
5.1.4 Projeto de Contenções ................................................................................... 28
5.1.5 Projeto de Paisagismo .................................................................................... 30
5.2 Trecho B+C..................................................................................................... 30
5.2.1 Estudos Topográficos ..................................................................................... 30
5.2.2 Estudos Geotécnicos ...................................................................................... 31
5.2.3 Projeto de Drenagem ...................................................................................... 31
5.2.4 Projeto de Contenções ................................................................................... 32
5.2.5 Projeto de Instrumentação .............................................................................. 33
5.2.6 Projeto de Paisagismo .................................................................................... 34
DNIT – Superintendência Regional de Mato Grosso
Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 3
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
5.3 Trecho D+E..................................................................................................... 34
5.3.1 Projeto de Contenção ..................................................................................... 34
5.3.2 Projeto de Instrumentação Complementar ..................................................... 35
5.4 Trecho F ......................................................................................................... 35
5.4.1 Estudos Topográficos ..................................................................................... 35
5.4.2 Estudos Geotécnicos ...................................................................................... 36
5.4.3 Projeto de Drenagem ...................................................................................... 36
5.4.4 Projeto de Contenções ................................................................................... 36
5.4.5 Projeto de Paisagismo .................................................................................... 38
5.5 Trecho G+H .................................................................................................... 39
5.5.1 Estudos Topográficos ..................................................................................... 39
5.5.2 Estudos Geotécnicos ...................................................................................... 39
5.5.3 Projeto de Drenagem ...................................................................................... 39
5.5.4 Projeto de Contenções ................................................................................... 40
5.5.5 Projeto de Instrumentação .............................................................................. 42
5.5.6 Projeto de Paisagismo .................................................................................... 43
5.6 Trecho I ........................................................................................................... 43
5.6.1 Estudos Topográficos ..................................................................................... 43
5.6.2 Estudos Geotécnicos ...................................................................................... 44
5.6.3 Projeto de Drenagem ...................................................................................... 44
5.6.4 Projeto de Contenções ................................................................................... 44
5.6.5 Projeto de Paisagismo .................................................................................... 46
6. PROJETO DE CAPTAÇÃO DE NASCENTES ............................................... 47
7. PROJETO DO CANTEIRO DE OBRAS E DO ACAMPAMENTO DO
PESSOAL ....................................................................................................... 53
7.1 Canteiro de Obras Principal ............................................................................ 54
8. LOCALIZAÇÃO DAS FONTES DE MATERIAIS ............................................. 56
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Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 4
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
9. PLANILHA DE QUANTIDADES ...................................................................... 58
10. PLANO DE EXECUÇÃO DE OBRAS ............................................................. 62
10.1 Cronograma Físico – Financeiro ..................................................................... 63
10.1.1 Sem Desoneração .......................................................................................... 63
10.1.2 Com Desoneração .......................................................................................... 64
10.2 Relação de Pessoal Técnico .......................................................................... 64
10.3 Equipamentos Mínimos Necessários .............................................................. 65
10.4 Plano de Ataque ............................................................................................. 66
10.4.1 Execução de Muro de Gabião ........................................................................ 66
10.4.2 Execução de Cortina Atirantada ..................................................................... 67
10.4.3 Execução de Muro de Impacto ....................................................................... 67
10.4.4 Execução de Sondagem Rotativa ................................................................... 68
10.4.5 Instrumentação e Monitoramento ................................................................... 68
10.4.6 Controle de Nascentes ................................................................................... 69
11. EQUIPE TÉCNICA ......................................................................................... 75
12. ANEXOS ......................................................................................................... 77
ANEXO I – ARTS DA EQUIPE TÉCNICA ................................................................. 79
13. TERMO DE ENCERRAMENTO ..................................................................... 91
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Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 5
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
1. Apresentação
DNIT – Superintendência Regional de Mato Grosso
Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 6
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
1. APRESENTAÇÃO
A Castellar Engenharia Ltda foi a empresa contratada para a realização do Projeto
Executivo e Implantação de Obras de Estabilização de Taludes da Rodovia BR 163/MT, no
município de Nobres, tendo assinado contrato junto à Superintendência do DNIT/MT para a
realização dos serviços. Esta empresa, cujo CNPJ é 02.955.426/0001-24, possui sua sede
na Av. Cândido de Abreu, 776, Centro Cívico, Curitiba/PR.
Os dados referentes ao contrato em pauta estão expressos a seguir:
Objeto: Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da
Caixa Furada;
Rodovia: BR-163/364/MT;
Trecho: Div. GO/MT – Div. MT/RO;
Subtrecho: Entr. MT-241 (Nobres) – Entr. MT-240 (A);
Segmento: km 574,0 ao km 582,0;
Extensão: 8,0 km;
Código do PNV: 163BMT0785;
Lote: Único;
Elaboração: Castellar Engenharia LTDA.;
Contrato: 11 00465/2015;
Processo: 50611.000677/2015-12; e
Jurisdição: Superintendência Regional do DNIT/MT.
O presente documento refere-se às soluções de estabilização dos taludes identificados
conforme segue:
Tabela 1. Validade dos Trechos
Trecho Quilometragem Extensão (m)
A 574+290 a 574+620 330
B + C 574+720 a 575+100
575+100 a 575+280
380
180
D + E 575+360 a 575+600
575+600 a 575+860
240
260
F 576+100 a 576+480 380
G + H 576+480 a 576+800
576+840 a 577+300
320
460
I 581+600 a 582+900 1.300
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
Vale mencionar que foi elaborado um relatório específico, indicando as soluções de
estabilização para os taludes localizados entre o km 575+360 ao km 575+860, identificado
como “Serra da Caixa Furada – BR-163/MT – Nobres/MT – Trecho D+E”.
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
2. Mapa de Situação
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
2. MAPA DE SITUAÇÃO
Figura 1. Mapa de Situação em Estudo (Fonte: Google Earth – setembro 2013)
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
3. Descrição dos Problemas Encontrados
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
3. DESCRIÇÃO DOS PROBLEMAS ENCONTRADOS
A Serra da Caixa Furada possui cerca de 8 km de extensão e está localizada entre o
município de Nobres e o Posto Gil, no km 580 da BR-163, a aproximadamente 150km de
Cuiabá. Este local é de competência do DNIT e faz parte das obras de duplicação de um
trecho de 45 quilômetros da região Norte de Mato Grosso.
Trata-se de uma área com geologia bastante complexa e instável, sendo verificada a
existência de camadas arenosas, muito permeáveis, entremeadas com faixas de calcário e
siltito, pouco permeáveis. Quando as camadas arenosas encontram-se embasadas por
camadas quase impermeáveis, surgem bolsões de água dentro da encosta, que resultam
em pressões hidrostáticas em seu interior. Este fato pode criar tensões internas no maciço,
gerando possíveis problemas de ruptura.
No início do ano de 2015, em função das fortes chuvas que ocorreram na região, diversos
taludes desta serra sofreram com rupturas, deslizamentos ou aparecimento de trincas,
gerando a necessidade da realização de estudos geotécnicos para a definição de soluções
para estes problemas.
3.1 Trecho A
No Trecho A, compreendido entre o km 574+290 e o km 574+620, foram observadas
movimentações localizadas no talude de corte em solo, cujos desníveis são da ordem de
10m e as inclinações próximas a 45º. A partir de observações visuais, notou-se que as
instabilizações ocorridas foram escorregamentos com superfícies de deslizamento
relativamente rasas.
As Fotos 1 e 2 apresentadas adiante ilustram a situação encontrada neste trecho.
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
Foto 1– Talude de corte estável, localizado nas proximidades do km 574+350.
Foto 2– Trecho localizado de talude no qual ocorreu uma pequena erosão (aproximadamente à altura do km 574+450) e onde está sendo projetada a contenção.
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
3.2 Trecho B+C
Do km 574+720 ao km 575+100, identificado como Trecho B, foram verificadas
movimentações no final do segmento, no talude de corte em solo e rocha alterada, com
alturas superiores a 20m e inclinações de cerca de 50m. Já, ao longo do Trecho C, o
mapeamento mostrou cicatrizes de rupturas antigas a montante dos taludes de corte mais
recentes. O maciço mobilizado no início deste trecho possui desníveis maiores que 15m e
inclinações da ordem de 35 a 40º. As condições dos taludes localizados ao longo destes
segmentos podem ser observadas nas Fotos 3 e 4.
Foto 3– Talude localizado entre o Trecho B e o Trecho C, que se apresenta em bom estado e com suas bermas bem definidas.
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
Foto 4– Vista de talude à altura do km 575, em que ocorreu um deslizamento de massa de solo.
3.3 Trecho F
Foram também observadas movimentações localizadas em talude de cortes e na encosta
natural em solo e rocha alterada entre o km 576+100 e o km 576+480, identificado como
Trecho F. Algumas trincas foram mapeadas na encosta natural em que o desnível do talude
de corte é da ordem de 10m. Durante as visitas técnicas realizadas foi verificada a presença
de um estoque de material de construção, tipo cascalho, posicionado no pé dos taludes
localizados nesta região, a fim de ser utilizado ao longo das obras em andamento, como
pode ser notado na Foto 5.
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
Foto 5– Vista geral de talude localizado no Trecho F, juntamente com estoque de material do tipo cascalho.
3.4 Trecho G+H
Já, ao longo do Trecho G+H (km 576+480 a km 577+300), as movimentações observadas
foram de maiores magnitudes. Foram verificadas diversas trincas escalonadas, sendo a
última a cerca de 100m distante do eixo das pistas de rolamento. A inclinação da encosta
natural rompida é da ordem de 25 a 30º no Trecho G e de aproximadamente 45º no Trecho
H.
Nestes casos, as superfícies de deslizamento mais rasas provavelmente ocorreram no
contato solo-solo, enquanto as mais profundas em solo-rocha.
As Fotos 6 e 7 ilustram os taludes do Trecho G+H.
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
Foto 6– Vista frontal de talude localizado ao longo do Trecho G+H, mostrando o deslizamento ocorrido no local.
Foto 7– Vista geral de talude do Trecho G+H, em que ocorreu o escorregamento da massa de solo, atingindo inclusive o pavimento existente da rodovia.
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
3.5 Trecho I
Ao longo do Trecho I, foram verificados diversos pontos com presenças de blocos
potencialmente instáveis, em taludes de corte compostos por rochas sedimentares sãs a
moderadamente alteradas, às vezes intercaladas por solos de alteração. Estes taludes
apresentam alturas entre 10 e 20m, com elevadas inclinações, da ordem de 60º. As
principais preocupações ocorrentes nesta área são os mecanismos de ruptura
condicionados pelas estruturas geológicas existentes no maciço rochoso, caracterizados
principalmente por tombamentos, formação de cunhas e planos de escorregamentos que
provocam quedas de blocos com dimensões variadas de até 1m de diâmetro.
As Fotos 8 a 10 ilustram o trecho em estudo.
Foto 8– Vista de talude com blocos soltos, que já deslizaram para o pé do maciço.
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
Fotos 9 e 10 – Taludes rochosos ocorrentes ao longo do Trecho I, entre o km 581+600 e 582+900.
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
4. Estudos Realizados
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
4. ESTUDOS REALIZADOS
4.1 Estudos Geológicos
O trecho de interesse da rodovia BR-163 encontra-se localizado em uma região geológica
posicionada na borda da Faixa Paraguai - Araguaia, limite com a porção sul do Cráton
Amazônico. Por ser uma faixa de transição, observa-se a alta complexidade geológica com
a existência de uma grande heterogeneidade de formação e composições mineralógica.
O documento identificado como “Mapeamento Geológico – Geotécnico e Levantamento de
Trincas em Taludes dos Km 574 + 720 à 581 + 600 / Mapeamento Detalhado em Área de
Metarenito – Instabilização de Blocos dos Km 581 + 600 até 582 + 900”, elaborado pela
empresa Geopesquisa Investigações Geológicas Ltda em abril de 2015, apresenta a
caracterização geológica detalhada do trecho de interesse, destacando todo o levantamento
superficial realizado em campo.
Pelos estudos geológicos realizados, verifica-se que a região de interesse se encontra
situada nos domínios de bacias sedimentares do Brasil, onde são encontradas as chamadas
rochas sedimentares, resultantes da consolidação de sedimentos, ou seja, partículas
minerais provenientes da desagregação e do transporte de rochas preexistentes, ou da
precipitação química, ou ainda, de ação biogênica.
Estas rochas são geralmente classificadas conforme sua origem em detríticas (arenitos,
siltitos, argilitos), químicas ou bioquímicas (calcários, carvões, entre outros), bastante
encontradas nos locais estudados, como pode ser visto na Figura 2.
Deve-se ressaltar que a alta heterogeneidade da formação geológica ao longo da estrada
resulta na existência intercalada de camadas arenosas, caracterizadas pela alta
permeabilidade, com faixas de calcário e siltito, altamente impermeáveis. Quando a camada
arenosa se encontra inserida em camadas impermeáveis ocorre à formação de bolsões de
água pressurizada dentro da encosta, resultando em pressões hidrostáticas e tensões
diversas, atuando internamente dentro do maciço.
