sistema bancário português · compreendido entre 30 de setembro de 2015 e o dia da aplicação da...
Post on 23-Jun-2020
1 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Redigido com informação disponível até 14 de março de 2016
Sistema Bancário Português
Desenvolvimentos RecentesData de referência: 4.o trimestre de 2015
2 •
Índice
• Sistema bancário português – Avaliação global
• Indicadores macroeconómicos e financeiros
• Sistema bancário português
• Estrutura de balanço
• Liquidez e financiamento
• Qualidade dos ativos
• Rendibilidade
• Solvabilidade
• Medidas recentes com impacto sobre o sistema bancário
3 •
Sistema Bancário Português – Avaliação Global
I. Estrutura de balanço
• O ativo total do sistema bancário português manteve uma trajetória de redução gradual ao longo de 2015.
II. Liquidez e financiamento
• Os depósitos permaneceram estáveis em 2015, o que, conjugado com a redução do crédito, deu origem a umaredução do rácio de transformação e do gap comercial.
• Apesar de ter aumentado no quarto trimestre, o financiamento obtido junto do Eurosistema diminuiu no conjuntodo ano de 2015.
• Ao longo de 2015 a posição de liquidez do sistema bancário melhorou para todos os prazos (quando medida pelosgaps de liquidez).
III. Qualidade dos ativos
• Em 2015, o rácio de crédito em risco permaneceu estável face ao ano anterior; no entanto, reduziu-se no últimotrimestre.
IV. Rendibilidade
• Em 2015, a rendibilidade do sistema bancário retomou valores positivos depois de ter sido negativa entre 2011 e2014.
• O fluxo de imparidades registado em 2015 diminuiu para cerca de metade do valor de 2014, permanecendo, aindaassim, em níveis elevados.
V. Solvabilidade
• Os níveis de solvabilidade aumentaram no quarto trimestre de 2015, em resultado da diminuição dos ativosponderados pelo risco e do aumento dos fundos próprios do sistema bancário.
4 •
-10,1
-6,0
-1,9
1,5 0,1 0,5 1,5 1,0
1,4 1,5 2,11,6
1,5 1,30,9 1,7
-14
-9
-4
1
6
2010 2011 2012 2013 2014 2015 3T 2015 4T 2015
Balança de capital Balança corrente
1,9
-1,8
-4,0
-1,1
0,91,5
0,1 0,2
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
2010 2011 2012 2013 2014 2015 3T 2015 4T 2015
%
Taxa de crescimento do PIB – Volume
Indicadores Macroeconómicos e Financeiros (I/IV)
Balança corrente e de capital, em % do PIB
No quarto trimestre de 2015, o PIBaumentou face ao trimestre anterior.
Em termos homólogos, o produtocresceu 1,5% (0,9% em 2014).
Em 2015, a balança corrente e decapital registou um excedente de1,7% do PIB.
Gráfico 1
Nota: Os valores trimestrais correspondem a taxas de variação em cadeia. As estatísticas das Contas Nacionais e daBalança de Pagamentos apresentadas incorporam já as regras emanadas pelo Sistema Europeu de Contas Nacionais eRegionais na União Europeia (SEC 2010) e pelo Manual da Balança de Pagamentos e da Posição de InvestimentoInternacional (BPM6).
//
Nota: Os dados trimestrais encontram-se ajustados de sazonalidade.
Gráfico 2
//
Fonte: Banco de Portugal e INE
5 •
-11,2
-7,4
-5,7-4,8
-7,2
-4,4
-12
-9
-6
-3
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015
12,012,9
15,8 16,4
14,112,6 12,3 12,2
0
3
6
9
12
15
18
2010 2011 2012 2013 2014 2015 3T 2015 4T 2015
Taxa de desemprego, em % da população ativa
Saldo orçamental, em % do PIB
Fonte: Banco de Portugal e INE
Gráfico 4
Gráfico 3
Indicadores Macroeconómicos e Financeiros (II/IV)
Dívida Pública
(% do PIB)96,2 111,4 126,2 129,0 130,2 128,8
//
Nota: A taxa de desemprego corresponde à taxa de desemprego publicada pelo INE no mês central a cada trimestre.
