senar - produção de leite conforme in 62
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Coleo SENAR
TRABALHADOR NA BOviNOCuLTuRA DE LEiTE COMO PRODuZiR LEiTE DE QuALiDADE - 133
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LeiteProduo de leite conforme instruo Normativa n 62
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iMPRESSO NO BRASiL
2005, SENAR Servio Nacional de Aprendizagem Rural
Coleo SENAR - 133
LEitEProduo de leite conforme instruo Normativa n 62
COORDENAO EDitORiALFundao Arthur Bernardes FUNARBE
ELABORADORJoo Walter Drr
Professor da Universidade de Passo Fundo - RSPresidente do Conselho Brasileiro de Qualidade do Leite
COLABORADORESAlbenones Jos de Mesquita (UFG)
Eduardo Gonalves Esteves (Lanagro-MG)Guilherme Nunes de Souza (Embrapa Gado de Leite)
Hber Brenner Arajo Costa (MAPA)Jos Augusto Horst (APCBRH)
Jos Renaldi Feitosa Brito (Embrapa Gado de Leite)Leandro Diamantino Feij (MAPA)
Leorges Moraes da Fonseca (UFMG)Marcelo Costa Martins (CNA)
Mnica Maria Oliveira Pinho Cerqueira (UFMG)Paulo Fernando Machado (Esalq-USP)
Paulo Humberto de Lima Arajo (Dilei/MAPA)Priscilla Bagnatori Rangel (Dilei/MAPA)Rodrigo Balduno Soares Neves (UFG)
Ronon Rodrigues (UFMG)Severino Benone Paes Barbosa (UFRPE)
Drr, Joo Walter Como produzir leite de qualidade / Joo Walter Drr. 4. ed. Braslia: SENAR, 2012. 44 p. il. ; 21 cm. (Coleo SENAR, iSSN 1676-367x, 113)
iSBN 85-8849-725-5
1. Leite. 2. Leite Produo. i. Ttulo. ii. Srie.CDu 634.1.076:631.41
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Sumrio APRESENtAO 5PROGRAMA NACiONAL DE MELHORiA DA QUALiDADE DO LEitE 7
COMO PRODUziR LEitE DE QUALiDADE 8
i - ADOtAR MEDiDAS DE HiGiENE NA ORDENHA 11
1 - Conhea a mastite 14
2 - Controle a mastite 16
3 - Conhea outras medidas importantes no controle da mastite 17
ii - CONHECER AS FORMAS DE FAzER A REFRiGERAO DO LEitE 19
1 - Conhea os equipamentos de refrigerao 20
2 - Faa a refrigerao 20
iii - tRANSPORtAR O LEitE 23
iv - ANALiSAR O LEitE 25
1 - Conhea as anlises a serem realizadas pela RBQL 26
2 - Conhea os limites de contaminao bacteriana 27
3 - Conhea os limites da contagem de clulas somticas 28
4 - Conhea a anlise da composio do leite 29
v - FORNEER A CORREtA ALiMENtAO S vACAS 31
vi - EvitAR A CONtAMiNAO DO LEitE POR MEDiCAMENtOS vEtERiNRiOS 33
vii - FAzER O CADAStRO NA iNDStRiA DE LAtiCNiOS 37
viii - CONHECER O CONtROLE DE QUALiDADE FEitO PELA iNDStRiA 39
ix - CONHECER AS PRtiCAS DE MANEJO PARA OBtENO DO LEitE 41
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Apresentao Os produtores rurais brasileiros mostram diariamente sua competncia na produo de alimentos. Os altos ndices de produtividade do setor, que representa um tero do Produto interno Bruto (PiB), emprega um tero da fora de trabalho e gera um tero das receitas das nossas exportaes, revelam a eficincia e a disposio para trabalhar do nosso cidado rural.
Os cursos de capacitao do Servio Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) contriburam para estes resultados. Em 20 anos de atuao, mais de dez milhes de produtores, trabalhadores rurais e suas famlias aperfeioaram seus conhecimentos, habilidades e atitudes em processos educativos voltados formao para 163 profisses do meio rural e mais de 50 reas de promoo social, como sade, educao, artesanato e cidadania.
