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SALA DE AULA INTERATIVA: OBJETOS DE APRENDIZAGEM DIGITAIS EM PARCERIA
COM O APRENDIZADO
FONTANA, Lígia de Assis Monteiro, Universidade Aberta de Portugal Eixo 01: Formação inicial de professores da educação básica
prof.ligiamonteiro@gmail.com
1. Introdução
A globalização introduz novas exigências de competências e habilidades para o mercado
de trabalho que, por sua vez, torna-se mais competitivo. O ambiente educacional neste sentido
começa a fazer parte da nova era do conhecimento, a era tecnológica (CASTELLS, 1999).
No ambiente educacional que será assunto em evidência neste trabalho, os recursos
tecnológicos promovem modificações que estão atreladas a uma nova forma de ensinar e
apreender. Esta nova metodologia aperfeiçoada com estes artefatos, promove transformações no
modelo de educação convencional. (MORE, et. al., 2007).
A interatividade se caracteriza pela possibilidade, crescente com a evolução dos
dispositivos técnicos, de transformar os envolvidos na comunicação, simultaneamente, em
emissores e receptores da mensagem. (LÉVY, 1999)
Já pensar em uma sala de aula interativa é re(pensar) nas reconfigurações das
comunicações humanas, os artefatos tecnológicos como a internet entra como parte deste
processo de comunicação. O material interativo multimídia é um suporte para o professor
tornando um objeto de estudo direcionado, claro, objetivo e dinâmico. (SILVA, 2000)
Sendo assim, as mídias educacionais contribuem para o aluno ser solidário, aberto e tornar
um cidadão critico, pois promovem a interação, socialização e compartilhamento de opiniões e
saberes, fazendo parte do processo da construção da inteligência coletiva.
2. Reflexão sobre as tecnologias para educação
Há diversas definições, vertentes e tendências que influenciam a educação que é fornecida
e mediada por meio das relações interpessoais entre tempo e espaço em que vivemos. A
educação busca integrar ensino e vida, com o objetivo de oferecer ao aluno uma visão de
totalidade, além de colaborar para que os professores e alunos transformem suas vidas em
processos que levam à aprendizagem, formando assim cidadãos realizados e produtivos
(MORAN, et al, 2003).
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Este artifício de ensinar e aprender decorre de um processo consciente entre professor e
aluno. Educar é uma atividade criadora com o objetivo principal da formação integral que contribui
para o desenvolvimento das potencialidades físicas, morais, espirituais e intelectuais (BRANDÃO,
1994).
Para o referido autor, a educação ocorre através de um artifício que envolve as ações
conscientes do professor e a livre e espontânea vontade do aluno. Jamais poderia ser confundida
ou definida somente com o desenvolvimento e crescimento dos seres humanos nem com a mera
adaptação do indivíduo ao meio.
Podemos verificar que a educação vai além, envolve uma troca de saberes entre
indivíduos que se relacionam, ensinam e apreendem. Esta relação professor/ aluno é permeada
por tendências pedagógicas a fim de desenvolver uma metodologia de ensino e aprendizagem
que foram transformadas historicamente de acordo com as inovações que delineiam nosso tempo,
com o período educacional vivenciado e as necessidades dos estudantes de cada período.
Para Castells (1999), as descobertas e inovações tecnológicas não surgem de forma
isolada, ocorrem em agrupamentos interagindo entre si em um processo crescente. Considera
que a interatividade dos sistemas da inovação tecnológica traz uma visão de mecanicismo.
As novas tecnologias, neste caso, alteram o comportamento social na forma de atuar,
relacionar, estudar, aprender, produzir e pensar. O conhecimento neste momento não pode ser
mais específico, deve ser global, integrado em novos saberes e consequentemente na
flexibilidade para atingir os grandes resultados. O intelecto para solucionar situações problemas é
mais usado e solicitado nesta nova era do conhecimento. Tudo isto para reestruturar as novas
formas de produção de trabalho. (CASTELLS, 1999)
Entretanto, o ambiente educacional neste sentido tem de se adaptar nesta nova
sociedade da era tecnológica contribuindo para o surgimento de diversos interesses que a
contorna.