Por fim, destaca-se que a direção das trincas e falhas geológicas apresentadas no
levantamento de campo, conforme documento mencionado anteriormente, são favoráveis à
implantação da pista do local executado, ou seja, os fraturamentos das rochas são
contrários aos possíveis planos de ruptura da encosta superior.
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Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 21
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
A Figura 2, apresentada a seguir, ilustra a representação do mapa geológico da região de
interesse.
Figura 2. Representação do Mapa Geológico Regional (fonte: Mapa Geológico
do Brasil, Ministério de Minas e Energia, 2ª Edição, 1981).
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
4.2 Resistência dos Materiais Existentes
Para reconhecimento e caracterização da resistência dos materiais existentes ao longo de
todo o trecho de interesse foram retirados e ensaiados 5 (cinco) blocos indeformados,
coletados aleatoriamente de forma a representar todas as formações geológicas observadas
na área de abrangência deste projeto. Estes ensaios foram realizados pela empresa TriGeo
Engenharia Geotécnica e os resultados são apresentados no Volume 3A.
De cada um dos blocos indeformados foram talhados 6 (seis) corpos de prova que foram
ensaiados no Ensaio de Cisalhamento Direto, com Tensões Confinantes de 50kPa, 100kPa
e 200kPa, sendo metade na umidade natural e a outra metade na condição saturada.
O Ensaio de Cisalhamento Direto avalia a tensão de cisalhamento necessária para romper o
corpo de prova quando confinada com uma tensão constante e pré-definida. A Figura 3
ilustra e exemplifica os valores das tensões de cisalhamento encontrados na ruptura de três
corpos de prova retirados do mesmo bloco indeformado.
Figura 3. Resultado obtido para um dos conjuntos de três Ensaios de
Cisalhamento Direto realizados na região de interesse.
Sabe-se que a reta média, traçada na proximidade dos três pontos, é a envoltória de
resistência do solo e fornece os parâmetros de resistência do mesmo, quais sejam a
Coesão (interseção com o eixo vertical), representada pela letra c, e o Ângulo de Atrito
(ângulo que a reta faz com o eixo horizontal), representado pela letra grega ϕ. A Figura 4
ilustra a envoltória obtida para o ensaio apresentado na Figura 3.
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Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 23
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
Figura 4. Envoltória de resistência obtida para um dos conjuntos de três Ensaios
de Cisalhamento Direto realizados na região de interesse.
No caso exemplificado nas Figuras 3 e 4 verificam-se, através da envoltória de resistência
obtida, os parâmetros de resistência com a Coesão (c) de 0kPa e Ângulo de Atrito () de
40°. Destaca-se que este mesmo procedimento foi realizado para todos os 10 ensaios
realizados pela TriGeo, sendo os respectivos parâmetros de resistência encontrados para
cada caso:
Tabela 2. Resultado dos Ensaios de Cisalhamento Direto realizado nas: (a)
amostras com umidade natural e (b) amostras saturadas.
(a) Ensaios de Cisalhamento Direto com Amostras na Umidade Natural
Nº do Ensaio c (kPa) ϕ°
1 70 40
3 150 15
5 140 30
7 40 30
9 45 30
Média 89 29
(b) Ensaios de Cisalhamento Direto com Amostras Saturadas
Nº do Ensaio c (kPa) ϕ°
2 0 40
4 20 25
6 0 25
8 0 25
10 5 25
Média 5 28
Outra forma utilizada para definição dos parâmetros de resistência, mas do maciço como um
todo, foi a elaboração da retroanálise da ruptura ocorrida, que simulou a estabilidade do
maciço de interesse durante a ocorrência da movimentação do maciço. Assim foram
definidas as condições geométricas e geotécnicas existentes para uma superfície crítica
equivalente a um Fator de Segurança próximo a 1,0.
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
Ao todo foram realizadas duas retroanálises, apresentadas nas memórias de cálculo dos
Trechos B+C e G+H, que resultaram nos parâmetros de 5kPa para Coesão (c) e de 33° para
o Ângulo de Atrito ().
Um comparativo dos valores de coesão e de ângulo de atrito encontrados tanto na
retroanálise como nos Ensaios de Cisalhamento Direto, para as situações com umidade
natural e solo saturado, pode ser visualizado na Figura 5, abaixo.
MaxMin Med
Retroanálise
Min Max
Ângulo de Atrito
Med
Retroanálise
Min Med
Retroanálise
Coesão
Retroanálise
Min
Med
Max
Max
0 kPa 150 kPa25 kPa 50 kPa 75 kPa 100 kPa 125 kPa
0° 50°10° 20° 30° 40°
Amostras comUmidade Natural
AmostrasSaturadas
Amostras comUmidade Natural
AmostrasSaturadas
(a)
(b)
MaxMin Med
Retroanálise
Min Max
Ângulo de Atrito
Med
Retroanálise
Min Med
Retroanálise
Coesão
Retroanálise
Min
Med
Max
Max
0 kPa 150 kPa25 kPa 50 kPa 75 kPa 100 kPa 125 kPa
0° 50°10° 20° 30° 40°
Amostras comUmidade Natural
AmostrasSaturadas
Amostras comUmidade Natural
AmostrasSaturadas
(a)
(b)
Figura 5. Resultados dos Ensaios de Cisalhamento Direto, comparados com as
retroanálises das rupturas ocorridas.
Observa-se que os resultados de coesão e ângulo de atrito obtidos nos estudos de
retroanálise são muito próximos dos valores médios encontrados nos Ensaios de
Cisalhamento Direto com as amostras saturadas, sendo inferiores aos verificados na
situação natural, principalmente quando analisado o parâmetro da coesão.
Assim, entende-se que as movimentações e rupturas dos solos ocorrentes em campo,
responsáveis pela necessidade das obras de recuperação projetadas, foram causadas pela
DNIT – Superintendência Regional de Mato Grosso
Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 25
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
saturação dos solos superficiais decorrentes das chuvas do período chuvoso entre setembro
e março.
Conclui-se, portanto, que os valores de 5kPa para a coesão e de 33° para o ângulo de atrito
são representativos das resistências dos solos superficiais simulados nas retroanálises e
utilizados nos dimensionamentos das soluções propostas.
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
5. Projeto de Estabilização dos Taludes
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
5. PROJETO DE ESTABILIZAÇÃO DOS TALUDES
Foram realizados os estudos e projetos de estabilização dos taludes dos Trechos A, B+C,
D+E, F, G+H e I que são descritos a seguir.
5.1 Trecho A
5.1.1 Estudos Topográficos
Foi realizado, pela empresa Geopesquisa Investigações Geológicas Ltda, em abril de 2015,
um levantamento topográfico ao longo do trecho de interesse da Rodovia BR-163, através
do Sistema de Referência Espacial identificado como “Brasil/SIRGAS 2000/UTM zone
21S”.
Para detalhamento do Projeto Executivo do referido trecho foi utilizado como referência
o desenho de topografia, A-TOP-01/01, apresentado no Volume 2, e cujos dados foram
obtidos a partir do levantamento supracitado.
5.1.2 Estudos Geotécnicos
Para a identificação e caracterização dos solos ocorrentes na área de interesse foi
programada e executada 1 (uma) Sondagem Mista, identificada como SM-200, posicionada
conforme planta apresentada no desenho A-EGE-01/01. O boletim deste ensaio encontra-se
apresentado no Volume 3A.
As informações obtidas neste ensaio indicaram a existência de rocha calcária, em toda a
profundidade ensaiada, de coloração marrom, cinza e branca. O nível do lençol freático
observado foi de 3,74m.
5.1.3 Projeto de Drenagem
Tendo em vista se tratar de uma rodovia existente, o conceito adotado no projeto é o do
aproveitamento de todos os dispositivos de drenagem existentes que estiverem em bom
estado de conservação e operando adequadamente, só sendo projetados novos dispositivos
nos locais onde se mostrar necessário.
5.1.3.1 Drenagem Superficial
Para a complementação da drenagem superficial existente do Trecho A, foi adotada sarjeta
triangular para o bordo da pista e valeta trapezoidal para a crista do talude a ser contido pelo
muro de gabião projetado, ambos dispositivos padrão DNIT, conforme Álbum de Projetos-
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Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 28
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
Tipo de Dispositivos de Drenagem IPR-736, interligando-se os novos dispositivos àqueles
existentes que serão aproveitados.
5.1.3.2 Drenagem Profunda
Foi prevista a execução de Drenos Horizontais Profundos (DHPs) nos maciços, com
comprimentos de 30 e 40 metros, cuja finalidade é captar parte da água de percolação
interna dos aterros ou cortes saturados, propiciando maior estabilidade e segurança aos
taludes.
Trata-se de tubos de drenagem de pequenos diâmetros, com espaçamentos de 15 metros,
cujo trecho perfurado deve ser envolto com geotêxtil ou tela de nylon, que funciona como
filtro, evitando a colmatação e o carreamento do solo. Em função da elevada quantidade de
água presente no maciço, julgou-se necessário executar estes drenos com espaçamentos
desta ordem, a fim de garantir maior segurança do maciço quanto à estabilidade.
Durante a perfuração, à medida do possível, deverão ser evitados desvios no alinhamento
causados pela ocorrência de camadas mais resistentes ou presença de matacões.
Para planta de drenagem superficial e profunda, ver desenho A-DRE-01/01.
5.1.4 Projeto de Contenções
O problema de instabilidade do talude superior somado à erosão ocorrida, verificados na
região entre as estacas 574+440 e 574+495, necessitam de uma solução geotécnica que
permita a reconformação da encosta além de assegurar sua estabilidade com o aumento
das forças resistivas ou redução nas forças ativas no equilíbrio das superfícies de rupturas.
Assim, frente ao problema verificado em campo, entende-se ser a solução de muro de
gabião a mais indicada quando analisada a eficiência técnica, melhor custo e durabilidade
de solução. Isso porque esta solução é de baixo custo frente a outras opções possíveis para
este caso, como solo grampeado, por exemplo. Os gabiões requerem reduzida manutenção
ao longo do tempo e auxiliam o rebaixamento do lençol freático existente no interior do
maciço, uma vez que são paramentos permeáveis. Além disso, esta solução atende às
condições técnicas necessárias para o local e apresenta a capacidade de absorver
eventuais deslocamentos sem perder sua resistência.
Destaca-se que os gabiões são estruturas flexíveis, permeáveis, com elevada resistência à
tração e baixo nível de alongamento.
DNIT – Superintendência Regional de Mato Grosso
Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 29
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
Desta forma, para garantir a estabilidade da encosta superior no trecho de interesse prevê-
se a construção de um muro de contenção do tipo Gabião, com comprimento de 53,0m,
altura constante de 3,0m, base de 2,5m e embutimento de 0,5m no terreno natural,
conforme indicado nas plantas, seções e detalhes apresentados nos desenhos A-EST-01/03
a 03/03.
Na base da estrutura deverão ser implantados gabiões saco, em toda a extensão, de forma
a assegurar a estabilidade da estrutura. Além disso, para drenar as águas profundas
existentes no interior do maciço e, consequentemente, rebaixar o lençol freático, deverão
ser instalados Drenos Horizontais Profundos (DHP), de acordo com o descrito nos subitens
anteriores. Estes dispositivos de drenagem serão locados a 0,5m de altura do limite inferior
e espaçados horizontalmente a cada 15,0m.
Destaca-se que a face externa da estrutura de contenção deverá ser posicionada a uma
distância de 5,0m do bordo externo do acostamento da via, sendo os 2,0m iniciais referentes
à faixa de drenagem e os 3,0m restantes de faixa de segurança, com 5% de declividade no
sentido da canaleta de drenagem projetada.
A Figura 6 ilustra a seção típica do muro de gabião considerado.
MURO DE GABIÃO
TALUDE PROJETADO
CANALETA DE
DRENAGEM
DENTEAMENTO CONSTRUTIVODRENO HORIZONTAL PROFUNDO - DHP
COMPRIMENTO = 30m ou 40,0m
REATERRO
FUTURO
TERRENO NATURAL
DHP - 30,00m ou 40,00m
5%
3,00 2,00GABIÃO SACO
Figura 6. Seção típica representativa dos muros de gabiões
O dimensionamento desta contenção está mostrado no Volume 3B – Memória de Cálculo de
Contenções.
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
5.1.5 Projeto de Paisagismo
As obras de proteção superficial desempenham papel fundamental na estabilização de
taludes de corte ou aterro, pois visam impedir a formação de processos erosivos e diminuir a
infiltração de água no maciço através da superfície exposta do talude.
Sempre que possível, sugere-se que as soluções utilizem materiais naturais, por serem
geralmente mais econômicos e, em especial, materiais abundantes na própria região da
obra.
Em trechos de encostas em que a vegetação natural foi removida ou que mostrem alto risco
de ocorrência de escorregamentos, a solução de implantação com cobertura vegetal
funcionalmente similar à existente anteriormente mostra-se bastante eficiente.
