solução cocriada - escola interativa · das diferentes fases do sono é importante. claro, o...
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revista
Ano XXIII • n˚ 56 • out/dez 2015Publicação para a área privada
Qual ambiente escolar é capaz de acolher os alunos? • Qualidade do sono X educação
Solução cocriada Técnica, trabalho em equipee criatividade podem contribuirpara solucionar desafios antigosdas escolas
ExcelênciaemEducação
COMPROMISSO COM QUEM VOCÊ EDUCA MATRÍCULAS ABERTAS
www.expoente.com.br
Escola um Sistema de Ensino que prepara seu aluno para ser um verdadeiro Expoente.Assuma o compromisso de construir a base do conhecimento de quem você educa. Proporcionamos uma formação por meio de vínculos afetivos e de muito aprendizado. Excelência em educação é oferecer a melhor formação para seu filho aliada à construção do saber.
|30InclusãoReflexão sobre a inclusão nas escolas
|06EntrevistaSidarta Ribeiro mostra como funcionaa memória e o sono para o aprendizado
|10 CurtasReflexões e fatos marcantes na educação
|11Artigo IO perfil dos alunos do Ensino Médio deve ser considerado
|18Projetando o futuro Confira alguns projetos pelo país
|24Resultados As lições das Olimpíadas de Matemática
|25Artigo IIUm convite para reaprender a ver o mundo
|26Robótica Robótica Educacional Expoente aplicada em rede de escolas
|28Especial Histórias inspiradoras de quem é um Expoente
|34Dicas pedagógicas Orientações sobre o planejamento escolar
|38Mundo WebNovidades no Portal Escola Interativa e o sucesso da rede
índice
|12Matéria de capaInovação em sala de aula passa por diversas ferramentas
Editorial
ComemoraçãoCaros leitores:
O ano de 2015 está terminando. Quão rápido o tempo passa! Parece que foi ontem que fundamos o Grupo Expoente. Era o ano de 1986 e, agora, estamos chegando a 30 anos de história. Estamos, portanto, já bem crescidinhos e, obviamente, bem amadurecidos!
Quando resolvemos criar o Expoente, um dos desafios iniciais foi a escolha do nome. Queríamos algo que tivesse forte apelo como marca, mas que, ao mesmo tempo, nos remetesse a algo vinculado à educação. A escolha não poderia ter sido mais feliz, pois Expoente, além de ser uma expressão mate-mática que eleva uma quan-tidade, pode significar, na língua portuguesa, uma pessoa importante em uma profissão ou em um ramo do saber. Assim, podemos ter um Expoente máximo na matemática!
Foram 30 anos de muitos desafios, conquistas, glórias e histórias para contar. A própria Revista Impressão Pedagógica, que com esta edição chega ao nº 56, é a prova inconteste de quanto temos sido persis-tentes naquilo em que acre-
ditamos. Assim como o Expoente, a revista faz parte de nossa história, e ambos são orgulho e referência para todos aqueles que vivem e respiram Expoente.
Queremos agradecer a todos que nos acompanham nessa trajetória, especialmente a nossos professores, funcionários, gestores e clientes que, com suas críticas, suas sugestões e seus elogios, nos permitiram chegar até aqui.
Que venha 2016.
Um grande ano para todos nós!
Expediente
Direção-Geral:Armindo Vilson Angerer
CEEE:Rosires Gallucci
Jornalista Responsável:Arieta Arruda(MTB 6815/PR)
Revisão:Caroline Rabelo GomesAmanda Santos BorgesValéria Grazieli Stuber
Design:Gustavo Morais
Marketing:Soraia Costa
Foto de capa:© Wavebreakmedia / iStock
Pré-Impressão:Alexandre Straube
Fotolitos e Impressão:Editora Gráfica ExpoenteAntonio Both Av. Maringá, 350 – Pinhais (PR)CEP: 83324-000 Tel.: (41) 3312 4350
Tiragem:15 000 exemplares.Impressão Pedagógica é uma publicação semestral de circulação nacional, dirigida a diretores de escolas, coordenadores e professores, distribuída gratuitamente por mailing personalizado. Não nos responsabilizamos por opiniões expressas nos artigos assinados.Todos os direitos reservados.
Armindo AngererDiretor-geralGrupo Expoente
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Impressão Pedagógica (IP)
– Que tipos de memórias
nosso cérebro registra?
Sidarta Ribeiro (SR) – O cérebro
é capaz de formar a memória
para basicamente três tipos dife-
rentes de objetivos. Existem as
memórias declarativas, aquelas
que eu posso contar sobre o que
aconteceu há 10 anos, por exemplo,
no aniversário de minha avó. É muito
diferente de uma memória de um
comportamento meu, chamada
memória de procedimentos.
As memórias declarativas de
eventos que aconteceram são algo
que eu posso lhe contar e você
aprende rapidamente, porque
você já tem representações que
ajudam. Você aprende como uma
narrativa. Você aprende rápido e
também esquece rápido, no sentido
que envolve pouca mudança no
cérebro, pouca mudança sináptica.