2.1 Pensamento Pedagógico Moderno
O pensamento pedagógico, segundo Gadotti (2001), na era da modernidade, foi
elaborado dentro de um conjunto de transformações e evoluções das diferentes dimensões da
sociedade. Os avanços socioculturais trazem consigo mutações nas instituições tradicionais, as
quais durante muitos anos estiveram a serviço da classe dominante.
Podemos analisar que a globalização passa a cobrar mais da sociedade e da escola a
formação dos indivíduos com mais conhecimento, valorizando mais o lucro do que os valores e
sentimentos.
Para esta mudança, Lucena, et al, (2001) propõe uma transformação no momento de
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ensinar e aprender diante destas inovações tecnológicas e pedagógicas como a seguir:
O professor deve mudar seu papel atual de provedor de conteúdo para o defacilitador - de solista para maestro. É necessário ensinar efetivamente sem levarem consideração os hábitos que desenvolvemos no ensino tradicional, porexemplo, sem o controle visual típico do contato olho no olho (...) surgem novasformas de interatividade entre professores e alunos e alunos entre si,proporcionadas pela Web (LUCENA; FUKS, 2001, p. 59).
Para Libâneo (2005), estas transformações promovem condições para os indivíduos
apreenderem melhor e este fato justifica-se devido os estudos sistemáticos das práticas
educativas como processos fundamentais da condição humana, sendo assim explicita as
finalidades e as formas de intencionalidade pedagógicas para a educação. Ele afirma que um
campo de conhecimento é possível com a existência de um objeto, problemáticas e métodos
próprios de investigação. É a ciência da educação.
Charlot (2000) acrescenta que para haver sucesso no processo educativo há
necessidade que o método promova uma forma de relação com o mundo e que seja construído a
cada dia. As dificuldades enfrentadas pelos indivíduos devem ser levadas em consideração nesta
construção para fornecer assim uma metodologia emancipatória e formação de uma identidade
cosmopolita.
McLaren (1998) descreve que o conservadorismo existente na prática de alguns
professores e, muitas vezes, escolas, não contribui para uma formação emancipadora, devendo
superar os desafios que envolvem suas ações, favorecendo a existência dos educadores e pais
com maturidade ética suficientes para facilitar e organizar a aprendizagem, com abertura e
sensibilidade maiores para o processo de busca do alcance puro e simples de um resultado
pronto. Os alunos devem ser curiosos e estar motivados e não ser apenas simples receptores.
Neste contexto, Behrens (1998) trabalha a ideia de tecnologia como uma inovação na
prática pedagógica, facilitando o trabalho, sendo uma teia das inter-relações, evitando assim a
fragmentação do saber, como no fragmento de texto abaixo:
Uma prática competente que dê conta dos desafios da sociedade moderna exigea inter-relação e a instrumentalização da tecnologia inovadora, tendo comoinstrumentos a rede de informações como suporte à prática docente, poréminovadora no sentido de interconexão entre os sujeitos produtores de seusconhecimentos. (BEHRENS, 1998, p. 61)
Ainda na visão de Behrens (1998), a prática docente deve ser mediadora dos conflitos e
objetivo de estudo. O profissional deve saber articular e trabalhar com o conhecimento elaborado
e as produções dos alunos.
Para Werthein (2000), esta evolução no pensamento pedagógico com os novos desafios
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educacionais propõe, atualmente, educar para o pensar significativo, formando assim um individuo
que contemple os quatro princípios-pilares de conhecimentos que são: aprender a conhecer,
aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. Esta nova concepção foi tratada e
divulgada na Conferência de Jomtien, em Nova Delhi, com o tema “Educação para todos”,
presidida por Jaques Delors.
