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Revista do Comité Olímpico de Portugal
Publicação Bimestral - Maio/Junho de 2005 - Nº 115 - PUBLICAÇÃO GRATUITA
1500 em
Rio Maior
21 medalhas
na Tailândia
72 competem
em Itália
Selo português
ganha medalha de ouro
PRÉMIO OLYMPIA 2004
JOVENS EM GRANDE ACTIVIDADE
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4 MEDALHA
A mais improvável, mas
simultaneamente a mais hon-
rosa, medalha de ouro olímpi-
ca foi atribuída a Portugal.
Mais propriamente ao selo
comemorativo dos Jogos de
Atenas emitido no ano pas-
sado pelos C.T.T., como é da
tradição. Um antigo atleta
de Moniz Pereira desenhou o
selo que venceu o Prix
Olympia 2004
7 DIA OLÍMPICO
Já é uma tradição: no fim-de-
semana de 17 a 19 de
Junho, Rio Maior foi uma
capital olímpica, reunindo
cerca de 1500 jovens atletas
de 22 Federações nas come-
morações do Dia Olímpico de
2005. O maior sucesso de
sempre e um grande estímulo
para organizações futuras
40 MAIS 5
O Projecto Pequim-2008 vai
engrossando paulatinamente. Nos
últimos dois meses foram cinco os
atletas que conseguiram entrar no
grupo dos pré-olímpicos, mas até ao
final do Verão deve aumentar signi-
ficativamente.
36 SUCESSO
16 jovens atletas de cinco modali-
dades foram a Banguecoque partici-
par no primeiro Festival da
Juventude Ásia-Europa e trouxeram
21 medalhas. Portugal cometeu a
proeza de ser a melhor selecção
europeia, batida apenas pela China
e pela anfitriã Tailândia
12 MINI-OLÍMPICOS
Um total de 72 jovens portugueses vão
participar na primeira semana de Julho
na oitava edição do Festival Olímpico da
Juventude Europeia, este ano na cidade
italiana de Lignano Sabbiadoro, no
Nordeste transalpino, entre Veneza e
Trieste. Muitos destes atletas poderão
estar nos Jogos Olímpicos de 2012, ou,
quem sabe, já em Pequim-2008, imitan-
do as proezas de Diana Gomes e Tiago
Venâncio, medalhados no último FOJE e
olímpicos em Atenas.
OLIMPO 115
foto capa
Carlo
s A
lberto M
atos
Propriedade e Edição
Comité Olímpico de Portugal, Travessa da Memória, 36 1300-403 Lisboa
Tel.: 21 361 72 60 Fax: 21 363 69 67
Director José Vicente Moura
Director Executivo João Querido Manha
Textos João Q. Manha
Edição Fotográfica Carlos Alberto Matos
Fotos Carlos Alberto Matos, João Matos, J.Q.M.
Projecto Gráfico e Paginação Rogério Bastos
Impressão Mirandela - Artes Gráficas, S.A.
Tiragem 1500 exemplares
Periodicidade Bimestral
Numero de Registo ICS 102203
Depósito Legal 9083/95 Distribuição gratuita
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Jamais
abdicaremos
de contestar
sempre que
se afigurar
pertinente
E D I T O R I A L
JOSÉ V ICENTE MOURA
Presidente do Comité Ol ímpico de Portugal
Em nome
do bom nome
Há temas intemporais, que transcendem as conjunturas
políticas, os interesses casuísticos, os oportunismos cir-
cunstanciais.
Há princípios que nem o direito e a justiça, ou a ausência ou
inércia de ambos, conseguem deturpar ou fazer alienar.
É em valores éticos como o primado da defesa do nome e da
imagem do associativismo desportivo, das suas instituições e
dos seus servidores, que também se funda a política e a acção
do Comité Olímpico de Portugal, em quaisquer circunstâncias e
independentemente das vicissitudes.
A lógica da nossa postura é, e procurará ser sempre, neste
como noutros domínios, coerente, transparente e idónea. E
jamais abdicaremos de contestar sempre que se afigurar perti-
nente. É algo que tencionamos materializar, assim os membros
que compõem a Assembleia magna desta entidade centenária
de interesse público concordem e compreendam os factos que
queremos esclarecer.
Pena é que, depois de o Estado ter gizado propostas de regu-
lação desta categoria de direitos essenciais como a defesa do
nome e da imagem, amplamente debatidas e buriladas no
Conselho Superior do Desporto, o resultado tenha sido nulo. Só
revela que Portugal ou está distraído, alheio da nova Europa,
ou alguns preferem actuar no vácuo e alimentar a perturbação.
Será mais um sintoma de subdesenvolvimento?
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Oselo premiado, «Salto em
Altura», com a franquia de
0,45 euros, estava incluído na
emissão comemorativa dos CTT, que
englobava outro exemplar, «Corrida
com Barreiras», de 0,30 euros. Duas
imagens emblemáticas do Atletismo,
ou não tivesse o autor sido um anti-
go praticante, da escola de Moniz
Pereira...
Os originais são da autoria do
Atelier Acácio Santos, com grafismo
sobre fotografias cedidas pela
Agência Lusa, e tiveram uma tira-
gem de 250.000 exemplares. No pro-
cesso criativo foram analisadas
diversas imagens, acabando o salto
em altura e as barreiras por ganhar a
corrida das sucessivas etapas selecti-
vas. Na sua tradição de selos olímpi-
cos, os CTT privilegiam modalidades
que tenham relevância na tradição
desportiva dos portugueses.
� Designer ex-atleta
O designer gráfico Acácio Santos, de
61 anos, foi praticante internacional
de Atletismo na especialidade de 400
metros barreiras, tendo competido
mais de doze anos pelo Sporting nas
REPORTAGEM
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Medalha de Ouro
para selo português
Um selo português ganhou este ano a Medalha de Ouro do Comité
Olímpico Internacional para «o mais belo selo emitido por ocasião dos
Jogos Olímpicos de Atenas de 2004», no âmbito do Prix Olympia 2004.
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décadas de 60 e 70, com a coincidên-
cia de ter feito a sua estreia interna-
cional num Marrocos-Portugal, em
Rabat, em simultâneo com o cam-
peão olímpico Carlos Lopes.
Autor de dezenas de selos ao longo
de mais de vinte anos e já premiado
internacionalmente em 1986 pelo
exemplar comemorativo da Adesão
de Portugal e Espanha à CEE, Acácio
Santos e a sua equipa mostram-se
muito felizes com o prémio olímpico,
considerado um dos mais prestigia-
dos galardões filatélicos do Mundo.
Luís Andrade, Director de
Filatelia dos CTT, expressou «grande
honra e orgulho por este prémio»,
que afirma constituir também um
«estímulo para a empresa prosseguir
uma política idónea de retratar a
identidade nacional sem prescindir
de critérios de qualidade».
Luís Duran, Director Artístico da
Filatelia dos CTT, considera «muito
importante o facto de este galardão
vir do próprio Comité Olímpico
Internacional, seguramente mais
significativo que qualquer outra enti-
dade».
A Filatelia e o Olimpismo andam
Acácio Santos é um
designer que trabalha
há mais de 20 anos em
colaboração com o
Departamento de
Filatelia dos C.T.T.
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REPORTAGEM
de mãos dadas desde o início do
Movimento Olímpico moderno, pois
os 75 mil selos comemorativos dos
Jogos de Atenas 1896 passaram à
história como a primeira emissão de
selos sobre Desporto. A decisão de
emitir os selos tinha sido tomada em
1895 como forma de subsidiar a
organização, pelo que os selos olím-
picos foram também os primeiros
patrocinadores de sempre dos Jogos,
sendo hoje considerados como os
percursores da sponsorização
desportiva.
Medalha entregue em Singapura
a 7 de Julho
A Medalha de Ouro e o Diploma Oficial serão entregues pelo
Presidente do COI, Jacques Rogge, e pelo Presidente
Honorário Vitalício, Juan António Samaranch, no próximo dia
7 de Julho em Singapura, durante a 117ª Sessão do Comité
Olímpico Internacional.
Estará presente o responsável dos CTT, Luís Andrade, asso-
ciando-se à cerimónia o representante do COI em Portugal,
Fernando Lima Bello.
.
Responsável por
uma pequena
equipa de
trabalho,
Acácio Santos
faz questão de
dividir a medalha
com os seus
colaboradores
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Os campeões olímpicos Rosa
Mota e Carlos Lopes foram as
figuras centrais da cerimónia
de abertura das comemorações do
Dia Olímpico de 2005, que decorre-
ram em Rio Maior no fim-de-semana
de 17 a 19 de Junho. António Leitão,
medalha de bronze nos Jogos de Los
Angeles-84, juntou-se às celebrações
no sábado, e esteve em destaque na
cerimónia oficial realizada no Estádio
Municipal Susana Feitor.
Num fim-de-semana que coincidia
com a Taça da Europa de Atletismo
na vizinha em Leiria a presença em
Rio Maior dos antigos campeões
representou grande estímulo para os
mais de 1500 jovens presentes nesta
comemoração, que participaram em
provas e exibições ao longo de todo o
dia de sábado. Centenas de pessoas
também passaram pelas instalações
desportivas da cidade para observar a
intensa actividade desportiva que se
desenrolava nos relvados, nas pistas,
nos campos adjacentes, nas piscinas e
nos pavilhões. A todos os participan-
tes foi dado um saco com alimentação
para a jornada e as lembranças ofi-
ciais: medalha e t-shirt comemorati-
vas.
O presidente da Câmara
Municipal, Silvino Sequeira, subli-
nhou o crescente entusiasmo que esta
já tradicional comemoração vai pro-
vocando na região, ao mesmo tempo
que desperta a atenção dos órgãos de
informação e dos desportistas em
geral. As Federações encaram o Dia
Olímpico como uma oportunidade de
grande divulgação e comunhão de
um espírito de desenvolvimento e fra-
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Mais de 1500 atletas jovens e três grandes
campeões olímpicos dos anos 80 uniram-se na
celebração do Dia Olímpico em Rio Maior. Uma
festa inesquecível para todos
Dia Olímpico
memorável
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ternidade desportiva, do que resulta
um evento inesquecível para os que
nele participam.
Dois atletas olímpicos, Nuno
Merino (Trampolins) e João Gomes
(Esgrima) participaram nas competi-
ções das respectivas Federações.
Também as selecções de Atletismo,
Basquetebol e Natação qualificadas
para o FOJE 2005 estiveram presentes,
realizando em Rio Maior os derradei-
ros testes para a grande competição
internacional de Julho.
Este ano houve provas de
Andebol, Atletismo, Badminton,
Boxe, Basebol-Softbol, Basquetebol,
Esgrima, Hóquei, Judo, Natação,
Ténis (em Santarém), Futebol, Judo,
Lutas Amadoras, Ténis de Mesa,
Natação, Pentatlo Moderno, Tiro com
Arco, Trampolins, Taekwon-do,
Remo e Canoagem (na Lagoa de Óbi-
dos), Trampolins, Triatlo. Diversas
classes de Ginástica abrilhantaram a
Cerimónia Oficial no Estádio, no
sábado à noite.
O presidente do COP, Vicente
Moura, realçou o envolvimento da
juventude de tantas modalidades
desportivas neste autêntico baptismo
olímpico, poucas semanas antes de
uma selecção de 72 ir disputar em
Itália o Festival Olímpico da
Juventude Europeia (FOJE).
A cerimónia oficial contou com a
presença do presidente do Instituto
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do Desporto de Portugal, José Manuel
Constantino, com o membro portu-
guês do Comité Olímpico
Internacional, Fernando Lima Bello, e
com o presidente da Confederação do
Desporto de Portugal, Carlos
Cardoso, além dos dirigentes das
Federações participantes.
� Abertura
Na sexta-feira à tarde, depois de uma
homenagem a Luís Caldas, primeiro
árbitro olímpico português, nas Lutas
Amadoras, os dois antigos maratonis-
tas, em conjunto com os três atletas
olímpicos locais, Susana Feitor, Inês
Henriques e João Vieira, transporta-
ram do centro da cidade para o está-
dio a chama olímpica entregue pelo
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Homenagem a Orlando Azinhais
António Leitão, medalha de bronze dos 5.000 metros nos
Jogos Olímpicos de Los Angeles-84, presentemente a
convalescer de uma operação cirúrgica, participou na
homenagem a outro destacado olímpico português, o atle-
ta, técnico e dirigente da Esgrima, Orlando Azinhais,
recentemente falecido.
Esta modalidade foi uma das que organizou e fez disputar
uma prova oficial, precisamente com o nome daquele
vulto, cujo troféu principal foi entregue pela viúva, Maria
Emília Azinhais.
A prova principal foi ganha pelo olímpico João Gomes, que
venceu na final Gael Santos, que realizava a última prova
como júnior e promete ser um continuador. Sara Leite
venceu a prova feminina.
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presidente do Comité Olímpico de
Portugal, Vicente Moura, ao presi-
dente do município local, Silvino
Sequeira.
O cortejo incluía dezenas de
jovens alunos e atletas das escolas e
clubes do concelho de Rio Maior.
No Estádio Susana Feitor, enquanto
era hasteada a bandeira olímpica sob
os acordes do hino olímpico, os cinco
desportistas acenderam a pira olím-
pica que permanece acesa durante os
dois dias de intensa actividade
desportiva, que movimentaram cerca
de 1500 jovens atletas da maior parte
das modalidades olímpicas.
O Dia Olímpico celebra-se anualmen-
te a 23 de Junho, desde 1948, come-
morando a fundação do Comité
Olímpico Internacional (COI) pelo
Barão Pierre de Coubertin no ano de
1894, em Paris, e o consequente nas-
cimento dos Jogos Olímpicos da Era
Moderna. A decisão de assinalar
anualmente esta data foi tomada na
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Vicente Moura
Presidente do COP
«É com grande satisfação que assinalo a
participação de cerca de duas mil pessoas
de 22 Federações neste Dia Olímpico.
Mas só ficarei plenamente satisfeito
quando todo este relvado ficar completa-
mente cheio de gente a praticar desporto.
Federações, autarquias e o Comité
Olímpico enfrentam este desígnio de,
unidas, transformarem Portugal num
país de desporto de massas com um índice
de prática desportiva que lhe permita
abandonar a cauda da Europa neste parti-
cular»
42ª Sessão do COI, em St Moritz e
concretizada logo nesse ano de 1948
com uma primeira comemoração,
realizada em nove países, um deles
Portugal, que nos últimos anos evo-
luiu de uma simples Corrida do Dia
Olímpica para um evento desportivo
mais abrangente e prolongado.