Já as memórias de procedimento,
as memórias complexas, como
andar de bicicleta, jogar capoeira,
você não aprende rápido, aprende
devagar, precisa treinar muito
para aprender. Mas, uma vez
que você aprende, também não
esquece mais, porque envolve uma
mudança massiva de sinapses, um
caminho mais profundo e lento.
Aí tem o terceiro tipo, as memórias
emocionais, que são um pouco
diferentes, muito intensas, elas
sintetizam as emoções. Quando
o aprendizado envolve as
emoções, ele é mais intenso.
IP – Como o sono pode
contribuir para a memória?
SR – O sono atua de várias
maneiras sobre a memória.
Ele facilita o esquecimento
de algumas e facilita a conso-
lidação de outras. Ainda facilita
a transformação das memórias,
gerando o fenômeno da criati-
vidade, representações que você
não tinha antes e passou a ter.
Isso acontece por meio de uma
série de processos bioquímicos
e eletrofisiológicos, que são
estudados em laboratório e
apenas parcialmente conhecidos.
IP – Qual a quantidade
ideal de sono diário?
SR – A gente dorme cada vez
menos à medida que envelhece.
O bebê recém-nascido dorme
16 horas e boa parte no sono
REM (Rapid Eye Movement ou
Movimento Rápido do Olho). Além
de ser um sono em que se sonha,
é muito envolvido com a criação
de novas sinapses, com a questão
de genes envolvidos com a plas-
ticidade das sinapses. O recém-
-nascido está em processo de
construção e o sono tem a ver
com essa construção. O sono diz
respeito à reposição de meta-
bólicos, à síntese de macromo-
léculas importantes durante
a vigília, à reposição devido à
fadiga. Se você teve uma carência
cognitiva muito intensa, você pode
ficar com uma baixa de neuro-
transmissores disponíveis e,
durante o sono, isso será reposto.
Mas isso também depende do
tipo e da duração desse sono.
IP – Qual o papel do sono
no aprendizado escolar?
SR – Precisamos ter cuidado
com o papel do sono no apren-
dizado escolar, as pesquisas ainda
são incipientes. Estamos traba-
lhando nisso relativamente há
pouco tempo, apenas há alguns
anos. Mas até agora as evidências
apontam para um papel bem
positivo, a gente tem tido a possi-
bilidade de que no futuro que
após cada aula você tenha um
período para o sono para a conso-
lidação da memória daquela
aula. Talvez possamos trocar
uma aula longa por uma mais
curta, mais interessante, mais
emocionante, e conciliá-la com
um período de descanso para
consolidação da memória. Isso é
comprovado cientificamente por
meio de dois artigos publicados.
Um é dos Estados Unidos e
outro é nosso, de Natal (RN).
IP – Quais fatores têm
prejudicado a qualidade
de nosso sono?
SR – Uma questão importante é
a fragmentação do sono. Hoje as
pessoas estão usando a internet
de maneira com que fiquem
sempre na expectativa, esperando
novidades, estímulos rápidos.
A gente sabe que a integralidade
das diferentes fases do sono é
importante. Claro, o advento da
luz elétrica já causou um problema
para o sono, mas agora ➤
entrevista
O neurocientista Sidarta Ribeiro,
entrevistado desta edição da
Revista Impressão Pedagógica,
ajuda você a refletir sobre essas e outras
questões para melhorar seu entendimento
acerca do cérebro humano na relação
com a memória e o aprendizado escolar
e o significado dos sonhos.
Sidarta é xará de Sidarta Gautama,
o Buda, e sabedoria sobre o assunto é o que
não falta para ele. Professor de Neurociências
e diretor do Instituto do Cérebro da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),
em Natal (RN); integrante do comitê de direção
da Escola Latino-Americana de Educação,
Ciências Cognitivas e Neurais;
doutor em Comportamento Animal
e pós-doutor em Neurofisiologia,
Ribeiro tem experiência
principalmente nos temas sono, sonhos,
memória e neuroeducação. Ficou curioso?
Confira a seguir a entrevista com um dos mais
respeitados neurocientistas do mundo.
”“Sono, exercício físico e alimentação são os gargalos fisiológicos para o aprendizadoComo o cérebro funciona no processo do aprendizado?Qual a importância do sono no aprendizado dos alunos?
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para interagir. Quando nosso
mundo era muito simples, no qual
só tínhamos de matar, não morrer
e procriar, os mecanismos para
simular o futuro eram chamados de
oráculos probabilísticos, com base
no ontem, então as possibilidades
eram restritas, por isso prova-
velmente ele acertava muitas vezes.
Em nosso mundo contem-
porâneo, existem possibilidades
demais, pois a gente também
não tem só um problema, tem
milhões de problemas, e poucos
deles, geralmente, são tão
graves quanto aqueles de nossos
ancestrais. Portanto, os sonhos,
em geral, são dominados não por
um ou dois problemas, mas por
mil problemas, e é aí que surgem
aqueles sonhos meio loucos.
Quando você se aproxima desses
problemas graves, como estar com
um doente na família ou em uma
guerra, os sonhos lhe orientam
nesse sentido. Mas o oráculo
probabilístico no mundo contem-
porâneo está quebrado. A gente
não presta mais atenção no sonho.