Os quatros princípios surgem de acordo com a necessidade de formar um novo indivíduo
que trabalhe seus talentos e potencialidades para vivenciar esta sociedade da globalização. A
educação, neste contexto, contribui para a compreensão dos fenômenos no mundo, isto porque “a
compreensão do mundo passa necessariamente pela compreensão do outro e das relações que
ligam o ser humano ao seu ambiente” (WERTHEIN, 2000, p.17).
Neste ponto, o referido autor expõe como a educação pode operar de forma harmônica para
compreender a diversidade dos indivíduos, pois contempla as expressões culturais dos diversos
grupos que constituem a sociedade. Na verdade, a educação auxilia no desenvolvimento para que
os indivíduos colaborem de forma significativa e responsável para o progresso da sociedade.
Para tanto, a discussão sobre os currículos e práticas pedagógicas são imprescindíveis
nesta nova situação. É uma oportunidade para redesenhar as novas práticas e currículos com
competências e habilidades exigidos para as novas aprendizagens.
3. Relato de experiência: Elaboração de objetos de aprendizagem digitais no curso dePedagogia
Pensando na comunicação digital existente, esta prática de ensino surgiu ao pensar na
estrutura dos materiais que estão sendo oferecidos para uso educacional. A elaboração dos
objetos de aprendizagem favorece a ação docente para ofertar ao aluno um ensino mais
personalizado, além de proporcionar uma reflexão frente esta produção do conhecimento e
interação digital.
As estudantes do curso de pedagogia irão receber alunos da era digital, cujo a
comunicação e interação acontece na web. Como algumas pesquisas mostram, as crianças ficam
grande parte de seu tempo diário utilizando tecnologia móvel, com: aplicativos, perfis em rede
sociais, grupos, blogs e pesquisa sobre curiosidades na internet.
O professor pode associar este uso da tecnologia com atividades educacionais, cujo tempo
será transformado para o aprendizado, a navegação acontece com um objetivo educacional.
Pensando desta forma as estudantes do curso de pedagogia utilizaram este aplicativo
favorecendo novas possibilidades educacionais.
Para tanto desenvolvemos algumas atividades, vejamos a seguir:
1ª atividade Pacote Office na educação: Publisher em parceira com o professor
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2ª atividade Pacote Office na educação: Word e Power Point como material digital e
interativo na aprendizagem
3ª atividade Projetos educacionais digitais na educação
4ª atividade Literatura Infantil - # monte seu livro e sua história
5ª atividade Oficina – Narrativas digitais – Módulo 01
6ª atividade Aula digital: material didático do professor
3.1 - 1ª atividade Pacote Office na educação: Publisher em parceira com o professor
Nesta atividade “Pacote Office na educação: Publisher em parceira com o professor”
ocorreu no 1º trimestre do ano de letivo de 2015, foi realizado como parte final da avaliação da
disciplina “Prática tecnológica I” para alunas(os) do 3º trimestre do curso de Pedagogia dos
períodos diurno e noturno.
O objetivo da elaboração desses materiais digitais e impressos é favorecer o cotidiano
educacional para o professor e o processo de ensino e aprendizagem para os alunos, sendo
assim as alunas criaram os seguintes materiais:
- Panfleto impresso e digital para eventos educacionais;- Folheto impresso para eventos educacionais;- Calendários impressos e digitais;- Faixas impressas e digitais;- Anúncios impressas e digitais;- Projeto de dobradura impresso e digital;- Certificados impressos e digitais;- Avisos impressos e digitais;- Jornal eletrônico e impresso- Boletim eletrônico e impresso
A disciplina teve inicio com a parte teórica abordando a prática tecnológica docente e as
possibilidades de materiais que apodem ser criados no ambiente on line e offline. A escolha do
software Publisher se encontra na facilidade de possuir instalado em qualquer computador
juntamente com o pacote office.