No ano passado o Dia Olímpico foi
comemorado em 162 países.
Rosa Mota distinguida pela Câmara de Rio Maior
Homenagem a Luís Caldas Norberto Rodrigues e Silvino Sequeira, dois entusiastas do Dia Olímpico
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Animação e música
O espectacular fogo de artifício encerrou as celebrações no sábado à
noite, numa sessão marcada por um acidente com um dos pára-
quedistas da Federação Portuguesa de Pára-quedismo, devido ao
vento que se fez sentir ao final da tarde, e que teve resposta imedi-
ata da parte do INEM.
Este ano a animação da cidade e dos espaços desportivos esteve a
cargo do altíssimo Sérgio Fernandes, que do cimo das suas andas
interagiu de forma brilhante com a população local e os jovens atle-
tas e teve a colaboração de Bruno Henriques, em monociclo.
Na Cerimónia oficial no estádio, tal como à tarde no Largo da
Câmara, exibiu-se a Tuna da Escola Superior de Comunicação Social,
a Desportuna.
Mais uma vez associado ao COP, o apresentador Luís Pereira de
Sousa conduziu os espectadores ao longo das sucessivas exibições
culturais e desportivas da Cerimónia, que tiveram início na exibição
do Rancho Folclórico de Arco da Memória, uma freguesia local.
Silvino Sequeira
Presidente da C. M. Rio Maior
«Registamos a participação e o interesse
crescente desta celebração em Rio Maior,
o que nos deixa imensamente felizes. E
quando alguns destes jovens, dentro de
anos, atingirem a consagração como
desportistas, se lembrarem que tudo
começou num belo dia em Rio Maior,
nesse dia, sentir-nos-emos realizados. Rio
Maior vai continuar ao vosso dispor, ao
dispor do desporto nacional, e deseja que
um dia este estádio se torne pequeno para
todos os jovens que queiram praticar
desporto»
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Nas sete edições anteriores Portugal conquistou sempre medalhas. Em Lignano
Sabbiadoro as ambições não são menores, mas o mais importante é a demonstração
de uma evolução desportiva com os olhos postos no futuro. Alguns destes 72 atletas
serão olímpicos em 2012 ou mesmo em Pequim-2008, como aconteceu no ano pas-
sado com Tiago Venâncio e Diana Gomes
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
Os mini olímpicos
Portugal participa na oitava edição
do Festival Olímpico da
Juventude Europeia, este ano na cida-
de italiana de Lignano Sabbiadoro,
com 72 atletas dos 13 aos 17 anos, em
oito modalidades. A comitiva portu-
guesa está assim entre as mais nume-
rosas do FOJE 2005, reflectindo não
só o interesse do Comité Olímpico de
Portugal em intensificar a participa-
ção das jovens esperanças em eventos
que lhes dêem uma excelente prepa-
ração desportiva para o futuro, mas
também uma efectiva evolução com-
petitiva internacional das modalida-
des e Federações envolvidas.
De um grupo tão numeroso é nor-
mal que se aguardem alguns resulta-
dos de bom nível, incluindo meda-
lhas – pois Portugal conquistou clas-
sificações no pódio em todas as edi-
ções anteriores. As sete medalhas do
último Festival, em Paris, elevam a
fasquia para um patamar de exigên-
cia muito alto, mesmo se à partida
não se possa afirmar que haja na
comitiva portuguesa atletas do gaba-
rito de Tiago Venâncio ou Diana
Gomes que, alguns meses após o
FOJE, vieram mesmo a participar nos
Jogos Olímpicos de Atenas, não obs-
tante a sua tenra idade.
Talvez o lançador António Vital e
Silva, a saltadora Patrícia Mamona ou
o nadador Jorge Maia possam ser
colocados num nível semelhante, mas
nesta idade é imprevisível o que pos-
sam fazer, tão rápida é a evolução.
Noutras modalidades como a
Canoagem, o Ciclismo, o Ténis ou o
Judo também há ambições, mas os
parâmetros de avaliação são muito
diversos.
Enquanto para os canoístas este é
praticamente o baptismo internacio-
nal, o tenista Gastão Elias tem já uma
larga experiência de competições
mundiais – e os resultados que tem
alcançado colocam-no igualmente
num dos mais fortes candidatos por-
tugueses a lugares de relevo. No
entanto, para a maioria dos elemen-
tos da comitiva olímpica portuguesa
esta é a primeira ou uma das primei-
ras provas internacionais em que par-
ticipam.
Nas páginas seguintes, OLIMPO
apresenta a equipa nacional ao FOJE
2005, com os olhos nos Jogos
Olímpicos de 2012 e seguintes.
Muitos destes atletas serão olímpicos
dentro de alguns anos, como já acon-
teceu a 23 outros no passado, o mais
destacado dos quais o medalha de
prata Sérgio Paulinho, que conquis-
tou uma medalha de ouro no FOJE
de Bath nove anos antes da consagra-
ção olímpica de Atenas.
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
ATLETISMO
Local de Competição: Lignano Stadium
(distância: 1,5 Km - 5 minutos)
Local de Treino: Bibione Stadium (distância:
12 Km - 15 minutos)
Rapazes: 100m, 200m, 400m, 800m, 1500m,
3000m, 2000m obstáculos, 110m barreiras,
400m barreiras, 4x100m estafetas, salto em
altura, salto à vara, salto em comprimento,
lançamento do disco, lançamento do peso,
lançamento do dardo
Raparigas: 100m, 200m, 400m, 800m, 1500m,
3000m, 100m barreiras, 400m barreiras,
4x100m estafetas, salto em altura, salto à
vara, salto em comprimento, lançamento
do disco, lançamento do peso, lançamento do
dardo
Dias de Competição: 4 a 8 de Julho
CANOAGEM
Local de Competição: S. Giorgio Bassin
(distância: 33 Km - 45 minutos)
Local de Treino: S. Giorgio Bassin
(distância: 33 Km - 45 minutos)
Disciplinas para Rapazes: K1 500m 1000m, K2
500m 1000m, K4 500m 1000m, C1 500m
1000m, C2 500m 1000m
Disciplinas para Raparigas: K1 500m 1000m,
K2 500m 1000m, K4 500m 1000m
Dias de Competição: 4 a 7 de Julho
CICLISMO
Locais de Competição: Azzano Decimo
(distância: 45 Km - 60 minutos)
e Corva (distância: 45 Km - 60 minutos)
Local de Treino: Azzano Decimo (distância:
45 Km - 60 minutos)
Disciplinas: Contra-Relógio (7,4 Km), Critério
(16,5 Km), Prova de Estrada (59,4 Km)
Dias de Competição: 4 a 6 de Julho
GINÁSTICA ARTÍSTICA
Local de Competição: Latisana Sport Hall
(distância: 25 Km - 40 minutos)
Local de Treino: Lignano Its School Gym
(distância: 0,2 Km - 2 minutos)
Disciplinas: Competição por Equipa, Competição
Individual; Finais por Aparelhos
Dias de Competição: 4 a 8 de Julho
JUDO
Local de Competição: Lignano Sport Hall
(distância: 1,5 Km - 5 minutos)
Local de Treino: Bibione Stadium (distância: 12
Km - 15 minutos)
Categorias de Peso para Rapazes: Kg - 50, 55,
60, 66, 73, 81, 90, +90
Categorias de Peso para Raparigas: Kg - 44,
48, 52, 57, 63, 70, +70
Dias de Competição: 4 a 7 de Julho
NATAÇÃO
Local de Competição: Village Pool
(distância: 0 Km - 0 minutos)
Local de Treino: Village Pool (distância:
0 Km - 0 minutos)
Rapazes: Livres - 50m, 100m, 200m, 400m,
1500m; Bruços - 100m, 200m;
Costas - 100m, 200m;
Mariposa - 100m, 200m;
Estilos - 200m, 400m;
Estafetas - 4x100m livres, 4x100m estilos,
4x200m Livres
Raparigas: Livres - 50m, 100m, 200m, 400m,
800m;
Bruços - 100m, 200m;
Costas - 100m, 200m;
Mariposa - 100m, 200m; Medley - 200m,
400m;
Estafetas - 4x100m livres, 4x100m estilos,
4x200m livres
Dias de Competição: 4 a 8 de Julho
TÉNIS
Local de Competição: Lignano Tennis Club
(distância: 0,9 Km - 5 minutos)
Local de Treino: Lignano Albatros (distância:
0,2 Km - 2 minutos)
Disciplinas: Individuais Masculinos;
Individuais Femininos;
Pares Mistos
Dias de Competição: 4 a 8 de Julho
BASQUETEBOL
Local de Competição: Lignano Sport Hall
(distância: 1,5 Km - 5 minutos)
Local de Treino: Lignano School Gym
(distância: 1 Km - 5 minutos)
Dias de Competição: 4 a 8 de Julho
COMITIVA DO COP
Chefe de Missão
Norberto Rodrigues (Tesoureiro do COP)
Chefe Adjunto de Missão
João Correia (Vogal da Comissão Executiva)
Catarina Monteiro – Coordenadora Logística
João Gonçalves – Médico
Nuno Dias – Fisioterapeuta
José Serrano – Massagista
João Querido Manha– Adido de Imprensa
Carlos Matos – Fotógrafo
Atletismo – 25 elementos (5 oficiais; 20 atletas)
Basquetebol – 17 elementos (1 árbitro; 4 oficiais; 12 atletas)
Canoagem – 10 elementos (2 oficiais; 8 atletas)
Ciclismo – 5 elementos (2 oficiais; 3 atletas)
Ginástica – 6 elementos (1 juiz; 2 oficiais; 3 atletas)
Judo – 11 elementos (1 árbitro; 2 oficiais; 8 atletas)
Natação – 19 elementos (3 oficiais; 16 atletas)
Ténis – 3 elementos (1 oficial; 2 atletas)
PARTICIPANTES NA
OITAVA EDIÇÃO DO FOJE
Itália 114
Suíça 76
Ucrânia 74
França 72
Portugal 72
Espanha 72
Finlândia 70
Federação Russa 68
Lituânia 63
Alemanha 62
Bélgica 61
Letónia 61
Grã-Bretanha 60
Grécia 60
Sérvia e Montenegro 60
Estónia 58
Polónia 58
Croácia 56
Eslovénia 56
Hungria 54
Bielo-Rússia 51
República Checa 51
Dinamarca 49
Holanda 49
Eslováquia 49
Turquia 49
Áustria 48
Irlanda 45
Roménia 43
Israel 38
Bulgária 32
Geórgia 31
Islândia 24
Suécia 24
Azerbeijão 23
Noruega 21
Chipre 17
Moldávia 17
Luxemburgo 15
Bósnia e Herzegovina 14
São Marino 13
Arménia 11
Macedónia 11
Andorra 8
Albânia 7
Liechtenstein 7
Malta 4
Mónaco 4
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
1ª Edição
Bruxelas, Bélgica - 1991
18 a 20 de Julho
Atletismo
Ilídio Silva - 1500 m - 3º
Judo
Andreia Cavalleri - -61 Kg - 3º
Natação
Petra Chaves
- 100 m costas - 3º
Petra Chaves
- 200 m costas - 2º
Futebol
Selecção Masculina - sub-16 - 1º
2ª Edição
Valkenswaard,
Holanda - 1993
3 a 9 de Julho
Natação
Ana Francisco
- 100 m mariposa - 2º
Ténis
André Lopes / Tiago Sousa
- (Pares Masc.) - 2º
Futebol
Selecção Masculina - sub-16 - 3º
3ª Edição
Bath, Reino Unido - 1995
9 a 14 de Julho
Ciclismo
Sérgio Paulinho
- Rampa (2,5 Km) - 1º
4ª Edição
Lisboa, Portugal - 1997
18 a 24 Julho
Atletismo
Filipe Pedro - 3000 m - 2º
As 23 medalhas portuguesas
Portugal tem conquistado medalhas em todas as edições do Festival Olímpico da
Juventude Europeia, num total de 23: oito de ouro, sete de prata e oito de bronze.
QUADRO DE MEDALHAS GERAL
PAÍS OURO PRATA BRONZE TOTAL
1 Rússia 95 68 49 212
2 Grã Bretanha 70 54 62 186
3 França 43 40 51 134
4 Itália 32 38 45 115
5 Hungrria 32 21 22 75
6 Roménia 31 30 38 99
7 Ucrânia 31 27 34 92
8 Espanha 27 31 32 90
9 Alemanha 24 30 36 90
10 Holanda 19 23 37 79
11 Polónia 19 19 27 65
12 Suécia 15 14 23 52
13 Bélgica 13 18 31 62
14 URSS (1991) 12 8 9 29
15 Croácia 10 8 12 30
16 Israel 10 2 7 19
17 Geórgia 9 9 12 30
18 Portugal 8 7 8 23
19 Bielo-Rússia 7 11 22 40
20 Bulgária 7 10 10 27
21 Finlândia 7 7 9 23
22 Dinamarca 7 7 2 16
23 Eslováquia 7 2 9 18
24 República Checa 6 12 9 27
25 Lituânia 6 4 12 22
Andebol
Selecção Masculina - juvenis - 3º
Futebol
Selecção Masculina - sub-16 - 3º
5ª Edição
Esbjerg, Dinamarca - 1999
10 a 16 Julho
Atletismo
Marco Fortes
- Lançamento Peso - 1º
Futebol
Selecção Masculina - sub-16 - 2º
6ª Edição
Murcia, Espanha - 2001
22 a 26 Julho
Atletismo
Nelson Évora - Comprimento - 1º
Laura Silva - 3000 m - 3º
7ª Edição
Paris,
França - 2003
26 de Julho a 2 Agosto
Atletismo
Liliana Cá
- Lançamento do Disco - 1º
Milton Dias
- 400 m Barreiras - 1º
Arnaldo Abrantes
- 1.100 m Barreiras - 2º
Judo
Joana Cesário
-57 Kg - 2º
Natação
Tiago Venâncio
- 50 m livres - 1º
Tiago Venâncio
- 100 m livres - 1º
Diana Gomes
- 200 m bruços - 3º
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O Atletismo português tem grandes tradições olímpicas e também um
prestígio crescente a nível do Festival da Juventude, graças às nove meda-
lhas (quatro de ouro) conquistadas até hoje, três delas na última edição,
em Paris. Desta vez, as ambições não são pequenas, com alguns jovens
assumidos candidatos a classificações de relevo
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
ATLETISMO11 rapazes 9 raparigas
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MARCOS COELHO
� 17 anos
� 1m76
� 100 metros,
4x100
Nascido em Massarelos,reside na Parede e representao Belenenses o escolhidopara a prova-rainha, graças àmarca de 11,07 segundos,mas já fez 10,90. Pensa nafinal e considera que as suasmarcas lhe garantem esseposto, vendo apenas umespanhol (10,70) com me-lhor tempo.