Pode-se ressaltar que a cobertura vegetal tem como principais funções aumentar a
resistência das camadas superficiais de solo pela presença de raízes, proteger estas
camadas contra a erosão superficial e reduzir a infiltração da água no solo através dos
troncos, galhos e folhas.
Foi prevista a execução de revestimento vegetal por gramas em placa ou enleivamento,
sobre os taludes de aterro projetados, solução comumente utilizadas em empreendimentos
rodoviários.
Esta solução pode ser encontrada no desenho de número A-EST-01/03.
5.2 Trecho B+C
5.2.1 Estudos Topográficos
A empresa Geopesquisa Investigações Geológicas Ltda realizou, em abril de 2015, o
levantamento topográfico ao longo do trecho de interesse da Rodovia BR-163, através do
Sistema de Referência Espacial identificado como “Brasil/SIRGAS 2000/UTM zone
21S”.
Para o detalhamento do projeto deste trecho foi utilizado como referência o desenho de
topografia cujo código é B+C-TOP-01/01, apresentado no Volume 2, e cujos dados
foram obtidos a partir do levantamento supracitado.
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
5.2.2 Estudos Geotécnicos
Para a identificação e caracterização dos solos ocorrentes na área de interesse foram
programadas e executadas 6 (seis) Sondagens Mistas, identificadas como SM-301 a SM-
306, posicionados em planta conforme apresentado no desenho B+C–EGE01/02, enquanto
os perfis geológicos encontram-se apresentados na Folha 02/02. Os boletins destes ensaios
estão mostrados no Volume 3A.
Estas sondagens indicaram que a encosta de interesse é constituída, predominantemente,
por sucessivas camadas de rocha metarenito, que variam entre as cores branca, vermelha,
cinza e preta. Entretanto, verifica-se na região das SM-305 e 306, o predomínio de rocha
calcária e a existência superficial de colúvio com cerca de 1,3m de espessura, além das
camadas com cerca de 4,0m de rocha metapelito e de 6,0m rocha filito.
O nível do lençol freático encontrado foi variado, limitando-se entre os valores de 14,97 e
22,36m.
5.2.3 Projeto de Drenagem
Da mesma forma que para o trecho anterior, por se tratar de uma rodovia existente, utilizou-
se o conceito de aproveitamento de todos os dispositivos de drenagem existentes que
estiverem em bom estado de conservação e operando adequadamente, só sendo
projetados novos dispositivos nos locais onde se mostrar necessário.
5.2.3.1 Drenagem Superficial
Para a drenagem superficial dos Trechos B+C foi adotada sarjeta triangular para o bordo da
pista e valeta trapezoidal para o topo da contenção, ambos dispositivos padrão DNIT,
conforme Álbum de Projetos-Tipo de Dispositivos de Drenagem IPR-736, interligando-se os
novos dispositivos àqueles existentes que serão aproveitados.
A planta de drenagem superficial pode ser encontrada no desenho B+C-DRE-01/01.
5.2.3.2 Drenagem Profunda
Para este trecho da rodovia foi prevista a execução de Drenos Horizontais Profundos
(DHPs) nos maciços com comprimentos de 50m, com a finalidade de rebaixar o lençol
freático e propiciar maior estabilidade e segurança aos taludes. Estes dispositivos de
drenagem serão locados a 0,5m de altura do limite inferior da contenção e espaçados
horizontalmente a cada 10,0m.
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
Durante a perfuração, à medida do possível, deverão ser evitados desvios no alinhamento
causados pela ocorrência de camadas mais resistentes ou presença de matacões.
Para planta de drenagem profunda e superficial, ver desenho B+C-DRE-01/01.
5.2.4 Projeto de Contenções
Para estabilizar a ruptura e conter a movimentação do maciço superior verificada na região
de interesse, viu-se necessário utilizar uma solução geotécnica resistente, eficiente e que
conseguisse confinar o maciço de forma segura e definitiva.
Frente a este cenário e a limitação de se tratar de uma área já rompida, e na iminência de
novas movimentações, entende-se ser a solução de Cortina de Concreto Armado Atirantada
e Estaqueada a mais adequada tecnicamente, visto que outras soluções possíveis para a
área englobam ou um grande trabalho de terraplenagem, com liberação de um excessivo
volume de material para bota fora no caso da solução de retaludamento, ou maquinários
específicos e de difíceis acessos até a área de interesse, como na solução de parede
diafragma atirantada. Além disto, considera-se que os custos envolvidos são perfeitamente
aceitáveis para obras desta natureza.
Assim sendo, a Cortina de Concreto Armado Atirantada e Estaqueada projetada será
implantada entre as estacas 574+920 e 575+220 da BR-163, na lateral da pista sentido
Nobres e terá extensão aproximada de 300m e altura variável, sendo a máxima próxima de
6,0m. Sua estabilidade será assegurada pela implantação de três níveis de tirantes, todos
com resistência de 50tf, inclinação de 20°com a horizontal e espaçamento de 2,0m entre
eles, tanto na vertical como na horizontal.
Os tirantes terão comprimento de 22m, 20m e 18m para as linhas superior, intermediária e
inferior, respectivamente. Todos os tirantes, independentemente a qual fileira pertençam,
serão implantados com 12m de comprimento de bulbo de ancoragem.
Na fundação da cortina serão implantadas estacas metálicas do tipo W 254mm x 37,8kg/m,
espaçadas a cada 1,5m, com comprimento de 8,0m ou até o impenetrável. Na base do muro
será construído um bloco de transição contínuo e enterrado, que terá a função de ligar a
estrutura da parede com as estacas implantadas.
Para drenar as águas profundas existentes no interior do maciço e, consequentemente,
rebaixar o lençol freático, deverão ser instalados DHPs, conforme descrito acima.
A seção tipo apresentada na Figura 7 ilustra a contenção analisada.
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Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 33
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
4,0
20°
1,0
HMÁX.=6,0
5%
CORTINA ATIRANTADA
COTA DE ARRASAMENTO
TERRENO NATURAL
SUPERFÍCIE ESTIMADA DE ESCORREGAMENTO
DHP-50,00m
L=12,0
L=6,0
L=12,0
L=8,0
L=12,0
L=10,0
PERFIL METÁLICO W254mm X 37,80 kg/m A CADA 1,5m
L=8,00m
1,0
VAR.
3,0
0,5
Figura 7. Seção típica representativa da região com três tirantes
A planta, vista, seções e detalhes desta estrutura estão apresentados nos desenhos B+C-
EST-01/06 a 06/06, no Volume 2, e o dimensionamento desta contenção está mostrado no
Volume 3B – Memória de Cálculo de Contenções.
5.2.5 Projeto de Instrumentação
Com a finalidade de monitorar as possíveis deformações ocorrentes no maciço em estudo
foi projetado um Sistema de Monitoramento composto por Marcos Superficiais, identificados
como MS-1001 a MS-1017, Indicadores de Nível D’ Água, denominados de INA-1001 a INA-
1004 e Inclinômetros, INCL-1001 a INCL-1005.
Após a implantação destes instrumentos deverá ser realizado um trabalho de
Acompanhamento Geotécnico Rotineiro, quando serão definidos os critérios de leitura dos
instrumentos, frequência e procedimentos a serem adotados e seguidos a partir dos
resultados encontrados nas leituras realizadas.
Caso sejam verificadas movimentações horizontais e verticais não previstas na operação de
rotina da rodovia, deverão ser executadas obras geotécnicas complementares às já
executadas, definidas a partir das situações observadas.
DNIT – Superintendência Regional de Mato Grosso
Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 34
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
A locação em planta de todos estes instrumentos pode ser observada do desenho cujo
código é B+C-INS-01/01.
5.2.6 Projeto de Paisagismo
As obras de proteção superficial desempenham papel fundamental na estabilização de
taludes de corte ou aterro, pois visam impedir a formação de processos erosivos e diminuir a
infiltração de água no maciço através da superfície exposta do talude.
À medida do possível, sugere-se que as soluções utilizem materiais naturais, por serem
normalmente mais econômicos e, em especial, materiais abundantes no local em questão.
Em trechos de encostas em que a vegetação natural foi removida ou que mostrem alto risco
de ocorrência de escorregamentos, a solução de implantação com cobertura vegetal
funcionalmente similar à que existia anteriormente mostra-se eficaz.
Pode-se ressaltar que a cobertura vegetal tem como principais funções aumentar a
resistência das camadas superficiais de solo pela presença de raízes, proteger estas
camadas contra a erosão superficial e reduzir a infiltração da água no solo através dos
troncos, galhos e folhas.
Por se tratar de um tipo de árvore com rápido crescimento, adaptar-se facilmente às
condições climáticas e permitir o crescimento de raízes resistentes e que formam uma trama
desenvolvida e de longo alcance, neste caso optou-se por indicar o plantio de eucaliptos no
talude rompido, após a conclusão dos serviços de terraplenagem previstos.
Além deste plantio, foi prevista também a execução de revestimento vegetal por gramas em
placa ou enleivamento, sobre os taludes de aterro abatidos projetados, solução comumente
utilizadas em empreendimentos rodoviários.
Esta solução pode ser encontrada no desenho identificado como “Projeto de Paisagismo”,
de número B+C-PAI-01/01.
5.3 Trecho D+E
5.3.1 Projeto de Contenção
As rupturas ocorrentes na encosta superior da pista sentido Nobres causaram o
soterramento e a consequente interdição e impossibilidade de passagem de veículos nas
duas faixas existentes. Assim, de forma a evitar a escavação desta massa de solo e o
descalçamento da encosta rompida, foi projetada uma Cortina de Concreto Armado
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Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 35
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
Atirantada e Estaqueada, na região do canteiro central, como o alteamento do greide da via
interrompida.
Foi elaborado um projeto emergencial para esta contenção, que foi apresentado em
documento específico, identificado como “Serra da Caixa Furada – BR-163/MT – Nobres/MT
– Trecho D+E”.
5.3.2 Projeto de Instrumentação Complementar
Com a finalidade de monitorar as possíveis deformações ocorrentes no maciço em estudo
foi projetado um sistema de monitoramento complementar, composto por Marcos
Superficiais, identificados como MS-518 a MS-535 e Inclinômetros, denominados de INCL-
501 a INCL-509.
Após a implantação destes instrumentos, deverá ser realizado um trabalho de
acompanhamento geotécnico rotineiro, quando serão definidos os critérios de leitura dos
instrumentos, frequência e procedimentos a serem adotados e seguidos a partir dos
resultados encontrados nas leituras realizadas.
Caso sejam verificadas movimentações horizontais e verticais não previstas na operação de
rotina da rodovia, deverão ser executadas obras geotécnicas complementares às já
executadas, definidas a partir das situações observadas.
A locação em planta de todos estes instrumentos pode ser observada do desenho cujo
código é D+E-INS-01/01.
5.4 Trecho F
5.4.1 Estudos Topográficos
Para detalhamento do Projeto Executivo do Trecho F foi utilizado como referência o
desenho de topografia cujo código é F-TOP-01/01, apresentado no Volume 2. Estes dados
foram obtidos a partir do levantamento topográfico realizado, pela empresa Geopesquisa
Investigações Geológicas Ltda, em abril de 2015, através do Sistema de Referência
Espacial identificado como “Brasil/SIRGAS 2000/UTM zone 21S”.
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Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 36
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
5.4.2 Estudos Geotécnicos
Para a identificação e caracterização dos solos ocorrentes na área de interesse foram
programadas e executadas 2 Sondagens Mistas, identificadas como SM-600 e SM-601,
posicionadas na região do Trecho F, conforme planta apresentada no desenho F–EGE-
01/01. Os boletins destes ensaios encontram-se no Volume 3A deste projeto.
As informações obtidas nestas investigações mostram a presença de uma camada
superficial de, aproximadamente, 2m de espessura de rocha metarenito de coloração rosa,
cinza, marrom e branca, seguida por uma camada de metapelito cinza e marrom de
espessura variável e, por fim, calcário cinza, marrom e amarelo até o final dos ensaios.
5.4.3 Projeto de Drenagem
O conceito adotado neste projeto foi o de aproveitamento de todos os dispositivos de
drenagem existentes que estiverem em bom estado de conservação e operando
adequadamente, só sendo projetados novos dispositivos nos locais onde se mostrar
necessário, visto que se trata de uma rodovia existente.
5.4.3.1 Drenagem Superficial
Para a drenagem superficial do Trecho F, foi adotada sarjeta triangular para o bordo da pista
padrão DNIT, conforme Álbum de Projetos-Tipo de Dispositivos de Drenagem IPR-736,
interligando-se o novo dispositivo àqueles existentes que serão aproveitados.
5.4.3.2 Drenagem Profunda
Para a drenagem profunda, foi prevista a execução de Drenos Horizontais Profundos
(DHPs) nos maciços, com comprimentos de 40m, com a finalidade de rebaixar o lençol
freático e propiciar maior estabilidade e segurança aos taludes. Estes drenos correspondem
a tubos perfurados de pequenos diâmetros espaçados a cada 15m e locados a 0,5m de
altura do limite inferior da contenção.
Para planta de drenagem superficial e profunda, ver desenho F-DRE-01/01.