No “Panfleto”, “Folheto”, “Anúncios”, “Avisos”, “Faixas”, “Jornal” e “Boletim” as alunas
trabalharam as diversas formas de comunicação, escrita e visual, sendo que cada uma aborda
uma forma de diálogo com o leitor. Já nos “Calendários” abordaram a sequência didática e
temporal, além da objetividade das informações e imagens. Ao pensar em dobradura sempre
pensamos nas sequências das marcações e onde devemos fazer as dobras para atingir o objetivo
final, com isto, “Projeto de dobradura impresso e digital”, é a personalização da dobradura que se
deseja realizar. Para os “Certificados”, foram pontuadas os dados importantes e assinaturas que
devam constar neste tipo de documento escolar e acadêmico.
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Esta atividade resultou em um evento presencial “I Seminário de materiais digitais:
Publisher na educação” no qual foram apresentados todos os trabalhos e verificamos as diversas
possibilidades de formatação, texto, imagens, cor, fonte e a diagramação completa. Todo o
processo fez parte da avaliação e para mensurar a nota e compor a média final da disciplina.
Os arquivos foram gravados em DVD com capa de identificação do trabalho e faz parte do
acervo digital da biblioteca da faculdade.
3.2 - 2ª atividade Pacote Office na educação: Word e Power Point como material digital e
interativo na aprendizagem
Para este trabalho educacional, “Pacote Office na educação: Word e Power Point como
material digital e interativo na aprendizagem” ocorreu no 2º trimestre do ano de letivo de 2015, foi
realizado como parte final da avaliação da disciplina “Software Educacional” para alunas(os) do 4º
trimestre do curso de Pedagogia dos períodos diurno e noturno. Outro trabalho realizado foi com
as formandas no 12º trimestre do período noturno, no 1º trimestre do ano de letivo de 2015 na
disciplina de “Internet e Ambientes Virtuais”.
A disciplina “Internet e Ambientes Virtuais” foi a oportunidade das formandas que
estudavam na grade curricular antiga do curso obter conhecimentos referente a tecnologia
educacional e suas possibilidades. Com isto, foi trabalhado o uso da internet na educação com
jogos, material digital, objetos de aprendizagem interativos, repositórios de aprendizagem e
ambientes virtuais on line. Já a disciplina “Software Educacional” teve inicio com a parte teórica
abordando a relevância dos softwares educacionais para contribuir no processo de ensino e
aprendizagem, diferença entre eles.
Para a elaboração dos objetos de aprendizagem, foi abordado a relevância de mapearmos
a turma pensando no público alvo que estamos em contato, com o objetivo de elaboramos um
material personalizado que atenda as necessidades e possibilite a elaboração de hipóteses, para
que ocorra o aprendizado. Outro ponto importante é o incentivo e a resposta correta e como
abordar a resposta incorreta.
Sendo assim, os objetos de aprendizagem foram nas seguintes áreas:
Software Word - Ensino Fundamental I
- Língua Portuguesa- matemática - Ciências - Entretenimento Software Power Point - Educação Infantil - Linguagem- Matemática- Natureza e sociedade- Entretenimento
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Os objetos de aprendizagem criados abordaram atividades de: relacionar, circular, ligar os
pontos, contagem, cruzadinha, ligar/relacionar conceitos e imagens, perguntas e respostas,
relacionar a imagem a escrita, completar, as quatro operações, equivalência de valor monetário e
jogos de raciocino logico. Cada segmentos com as facilidades e dificuldades pertinentes as idades
equivalentes.
Esta atividade resultou em dois eventos presenciais “I Seminário de materiais digitais:
objetos de aprendizagem para educação infantil e ensino fundamental I” e “II Seminário de
materiais digitais: objetos de aprendizagem para educação infantil e ensino fundamental I” no qual
foram apresentados todos os trabalhos e verificamos as diversas possibilidades de formatação,
texto, imagens, cor, fonte e a diagramação completa. Todo o processo fez parte da avaliação e
para mensurar a nota e compor a média final da disciplina.