PEDRO FONTES
� 17 anos
� 1m81
� 200 metros,
4x100
Alentejano de Beja,representa o ZonaAzul e vai ter obaptismo interna-cional em Lignano.
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
CARLOS PINHEIRO
� 17 anos
� 1m74
� 400 metros,
4x100
Atleta do Benfica, oriun-do da Falagueira, temcomo recorde pessoal50,23 segundos e muitaconfiança. Gosta tambémdos 200 metros, que pra-tica há seis anos.
ANTÓNIO RODRIGUES
� 16 anos
� 1m85
� 400 barreiras,
4x100
Filho da treinadora e antigaatleta Regina Babo, vale50,24 segundos nas barrei-ras, mas é um atleta eclético.Representa o seu clube,Centro de Atletismo de Seia,da 1ª divisão nacional, nasprovas nacionais de seniores.Nos Jogos FISEC 2004, emMalta, foi 2º nos 400 metrose 4º no Salto em Altura.
PEDRO CIRNE
� 17 anos
� 1m74
� 3000 metros
Tal como Vital eSilva, o aveirense (daMurtosa) conquistourecentemente duasmedalhas de ouro naTailândia (1500 e3000 metros) e parti-cipa no FOJE comgrandes ambições
JOÃO ALMEIDA
� 17 anos
� 1m83
� 110 barreiras,
4x100
Atleta do Sporting, oriundo doTriatlo, já com oito anos deAtletismo, venceu este ano a suaespecialidade do Portugal-Espanhae tem grandes ambições para oFOJE, considerando que apenas umatleta francês e outro alemão apre-sentam melhores marcas, pelo quetem visto da sua navegação pelossites das Federações.
BRUNO ALBUQUERQUE
� 16 anos
� 1m75
� 800 e 1500 metros
Pratica atletismo há quase qua-tro anos na Casa do Povo deMangualde e já foi campeãodo Torneio Olímpico Jovemnos 800 metros e vice nos3000. No entanto a sua «me-lhor e preferida distância sãoos 1500 metros».Internacionalmente, venceu oCrosse de Fuensalida,Espanha, mas o FOJE é a suaprimeira experiência em pista.
JOÃO ALMEIDA
� 16 anos
� 1m76
� Altura
Natural de Alfeizerão e atleta daJuventude Vidigalense, de Leiria, talcomo Vera Lavrador, já saltou 1,97metros, evidenciando uma grandeevolução nos últimos tempos.
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Provavelmente o atleta desteescalão com mais experiên-cia internacional, a partir doDesporto Escolar, tendo jáparticipado em provas emMalta (duas vezes), Grécia eEspanha. No ano passadoganhou o Comprimento e oTriplo e foi 2º na Altura.Recentemente na Tailândiafoi 2º no Comprimento nosJogos Ásia-Europa.
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
ANTÓNIO VITAL E SILVA
� 17 anos
� 1m83
� Peso, Disco
Um dos melhores atletas portugueses doseu escalão, o filho do antigo internacionale seu treinador Vital e Silva trouxe recente-mente da Tailândia duas medalhas de ouroe vai a Itália com grandes perspectivas.Este ano já lançou 56,46 no Disco e a me-lhor marca no peso ronda os 20 metros(19,48).
Atleta da A.D. Recreativa e Educativa da Palhaça,Oliveira do Bairro, leva nove anos de atletismo e che-gou ao dardo, há quatro anos, através das provascombinadas. Desconhece os adversários, mas sabeque do Norte da Europa vêm os mais difíceis, o quenão o inibe de pensar chegar à final. O recorde pes-soal é de 59,29 metros.
MARCO FERREIRA
� 17 anos
� 1m86
� Dardo
MARCOS CALDEIRA
� 17 anos
� 1m81
� Comprimento,
Triplo Salto, 4x100
Filha de pai sueco e mãedinamarquesa nasceu emLisboa e vice no Estorilonde representa o clubede Atiba. Gosta de barrei-ras e até já disputou umPortugal-Espanha dessaespecialidade e vários‘meetings’ ibéricos. Temo desejo de chegar pelomenos à meia-final emLignano.
ANNA OLSSON
� 16 anos
� 1m74
� 100 metros,
4x100
Atleta do FCPorto, ex-pra-ticante deVoleibol(escolar) e deNatação (ex-Leixões),virou-se parao Atletismohá dois anose já é dasmais rápidasdo país.
JULIANA CAMPOS
� 16 anos
� 1m40
� 200 metros, 4x100
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
Esta algarvia de nascimento, masresidente na Madeira, Albufeira,Camacha, acaba de participar na Taçada Europa de Leiria, ao mais altonível, terminando em 7ª com 55,88segundos e participando na estafeta4x400 (4º lugar). Em Maio, em repre-sentação da Madeira, conquistou emCreta duas medalhas de ouro, nos 400e no Comprimento.
JOANA FRIAS
� 17 anos
� 1m63
� 400, 4x100, Comprimento
É uma das atletas portuguesas de maiorfuturo, esta lisboeta residente na Agualvae atleta do JOMA, que representouPortugal na Taça da Europa de Leiria,conseguindo um magnífico 4º lugar com6,16 metros no Comprimento, recordenacional de juvenis
PATRÍCIA MAMONA
� 16 anos
� 1m50
� 100 barreiras,
Triplo Salto e 4x100
Minhota de Adaúfe, tem como melhormarca 15,86 metros
ISABEL RIBEIRO
� 17 anos
� 1m72
� Peso
Com um bom currículo noDesporto Escolar, a jovemde Mangualde fez o baptis-mo internacional em Lyon,precisamente noCampeonato Escolar, provaque «não correu bem porcausa da comida» e do des-conhecimentos das adversá-rias.
JOANA COSTA
� 17 anos
� 1m57
� 800, 3000 metros
Jovem de Paços de Ferreira es-treou-se há poucas semanas noatletismo internacional represen-tando o COP nos Jogos daJuventude Ásia-Europa, emBanguecoque, Tailândia, conquis-tando duas medalhas de bronzenos 800 e 1500 metros, batidaapenas por atletas chinesas ecoreanas.
LÍDIA SOUSA
� 16 anos
� 1m68
� 1500 metros
Especialista em provas com-binadas, esta atleta daJuventude Vidigalense, colegada olímpica Vânia Silva, estáhá dois anos a dedicar-se aoSalto com Vara, a prova quetreina mais, mas também temboas marcas no lançamentode Disco.
VERA LAVRADOR
� 16 anos
� 1m59
� Vara, Disco, 4x100
Natural de Lordelo do Douro, começouhá sete anos nas corridas de estrada, masa sua versatilidade conduziu-a às provascombinadas o que veio a revelar uma boalançadora de dardo. Vai ter a 1ª interna-cionalização em Itália, mas já foi campeãnacional de lançamentos de Inverno e 3ªclassificada no Olímpico Jovem.
TERESA
RIBEIRO
� 16 anos
� 1m58
� Dardo
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
Esta algarvia de nascimento, masresidente na Madeira, Albufeira,Camacha, acaba de participar na Taçada Europa de Leiria, ao mais altonível, terminando em 7ª com 55,88segundos e participando na estafeta4x400 (4º lugar). Em Maio, em repre-sentação da Madeira, conquistou emCreta duas medalhas de ouro, nos 400e no Comprimento.
JOANA FRIAS
� 17 anos
� 1m63
� 400, 4x100, Comprimento
É uma das atletas portuguesas de maiorfuturo, esta lisboeta residente na Agualvae atleta do JOMA, que representouPortugal na Taça da Europa de Leiria,conseguindo um magnífico 4º lugar com6,16 metros no Comprimento, recordenacional de juvenis
PATRÍCIA MAMONA
� 16 anos
� 1m50
� 100 barreiras,
Triplo Salto e 4x100
Minhota de Adaúfe, tem como melhormarca 15,86 metros
ISABEL RIBEIRO
� 17 anos
� 1m72
� Peso
Com um bom currículo noDesporto Escolar, a jovemde Mangualde fez o baptis-mo internacional em Lyon,precisamente noCampeonato Escolar, provaque «não correu bem porcausa da comida» e do des-conhecimentos das adversá-rias.
JOANA COSTA
� 17 anos
� 1m57
� 800, 3000 metros
Jovem de Paços de Ferreira es-treou-se há poucas semanas noatletismo internacional represen-tando o COP nos Jogos daJuventude Ásia-Europa, emBanguecoque, Tailândia, conquis-tando duas medalhas de bronzenos 800 e 1500 metros, batidaapenas por atletas chinesas ecoreanas.
LÍDIA SOUSA
� 16 anos
� 1m68
� 1500 metros
Especialista em provas com-binadas, esta atleta daJuventude Vidigalense, colegada olímpica Vânia Silva, estáhá dois anos a dedicar-se aoSalto com Vara, a prova quetreina mais, mas também temboas marcas no lançamentode Disco.
VERA LAVRADOR
� 16 anos
� 1m59
� Vara, Disco, 4x100
Natural de Lordelo do Douro, começouhá sete anos nas corridas de estrada, masa sua versatilidade conduziu-a às provascombinadas o que veio a revelar uma boalançadora de dardo. Vai ter a 1ª interna-cionalização em Itália, mas já foi campeãnacional de lançamentos de Inverno e 3ªclassificada no Olímpico Jovem.
TERESA
RIBEIRO
� 16 anos
� 1m58
� Dardo
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A Canoa-
gem
começa a
emergir
como uma modali-
dade de futuro em
Portugal, agora
sob a orientação
de um novo modelo
federativo em que
pontificam alguns
dos melhores atle-
tas de sempre da
modalidade, como
José Garcia, direc-
tor técnico nacio-
nal, ou Rui
Fernandes, o
responsável pela
selecção ao FOJE,
que foi olímpico em
Barcelona e
Atlanta. Os oito
portugueses foram
escolhidos após um
estágio intenso no
Centro de
Preparação da FPC
em Montemor-o-
Velho, depois de os
atletas se terem
qualificado inicial-
mente nas Provas
Selectivas.
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
CANOAGEM3 raparigas 5 rapazes
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
Esta seixalense aluna do 8º ano, 2ª dopaís em K1, embora goste mais dasprovas de fundo, encara a presençano FOJE com grande optimismo.Treina todos os dias e aos sábadosem dose dupla, alimentando o sonhode evoluir numa modalidade que,felizmente, tem cada vez mais rapari-gas. Já participou numa Taça doMundo de Juniores, em Crestuma,ficando em 4º lugar em K2, mas comuma parceira diferente.
SARA RAFAEL
� 16 anos
� 1m66
� Amorense
� K2 500, K2 1000
A mais jovem e inexperiente daselecção portuguesa, terceira dosrankings nacionais, representa oSudoeste Alentejano no FestivalEuropeu, o seu baptismo internacio-nal. É uma desportista por excelên-cia, com condições físicas excepcio-nais, que atrai as atenções dos técni-cos federativos e gosta de praticarfutsal.
INÊS ESTEVES
� 15 anos
� 1m47
� C.N.Milfontes
� K2 500, K2 1000
Desde 2002, Márcia é a grande dominadora daCanoagem nacional feminina, escalão juvenil e cadetes,quer em K1 quer K2 em todas as distâncias e por issoalimenta a esperança de "subir ao pódio" em Lignano.Já tem a experiência de algumas provas em Espanha,como as regatas Príncipe das Astúrias, a President Cupou descidas do Rio Minho, e sabe que há uma adversá-ria espanhola de respeito, chamada Gabriela...
MÁRCIA COSTA
� 16 anos
� 1m71
� Náutico do Prado
� K1 500, K1 1000
Antigo praticante deNatação, elegeu aCanoagem há quatroanos como únicodesporto e agora treinatodos os dias naságuas do Lima.Campeão Nacional dePromessas em K2, esteano venceu todas asprovas nacionais delonga distância e asselectivas, mas tempouca experiência dasdistâncias olímpicas -como todos os cole-gas, de resto. NoFestival da Juventudecompetirá em quatroprovas, sendo o esco-lhido para as duas dis-tâncias de K1.
FERNANDO PIMENTA
� 16 anos
� 1m77
� CN Ponte de Lima
� K1 500, K1 1000, K4 500, K4 1000
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
Deve ser uma das histórias mais peculiaresdo desporto juvenil nacional: açoriano eúnico canoísta de São Miguel, só podiatreinar no mar (as ondas prejudicam a téc-nica) ou na Lagoa das 7 Cidades, seguindoas instruções do seu treinador enviadas doMinho por e-mail. Agora os pais compra-ram-lhe um kayak ergómetro que lhe per-mite remar em casa quando o anticiclonenão o deixa sair de casa.
JORGE CASTRO
� 16 anos
� 1m87
� Náutico do Prado
� K2 500, K4 500, K4 1000
Conterrâneo de Pedro Moura emEsposende, mas representando um clubediferente. De forma algo surpreendente, foio 3º em K1 nas duas distâncias das provasselectivas o que o fez despertar para amodalidade e treinar mais intensamente doque fazia durante os últimos meses.
JOÃO RIBEIRO
� 15 anos
� 1m84
� Gemeses
� K2 500, K4 500, K4 1000
Pratica Canoagem há cinco anos, já foicampeão de K4 1000, mas ainda nãodiscute o K1 porque nestes escalões umano faz a diferença e os mais velhosganham sempre... Em K4 considera-sepolivalente, mas está habituado a fazerde voga, a primeira posição. O FOJEserá a sua estreia internacional.
PEDRO MOURA
� 15 anos
� 1m79
� Náutico do Prado
� K2 1000, K4 1000
Sesimbra é terra de mar eaté os canoístas se vêemconstrangidos a praticar umadisciplina de pista num meioaquático ondulado que difi-culta os gestos técnicos. Issonão impede Flávio de evo-luir na modalidade comresultados de vulto, como otítulo nacional de cadetesem K2 500. Para tal treinatodos os dias, duas vezes,tentando aproveitar ao máxi-mo o mar chão…
FLÁVIO PEREIRA
� 16 anos
� 1m73
� Sesimbra
� K2 1000, K4 500
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O efeito Sérgio Paulinho sente-se no contacto com os pupilos de Nuno Alves,
o treinador nacional dos cadetes de Ciclismo. Nove anos antes da sua
proeza na prova de Estrada dos Jogos Olímpicos de Atenas, Paulinho ganhou
a prova de rampa da terceira edição do Festival da Juventude Europeia.