As cartilhas da coleo SENAR so o complemento fundamental fixao da aprendizagem construda nesses processos e representam fonte permanente de consulta e referncia. So elaboradas pensando exclusivamente em voc, que trabalha no campo. Seu contedo, fotos e ilustraes traduzem todo o conhecimento acadmico e prtico em solues para os desafios que enfrenta diariamente na lida do campo.
Desde que foi criado, o SENAR vem mobilizando esforos e reunindo experincias para oferecer servios educacionais de qualidade. Queremos capacitar quem trabalha na produo rural, para que alcance cada vez maior eficincia, gerenciando com competncia suas atividades, com tecnologia adequada, segurana e respeito ao meio ambiente.
Desejamos que sua participao neste treinamento e o contedo desta cartilha possam contribuir para o seu desenvolvimento social, profissional e humano!
Bom trabalho!
Senadora Ktia AbreuPresidente da Confederao da Agricultura e Pecuria do Brasil - CNA
e do Conselho Deliberativo do SENAR
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Programa nacional de melhoria da qualidade do leiteO Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite (PNQL) quer mu-dar a forma de se produzir o leite no Brasil com o objetivo de melhorar sua qualidade e garantir populao o consumo de produtos lcteos mais seguros, nutritivos e saborosos, alm de proporcionar condies para au-mentar o rendimento dos produtores.
O Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) publicou, em 2002, a instruo Normativa n 51, iN 51 e em 29 de dezembro de 2011 publicou a instruo Normativa n 62, iN 62, onde regulamenta a produ-o, identidade, qualidade, coleta e transporte do leite tipo A, leite cru refrigerado e leite pasteurizado. A iN 62 altera basicamente o cronograma que rege os parmetros de qualidade do leite. Dessa forma, espera-se que o Brasil assegure melhor alimento populao e busque novos mercados internacionais. Para isso, todos os elos da cadeia devem estar integrados no esforo comum de produzir leite com qualidade.
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Como produzir leite de qualidadeA produo de leite de qualidade abrir as portas de um mercado consu-midor exigente no Brasil e no mundo. Hoje, no nosso pas, a maioria dos produtores produz o leite cru refrigerado e existe uma tendncia clara de valorizao do leite que atenda s exigncias de qualidade pelos laticnios, que chegam a pagar um preo diferenciado por ele.
A higiene do animal, do ordenhador e das instalaes so aes necess-rias para atingir esse objetivo. Para uma correta higienizao, os vaqueiros devem limpar e desinfetar as instalaes e utenslios utilizados, lavar as mos antes da ordenha, desinfetar as tetas do animal e realizar testes de mastite, antes da ordenha.
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Outra ao importante a conservao do leite ordenhado em baixas temperaturas. O leite deve ser resfriado em tanques de refrigerao por expanso direta ou em tanques de imerso do lato em gua gelada, devendo ser recolhido e transportado por caminhes isotrmicos at o laticnio. Caso o produtor no tenha como resfriar o leite na fazenda, dever resfri-lo em um tanque comunitrio ou no prprio laticnio, desde que seja entregue, no mximo, 2 horas aps a ordenha. Complementando as orientaes, os produtores devero enviar, mensalmente, amostras de leite aos laboratrios credenciados na Rede Brasileira de Laboratrios de Controle de Qualidade do Leite (RBQL).
Seguindo essas recomendaes, os produtores podero melhorar a quali-dade do seu leite e aumentar a sua renda familiar.
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Anotaes:
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Adotar medidas de higiene na ordenha
As bactrias esto em todos os lugares, por isso o produtor deve adotar medidas para que o leite no seja contaminado:
Manter a sala ou local de ordenha sempre limpos; Usar roupas limpas para ordenhar as vacas; Utilizar gua de boa qualidade (potvel); Lavar as mos e mant-las limpas durante a ordenha (de preferncia,
usar luvas de borracha); imergir as tetas em soluo desinfetante antes e aps a ordenha;
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Secar as tetas com papel toalha descartvel;
Lavar os equipamentos e utenslios aps cada ordenha com gua aque cida, usando os detergentes de acordo com o manual do fabricante dos mesmos;
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trocar borrachas e mangueiras do equipamento de ordenha na frequn-cia recomendada pelo fabricante ou quando ocorrerem rachaduras;
Lavar os tanques de refrigerao, usando gua aquecida e detergentes adequados cada vez que o leite for recolhido pelo transportador.