5.4.4 Projeto de Contenções
O problema de instabilidade do talude superior somado à erosão ocorrida, verificados na
região entre as estacas 576+100 e 576+480, necessitam de uma solução geotécnica que
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Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 37
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
permita a reconformação da encosta além de assegurar sua estabilidade com o aumento
das forças resistivas ou redução nas forças ativas no equilíbrio das superfícies de rupturas.
Assim, frente ao problema verificado em campo, entende-se ser a solução de muro de
gabião a mais indicada quando analisada a eficiência técnica, melhor custo e durabilidade
de solução. Isso porque esta solução é de baixo custo frente a outras opções possíveis para
este caso, como solo grampeado, por exemplo. Os gabiões requerem reduzida manutenção
ao longo do tempo e auxiliam o rebaixamento do lençol freático existente no interior do
maciço, uma vez que são paramentos permeáveis. Além disso, esta solução atende às
condições técnicas necessárias para o local e apresenta a capacidade de absorver
eventuais deslocamentos sem perder sua resistência.
Destaca-se que os gabiões são estruturas flexíveis, permeáveis, com elevada resistência á
tração e baixo nível de alongamento.
Para garantir a estabilidade da encosta superior entre as estacas 576+040 até 576+470
prevê-se a construção de um muro de contenção do tipo Gabião, com comprimento de
430,0m, altura constante de 3,0m, base de 2,5m e embutimento de 0,5m, conforme indicado
nas plantas, seções e detalhes apresentados nos desenhos F-EST-01/04 a 04/04.
Na base da estrutura deverão ser implantados gabiões saco, em toda a extensão, de forma
a assegurar a estabilidade da estrutura. Além disso, para drenar as águas profundas
existentes no interior do maciço e, consequentemente, rebaixar o lençol freático, deverão
ser instalados DHPs, como descritos no subitem anterior.
Destaca-se que a face externa da estrutura de contenção deverá ser posicionada a uma
distância de 5m do bordo externo do acostamento da via, sendo os 2m iniciais referentes à
faixa de drenagem e os 3m restantes de faixa de segurança, com 5% de declividade no
sentido da canaleta de drenagem projetada.
A Figura 8 ilustra a seção típica do muro de gabião considerado.
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
MURO DE GABIÃO
TALUDE PROJETADO
CANALETA DE
DRENAGEM
DENTEAMENTO CONSTRUTIVODRENO HORIZONTAL PROFUNDO - DHP
COMPRIMENTO = 40,0m
REATERRO
FUTURO
TERRENO NATURAL
DHP-40,00m
5%
3,00 2,00GABIÃO SACO
Figura 8. Seção típica representativa dos muros de gabiões
O dimensionamento desta contenção está mostrado no Volume 3B – Memória de Cálculo de
Contenções.
5.4.5 Projeto de Paisagismo
As obras de proteção superficial são de grande importância para a estabilização de taludes
de corte ou aterro, pois visam impedir a formação de processos erosivos e diminuir a
infiltração de água no maciço através da superfície exposta do talude.
Sempre que possível, sugere-se que as soluções utilizem materiais naturais, por serem
geralmente mais econômicos e, em especial, materiais abundantes na própria região da
obra.
Em trechos de encostas em que a vegetação natural foi removida ou que mostrem alto risco
de ocorrência de escorregamentos, a solução de implantação com cobertura vegetal
funcionalmente similar à que existia anteriormente mostra-se muito eficaz.
Pode-se ressaltar que a cobertura vegetal tem como principais funções aumentar a
resistência das camadas superficiais de solo pela presença de raízes, proteger estas
camadas contra a erosão superficial e reduzir a infiltração da água no solo através dos
troncos, galhos e folhas.
DNIT – Superintendência Regional de Mato Grosso
Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 39
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
Foi prevista a execução de revestimento vegetal por gramas em placa ou enleivamento,
sobre os taludes de aterro projetados, solução comumente utilizadas em empreendimentos
rodoviários.
Esta solução pode ser encontrada no desenho de número F-EST-01/04.
5.5 Trecho G+H
5.5.1 Estudos Topográficos
Em abril de 2015, a empresa Geopesquisa Investigações Geológicas Ltda realizou o
levantamento topográfico ao longo do Trecho G+H da Rodovia BR-163, através do Sistema
de Referência Espacial identificado como “Brasil/SIRGAS 2000/UTM zone 21S”.
Para o detalhamento do projeto deste trecho foi utilizado como referência o desenho de
topografia cujo código é G+H-TOP-01/02 e 02/02, apresentado no Volume 2, e cujos
dados foram obtidos a partir do levantamento supracitado.
5.5.2 Estudos Geotécnicos
Para a identificação e caracterização dos solos ocorrentes na área de interesse foram
programadas e executadas 24 (vinte e quatro) Sondagens Mistas, identificadas como SM-
400 a SM-423, posicionados em planta conforme apresentado no desenho G+H–EGE-01/05
e 02/05, enquanto os perfis geológicos encontram-se apresentados nas Folhas 03/05 a
05/05. Os boletins destas investigações estão apresentados no Volume 3A.
Essas sondagens revelaram que a encosta estudada é constituída predominantemente por
sucessivas camadas de rochas metarenito, metapelito, filito e calcário, além da presença,
em alguns trechos, de colúvio superficial, formado por argila pouco arenosa e silte arenoso.
O nível do lençol freático encontrado foi variado, limitando-se entre os valores de 6,88 e
25,55m.
5.5.3 Projeto de Drenagem
Da mesma forma como nos demais trechos, por se tratar de uma rodovia existente, utilizou-
se o conceito de aproveitamento de todos os dispositivos de drenagem existentes que
estiverem em bom estado de conservação e operando adequadamente, só sendo
projetados novos dispositivos nos locais onde se mostrar necessário.
DNIT – Superintendência Regional de Mato Grosso
Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa Furada pág 40
Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
5.5.3.1 Drenagem Superficial
Para a drenagem superficial dos Trechos G+H, foi adotada sarjeta triangular para o bordo da
pista e valeta trapezoidal para o topo da contenção, ambos dispositivos padrão DNIT,
conforme Álbum de Projetos-Tipo de Dispositivos de Drenagem IPR-736, interligando-se os
novos dispositivos àqueles existentes que serão aproveitados.
A planta de drenagem superficial pode ser encontrada no desenho G+H-DRE-01/01.
5.5.3.2 Drenagem Profunda
Para este sistema, foi prevista a execução de Drenos Horizontais Profundos (DHPs) nos
maciços, com comprimentos de 50m, com a finalidade de rebaixar o lençol freático e
propiciar maior estabilidade e segurança aos taludes. Estes dispositivos de drenagem serão
locados a 0,5m de altura do limite inferior da contenção e espaçados horizontalmente a cada
10,0m.
Durante a perfuração, à medida do possível, deverão ser evitados desvios no alinhamento
causados pela ocorrência de camadas mais resistentes ou presença de matacões.
Para planta de drenagem profunda do referido trecho, ver desenho G+H-DRE-01/01.
5.5.4 Projeto de Contenções
Para estabilizar a ruptura e conter a movimentação do maciço superior verificada na região
de interesse, viu-se necessário utilizar uma solução geotécnica resistente, eficiente e que
conseguisse confinar o maciço de forma segura e definitiva.
Frente a este cenário e a limitação de se tratar de uma área já rompida, e na iminência de
novas movimentações, entende-se ser a solução de Cortina de Concreto Armado Atirantada
e Estaqueada a mais adequada tecnicamente, visto que outras soluções possíveis para a
área englobam ou um grande trabalho de terraplenagem, com liberação de um excessivo
volume de material para bota fora no caso da solução de retaludamento, ou maquinários
específicos e de difíceis acessos até a área de interesse, como na solução de parede
diafragma atirantada. Além disto, considera-se que os custos envolvidos são perfeitamente
aceitáveis para obras desta natureza.
Assim, a Cortina de Concreto Armado Atirantada e Estaqueada a ser implantada entre as
estacas 576+470 e 577+240 da BR-163, na lateral da pista sentido Nobres, será dividida em
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três trechos contínuos e separados por pequenas interrupções responsáveis por retirar as
águas superficiais precipitadas no talude superficial, ao longo da extensão de interesse.
Tabela 3 – Comprimento e estaqueamento dos três diferentes trechos
Estaqueamento
Comprimento (m) Início Fim
Muro 1 576+470 576+780 310
Muro 2 576+840 577+020 180
Muro 3 577+040 577+240 200
A estabilidade destas contenções será assegurada pela implantação de três níveis de
tirantes, todos com resistência de 50tf, inclinação de 20°com a horizontal e espaçamento de
2m entre eles, tanto na vertical como na horizontal.
Os tirantes terão comprimento de 25m, 20m e 18m, respectivamente para as linhas superior,
intermediária e inferior. Todos os tirantes, independentemente a qual fileira pertençam,
deverão ser implantados com 12m de comprimento de bulbo.
Na fundação da cortina serão implantadas estacas metálicas tipo W254mm x 37,8kg/m,
espaçadas a cada 1,5m, com comprimento de 8m ou até o impenetrável. Na base do muro
será construído um bloco de transição contínuo e enterrado, que terá a função de ligar a
estrutura da parede com as estacas implantadas.
Para drenar as águas profundas existentes no interior do maciço e, consequentemente,
rebaixar o lençol freático, deverão ser instalados DHPs, conforme mencionado
anteriormente.
A seção tipo apresentada na Figura 9 ilustra a contenção analisada.
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ATERRO
TERRENO APÓS RUPTURA
PERFIL W254mm X 37,80kg/m A CADA 1,5m
L=8,00m
CORTINA ATIRANTADA
COTA DE ARRASAMENTO
0,5
0
1,0
0
2,002,00
0,30
0,60
CORTE
5%
EXISTENTE
3,00
5%
L=8,0mL=13,0m
L=6,0m
L=12,0m
L=12,0m
L=12,0m
DHP-50,00m
Figura 9. Seção típica representativa da região com três tirantes
A planta, vista, seções e detalhes desta estrutura estão apresentados nos desenhos
identificados como G+H-EST-01/10 a 10/10, Volume 2, e o dimensionamento desta
contenção está mostrado no Volume 3B – Memória de Cálculo de Contenções.
5.5.5 Projeto de Instrumentação
Com a finalidade de monitorar as possíveis deformações ocorrentes no maciço em estudo
foi projetado um sistema de monitoramento composto por Marcos Superficiais, identificados
como MS-401 a MS-420, Indicadores de Nível D’ Água, denominados de INA-401 a INA-407
e Inclinômetros, INCL-401 a INCL-406.
Após a implantação destes instrumentos, deverá ser realizado um trabalho de
acompanhamento geotécnico rotineiro, quando serão definidos os critérios de leitura dos
instrumentos, frequência e procedimentos a serem adotados e seguidos a partir dos
resultados encontrados nas leituras realizadas.
Caso sejam verificadas movimentações horizontais e verticais não previstas na operação de
rotina da rodovia, deverão ser executadas obras geotécnicas complementares às já
executadas, definidas a partir das situações observadas.
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A locação em planta de todos estes instrumentos pode ser observada do desenho cujo
código é G+H-INS-01/01.
5.5.6 Projeto de Paisagismo
As obras de proteção superficial desempenham papel fundamental na estabilização de
taludes de corte ou aterro, pois visam impedir a formação de processos erosivos e diminuir a
infiltração de água no maciço através da superfície exposta do talude.
À medida do possível, sugere-se que as soluções utilizem materiais naturais, por serem
normalmente mais econômicos e, em especial, materiais abundantes no local em questão.
Em trechos de encostas em que a vegetação natural foi removida ou que mostrem alto risco
de ocorrência de escorregamentos, a solução de implantação com cobertura vegetal
funcionalmente similar à que existia anteriormente mostra-se eficaz.
Pode-se ressaltar que a cobertura vegetal tem como principais funções aumentar a
resistência das camadas superficiais de solo pela presença de raízes, proteger estas
camadas contra a erosão superficial e reduzir a infiltração da água no solo através dos
troncos, galhos e folhas.
Por se tratar de um tipo de árvore com rápido crescimento, adaptar-se facilmente às
condições climáticas e permitir o crescimento de raízes resistentes e que formam uma trama
desenvolvida e de longo alcance, neste caso optou-se por indicar o plantio de eucaliptos no
talude rompido, após a conclusão dos serviços de terraplenagem previstos.
Além deste plantio, foi prevista também a execução de revestimento vegetal por gramas em
placa ou enleivamento, sobre os taludes de aterro abatidos projetados, solução comumente
utilizadas em empreendimentos rodoviários.
Esta solução pode ser encontrada no desenho identificado como “Projeto de Paisagismo”,
de número G+H-PAI-01/01.
5.6 Trecho I
5.6.1 Estudos Topográficos
A empresa Geopesquisa Investigações Geológicas Ltda realizou o levantamento topográfico
ao longo do Trecho I da Rodovia BR-163, através do Sistema de Referência Espacial
identificado como “Brasil/SIRGAS 2000/UTM zone 21S”, no mês de abril de 2015.