Graças à sua actividade competitiva, os cadetes de ciclismo têm uma ambição muito
firme e encaram a participação no Festival de Lignano, onde disputarão três provas,
com uma ilusão muito forte de sucesso.
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
CICLISMO3 rapazes
JÓNI BRANDÃO
� 15 anos
� 1m75
� Estrada,
Contra-relógio
e Critério
O currículo desportivode Jóni Silva Brandão,oriundo de Travanca,Terras de Santa Maria,berço de grandestradições velocipédicas,está repleto de triunfos.Este ano já venceu trêscorridas, incluindo aProva de Abertura e oCircuito da Liberdade,registou mais umsegundo lugar e doisterceiros. Em 2003tinha ganho sete provase ficado em terceirolugar no CampeonatoNacional da categoria eno ano seguinte tevemis dificuldades, devi-do à subida de escalão.
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
TIAGO ENCARNAÇÃO
� 16 anos
� 1m76
� Estrada, Contra-relógio e Critério.
Nasceu em Lisboa, mas vem do Pinhal Novo este jovemde grande porte atlético que está a realizar uma excelenteépoca como cadete de 2º ano. Em 2004 (cadete de 1º ano)só conseguiu quatro segundos lugares, mas este ano jáganhou três corridas e, tirando uma desistência por queda,nunca se classificou abaixo do 4º. Numa carreira neces-sariamente curta já registou mais de uma dúzia de triunfose cerca de 30 lugares de pódio!
NÉLSON OLIVEIRA
� 16 anos
� 1m75
� Estrada, Contra-relógio
e Critério
Natural de Vilarinho do Bairro,Anadia, Nelson Filipe foi o últi-mo a juntar-se ao grupo, por lheter sido impossível participar noestágio e testes em finais deMaio, mas é um bom especialista de contra-relógio(Campeão nacional de 2004) e regista um currículo cheiode triunfos, nomeadamente a prova de abertura da Taça dePortugal de 2005. A nível internacional competiu no anopassado em Espanha, tendo alcançado uma vitória e umsegundo lugar.
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Portugal está ainda longe de altas performances na Ginástica de competição
internacional. Não se alimentam sonhos de glória, mas apenas a vontade de
participações condignas que possibilitem uma evolução técnica às atletas, as
mais jovens da delegação portuguesa. Há dois anos, em Paris, a selecção por-
tuguesa formada por Mariana Almeida e Ana Rita Nunes classificou-se em 21º lugar.
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
GINÁSTICA3 raparigas
CATARINA ABRANTES
� 14 anos
� 1m51
� Ginásio Clube Português
As paralelas assimétricas são o aparelho preferido da campeã nacional de juniores,uma ginasta de porte elegante, campeã nacional geral já este ano, depois de no anopassado ter sido campeã nacional absoluta em três modalidades (paralelas, trave eexercícios de solo). Começou por acaso há sete anos, acompanhando uma amiga daescola Rainha D.Amélia, experimentou, disseram-lhe que tinha jeito e ficou.Também treina todos os dias menos ao domingo e ultrapassa pela vontade as dificulda-des logísticas que a impedem, por exemplo, de ter um tapete de solo com as medidasregulamentares, obrigando a deslocações ao Porto para preparar esse aparelho específi-co. «É duro, mas gosto muito», confessa. «Alimento o sonho de um dia ir aos JogosOlímpicos, mas para já ir a estas competições já é muito bom».Catarina já viveu a experiência internacional de uma participação nos Europeus deAmsterdão, no ano passado, mas competindo apenas por equipas: «Ficámos a meio databela (15º entre 27 países), superando equipas que julgávamos mais fortes, como aSuíça ou a Bulgária».
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
RITA LIMÃO
� 13 anos
� 1m38
� Ginásio Clube Português
Deve ser o corpo mais franzino dadelegação portuguesa, mas trans-borda energia. O último sobreno-me é Oliveira, mas todos a tratampor Limão, apenas Limão, comoela gosta, sem ponta de acidez...Pratica Ginástica Artística desde osoito anos, seis dias por semana,três horas e meia por dia.Começou no Sporting, durante umano, mas a escassez de companhei-ros encaminhou-a para o GCP,onde treina nas acanhadas instala-ções do sexto andar da sede dasAmoreiras: “Tem mais gente,gosto mais».A presença no FOJE é o seu bap-tismo internacional e diz que vai«para ganhar experiência», alimen-tando o grande sonho de «um dia,ir aos Jogos Olímpicos».A especialidade de Limão é oSalto de Cavalo (campeã nacionalde juniores), mas também gostamuito das Paralelas. É campeãnacional juvenil de ambas as espe-cialidades e também foi campeãindividual em 2004.
CATARINA MARTINS
� 14 anos
� 1m55
� Lisboa Ginásio lube
Terceira do ranking nacional de 2005 com 116 pontos,atrás de Catarina Abrantes (239 pontos) e Rita Limão(128), Catarina manteve uma competição interessantepelo apuramento com Diana Ramalho do Boavista,mas na última prova, o Dia Olímpico, confirmou aescolha, classificando-se em 2º lugar atrás de CatarinaAbrantes, vencendo a prova de Trave Olímpica,enquanto a jovem boavisteira não ia além do 5º lugar.Em 2004, Catarina Martins foi a primeira do ‘ranking’nacional de juvenis, à frente da campeã nacional, RitaLimão.
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O Judo apresenta uma equipa de oito atletas, cinco dos quais participaram
recentemente nos Europeus de Esperanças em Salzburgo. Nos meses
precedentes, cumpriram um bom programa internacional, disputando os
torneios de Fuengirola e Coimbra e o torneio A Roger Sérzian, em Belfort,
França. Atendendo aos resultados alcançados ao longo deste ano, Joana Santos
parece a portuguesa com mais possibilidades na previsão de resultados.
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
JUDO3 rapazes 5 raparigas
ANA SOUSA
� 16 anos
� 1m58
� 48 kgs
Obteve uma série de resultadosinteressante, incluindo o 2º lugar emFuengirola e a vitória em Coimbra,além do 5º lugar no torneio deBelfort, a melhor classificação dosportugueses. Contudo, no Europeude Salzburgo perdeu na primeiraronda com a polaca Kuban.
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JOANA SANTOS
� 15 anos
� 1m62
� 52 kgs
Depois de ter sido 7ªem Fuengirola e nãoter passado do primei-ro combate emBelfort, venceu o tor-neio de Coimbra eganhou embalagempara o Europeu de Esperanças onde veio a ser a melhor por-tuguesa, terminando em 5º lugar. Começou a perder com asueca Odder, venceu sucessivamente a azeri Mamodova, abúlgara Buchkova e a polaca Babiarz, para perder com aeslovena Ketis na atribuição do 3º lugar.
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
JOANA PEREIRA
� 16 anos
� 1m65
� 57 kgs
Melhor portuguesa no torneio deFuengirola, com um triunfo quemais tarde repetiu em Coimbra.Contudo, em Belfort e no Europeu(perdeu com a norueguesaJohansen) não passou da primeiraronda.
JORGE
FERNANDES
� 15 anos
� 1m75
� 66 kgs
Além de Joana Santos foi o único aconseguir vencer um combate noEuropeu, superando o romeno Moga,antes de perder com o russo Machin ecom o letão Milenbergs. Venceu o tor-neio de Coimbra, foi 2º em Fuengirolae perdeu à primeira em Belfort.
EDUARDO
LEONARDO
� 16 anos
� 1m75
� 73 kgs
Primeiro em Coimbra, 2º emFuengirola, não passou da primeira eli-minatória quer em Belfort quer emSalzburgo, onde foi derrotado peloholandês Huysman.
PATRÍCIA ENCARNAÇÃO
� 15 anos
� 1m66
� 70 kgs
De todas as seleccionadas foia que menos competiu esteano, tendo alcançado, porém,o segundo melhor resultadono Torneio A de Belfort, um9º lugar, com dois triunfos emquatro combates.
ANA ANDRADE
� 15 anos
� 1m69
� 63 kgs
Não esteve noEuropeu e obteveresultados regularesnos três torneiosdisputados: 3ª emFuengirola, 2ª emCoimbra, dois com-bates perdidos emBelfort
ANDRÉ MELO
� 16 anos
� 1m85
� 81 kgs
Não foi ao Europeu eregista uma folha de ser-viços idêntica à deLeonardo: 1º emCoimbra, 2º emFuengirola, 2 derrotasem Belfort
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Na linha de Tiago Venâncio e Diana Gomes, medalhados no FOJE 2003 de
Paris, a selecção de Natação carrega algumas ambições para Lignano
Sabbiadoro, em particular Jorge Maia, nadador de Vila Nova de Famalicão,
que em Abril obteve a medalha de ouro dos 400 metros no Multinations
Youth do Funchal. Esta prova constituiu, aliás, o principal ponto de referência interna-
cional, em termos de experiência, para a maioria dos nadadores portugueses deste
escalão juvenil
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
NATAÇÃO8 rapazes 8 raparigas
JOANA MARQUES
� 13 anos
� 1m55
� 200 bruços
Lisboeta filha de dois antigos nadadores (AnaChocalinho e Vítor Costa Marques), a repre-sentante da SFUAP superou Marta Azêdo no‘meeting’ Tap, com 2.47,70 para ganhar opassaporte para Itália.
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
ANA MATEUS
� 13 anos
� 1m41
� 100 bruços, 4x100 estilosuços
Colega de Diana Gomes nos Bombeiros dos Estoris, partilhacom a mais jovem olímpica de sempre a especialidade dos100 metros bruços e o facto de ser a mais jovem da equipapara o FOJE. Superou também Marta Azedo na última provade selecção, com 1.18,16 minutos
RITA GOMES
� 14 anos
� 1m45
� 200, 400 estilos, 100, 200 mariposa, 4x100,
4x100 estilos
Vem de Alcobaça a nadadora mais eclética do grupo, quedominou totalmente as provas decisivas. Campeã nacionalde juvenis de 200 e 400 estilos e das duas distâncias demariposa.
MARTA MARINHO
� 14 anos
� 1m54
� 100, 400, 800 livres, 4x100, 4x100 estilos
Representante do FC Porto, é a campeã nacional juvenil dos50, 100 e 400 metros, mas acabou por obter também osmínimos para correr os 800, ao superar Ana Félix, com otempo de 9.49,07. Tem a marca de 1.01,13 aos 100 e4.40,29 aos 400. Também é campeã nacional dos 100metros costas
CAROLINA BEBIANO
� 13 anos
� 1m47
� 50 livres
Vive na Amadora e representa o Belenenses a jovem surpre-sa da selecção, que superou a campeã nacional MartaMarinho ao fazer o tempo de 28,91 segundos no ‘meeting’TAP.
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
Campeã nacional dos 200 costas, obteve as melhores marcasdo Multinations do Funchal e confirmou a qualificação no‘meeting’ TAP, com 1.10,39 e 2.24,21. É bracarense e repre-senta o Sporting de Braga.
RUTE ARAÚJO
� 14 anos
� 1m59
� 100, 200 costas, 4x100 estilos
Nadador do Famalicense, campeão nacional dos 200 estilos(2.14,03 obtidos no Multinations) acabou por superar TomásFreitas nos 400, com a marca de 4.43,58 no ‘meeting’ TAP.
PAULO ARAÚJO
� 16 anos
� 1m80
� 200, 400 estilos, 4x100, 4x200 mista
Conimbricense e atleta da Académica igualou o tempo deSara Azevedo (2.14,36), o que apenas lhe deu uma vaga naestafeta, pois prevaleceu a classificação no Nacional.
RITA FERREIRA
� 14 anos
� 1m41
� 4x100, 4x200 mista
Portista de São João da Madeira, campeã nacional dos 200metros com 2.14,36 minutos foi a única a quebrar a hege-monia de Marta Marinho no Multinations nas provas decrawl
SARA AZEVEDO
� 14 anos
� 1m40
� 200 livres, 4x100, 4x200 mista
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Farense do Montenegro, nada pelo Louletano e cometeu aproeza de melhorar no Multinations a marca de Jorge Maia,campeão nacional da distância, com 2.11.31 minutos. No‘meeting’ TAP também obteve o melhor registo.
HUGO RODRIGUES
� 16 anos
� 1m63
� 200 mariposa
É de Carnaxide, mas nada pelo Belenenses, e destacou-se naúltima prova de selecção, o ‘meeting’ TAP, ao tirar seissegundos ao tempo de Jorge Maia, o campeão nacional, com16.31,97 minutos.
PEDRO OLIVEIRA
� 15 anos
� 1m85
� 1500, 4x100, 4x200 mista
O franzino seixalense (SFUAP) ganhou o Nacional com59,46 segundos e confirmou a superioridade no Multinationse no TAP.
JOÃO CARLOS SANTIAGO
� 15 anos
� 1m43
� 100 mariposa, 4x100, 4x100 estilos
Dominador incontestado do estilo bruços na sua categoriaetária este varzinista radicado em Setúbal (CNS) tem comomelhores marcas de qualificação 1.07,19 (100 metros) e2.31,06 (200). Também esteve em foco no Multinations.
RICARDO VARELA
� 15 anos
� 1m78
� 100, 200 bruços, 4x100 estilos
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
PAULO SANTOS
� 15 anos
� 1m79
� 50 livres, 4x100, 4x200 mista
Não é o campeão nacional, mas superou a marca de DiogoBarbosa quer no Multinations quer no TAP, onde registou24,74 segundos. É de Gondomar e representa o FC Porto.
ADELINO GAITEIRO
� 16 anos
� 1m80
� 100, 200 costas, 4x100 estilos
Campeão nacional dos 200 metros costas (2.10,72), o atletamatosinhense do FC Porto veio a superar também a marcade António Lança nos 100 metros, com 1.02,13. NoMultinations obteve os melhores tempos em ambas asprovas.
JORGE MAIA
� 16 anos
� 1m50
� 100, 200,
400 livres,
4x100,
4x100 estilos
Grande esperança daNatação portuguesa,o famalicensevenceu cinco provasnos Nacionais deJuvenis de 2005.Aos 100 metros amelhor marca é de53,46 segundos, masa sua grande proezafoi o triunfo nos 400metros doMultinations doFunchal, com4.05,92, marca quemelhorou em maisde três segundos(4.02,13) semanasdepois, no TAP.