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1 - Conhea a mastiteA mastite a inflamao do bere da vaca e deve ser reconhecida e tratada para no afetar a produtividade do rebanho. Existem dois tipos de mastite:
Clnica: fcil de perceber, pois a vaca pode parar de comer, ter febre e reduzir muito a produo de leite, o bere fica inchado e avermelhado, e o leite apresenta grumos, pus e outras alteraes.
Deve ser tratada, pois a vaca pode transmitir a infeco a outros animais ou, mesmo, correr risco de morte.
Esta mastite pode ser detectada pela eliminao dos primeiros jatos de leite de cada teta em caneca telada ou de fundo escuro.
Se assim mesmo houver dvidas, deve ser feito o teste do CMt, sigla de California Mastitis test.
Teste do CmT
Teste da caneca
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Subclnica: no apresenta nenhum dos sintomas acima, a no ser reduo da produo de leite, que quase sempre passa despercebida.
Para sabermos se a vaca est com mastite subclnica, temos que observar se houve um aumento da Contagem de Clulas Somticas (CCS) no leite, por meio de anlise laboratorial.
O problema que quase todos os casos de mastite so da forma subclnica, fazendo com que o produtor muitas vezes no perceba que tem um pro-blema srio em seu rebanho: como ele no enxerga a doena, as mastites so de longa durao e causam enormes prejuzos, principalmente pelo leite, que deixa de ser produzido. Por isso, a CCS uma ferramenta muito importante no manejo do gado leiteiro.
O MAPA e as indstrias esto preocupados com as conseqncias da masti-te no rebanho, pois essa doena altera profundamente a qualidade do leite, reduzindo o rendimento industrial, a validade dos produtos lcteos, alm de afetar o produto oferecido ao consumidor. A mastite causa prejuzo para todos, desde o produtor rural at o consumidor.
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2 - Controle a mastiteEm caso de mastite (inflamao do bere), as clulas de defesa do animal passam do sangue para o leite em grande quantidade. A funo destas clulas combater as bactrias que esto causando a mastite e limpar as reas inflamadas.
Sempre que o nmero dessas clulas (CCS) aumentar no leite, pode-se dizer que a vaca est com mastite.
Para prevenir a mastite, deve-se seguir uma rotina rigorosa na ordenha:
Manter a mxima higiene durante a ordenha (mos e equipamentos limpos e desinfetados);
Retirar os primeiros jatos de cada teta em uma caneca de fundo escuro, e colocar para o final da ordenha as vacas cujo leite apresente grumos, filamentos, pus ou sangue;
imergir as tetas em soluo bactericida antes da ordenha;
Acoplar as teteiras em tetos limpos e secos;Ordenhar primeiro as vacas saudveis (baixas CCS) e, separadamente,
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as vacas com mastite clnica e as tratadas com antimicrobianos; imergir imediatamente as tetas em soluo bactericida aps a ordenha.
3 - Conhea outras medidas importantes no controle da mastite Anotar em planilhas simples
informaes importantes, como a identificao das vacas e das tetas que tiveram mastite clnica e as datas de ocorrncia, o nome dos antimicrobianos usados para o tratamento das mastites e as datas de aplicao, a identificao das vacas e dos tetos que tiveram mastite subclnica (alta CCS) etc.
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Descartar vacas com problemas de mastite crnica (recorrente) Fazer o tratamento em todas as tetas de todas as vacas secas Assegurar-se que animais comprados no estejam com mastite Caso o produtor queira, quando realizar o controle leiteiro, ele poder
encaminhar amostras de leite de cada vaca para anlise de contagem de clulas somticas (CCS) nos laboratrios da RBQL
Ateno:
tratamentos usados para curar ou prevenir a mastite so os prin-cipais responsveis pela contaminao do leite por antimicrobianos. Com a preveno desta doena, o produtor corre menos risco de contaminar o leite com essas substncias.