Os arquivos foram gravados em DVD com capa de identificação do trabalho e faz parte do
acervo digital da biblioteca da faculdade.
3.3 - 3ª atividade Projetos educacionais digitais na educação
Os “Projetos educacionais digitais na educação” ocorreu no 2º trimestre do ano de letivo de
2015, foi realizado como parte final da avaliação da disciplina “Pedagogia de projetos na era
digital” para alunas do 6º trimestre do curso de Pedagogia do período diurno e noturno.
As alunas montaram um projeto educacional com a temática a escolha de cada uma,
sendo que foi dividido por trio, dupla e/ou individual os segmentos e áreas para elaboração do
projeto educacional. Os temas foram: valores sociais, alimentação saudável, pirâmide alimentar,
gírias, dialetos brasileiros, grafite e alfabetização.
Sendo assim, os objetos de aprendizagem foram elaborados com as temáticas citadas e
os recursos abaixo:
- Esquete Animada - Revista Digital - Livros Digitais - Apresentação - Fotografia - Tirinhas em Quadrinhos - Jornal eletrônico e impresso- Boletim eletrônico e impresso
A esquete animada é um vídeo encenado, para esta atividade foi realizada com e releitura
de um livro paradidático para educação infantil e/ou ensino fundamental. As alunas montaram o
cenário e se transformam nos personagens da historia e encenaram contando a história em 1
minuto, ou poderia ser cada capítulo 01 minuto. A edição foi realizada no software Movie Maker e
divulgada no Youtube no Canal Profa Lígia Monteiro. O projeto educacional digital do livro
“Chapeuzinho de Palha” dos autores Mary França e Eliardo França, abordou como tema principal
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a alfabetização. Já o livro “Ninguém é Igual a Ninguém” das autoras Regina Otero e Regina
Rennó, abordou como tema principal os valores humanos e sociais.
A revistas digitais apresentadas como “Conect@dos” e “New Kids” abordaram temáticas
diferentes. O projeto educacional da revista “Conect@dos” tratou de temáticas de atualidades. Já
a “New Kids” a saúde infantil mental e física. Este trabalho foi construído no software Publisher e
possui reportagens, entrevistas, jogos, artigos sobre as temáticas e depoimentos de alunas da
instituição e profissionais externos.
O projeto educacional para os livros digitais trataram da temática “Descobrindo o
Português” com base no livro infantil “A Bolsa Amarela” da autora Lygia Bojunga. Já o outro
projeto “alimentação saudável” teve como embasamento o livro “Uma Lagarta Muito Comilona” do
autor Eric Carle. Os livros foram criados no software Power Point e os personagens, fundo,
animações e fechamento em vídeo foram realizadas pelas alunas.
Para o projeto que envolve a apresentação no software Power Point traz a relevância da
etapas da apresentação e de um bom material para o professor e para o aluno com realizar uma
pesquisa fundamentada e apresentar com inicio, meio e finalização das ideias de forma criativa.
As temáticas trabalhadas na apresentação e nos projetos educacionais foram: “Dialetos
Brasileiros” e “Gírias: passado, presente e espaço cibernético”.
Para o projeto “Grafite e Imagens” as alunas realizam um projeto educacional que envolvia
uma pesquisa de campo, no qual tiveram que fotografar imagens de pessoas comuns que
chamassem atenção na cidade de São Paulo e grafites e analisar a mensagens de ambos. As
alunas apresentaram as imagens capturadas e analisaram juntas com a turma para tralharmos, o
olhar, emoção, linguagem e mensagem e diversas interpretações.