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Os jovens tenistas são, talvez, os
mais viajados e experientes inter-
nacionalmente, graças à própria
estruturação do quadro competiti-
vo da modalidade. Os resultados e a
evolução que os escolhidos já ostentam per-
mitem encarar com grande optimismo a
sua prestação competitiva em Lignano.
Sem pressões.
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
TÉNIS1 rapaz 1 rapariga
MARIA GUERREIRO
� 15 anos
� 1m73
� E.T. Almada
Nascida na Rússia nos tempos da Perestroika, filha de umprofessor de Ginástica português, hoje responsável técnico daFPG, e de mãe russa, o que explica a carinhosa alcunha deMasha. Estuda e treina em Inglaterra e é apontada como umtalento de grande futuro na modalidade, 19ª do ranking euro-peu de Cadetes. Foi vice-campeã nacional em 2004. No mêspassado participou nos 1º Jogos Ásia-Europa na Tailândia.
GASTÃO ELIAS
� 14 anos
� 1m80
� C.T. Lourinhã
Aluno do nono ano com bom aproveitamento,na semana do Estoril Open teve de faltar àsaulas por causa do ténis. Disputa torneios inter-nacionais desde os nove anos de idade e já foiduas vezes às meias-finais da prova mais impor-tante do calendário mundial, o famoso OrangeBowl de Miami. Há dois anos, um adversáriorusso e recentemente o lituano Berankis foramos seus problemas... «Gostava de ir para osEstados Unidos evoluir como jogador de ténis.E tenho o sonho de ir aos Jogos Olímpicos: seique posso lá chegar».
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A selecção nacional de sub-16 de basquetebol foi a equipa colectiva escolhida
para representar Portugal no FOJE – cada país apenas disputar uma das modali-
dades colectivas – e a tarefa não se apresenta nada fácil. Sob a coordenação de
Artur Lima, mas debaixo da responsabilidade do seleccionador Augusto Araújo,
esta equipa tem como principal característica um longo trabalho de conjunto que vem
realizando no Centro de Preparação de São João da Madeira onde os jovens atletas vivem,
estudam e treinam ao longo dos dois anos de duração deste projecto.
O trabalho desta equipa visa a participação no Campeonato da Europa, na Bulgária, mais
tarde, em Julho, e ainda terá uma terceira competição importante, em Agosto, em
Angola, representando Portugal nos Jogos dos PALOP.
No FOJE, a tarefa não se afigura nada fácil perante a categoria dos adversários (Turquia,
Espanha e Alemanha), três potências do basquetebol europeu, mas estes jogos consti-
tuirão uma boa preparação para o Europeu, onde Portugal terá por adversárias as equipas
da Bósnia, Áustria e Roménia, teoricamente mais acessíveis.
Nesta selecção, o destaque individual vai para Cláudio Fonseca, jovem de estatura invulgar
para o meio português (2,07 metros), que já representa um clube espanhol, o Valência,
onde também prossegue os seus estudos, razão pela qual não participou no estágio final
do Dia Olímpico em Rio Maior. Um dos jovens, Rui Araújo, é filho do conceituado árbitro
internacional da modalidade José Araújo.
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
BASQUETEBOL12 rapazes
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FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
JOSÉ SILVA
� 16 anos
� 1m93
� Barreiro
GONÇALO ALMEIDA
� 15 anos
� 1m93
� Carcavelos
RUI ARAÚJO
� 15 anos
� 1m73
� Lisboa
TIAGO SÁ
� 16 anos
� 1m84
� Sª Mª Feira
CLÁUDIO FONSECA
� 16 anos
� 2m07
� Algés
CRISTIANO SILVA
� 15 anos
� 1m91
� Barcelos
PEDRO PEREIRA
� 15 anos
� 1m85
� Vale da Amoreira, Moita
SAMUEL LÓIO
� 16 anos
� 1m77
� Aveiro
EDGAR MOUCO
� 16 anos
� 1m92
� Almada
ANDRÉ SILVA
� 16 anos
� 1m85
� Paredes de Coura
RENATO GALVEIA
� 16 anos
� 1m92
� Arrentela, Seixal
DIOGO CORREIA
� 14 anos
� 1m85
� Caxias, Oeiras
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Portugal teve uma participação
excepcional na primeira edição
dos Jogos da Juventude Ásia-
Europa (ASEM), realizados em
Banguecoque, Tailândia. Dezasseis
atletas trouxeram 21 medalhas e colo-
caram Portugal, desde o primeiro dia,
como a melhor equipa europeia pre-
sente, perdendo apenas para a China
e para o país anfitrião.
Além do sucesso desportivo, a
comitiva portuguesa viveu também
uma extraordinária experiência social
e cultural, beneficiando da tradicional
hospitalidade tailandesa e de uma
organização perfeita, servida por uma
competente equipa de assistentes e
voluntários.
Apesar da escassez de informação
prévia, os portugueses depararam
com uma organização exemplar na
Tailândia, incluindo duas cerimónias
oficiais (de abertura e de encerramen-
to) de grande nível, comparáveis às
dos Festivais Olímpicos da Juventude
Europeia.
A delegação portuguesa foi chefia-
da por João Matos e Celeste Gil,
vogais da Comissão Executiva do
COP, responsáveis das Federações de
JOGOS DA JUVENTUDE ÁSIA-EUROPA, BANGKOK 2005
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Portugal melhor
representante europeu
Vinte e uma medalhas conquistadas
numa competição intercontinental de
várias modalidades constituem um
saldo extremamente positivo da participação portuguesa na
primeira edição dos Jogos da Juventude Ásia-Europa, reali-
zada em Banguecoque. Uma experiência inolvidável para os
16 jovens portugueses
21 MEDALHAS
OURO PRATA BRONZE
Natação 6 2 2
Atletismo 4 1 2
Ténis - 2 2
Diana Gomes foi a porta-estandarte da delegação portuguesa
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Badminton e Trampolins,
respectivamente.
� 5 Medalhas
na estreia
O sucesso nacional começou
a desenhar-se no primeiro
dia com a conquista de cinco
medalhas, com Portugal a colocar-se
desde logo à frente do pelotão euro-
peu e em terceiro lugar geral. O país
organizador e anfitrião participou
com um maior número de atletas, o
que explica a maior quantidade de
medalhas conquistadas, inclusive
relativamente à China.
O dia fechou com o triunfo de
Diana Gomes nos 100 metros bruços,
com o tempo 1.12,66 minutos,
enquanto na prova masculina da
mesma distância Carlos Almeida se
classificava em 4º lugar.
No Atletismo, Pedro Cirne foi o
primeiro campeão de sempre desta
nova competição intercontinental, ao
ganhar os 1500 metros masculinos
com o tempo de 4.10,45 minutos.
No lançamento do Peso, também
António Vital e Silva conquistou ouro
com um derradeiro lançamento de
18,38 metros.
Marcos Caldeira ficou em segundo
lugar no Salto em Comprimento com
7,05 metros e Lídia Sousa foi terceira
nos 1500 metros, com 4.40,33 minutos
– ambos batidos apenas por atletas
chineses.
� 7 no 2º dia
No segundo dia, a selecção portugue-
sa conquistou mais sete medalhas,
quatro delas de ouro. O nadador
Carlos Almeida conquistou uma
medalha de ouro nos 400 metros esti-
los e outra de bronze nos 200 bruços,
enquanto Diana Gomes repetiu o
êxito do primeiro dia, vencendo a
final dos 200 metros bruços.
Pedro Oliveira venceu os 200
metros mariposa.
No Atletismo, António Vital e Silva
também alcançou o segundo triunfo
na competição, dominando o
Lançamento do Disco com um novo
recorde pessoal e nacional, enquanto
Lídia Sousa alcançou a medalha de
bronze nos 800 metros.
A selecção feminina de Ténis clas-
sificou-se em segundo lugar na prova
por equipas, ao perder na final com a
Coreia do Sul.
� Cirne repete triunfo
Na terceira jornada, Pedro Cirne ven-
ceu a prova de 3000 metros, repetindo
AS MEDALHAS PORTUGUESAS
OURO
� ATLETISMO
PESO M
António Vital
e Silva
DISCO M
António Vital
e Silva
1500 metros M
Pedro Cirne
3000 metros M
Pedro Cirne
� NATAÇÃO
200 metros
Mariposa M
Pedro Oliveira
200 metros
Costas M
Pedro Oliveira
400 metros
Estilos M
Carlos Almeida
200 metros
Estilos M
Carlos Almeida
200 metros
Bruços F
Diana Gomes
100 metros
Bruços F
Diana Gomes
PRATA
� ATLETISMO
Comprimento M
Marcos Caldeira
� NATAÇÃO
100 metros
Costas M
Pedro Oliveira
100 metros
Mariposa M
Pedro Oliveira
� TÉNIS
Por Equipas F
Joana Pangaio-
Maria Guerreiro
Singulares F
Joana Pangaio
BRONZE
� ATLETISMO
800 metros F
Lídia Sousa
1500 metros F
Lídia Sousa
� NATAÇÃO
200 metros
bruços M
Carlos Almeida
50 metros
bruços F
Diana Gomes
� TÉNIS
Pares Mistos
Joana Pangaio-
Alexandre
Cardoso
Pares Femininos
Joana Pangaio-
Maria Guerreiro
QUADRO FINAL DE MEDALHAS
PAIS OURO PRATA BRONZE TOTAL
1 China 32 12 6 50
2 Tailândia 22 27 34 83
3 Portugal 10 5 6 21
4 Coreia do Sul 7 5 10 22
5 Alemanha 5 7 11 23
6 Polónia 3 5 4 12
7 Eslováquia 3 4 1 8
8 Vietname 3 1 3 7
9 França 2 5 8 15
10 Bélgica 2 4 3 9
11 Indonésia 2 4 2 8
12 Estónia 2 3 2 7
13 Espanha 1 7 1 9
14 Finlândia 1 2 3 6
15 Myanmar 1 - 2 3
16 Singapura - 3 9 12
17 Filipinas - 1 5 6
18 Laos - 1 - 1
19 Letónia - - 2 2
20 Dinamarca - - 2 2
Quatro países (República Checa, Brunei,
Cambodja e Suécia) não conquistaram
qualquer medalha
Vital e Silva Diana Gomes
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a medalha de ouro que obtivera na
jornada inaugural na prova de 1500
metros, enquanto Marcos Caldeira
não conseguiu subir ao pódio do
Triplo Salto, terminando em quarto
lugar com 14,16 metros.
Na Natação, Pedro Oliveira ficou
em segundo lugar 100 metros costas,
com o tempo de 59,71 segundos.
No dia seguinte, Carlos Almeida
conquistou uma medalha de ouro nos
200 metros estilos (2.07.73), enquanto
Pedro Oliveira venceu a final dos 200
metros costas (2.04.80) e foi segundo
na final dos 100 metros mariposa
(56.30).
Na penúltima jornada dos Jogos, a
nadadora Diana Gomes conquistou a
sua terceira medalha da competição,
desta vez de bronze, na final de 50m
bruços (33.98 segundos). Carlos
Almeida esteve próximo de subir de
novo ao pódio ao classificar-se no
quarto lugar na final de 50m bruços
(31.26).
No Ténis, Joana Pangaio, que já
tinha conquistado três medalhas em
pares (uma de prata e duas de bron-
ze), derrotou a coreana Lee Cho Won
por um duplo 6-3 e qualificou-se para
a final com a tailandesa Uthomporn
Pudtra, que veio a perder no último
dia, por 3-6,2-6.
JOGOS DA JUVENTUDE ÁSIA-EUROPA, BANGKOK 2005
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38
Chefe de Missão
João Matos
Chefe-adjunto de Missão
Celeste Gil
Fisioterapeuta
José Luís Rodriguez
Chefes de Equipa
Atletismo - Vital e Silva
Badminton – Jorge Pitarma
Natação – Fernando Teixeira
Ténis de Mesa – Fernando Malheiro
Ténis – Gonçalo Portas
Atletismo
Pedro Cirne 800, 1500, 3000 metros
Marcos Caldeira Comprimento, Triplo Salto, Altura
António Silva Disco, Peso
Lídia Sousa 800, 1500 m
Badminton
Pedro Martins Singulares, Pares Mistos
Ana Reis Singulares, Pares Mistos
Natação
Carlos Almeida 200, 400 metros estilos, 100, 200 bruços
Pedro Oliveira 100, 200 metros costas, 100, 200 mariposa
Diana Gomes 50, 100, 200 metros bruços
Ténis de Mesa
Vitaly Efimov
Ivo Silva
Diogo Pinho
Ténis
Alexandre Cardoso
Bruno Silva
Antónia Guerreiro
Joana Pereira
A COMITIVA PORTUGUESA
Carlos AlmeidaLídia Sousa
Pedro Cirne
Marcos Caldeira
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Aproximação entre povos
A ideia dos Jogos ASEM da Juventude nasceu no 4º Meeting Ásia-Europa,
realizado na Dinamarca em 2002, onde a Tailândia se ofereceu para organi-
zar uma competição internacional com o objectivo de incrementar as rela-
ções e a amizade entre as juventudes asiática e europeia, bem como pro-
mover as respectivas culturas. Além da parte desportiva, também houve
intercâmbio cultural com demonstrações de usos e costumes e folclore
dos países representados.
Os países membros da ASEM são 38, treze asiáticos e 25 europeus.
Participaram nesta primeira edição dos Jogos da Juventude Ásia-Europa
(Meeting ASEM) 823 atletas nascidos depois de 1987 em representação
de 27 países (Brunei, Cambodja, China, Coreia do Sul, Filipinas, Indonésia,
Laos, Myanmar, Singapura, Tailândia e Vietname, pela Ásia, e Alemanha,
Bélgica, Dinamarca, Espanha, Eslováquia, Estónia, Finlândia, França,
Letónia, Polónia, Portugal, República Checa e Suécia, pela Europa).
Os Jogos englobam seis modalidades, mas Portugal não participou no fute-
bol.
IX Jogos das Ilhas Creta-2005
Madeira e Açores
conquistam
29 medalhas
A Madeira conquistou 19 medalhas
e os Açores dez na IX edição dos
Jogos das Ilhas, que decorreu em
Creta entre 25 e 29 de Maio, tra-
zendo para Portugal um total de
dez medalhas de ouro, seis de
prata e 13 de bronze.