O défice orçamental para 2014 foi revisto no âmbito da segunda notificação de 2015 ao Eurostat relativa ao Procedimentodos Défices Excessivos. A revisão do saldo para 2014 reflete, sobretudo, a inclusão de 4,9 mil milhões de euros relativos aoregisto da capitalização do Novo Banco como transferência de capital.
A taxa de desemprego situou-seem 12,2% no quarto trimestre de2015, alcançando níveis próximosdos observados em 2010.
Em 2015, a taxa de desempregomédia anual reduziu-se 1,5 p.p.face ao ano de 2014.
No final de 2015, o rácio dadívida pública sobre o PIBsituava-se em 128,8%. Osdepósitos das administraçõespúblicas representavam 10,6% doPIB.
6 •
-4,1-3,5
-0,3
1,4 0,8 0,6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
2010 2011 2012 2013 2014 4T 2014-3T2015
3,4
2,62,9
3,6
2,8
1,3
0
2
4
6
2010 2011 2012 2013 2014 4T 2014-3T2015
Capacidade (+) ou necessidade (-) de financiamento dos particulares, em % do PIB
Capacidade (+) ou necessidade (-) de financiamento das sociedades não financeiras, em % do PIB
No final de setembro de 2015, oendividamento das sociedades nãofinanceiras era inferior em 4,3 p.p.do PIB ao verificado no final de 2014.
No ano terminado em setembro de2015, a capacidade de financiamentodeste setor foi de 0,6% do PIB, o quecompara com 0,8% em 2014.
Nos três primeiros trimestres de2015, o nível de endividamento dosparticulares continuou a reduzir-se (3p.p. do PIB em relação ao final de2014).
No ano terminado em setembro de2015, a capacidade de financiamentodeste setor foi de 1,3% do PIB, o quecompara com 2,8% em 2014.
Gráfico 6
Dívida das SNF
(% do PIB)
Dívida dos Particulares(% do PIB)
Indicadores Macroeconómicos e Financeiros (III/IV)
Gráfico 5
118,2 121,2 127,1 122,4 116,1 111,8
92,9 92,6 93,7 89,8 86,8 83,9
Nota: As Contas Nacionais por setor institucional foram revistas aquando da divulgação pelo INE das Contas do quartotrimestre de 2014. Estas revisões refletem as alterações introduzidas nas Contas Nacionais Anuais detalhadas para 2012(resultados finais), com consequências nos anos seguintes.
//
//
Fonte: Banco de Portugal e INE
7 •Fonte: Reuters e BCE
Taxas de rendibilidade de dívida pública a 10 anos
Indicadores Macroeconómicos e Financeiros (IV/IV)
Taxas de juro do BCE
A taxa de rendibilidade implícita(yield) da dívida pública portuguesa a10 anos aumentou ligeiramente noquarto trimestre de 2015, ficando,ainda assim, abaixo do valor registadono final de 2014.
No decurso do quarto trimestre de2015, a taxa de juro interbancária a 6meses passou a assumir valoresnegativos, à semelhança do que já severificava com a taxa a 3 meses, emreflexo das medidas de políticamonetária do BCE. Já em fevereiro de2016, a taxa a 12 meses tambémpassou a ser negativa.
Em março de 2016, o BCE comunicoua redução: i) da taxa da facilidadepermanente de depósitos em 10pontos base (p.b.), para -0,40%, ii)da taxa das operações principais derefinanciamento, de 0,05% para 0%, eiii) da taxa da facilidade permanente decedência de liquidez, de 0,30% para0,25%.
