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AApprreesseennttaaççããoo O Parque Tecnológico Uberaba é um empreendimento inovador, gerido por uma rede de parceiros públicos e privados, unidos pelo foco do desenvolvimento sustentável de Uberaba e da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
Resulta da visão e ação estratégicas da cidade diante da necessidade de posicionar-se frente aos desafios advindo da economia do conhecimento e do anseio local pelo fortalecimento de uma posição de liderança regional na difusão de novas tecnologias para o agronegócio.
Apesar da marca forte de Capital Mundial do Zebu ser reconhecida como um importante valor local, gerador de uma identidade internacional, um outro foco foi determinante para a criação do Parque Tecnológico.
A ampliação dos investimentos em pesquisas tecnológicas e aplicadas às demandas de outros setores econômicos está criando bases sustentáveis para a diversificação crescente da economia de Uberaba. A implantação do recém-inaugurado do Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas, no novo campus da UFTM no Parque Tecnológico, com sete novos cursos de Engenharia, é uma das ações concretas que fortalecem este objetivo. Em 2008, o Parque Tecnológico foi oficialmente criado pela Lei Municipal 10.372. Essa, conhecida como Lei do Parque, instituiu o Conselho Gestor formado pela Prefeitura de Uberaba, a Embrapa e a Epamig e criou o Fundo de Ciência, Tecnologia e Inovação para dar sustentabilidade e maior autonomia ao Parque.
Em 2010, o Instituto Parque, associação privada sem fins econômicos, foi criado por 9 instituições e empresas privadas parceiras. Em novembro, o Instituto Parque assinará com o Conselho Gestor um convênio para tornar-se a entidade gestora executiva do Parque Tecnológico. Para o Plano 2011-2022, o Instituto Parque elegeu, como projetos estratégicos para que o Parque Tecnológico atinja suas metas, a formação da Rede de Habitats de Inovação e a realização de ações para a transformação da Região do Triângulo e Alto Paranaíba em uma Região Inovadora. Considera-se que não bastam investimentos em Uberaba, mas que toda a região deverá incentivar a inovação em seu sistema produtivo.
Nesse contexto, o Instituto Parque propõe-se a atuar como agente regional de inovação, disseminar conhecimento e integrar as melhores iniciativas ao Parque através da Rede. A sede do Instituto Parque, localizada em uma ampla área verde, no coração do Parque Tecnológico, prevê a instalação do Núcleo de Inovação Tecnológica e a unidade de coordenação da Bio-Rota. Desde os primórdios da proposta, em 1993, o Parque Tecnológico buscou ser o ambiente central do processo de transformação de Uberaba numa cidade onde conhecimento e produção interagem de forma dinâmica e criativa, gerando o desenvolvimento econômico, social e humano para todos. Para este fim, foi destinada a Fazenda Experimental Getúlio Vargas - FEGV, criada na década de 40 e onde, desde a década de 1970, foram realizadas importantes pesquisas em biologia e outros setores pela EPAMIG.
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Em 1994, uma área de 160 hectares da FEGV foi adquirida pela Prefeitura de Uberaba para a instalação da avenida principal do Parque e para as primeiras áreas empresariais. Hoje, iniciando sua fase 3, o Parque Tecnológico está implantando um novo centro urbano de negócios, com moderna infraestrutura de serviços e excepcional qualidade ambiental.
Além das quadras empresariais, o Parque Tecnológico reservou áreas comerciais, culturais e de serviço de apoio às empresas que visam propiciar todas as facilidades necessárias aos seus funcionários, colaboradores e clientes.
Centro de Estudos Ambientais e sede do Instituto Parque, no Parque Tecnológico Uberaba. (Foto: Instituto Parque)
Sala do Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas, UFTM, no Parque Tecnológico Uberaba. (Foto: Instituto Parque)
No entorno desse centro urbano de negócios situa-se a Univerdecidade, nome do bairro e primeira denominação do Parque Tecnológico. A área está caracterizada no Plano Diretor de Uberaba como uma ZESP 3 – Zona Empresarial Especial. Neste setor, estão as instituições âncoras de ciência e tecnologia: Embrapa, Epamig, UFTM, IFTM, FAZU e UNIUBE.
Neste setor, ao lado do Centro Regional da Epamig, está implantado o CVT- Centro Vocacional Tecnológico, onde são realizadas ações de inclusão digital em parceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de MG e a Fundação Triângulo. Neste prédio, uma área foi reservada para a instalação da primeira unidade da Incubadora de Empresas do Parque Tecnológico, com capacidade para 6 empresas.
Ao lado do Parque Tecnológico estão localizados o Distrito Industrial II, com um Porto Seco, o Parque Empresarial e estão reservadas áreas para a implantação do Distrito Industrial IV e 260 ha para a ZPE – Zona de Processamento de Exportação, o que facilita sobremodo a aproximação do Parque Tecnológico com as indústrias. Ao mesmo tempo, estas áreas estão sendo preparadas para receber indústrias de base tecnológica de médio e grande porte que necessitem de grandes áreas.
