revisÃo bibliogrÁfica sobre alcaÇuz, jucÁ e polÍgala centro universitário plínio leite curso...
Post on 07-Apr-2016
220 Views
Preview:
TRANSCRIPT
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE ALCAÇUZ, JUCÁ E POLÍGALA
Centro Universitário Plínio LeiteCurso de Graduação em Farmácia
Disciplina: Farmacognosia IIProf.: Verônica Rodrigues
Aluno: Márcio Gaira Moura
INTRODUÇÃO Pesquisa com plantas medicinais visa fornecer
subsídios para a prática de uma fitoterapia racional, através do uso de medicamentos fitoterápicos de qualidade e com eficácia e segurança comprovada.
65 a 80 % da população mundial, vive em países em desenvolvimento, dependente essencialmente de plantas medicinais para o tratamento das enfermidades.
OBJETIVO É fazer uma revisão bibliográfica das espécies
Glycyrrhiza glabra (alcaçuz), Caesalpinia ferrea Mart. (jucá) e Polygala senega L. (polígala) abordando seus aspectos botânicos, químicos, farmacológicos e toxicológicos.
ALCAÇUZ Glycyrrhiza glabra é uma Leguminosa herbácea.
Droga vegetal: raíz.
Nativa da Europa meridional, Ásia ocidental, Tunísia e Argélia.
Fig. 1 – Alcaçuz.
Características Macroscópicas Raízes longas, cilíndricas, de grossura próxima de 1
cm, flexíveis; casca relativamente espessa superfície externa cinzento-escura e rugosa no sentido longitudinal.
Lenho amarelo mais escurecido, duro e fibroso.
Sabor adocicado.
Fig. 2 – Raiz do alcaçuz.
Características Microscópicas Cortiça pouco desenvolvida, feloderme, zona
estreita, colenquimatosa, cristais de oxalato de cálcio, parênquima cortical constituído por células poligonais cheias de grãos de amido.
Fig. 3 – Cortes histológicos do alcaçuz.
Composição Química Saponina triterpênica glicirrizina ou ácido
glicirrízico.
Essa saponina apresenta sabor cerca de 50 vezes maior que a sacarose.
Fig. 4 – Molécula de glicirrizina.
Farmacologia Ação antiinflamatória.
Cicatrização de úlceras.
atividade antiviral.
Expectorante, laxante, diurético.
Calmante contra afecções brônquicas e pulmonares.
Toxicologia Consumo excessivo pode provocar
pseudoaldosteronismo (retenção de sódio, cloro e água, edema, hipertensão arterial e ocasionalmente mioglobinúria).
JUCÁ Caesalpinia ferrea Martius é uma árvore de grande
porte com origem no Brasil, nativa da Mata Atlântica na encosta pluvial do Atlântico.
Droga vegetal: cascas, sementes, folhas e raízes.
Fig. 5 – Jucá ou Pau-ferro.
Características Macroscópicas Porte: de 12 até 28 metros.
Folhas: pequenas e delicadas.
Frutificação: o fruto é uma vagem extremamente dura e resistente.
Fig. 6 - Fruto; e 7 - Flores do Jucá.
Características Microscópicas Cerne enegrecido, de aspecto fibroso atenuado.
Parênquima aliforme confluente.
Fig. 8 – Corte histológico do jucá.
Composição Química Ácido gálico e metil galato.
Sementes apresenta em média 3,46 % de cinzas, 8,09 % de proteínas, 7,80 % de amido e 3,30 % de óleo.
Fig. 9 – Ácido Gálico.
Farmacologia Tratamento de problemas hepáticos, respiratórios,
distúrbios gastrintestinais e como cicatrizante.
Toxicologia Não foi observado atividade tóxica.
POLÍGALA Polygala senega L. conhecida como sénega, polígala
da Virgínia ou, somente polígala.
Nativa dos E.U.A. e do Canadá.
Droga vegetal: raízes.
Fig. 10 – flor da polígala. Fig. 11 – Polígala.
Características Macroscópicas Raiz axial e fusiforme, um pouco tortuosa, às vezes
ramificada ou bifurcada.
Lateralmente a raiz apresenta um apêndice em forma de quilha.
Fig. 12 – Raíz da polígala.
Características Microscópicas Súber de 2 a 6 camadas de células pardo-
amareladas claras, alongadas tangencialmente, com paredes finas.
O câmbio forma um anel contínuo, produzindo tecidos de crescimento secundário anômalo.
Composição Química Contém cerca de 10% de uma mistura de saponinas
triterpênicas, as seneginas.
Fig. 13 – Molécula de senegina.
Farmacologia Expectorante nas bronquites (asma).
Propriedades diuréticas.
Toxicologia Não há descrição na literatura.
CONCLUSÃO O Brasil ainda possui poucas pesquisas no que
se refere à fitoterapia de uma forma geral.
As autoridades devem incentivar cada vez mais experimentos com plantas medicinais, para descoberta de novas substâncias farmacológicamente ativas e desenvolver um contínuo trabalho de conscientização da população sobre o uso racional dessas plantas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 3DMET, Disponível em: < http://www.3dmet.dna.affrc.go.jp/bin2/show_data.e?acc=B02580 > Acesso em:
29 jun. 2010. Alcaçuz Nacional, pdf, Disponível em: < http://www.opcaofenix.com.br/v02/util/arquivos/literaturas/Alcacuz
%20Nacional.pdf > Acesso em: 29 jun. 2010. A Química do Vinho, Disponível em: < http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/vinho/enologia2.html >
Acesso em: 29 jun. 2010.
BIBLIOTECA DIGITAL DE LA UNIVERSIDAD DE CHILE, Disponível em: < http://mazinger.sisib.uchile.cl/repositorio/ap/ciencias_quimicas_y_farmaceuticas/apbot-farm2c/evanswc01/28a.html > Acesso em: 29 jun. 2010.
Chá e Cia, Disponível em: < http://www.chaecia.com.br/loja/produto-111058-1303-pauferro__caesalpinia_ferrea__martins_100_grm > Acesso em: 29 jun. 2010.
Comissão Permanente de Revisão da Farmacopéia Brasileira. FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4 ed., Parte II, Fascículo 4, São Paulo: Atheneu, 2003.
top related