Gráfico 8
Gráfico 7
-0,4
-0,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
jan-13 jun-13 nov-13 abr-14 set-14 fev-15 jul-15 dez-15
%
Taxa de operações principais de refinanciamento
Taxa de facilidade permanente de depósitos
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
jan-13 jun-13 nov-13 abr-14 set-14 fev-15 jul-15 dez-15
%%
Portugal Espanha Itália Alemanha Grécia
8 •
Sistema Bancário Português
Os dados do sistema bancário apresentam quebras de série decorrentes:
• Da medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo (BES) no terceiro trimestre de 2014. Emparticular, os ativos/responsabilidades não transferidos para a situação patrimonial do Novo Banco(NB) não são considerados no agregado do sistema bancário a partir de agosto de 2014.
Na ausência de informação contabilística relativa ao BES em base consolidada, para o períodocompreendido entre 30 de junho de 2014 e o dia da aplicação da medida de resolução (balanço edemonstração de resultados “de fecho”), foi considerado o reporte do BES em base individual, comreferência a 31 de julho de 2014, no apuramento dos resultados agregados do sistema bancáriorelativos ao terceiro trimestre de 2014. Contudo, não foram considerados os ajustamentos decorrentesda medida de resolução aplicada ao BES.
• Da medida de resolução aplicada ao BANIF – Banco Internacional do Funchal (Banif) no quartotrimestre de 2015. Os ativos/responsabilidades transferidos para o veículo de gestão de ativosespecialmente criado para o efeito – Oitante, S.A. – não são considerados no agregado do sistemabancário a partir de 20 de dezembro de 2015.
Na ausência de informação contabilística relativa ao Banif em base consolidada, para o períodocompreendido entre 30 de setembro de 2015 e o dia da aplicação da medida de resolução, noapuramento dos resultados agregados do sistema bancário relativos ao quarto trimestre de 2015 foiconsiderado o reporte do Banif em base individual, com referência a 30 de novembro de 2015(demonstração de resultados “de fecho”). Contudo, não foram considerados os ajustamentosdecorrentes da medida de resolução aplicada ao Banif.
Nota referente à informação contabilística e prudencial
9 •
0
200
400
600
2010 2011 2012 2013 2014 3T 2015 4T 2015
Capital e outrospassivos
Recursos de BancosCentrais
Mercado interbancário
Títulos
Depósitos
532 513 496460
430 415 413
0
200
400
600
2010 2011 2012 2013 2014 3T 2015 4T 2015
Outros ativos
Aplicações em outrasinstituições de crédito
Instrumentos de capital
Instrumentos de dívida
Crédito
//
//
Ativos (€mM) – Valor em final do período
Estrutura de Balanço
O ativo do sistema bancáriodiminuiu ligeiramente no quartotrimestre de 2015, em linha com oque tem sido observado nos últimosanos.
Os depósitos aumentarammarginalmente no trimestre emanálise.
Observou-se uma quebra dasresponsabilidades representadas portítulos, refletindo largamente oefeito da retransmissão deobrigações seniores do Novo Bancopara o BES, no valor de 1985 milhõesde euros.
Ativos / PIB
Gráfico 9
3,0 2,9 2,9 2,7 2,5 2,4 2,3
Estrutura de financiamento bancário (€mM) – Valor em final do período
Gráfico 10
Fonte: Banco de Portugal
10 •
158
140128
117107 105
102
0
30
60
90
120
150
180
2010 2011 2012 2013 2014 3T 2015 4T 2015
40,946,0
52,847,9
31,225,1 26,2
8,34,7
3,43,3
2,52,6 2,1
0
20
40
60
2010 2011 2012 2013 2014 3T 2015 4T 2015
Operações de política monetária junto do Banco de Portugal
Outros recursos de Bancos Centrais
Recursos de Bancos Centrais (€mM) – Valor em final de período
Liquidez e Financiamento (I/II)
Rácio Crédito-Depósitos (%) – Valor em final de período
O recurso ao financiamento debancos centrais aumentouligeiramente no último trimestre de2015, representando 6,8% do totaldo ativo. Permanece, no entanto,abaixo do valor registado no final de2014.