Além dos limites da Univerdecidade, outras áreas urbanas de Uberaba concentram atividades de ciência e tecnologia e foram consideradas habitats de inovação por abrigarem unidades de pesquisa e atividades empresariais que atuam de forma integrada, criando um ambiente de sinergia propício à inovação.
Esses habitats são espaços consolidados e seus participantes dificilmente teriam interesse na sua transferência para o centro urbano de negócios do Parque Tecnológico. Por isso, são integrados à Rede de Habitats de Inovação – RHI do Parque Tecnológico, dinamizados e melhorados para que se tornem ambientes cada vez mais propícios do desenvolvimento tecnológico e à inovação. Os programas e benefícios criados para atender às empresas do Parque Tecnológico poderão ser expandidos para esses habitats.
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Entre os habitats de inovação da Rede, o Campus Saúde da UFTM merece destaque na proposta desta Chamada da FINEP. No Campus Saúde, localizado no Bairro Abadia da cidade de Uberaba, está o ponto de conexão da UFTM com a RNP. A partir desse ponto, será criado um enlace de alta capacidade até o centro urbano de negócios do Parque Tecnológico, e daí distribuído para as áreas empresariais, criando uma Rede Digital de Alta Capacidade – URANET.
Em paralelo, o Parque Tecnológico não pretende segurar para si as melhorias de qualidade de vida que resultarem de suas ações, mas disseminar por toda a cidade e pela região um estado de espírito empreendedor, contagiando todos a fazerem parte do processo de maneira pró-ativa. O resultado será uma ampla rede social de promoção do desenvolvimento sustentável e humanizado no qual cada cidadão participará da cogestão da Região Inovadora.
Imagem do Google com zonas do município de Uberaba. A Univerdecidade e o
Campus Saúde da UFTM devem ser interligados por uma URANET.
I. Parque Tecnológico Uberaba
I.1. Definição
O Parque Tecnológico Uberaba é empreendimento para promoção do desenvolvimento empresarial, científico e tecnológico de Uberaba e da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, gerido uma rede de parceiros públicos e privados, que visa a criação, instalação e desenvolvimento de empresas de base tecnológica e intensivas em conhecimento, a promoção da cultura empreendedora, a inovação, a sinergia entre os participantes do Parque e os sistemas de ciência e tecnologia, de modo a conferir competitividade, mercado e reconhecimento internacional ao conjunto.
I.2 Objetivos
a) Ser um espaço para desenvolver o conhecimento, a ciência e a tecnologia, constituindo um ambiente favorável à produção intelectual, voltado para a inovação tecnológica e a produção criativa de resultados passíveis de uso imediato, combinado a uma cultura empresarial empreendedora e disponível para investimentos de risco;
b) Ser um exemplo em matéria ambiental com a criação de áreas de preservação e de lazer integradas com os espaços verdes, além da implementação de programas de recuperação do cerrado e de educação ambiental;
c) Permanecer aberto à população, possuindo infraestrutura pública e espaços
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democráticos para a prática e promoção da cidadania; d) Atrair e receber empresas de base tecnológica de diversas áreas do conhecimento,
laboratórios, centros de pesquisa e de negócios, bem como dinamizar as estruturas, empresas e instituições já existentes e instaladas;
e) Promover a sinergia das entidades no Parque e destas com os demais agentes de desenvolvimento no local e na região, em especial entre instituições de ensino e pesquisa, órgãos públicos, agências de desenvolvimento, associações comunitárias, empresas e outras entidades relevantes;
f) Promover a melhoria da qualidade de vida da população. I.3. Rede de Habitats de Inovação
O Parque Tecnológico Uberaba está estruturado na forma de uma Rede de Habitats de
Inovação que tem seu centro e sede em Uberaba. Isto significa que o parque pode atuar em toda a região através de habitats de inovação parceiros, mas concentra sua coordenação no centro urbano de negócios do Parque Tecnológico.
Essa configuração justifica-se pela rede de relações de seus principais parceiros âncoras de ciência e tecnologia, que possuem unidades regionais coordenadas desde as sedes instaladas na área do Parque Tecnológico.
Entre eles estão a Regional da EPAMIG - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, que atua em 66 municípios e a Reitoria do Instituto Federal do Triângulo Mineiro, que coordena ações em 83 municípios.
Adicionalmente, no município de Uberaba, há diversas áreas urbanas que concentram atividades de ciência e tecnologia, estando assim fora da área principal do Parque Tecnológico. Estas áreas são habitats de inovação por abrigarem unidades de pesquisa e atividades empresariais que atuam de forma integrada, criando um ambiente de sinergia propício à inovação.
Esses habitats são espaços consolidados e seus participantes dificilmente teriam interesse na transferência de suas sedes ou operações para o centro urbano de negócios do Parque Tecnológico. Por isso, são integrados à Rede de Habitats de Inovação – RHI do Parque Tecnológico, dinamizados e melhorados para que se tornem ambientes cada vez mais propícios do desenvolvimento tecnológico e à inovação. Os programas e benefícios criados para atender às empresas do Parque Tecnológico poderão ser expandidos para esses habitats.