O que mobiliza os sonhos são os
desejos, e esses desejos estão
relacionados aos problemas.
IP – Como se forma o apren-
dizado no cérebro?
SR – Existem três momentos. O
primeiro é quando você adquire
a memória, ou seja, quando você
está acordado e adquire essa
memória. O segundo é quando
você vai dormir e essa memória
vai ser liberada e consolidada. Já
o terceiro é quando você utiliza
essa memória, isto é, quando
você adquire a memória decla-
rativa. Aprendendo, por exemplo,
qual a capital da Rússia, primeiro
você adquire essa informação e
ativa os neurônios do hipocampo
e do córtex. À noite, quando você
for dormir, tanto o hipocampo
quanto do córtex vão reverberar
essa informação, essa memória
vai ser reativada de maneira
que ela fique cada vez mais
forte no córtex e mais fraca no
hipocampo. Os detalhes disso
nós ainda não entendemos
direito, fazemos pesquisas
exatamente sobre esses detalhes
para saber como esse movimento
acontece. Só o que sabemos
é que isso vai acontecer.
Quando você recupera essa
memória no outro mês, ela estará
muito mais no córtex, pois ela
vai mudando para lá, e parece
que o sono tem papel funda-
mental nessa passagem.
IP – Como tornar o cérebro
saudável ao longo da vida?
SR – Quando criança, o alei-
tamento materno e uma
alimentação rica em ômega 3 e
lipídios adequados são impor-
tantes, pois sem esses elementos
o cérebro não se desenvolve.
Outra questão é nutrir-se com
informação. Isso significa que o
cérebro precisa ser usado, ser
expandido. Em caso de gêmeos
univitelinos que apresentam o
mesmo genoma, aquele que
é inativo [no sentido de não
exercitar o cérebro] desenvolve
o Alzheimer muito antes. O sono
também tem relação com a
limpeza das toxinas que podem
levar ao Alzheimer. Assim,
dormir mal é um fator de risco
para um monte de coisas.
IP – Como os exercícios
físicos podem contribuir
com o cérebro?
SR – Há vários experimentos
mostrando que fazer exer-
cícios aeróbicos aumenta o
volume do hipocampo, que é
algo importante, inclusive para
a memória. Existe uma relação
entre Educação Física, Geografia
e(ou) História que as pessoas
geralmente não reconhecem.
Colocar o exercício físico como
última coisa do dia, talvez, não
seja a melhor coisa. A gente
tem muito que aprender ainda
sobre como melhor administrar a
alimentação, o sono e o exercício
físico na escola. Eles são usados
na escola de maneira não cien-
tífica e, muitas vezes, até não são
usados. Também é importante
investir na autorregulação dos
alunos. Mas, para isso acontecer,
é preciso também mais meta-
cognição. As crianças precisam
entender melhor o que estão
fazendo na escola, que estão
lá para benefício próprio, que o
tempo que passam na escola
serve para aprender, consolidar
e entender como é o que o
cérebro delas funciona. ✪
entrevista
as pessoas estão começando a
viver quase que continuamente
on-line. As pessoas dormem com
o WhatsApp ligado e, quando
chega uma nova mensagem, vão
lá olhar. É preciso que as pessoas
entendam que o sono completo
é extremamente importante
para a cognição e precisa ser
protegido. Sono, exercício físico
e alimentação são os gargalos
fisiológicos para o aprendizado,
se esses três elementos não
estiverem alinhados, a pessoa
não terá um bom aprendizado.
IP – Você já declarou em
outra entrevista que o
sonho é uma visão de futuro.
Como isso funciona?
SR – O sonho é uma reativação
da memória, do passado. Mas
para que ele serve? Com base
no passado, o sonho é uma
simulação de algo que pode
acontecer amanhã. Imaginemos
na Pré-História: se eu fui caçar
e, na hora que estava caçando,
quase morri, pois um predador
me atacou, eu vou sonhar com
esse predador. Se eu ficar com
medo e for [caçar] amanhã, isso
salvará minha vida. O sonho teria
evoluído quando estávamos nas
cavernas. São histórias do passado
que mostram como pode ser o
amanhã. No fundo é um processo
cognitivo, que gera hipóteses
sobre a realidade com base nas
memórias do passado. Essa é
uma hipótese bem revolucionária,
denominada Teoria dos Sonhos.
Claro que ela serve para mostrar
não só predadores, mas também
onde poderia ter comida, onde
encontrar seres da mesma espécie
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artigo I
Um estudo recente feito pelo movimento da sociedade civil orga-nizada, "Educação para Todos", analisou cinco metas entre o período de 2013 e 2014, com base em dados oficiais e na comparação de levantamentos já realizados por eles sobre o caminho percorrido pela educação brasileira.