O projeto “Tirinhas em quadrinhos” as alunas trabalharam com o software Power Point com
o objetivo de usar as formas para montar quadrinhos, salvar e publicar as histórias. Para
elaboração do projeto foram tratadas das temáticas: tipo de diálogo, personagens primários e
secundários, narrativas e outras temáticas.
Para trabalhar com o software Paint as alunas trabalharam com o projeto educacional
“Alimentação saudável” com a construção no Paint da “Pirâmide alimentar”, desenharam imagens
simples conforme o enunciado: açúcares e doces, óleos e gorduras, carne e ovos, leite e
derivados, verduras e legume, leguminosas, frutas, cereais e pães. Estas telas desenhadas se
transformaram em um livro digital com todas as informações.
Esta atividade resultou em um evento presencial “I Workshop Educacional: Projetos e
Recursos Tecnológicos para Sala de Aula Interativa” e “II Workshop Educacional: Projetos e
Recursos Tecnológicos para Sala de Aula Interativa” no qual foram apresentados todos os
trabalhos e possibilidades de temáticas e abordagens educacionais. Todo o processo fez parte da
avaliação para compor a média final da disciplina. Os arquivos foram gravados em DVD com
identificação do trabalho e faz parte do acervo digital da biblioteca da faculdade.
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3.4 - 4ª atividade Literatura Infantil - # monte seu livro e sua história
A “Literatura Infantil - # monte seu livro e sua história” que ocorreu no 3º trimestre do ano
de letivo de 2015, foi realizado como parte final da avaliação da disciplina um livro com o roteiro
da história, cenários e diagramação do texto com as imagens. Para os cenários de cada página foi
utilizado recursos como: barbante, fita, guache, massinha, objetos não estruturados, sucata,
dobradura, giz de cera e tecido.
Este trabalho fez parte da disciplina de “Literatura Infantil” para alunas do 7º trimestre do
curso de Pedagogia do período noturno. Para iniciarmos os trabalhos tivemos inicio com a parte
teórica e suas referências para dar suporte para construção.
A confecção deste material se deu em alguns processos, vejamos:
1º momento - Dividir a turma em livro que poderia ser individual, dupla ou trio. Esta escolhafoi ofertada as alunas e ao recurso que escolheriam como parte do trabalho.2º momento - Elaboração do roteiro da história pensando nos personagens primáriossecundários, cenários e diagramação final.3º momento - Para o cenário as alunas desmembraram a histria em partes e elaboraramas cenas utilizando os recursos. Para cada recurso era necessário um tipo de estratégiaseja plana ou de fundo.4º momento - Fotografar o cenário com os cuidados com a luz, ângulo e o que desejaenfatizar na cena.5º momento - Montar o livro no software PowerPoint colocando a foto do cenário e ahistória digitada.6º momento - Enviar este material para as editoras para possíveis publicações.
Este processo durou um trimestre, o livro foi salvo em PDF para enviar para as editoras e
até o momento estamos aguardando as devolutivas. Mas o trabalho por parte das alunas foi um
sucesso, elas viram uma produção final de um livro infantil realizado por elas. Onde irão utilizar na
sua prática docente com os recursos que temos em mãos e com os mais simples e acessível a
todos.
Para tanto neste processo utilizamos tanto a parte tecnologia como o manuseio, testes,
hipóteses criadas na construção os cenários. O que nos leva a pensar nas possibilidades
educacionais que temos, muitas vezes a tecnologia não se encontra apenas em ferramentas on
line, mas em outros métodos e aos poucos vamos ganhando adeptos a esta área da tecnologia
educacional. Todo o processo fez parte da avaliação e para mensurar a nota e compor a média
final da disciplina.
3.5 - 5ª atividade Oficina – Narrativas digitais – Módulo 01
Neste trabalho da “Oficina – Narrativas digitais – Módulo 01” que ocorreu no 4º trimestre do
ano de letivo de 2015, foi realizado como parte final da avaliação da disciplina uma tela
audiovisual animada. Este trabalho fez parte da disciplina de “Pedagogia de projetos na era
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digital” para alunas do 6º trimestre do curso de Pedagogia do período noturno.