O rácio de transformaçãocontinuou a decrescer no quartotrimestre de 2015, refletindo aredução da carteira de crédito.
//
//
Gráfico 12
Gráfico 11
Fonte: Banco de Portugal
11 •
-3,9 -2,8
5,0
8,410,0 11,2
14,0
-7,3 -6,3
2,2
6,28,5
9,811,9
-11,5-9,6
-0,3
2,2
6,37,5 8,5
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
2010 2011 2012 2013 2014 3T 2015 4T 2015Até 3 meses Até 6 meses Até 1 ano
133
98
70
4318
126
0
40
80
120
160
2010 2011 2012 2013 2014 3T 2015 4T 2015
Gaps de liquidez em escalas cumulativas de maturidade em % de ativos estáveis – Valor em final de período
Gap comercial (€mM) – Valor em final de período
Liquidez e Financiamento (II/II)
No quarto trimestre de 2015, ogap comercial diminuiu de formaacentuada, principalmente devido àcontração do crédito, mantendo atendência de redução dos últimostrimestres.
Os gaps de liquidez melhorarampara todos os prazos de maturidade,refletindo essencialmente oaumento dos ativos líquidos.
Gráfico 14
//
//
Gráfico 13
Fonte: Banco de Portugal
12 •
4,3
5,05,6 6,1 5,9 6,1 6,0
10,5
13,415,6 16,6 17,0 16,7
14,2
6,1
9,7
13,816,1
19,021,6
19,8
0
5
10
15
20
25
2010 2011 2012 2013 2014 3T 2015 4T 2015
Habitação Consumo e outros fins Empresas não financeiras Total
3,2
4,2
5,56,2
7,7 8,0 8,2
0
3
6
9
2010 2011 2012 2013 2014 3T 2015 4T 2015
Rácio de crédito em risco em % do crédito bruto – Valor em final de período
Qualidade dos Ativos
Imparidades para crédito em % do crédito bruto – Valor em final de período
O rácio de crédito em riscodiminuiu para 12% no quartotrimestre de 2015, em virtude de oefeito causado pela redução docrédito em risco ter sido superior aoefeito resultante da diminuição dacarteira de crédito.
Esta redução do crédito em riscoverificou-se em todos os segmentosdo setor privado residente, comespecial incidência no segmento dassociedades não financeiras.
O rácio entre o stock deimparidades para crédito e o créditobruto aumentou marginalmente noquarto trimestre de 2015, devidoprincipalmente à contração dacarteira de crédito a clientes.
Gráfico 16
//
//
Gráfico 15
Fonte: Banco de Portugal
13 •
-160
-120
-80
-40
0
40
80
120
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2014 exc.BES/NB
2015 exc.BES/NB
Outrosproveitos
Comissões
Margemfinanceira
Imparidades
Custosoperacionais
Outros custos
7,7
-6,3 -5,5
-11,7
-19,2
2,8
-1,1
6,5
0,5 -0,4 -0,3
-0,8
-1,3
0,2
-0,1
0,5
-2,5
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
1
-25
-20
-15
-10
-5
0
5
10
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2014 exc.BES/NB
2015 exc.BES/NB
%
Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) Rendibilidade dos Ativos (ROA) - esc. direita
%
ROA e ROE – Valor do período
Rendibilidade (I/II)
A rendibilidade dos capitaispróprios e rendibilidade dos ativosmelhoraram consideravelmente em2015, mesmo excluindo o impactodo BES/Novo Banco.
Esta evolução positiva darendibilidade deveu-seprincipalmente à quebra expressivadas imparidades.
Apesar de o montante teraumentado, o peso da margemfinanceira no produto bancário em2015 manteve-se estável.