Uma das questões apontadas nesse estudo foi a meta quatro: “que afirma que até 2022 todo aluno deve concluir o Ensino Médio até os 19 anos”. A análise dessa meta mostra que é preocupante a evasão escolar no Ensino Médio, bem como o desinteresse dos alunos que continuam a cursá-lo, princi-palmente aqueles de faixas sociais mais vulneráveis. “Na faixa dos 25% mais pobres da população, somente 59,6% dos estudantes concluem o Ensino Fundamental e 32,4% terminam o Ensino Médio.”
Algumas reflexões podem ser feitas a partir desse cenário preo-cupante. Para os alunos do Ensino Médio, via de regra, ainda são usadas velhas metodologias, velhos hábitos e encaminhamentos de estudos. Essa é uma geração nascida e crescida em outra realidade a qual os professores não estão acostumados.
Para entender qual é o perfil desse aluno, é preciso ouvi-lo atentamente, observá-lo, conhecê-lo melhor e
motivá-lo para que ele ultrapasse essa fase com propriedade, tranquilidade e o mais próximo possível dessa nova realidade.
Vivemos um momento histórico em que a educação virtual tem um peso cada vez mais signi-ficativo na educação formal, em todas as classes sociais. A primeira não apenas repercute na segunda; ela a influencia. Aliás, não somente influencia, ela também a molda. Mais do que nunca, como educadores, precisamos desenvolver, monitorar, inovar, mudar nossos modelos mentais, hábitos, cultura, sair da zona de conforto de maneira produtiva, aceitar e se adaptar.
Isso significa que cada vez mais a educação se torna complexa, e o foco migra da simples transmissão de conteúdos para dimensões menos integradas ou visíveis, como as competências e habilidades emocionais, intelectuais e éticas. Caem as paredes das salas de aula, aglutinando novos espaços de ensino-aprendizagem presenciais e virtuais. Cada vez mais se altera o papel do professor com a incor-poração de outros papéis, como de mediador, facilitador, gestor, mobilizador e motivador.
A tecnologia da informação e da comunicação não muda o que
aprendemos, mas altera o modo como aprendemos. O processo de ensino-aprendizagem tornou-se coletivo e, para tanto, devemos usufruir da enorme inteligência coletiva presente em qualquer instituição de ensino. É fato que a escola ainda tem dificuldades em utilizar os recursos da internet em sala de aula. Ferramenta esta encarada por especialistas e educadores como essencial e indispensável nesta era. As novas tecnologias ganham espaço efetivo dentro e fora da sala de aula. Computadores com acesso à internet, softwares de criação de sites, televisores com canais a cabo, sistema de rádio e jogos eletrônicos são algumas das possi-bilidades existentes que podem ser aproveitadas no ambiente escolar como instrumentos faci-litadores do aprendizado. ✪
Tecnologia como facilitadorasPor Renaldo Franque*
*Pedagogo, ex-diretor de Curso Pré-Vestibular e atual gerente de Sistemas Pedagógicos do Grupo Expoente.
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Já ouviu falar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep)? Esse instituto, vinculado ao Ministério da Educação (MEC),
homenageia, em seu nome, um dos maiores expoentes da educação brasileira.
Este ano, comemoramos 115 anos do seu nascimento. Anísio Teixeira nasceu
em Caetité, interior da Bahia e formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em
1922. Em 1932, Anísio foi signatário do Manifesto da Escola Nova, que defendia
a escola pública, laica e obrigatória para todos. “Só existirá democracia no Brasil
no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa
máquina é a da escola pública”, dizia Anísio. Ele é autor de diversas obras, entre
elas Educação não é privilégio e Educação e a crise brasileira. O livro era seu
maior companheiro. ✪
Homenagem ao mestre
O Grupo Expoente lançou um novo site institucional. Nesse ambiente virtual,
você acessa novidades e informações sobre serviços e produtos do Grupo
Expoente. O design foi todo reformulado, seguindo as tendências mais
contemporâneas. O mesmo conteúdo está disponível para smartphones e
tablets. Com uma estrutura intuitiva e boa para navegação, o site privilegiou as
cores do Grupo Expoente: o vermelho e o verde, valorizando nossa identidade.
A página apresenta áreas específicas para cada público.
O Portal Escola Interativa também pode ser acessado por esse novo endereço
<www.expoente.com.br>. Confira! ✪
Quer saber quais são as tendências da educação do século XXI? Segundo um
estudo do portal de notícias Porvir, em parceria com três organizações inter-
nacionais: Edsurge (Estados Unidos), Innovation Unit (Reino Unido) e WISE
(Catar), são cinco pontos que precisamos olhar.
• Aprendizado de competências socioemocionais, como comunicação, colaboração, criatividade e pensamento crítico.
• Ensino personalizado, considerando que os alunos aprendem de maneiras e em ritmos diferentes.
• Experimentação é desafiar os alunos a construírem seus conhecimentos por meio de projetos ou produtos.
• Uso do território. Os alunos e professores podem e devem ampliar o conhecimento com atividades em outros ambientes, como praças, parques e museus.
• Novas formas de certificações. Os educadores têm a oportunidade de se aprimorar e os alunos também podem fazê-lo por meio de diferentes
experiências educativas. ✪
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O ambiente escolaré repleto de desafios
que se modificam constantemente, por isso
a busca pela inovação ajuda a vencer obstáculos
com mais consciência e assertividade.