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Para o detalhamento do projeto deste trecho foi utilizado como referência o desenho de
topografia cujo código é I-TOP-01/02 e 02/02, apresentado no Volume 2, e cujos dados
foram obtidos a partir do levantamento supracitado.
5.6.2 Estudos Geotécnicos
Para reconhecimento dos solos existentes na região de interesse foram executadas 3 (três)
Sondagens Mistas, identificadas como SM-700 a SM-702, cujos boletins encontram-se
apresentados no Volume 3A.
Estes ensaios indicaram a existência predominante de metarenito feldspático com estrutura
preservada e coloração cinza clara, presente nos 10m de profundidade ensaiados. Apenas
na SM-701 foi levantada a existência superficial de 1m de areia fina a média, com
fragmentos de rocha, com cor marrom.
Destaca-se que a alternância do metapelitos em camadas métricas a decamétricas favorece
a erosão diferencial. Além disso, observa-se o mergulho da fratura em direção à pista,
formando blocos instáveis que podem rolar, não raramente, no sentido da mesma.
5.6.3 Projeto de Drenagem
No Trecho I, serão aproveitados os dispositivos de drenagem existentes, não sendo
necessários novos dispositivos, como pode ser visto no desenho I-EST-02/02.
A sarjeta triangular de concreto existente na borda da pista e que será mantida ao longo do
trecho em estudo pode ser observada na foto apresentada no Item 3 – Descrição dos
Problemas Encontrados.
5.6.4 Projeto de Contenções
A presença de blocos de rocha potencialmente instáveis na encosta formada por corte em
rochas sedimentares, sãs e moderamente alteradas, intercaladas por solos de alteração
requer a utilização de uma solução geotécnica que impossibilite que os eventuais blocos
desprendidos atinjam a pista de rolamento e seus usuários.
Frente à dimensão da área problemática, das condições geológicas observadas em campo
e visando a otimização econômica da solução, entende-se ser a implantação de um muro de
concreto armado, construído na lateral da pista, funcionando como um muro de impacto a
melhor alternativa. Destaca-se, que esta solução tem o objetivo de barrar e conter os
ocasionais blocos soltos e deve ser periodicamente limpa e com manutenção rotineira.
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Esta solução é economicamente mais vantajosa quando comparada com as outras
possíveis alternativas para solucionar o problema, quais sejam: realização de um
mapeamento detalhado da encosta seguido pelo atirantamento dos blocos identificados com
probabilidade de movimentação futura ou o retaludamento do maciço.
Desta forma, com o intuito de proteger a rodovia de possíveis deslizamentos do talude
superior, foi projetado um Muro de Impacto com altura livre de 2,5m e espessura de 0,3m,
que deverá ser executado no bordo da rodovia, no pé do talude existente.
Tendo em vista que não há espaço suficiente para sua implantação foi projetada uma
estrutura em concreto armado, com base de 0,8m voltada para a direção do maciço, de
forma a não interromper o tráfego da rodovia. A seção tipo apresentada na Figura 10 ilustra
esta estrutura.
Figura 10. Seção Típica do Muro de Impacto.
A fim de garantir a estabilidade desse muro quanto ao deslizamento e tombamento, foram
projetados reforços incorporados à sua estrutura, formados por estacas-raiz com diâmetro
de 0,31m e profundidade de 5m para substrato formado por solo, 2m para o caso de
fundação em rocha e, no caso de ocorrência de solo seguido de rocha, comprimento
variável com embutimento em rocha de 2m.
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Entre o muro projetado e a pista existente deverá ser mantida a sarjeta de concreto
existente atualmente na região.
O dimensionamento estrutural deste muro pode ser encontrado no Volume 3B, enquanto os
desenhos identificados como I-EST 01/02 e 02/02, ilustram a planta e detalhes do muro de
impacto em questão.
Vale ressaltar que é necessária a realização de limpeza periódica no tardoz do muro, de
forma a evitar acúmulo de material e sobrecarregamento da estrutura.
5.6.5 Projeto de Paisagismo
Em função da presença de material rochoso no local estudado, não foi prevista a execução
de revestimento vegetal, devido à baixa capacidade de retenção das gramas utilizadas em
obras rodoviárias.
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6. Projeto de Captação de Nascentes
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6. PROJETO DE CAPTAÇÃO DE NASCENTES
O conceito deste trabalho é manter a nascente ocorrente e localizada à altura do km
575+220, adequando as estruturas existentes.
O sistema conta com um enrocamento de pedras no local onde a água brota. Na sequência
a água desce por uma rampa íngreme, chegando num muro de ala com uma grade metálica
que retém as folhas e galhos, para que não haja obstrução das tubulações. A água
atravessa o muro em alvenaria estrutural por meio destas tubulações, descendo por outra
rampa, chegando finalmente há uma caixa em cota bem inferior que direciona as águas para
o outro lado da pista por meio de um bueiro duplo tubular de concreto.
Para possibilitar a elevação das estruturas em alvenaria, recomenda-se que seja feita a
demolição da fileira superior dos blocos de concreto, engastada a nova armadura e subida a
parede nova em alvenaria estruturada. Assim sendo, a futura estrutura deverá ter altura
suficiente para manter o sistema de drenagem atual, contendo ainda o aterro projetado.
As fotos a seguir ilustram o funcionamento atual deste sistema que sofrerá adaptação.
Foto 11 – Enrocamento de pedras por onde a água brota
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Foto 12 - Vista do muro de ala e da grade metálica que evita a obstrução das tubulações de água
Foto 13 - Vista do muro em alvenaria, das tubulações e da rampa que direciona a água para a caixa enterrada.
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Foto 14 – Vista frontal do muro em alvenaria, das tubulações e da rampa que direciona a água para a caixa enterrada.
Foto 15 – Vista da caixa enterrada por onde sai o bueiro duplo tubular de concreto que atravessa a BR-163.
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O croqui a seguir ilustra a solução proposta para a manutenção do funcionamento do
sistema existente e o detalhe dessa nova estrutura é apresentado no documento NAS-01/01
no Volume 2.
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Figura 11. Solução proposta para a captação de nascentes localizada à altura do
km 575+240 da BR-163.
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7. Projeto do Canteiro de Obras e do Acampamento do Pessoal
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7. PROJETO DO CANTEIRO DE OBRAS E DO ACAMPAMENTO DO PESSOAL
O canteiro de obras indicado neste trabalho está apresentado no Volume 2 – Projeto de
Execução, cujo número é CO-01/01.
Para a referida obra foi instalado um canteiro de obras principal nas proximidades do
munícipio de Nobres, à altura do km 561, como pode ser visto na Figura 12 adiante.
Prevê-se que este canteiro seja utilizado durante um prazo de cerca de 12 meses.
7.1 Canteiro de Obras Principal
As funções que o canteiro de obras deve desempenhar são as seguintes:
• Planejamento, coordenação, execução e controle técnico e administrativo da obra
(escritório);
• Abrigo de pessoal (alojamento, sanitários, alimentação);
• Abrigo de veículos, máquinas e equipamentos (oficina de manutenção, pátios e
galpões de estacionamento);
• Armazenamento de materiais de construção;
• A forma de organização física destas funções é muito variável, à medida do
andamento da obra e de conclusão de etapas.
Este canteiro, localizado a cerca de 13km do trecho inicial em estudo, possui as estruturas
do tipo, portaria, escritórios técnicos, de apoio e fiscalização, laboratório de
acompanhamento das obras de terra, ambulatório, sanitários e vestiários, refeitório e
cozinha, almoxarifado, oficina de manutenção de máquinas e equipamentos, área para
estocagem de materiais (pedra, areia, solo, etc.), estacionamento de veículos, etc.
Vale ressaltar que as instalações foram dimensionadas para o atendimento da demanda no
pico da obra.
Os custos de mobilização foram definidos de acordo com a relação de equipamentos
mínimos e da equipe que serão necessários para a execução da obra e estão apresentados
nos Volumes 3 e 4. A parcela de mobilização compreende as despesas para transportar,
desde sua origem até o canteiro de obras, os recursos humanos, bem como todos os
equipamentos e instalações necessárias à execução dos serviços. A distância da origem ao
canteiro foi arbitrada em 140 km, que se refere basicamente à distância aproximada à
capital Cuiabá.
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Figura 12. Localização do Canteiro de Obras Principal (fonte Google Earth –
setembro 2013)
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8. Localização das Fontes de Materiais
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8. LOCALIZAÇÃO DAS FONTES DE MATERIAIS
A localização das fontes dos materiais a serem utilizados nas obras de contenção desta
rodovia pode ser observada na retigráfica apresentada na Figura 13 adiante.
Figura 13. Localização das fontes de materiais
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9. Planilha de Quantidades
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9. PLANILHA DE QUANTIDADES
RODOVIA: BR-163/MT
INÍCIO: km 574
TÉRMINO: km 582
EXTENSÃO: 8,00 km
PNV: 163BMT0785 DATA BASE: NOV/16
UNITÁRIO TOTAL
1 TRECHO A
1.1 TERRAPLENAGEM
1.1.1 2 S 01 000 00 Desm. dest. limpeza áreas c/arv. diam. até 0,15 m DNIT 104/2009-ES m² 300,00
1.1.2 2 S 01 100 33 Esc. carga transp. mat 1ª cat DMT 3000 a 5000m c/e DNIT 106 e 107/2009-ES m³ 955,00
1.1.3 2 S 01 102 07 Esc. carga transp. mat 3a cat DMT 1000 a 1200m DNIT 106 e 107/2009-ES m³ 190,00
1.1.4 2 S 01 510 00 Compactação de aterros a 95% proctor normal DNIT 108/2009-ES m³ 795,00
1.1.5 2 S 01 513 01 Compactação de material de "bota-fora" DNIT 108/2009-ES m³ 60,00
1.1.6 2 S 09 002 91 Transporte comercial c/ basc. 10m3 rod. pav. tkm 16.850,00
1.2 OBRAS DE ARTE CORRENTE E DRENAGEM
1.2.1 2 S 03 323 50 Concr.estr.fck=15MPa-c.raz.uso ger.conf.lanç.AC/BC m³ 6,00
1.2.2 2 S 03 371 01 Forma de placa compensada resinada m² 75,00
1.2.3 2 S 03 580 01 Fornecimento, preparo e colocação formas aço CA 60 (Tela
metálica)
kg 190,00
1.2.4 2 S 04 002 01 Perfuração para dreno sub-horizontal mat. 1a cat. DNIT 017/2006-ES m 130,00
1.2.5 PN04 Perfuração para dreno mat. 3a cat DNIT 017/2006-ES m 520,00
1.2.6 2 S 04 400 54 Valeta prot.de cortes c/revest.concr.VPC 04 AC/BC DNIT 018/2006-ES m 63,00
1.2.7 2 S 04 520 51 Dreno sub-horizontal - DSH 01 DNIT 017/2006-ES m 650,00
1.2.8 2 S 04 900 51 Sarjeta triangular de concreto - STC 01 AC/BC DNIT 018/2006-ES m 130,00
1.2.9 1 A 00 002 05 Transporte local c/basc. 10m3 rod. pav. (const) tkm 644,76
1.2.10 1 A 00 002 40 Transporte local c/carroc 15t rodov. pav. tkm 100,16
1.3 CONTENÇÕES
1.3.1 2 S 05 302 02 Muro gabião cx 0,50 alt.8X10,ZN/AL+PVC D=2,4mm DNIT 103/2009-ES m³ 26,50
1.3.2 2 S 05 302 03 Muro gabião cx1,00 alt.8X10 ZN/AL+PVC D=2,4mm DNIT 103/2009-ES m³ 265,00