O resultado esperado é a sistemática multiplicação de ambientes inovadores pelo município de Uberaba e pela região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, construindo as bases de uma Região Inovadora, onde cada habitat de inovação é um dos seus projetos estruturantes.
II. Base Física
O Parque Tecnológico Uberaba é uma Zona Empresarial Especial da cidade de Uberaba - ZESP 3, definida pelo Plano Diretor do município, ilustrada na figura mais abaixo. Toda essa área é designada como Parque Tecnológico e está sujeita às normas específicas e especiais para uso e ocupação do solo e para todos os parâmetros urbanísticos.
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O órgão da Prefeitura de Uberaba responsável pela gestão urbana desta área é a Secretaria de Desenvolvimento Econômico – SEDEC, também gestora de todos os recursos públicos alocados ao Parque Tecnológico e responsável pelo seu projeto.
O Parque Tecnológico Uberaba faz parte da Macrozona de Desenvolvimento do Município e integra um dos seus Eixos de Desenvolvimento. Os Eixos correspondem às áreas de 500 metros laterais às rodovias BR-050 e BR-262. O Parque Tecnológico Uberaba faz parte do Eixo Bio.Rota e tem um acesso rodoviário direto pela BR-050.
Assim, o Parque Tecnológico é uma das áreas estratégicas para a instalação de novos empreendimentos no município e coordena a implantação da Bio-Rota.
A área principal do Parque Tecnológico Uberaba é dividida em dois setores, ilustrados na figura abaixo: o Centro Urbano de Negócios e a Univerdecidade.
O Centro Urbano de Negócios (indicado em cor violeta na figura abaixo) possui área de 160 hectares, formalmente designada pela Lei 10.372 de 18/4/2008, considerada a data oficial de criação do Parque. A área é propriedade do Município de Uberaba e a sua gestão está sob a responsabilidade de um Conselho Gestor formado pela Prefeitura de Uberaba, a Embrapa e a Epamig.
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A Univerdecidade corresponde a toda a área designada como ZESP 3 pelo Plano Diretor. Neste setor estão instaladas as principais Âncoras de Ciência e Tecnologia (AC&T) do Parque Tecnológico: a Embrapa, a Epamig, a UFTM, o IFTM , a FAZU e a UNIUBE. Essa configuração é ilustrada nas figuras abaixo.
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Visão parcial do Centro Urbano de Negócios e da Univerdecidade, do Parque Tecnológico Uberaba, e distritos industriais adjacentes. (Fonte: Prefeitura de Uberaba)
Centro Urbano de Negócios Univerdecidade, onde há instituições âncoras de formação de capital humano, e instituições âncoras de ciência, tecnologia e inovação. Distritos Industriais I e II de Uberaba e Zona de Processamento de Exportações
Visão parcial do Centro Urbano de Negócios e da Univerdecidade, do Parque Tecnológico Uberaba. (Fonte: Prefeitura de Uberaba)
Univerdecidade Centro Urbano de Negócios
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Instituto Federal do Triângulo Mineiro – IFT Campus 1 Uberaba (500 hectares), na Univerdecidade (Foto: IFT)
Empresa Consiste Informática, no Centro
Urbano de Negócios. Foto: Instituto Parque
Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas da UFTM, na Univerdecidade. (Foto: UFTM)
FAZU – Faculdades Associadas de Uberaba (196 hectares), na Univerdecidade. (Foto: FAZU)
Um dos pavilhões de pesquisa, Centro de P&D da EPAMIG – Triângulo Mineiro (400 hectares), na Univerdecidade. Foto: Instituto Parque
Vista do prédio do CVT – Centro Vocacional Tecnológico – Uberaba, na Univerdecidade, em parte do qual será onde será instalada a Incubadora de Empresas do Parque Tecnológico Uberaba. Fotos: Instituto Parque
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Prédio do Centro de Educação Ambiental – CEA, no Centro Urbano de Negócios do Parque Tecnológico
Uberaba, onde será adaptada área de 200 m² para receber o Instituto Parque. (Fotos: Prefeitura de Uberaba, 2010)
III. Bio.Rota
A Bio.Rota é formada por corredores de cerca de 500 metros de cada lado das rodovias BR-50 e BR-262, próximos à cidade de Uberaba, definidos pelo Plano Diretor do Município como Eixos de Desenvolvimento sob a forma de áreas urbanas para atividades estratégicas de desenvolvimento.
A Bio.Rota é composta basicamente por empresas produtoras de bens e serviços de base tecnológica para a cadeia de genética animal (em especial centrais de coleta e processamento de material genético, fertilização in vitro e clonagem de células), bem como fazendas de criação de gado de elite e espaços de comercialização e negócios (tathersais). Desse habitat participa também a Fazenda Experimental da Universidade de Uberaba – UNIUBE.
Entre as EBTs relevantes em campo da genética animal, na Bio.Rota, destacam-se: Geneal, Nova Índia, Alta Genética, ABS Pecplan, Vitrogen, Ovinogen e Aviagen. As figuras abaixo ilustram a situação da Bio.Rota conforme definido no Plano Diretor do município de Uberaba e alguns dos elementos presentes.