Saiba como fazer isso! ➤
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matéria de capa
Resolver problemas relacionados
à falta de disciplina dos alunos
em sala de aula, tratar com
responsáveis pouco partici-
pativos, fazer o planejamento
escolar e promover a inclusão
são alguns obstáculos históricos
que podem parecer sem solução.
No entanto, você não está
sozinho. Essas questões são
enfrentadas por professores
e gestores que estão ao seu
lado na escola e também por
educadores de todo o Brasil, sem
contar a comunidade escolar,
os pais e alunos. Então, que tal
trabalhar com a colaboração?
Cada uma dessas pessoas
tem possibilidades diferentes
de contribuir para se chegar
à solução. Por isso, você não
precisa ficar sozinho, pelo
contrário, utilize a força das
redes de contato e trabalhe
pela construção de soluções
mais completas e de maneira
mais assertiva. Você pode ser
uma das peças do quebra-
-cabeça da solução.
Existe uma ferramenta de
inovação que está mudando a
maneira de olhar os problemas
e transformá-los em oportu-
nidades: o design thinking (DT)
para educadores. Com ela, você
trabalha com empatia, experi-
mentação e novos aprendizados,
em um ciclo que se retroa-
limenta a cada novo desafio.
“Fundamental não é saber
tudo, é aprender a aprender
e gostar de aprender”, afirma
Ronaldo Mota, um dos prin-
cipais pensadores brasileiros na
área de educação e inovação, em
entrevista ao jornal Zero Hora.
“A essência do design thinking
para educadores é trabalhar a
solução de problemas (desafios)
de forma coletiva, sempre consi-
derando as pessoas envolvidas
nessa solução”, explica Priscila
Gonsales, diretora executiva
do Instituto Educadigital, orga-
nização sem fins lucrativos refe-
rência mundial em projetos
inovadores de uso pedagógico.
Priscila explica que o DT para
educadores é um conjunto de
cinco passos que pode ser aplicado
a qualquer tipo de problema.
Como surgiu? A metodologia foi primeiramente
difundida pela empresa IDEO,
que é voltada à inovação, nos
Estados Unidos. O método de
inovação incremental, desen-
volvido com base na maneira de
trabalhar dos designers, começou
a ser utilizado para a educação há
pouco tempo no Brasil e já tem
trazido resultados surpreendentes.
Por que inovar no ambiente
escolar? O objetivo dessa
ferramenta é – como pensam os
designers – promover o máximo
de bem-estar na vida das pessoas,
e a escola é um lugar privilegiado
para isso. Dessa maneira, é possível
melhorar a experiência escolar,
com foco no aprendizado signifi-
cativo dos alunos. O Sistema de
Ensino Expoente (SEE) apresenta
produtos e serviços que, aplicados
nesse processo, podem ajudar
no crescimento de sua escola
e na melhora da qualidade de
ensino oferecida aos alunos.
Acompanhe passo a passo como
funciona essa ferramenta.
Este é o nome de um grupo de jovens que tomaram a iniciativa de melhorar a experiência da educação na cidade de Guaíba (RS) com aplicação do design thinking para educadores.
“De segunda a sexta tínhamos aulas desconexas e que pouco faziam sentido para nós, além da falta de inspiração de professores e alunos. Então, o grupo criou uma imersão voltada para a escola, reunindo jovens inquietos que querem mudar sua realidade. Nossa
Tamo Junto!função principal era inspirar a tirar a ideia do papel e seguir adiante. Atualmente, temos um grupo de oito participantes multidisci-plinares, como artista, fotógrafo, designer, educador, mochileiro e até uma mãe super aven-tureira”, conta Anderson Kubiaki, um dos idealizadores do projeto.
Com o projeto, o grupo já ajudou o Colégio Augusto Meyer, em Guaíba, a encontrar os problemas e suas possíveis soluções. Os resultados? Desde ideias para
melhorar a prática em sala de aula até jovens que perceberam problemas e sentaram para conversar com os pais sobre eles.
Para o futuro, os jovens planejam criar mais oficinas e imersões para jovens de escolas públicas da região. “Queremos criar também uma espécie de manual, contando nossa experiência e nosso passo a passo, para que outros coletivos se formem por aí e façam acontecer”, comenta Anderson. ➤
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culpados) e experimentar novas
soluções com foco nas pessoas.
Nesse quesito, o Grupo Expoente
apresenta uma ferramenta de
avaliação para medir o sucesso
do Sistema de Ensino Expoente:
o Sistema de Avaliação Global
Expoente (SAGE). A ferramenta
é um indicador que avalia dife-
rentes dimensões: alunos,
professores, gestores, estrutura
física da escola e estrutura
pedagógica. “Os resultados
assertivos de 2014 foram muito
comentados pelos educadores
nos encontros temáticos
promovidos pelo Grupo Expoente.
Eles perceberam que esse é
um diferencial transformador
para as escolas que oferecem o
Sistema de Ensino Expoente”,
afirma Renaldo Franque.