Para dar inicio aos trabalhos iniciamos com um projeto educacional, uma proposta de
sequencia didática no qual as alunas iriam pensar como professoras nesta divisão de aulas e
tarefas e elaborar um material didático para dar suporte em uma das aulas criadas neste projeto
educacional. Como base para este estudo as alunas poderiam utilizar como referencia o vídeo da
série “Kika – De onde vem?”.
O trabalho ocorreu em etapas, vejamos cada uma:
1ª etapa - As alunas foram separadas em duplas e trios.
2ª etapa - Realizaram um projeto com todas as etapas: tema, publico, objetivo geral e
específicos, justificativas, desenvolvimento com 10 aulas (aula teórica oral, aula teórica
oral com recurso audiovisual, aula prática para confecção de alguns recurso temático, aula
prática no laboratório de informática, aula com atividade extraclasse, aula com aplicativo
mobile learning e aula para fechamento deste projeto e exposição deste material) estas
seriam divididas de acordo com a necessidade do projeto, abordamos recursos didáticos,
disciplinas envolvidas, duração e avaliação.
3ª etapa - A criação da tela animada surgiu da necessidade de explicar a temática
escolhida durante o processo do projeto.
4ª etapa – Para elaboração as alunas pensaram no roteiro da história que abordariam, os
personagens, cenários fixos, movimentação dos personagens durante a história e
fechamento em vídeo com musica de fundo ou narração.
5ª etapa – As alunas montaram uma única tela no software PowerPoint onde os
personagens em forma de dialogo contavam a história e se movimentavam com as
animações destinadas a cada um e no final das interações, as alunas colocaram a música
e fecharam um vídeo animado.
6ª etapa – a publicação deste material ocorreu no Youtube, canal “Profa Lígia Monteiro”.
Para finalização deste trabalho fizemos uma exposição digital e um fórum educacional.
Para o fórum “Digital Storytelling”, debatemos as narrativas digitais e a construção das animações,
roteiros, textos e áudios personalizados para educação. Já a exposição digital além do grupo
fechado ocorreu para todos os participantes no perfil Profa Ligia Monteiro, no qual o evento foi
nomeado “Exposição Digital Storytelling”.
3.6 - 6ª atividade Aula digital: material didático do professor
Para este trabalho levantamos a importância do professor elaborar seu material de
trabalho, utilizando referencias primárias e recursos diferenciados para promover um processo de
ensino e aprendizagem distintos e eficazes. Esta atividade ocorreu na disciplina de “Vídeos
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Streaming e material Multimídia” nos anos de 2014 e 2015 com algumas turmas do 3º trimestre do
curso de Pedagogia do diurno e noturno.
Esta disciplina promove muitas possibilidades de trabalho, por este motivo neste estudo foi
apresentado algumas formas de trabalhos que possuem softwares, mas realizar o efeito
manualmente é um processo de produção e participação dos estudantes.
As temáticas das aulas digitais e efeitos realizados foram:
- AULA DIGITAL: Impactos da escassez da água EFEITO: cartaz impresso com música de fundo - AULA DIGITAL: Esportes dos Jogos Olímpicos em 2016 EFEITO: cartaz com desenho à mão livre com música de fundo- AULA DIGITAL: Cândido Portinari EFEITO: cartaz e slide narrado - AULA DIGITAL: Lei da palmada (Lei do menino Bernardo 58/2014) EFEITO: Handwriting (escrita à mão livre) com animações de personagens
Neste material digital, as alunas realizaram um vídeo e para isto seguiram alguns passos:
1º passo – Dominar o assunto.2º passo – Selecionar os pontos principais com objetividade.3º passo – Elaborar o roteiro dinâmico e de acordo com o publico alvo.4º passo – Montar um cenário para a gravação.5º passo – Trabalharmos sem softwares o efeito, produção realizada pelo aluno.6º passo – Gravar o efeito com interações de personagens.7º passo – Escolha da musica ou gravar a narração.8º passo – Edição do vídeo no software Movie Maker.9º passo – Publicação no Youtube no canal Profa Lígia Monteiro.