As duas regiões autónomas portu-
guesas competiram com um total
de 139 atletas (77 madeirenses e
62 açorianos) neste encontro anual
que reuniu mais de 1200 partici-
pantes de Cabo Verde, Canárias,
Chipre (convidada) Córsega, Corfu,
Creta, Guadalupe, Jersey, Mayotte,
Malta, Sardenha, Sicília e Wight.
Este ano, faltaram as Baleares, a
Martinica e a Reunião.
Madeira domina
Ténis de Mesa
A equipa madeirense dominou quase
por completo a competição de ténis
de mesa, conquistando cinco dos
seis títulos (equipas e pares mas-
culino e feminino, pares mistos e
individual masculino), com realce
para Vitaly Efimov (três medalhas
de ouro) e Cármen Gonçalves
(duas). Em individuais femininos,
Ana Costa ficou no segundo lugar.
A madeirense Joana Frias também
conquistou duas medalhas de ouro
no atletismo, nos 400 metros e no
salto em comprimento, estabele-
cendo novos recordes regionais
com 56,28 segundos e 5,66
metros, respectivamente.
Açores destacam-se
no Judo
A selecção dos Açores destacou-se
no Judo, com a medalha de ouro de
Bruno Furtado, de São Miguel, na
categoria de +73kgs, e mais duas
de prata em -60 e -66 kgs.
A outra medalha de ouro açoriana
foi conquistada no Atletismo por
Joana Flores, da Terceira, com 1,63
metros no salto em altura.
Nos desportos colectivos o melhor
resultado foi alcançado no andebol,
com a equipa masculina da Madeira
a perder apenas na final com as
Canárias.
O presidente do Comité Olímpico de
Portugal, Comandante Vicente
Moura, assistiu em Creta à edição
de 2005 destes Jogos, também
considerados as Olimpíadas das
Ilhas, que em 2000 e 2003 foram
organizados na Madeira e nos
Açores respectivamente.
Badminton enfrentou adversários asiáticos
fortíssimos
Vitaly Efimov em acção no Ténis de Mesa
Recepção na Embaixada de Portugal em Banguecoque
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OProjecto Pequim-2008 ganhou
em Abril e Maio cinco novos
passageiros, aumentando a
lista para 24 atletas de 12 modalida-
des. Nos próximos meses, contudo, é
certo que a lista vai ser aumentada,
inclusive com a entrada de outros
desportos, individuais e colectivos, à
medida que as grelhas de qualificação
também vão sendo acordadas e sela-
das entre o COP e as Federações.
Os últimos dois meses tiveram
algumas provas de alto nível interna-
cional, destacando-se as vitórias de
Vanessa Fernandes no México e em
Espanha e o terceiro lugar de Telma
Monteiro nos Europeus de Judo.
Ambas são firmes candidatas a luga-
res de honra nos Jogos de Pequim,
depois das prometedoras estreias em
Atenas-2004, ainda com idade de
juniores.
Neste Verão, ano de Mundiais de
Atletismo e de Natação, é crível que o
grupo de “bolseiros” olímpicos possa
aumentar significativamente. Mas
também algumas modalidades colec-
tivas, com performances de alto nível
como a selecção de Voleibol na Taça
do Mundo e a selecção olímpica de
futebol no Torneio de Toulon, batem
à porta do Projecto Pequim. Sem
esquecer o apuramen-
to do Andebol para o
Europeu, embora
neste caso a competi-
ção só decorra em
2006 e seja necessário
esperar até lá.
Dos últimos cinco atletas que
conseguiram entrar no Projecto, João
Gomes é o que regista um mais
significativo percurso olímpico,
depois de ter participado nos Jogos
de Sydney e de Atenas. Conseguiu
ser repescado com efeitos a partir de
Janeiro, uma vez que a candidatura
assentava sobre o ranking registado
no final de 2004, o 16º posto que lhe
garante o nível 3 do Projecto.
O atirador Ricardo Colaço, que
ficou muito perto dos oito primeiros
no Mundial de Fosso Olímpico e a
dupla de ‘star’ Afonso Domingos-
Bernardo Santos também entraram
no nível 3, enquanto o nadador
Tiago Venâncio é o primeiro a bene-
ficiar do especial nível 4 – que ape-
nas garante apoio à Federação e não
directamente ao
atleta. Afonso
Domingos e Tiago
Venâncio também
já foram olímpicos,
respectivamente em
Sydney e Atenas.
XXIX OLIMPÍADA - A CAMINHO DE PEQUIM
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Projecto 2008 ganha
mais cinco candidatos
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São 24, de doze modalidades diferentes, os atletas que beneficiam do
estatuto de ‘olímpicos’ figurando no Projecto Pequim-2008. Aos 19 que
transitaram de Atenas, juntam-se mais cinco pelos resultados já
alcançados ao longo desta temporada, mas tudo indica que em breve o
grupo vai ser muito alargado
OS CINCO NOVOS OLÍMPICOS
ESGRIMA João Gomes
NATAÇÃO Tiago Venâncio
TIRO COM ARMAS DE CAÇA Ricardo Colaço
VELA Afonso Domingos-Bernardo Santos
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ATLETISMO
Naide Gomes
Inconstância física após o título europeu de pista
coberta, reservando-se para os Mundiais. Não par-
ticipou na Taça da Europa, de Leiria, por causa de uma
lesão no adutor.
Francis Obikwelu
Em Maio iniciou a época de ‘meetings’, vencendo no
Qatar e foi 4º na corrida em que Asafa Powell bateu o
recorde mundial dos 100 metros. Na Taça dos
Campeões Europeus de Vila Real de S. António e na
Taça da Europa ajudou o Sporting e a selecção com
vitórias nos 100 e 200 e ainda ajudou na estafeta,
apesar de se queixar de problemas físicos que o impe-
dem de disputar os 200 metros nos Mundiais de
Helsínquia.
Alberto Chaíça
Depois da operação cirúrgica reapareceu na Corrida
do Metro (15k) com um 4º lugar. Prepara a Maratona
do Mundial.
João Vieira
A grande proeza nos últimos dois meses foi a
obtenção dos mínimos para o Mundial, com 1.22,08
horas no muito competitivo Grande Prémio de Rio
Maior (9º lugar)
Manuel Damião
Venceu os 1500 metros da Taça da Europa de Leiria
(3.45,06), confirmando-se como um dos grandes
especialistas mundiais.
Rui Silva
Vitória de classe nos 3.000 metros da Taça da
Europa (8.10,26 minutos) na retoma da carreira, me-
lhorando a marca da Taça dos Campeões Europeus
(8.10,67), em Vila Real, onde também correu e
venceu os 1500.
CANOAGEM
Emanuel Silva
Iniciou a época na Taça do Mundo na Polónia em mea-
dos de Maio, mas não conseguiu chegar às finais
CICLISMO
Sérgio Paulinho
Disputou diversas clássicas, incluindo a Fleche
Wallone, com resultados modestos. Realce para um
23º lugar num contra-relógio na Volta à Romandia.
ESGRIMA
João Gomes
Recuperado das lesões, preparou a nova época ao
mesmo tempo que via reconhecido o seu valor interna-
cional com a inclusão no Projecto Pequim 2008,
graças ao 16º lugar no ‘ranking’ mundial de Florete.
Grande teste em finais de Junho nos Europeus de
Zalaegerseg.
JUDO
João Pina
A recuperar de uma rotura de ligamentos do ombro e de
uma apendicite. Só deve reaparecer no final da temporada.
João Neto
Reapareceu nas Taça do Mundo de Tallin e Bucareste,
com um nono e um terceiro lugar, respectivamente
Telma Monteiro
Grande figura dos Europeus de Roterdão, com mais
uma medalha de bronze, depois de ter vencido o
Torneio A de Bucareste, no início de Abril
NATAÇÃO
Tiago Venâncio
O jovem olímpico de Atenas sagrou-se campeão
nacional alcançando os mínimos para os Mundiais nos
200 metros livres com 1.50,10, o que lhe valeu a
entrada no Projecto Pequim (nível 4).
TRAMPOLINS
Nuno Merino
Prepara a participação nos Campeonatos do Mundo, em
Setembro, com actividade nacional e internacional intensa.
TRIATLO
Vanessa Fernandes
O regresso à competição não podia ser melhor. Duas
vitórias consecutivas na Taça do Mundo, no México e
em Madrid e subida ao 3º lugar do Ranking mundial.
TIRO
João Costa
Participou na Taça do Mundo de Pusan, Coreia, nas duas especia-
lidades de Pistola Livre (11º) e Pistola de Ar Comprimido (17º).
TIRO COM ARMAS DE CAÇA
Ricardo Colaço
O 15º lugar no Campeonato do Mundo de Fosso
Olímpico (trap), em finais de Maio, em Itália, valeu-lhe
a entrada no Projecto Pequim-2008
VELA
Gustavo Lima
22º lugar na Semana Olímpica de Vale Hyères, França,
e quinto lugar na Holland Regatta, na Holanda.
Álvaro Marinho – Miguel Nunes
4º lugar na Semana Olímpica de Vale Hyères, França,
e segundo na Holland Regatta, na Holanda.
Afonso Domingos – Bernardo Santos
Entram no Projecto Olímpico graças ao 6º lugar no
Campeonato do Mundo de Star, disputado na Argentina
VOLEIBOL DE PRAIA
Miguel Maia – João Brenha
Época de Verão começa no final de Junho, com a pre-
sença no Campeonato do Mundo, em Berlim.
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Os alunos do Programa
MEMOS VIII, Recursos
Humanos e Gestão
Intercultural do Desporto, o mais
importante Mestrado em Gestão
Desportiva, realizaram um módulo
em Portugal, numa organização da
Universidade Lusófona e do Comité
Olímpico de Portugal.
O responsável pelo módulo,
Manuel Brito, da Universidade
Lusófona, considerou este evento um
dos mais bem organizados, quer a
nível de conteúdos quer de logística,
como já foi manifestado quer pelo
Director do MEMOS, de Lausana,
quer em múltiplas mensagens dos
alunos.
«O prestígio das instituições, o
Comité Olímpico de Portugal e a
Universidade Lusófona, foi plena-
mente conseguido, pois a parceria
funcionou de forma excelente. Foi
bem estabelecida e bem guiada», sub-
linhou o responsável académico. O
programa do Módulo conciliou muito
bem os aspectos sociais, nomeada-
mente as visitas históricas e paisagís-
ticas, com o programa académico.
«Não podia estar mais satisfeito».
Depois do Módulo de Lisboa, os
alunos estão em fase de elaboração
das teses e concluirão o curso em
Setembro, em Lausana, um quarto
módulo que coincide com o início do
MEMOS IX, que há-de levar os alu-
nos ao Rio de Janeiro e à Sicília.
� MEMOS em Rio Maior
O MEMOS (Master Exécutif en
Management des Organisations
Sportives) é, neste momento, em ter-
mos internacionais, o mais conhecido
e prestigiado Curso de pós-graduação
no âmbito da Administração e Gestão
do Desporto, tendo o patrocínio do
Comité Olímpico Internacional e dos
Comités Olímpicos Europeus e o
apoio da Solidariedade Olímpica.
Além das sessões de trabalho na
Universidade Lusófona, os partici-
pantes estiveram em Rio Maior de
visita ao Centro de Preparação
Olímpica do COP na sua terceira jor-
nada do módulo de Lisboa. Durante a
tarde em Rio Maior, os trabalhos
foram marcados pela comunicação do
secretário-geral do Comité Olímpico
de Portugal, Victor Mota, sobre o pro-
cesso de preparação de uma Missão
aos Jogos Olímpicos, em todas as suas
vertentes; elegibilidade dos atletas,
apoio e controlo médico e anti-
doping, transportes, acomodação,
vestuário, logística, media e comuni-
cação, bilheteira e marketing.
No quinto dia de trabalho, os alu-
nos do MEMOS visitaram o Estádio
José Alvalade, palco da final da Taça
UEFA, e assistiram ao jogo AZ
Alkmaar-Sporting no restaurante do
estádio leonino. No último dia, reali-
zaram uma visita à sede do Comité
Olímpico de Portugal.
A coordenação do módulo foi do
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Módulo MEMOS VIII
prestigiou Portugal
Os alunos do MEMOS VIII junto à piscina de Rio Maior
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Paulo Frischknecht na aula e Vítor Mota na sua
comunicação
italiano Alberto Madella, Professor
da Universidade de Florença e do
Comité Olímpico Italiano, e de
Manuel Brito, da Universidade
Lusófona. O norte-americano
Packianathan Chelladurai, da
Universidade Estadual de Ohio, foi o
principal prelector com comunicações
sobre a gestão de recursos humanos
no Desporto e o voluntariado nas
organizações desportivas.
Entre as comunicações, houve três
de convidados portugueses:
«Desporto e Turismo», por Carlos
Manuel Pereira (Câmara Municipal
de Oeiras), quarta-feira dia 4 em Rio
Maior
«Preparação de uma Expedição
Olímpica», por Victor Mota, secretá-
rio-geral do COP, quarta-feira em Rio
Maior
«Relações Internacionais entre
Organizações Desportivas
Nacionais», por Manuel Brito, quinta-
feira dia 5 na Universidade Lusófona.
A apresentação «Uma organização
Desportiva Profissional: Sporting
Clube de Portugal», de Paulo
Andrade, administrador da Sporting
SAD, foi cancelada à última hora.
� O que é o MEMOS?
O MEMOS surgiu como um instru-
mento de especialização no novo
contexto do associativismo desporti-
vo gerado pela unificação política,
social e económica da Europa, partin-
do do princípio que ela não represen-
ta uma ameaça para o desporto, mas
pelo contrário uma boa ocasião de
descoberta e aproveitamento das
experiências desportivas dos diversos
países.
O MEMOS tem por objectivo per-
mitir aos profissionais dos organis-
mos desportivos nacionais e interna-
cionais desenvolverem as competên-
cias necessárias a uma melhor gestão
das suas organizações no XXIº século.
Jacques Rogge, então presidente
dos Comités Olímpicos Europeus, foi
um dos impulsionadores deste movi-
mento desencadeado pela associação
de diversas Universidades e Escolas
de Desporto europeias em 1995 com
o apoio da Solidariedade Olímpica e
de muitos Comités Olímpicos nacio-
nais.
A partir da VI edição o MEMOS
foi alargado a outros continentes,
sempre com o objectivo de formar
melhores profissionais para a gestão
desportiva profissional ou voluntária.