“Por muitos anos, fomos ensinados
que o que era ‘bom’ e ‘certo’ era
produzido por especialistas de
fora da escola ou do ambiente.
Não fomos acostumados a agir
como autores e produtores de
informação, conhecimento e
cultura. Esperamos que as soluções
surjam de fora, apostamos pouco
no que juntos podemos construir.
A crença na inteligência coletiva,
no potencial criativo das pessoas e
na construção colaborativa é algo
contemporâneo, próprio dessa
sociedade em rede que vem se
consolidando com a internet e a
cultura digital. O DT está ligado ao
conceito de rede distribuída, na
qual todos são parte integrante
e importante no processo. É um
fazer com pessoas em vez do fazer
para pessoas”, conclui Priscila. ✪
Chegou o momento de colocar a mão na massa, isto é, de escolher
algumas ideias e testá-las. Caso seja
escolhido um produto para resolver
o problema, faça um protótipo
dele com materiais recicláveis, por
exemplo, e esteja aberto a ouvir
sugestões de melhorias de outros
participantes. “Protótipos reduzem
as incertezas do projeto, pois são
uma forma ágil de abandonar alter-
nativas que não são bem recebidas
e, portanto, auxiliam na iden-
tificação de uma solução final
mais assertiva”, esclarece o livro
Design thinking, da MJV Press.
Caso a escolha seja a aplicação de
um novo serviço, é possível testá-lo
por meio de encenação ou desenhos
(storyboard) de como ele funcionaria
com o público-alvo. “Alunos e
professores de escolas públicas do
Rio Grande do Sul participantes do
game "Logus – a saga", da Fundação
Sirotsky, desenvolveram juntos um
projeto de aprendizagem de língua
portuguesa, utilizando aplicativos de
troca de mensagens pelo celular”,
exemplifica Priscila Gonsales.
Como fazer dar certo? “É fazendo,
experimentando, tentando. Não tem
fórmula nem regra, apenas algumas
orientações de olhares e caminhos.
Ter um bom material à mão pode
ajudar. É bom lembrar que esse
percurso é totalmente adaptável, só
depende da imaginação de quem
for implementar”, explica Priscila.
Um modelo de protótipo são as
maquetes desenvolvidas para
o projeto de Robótica Educa-
cional Expoente, em que alunos
e professores elegem e estudam
um problema, aplicam conhe-
cimentos de programação e
constroem uma maquete para
mostrar a solução, utilizando
materiais recicláveis. “É uma
inovação colocada ao alcance de
todas as escolas, que precisam
acompanhar os avanços tecno-
lógicos e preparar seus alunos
para a vida”, explica Maurício
Gebran, consultor do Grupo
Expoente e mestre em Enge-
nharia de Produção com ênfase
em Mídia e Conhecimento.
É chegada a hora de aprender com os erros e acertos. Depois de
aplicada a solução, é preciso avaliar
se a ideia escolhida foi amadurecida
e está no caminho certo, verificar
o que é preciso melhorar ou redi-
recionar. Mas o que é o sucesso
desse projeto? Isso quem precisa
definir é o grupo. “Por isso, defina
uma série de critérios do que é
sucesso para te ajudar a guiar
e avaliar o desenvolvimento do
projeto, conforme você constrói
sua ideia”, explica o guia desen-
volvido pelo Instituto Educadigital.
O importante é documentar o
processo, fazer reuniões periódicas
para cada um dos passos e
continuar a pensar com empatia
(habilidade de se colocar no lugar
de outra pessoa), colaboração
(ajudar uns aos outros e não buscar
matéria de capa
Reúna um grupo e eleja o desafio da vez. Envolva nesse
grupo pessoas que tenham dife-
rentes conhecimentos e sejam
parte da questão. Por exemplo,
sobre a indisciplina em sala de
aula, convide tanto alunos que
apresentam quanto aqueles que
não apresentam esse problema
para ouvir os motivos e as
raízes desse comportamento.
Convide também os pais dos
alunos, que podem contribuir
para mostrar a sua visão.
“O design thinking tem como
concepção a cocriação. É
preciso reunir pessoas de dife-
rentes perfis para resolver
um problema ou desafio, mas
sempre tendo como foco o
público diretamente envolvido
no problema ou desafio. É uma
estratégia de todos para todos”,
conceitua Priscila Gonsales.
Com essa primeira etapa de
conversas, observação em sala
de aula e coleta de dados sobre
comportamentos, é possível
fazer a imersão em todos os
âmbitos desse desafio.
Esses elementos são utilizados
pela Assessoria Pedagógica do
SEE durante a implantação na
escola ou na rede de escolas
contratantes. “Entendemos o
problema, o perfil da escola,
Cinco passos para inovar na escolaconversamos com diferentes
públicos, observamos as neces-
sidades e percebemos as oportu-
nidades de trabalho para implantar
o Sistema de Ensino Expoente
naquela escola”, conta Renaldo
Franque, gerente de sistemas
pedagógicos do Grupo Expoente.
