schistosoma mansoni classe: trematoda família: schistosomatidae sub-famílias: bilharzielinae e...
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Schistosoma mansoni
classe: Trematodafamília: Schistosomatidae
sub-famílias: Bilharzielinae e Schistosomatinae
Espécies de interesse médico• S. haematobium- Bilhartz, 1852Encontrado em grande parte da África
• S. japonicum – Katsurada, 1904Causador da esquistossomose japônica
• S. intercalatum – Fischer, 1934Agente de uma esquistossomose intestinal encontrada no interior da África Central
• S. mansoniS. mansoni – Sambon, 1907 – Sambon, 1907Agente da esquistossomose encontrada na Agente da esquistossomose encontrada na África, América do Sul.África, América do Sul.
Distribuição das espécies de Schistosoma
Fonte: http://www.cpqrr.fiocruz.br:81/labes/paginas/pagina_interna_disc.asp?cod_menudisc=17&cod_submenu=9
Introdução da doença no Brasil
Tráfico de escravos
Imigração japonesa
Morfologia e Características
cercária verme adulto ovo maduro
Ciclo Biológico
Penetram na pele e mucosas
36 a 48 horas - sobrevivência
30 dias
40 diasVMI
Postura na submucosa
1 semana pra se tornarem maduros
Atinge a luz intestinal
Luz intensa, oxigenação e temperatura mais alta –
Esporocisto
(contém as células reprodutivas)
27-30 dias após a infecção
4.500 cercáriasS. mansoni
S. japonicum
S. haematobiumi
Morfologia e CaracterísticasMaior atividade nas primeiras 8 horas de vida;
Não são atraídas pelo hospedeiro preferido;
Na pele, fixam-se entre os folículos pilosos através das ventosas
Penetram na pele através da ação lítica (glândulas de penetração ricas em enzimas proteolíticas) e mecânica
cercária
verme adultoMigram acasalados pela veia mesentérica inferior, contra o fluxo sanguíneo;
Atingem a submucosa intestinal;
400 ovos/dia, na parede de capilares e vênulas;
50% atingem o meio externo.
Reação inflamatória;
Pressão dos ovos;
Enzimas proteolíticas produzidas pelo miracídio (lesão tecidual)
Distensão da parede do vaso
Perfuração da parede venular
descamação epitelial (passagem do bolo fecal)
Miracídio (ovo maduro)Fatores que influenciam a passagem da submucosa para
a luz intestinal:
6 dias
20 dias - morte dos
miracídios
Morfologia e Características
Patogenia
• cepa do parasito;
• carga parasitária adquirida;
• idade;
• estado nutricional;
• resposta imune do hospedeiro.
População com média do número de ovos elevada – freqüente as formas hepatoesplênica e pulmonar
Epidemiologia no Brasil
Localização dos parasitos
Resumo do Ciclo de Vida
Infecção no homem
DOENÇA
Fisiopatologia e Doença Clínica
Manifestações Imediatas: “dermatite cercariana”
DoençaEsquistossomose Aguda
-Fase pré-postural:
Sintomatologia variada, ocorre cerca de 10-35 dias após a infecção
-Fase Aguda: (surge cerca de 50 dias após a infecção)
Enterocolite aguda, formação de granulomas, estado febril, sudorese, calafrios, emagrecimento, leucocitose com eosinofilia, fenômenos alérgicos, diarréia, lesões hepatoesplênicas (hipersensibilidade do hospedeiro a antígenos solúveis liberados pelos ovos),etc...
DoençaEsquistossomose Aguda
- Febre é intermitente e pode durar mais de 4 semanas.
- Laboratório : eosinofilia intensa em torno de 20 a 30 %, leucócitos > 25000 / mm3 e hipergamaglobulinemia policlonal.
Ovo aprisionado em granuloma
Aumento do baço Aumento do baço
Lesões no fígado Lesões no fígado
Doença
Esquistossomose Crônica
-Intestino:
Diarréia mucosanguinolenta (passagem dos ovos para a luz intestinal), dor abdominal, diminuição do peristaltismo, etc...
-Fígado e Baço:
Formação de granulomas em torno dos ovos, hepatomegalia, dor, fibrose - hipertensão portal – ocasionando alterações no baço (esplenomegalia)
Doença de múltiplos mecanismos, com lesões diretamente ligas à presença local do agente etiológico, alterações hemodinâmicas, alterações da reatividade
imunológica, etc...
Manifestações Clínicas1) Forma Intestinal
- Decorre da presença dos ovos do Schistosoma nos espaços-porta e na mucosa intestinal e colo-retal.
- Sintomas: náuseas, vômitos, diarréia e anorexia.- Dor abdominal tipo cólica difusa, ou localizada
acompanhada de surtos diarréicos com 3 a 5 evacuações por dia.
- Baço não é palpável.
Doença2) Forma Hepato-Esplênica
- Esplenomegalia + Hipertensão portal
- As lesões perivasculares intra-hepáticas ocorrem em número suficiente para gerar transtornos na circulação portal, com algum grau de hipertensão, provocando congestão passiva do baço. Nessa fase inicia-se a formação de circulação colateral e de varizes do esôfago.
Adulto com esquistossomose crônica
Diagnóstico
técnicas de Lutz e Kato – Katz
(sensibilidade de 50%)
Diagnóstico
Diagnóstico – Outros Métodos
- A ultra-sonografia pode demonstrar as lesões hepáticas com 95 % de especificidade e 97 % de sensibilidade substituindo a biópsia em muitos casos além de ser importante no estadiamento da lesão hepática.
- O achado de fibrose periportal em exames de imagem é característico de esquistossomose.
- Níveis séricos de peptídeo pró-colágeno III e IV, fragmento P1 da laminina, ácido hialurônico e fibrosina podem estar elevados em pacientes com fibrose e regredir após o tratamento com praziquantel.
Diagnóstico – Métodos Imunológicos
Intradermorreação,Imunofluorescência indireta,
ELISA.
Tratamento
- Praziquantel 40 mg/ kg tomada única : leva a contrações tetânicas do verme e vacuolização do tegumento. Apresenta taxa de 80 a 90 % de cura. Mata vermes adultos, mas não as larvas!
- Oxamquine 15 mg/ kg tomada única.
Controle de cura
- Seis exames parasitológicos de fezes ( 1 mês) e uma biópsia retal com 6 meses de tratamento.
- No Brasil não há relato de resistência ao Praziquantel, havendo descrição de uma cepa resistente ao oxamquine.
- No caso da forma hepato-esplênica a remissão da doença pode ocorrer em 40 % dos casos. A recuperação é lenta e se faz em até 2 anos.
Vacina
- Estudos mais recentes tentam buscar antígenos envolvidos na resposta imunológica para produção de vacinas.
Profilaxia- tratamento da população (quimioterapia em larga escala- oxamquine)
- saneamento básico
- educação sanitária
- combate aos caramujos transmissores
- produtos cercaricidas de uso tópico
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