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Conhecer as formas de fazer a refrigerao do leite ii
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1 - Conhea os equipamentos de refrigeraoOs produtores rurais devero utilizar tanques de refrigerao por expan-so direta a 4 C ou por imerso de lates em gua gelada a 7C por at, no mximo, 48 horas antes de ser transportado.
2 - Faa a refrigeraoMesmo que o produtor mantenha a mxima higienizao na ordenha, algu-ma contaminao vai ocorrer no leite. A iN 62 estabelece que, para inibir a multiplicao das bactrias e evitar que o leite deteriore, ele deve ser refrigerado, no tempo mximo de 3 horas aps o trmino da ordenha, respeitando os critrios:
A 4 C em tanques de refrigerao por expanso direta A 7 C quando mantido em lates dentro de tanques de imerso em
gua gelada
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Os produtores vizinhos podero utilizar os chamados tanques comunit-rios, nos quais o leite de mais de uma propriedade armazenado em um mesmo tanque de refrigerao por expanso direta.
O tempo mximo de conservao do leite na propriedade at o momento do transporte indstria de 48 horas.
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Anotaes:
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Transportar o leite
O leite cru refrigerado dever ser transportado a granel da propriedade para a indstria, em tanques rodovirios isotrmicos.
O leite cru no refrigerado poder ser transportado em lates, desde que chegue indstria at duas horas aps a ordenha.
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Analisar o leite
A iN 62 estabelece que o leite dever ser analisado em laboratrios cre-denciados para o monitoramento de sua qualidade.
A indstria dever enviar, pelo menos uma vez por ms, amostras do leite de cada produtor para anlise em laboratrio credenciado na Rede Brasileira de Laboratrios de Con trole de Qualidade do Leite (RBQL). Os produtores recebero o resultado de suas anlises. Com isso, o MAPA vai acom panhar a quali dade do leite em cada pro priedade rural, e exigir que os pro blemas detectados sejam resolvidos.
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1 - Conhea as anlises a serem realizadas pela rbqLAs anlises so:
Contagem Bacteriana total (CBt); Contagem de Clulas Somticas (CCS);Determinao dos teores de gordura, lactose, protena, slidos totais,
slidos desengordurados; Pesquisa de resduos de antimicrobianos.
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2 - Conhea os limites de contaminao bacterianaA CBt indica a contaminao no leite expressa em Unidade Formadora de Colnia por mililitro (UFC/ml).
Bactrias so seres conhecidos popularmente como micrbios que se ali-mentam dos componentes do leite, causando prejuzos para produtores, indstrias e consumidores.
As bactrias esto em todos os lugares, como na gua, na poeira, na terra, na palha, no capim, nos corpos e plos das vacas, nas fezes, na urina, nas mos do ordenhador, nos insetos e em utenslios de ordenha sujos.
Para se evitar altas contagens bacterianas preciso trabalhar com higiene e refrigerar o leite o mais rapidamente possvel aps a ordenha, mantendo-o refrigerado na propriedade por, no mximo, 48 horas at o transporte para a indstria.
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Tabela 1
DECRSCiMO NA CONTAgEM BACTERiANA TOTAL MxiMA ESPERADO COM O PNQL
A partir de 01/01/2012 a 30/06/2014 - Regies
Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A partir de 01/01/2013 a
30/06/2015 - Regies Norte e Nordeste.
A partir de 01/07/2014 a 30/06/2016
regies Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A partir
de 01/07/2015 a 30/06/2017 - Regies
Norte e Nordeste.
A partir de 01/07/2016 Regies Centro-Oeste,
Sudeste e Sul. A partir de 01/07/2017 - Regies
Norte e Nordeste.
600.000 uFC/ml 300.000 uFC/ml 100.000 uFC/ml
3 - Conhea os limites da contagem de clulas somticasPara sabermos se a vaca est com mastite subclnica, temos de observar se houve aumento da Contagem de Clulas Somticas (CCS) no leite, por meio da anlise laboratorial.
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4 - Conhea a anlise da composio do leiteAlm de determinar a CBt e a CCS no leite de cada produtor rural, os laborat-rios da RBQL ainda vo analisar a composio do leite entregue para a indstria.