Plano Diretor de Uberaba indicando a reserva de área para a Bio.Rota .(Fonte: Prefeitura de Uberaba)
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Localização de empresas de biotecnologia (em particular de genética animal), fazendas de criação de gado selecionado e espaços para comercialização de animais no município de Uberaba. (Fonte: ABCZ)
Alta Genética, central de genética animal, na Bio.Rota, (Foto: Alta Genética) e um Tathersal
Pesquisa em DNA em empresa na Bio.Rota. (Foto Geneal)
Geneal, central de genética animal, na Bio.Rota. (Foto Geneal)
O Instituto Parque promove a sinergia entre as empresas na Bio.Rota e dessas com instituições de ensino superior e técnico, instituições de ciência e tecnologia e empresas nos demais habitats de inovação do Parque Tecnológico Uberaba e em outros locais na região, país e exterior.
Em articulação com o Programa Brazilian Cattle e o Programa de Turismo de Uberaba, o Instituto Parque promove programas de visitas técnicas e de negócios (em especial durante as grades feiras internacionais que se realizam anualmente em Uberaba (ExpoZebu e ExpoGenética) a empresas na Bio.Rota e nos demais habitats de inovação do Parque Tecnológico Uberaba. Essas visitas técnicas buscam ampliar a participação e a presença dessas empresas no mercado nacional e internacional e são crescentemente demandadas por amplo espectro de entidades e pessoas. Uma dessas visitas é ilustrada na figura abaixo.
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Grupo de visitantes ouve explicações de especialista sobre os procedimentos de engenharia genética em empresa na Bio.Rota. (Foto: Geneal)
IV. Histórico
O Parque Tecnológico Uberaba tem as suas raízes em iniciativas históricas que marcam o perfil empreendedor da cidade e da região, em especial:
a) Final do Século XIX- pecuaristas pioneiros trouxeram o gado zebu da Índia; b) Década de 1940 do século XX - criação da Fazenda Experimental Getúlio Vargas (FEGV)
com o objetivo de ser um centro nacional de pesquisas da pecuária; c) Década de 1970 do século XX - criação da Embrapa e da Epamig, que assumiram a FEGV -
criação do polo de fertilizantes fosfatados e industrialização de Uberaba e da região; d) Década de 1990 do século XX ao presente:
� 1992: 1º Colóquio Franco-Brasileiro de Tecnópoles, realizado em 1992, em Uberlândia, com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, no qual especialistas franceses e brasileiros discorreram sobre tecnópoles e parques tecnológicos.1
O então Secretário de Agricultura de Uberaba, que também era pesquisador da EPAMIG, participou do evento e, ao retornar ao município, promoveu reuniões sobre parques tecnológicos e tecnópoles, reunindo a Prefeitura de Uberaba, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG).
Nessas reuniões emergiu a percepção de que a Fazenda Experimental Getúlio Vargas, descrita adiante, poderia ser transformada num complexo de ciência, tecnologia e inovação, no Agronegócio, destinado a impulsionar competitivamente o município e a região rumo à economia globalizada do emergente paradigma da Sociedade do
Conhecimento e da Responsabilidade Social.
A Fazenda Experimental Getúlio Vargas, propriedade da EMBRAPA e com 766 hectares à época, foi criada pelo Governo Federal na década de 1940, e estava cedida à EPAMIG desde os anos 1970. Em 1993, já era uma referência para o agronegócio brasileiro devido a contribuições como a adaptação da soja, milho e braquiária às condições do Cerrado, além do suporte científico-tecnológico ao desenvolvimento das raças zebuínas no país. Por ser adjacente ao centro de Uberaba, a Fazenda estava exposta a invasões, destruição das suas reservas ambientais e propostas de sua incorporação ao tecido urbano.
1 O Triângulo, Uberlândia, 22/9/1992, p.1. e p.3.; Correio do Triângulo, 19/9/1992, p.5; e Correio do Triângulo, 23/9/1992, p.1.
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� 1993: Assinatura de Termo de Compromisso que criou o Parque Tecnológico
Univerdecidade,2 e a realização do Workshop Uberaba Agrotecnópole Brasileira,
3 no qual foram definidas diretrizes para a ação com base na experiência de habitats de inovação de renome mundial.4 e 5
� 1996: Inauguração da infraestrutura do Parque Tecnológico Univerdecidade, nos 766 hectares da Fazenda, dos quais 160 foram adquiridos pela Prefeitura de Uberaba.
� 1997: Implantação das duas primeiras empresas no parque tecnológico, a CEMIG e a CONSIST Informática.
� 1998: Inauguração da Incubadora de Tecnologia e Negócios - UNITECNE, em prédio na EPAMIG (no UBERATEC), transferida posteriormente para a Universidade de Uberaba.6
� 2004: Termo de Compromisso para resgate e implantação do Parque Tecnológico, iniciativa da UNITECNE da UNIUBE, com apoio da SECTES-MG, EMBRAPA e EPAMIG.
� 2005: Retomada, pela Prefeitura de Uberaba, do Parque Tecnológico como uma das prioridades para o desenvolvimento do município.