Esta disciplina promove muitas possibilidades de trabalho, por este motivo neste estudo foi
apresentado algumas formas de trabalhos desenvolvidos. Com este as alunas perceberam como
o professor pode tornar o ensino mais personalizado de acordo com o publico e faixa etária que
atua, este tipo de ação pedagógica traz benéficos para ambas as partes no processo de ensino e
aprendizagem.
Para finalização deste trabalho fizemos uma exposição digital na rede social Facebook no
perfil Profa Lígia Monteiro e estão publicadas no Youtube no canal Profa Lígia Monteiro. Todo o
processo fez parte da avaliação e para mensurar a nota e compor a média final da disciplina.
4. Conclusões
A globalização trouxe muitas transformações para a sociedade contemporânea em
diversos setores, inclusive no setor educacional que foi ressaltado no presente trabalho. Castells
(1999) argumenta que a nova forma de pensar, atuar e aprender no mundo moderno vêm da
globalização e, consequentemente, a tecnologia está inserida neste processo de mutação social.
Neste sentido, a tecnologia contribui com ferramentas inovadoras, como os ambientes
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virtuais, blogs, fóruns, chats entre outros canais que vimos no decorrer do presente trabalho.
Estes recursos, inicialmente, transmitem informações e no decorrer do processo comunicativo,
com intencionalidade pedagógica, transformam-se em aprendizado e novos interesses para novas
pesquisas.
Por este motivo Gadotti (2001) enfatiza que o pensamento pedagógico evolui neste
processo tecnológico tanto para a educação presencial como para a educação à distância. O
artifício de ouvir e analisar é imprescindível porque contempla a fala dentro deste processo
comunicativo. Esta sensibilidade que ultrapassa o computador que deve ser considerada para que
a relação seja vinculada, facilitando o processo de ensino-aprendizagem.
Contudo, é imprescindível que a educação e seus recursos sejam claros e
dinâmicos e que o suporte esteja de acordo com o público-alvo. Nesta perspectiva, funcionará
bem, contribuirá para o aprendizado de todos.
Referências Bibliográficas
BEHRENS, M. A. Formação continuada dos professores e a prática pedagógica. Curitiba:Champagnat, 1998.
BRANDÃO, C. R. O que é educação. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.
CHARLOT, B. Da relação com o saber – Elementos para uma teoria. Porto Alegre: EditoraArtmed,2000.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra. 1999.
DELORS, J. Educação um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortês, Brasília, DF: MEC/ UNESCO.1996.
GADOTTI, M. História das idéias pedagógicas. São Paulo: Editora Ática, 2001.
LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos para quê?. São Paulo: Editora Cortez, 2005.
LÉVY, P. Cibercultura. Rio de Janeiro: Editra 34, 1999.
LUCENA, C.; FUKS, H. A educação na era da internet. Rio de Janeiro: Editora Clube do Futuro,2001.
MCLAREN, P. Traumas do capital: pedagogia, política e práxis no mercado global. Petrópolis:Vozes, 1998.
MORAN, J. M., MASETTO, M., BEHRENS, M. Novas tecnologias e mediação pedagógica. SãoPaulo: Papirus, 2003.
MOORE, M.; KEARSLEY, G. A educação à distância: uma visão integrada. Trad. Roberto Galman.São Paulo: Thomson Learning, 2007.
SILVA, M. Sala de aula interativa. São Paulo: Quartet, 2004.
WERTHEIN, J. Fundamentos da nova educação. Brasília: UNESCO, 2000.
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