Depois de delimitado o desafio, é preciso interpretar a realidade
com base nos dados coletados na
primeira fase. Foi o que aconteceu
em Cajamar (SP). “Diretores da
rede pública municipal de Cajamar
perceberam a importância de
trazer os docentes da escola para
pensar a melhoria dos processos
administrativos e aprimorar o rela-
cionamento entre as pessoas.
Notaram isso ao refletirem como
os professores escutavam certas
frases pouco acolhedoras no dia
a dia, e tais frases eram pronun-
ciadas por eles mesmos, os
diretores”, conta Priscila.
Uma das ferramentas utilizadas
pelo SEE para essa fase é o tema
pedagógico bienal, que oferece
uma contribuição importante para
interpretar a realidade. Este ano, o
tema é "Vínculos e aprendizagem",
que prepara os professores para
entenderem melhor como os
vínculos afetivos podem contribuir
na aprendizagem dos alunos,
em todos os níveis de ensino.
É hora de partir para o terceiro passo, a ideação. Essa fase serve
para gerar ideias, e os indivíduos
podem ser divididos em grupos
menores, com o objetivo de se ter
um número maior de ideias. As
maneiras de realização dessa etapa
podem ocorrer com a ferramenta de
brainstorm, passando por workshops
de cocriação ou ainda por oficinas
de ideias. “Professores da Escola
da Associação de Servidores da
Universidade de Brasília (UnB),
durante uma oficina de formação,
propuseram criar o ‘Fail Festival’,
um dia especial durante o ano
letivo em que os educadores
poderão expor seus erros e
compartilhar o que aprenderam
com eles”, explica Priscila.
O importante nessa fase é criar
ideias. Mesmo que pareçam
malucas a priori, elas podem ser
úteis para solucionar o desafio.
Aqui é importante pensar em várias
possibilidades, sem recriminar
nenhuma delas, e ter várias opções.
Como dizia Thomas Edison,
“se quiser ter uma boa ideia,
tenha uma porção de ideias”.
As capacitações e oficinas oferecidas
pelo SEE nas escolas são ótimas
oportunidades para encorajar
professores e gestores a pensar
fora da caixa. Por isso, aproveite
o calendário de eventos do SEE
para aprimorar essa etapa. ilust
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projetandoo futuro
“O Sistema de Ensino Expoente
proporciona uma excelente
qualidade pedagógica, dando um
apoio personalizado, com cursos
de capacitação para professores,
assessoria pedagógica, modernas
tecnologias educacionais, material
didático atraente para as diversas
faixas etárias, inclusive on-line,
com o Portal Escola Interativa,
que enriquece a prática peda-
gógica. Todo esse apoio do Grupo
Expoente contribui para o nosso
crescimento quantitativo e manu-
tenção de nossos alunos”, explica
Rosângela Pellosi de Freitas,
diretora Colégio Casa Branca.
Atualmente, a escola atende
310 alunos da Educação Infantil
e Ensino Fundamental.
Muitos projetos estão engati-
lhados para este ano. Confira!
História de parceriaConveniada com o Expoente há 13 anos, o Colégio Casa Branca de Uberlândia (MG) completa 35 anos de história em breve, mas desde já tem muitos motivos para comemorar a parceria
• Momento fraternal: diariamente, no início da
aula, reunimos os alunos em uma grande roda,
na qual cantamos músicas, que proporcionam
contato físico e relevam valores morais.
• Mala Viajante e Caderno Viajante: três vezes por semana,
a Mala ou o Caderno Viajante (dependendo da série a
qual o projeto se destina, 2o ou 3º ano) vai para a casa
da criança com um livro de literatura escolhido por
ela e uma ficha literária. O projeto tem como objetivo
desenvolver o gosto pela boa leitura e estimular a cria-
tividade dos alunos e a interação com as famílias.
• Caixa Surpresa: as crianças do nível IV levaram a Caixa
Surpresa para casa somente uma vez durante a realização
do projeto. A finalidade do projeto é o trabalho com as
Projetos para a Educação Infantil e Ensino Fundamental I
letras, especialmente a letra inicial do nome
de cada criança. Durante o final de semana,
a criança conversará (com a família) sobre o
próprio nome, conhecerá a letra inicial dele e,
juntamente com uma pessoa adulta, colocará
na caixa pelo menos três objetos cujos nomes
iniciem com a mesma letra de seu nome.
• Sr. Alfabeto: é um mascote (boneco)
feito com as crianças do Nível V, com o
intuito de tornar o aprendizado das letras
do alfabeto mais divertido e criativo.
Cada final de semana uma criança leva o
Boneco para casa, onde ele participará de
todas as atividades vividas pela família.
• Autoavaliação: a cada semestre, é entregue um
formulário com questões objetivas aos alunos e,
sob a orientação do professor, eles irão refletir em
relação ao seu cotidiano de aluno e cidadão.
• Devoradores de textos: semanalmente, é entregue
aos alunos diferentes tipos textuais, como repor-
tagens, literários, informativos. Esses textos serão
lidos e as fichas de interpretação preenchidas, as
quais acompanharão os referidos textos. Todo esse
material será arquivado em uma pasta catálogo.