� 2007: Convênio entre Prefeitura, EMBRAPA e EPAMIG para criação formal do Parque. � 2008: Criação do Conselho Gestor do Parque Tecnológico, por lei municipal, 7 e de fundo
para a sustentação do empreendimento; � 2008: Cessão, pela EMBRAPA e EPAMIG, de 50 hectares no Parque Tecnológico para a
Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM.8 � 2010: Criação do Instituto Parque, associação de direito privado e sem fins lucrativos,
como entidade gestora executiva do Parque Tecnológico e inauguração da Primeira Etapa do Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas – ICTE da UFTM no campus dessa universidade no Parque Tecnológico.
� 2011 – 2011: Realização da Fase 3 do Parque Tecnológico.
Fases de Implementação do UBERATEC
Fase Período Principais eventos e realizações I 1992 a
2003 1992: Percepção de que a Fazenda Experimental Getúlio Vargas poderia ser transformada num complexo de ciência, tecnologia e inovação, no Agronegócio . 1993: Assinatura de Termo de Compromisso que criou o Parque Tecnológico Univerdecidade. 1996: Inauguração da infraestrutura do Parque Tecnológico Univerdecidade . 1997: Implantação das duas primeiras empresas no Parque: CEMIG e CONSIST Informática. 1998: Inauguração da Incubadora de Tecnologia e Negócios – UNITECNE, no Parque.
II 2004 a 2010
2004: Termo de Compromisso para resgate e implantação do Parque Tecnológico. 2005: Retomada, pela Prefeitura de Uberaba, do Parque Tecnológico. 2007: Convênio Prefeitura, EMBRAPA e EPAMIG para criação formal do Parque Tecnológico. 2008: Criação do Conselho Gestor do Parque Tecnológico e de fundo para a sua sustentação. 2008: Cessão, pela EMBRAPA e EPAMIG, de 50 hectares no UBERATEC para a UFTM. 2010: Criação do Instituto Parque como entidade gestora executiva do Parque Tecnológico.
III 2011 a 2013
As principais atividades e metas são apresentadas neste documento.
2 Formado a partir de: (a) UNI – representando o conhecimento; (b) VERDE – representando a preservação ambiental; e (c) CIDADE – representando a integração harmoniosa da Fazenda à urbe e à comunidade. 3 Workshop “Uberaba, a Agrotecnópolis Brasileira”, 18 e 19/11/1993, Documento Interno, Prefeitura Municipal de Uberaba. 4 SPOLIDORO, R. Technopoleis and Innovative Urban Development in Brazil. Proceedings III IASP World Conference. Bordeaux, 1994. 5 FERREIRA, F.; PAIXÃO CÔRTES, Z. The Science Park of Uberaba. Proceedings V IASP World Conference. Rio de Janeiro, 1996.
6 www.uniube.br/institucional/unitecne/NossasEmpresas.htm, acesso em 12/7/2009. 7 Lei nº 10.372, Município de Uberaba, Porta-voz, 19/4/2008, página 27, ANO 13 Nº 706: www.portavozuberaba.com.br 8 www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/07/04/materia.2008-07-04.6932112858/view, acesso em 12/7/2009.
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V. Governança
A Governança do Parque Tecnológico Uberaba - UBERATEC é exercida por uma Gestão Estratégica e por uma Gestão Executiva.
Gestão Estratégica: É realizada pelo Conselho Gestor e Comitê de parceiros do Parque Tecnológico Uberaba, criados pela Lei Municipal nº 10.372, de 18-4-2008
Gestão Executiva: É realizada por uma associação de direito privado sem fins lucrativos, o Instituto Parque Tecnológico Uberaba, fundada em 24/6/2010 por nove instituições e empresas privadas, formatada para ser qualificada como OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
O Instituto Parque Tecnológico Uberaba - Instituto Parque - foi criado para ser um agente de desenvolvimento regional inovador e gestor executivo do Parque Tecnológico Uberaba – UBERATEC. Foi habilitado em 18/10/2010, mediante convenio com o Conselho Gestor do UBERATEC, formado pela Embrapa, Epamig e Prefeitura de Uberaba, com o apoio do Comitê de Parceiros.
VI. Parcerias existentes e seu impacto no Parque Tecnológico Uberaba A estruturação do Instituto Parque é fruto da rede de alianças construída e corresponde aos três pilares que fundamentam o Parque Tecnológico: Governo, Geradores de Conhecimento e Setor Empresarial. Algumas das entidades que participam da rede de Habitats de Inovação que formam o Parque Tecnológico Uberaba são, em si, redes com número significativo de associados, tais como a ABCZ – Associação Brasileira de Criadores de Zebu (cerca de trinta mil associados), Associação Girolando (cinco mil associados), Sindicato Rural (dois mil associados), Instituto Federal do Triângulo, UFTM e APL de Biotecnologia (32 empresas).
Desde sua composição inicial, o Instituto Parque recebeu amplo apoio da sociedade, refletido pelo crescente número de novos associados, interessados em participar da rede e da construção do novo perfil regional. Atuais participantes das redes de alianças do Parque Tecnológico Uberaba estão indicados abaixo.