1.3.3 2 S 05 302 08 Gabião saco D=0,65m 8X10ZN/AL+PVC D=2,40mm DNIT 103/2009-ES m³ 45,00
1.3.4 83665 (SINAPI) Fornecimento e instalação de manta Bidim RT-14 m² 238,50
1.3.5 1 A 00 002 05 Transporte local c/basc. 10m3 rod. pav. (const) tkm 12.712,12
TOTAL CONTENÇÕES
1.4 PROTEÇÃO AMBIENTAL
1.4.1 2 S 05 100 00 Enleivamento DNIT 102/2009-ES m² 500,00
1.4.2 1 A 00 002 40 Transporte local c/carroc 15t rodov. pav. tkm 985,50
2 TRECHOS B+C
2.1 TERRAPLENAGEM
2.1.1 2 S 01 000 00 Desm. dest. limpeza áreas c/arv. diam. até 0,15 m DNIT 104/2009-ES m² 5.100,00
2.1.2 2 S 01 100 33 Esc. carga transp. mat 1ª cat DMT 3000 a 5000m c/e DNIT 106 e 107/2009-ES m³ 10.110,00
2.1.3 2 S 01 102 07 Esc. carga transp. mat 3a cat DMT 1000 a 1200m DNIT 106 e 107/2009-ES m³ 145,00
2.1.4 2 S 01 510 00 Compactação de aterros a 95% proctor normal DNIT 108/2009-ES m³ 8.425,00
2.1.5 2 S 01 513 01 Compactação de material de "bota-fora" DNIT 108/2009-ES m³ 1.020,00
2.1.6 2 S 09 002 91 Transporte comercial c/ basc. 10m3 rod. pav. tkm 169.241,40
2.2 OBRAS DE ARTE CORRENTE E DRENAGEM
2.2.1 2 S 04 002 01 Perfuração para dreno sub-horizontal mat. 1a cat. DNIT 017/2006-ES m 300,00
2.2.2 PN04 Perfuração para dreno mat. 3a cat DNIT 017/2006-ES m 1.200,00
2.2.3 2 S 04 400 54 Valeta prot.de cortes c/revest.concr.VPC 04 AC/BC DNIT 018/2006-ES m 733,00
2.2.4 2 S 04 520 51 Dreno sub-horizontal - DSH 01 DNIT 017/2006-ES m 1.500,00
2.2.5 2 S 04 900 51 Sarjeta triangular de concreto - STC 01 AC/BC DNIT 018/2006-ES m 318,00
2.2.6 1 A 00 002 05 Transporte local c/basc. 10m3 rod. pav. (const) tkm 4.285,73
2.2.7 1 A 00 002 40 Transporte local c/carroc 15t rodov. pav. tkm 460,57
2.3 CONTENÇÕES
2.3.1 PN16 Concreto estrutural usinado fck=25MPa, com bombeamento m³ 560,00
2.3.2 2 S 03 371 01 Forma de placa compensada resinada m² 2.662,00
2.3.3 2 S 03 404 01 Forn. e crav. estacas perfil met. I de 10" simples m 1.600,00
2.3.4 2 S 03 580 02 Fornecimento, preparo e colocação formas aço CA 50 kg 62.000,00
2.3.5 2 S 03 991 02 Dreno de PVC D=100 mm und 215,00
2.3.6 PN05 Perfuração em solo e instalação de Tirantes (espaçamento
2,0x2,0) 50 Toneladas; inclui fornecimento de barras,
fornecimento de injeção de calda de cimento, espaçadores,
cabeças de tirantes, protensão e ensaios de qualificação e
fluência
m 1.270,00
2.3.7 PN06 Perfuração em rocha e instalação de Tirantes (espaçamento
2,0x2,0) 50 Toneladas; inclui fornecimento de barras,
fornecimento de injeção de calda de cimento, espaçadores,
cabeças de tirantes, protensão e ensaios de qualificação e
fluência
m 5.072,00
2.3.8 PN15 Taxa de mobilização e instalação de equipamento para tirantes und 1,00
2.3.9 1 A 00 002 50 Transporte local c/betoneira rodov. pav tkm 28.627,20
2.3.10 1 A 00 002 40 Transporte local c/carroc 15t rodov. pav. tkm 2.208,06
PLANILHA DE PREÇOS UNITÁRIOS
ÍTEM CÓDIGO DESCRIÇÃO DMT ESPECIFICAÇÃO UNID. QUANT.PREÇO (R$)
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2.4 PROTEÇÃO AMBIENTAL
2.4.1 2 S 05 100 00 Enleivamento DNIT 102/2009-ES m² 7.000,00
2.4.2 PN11 Mudas arbustivas (fornecimento e plantio) und 855,00
2.4.3 1 A 00 002 40 Transporte local c/carroc 15t rodov. pav. tkm 13.419,00
2.5 INSTRUMENTAÇÃO
2.5.1 PN07 Fornecimento e instalação de indicadores de nível d’água m 80,00
2.5.2 PN08 Fornecimento e instalação de marcos superficiais und 17,00
2.5.3 PN09 Fornecimento e instalação de inclinômetros m 100,00
3 TRECHOS D+E
3.1 INSTRUMENTAÇÃO
3.1.1 PN08 Fornecimento e instalação de marcos superficiais und 18,00
3.1.2 PN09 Fornecimento e instalação de inclinômetros m 225,00
4 TRECHO F
4.1 TERRAPLENAGEM
4.1.1 2 S 01 000 00 Desm. dest. limpeza áreas c/arv. diam. até 0,15 m DNIT 104/2009-ES m² 3.925,00
4.1.2 2 S 01 100 33 Esc. carga transp. mat 1ª cat DMT 3000 a 5000m c/e DNIT 106 e 107/2009-ES m³ 8.570,00
4.1.3 2 S 01 102 07 Esc. carga transp. mat 3a cat DMT 1000 a 1200m DNIT 106 e 107/2009-ES m³ 1.090,00
4.1.4 2 S 01 510 00 Compactação de aterros a 95% proctor normal DNIT 108/2009-ES m³ 7.145,00
4.1.5 2 S 01 513 01 Compactação de material de "bota-fora" DNIT 108/2009-ES m³ 785,00
4.1.6 2 S 09 002 91 Transporte comercial c/ basc. 10m3 rod. pav. tkm 121.865,40
4.2 OBRAS DE ARTE CORRENTE E DRENAGEM
4.2.1 2 S 03 323 50 Concr.estr.fck=15MPa-c.raz.uso ger.conf.lanç.AC/BC m³ 8,00
4.2.2 2 S 03 371 01 Forma de placa compensada resinada m² 93,00
4.2.3 2 S 03 580 01 Fornecimento, preparo e colocação formas aço CA 60 (Tela
metálica)
kg 235,00
4.2.4 2 S 04 002 01 Perfuração para dreno sub-horizontal mat. 1a cat. DNIT 017/2006-ES m 200,00
4.2.5 PN04 Perfuração para dreno mat. 3a cat DNIT 017/2006-ES m 920,00
4.2.6 2 S 04 520 51 Dreno sub-horizontal - DSH 01 DNIT 017/2006-ES m 1.120,00
4.2.7 2 S 04 900 51 Sarjeta triangular de concreto - STC 01 AC/BC DNIT 018/2006-ES m 503,00
4.2.8 1 A 00 002 05 Transporte local c/basc. 10m3 rod. pav. (const) tkm 322,32
4.2.9 1 A 00 002 40 Transporte local c/carroc 15t rodov. pav. tkm 77,15
4.3 CONTENÇÕES
4.3.1 2 S 05 302 02 Muro gabião cx 0,50 alt.8X10,ZN/AL+PVC D=2,4mm DNIT 103/2009-ES m³ 215,00
4.3.2 2 S 05 302 03 Muro gabião cx1,00 alt.8X10 ZN/AL+PVC D=2,4mm DNIT 103/2009-ES m³ 2.150,00
4.3.3 2 S 05 302 08 Gabião saco D=0,65m 8X10ZN/AL+PVC D=2,40mm DNIT 103/2009-ES m³ 350,00
4.3.4 83665 (SINAPI) Fornecimento e instalação de manta Bidim RT-14 m² 1.935,00
4.3.5 1 A 00 002 05 Transporte local c/basc. 10m3 rod. pav. (const) tkm 93.199,16
4.4 PROTEÇÃO AMBIENTAL
4.4.1 2 S 05 100 00 Enleivamento DNIT 102/2009-ES m² 7.100,00
4.4.2 1 A 00 002 40 Transporte local c/carroc 15t rodov. pav. tkm 12.716,10
5 TRECHOS G+H
5.1 TERRAPLENAGEM
5.1.1 2 S 01 000 00 Desm. dest. limpeza áreas c/arv. diam. até 0,15 m DNIT 104/2009-ES m² 8.000,00
5.1.2 2 S 01 100 33 Esc. carga transp. mat 1ª cat DMT 3000 a 5000m c/e DNIT 106 e 107/2009-ES m³ 13.510,00
5.1.3 2 S 01 102 07 Esc. carga transp. mat 3a cat DMT 1000 a 1200m DNIT 106 e 107/2009-ES m³ 1.980,00
5.1.4 2 S 01 510 00 Compactação de aterros a 95% proctor normal DNIT 108/2009-ES m³ 11.260,00
5.1.5 2 S 01 513 01 Compactação de material de "bota-fora" DNIT 108/2009-ES m³ 1.600,00
5.1.6 2 S 09 002 91 Transporte comercial c/ basc. 10m3 rod. pav. tkm 179.960,00
5.2 OBRAS DE ARTE CORRENTE E DRENAGEM
5.2.1 2 S 03 323 50 Concr.estr.fck=15MPa-c.raz.uso ger.conf.lanç.AC/BC m³ 5,00
5.2.2 2 S 03 371 01 Forma de placa compensada resinada m² 55,00
5.2.3 2 S 03 580 01 Fornecimento, preparo e colocação formas aço CA 60 (Tela
metálica)
kg 140,00
5.2.4 2 S 04 002 01 Perfuração para dreno sub-horizontal mat. 1a cat. DNIT 017/2006-ES m 750,00
5.2.5 PN04 Perfuração para dreno mat. 3a cat DNIT 017/2006-ES m 3.100,00
5.2.6 2 S 04 400 54 Valeta prot.de cortes c/revest.concr.VPC 04 AC/BC DNIT 018/2006-ES m 786,00
5.2.7 2 S 04 520 51 Dreno sub-horizontal - DSH 01 DNIT 017/2006-ES m 3.850,00
5.2.8 2 S 04 900 51 Sarjeta triangular de concreto - STC 01 AC/BC DNIT 018/2006-ES m 838,00
5.2.9 1 A 00 002 05 Transporte local c/basc. 10m3 rod. pav. (const) tkm 4.359,48
5.2.10 1 A 00 002 40 Transporte local c/carroc 15t rodov. pav. tkm 463,01
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
5.3 CONTENÇÕES
5.3.1 PN16 Concreto estrutural usinado fck=25MPa, com bombeamento m³ 1.270,00
5.3.2 2 S 03 371 01 Forma de placa compensada resinada m² 6.042,00
5.3.3 2 S 03 404 01 Forn. e crav. estacas perfil met. I de 10" simples m 3.680,00
5.3.4 2 S 03 580 02 Fornecimento, preparo e colocação formas aço CA 50 kg 143.540,00
5.3.5 2 S 03 991 02 Dreno de PVC D=100 mm und 418,00
5.3.6 PN05 Perfuração em solo e instalação de Tirantes (espaçamento
2,0x2,0) 50 Toneladas; inclui fornecimento de barras,
fornecimento de injeção de calda de cimento, espaçadores,
cabeças de tirantes, protensão e ensaios de qualificação e
fluência
m 2.948,00
5.3.7 PN06 Perfuração em rocha e instalação de Tirantes (espaçamento
2,0x2,0) 50 Toneladas; inclui fornecimento de barras,
fornecimento de injeção de calda de cimento, espaçadores,
cabeças de tirantes, protensão e ensaios de qualificação e
fluência
m 11.790,00
5.3.8 1 A 00 002 50 Transporte local c/betoneira rodov. pav tkm 58.826,40
5.3.9 1 A 00 002 40 Transporte local c/carroc 15t rodov. pav. tkm 4.578,98
5.4 PROTEÇÃO AMBIENTAL
5.4.1 2 S 05 100 00 Enleivamento DNIT 102/2009-ES m² 15.000,00
5.4.2 PN11 Mudas arbustivas (fornecimento e plantio) und 2.970,00
5.4.3 1 A 00 002 40 Transporte local c/carroc 15t rodov. pav. tkm 26.055,00
5.5 INSTRUMENTAÇÃO
5.5.1 PN07 Fornecimento e instalação de indicadores de nível d’água m 140,00
5.5.2 PN08 Fornecimento e instalação de marcos superficiais und 20,00
5.5.3 PN09 Fornecimento e instalação de inclinômetros m 120,00
6 TRECHO I
6.1 TERRAPLENAGEM
6.1.1 2 S 01 100 33 Esc. carga transp. mat 1ª cat DMT 3000 a 5000m c/e DNIT 106 e 107/2009-ES m³ 290,00
6.1.2 2 S 01 102 07 Esc. carga transp. mat 3a cat DMT 1000 a 1200m DNIT 106 e 107/2009-ES m³ 725,00
6.1.3 2 S 01 510 00 Compactação de aterros a 95% proctor normal DNIT 108/2009-ES m³ 240,00
6.1.4 2 S 09 002 91 Transporte comercial c/ basc. 10m3 rod. pav. tkm 1.050,00
6.2 CONTENÇÕES
6.2.1 2 S 03 322 50 Concr.estr.fck=10MPa-c.raz.uso ger.conf.lanç.AC/BC m³ 50,00
6.2.2 PN16 Concreto estrutural usinado fck=25MPa, com bombeamento m³ 1.340,00
6.2.3 2 S 03 371 01 Forma de placa compensada resinada m² 6.025,00
6.2.4 2 S 03 580 02 Fornecimento, preparo e colocação formas aço CA 50 kg 161.000,00
6.2.5 PN01 Execução de estaca raiz em solo, DN=310 m 600,00
6.2.6 PN02 Execução de estaca raiz em rocha, DN=310 m 1.630,00
6.2.7 PN03 Taxa de instalação de equipamento de estaca raiz und 1,00
6.2.8 1 A 00 002 05 Transporte local c/basc. 10m3 rod. pav. (const) tkm 2.292,06
6.2.9 1 A 00 002 50 Transporte local c/betoneira rodov. pav tkm 73.003,20
6.2.10 1 A 00 002 40 Transporte local c/carroc 15t rodov. pav. tkm 2.354,33
7 CONTROLE DE NASCENTES
7.1 OBRAS DE ARTE CORRENTE E DRENAGEM
7.1.1 PN16 Concreto estrutural usinado fck=25MPa, com bombeamento m³ 15,00
7.1.2 2 S 03 580 02 Fornecimento, preparo e colocação formas aço CA 50 kg 1.740,00
7.1.3 2 S 03 991 02 Dreno de PVC D=100 mm und 32,00
7.1.4 SINAPI Alvenaria de blocos de concreto estrutural 14x19x39 m² 115,00
7.1.5 5 S 04 999 08 Demolição de dispositivos de concreto armado DNIT 027/2004-ES m³ 2,00
8 SERVIÇOS COMPLEMENTARES
8.1 INSTRUMENTAÇÃO
8.1.1 PN10 Monitoramento geotécnico rotineiro mês 6,00
8.2 SERVIÇOS PRELIMINARES
8.2.1 PN12 Sondagem rotativa rocha alt. 114,3mm (Hx) m 600,00
8.2.2 PN13 Taxa fixa instalação rotativa por furo und 30,00
8.2.3 PN14 Mobilização de equipamento de sondagem rotativa und 1,00
9 MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO
9.1 MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO
9.1.1 NC-MOB Custo de mobilização e desmobilização und 1,00
10 CANTEIRO DE OBRAS
10.1 CANTEIRO DE OBRA
10.1.1 NC-CANT Instalação e manutenção de canteiro de obras e acampamentos und 1,00
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10. Plano de Execução de Obras
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10. PLANO DE EXECUÇÃO DE OBRAS
Os trechos onde serão executadas as obras estão situados em locais relativamente de fácil
acesso, podendo ser inicialmente acessados por meio da própria rodovia BR-163/MT.