Tabela 2
DECRSCiMO NA CONTAgEM DE CLuLAS SOMTiCAS ESPERADO PELO PNQL
A partir de 01/01/2012 a 30/06/2014 - Regies
Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A partir de 01/01/2013 a
30/06/2015 - Regies Norte e Nordeste.
A partir de 01/07/2014 a 30/06/2016
regies Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A partir
de 01/07/2015 a 30/06/2017 - Regies
Norte e Nordeste.
A partir de 01/07/2016 Regies Centro-Oeste,
Sudeste e Sul. A partir de 01/07/2017 - Regies
Norte e Nordeste.
600.000 clulas/ml 500.000 clulas/ml 400.000 clulas/ml
Tabela 3
COMPOSiO MNiMA DO LEiTE CRu REFRigERADO
gordura (%) Protena (%)Slidos no
gordurosos (%)
3,0 2,9 8,4
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Os componentes do leite, com exceo da gua, constituem os slidos totais e so responsveis pelo seu valor nutricional.
O teor de slidos determina o valor industrial do leite, pois quanto mais gordura e protena, maior o rendimento que a indstria ter ao fabricar os derivados lcteos.
Alguns fatores que podem interferir na produo e composio do leite:
Raa; Estgio de lactao;Herana gentica; Poro e intervalo entre as ordenhas; Estao do ano; Sade da vaca;Mastite.
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As vacas devem receber uma dieta equilibrada a base de alimentos volumo-sos (pastagens, fenos, silagens) de boa qualidade e uma suplementao com alimentos concentrados, de acordo com o seu potencial gentico. O produtor rural deve planejar a produo de alimentos para o ano todo, a fim de evitar que a produo e a composio do leite sejam prejudicadas em determinadas pocas.
Fornecer a correta alimentao s vacas v
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Anotaes:
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Evitar a contaminao do leite por medicamentos veterinrios
Alm do PNQL, o Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) tambm implementou o Plano Nacional de Controle de Resduos (PNCR) para monitorar a presena de resduos de medicamentos veterin-rios e outros contaminantes em leite e demais produtos de origem animal.
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Leite com resduos de medicamentos veterinrios no deve ser comercializado, pois pode:
trazer prejuzos sade do consumidor (alergias, anemias, problemas no fgado, problemas nos rins, problemas reprodutivos);
Desenvolver resistncia em bactrias causadoras de doenas nos consumidores;
inibir ou interferir no crescimento dos fermentos usados na produo de queijos e iogurtes;
Causar a condenao e o descarte de uma grande quantidade de leite e produtos lcteos;
impedir que produtos lcteos brasileiros sejam exportados para outros pases.
Tratamentos trmicos como pasteurizao e ultra-pasteurizao no eliminam os resduos dos medicamentos veterinros pre-sentes no leite.
Para evitar problemas com resduos de medicamentos no leite, o produtor rural deve:
Aplicar medicamentos somente nos casos recomendados pelo Mdico veterinrio que assiste a propriedade;
Descartar o leite das vacas tratadas durante o prazo de eliminao do produto no leite, escrito na bula;
Marcar as vacas tratadas com pulseiras, carimbos ou outra forma de identificao, para que todos os envolvidos com o rebanho saibam que o leite deve ser descartado;
Anotar em planilhas simples e ao alcance de todos o dia e a hora do tratamento, o medicamento usado e o prazo de eliminao do produto no leite, escrito na bula;
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Lavar bem equipamentos e utenslios sempre que ordenhar uma vaca tratada; Fazer o tratamento de vaca seca em todos os animais, 60 dias antes
do prximo parto, observando o perodo de ao do produto, para evitar resduos no leite aps o parto.
Os principais medicamentos utilizados em vacas leiteiras so os antimicro-bianos, os antiparasitrios e os antiinflamatrios.
Antimicrobianos: so medicamentos extremamente eficientes para o combate de micrbios causadores de doenas nas vacas, desde que sejam utilizados corretamente, sob a orientao de um Mdico veterinrio. Es-tes incluem antibiticos, sulfas e outras bases farmacolgicas.tratamentos para curar ou prevenir a mastite so os principais responsveis pela conta-minao do leite por antimicrobianos. Prevenindo essa doena, o produtor corre menos risco de contaminar o leite com essas substncias.