Redes Entidades
Redes de Governo Prefeitura Municipal de Uberaba IMA - MG
CODAU IEF
CODIUB MCT
SECTES-MG Polo de Excelência em Genética Animal9
Redes de Ciência, Tecnologia e Educação Superior e Técnica
EPAMIG IFTriangulo
EMBRAPA FAZU
UFTM UNIUBE
Fundação Triângulo
Rede Empresarial ABCZ FAEMG – Sindicato Rural
Associação Girolando FIEMG
APL de Biotecnologia CEMIG
CDL CONSIST Informática
Empresas da Bio.Rota
Redes de Incubadoras de Empresas UNITECNE - UNIUBE
9 www.conselhos.mg.gov.br/uploads//20/rebovinocorte.pdf, acesso em 12/7/2009.
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VII. Entidades na base física do Parque Tecnológico Uberaba
Centro Urbano de Negócios do Parque Tecnológico
Desenvolve-se em área de 160 ha, propriedade da Prefeitura de Uberaba, adjacente ao centro da cidade, e conta com as seguintes entidades e projetos: (P = Pesquisa e Desenvolvimento; G= Governo; E= Setor Empresarial)
ENTIDADE Unidade ou projeto no Habitat de Inovação nº 1 ha P G E
CDL: Câmara de Dirigentes Lojistas Centro de Convenções e Feiras 9
CEMIG Unidade regional 2
CONSIST Informática Desenvolvimento de soluções em Informática 1,5
Cia Militar de Bombeiros de MG Centro de Treinamento de Minas Gerais 3
Instituto Federal do Triângulo Mineiro REITORIA e Campus 2 Uberaba 8
� Instituto Parque Tecnológico Uberaba � CEA – Centro de Educação Ambiental � CITUR - Centro Informações ao Turista
Prédio de 2.000 m². CEA: Parceria CODAU, Banco Mundial e MCT. Prédio com 220 m²
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UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Parque Olímpico com ginásio de esportes para 5 mil pessoas e alojamentos para atletas.
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Foi inaugurada, em 22/10/2010, a 1ª Etapa do Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas, em prédios em área de 22 mil m2, cedidos pela Prefeitura de Uberaba.
2,2
Área da Univerdecidade além do Centro Urbano do Parque A área da Univerdecidade, excetuando o Centro Urbano de Negócios, representa o primeiro grande gerador de conhecimento, tecnologias e talentos para as empresas os demais habitats de inovação do Parque Tecnológico. Desenvolve-se num espaço de 1.314 hectares e conta com as seguintes entidades e projetos:
(P = Pesquisa e Desenvolvimento; G= Governo; E= Setor Empresarial)
ENTIDADE Unidade ou projeto no Habitat de Inovação nº 2 Área ha
P G E
ABCZ: Associação Brasileira de Criadores de Zebu
Centro de Validação Novas Tecnologias Genética Bovina Projetos em parceria c/ a EMBRAPA
40
CEMIG Sede da Fazenda Energética 0,5
EPAMIG: Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
Centro Tecnológico do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba e Fazenda Modelo (Gir Leiteiro)
400
FAZU: Faculdades Associadas de Uberaba
Campus cm Fazenda Escola - Apoiada pela ABCZ. 189
Fundação Triângulo de Pesquisa e Desenvolvimento
Sede da Fundação e Coordenação do APL de Biotecnologia do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, do Centro de Inteligência Competitiva Biotec e do CVT – Centro Vocacional Tecnológico.
0,1
GIROLANDO: Associação de Criadores de Girolando
Centro de estudos, pesquisa, demonstração e capacitação na cadeia de produção do leite.
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Instituto Federal do Triângulo Mineiro - IFTM
Campus 1 de Uberaba – Fazenda Escola 498
UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Campus no Parque Tecnológico. Em construção, a sede do Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas, com 10,8 mil m² área construída, terreno de 500 mil m
2 (cedido pela EMBRAPA).
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UNIUBE - Universidade de Uberaba Hospital Veterinário: Atende animais de todos os portes. 1 Sindicato Rural Centro de Turismo Rural: Sede do Sindicato, Unidade representação
FAEMG - Profissionalização e promoção do turismo rural. 0,4
Prefeitura de Uberaba e EPAMIG (EMBRAPA)
Parque da Cidade: áreas de preservação ambiental, esporte, trilhas ecológicas, ciclovias, bares e outros elementos.
9
CVT - Centro Vocacional Tecnológico Centro de inclusão digital e formação profissional no setor moveleiro 1,2
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VIII. Tipos de entidades no Parque Tecnológico Uberaba
Os participantes do Parque Tecnológico Uberaba são atores da inovação e agentes do desenvolvimento, como:
� Empresas produtoras de bens e serviços; � Instituições de ensino superior e técnico; � Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação )C,T&I), como o Centro de P&D EPAMIG; � Município de Uberaba e outros municípios da região; � Órgãos e agências do Governo do Estado � Órgãos e agências do Governo Federal; � Instituições e agências de desenvolvimento, tais como SEBRAE- MG; � Associações empresariais, tais como Câmaras de Indústria, Comércio e Serviços, FIEMG, FAEMG; � Associações e conselhos profissionais; � Empresas e profissionais liberais em áreas de apoio à inovação e ao desenvolvimento, incluindo
empresas de capital de risco e empresas de apoio ao registro de propriedade intelectual; � Organizações não governamentais de apoio à inovação e desenvolvimento, como o Instituto
Ethos; � Organismos internacionais, tais como o BID e o Banco Mundial.