Será importante contar com sinalização eficaz, bem como os cuidados que devem ser
tomados pelas partes, usuários da rodovia, operadores de equipamentos da obra e
operários.
Vale salientar que poderão ocorrer reduções de produtividade, decorrentes do período de
chuvas (dezembro a março). As condições de tráfego na rodovia e nas vias necessárias à
busca dos materiais que serão utilizados nas obras encontram-se em plenas condições de
utilização.
10.1 Cronograma Físico – Financeiro
10.1.1 Sem Desoneração
100,00%
570.416,80
13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 3,00% 3,00% 3,00%
136.851,66 136.851,66 136.851,66 136.851,66 136.851,66 136.851,66 136.851,66 31.581,15 31.581,15 31.581,15
30,00% 30,00% 10,00% 10,00% 10,00% 10,00%
898.683,03 898.683,03 299.561,01 299.561,01 299.561,01 299.561,01
16,00% 16,00% 16,00% 16,00% 16,00% 2,50% 2,50% 5,00% 5,00% 5,00%
4.024.216,57 4.024.216,57 4.024.216,57 4.024.216,57 4.024.216,57 628.783,84 628.783,84 1.257.567,68 1.257.567,68 1.257.567,68
100,00%
367.934,73
39,92% 39,92% 3,36% 3,36% 3,36% 3,36% 3,36% 3,36%
458.118,09 458.118,09 38.551,08 38.551,08 38.551,08 38.551,08 38.551,08 38.551,08
74,68% 2,30% 2,30% 2,30% 2,30% 2,30% 2,30% 2,30% 2,30% 2,30% 2,30% 2,30%
281.740,93 8.685,55 8.685,55 8.685,55 8.685,55 8.685,55 8.685,55 8.685,55 8.685,55 8.685,55 8.685,55 8.685,55
5,53% 17,45% 14,62% 13,29% 13,29% 13,29% 2,57% 3,51% 5,17% 5,05% 5,05% 1,19%
1.750.840,76 5.526.554,90 4.627.871,87 4.208.304,86 4.208.304,86 4.208.304,86 812.872,13 1.112.433,14 1.635.946,47 1.597.395,39 1.597.395,39 376.620,28
11º Mês 12º Mês
1.147.542,65
377.281,99
6º Mês 7º Mês 8º Mês 9º Mês 10º Mês1º Mês 2º Mês 3º Mês 4º Mês 5º Mês
31.662.844,93
570.416,80
1.052.705,07
2.995.610,11
25.151.353,57
367.934,73
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO DAS OBRAS
Serviços Preliminares
AtividadesPreço do
Serviço
TOTAL
Terraplenagem
Obras de Artes Correntes e Drenagem
Contenções
Canteiro de Obras e Mobilização/Desmobilização
Proteção Ambiental
Instrumentação
RODOVIA: BR-163/MT
INÍCIO: km574
TÉRMINO: km582
EXTENSÃO: 8,00 km
PNV: 163BMT0785
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10.1.2 Com Desoneração
100,00%
601.367,10
13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 3,00% 3,00% 3,00%
140.011,59 140.011,59 140.011,59 140.011,59 140.011,59 140.011,59 140.011,59 32.310,37 32.310,37 32.310,37
30,00% 30,00% 10,00% 10,00% 10,00% 10,00%
911.775,24 911.775,24 303.925,08 303.925,08 303.925,08 303.925,08
16,00% 16,00% 16,00% 16,00% 16,00% 2,50% 2,50% 5,00% 5,00% 5,00%
4.169.264,08 4.169.264,08 4.169.264,08 4.169.264,08 4.169.264,08 651.447,51 651.447,51 1.302.895,02 1.302.895,02 1.302.895,02
100,00%
355.460,22
40,44% 40,44% 3,19% 3,19% 3,19% 3,19% 3,19% 3,19%
489.248,58 489.248,58 38.551,08 38.551,08 38.551,08 38.551,08 38.551,08 38.551,08
75,34% 2,24% 2,24% 2,24% 2,24% 2,24% 2,24% 2,24% 2,24% 2,24% 2,24% 2,24%
291.836,83 8.685,55 8.685,55 8.685,55 8.685,55 8.685,55 8.685,55 8.685,55 8.685,55 8.685,55 8.685,55 8.685,55
5,52% 17,47% 14,69% 13,31% 13,31% 13,31% 2,56% 3,49% 5,15% 5,03% 5,03% 1,11%
1.804.979,17 5.718.985,04 4.807.209,80 4.356.512,30 4.356.512,30 4.356.512,30 838.695,73 1.142.620,81 1.686.367,10 1.647.816,02 1.647.816,02 364.145,77
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO DAS OBRAS
Serviços Preliminares
AtividadesPreço do
Serviço
TOTAL
Terraplenagem
Obras de Artes Correntes e Drenagem
Contenções
Canteiro de Obras e Mobilização/Desmobilização
Proteção Ambiental
Instrumentação
RODOVIA: BR-163/MT
INÍCIO: km574
TÉRMINO: km582
EXTENSÃO: 8,00 km
PNV: 163BMT0785
32.728.172,35
601.367,10
1.077.012,20
3.039.250,81
26.057.900,49
355.460,22
11º Mês 12º Mês
1.209.803,64
387.377,89
6º Mês 7º Mês 8º Mês 9º Mês 10º Mês1º Mês 2º Mês 3º Mês 4º Mês 5º Mês
10.2 Relação de Pessoal Técnico
A Tabela 3 apresentada a seguir mostra a relação de pessoal que irá trabalhar nas obras
projetadas.
Tabela 3. Relação de Pessoal Técnico
Categoria Função
Coordenador Geral Condução Geral doa Obra - Entendimento
com o Órgão
Engenheiro Sênior Coordenação da Supervisão Campo
Engenheiro Pleno Condução da Supervisão de Campo
Engenheiro Júnior Coordenação dos Encarregados Setoriais
Auxiliar de Engenheiro Acompanhamento das Obras
Chefe de Escritório Responsável pela Rotina Administrativa
Auxiliar de Escritório/Campo/Motorista Serviços Auxiliares Gerais
Encarregado Condução da Obra
Secretária Serviços de Secretaria
Serventes Serviços de Limpeza
Vigia Segurança
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
10.3 Equipamentos Mínimos Necessários
Para a execução das obras previstas deverão ser utilizados pelo menos os equipamentos
listados na Tabela 4 adiante.
Tabela 4. Relação de Equipamentos
Descrição
Trator de Esteiras : Caterpillar : D8T - com lâmina
Escavadeira Hidráulica : Caterpillar : 336DL - com esteira
Carregadeira de Pneus : Caterpillar : 950H - 3,3 m3
Compressor de Ar : Atlas Copco : XAS 360 CUD - 762 PCM
Martelete : Atlas Copco : RH658-6L - perfuratriz manual
Perfuratriz sobre Esteiras : Atlas Copco : ROC 442PC - Crawler Drill
Motoniveladora : Caterpillar : 120K
Trator Agrícola : Massey Ferguson : MF 4291/4 449A
Rolo Compactador : Dynapac : CA-250-P - pé de carneiro autop. 11,25t vibrat
Grade de Discos : Marchesan : - GA 24 x 24
Grade de Discos : Marchesan : - GA 24 x 24
Tripé-Sonda : Maquesonda : MACH 850 - Tripé-Sonda com motor
Máquina Manual : Bosch : GBS 20-2 - furadeira elétrica de Impacto
Transportador Manual : AJS : - carrinho de mão 80 l
Vibrador de Concreto : diversos : VIP-MT2 - de imersão
Grupo Gerador : Heimer : GEHMI-40 - 32,0 KVA
Máquina de Bancada : Maksiwa : SCMA - serra circular de 12"
Grupo Gerador : Pramac : BL 6500 E - Manual/eletrico
Bate-Estacas : Magam : IM -1450 PM/E - de gravidade p/ 3.500 a 4000 kg
Equip. para Solda : Max Bantam : Bantam 250 Serralheiro - transformador solda elétr. 250 amp Martelete : Bosch : GBH 5-40 DCE - perfurador/ rompedor elétrico
Central de concreto - Dosador e Misturador
Caminhão Basculante : Mercedes Benz : ATEGO 1518/36 - 5 m3 - 8,8 t
Caminhão Basculante : Mercedes Benz : LK 1620 - 6 m3 - 10,5 t
Caminhão Basculante : Mercedes Benz : 2726 K - 10 m3 -15 t
Caminhão Tanque : Mercedes Benz : ATEGO 1418/42 - 6.000 l
Caminhão Tanque : Mercedes Benz : 2726 K - 10.000 l
Caminhão Basculante : Volvo : FMX 6X4R - 40 t
Veículo Leve : Chevrolet : S10 - pick up (4X4)
Caminhão Carroceria : Mercedes Benz : ATEGO 1418/42 - fixa 9 t
Caminhão Carroceria : Mercedes Benz : L 1620/51 - c/ guindauto 6 t x m
Caminhão Basculante : Mercedes Benz : 2726 - para rocha 18 t (*) Os equipamentos listados aqui poderão sofrer substituição para adequação
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
10.4 Plano de Ataque
Para a execução das obras dos pontos indicado no projeto, o plano de ataque básico deve
estar em função da demanda de serviços e frente de trabalho.
As principais frentes de trabalho são constituídas pelas seguintes equipes de trabalho:
• Equipe de terraplenagem;
• Equipe de fornecimento de material;
• Equipe de execução de gabiões e instalação de mantas;
• Equipe de execução de perfurações, injeções e adiantamento;
• Equipe de execução de concreto projetado;
• Equipe de execução de formas de madeira e escoras;
• Equipe de armação de aço;
• Equipe de produção e lançamento de concreto estrutural;
• Equipe de execução de estacas; e
• Equipe de execução do sistema de drenagem.
O plano de ataque foi desenvolvido em função dos tipos de demanda de obra e da
distribuição destas equipes.
10.4.1 Execução de Muro de Gabião
Para a execução da obra dos trechos A e F, assim como as demais inicialmente prepara-se
a sinalização temporária para a redução de velocidade no trecho de abrangência do
problema. Uma vez instalada a sinalização provisória, iniciam-se as escavações laterais
segundo as coordenadas estabelecidas na prancha de escavação do projeto. Estas
escavações devem ser executadas em uma extensão máxima de 10m para evitar que
ocorra ruptura geral do talude. A escavação contempla a remoção de solo do talude
existente e também a cava que formará a chave granular na base do muro.
Finalizando uma etapa de escavação, realiza-se o preenchimento desta com pedra do
britador primário (rachão). Em seguida, executa-se uma base de regularização de brita 2
para assentar o muro de gabiões. Os gabiões seguem um plano de montagem modular
estabelecido. No contato do material de reaterro com o solo local, executa-se um dreno tipo
francês de areia ou pedrisco concomitante com a compactação do reaterro; na proximidade
do centro da ruptura serão instalados Drenos Horizontais Profundos para captação das
águas de subsuperfície.
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Ao término da execução da terraplanagem e do aterro, implanta-se uma rede de drenagens
superficiais contemplando valas de proteção, sarjetas, descidas em degraus e rápidas, bem
como os dissipadores de energia.