Antiparasitrios: so produtos veterinrios usados no combate a car-rapatos, moscas-dos-chifres, berne e tambm s verminoses. Ao contrrio do que muitos pensam, esses medicamentos tambm causam resduos no leite, que deve ser descartado durante o prazo de eliminao informado na bula.
Antiinflamatrios: podem ser usados para reduzir os efeitos de uma inflamao, alm de diminurem a dor que o animal possa estar sentindo. Estes medicamentos tambm deixam resduos no leite e devem ser usados sob a orientao do Mdico veterinrio.
Quando um medicamento aplicado em uma vaca para combater uma in-feco, o leite que ela produz passa a conter resduos desse produto por um determinado tempo. Durante esse perodo, o leite no deve ser apro-veitado ou comercializado, sendo muito importante verificar e seguir as informaes do fabricante do medicamento.
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Existem no mercado medicamentos com menor perodo de ca-rncia. O mdico veterinrio poder orient-lo na aquisio desses produtos.
Anotaes:
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Fazer o cadastro na indstria de laticnios
O MAPA criou o Cadastro Nacional de Produtores de Leite, no qual as inds-trias de laticnios devero cadastrar todos os produtores rurais que lhes for-necem leite. Uma vez cadastrado, cada produtor ser monitorado pelo MAPA enquanto ele produzir leite no Brasil, mesmo que passe a vender para outra empresa. Com isso, o MAPA vai fiscalizar a qualidade do leite em cada pro-priedade rural do pas, garantindo alimentos lcteos seguros populao.
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Anotaes:
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Conhecer o controle de qualidade feito pela indstria
Cada indstria dever ter seu prprio programa de controle de qualidade do leite cru refrigerado, onde estar definido quem vai coletar as amostras de leite para envio aos laboratrios da RBQL. Aps a anlise do leite, os resul-tados sero enviados ao MAPA e tambm para as indstrias, que devero apresent-los a cada produtor.
Num primeiro momento, os produtores sero orientados quando um resul-tado isolado estiver fora dos limites estabelecidos.
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O MAPA vai sempre avaliar as mdias geomtricas da CCS e da UFC dos ltimos trs meses de anlise, o que d bastante tempo para produtores e indstrias tomarem as devidas providncias para evitar problemas com a qualidade do leite.
veja os exemplos na tabela 4, onde fica claro que, mesmo aps contagens elevadas, o produtor pode evitar que a mdia geomtrica trimestral esteja acima do mximo estabelecido (1 milho de UFC/ml):
O MAPA estabelecer os critrios a serem adotados para os casos de resul-tados fora dos limites estabelecidos.
Tabela 4
vANTAgEM DE SE FAZER A MDiA gEOMTRiCA TRiMESTRAL
Exemplo 1 Exemplo 2 Exemplo 3
CBT no 1 ms 1.200.000 3.000.000 10.000.000
CBT no 2 ms 1.400.000 600.000 390.000
CBT no 3 ms 590.000 500.000 250.000
Mdia Aritmtica 1.063.333 1.366.666 3.546.666
Mdia geomtrica 997.058 965.489 991.596
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Conhecer as prticas de manejo para obteno do leite
todas as prticas de manejo que garantem a obteno de leite de alta quali-dade na fazenda aumentam a rentabilidade da propriedade rural:
Leite com baixa CBt indica que o leite foi obtido com higiene e bem conservado, o que evita perdas por leite cido;
Leite com baixa CCS indica que as vacas no tm mastite, o que evita quedas na produo e melhora o rendimento industrial do leite;
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Leite com altos teores de slidos indica que as vacas esto sendo bem alimentadas, o que aumenta a produo individual e total do rebanho;
Leite sem resduos de antimicrobianos indica uma boa preveno de doenas e um bom controle do descarte de leite contaminado, o que reduz as chances de penalidades por parte da indstria.
As indstrias de laticnios esto comeando a pagar mais pelo leite de me-lhor qualidade, premiando aqueles produtores que investem na melhoria da qualidade do leite.
Melhorar a qualidade do leite no uma opo, um compromisso de quem produz.