IX. Setores econômicos e técnicos prioritários do UBERATEC
Os focos estratégicos do UBERATEC são definidos a partir das vocações regionais tradicionais
e das possibilidades de transcender as vocações regionais tradicionais com base em avanços da ciência e tecnologia, na inovação em todos os domínios e nas características de Uberaba, região e UBERATEC. No momento, o UBERATEC tem os seguintes focos:
1. Foco principal: Agronegócio, compreendido como integrador de ampla gama de setores, como:
� Biotecnologia � Tecnologia da Informação e Comunicações � Saúde Humana � Saúde Animal e Vegetal
� Fármacos � Preservação e recuperação do Meio Ambiente; � Energia � Criogenia � Eletromecânica
2. Focos adjacentes: Setores em que há capacidade significativa em Uberaba e região: � Química (em especial fertilizantes fosfatados, amônia e ureia). � Máquinas, aparelhos e materiais elétricos � Produtos de madeira (em especial a indústria de móveis) � Produção de alimentos � Tecnologia da Informação e Comunicações � Saúde Humana � Preservação e recuperação do Meio Ambiente
3. Setores portadores de futuro, não citados nos itens anteriores, em especial:
i. Energia: � Equipamentos e sistemas de produção e transmissão de energia a partir de fontes como biomassa,
geradores de eletricidade acionados por pequenas quedas de água, geradores de eletricidade acionados por ventos (energia eólica), radiação solar e gás natural.
� Biocombustíveis a partir de cana-de-açúcar, algas e outros insumos. � Processos de uso racional e de economia de energia.
ii. Automação industrial, residencial e em processos do agronegócio. iii. Novos materiais.
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X. Admissão no Parque Tecnológico Uberaba
Entre as entidades que podem ser admitidas no Parque Tecnológico Uberaba, destacam-se:
� Empresas de base tecnológica e indústrias criativas. � Institutos, unidades, laboratórios ou divisões empresariais de atividades de P&D. � Instituições de ensino superior e técnico. � Incubadoras e aceleradoras de empresas e de projetos. � Unidades intensivas em conhecimento de empresas de apoio ao Agronegócio, como unidades de
planejamento de empresas de logística, comércio exterior e empresas de capital de risco. � Empresas e profissionais prestadores de serviços de apoio técnico às empresas e instituições de
ensino e pesquisa no Parque, tais como consultoria em propriedade intelectual. � Entidades de divulgação do conhecimento científico e tecnológico, como museus de C,T&I. � Empresas e unidades de serviços ancilares às atividades na Agrotecnópole, tais como shopping
center, hotel, academia de ginástica e esportes, e centro de eventos e exposições.
XI. Condições, produtos e serviços oferecidos aos participantes do UBERATEC
Entre as condições oferecidas aos participantes destacam-se:
1. Espaços para edificação e áreas construídas prontas para instalação de empresas e outras entidades, em centros ou conjuntos empresariais (em implantação).
2. Endereço nobre: Localização que indica a qualidade e competência dos participantes; 3. Ambiente favorável à inovação, constituído por elementos como:
� Concentração de empresas e instituições de C,T & I e educação superior e técnica. � Infraestrutura tecnicamente avançada, com fibra óptica, cobertura das operadoras, energia
elétrica de qualidade e farta, saneamento e transporte público. � Centro de Convenções, Eventos e Exposições, Shopping Center, Hotel e Museus; � Áreas de esportes e ciclovias; � Paisagismo e áreas de preservação ambiental; � Segurança; � Proximidade ao centro da cidade e principais áreas residenciais de Uberaba; � Facilidade de acesso e transporte público e farto estacionamento público.
4. Mecanismos de promoção da cooperação: estruturação de redes, projetos cooperativos de pesquisa e desenvolvimento e sinergia dos atores da inovação.
5. Serviços de valor agregado, coordenados ou articulados pelo Instituto Parque, de apoio às seguintes atividades:
� Criação, atração, instalação e desenvolvimento de empresas intensivas e inovadoras mediante processos como incubação de empresas e desdobramentos empresariais (spin-
offs). � Criação, atração, instalação e desenvolvimento de instituições de ensino superior e técnico e
instituições de ciência, tecnologia e inovação; � Internacionalização das empresas, incluindo: exportação, presença no exterior, alianças
estratégicas com entidades estrangeiras e participação em projetos cooperativos de P&D em âmbito internacional.
� Divulgação e marketing dos participantes em âmbito local, estadual, nacional e internacional. � Participação na formulação e implementação do Projeto Uberaba 2022.