O peso dos resultados emoperações financeiras (incluídos emoutros proveitos) aumentou em2015.
Nota: A rendibilidade é medida pelos resultados antes de impostos e de interesses minoritários.Apresentam-se valores anualizados.
Gráfico 17
Custos e Proveitos em % do produto bancário – Valor do período
Gráfico 18
//
//
Fonte: Banco de Portugal
14 •
0
2
4
6
8
2010 2011 2012 2013 2014 2015 3T 2015 4T 2015
Empréstimos a empresas não financeiras Empréstimos a particulares à habitação
Depósitos de empresas não financeiras Depósitos de particulares
Cost-to-Income (%) , Custos operacionais (€mM) – Valor do período
Rendibilidade (II/II)
Taxas de juro bancárias (novas operações) – Valor médio do período (%)
Em 2015 o rácio cost-to-incomedecresceu 5,8 p.p. em relação a 2014.Esta evolução é explicada peloaumento do produto bancário e, emmenor medida, pela diminuição doscustos operacionais.
No quarto trimestre de 2015, astaxas de juro dos novos empréstimoscontinuaram a diminuir, enquanto ocusto dos novos depósitospermaneceu estável.
Relativamente ao final de 2014, astaxas aplicadas nas novas operaçõescom particulares para crédito àhabitação e com empresas nãofinanceiras reduziram-se 81 e 107p.b., respetivamente.
Por sua vez, o custo dos novosdepósitos diminuiu 50 p.b. para osegmento das empresas nãofinanceiras e 82 p.b. para o segmentodos particulares.
Gráfico 20
Gráfico 19
//
0
20
40
60
80
0
2
4
6
8
10
2010 2011 2012 2013 2014 2015
%
€m
M
Custos operacionais Cost-to-Income - esc. direita
Fonte: Banco de Portugal
15 •
5,5 5,4
7,0 7,16,9
7,27,6
0
2
4
6
8
2010 2011 2012 2013 2014 3Q 2015 4Q 2015
7,4
8,7
11,512,3
11,3 11,612,4
0
2
4
6
8
10
12
14
2010 2011 2012 2013 2014 3T 2015 4T 2015
Capital Tier 1 sobre total do ativo – Valor em final de período (%)
Solvabilidade
Rácio Core Tier 1 (até 2013) e Rácio CET 1 (a partir de 2014) – Valor em final de período (%)
O rácio entre o capital Tier 1 e oativo total* aumentou 0,4 p.p. faceao terceiro trimestre de 2015,situando-se 0,7 p.p. acima do valorverificado no final de 2014.
Os rácios CET 1* e de solvabilidadetotal melhoraram no quartotrimestre de 2015, comparandofavoravelmente com o final de 2014.Tal facto deveu-se às decisões quecompletaram a medida de resoluçãoaplicada ao Banco Espírito Santo eque se traduziram no aumento decapital do Novo Banco em dezembrode 2015 e na diminuição dos ativosponderados pelo risco.
(*) A transição para um novo regimeprudencial em 2014 determinou aocorrência de quebras de estrutura dosindicadores de solvabilidade, justificadas pordiferenças metodológicas no cálculo dascomponentes de fundos próprios, afetandoa comparabilidade dos rácios relativamentea anos anteriores.
Gráfico 22
Gráfico 21
10,3 9,8 12,6 13,3 12,3 12,6 13,3Rácio de
solvabilidade total
Fonte: Banco de Portugal
//
//
16 •
Medidas recentes com impacto sobre o sistema bancário (I/III)
Tópico Instituição Medidas do 4.º trimestre 2015
Acompanhamento
e supervisão
Banco de
Portugal
Aviso do Banco de Portugal n.º 3/2015 de 10 de novembro
Define os procedimentos relativos à apresentação, manutenção e revisão dos planos de recuperação, bem como
as demais regras complementares necessárias à execução do artigo 116.º-D do Regime Geral das Instituições
de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro.