Na actual VIII Edição participam
alunos de África do Sul, Alemanha,
Antigua, Barbados, Bélgica,
Bielorússia, Camarões, Chipre, Costa
Rica, Croácia, Espanha, Filipinas,
França, Guatemala, Holanda,
Indonésia, Iraque, Itália, Jordânia,
Lituânia, Malawi, México,
Moçambique, Palestina, Porto Rico,
Instituições
participantes
As instituições que, neste
momento, participam no MEMOS
são:
� École Nationale d’Éducation
Physique et des Sports du
Luxemburgo
� Institut de Hautes Études en
Administration Publique, Lausana,
Suíça
� Institut Nacional d’Educacio Fisica
de Catalunha, Lleida e Barcelona,
Espanha
� Institut National du Sport et de
l’Éducation Physique, Paris, França
� Scuolla dello Sport dello Comitato
Olimpico Nazionale Italiano, Roma,
Itália
� Universidade Lusófona de
Humanidades e Tecnologias, Lisboa,
Portugal
� Università degli Studi, São Marino
� Université Livre de Bruxelles
(Solvay Business School et ISEPK),
Bélgica
� Université Claude Bernard Lyon 1
(Faculté des Sciences du Sport),
França
� Loughborough University (Institute
of Sport and Leisure Policy), Reino
Unido
Portugal, Reino Unido, Samoa,
Suazilândia, Suíça, Uzbequistão e
Zimbabué, na sua maioria dirigentes
de Federações nacionais e internacio-
nais e de Comités Olímpicos. O único
português no Curso foi Paulo
Frischknecht, presidente da
Federação Portuguesa de Natação
Pós-Graduação em português
A Universidade Lusófona e o Comité Olímpico, na sequência do sucesso deste Mestrado em Gestão
Desportiva, pretendem agora organizar uma Pós-Graduação em Língua Portuguesa vocacionada para os
quadros técnicos e dirigentes dos Comités Olímpicos e Federações dos PALOP. O envolvimento e apoio da
Solidariedade Olímpica é fundamental para o sucesso deste projecto.
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Victor Mota em
Seminário Olímpico
na Albânia
O Secretário Geral do Comité
Olímpico de Portugal, Victor
Mota, participou em Tirana,
Albânia, no 26º Seminário para
Secretários Gerais e Chefes de
Missão, dominado por uma comu-
nicação sobre o «Futuro dos
Jogos Olímpicos», a cargo do
Director Executivo do Comité
Olímpico Internacional, Gilbert
Felli.
Este dirigente explicou aos secre-
tários gerais europeus como se
desenrolarão na próxima na 117ª
Sessão do COI, em Singapura, a
partir de 6 de Julho, as votações
das modalidades do programa
olímpico para os Jogos de 2012.
O Seminário de Tirana começou
com a apreciação do Relatório da
Secretária Geral da Associação
dos Comités Olímpicos, Gunilla
Lindberg, a que se seguiu uma
exposição sobre os projectos da
Solidariedade Olímpica e sua arti-
culação com os Comités nacionais
e finalmente um derradeiro balan-
ço aos Jogos Olímpicos de Atenas
(«Lições para o Futuro»), a cargo
da presidente da Comissão dos
COE, Marit Myrmael.
Outros pontos em discussão
incluiram o estado da organização
dos Jogos de Inverno de Turim-
2006, o acompanhamento das
organizações dos Jogos de
Pequim-2008 e de Vancouver-
2010.
Secretário-geral
em Paris
O Secretário-geral do Comité
Olímpico de Portugal, Victor
Mota, também participou em
Paris no encontro da Comissão
dos Comités Olímpicos Europeus
de Preparação dos Jogos
Olímpicos.
A agenda deste meeting foi domi-
nada pela discussão e tomada de
decisões relativamente aos Jogos
de Inverno de Turim-2006, na
sequência do seminário de Chefes
de Missão de 1-5 de Março e da
reunião do Grupo de Discussão
dos NOC, com exposições a cargo
de Andreja McQuarrie (Comité de
Organização TOROC) e de Simon
Toulson (COI), respectivamente.
CONGRESSO DO DESPORTO EM ODIVELAS
Presidente do COP defende
candidatura aos Jogos de Lisboa
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O Presidente do Comité Olímpico
de Portugal defendeu as vantagens de
uma candidatura à organização dos
Jogos Olímpicos como meio de trans-
formação e aceleração do desenvolvi-
mento desportivo do país, que permi-
tisse conquistar dez medalhas olímpi-
cas ou mais nos Jogos de 2016 ou 2020.
O Comandante Vicente Moura fala-
va durante a segunda sessão do
Congresso do Desporto promovido
pela Câmara Municipal de Odivelas,
num painel subordinado ao tema
«Grandes Eventos», em que o professor
da Faculdade Motricidade Humana,
José Pinto Correia, analisou os impactos
económicos das grandes competições
desportivas e o Director Técnico da
Federação Portuguesa de Desporto
para Deficientes, Jorge Carvalho, apre-
sentou a evolução e perspectivas do
movimento e dos Jogos Paralímpicos,
suas causas e efeitos.
Vicente Moura voltou a defender
uma candidatura aos Jogos de 2016 ou
2020 e enumerou as vantagens e difi-
culdades do projecto, apontando como
objectivos «ganhar dez ou 12 meda-
lhas nos Jogos de 2016 ou 2020» ou em
alternativa «aumentar a prática
desportiva de 23% para 37 ou 38 %»
ou, na melhor das hipóteses, alcançar
ambas as metas em simultâneo.
«Nenhuma candidatura tem hipóte-
ses de ser aceite sem a garantia de que
o país conquistará doze a quinze
medalhas pelo menos», sublinhou o
presidente do COP.
Uma candidatura aos Jogos
Olímpicos também obrigaria à defini-
ção e cumprimento de um plano inte-
grado de infra-estruturas desportivas,
como forma de pôr fim à falta de coor-
denação, quase anarquia, que tem
caracterizado o investimento em insta-
lações ao longo das últimas décadas
por parte das autarquias e da própria
administração central.
«Para transformar o Desporto em
Portugal, através de tal desígnio
patriótico, seria obrigatório que
Governo, Federações, Autarquias,
Comunicação Social, Empresas e a
sociedade civil em geral se unissem no
mesmo objectivo durante um período
não inferior a três ciclos olímpicos,
mas, como os resultados internacionais
do Futebol têm demonstrado, os resul-
tados acabariam por aparecer», afir-
mou Vicente Moura.
O presidente do COP revelou algu-
mas ideias sobre o projecto da
Candidatura de Lisboa, comparando o
desenvolvimento infra-estrutural da
cidade com a evolução realizada em
Atenas a pretexto dos Jogos de 2004,
admitindo por exemplo que a Aldeia
Olímpica pudesse ser construída na
zona do actual Aeroporto da Portela se
vier a ser substituído pelo novo aero-
porto da Ota.
O maior óbice à realização dos
Jogos Olímpicos em Lisboa seria o
custo da segurança (mil milhões de
euros em Atenas-2004), em caso de se
manter o actual alerta internacional
contra o terrorismo, por se tratar de
um dispêndio astronómico sem qual-
quer retorno.
Comenda do Infante para Vicente Moura
O Presidente do Comité Olímpico de Portugal, Comandante José Vicente
Moura, foi condecorado pelo Presidente da República com o grau de
Comenda da Ordem do Infante D. Henrique na comemoração do Dia de
Portugal de 2005, a 10 de Junho.
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Jogos ACOLOP Macau-2006
dão primeiros passos
Manuel Silvério, primeiro vice-presidente do
Comité Olímpico de Macau, esteve em Lisboa
para diversos contactos relacionados com a orga-
nização dos I Jogos da ACOLOP, acompanhando o presi-
dente do Comité Olímpico de Portugal, Comandante
Vicente Moura. O presidente e o vice-presidente da
Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial
Portuguesa convidaram o Secretário de Estado da
Juventude e Desportos os I Jogos da ACOLOP, a realizar
em Macau de 19 a 25 de Agosto de 2006, e convidaram o
governante português, que aceitou estar presente.
O Secretário de Estado Laurentino Dias foi convidado
também pelo dirigente macaense a assistir já este ano nos
IV Jogos da Ásia Oriental, primeira de três grandes compe-
tições desportivas multidisciplinares a ter lugar no territó-
rio em anos consecutivos.
Durante uma semana em Lisboa, Manuel Silvério man-
teve contactos diversificados com empresas e autoridades
políticas, desportivas e sociais, procurando apoios para a
organização dos Jogos da ACOLOP, um dos quais com o
presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto
Madaíl, a quem procurou sensibilizar para a importância
de a modalidade se apresentar com uma selecção olímpi-
ca de bom nível. O futebol não fazia parte do programa
original dos Jogos, mas foi adicionado à lista inicial de
seis modalidades.
Os dirigentes olímpicos também reuniram com as admi-
nistrações da TAP-Air Portugal e da Portugal Telecom,
com a Direcção da RTP Internacional e com o presidente da
Comissão de Educação e Cultura da Assembleia da
República.
Os membros da Direcção de Antenas Internacionais da
RTP, Lopes Araújo e António Franco, asseguraram a dispo-
nibilidade da empresa pública de televisão para transmitir
os I Jogos da ACOLOP para os mais de vinte milhões de
assinantes da RTP Internacional, bem como realizar e trans-
mitir ‘spots’ de divulgação do evento.
Os dez países e regiões fundadores da ACOLOP são
Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São
Tomé e Príncipe, Timor-leste, Moçambique e Macau,
China e Guiné Equatorial na qualidade de membro asso-
ciado.
Na primeira Assembleia-geral, realizada em Atenas em
2004, foi decidido que os I Jogos da ACOLOP seriam
disputados em Macau em 2006 por cerca de 1400 atletas em
seis modalidades: atletismo, basquetebol, voleibol de praia,
ténis de mesa, taekwondo e futsal, as duas últimas apenas
por equipas masculinas, às quais agora se junta o Futebol.
Em 2007, Macau também será palco dos 2.a Edição dos
Jogos Asiáticos em Recinto Coberto.
Manuel Silvério com Vicente Moura na Secretaria de Estado da Juventude e Desporto
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Aalimentação do atleta influencia
não só o estado de saúde, como
tem também efeitos benéficos
no rendimento desportivo. O atleta
deve seguir os padrões de uma
Alimentação Saudável (ingestão de
uma grande variedade de alimentos de
uma forma equilibrada) para que o seu
rendimento desportivo seja optimiza-
do. (1)
As necessidades energéticas do atle-
ta, em relação à população em geral,
estão aumentadas pelo exercício físico.
A alimentação do atleta deve ser sufi-
ciente em termos calóricos, para assim,
permitir a manutenção do peso corpo-
ral, e para cobrir as necessidades ener-
géticas exigidas pelos treinos/provas.
Uma baixa ingestão energética induz
uma utilização do tecido magro pelo
organismo para obtenção de energia, o
que pode provocar perda de massa
muscular, alterações menstruais nas
mulheres, risco aumentado de fadiga e
lesões musculares. (1)
Os hidratos de carbono (HC), as
proteínas e os lípidos são nutrimentos
presentes nos alimentos, que permitem
a produção de energia necessária ao
normal funcionamento dos músculos.
(2)
Os HC permitem a manutenção dos
níveis sanguíneos de glicose durante o
exercício, possibilitam a reposição do
glicogénio muscular após o exercício e
são a fonte primária de energia dos
músculos em exercícios de sprint e de
endurance. O glicogénio é a forma de
armazenamento/reserva de HC no
organismo, armazenando-se nos mús-
culos e no fígado. Esta reserva é limita-
da, pelo que, se não ocorrer uma inges-
tão adequada de HC, podem surgir
casos de fadiga bem como diminuição
do rendimento desportivo. As necessi-
dades de HC do atleta estão aumenta-
das, assim, o atleta deverá ingerir de
uma forma equilibrada alimentos for-
necedores de HC complexos, como por
exemplo, pão, arroz, massas, batatas,
vegetais e frutos, com restrição do
consumo de HC simples (bolos e
doces). (1, 3)
As necessidades proteícas dos atle-
tas podem estar ligeiramente aumenta-
das, na medida em que, as proteínas
constroem e reparam tecidos como
músculos, ligamentos e tendões que
sofrem danos induzidos pelo exercício.
No entanto, se a alimentação dos atle-
tas cobrir as suas necessidades energé-
ticas, também as necessidades proteí-
cas ficam satisfeitas, mesmo quando
aumentadas, sem ser necessário recor-
rer ao uso de suplementos proteícos
e/ou de aminoácidos. O atleta deverá
ingerir diariamente fontes alimentares
proteícas como peixes, carnes de prefe-
rência magras e lactícinios. (1)
É importante referir que uma inges-
tão proteíca acima dos níveis recomen-
dados (12 a 15% do valor calórico
total), ou seja, uma mega ingestão pro-
teíca (erro alimentar praticado por
muitos desportistas), ao contrário do
que o senso comum acredita, não pro-
voca um aumento da massa muscular,
podendo sim, acarretar riscos para a
saúde. (1)
Os lípidos são a fonte primária de
energia em exercícios de pouca intensi-
dade. Em relação à população geral, as
necessidades lípidicas não estão
aumentadas. (1, 2)
As vitaminas e minerais têm um
papel essencial em várias funções do
organismo, como na produção de ener-
gia, na construção e reparação dos teci-
dos musculares após o exercício.
Assim, teoricamente o exercício pode
aumentar ou alterar as necessidades
vitamínicas e/ou minerais. Os atletas
que limitem o consumo energético, ou
adoptem práticas severas de perda de
peso apresentam um maior risco de
deficiência vitamínica e/ou mineral,
aconselhando-se nestes casos, uma
suplementação vitamínica e/ou mine-
ral, que deverá ser recomendada pelo
médico ou nutricionista. No entanto,
de um modo geral, se a alimentação do
atleta for adequada em termos energé-
ticos, com ingestão de uma grande
variedade de alimentos, não são neces-
sários suplementos vitamínicos e/ou
minerais. (1)
A actividade física aumenta a pro-
dução de calor pelo corpo, sendo a
transpiração o principal mecanismo de
arrefecimento do organismo. É então
necessária uma ingestão adequada de
líquidos antes, durante e após os exer-
cícios, para compensar as perdas de
água ocorridas durante os mesmos. Se
os líquidos perdidos não forem repos-
tos, o atleta pode correr o risco de desi-
dratar. A desidratação diminui o rendi-
mento desportivo e afecta o estado de
saúde. (4)
Aconselha-se a ingestão de 400 a 600
ml de líquidos duas horas antes do
exercício. Durante o exercício, o atleta
deverá ingerir 150 a 350 ml de líquidos
a cada 15 a 20 minutos, dependendo
da tolerância individual. Após o exercí-
cio, deve ingerir os líquidos suficientes
para repor as perdas de água ocorri-
das. Não sendo aconselhada, após o
exercício, a ingestão de líquidos com
substâncias diuréticas, tais como o
álcool, a cafeína ou outras. (1, 3, 4)
Antes do treino/prova, o atleta
deverá efectuar uma refeição ou
merenda, de modo a que, quando
inicia o exercício físico a digestão esteja
praticamente concluída ou pelo menos
o estomâgo vazio. Esta refeição ou
merenda deve fornecer a quantidade
de líquidos que permita a manutenção
da hidratação do atleta durante o exer-
cício. Deve ser constituída por alimen-
tos pobres em gordura e fibra para
facilitar o esvaziamento gástrico.