6. Atividades de apoio: Presença de empresas e de profissionais que complementam e reforçam as
competências das entidades participantes. 7. Acesso a incentivos fiscais municipais
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XII. Planos Urbanístico e Imobiliários e de Negócios do Parque Tecnológico
Estão sendo realizados os Projetos Urbanísticos e Imobiliários e Planos de Negócios de diversas áreas desses habitats de inovação como fundamentos para a realização de negócios e atração de EBTs e investimentos.
Figura A: Áreas empresariais, no Centro de Negócios do Parque Tecnológico Uberaba, totalizando 55 ha (Indicadas na cor violeta na figura). Fonte: Prefeitura de Uberaba
Figura B: Previsão de Museu Interativo de Ciência, Tecnologia e Inovação, associado a outros elementos, como o Centro de Tecnologia e Inovação, restaurante e cafés para a UFTM e EBTs. Fonte: Prefeitura de Uberaba
Figura C: Previsão do Centro Empresarial TIC (em baixo, à direita) (adjacente ao Instituto Federal do Triângulo Mineiro e do ICTE – UFTM), e previsão de Centro Tecnológico Sul (empresas e laboratórios compartilhados) (à esquerda da figura). Fonte: Prefeitura de Uberaba
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As figuras abaixo ilustram aspectos previstos para o Parque Tecnológico Uberaba.
Plano Diretor Urbanístico do Cnetro de Negócios do Parque Tecnológico Uberaba.
Imagem: Instituto Parque
Lotes Empresariais Norte Centro de Eventos e de Exposições Imagem: Instituto Parque
Centro Empresarial Leste Shopping Center e Hotel Sugestão de concepção arquitetônica Imagem: Jornal da Comunidade, Brasília, DF
Lotes Empresariais Oeste
Museu Interativo, Centro de Tecnologia e Inovação e Restaurante Administração do Instituto Parque Fonte: Prefeitura de Uberaba
Centro Empresarial TIC
Sugestão de concepção arquitetônica Foto: R. Spolidoro
Centro Tecnológico Sul (empresas e laboratórios compartilhados) Sugestão de concepção arquitetônica Foto: R. Spolidoro
XIII. Projeto Uberaba 2022
Prevê-se que o Instituto Parque, pelas características de ação com base na inovação, tenha a responsabilidade de coordenar a contínua formulação do Projeto Uberaba 2022.
Exemplo de ação a ser incluída nesse projeto é a reserva de área às margens da Bio.Rota para dispor-se de condições condizentes com um parque tecnológico de classe mundial e para assegurar possibilidade de implantação de corredores de transporte coletivo inovador, como ilustrado na figura mais abaixo. Aspectos assim ensejam a construção efetiva de fatores essenciais para assegurar elevada qualidade de vida e sinergias entre os atores da inovação, condições situadas entre as principais para o sucesso de um parque tecnológico.
Visão parcial da Bio.Rota: trevo de acesso ao Parque Tecnológico Uberaba. (Foto: Prefeitura de Uberaba)
Paisagismo em rodovia que atravessa o Research Triangle
Park, nos Estados Unidos, como inspiração para a Bio.Rota. (Foto: R. Spolidoro)
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Projeto Regional para o Futuro
Admite-se que a Sociedade Industrial, iniciada há duzentos anos pelo Iluminismo e pela Revolução Industrial, está sendo substituída em âmbito mundial por uma era radicalmente diferente, a Sociedade do Conhecimento, engendrada pela aceleração dos avanços da Ciência e Tecnologia nas últimas décadas. Cada uma dessas eras é interpretada como um paradigma social, compreendido como o padrão de percepção da realidade e de resposta aos seus desafios que caracteriza determinada sociedade.
Na presente transição de paradigma, o desafio básico que se apresenta a Uberaba e sua região é o de assegurar um processo de desenvolvimento que seja, simultaneamente, Democrático; Socialmente justo; Moral; Sustentado em todos os domínios (como economia, ecologia, demografia, cultura e política); Promotor de elevada qualidade de vida para toda a população; Laico; Aberto e respeitoso quanto à diversidade (como as de gênero, crenças, idade, patrimônio, dificuldades físicas ou mentais, origens étnicas, opiniões políticas e orientações pessoais); Competitivo na Economia Globalizada da Sociedade do Conhecimento; Integrado ao imaginário coletivo; e Solidário com desenvolvimento análogo em outras regiões.
Esse tipo de desenvolvimento, denominado desenvolvimento harmônico, não é alcançado com base em procedimentos tradicionais. Ao contrário, em cada região, requer um processo inovador, fundamentado em conceitos e instrumentos inovadores, tais como um Projeto
Regional para o Futuro e um Fórum Regional para o Futuro.
O Projeto Regional para o Futuro é uma obra viva, em permanente processo de formulação, construída mediante ações localizadas e específicas, por vezes modestas, mas com grande poder de modificar a realidade, denominadas Iniciativas Estruturantes. O Fórum Regional
para o Futuro emerge da parceria de todas as forças organizadas da região, desde governo e instituições de ensino e pesquisa até associações de classe e sindicatos, passando por organizações da comunidade e empresas.
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