Especifica os procedimentos de determinação de obrigações simplificadas na elaboração e reporte dos planos
de recuperação e exerce a faculdade de dispensa de apresentação de planos de recuperação prevista no n.º 3
do artigo 116.º-E do RGICSF.
Foram igualmente incorporadas no quadro normativo as seguintes Orientações da Autoridade Bancária
Europeia: (i) «Orientações sobre os diversos cenários a utilizar em planos de recuperação», (ii) «Orientações
sobre a lista mínima de indicadores qualitativos e quantitativos a incluir nos planos de recuperação».
Carta Circular do Banco de Portugal n.º 85/2015/DES, de 3 de novembro
Presta esclarecimentos acerca do tratamento contabilístico das contribuições para o Fundo de Resolução.
Autoridade
Bancária
Europeia
(EBA)
Divulgação, em 24 de novembro de 2015, do Exercício de Transparência da Autoridade Bancária Europeia
(EBA). Foi disponibilizada informação detalhada por banco sobre a posição de capital, a exposição ao risco e a
qualidade de ativos de 105 bancos europeus, cobrindo cerca de 70% do total de ativos do sistema bancário da
União Europeia. Participaram no exercício os bancos portugueses CGD, BCP e BPI.
Mecanismo
Único de
Supervisão
Os resultados do exercício de Avaliação Completa (Comprehensive Assessment) foram publicados no dia 14 de
novembro de 2015. Neste exercício foi avaliada, através de um teste de esforço, a solidez financeira de nove
instituições da área do euro que não haviam sido incluídas no mesmo exercício realizado em 2014 (incluindo, no
caso português, o Novo Banco). Foi conduzido pelo Mecanismo Único de Supervisão.
Solvabilidade
e liquidezBanco de
Portugal
Comunicado do Banco de Portugal de 29 de dezembro no qual se decidiu impor a percentagem de reserva
contracíclica de fundos próprios em 0% do montante total das posições em risco, a vigorar a partir do dia 1 de
janeiro e durante o primeiro trimestre de 2016. Esta reserva aplica-se a todas as posições em risco de crédito cuja
contraparte seja o setor privado não financeiro nacional de instituições de crédito e empresas de investimento
sujeitas à supervisão do Banco de Portugal ou do Banco Central Europeu (Mecanismo Único de Supervisão),
consoante aplicável.
Comunicado do Banco de Portugal de 29 de dezembro no qual se divulga a designação dos grupos bancários
identificados como O-SIIs em 2015 e as respetivas reservas de fundos próprios em percentagem do montante
total das posições em risco.
17 •
Medidas recentes com impacto sobre o sistema bancário (II/III)
Tópico Instituição Medidas do 4.º trimestre 2015
Solvabilidade
e liquidez
Banco de
Portugal
Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2015, de 14 de dezembro
Estabelece, de acordo com o atual enquadramento legal previsto nos Artigos 138-Q e 138-R do Regime Geral
das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo DL n.º 298/92, de 31 de dezembro
(RGICSF), os elementos a divulgar pelo Banco de Portugal relativos à identificação das outras instituições de
importância sistémica (O-SII), à reserva aplicável a cada uma dessas instituições e a periodicidade dessa
divulgação.
Este Aviso entrou em vigor no dia 15 de dezembro de 2015.
Comissão
Europeia
Regulamento de Execução (UE) n.º 2015/2326 da Comissão de 27 de novembro, relativo à prorrogação dos
períodos de transição relacionados com os requisitos de fundos próprios para posições em risco sobre
contrapartes centrais previstos nos Regulamentos (UE) n.º 575/2013 e (UE) n.º 648/2012 do Parlamento
Europeu e do Conselho.
Este Regulamento entrou em vigor no dia 30 de novembro de 2015.