Preferencialmente rica em HC por
forma a manter os níveis de glicose
sanguínea. Deve ser moderada em pro-
teínas e de fácil digestão, sem a inclu-
são de bebidas alcóolicas. (2, 3)
A refeição ou merenda pré-exercí-
cio deve ser efectuada 2,5 a 3 horas
antes, quando a modalidade permite o
reabastecimento. Nos casos em que
não se verifique a condição anterior,
deverá ter lugar 2 horas antes. (3)
Uma refeição pré-exercício pode ser
constituída por: sopa (com pouca gor-
dura, de preferência azeite, abundante
em legumes, engrossada com arroz ou
massa), o segundo prato poderá ser
constituído por peixe magro (pela sua
facilidade de digestão), ou carne
magra, arroz ou massa por serem os
menos flatulentes, a sobremesa poderá
ser constituída por um doce de colher
pouco açucarado (arroz-doce, aletria)
ou papa de fruta crúa adoçada. (3)
Durante o exercício, aconselha-se
que o atleta beba somente água, quan-
do a duração do esforço é inferior a
uma hora. Em exercícios intensos, ou
de duração superior a uma hora, ou
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Alimentação e Desporto
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Membros das Comissões empossados no COP
Os membros das Comissões Jurídica e Médica e do Departamento de
Apoio à Preparação Olímpica (DAPO) do Comité Olímpico de Portugal para
o ciclo 2005-2008 tomaram posse na sede da instituição em Lisboa.
A nova composição da Comissão Jurídica é a seguinte: Dr. Miguel Nobre
Ferreira, Dr. Adriano Cunha, Comandante José Manuel Fiadeiro, Dr.
Fernando Frazão, Dr. João Ataíde e Dr. Alberto Coelho.
Também os médicos Miguel Manaças, Artur Pereira de Castro, Pedro
Branco e José Ramos tomaram posse como membros da Comissão Médica, a
que se juntará oportunamente João Paulo Almeida.
Os presidentes das Comissões Jurídica e Médica serão cooptados pelos
respectivos membros.
Finalmente, os quatro membros do Departamento de Apoio à Preparação
Olímpica (DAPO) são os professores Luís Monteiro, Paulo Cunha, Luís
Rocha e Amílcar Saavedra.
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quando se realizam em condições
ambientais adversas (calor, frio, altitu-
de elevada) é vantajoso recorrer às
bebidas desportivas, nomeadamente
soluções iso ou hipotónicas. (4)
Após o exercício, o atleta deve inge-
rir uma refeição, o mais cedo possível,
e que forneça HC (de modo a repor as
reservas de HC nos músculos e fíga-
do), proteínas (as quais permitem a
reparação e construção do tecido mus-
cular) e lípidos. Esta é a altura indica-
da para a ingestão ocasional de acúca-
res e doces (desde que pobres em gor-
dura), porque nas duas horas seguin-
tes ao exercício, os músculos captam
mais avidamente a glicose sanguínea,
sendo armazenada como glicogénio.
(1, 4)
O uso de substâncias ergogénicas
(as que visam aumentar o rendimento
desportivo) tem crescido muito nos
últimos anos, apesar de, para a maio-
ria, não estar provado cientificamente
que sejam eficazes no aumento do ren-
dimento desportivo. As únicas sub-
stâncias que são comprovadamente
eficazes são a cafeína (ajuda a emagre-
cer) e a creatina (aumenta a massa
magra bem como a força muscular). O
uso de substâncias ergogénicas deve
ser feito com precaução, depois de
avaliada a segurança, eficácia, potencia
e legalidade do produto. (1, 4)
O atleta, se possível, deve ser segui-
do por um nutricionista ou médico
que o oriente sob o ponto de vista
nutricional e alimentar para que o seu
rendimento desportivo seja maximiza-
do e o seu estado de saúde optimiza-
do.
Dulce Esteves
Nutricionista formada na Faculdade de Ciências de
Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto
Referências Bibliográficas:
1) Position of the American Dietetic Association,
Dietitians of Canada, and the American College of
Sports Medicine: Nutrition and athletic performance. J
Am Diet Assoc. 2000; 100: 1543-1556.
2) Berning JR. Nutrition for exercise and sports perfor-
mance. In: Mahan LK, Escott-Stump S, eds. Krause’s
Food, Nutrition and Diet Therapy. Philadelphia:
Saunders, 2004.
3) Peres E. Saber comer para melhor viver. Lisboa:
Caminho-Biblioteca da Saúde, 1994.
4) Barata T. Mexa-se… pela sua saúde: guia prático de
actividades físicas e de emagrecimento para todos.
Publicações Dom Quixote, 2003.
Nobre Ferreira
continua na
Comissão
Jurídica e a
pensar no
Tribunal
Arbitral
Miguel
Manaças toma
posse na
Comissão
Médica
Os quatro clínicos empossados: José Ramos, Pereira de Castro, Pedro Branco e Miguel Manaças
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Opresidente do Comité Olímpicode Portugal (COP), ComandanteVicente Moura, celebrou proto-
colos com três instituições médicas doPorto, que visam garantir apoio clínicopara os atletas do Norte do país, englo-bados no Projecto Pequim2008 e noProjecto Esperanças Olímpicas 2012.
Os acordos, que o COP pretende fir-mar também em Lisboa, Coimbra eFaro, foram celebrados na delegação doPorto do Instituto do Desporto dePortugal, no passado dia 6 de Maio, evigoram até 31 de Dezembro de 2008.
O presidente do COP afirmou na ceri-mónia de assinatura dos protocolos quea qualidade dos serviços médicos adisponibilizar aos atletas visa «resulta-dos palpáveis, a nível de classificações
e medalhas».O presidente do IDP, José Manuel
Constantino, sublinhou a importânciados acordos firmados e o esforço decooperação entre as instituições, numaárea em que a intervenção do Estado éincompleta: «Temos cerca de 400 milatletas federados e não mais de 200médicos especialistas em medicinadesportiva, dos quais apenas 50 naadministração pública, o que tornaimpossível responder à solicitação dosatletas de alta competição».
No âmbito da parceria, que pode serrenovada no fim de 2008, Hospital daPrelada, Faculdade de Farmácia daUniversidade do Porto e Serviço Médicode Imagem Computorizada fornecem osserviços médicos que lhe sejam pedidos
pelos clínicos indicados pelo COP, apartir da coordenação do CentroNacional de Medicina Desportiva –Delegação Porto, dirigida pelo médicoJosé Ramos.
Os serviços de aconselhamento denutrição são da responsabilidade do Dr.Carlos Leite.
Os acordos foram assinados peloComandante Vicente Moura por parte doCOP e pelos responsáveis das três insti-tuições, Drª Maria Gilda Maia e Dr. JoséCarlos Vasconcelos (Administradores doSMIC), Professor Doutor FranklimMarques (Director do Serviço doServiço de Análises Clínicas daFaculdade de Farmácia da Universidadedo Porto) e Dr. Canto Moniz (DirectorClínico do Hospital da Prelada).
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Apoio Médico no Porto
para atletas olímpicos
O presidente do IDP, José Manuel Constantino, congratulou-se com a iniciativa do COP de promover soluções que visam a melhoria das condições de preparação dos
atletas de alta competição
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O âmbito de cada um
dos protocolos é o
seguinte:
SMIC
Serviços de diagnós-
tico pela imagem (RX,
TAC, Ecografia,
Ressonância
Magnética), com
resultados entregues
no próprio dia ou num
prazo máximo de 24
horas
Faculdade de
Farmácia
da Universidade
do Porto
Serviços de diagnós-
tico e análises clíni-
cas, sempre com
carácter de urgência
e resultados apre-
sentados num prazo
máximo de 48 horas
Hospital da
Prelada
Serviços de trata-
mento médico e
cirúrgico e interna-
mento (ortopedia,
cirurgia geral, cirur-
gia plástica, urologia,
fisiatria)
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Diogo Cayolla eleito para
Comissão Europeia de Atletas
O velejador português Diogo Cayolla foi
eleito para a Comissão de Atletas
Olímpicos Europeus na segunda
Assembleia Geral, reunida em Kiev em
finais de Maio.
«É uma grande honra e uma
enorme responsabilidade,
sobretudo se tivermos em
consideração que sou o
único da Europa do Sul e
também um atleta que não
conquistou medalhas em
Atenas. Isto significa que
ganhámos a eleição graças
ao nosso programa e
ideias», sublinhou Diogo
Cayolla.
Entre 17 candidatos, o olímpico por-
tuguês foi o quinto mais votado e o único
não medalhado a conseguir ser eleito,
sendo também o único representante
latino e da Europa do Sul, dos desportos
de Verão, nesta Comissão de Atletas dos
Comités Olímpicos Europeus. Na viagem
a Kiev, Diogo Cayolla esteve sempre
acompanhado de Nuno Fernandes, mem-
bro da Comissão Executiva e presidente
da Comissão de Atletas Olímpicos do
COP.
A alemã Claudia Bokel, da Esgrima, foi
eleita presidente e o inglês Peter
Gardner, do Remo, será o secretário
geral. Os restantes membros eleitos da
Comissão são o estónio Erki Nool,
campeão olímpico do decatlo, a saltadora
ucraniana Inga Babakova, e o lutador fin-
landês Teemu Heino, do Taekwondo. Em
representação dos atletas dos desportos
de Inverno, farão parte da Comissão a
croata Jannika Kostelica, do Esqui, e a
francesa Karinne Niogret, do Biatlo.
Prémio AOP para Imprensa
Regional atribuído
ao ‘Barcelos Popular’
O Prémio da Academia Olímpica para
Imprensa Regional – 2005 foi atribuído ao
conjunto de peças publicadas no
«Barcelos Popular» sobre a história dos
Jogos Olímpicos, incluindo o Olimpismo
em Portugal. O júri entendeu que este
trabalho, de dimensão considerável (tanto
em cada edição como no conjunto), tinha
permitido prolongar por vários meses
informação sobre o Movimento Olímpico
no órgão de imprensa em que foi publica-
do.
O júri decidiu por unanimidade atribuir
menções honrosas ao trabalho apresen-
tado por «O Ribatejano» (diversas peças
sobre atletas olímpicos ribatejanos para
Atenas-2004 e sobre o Centro de
Preparação Olímpica de Rio Maior e ao
conjunto de peças publicadas em «O
Castanheirense» (um conjunto de três
peças sobre a história dos Jogos
Olímpicos, da Antiguidade à
Modernidade).
COP estuda tribunal arbitral
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O Olimpismo em África
em novo livro de David Sequerra
O livro «O Milongo dos Limões e outras estórias do Olimpismo em Áfri-
ca», de David Sequerra, foi lançado em Maio na sede do Comité Olímpico
de Portugal.
A apresentação do livro, editado pela Multinova e patrocinado pelo COP,
foi feita pelo representante do Comité Olímpico Internacional em Portugal,
Fernando Lima Bello, que destacou a experiência rica e as múltiplas viagens
de David Sequerra enquanto dirigente do Comité Olímpico de Portugal,
onde desempenhou durante dez anos as funções de Secretário Geral, sendo
um dos mais antigos membros da Academia Olímpica e Membro Honorário
do Plenário do COP.
Esta obra literária resulta de múltiplas experiências enquanto formador
da Solidariedade Olímpica em países africanos, particularmente em Angola.
O livro inclui vinte histórias vividas pelo Autor em África, de Luanda a
Bamako, de Libreville a Maputo, de Malabo a Lomé, passando pelo
Mahgreb.
Da mesma editora, David Sequerra já lançara em 2002 «DEA dezoito estó-
rias africanas».
O assessor da presidência do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel
Costa, participou em Junho no Seminário do Tribunal Arbitral do Desporto,
realizado em Divonne Les Bains, França, colhendo experiência para o
desenvolvimento de idêntica estrutura a nível nacional.
Neste seminário, presidido pelo Juiz Kéba Mbaye, Presidente do TAD,
estiveram em discussão o Código de Arbitragem do Desporto (Entre o
Direito Civil e o Direito Comum), as Diferentes Instâncias que interferem
na resolução dos litígios desportivos, quer ao nível da jurisdição desportiva
quer nas instâncias de apelo, os resursos para os tribunais federais, os
novos desafios na luta contra o doping e a questão das autorizações espe-
ciais para a tomada terapêutica de medicamentos, bem como a jurisprudên-
cia doTAD em casos de dopagem.
Em fim de trabalhos, o Juiz R.S. Pathak expôs a experiência da Câmara
ad hoc do TAD nos Jogos Olímpicos de Atenas
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Os Produtos COP
Todos os produtos COP aqui apresentados encontram-se à disposição dos interessados na sede do Comité Olímpicode Portugal, localizada na Ajuda (Travessa da Memória, 36 - Lisboa).Para mais informações entre em contacto com os nossos serviços, através do telefone 21 361 72 60 ou via emailpara o endereço g.bernardes@netcabo.pt
COD 031-153Relógio de mesa25,00 euros
COD 033-350Porta-documentos75,00 euros
COD 033-009Porta-chaves Pele25,00 euros
Chapéus de chuva12,50 euros
COD 002-013Porta-chaves7,00 euros
COD 033-335Organize A4 - 100,00 eurosOrganize A5 - 75,00 euros
Relógio tipoSwatch25,00 euros
MCFORSUMPólos37,50 euros
Relógio de pulsoSenhora185,00 euros
Mala de viagem95,00 euros
Relógio de pulsoHomem185,00 euros
Gravata COP22,50 euros
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