Produzir alimentos seguros garantir sade populao.
Cada um de ns deve fazer a sua parte!
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Agradecimentos:CENtRO NACiONAL DE PESQUiSA DE GADO DE LEitE - EMBRAPA
COMiSSO NACiONAL DE PECURiA DE LEitE - CNA
Rede brasileira de laboratrios de controle da qualidade do leite:
Servio de Anlise de Rebanhos Leiteiros (SARLE)Universidade de Passo Fundo - Passo Fundo - RS
Fone: (54) 316-8191 - E-mail: sarle@upf.br
Clnica do LeiteEscola Superior de Agricultura Luiz de QueirozUniversidade de So Paulo - Piracicaba - SP
Fone: (19) 3429-4278 e (19) 3422-3980 - E-mail: cleite@esalq.usp.br
Laboratrio de Qualidade do Leite (LQL)Universidade Federal de Gois - Goinia - GO
Fone: (62) 521-1576 (ramal 21) - E-mail: lql@vet.ufg.br
Laboratrio de Anlise da Qualidade do Leite (LabUFMG)Universidade Federal de Minas Gerais - Belo Horizonte - MG
Fone:(31) 3499-2136 - E-mail: labufmg@vet.ufmg.br
Laboratrio de Qualidade do Leite Prof. Jos de Alencar(LQL-Embrapa)
Embrapa Gado de Leite - Juiz de Fora - MGFone: (32) 3249-4826 - E-mail: lableite@cnpgl.embrapa.br
Programa de Gerenciamento de Rebanhos Leiteiros do Nordeste (PROGENE)Universidade Federal Rural de Pernambuco - Recife - PE
Fone: (81) 3302-1550 - E-mail: progene@ufrpe.br
Programa de Anlise de Rebanhos Leiteiros do Paran (PARLPR)Universidade Federal do Paran - Associao Paranaense de Criadores de Bovinos da
Raa Holandesa - Curitiba - PRFone: (41) 367-7556 - E-mail: parlpr@holandesparana.com.br
Laboratrio Estadual de Qualidade do LeiteCompanhia integrada de Desenvolvimento Agrcola de Santa Catarina Universidade do
Contestado - Concrdia - SCFone: (49) 3441-1084
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REDE BRASiLEiRA DE LABORATRiOS DE CONTROLE DA QUALiDADE DO LEiTE
Servio de Anlise de Rebanhos Leiteiros (SARLE)Universidade de Passo Fundo - Passo Fundo - RSFone: (54) 316-8191 - E-mail: sarle@upf.br
Clnica do LeiteEscola Superior de Agricultura Luiz de QueirozUniversidade de So Paulo - Piracicaba - SPFone: (19) 3429-4278 e (19) 3422-3980 - E-mail: cleite@esalq.usp.br
Laboratrio de Qualidade do Leite (LQL)Universidade Federal de Gois - Goinia - GOFone: (62) 3521-1576 (ramal 21) - E-mail: lql@vet.ufg.br
Laboratrio de Anlise da Qualidade do Leite (LabUFmG)Universidade Federal de Minas Gerais - Belo Horizonte - MGFone:(31) 3499-2136 - E-mail: labufmg@vet.ufmg.br
Laboratrio de Qualidade do Leite Prof. Jos de Alencar(LQL-Embrapa)Embrapa Gado de Leite - Juiz de Fora - MGFone: (32) 3249-4826 - E-mail: lableite@cnpgl.embrapa.br
Programa de Gerenciamento de Rebanhos Leiteiros do Nordeste (PROGENE)Universidade Federal Rural de Pernambuco - Recife - PEFone: (81) 3302-1550 - E-mail: progene@ufrpe.br
Programa de Anlise de Rebanhos Leiteiros do Paran (PARLPR)Universidade Federal do Paran - Associao Paranaense de Criadores de Bovinos da Raa Holandesa - Curitiba - PRFone: (41) 367-7556 - E-mail: parlpr@holandesparana.com.br
Laboratrio Estadual de Qualidade do LeiteCompanhia integrada de Desenvolvimento Agrcola de Santa Catarina Universidade do Contestado - Concrdia - SCFone: (49) 3441-1084
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