O acabamento final desta obra é concebido na execução do revestimento com a aplicação
de mantas biotêxteis, aplicação de hidrossemeadura.
10.4.2 Execução de Cortina Atirantada
A execução da cortina inicia com escavação e, posteriormente, com locação topográfica do
eixo do projeto, construção de gabaritos com cota definida, materialização das estacas
através da fixação de piquetes e testemunhos.
Sua implantação consiste no seguinte:
• Perfuração e concretagem das estacas;
• Execução da base do muro;
• Ciclo de armação, concretagem, aterro;
• Perfuração dos tirantes, colocação dos tirantes e injeção da calda de cimento;
• Perfuração dos drenos e colocação dos drenos;
• Concluída a primeira linha de tirante, o ciclo continua para as demais linhas.
Após todo o muro concluído, e o prazo de resistência da injeção e concreto atingidos,
inicia-se o atirantamento.
Ao final da execução da cortina, devem ser implantadas as obras complementares e
dispositivos de drenagem e sinalização definitiva, sendo em seguida o trecho liberado ao
tráfego.
10.4.3 Execução de Muro de Impacto
Instalada a sinalização provisória, iniciam-se as escavações. Na sequência, são executadas
as perfurações para implantação das estacas brocas até as profundidades previstas em
projeto. Após atingida a profundidade requerida, é necessário limpar o fundo da perfuração
completamente, tirando resquícios de terra e qualquer tipo de lama ou água que estejam no
fundo. Posteriormente à limpeza, despeja-se o concreto com ajuda de um funil. Após a
concretagem do vão, prolonga-se armadura até o bloco de coroamento. Inicia-se a
execução da sapata apoiada nas estacas, a escavação para abertura da vala, o apiloamento
do fundo, o lastro de concreto magro com a espessura definida em projeto, começa a
montagem de forma e concretagem com concreto armado.
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10.4.4 Execução de Sondagem Rotativa
Sondagem rotativa é um método de investigação que consiste no uso de um conjunto moto-
mecanizado, projetado para a obtenção de amostras de materiais rochosos, contínuas e
com formato cilíndrico, através de ação perfurante dada basicamente por forças de
penetração e rotação que, conjugadas, atuam com poder cortante.
As sondagens rotativas deverão ser realizadas conforme a necessidade de investigação
durante a execução das fundações e dos tirantes. Foram previstos 30 furos de sondagens
novos com 20,0m cada. A Sondagem deve ser iniciada somente após a limpeza de uma
área que permita o desenvolvimento de todas as operações sem obstáculos. Deverá ser
executado um sulco ao seu redor de forma a desviar as águas de enxurrada, no caso de
chuva. Deverão ser empregados todos os recursos das sondagens rotativas de maneira a
assegurar uma perfeita recuperação de todos os materiais atravessados.
10.4.5 Instrumentação e Monitoramento
Este item trata das ações destinadas a monitorar a estabilidade dos taludes, com a
finalidade de monitorar as possíveis deformações ocorrentes no maciço em estudo foi
projetado um Sistema de Monitoramento, composto por Marcos Superficiais, identificados
como MS-1001 a MS-1017, Indicadores de Nível D’ Água, denominados de INA-1001 a
INA-1004 e Inclinômetros, INCL-1001 a INCL-1005.
Após a implantação destes instrumentos deverá ser realizado um trabalho de
Acompanhamento Geotécnico Rotineiro, sendo estimado que o monitoramento seja
realizado por uma equipe durante 6 (seis) meses, quando serão definidos os critérios de
leitura dos instrumentos, frequência e procedimentos a serem adotados e seguidos a partir
dos resultados encontrados nas leituras realizadas. Seguir a implantação dos instrumentos
conforme o projeto no Volume 2.
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10.4.6 Plano de monitoramento
Será realizado um monitoramento semanal das inclinações e demais instrumentações,
podendo a frequência ser alterada com a concordância da fiscalização. Com a
instrumentação sendo monitorada, além de identificar a posição real da superfície de ruptura
e determinação de níveis freáticos críticos, tem-se em mãos um plano de controle e alerta
durante a construção das obras. A equipe mínima é composta por 01 técnico de campo e 1
auxiliar, devendo os resultados do monitoramento serem avaliados e liberados por
profissional especialista em geotecnia, devendo apresentar laudos mensais com os
resultados do monitoramento. À critério da fiscalização, a locação inicial dos equipamentos
poderá ser alterada para melhor acompanhamento dos trabalhos.
Uma vez implementado esta instrumentação faz-se as leituras de referência e paralelamente
elabora-se um “manual de procedimentos e interpretações” das leituras posteriores.
A seguir, apresenta-se as especificações gerais para a instalação destes instrumentos.
Especificações gerais para a instrumentação
Objetivo
Definir os critérios que orientem a execução, aceitação e medição dos serviços afins ao
sistema de instrumentação geotécnica.
Instrumentação:
Conjunto de dispositivos destinados à medir e registrar deslocamentos, deformações e
pressões de água, de solo ou de outros elementos associados às obras.
Marcos superficiais:
Consiste basicamente em um pino metálico, formado por uma haste de aço com
diâmetro de 25mm e 25 cm de comprimento com cabeça esférica de 25mm de diâmetro,
instalada em um bloco cúbico de concreto com aresta de 0,5m.
Uma vez que o pino metálico consiste na referência sobre a qual serão posicionadas a
mira e a régua para nivelamento, colimação e poligonação do medidor de deslocamentos
superficiais, este é executado de modo que o pino metálico fique centralizado na área do
topo do bloco de concreto. Para instalação de um medidor de deslocamentos superficiais,
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executa-se uma trincheira trapezoidal a partir da superfície, com base inferior quadrada de
0,6m de lado, 0,55m de profundidade. Executa-se uma camada de regularização da
superfície do fundo da trincheira de espessura de 5cm feita com argamassa.
Executa-se o bloco de concreto contido por forma lateral e posiciona-se o pino
metálico no centro do topo do bloco de concreto de modo que o topo espera fique 3cm
acima do topo do bloco. Por ocorrência de movimentos de equipamentos de terraplenagem
e/ou ocorrência de trânsito próximo ao instrumento, a caixa de proteção deverá ser cercada
por uma grade de proteção bem visível à distância, tanto de noite como de dia
Figura 14 – Marco superficial
Inclinômetro:
O inclinômetro é um instrumento desenvolvido para medir deslocamentos normais ao eixo
de um tubo inserido em um furo de sondagem, dessa forma podem medir deslocamentos
tanto verticais como horizontais, porém é mais utilizado para medir deslocamentos
horizontais. O equipamento consiste de um conjunto de segmentos de tubos de plástico
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reforçado com fibras de vidro (PRFV) ou de alumínio, montados através de luvas
telescópicas em posição vertical. Tais tubos possuem dois pares de ranhuras,
diametralmente opostas, que servem de guia para a sonda. Após a instalação dos tubos, a
sonda é descida até a base do inclinômetro, e são feitas medidas iniciais do alinhamento do
tubo, à medida que a sonda é erguida. As diferenças entre as leituras iniciais e uma série de
leituras, realizada subseqüentemente, definem qualquer mudança no alinhamento. A base
do tubo deve ser instalada em uma camada rígida, mantendo-se fixa. As diferenças de
alinhamento medidas permitem o cálculo de deformação horizontal absoluta em qualquer
ponto ao longo do tubo.
Os inclinômetros determinam duas componentes ortogonais dos deslocamentos
horizontais, o que permite combiná-las vetorialmente para avaliar o deslocamento em uma
direção diferente daquelas das ranhuras.
Os tubos dos inclinômetros podem ter diâmetro de 70mm ou de 85mm. Na aplicação em
solos moles, contudo, é exigido o diâmetro maior, ou seja, de 85mm. Com tal diâmetro, as
perfurações devem ser maiores do que 4”.
A perfuração pode ser realizada com qualquer técnica, podendo ser empregada a
circulação e lavagem à semelhança do ensaio SPT, apenas com diâmetro maior. Também
neste caso, o uso de lama tixotrópica é aceito para dar estabilidade à perfuração. A
profundidade da perfuração deve ser suficiente para garantir o embutimento de pelo menos
4 metros em material indeformável, ou seja, com NSPT maior do que 12 golpes.
Se for de preferência do construtor, a ancoragem da camisa pode ser feita com dispositivos
metálicos (âncoras de expansão) desde que sejam aqueles fornecidos pelo fabricante da
camisa. Também é aceito que o couli seja injetado previamente à introdução da camisa,
desde que sejam tomados cuidados com centralização e flutuação.
Após a instalação da camisa, uma caixa de proteção deve ser construída no topo do terreno.
Todos esses procedimentos devem ser realizados antes da terraplenagem, pois os
inclinômetro são posicionados no off-set dos aterros.
Também antes das operações de terraplenagem, uma leitura inicial deve ser realizada para
estabelecer a referência para os deslocamentos. As leituras deverão ser realizadas durante
as atividades de terraplenagem a cada lançamento de camadas de aterro.
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Figura 15 - Sequência construtiva da instalação da camisa do inclinômetro.
(a) (b)
Figura 1.3 – Inclinômetro: (a) camisa de PRFV com ranhuras; (b) sonda e unidade de leitura.
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Indicadores de nivel d´ água
A instalação do medidor de nível d’água se assemelha bastante com a instalação do
piezômetro. No medidor também realiza-se, antes de partir para a instalação, as ranhuras e
as colocações das conexões e do geotêxtil. As ranhuras, entretanto, devem ser realizadas
ao longo de quase toda a extensão do cano PVC, deixando apenas a parte superior sem
ranhuras. Essa diferença fará com que o medidor identifique, no caso de existência de mais
de um aqüífero, o nível d’água localizado mais acima (mais próximo à superfície).
Figura 16 – Indicador de nível d´água.
Critério de aceitação e pagamento dos serviços
Os serviços de monitoramento serão pagos através da apresentação dos relatórios mensais
que deverão ser anexados ao processo de medição após aprovação do mesmo pela
fiscalização.
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10.4.7 Controle de Nascentes
Para manter a nascente ocorrente e localizada à altura do km 575+220, foi proposta a
adequação da estrutura existente. A primeira etapa é a demolição da fileira superior dos
blocos de concreto, engastada à nova armadura e alteada a parede nova em alvenaria
estruturada. Essa nova estrutura deverá ter altura suficiente para manter o sistema de
drenagem, contendo ainda o aterro projetado.
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11. Equipe Técnica
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11. EQUIPE TÉCNICA
Os serviços acima descritos foram executados dentro das normas vigentes e com
proficiência técnica, cumprindo os prazos estabelecidos em contrato. Fizeram parte da
equipe técnica os profissionais listados adiante, cujas Anotações de Responsabilidade
Técnica (ARTs) estão apresentadas no Item 11 – Anexos.
Registro
RNP
Registro
CREA Profissional Responsável Atividades Desenvolvidas
1700750933 CREA-PR
PR023992
Engº Alexandre Zamberlan Responsável Técnico
2603006193 CREA-SP
0600673355
Engº Roberto Nogueira Coordenação e Gestão do Projeto / Estudos e
Projetos Geotécnicos e de Contenções
2603006444 CREA-SP
0600773816
Engª Maria Celina N. G.
Nogueira
Projetos Geotécnicos e de Contenções / Projeto do
Sistema Viário, contemplando Geometria,
Pavimentação e Drenagem
2603024590 CREA-SP
0601107713
Engº Antonio Camilo
Noronha Grassi
Estudos Ambientais e Paisagismo.
2602186775 CREA-SP
5061074970
Engª Giovana Vivolo Aun Projetos Geotécnicos e de Contenções / Projeto do
Sistema Viário, contemplando Geometria,
Pavimentação e Drenagem
2601923954 CREA-SP
5062114803
Engª Estela Grassi
Nogueira
Projetos Geotécnicos e de Contenções / Projeto do
Sistema Viário, contemplando Geometria,
Pavimentação e Drenagem
2611871086 CREA-SP
5068938930
Engª Bianca Grassi
Nogueira
Planilhas de Quantidades e Elaboração do
Orçamento de Obra
1205419918 CREA-MT
MT016971
Engº Maykel Hudson Brito
Brandolis
Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamento
2604984709 CREA-SP
SP1830944
Geólogo Daisaku
Takahashi
Geólogo Responsável
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12. Anexos
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12. ANEXOS
A seguir são apresentados os seguintes anexos:
Anexo I – ARTs da Equipe Técnica.
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Anexo I – ARTs da Equipe Técnica
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
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Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo
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13. TERMO DE ENCERRAMENTO
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13. TERMO DE ENCERRAMENTO
Este Volume 1 – Relatório do Projeto Executivo, referente ao Contrato: nº 11 00465/2015
para a Execução de Obras Emergenciais de Contenção de Deslizamentos - Serra da Caixa
Furada, possui 85 folhas numeradas em ordem sequencial crescente.
São Paulo, setembro de 2015
Alexandre Zamberlan
Responsável Técnico
CREA: RNP 1700750933
Castellar Engenharia Ltda.
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