BCE
Decisão do Conselho do BCE, a 3 de dezembro de 2015, de reduzir a taxa de juro aplicável à facilidade
permanente de depósito em 10 pontos base para -0,30%, com efeitos a partir de 9 de dezembro de 2015,
mantendo a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e a taxa de juro aplicável à
facilidade permanente de cedência de liquidez inalteradas nos níveis atuais de 0,05% e 0,30%, respetivamente.
Decisão do Conselho do BCE, de 3 de dezembro de 2015, de adotar novas medidas não convencionais de
política monetária, designadamente:
• Continuação da condução das operações principais de refinanciamento e das operações de refinanciamento
de prazo alargado com prazo de três meses sob a forma de procedimentos de leilão de taxa fixa com
colocação integral da procura, pelo período de tempo necessário e, pelo menos, até ao final do último período
de manutenção de reservas de 2017;
• Prolongamento do programa de compra de ativos (APP) até ao final de março de 2017, ou até mais tarde se
necessário;
• Reinvestimento, enquanto for necessário, do valor nominal dos títulos que atingiram o vencimento, adquiridos
no âmbito do programa de compra de ativos (APP);
• Inclusão na lista de ativos elegíveis para compras de instrumentos de dívida transacionáveis denominados
em euros emitidos por administrações regionais e locais situadas na área do euro.
18 •
Medidas recentes com impacto sobre o sistema bancário (III/III)
Tópico Instituição Medidas do 4.º trimestre 2015
Enquadramento
legal
Banco de
Portugal
Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2015, de 7 de dezembro
Estende a todas as entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal a obrigação de passarem a elaborar as
demonstrações financeiras em base individual e em base consolidada, quando aplicável, de acordo com as
normas internacionais de contabilidade, estabelecendo um regime transitório, até 31 de dezembro de 2016, para
as situações não sujeitas à disciplina prevista no Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 19 de julho.
Este Aviso entrou em vigor dia 8 de dezembro de 2015.
Governo
Português
Aprovação da Portaria n.º 362/2015, do Ministério das Finanças, que alterou a Portaria n.º 95/94, de 9 de
fevereiro, no que respeita aos requisitos de capital social mínimo aplicáveis às sociedades de investimento, às
sociedades de locação financeira, às sociedades financeiras de crédito e às caixas económicas, e revogou os
requisitos de capital social mínimo estabelecidos para determinados tipos de sociedades que, com o DL n.º
157/2014, de 24 de outubro, deixaram de existir no ordenamento jurídico português.
Esta Portaria entrou em vigor no dia 16 de outubro de 2015.
Parlamento
Europeu e
Conselho
Diretiva (UE) 2015/2366 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de novembro de 2015, relativa aos
serviços de pagamento no mercado interno, que altera as Diretivas 2002/65/CE, 2009/110/CE e 2013/36/UE e o
Regulamento (UE) n.º 1093/2010, e que revoga a Diretiva 2007/64/CE.
Comissão
Europeia
Regulamento Delegado (UE) 2015/2303 da Comissão de 28 de julho, que complementa a Diretiva 2002/87/CE
do Parlamento Europeu e do Conselho através de normas técnicas de regulamentação que especificam as
definições e coordenam a supervisão complementar no que diz respeito à concentração de riscos e às
operações intragrupo.
Este Regulamento entrou em vigor dia 31 de dezembro de 2015.
OutrosBCE
Recomendação do Banco Central Europeu, de 17 de dezembro de 2015 (BCE/2015/49)
Recomendação do Banco Central Europeu relativa a políticas de distribuição de dividendos. Os destinatários
desta recomendação são as entidades supervisionadas significativas e os grupos supervisionados significativos,
conforme definidos no Artigo 2.º, n.ºs 16 e 22, do Regulamento (UE) n.º 468/2014 (BCE/2014/17).
Esta Recomendação foi publicada em 30 de dezembro de 2015.
Sistema Bancário PortuguêsDesenvolvimentos Recentes – 4.o trimestre de 2015
top related