• Roda cultural: projeto de literatura no qual os alunos
devem apresentar oralmente uma reportagem atua-
lizada. Essa reportagem pode ser científica, cultural,
de curiosidades, de esporte etc., só não vale
reportagem policial. Devem ser citadas fonte e data.
Projetos para o Ensino Fundamental• Histórias de bisa: os alunos irão ler uma obra
literária sobre o tema, depois, farão um convite
para as avós e bisavós comparecerem ao Colégio
com objetos significativos de sua infância,
onde narrarão fatos que marcaram suas vidas.
Ao final do encontro será servido um chá.
• Projeto tutoria: semanalmente, cada
aluno recebe uma pasta e se responsa-
biliza por preencher diariamente a rotina da
sala de aula, como tarefas não realizadas,
trabalhos solicitados, pontualidade etc.
• Ciranda do livro: quinzenalmente, cada aluno
deverá escolher na Biblioteca da Escola
uma obra para ser lida e trabalhada.
Projeto Institucional (todas as turmas)
• Momento de Reflexão Cívico: no Momento de Reflexão Cívico,
semanalmente, proporcionamos reflexões entre alunos e
professores acerca de temas que buscam a cons-
trução de valores, e cantamos o Hino Nacional. ✪ foto
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projetandoo futuro
projetandoo futuro
É por meio da educação que poderemos ter um trânsito mais
seguro e pacífico, com bons cidadãos e bons condutores.
Esse é o objetivo do projeto “Educação para o trânsito”
do Colégio Intensivo, de João Pessoa (PB), conveniado
com o Sistema de Ensino Expoente. Desde 2013, a insti-
tuição promove esse projeto para alunos da Educação
Infantil ao Ensino Médio. Os estudantes aprendem sobre
legislação e direitos e deveres no trânsito. O colégio firmou
parceria com a Secretaria Municipal de Trânsito e a Polícia
Rodoviária Federal para aplicar atividades completas
e bem didáticas. Foram produzidas maquetes, teatros
e até histórias em cordel. “Em uma das atividades, os
alunos fizeram até uma paródia da banda Aviões do Forró,
chamada 'O dia do capote'. Foi um sucesso o projeto”,
conta a diretora pedagógica Kátia Cilene Oliveira. ✪
Trânsitomais seguro
Esse projeto faz parte da Ginest (Gincana Estudantil),
criada na década de 1990, pela assessora pedagógica
Adriana Fialho quando trabalhava no colégio. A gincana
possui três dimensões: social, cultural e esportiva, e é
aplicada para os alunos da instituição, da Educação Infantil
ao Ensino Médio. O Literando integra o item cultural desse
projeto, que dura o ano todo, valorizando a leitura de
livros, que vão sendo contados pelos alunos por meio de
diversas manifestações culturais. O último tema adotado
foi cinema. Segundo a atual coordenadora pedagógica,
Elida de Freitas Duarte, as atividades realizadas foram
workshops, exposições, cartazes, teatros,
entre outras manifestações, que respeitavam
cada faixa etária. Foi um projeto interdisci-
plinar. “Todos os professores participaram”,
conta a coordenadora. “Eles amaram a expe-
riência de pisar no palco”, relata Elida.
Os alunos produziram o roteiro, a sonoplastia,
os figurinos e toda a produção do espetáculo,
que foi apresentada aos pais no encerramento
do projeto. Este ano, o tema é música.
Que venham novas e sonoras aprendizagens! ✪
Com quase 30 anos de trajetória, o
Expoente valoriza seus parceiros.
Confira o depoimento da diretora
Larisse Castaldi do Colégio
Mundo do Saber, em Franca
(SP), que há quase cinco anos
possui parceria com o Sistema de
Ensino Expoente, mostrando que
vale a pena ser um Expoente.
“O Colégio Mundo Saber tem
o objetivo de oferecer uma
educação de excelência, funda-
mentada em princípios éticos,
estéticos e políticos, a partir
de uma proposta pedagógica
sócio-construtivista, inovadora,
centrada na aprendizagem
significativa e no compartilhar
de conhecimentos. Tanto na
Educação Infantil como no Ensino
Fundamental temos como meta
a criação de condições para
satisfazer as necessidades básicas
do aluno, oferecendo-lhes um
clima de bem-estar mediante a
proposição de atividades lúdicas,
que promovam a curiosidade e
a espontaneidade, estimulando
novas relações a partir do que já
se conhece. O Colégio Mundo do
Saber forma futuros vencedores
com o Sistema de Ensino
Expoente. Utilizamos o Sistema
de Ensino Expoente para que
professores e alunos se desen-
volvam plenamente, somando
valores de vida como respeito
mútuo, honestidade, amizade,
justiça e solidariedade para a cons-
trução de um futuro promissor.
Centrados na intenção primordial
de ensinar, salientamos que
o educando deve sentir--se
motivado a ir à escola, onde ele
poderá realmente aprender, e
não somente pelo fato de ofere-
cermos inúmeras atividades extra-
curriculares, mas sim graças
ao processo de aprendizagem
que envolve, principalmente,
professores comprometidos
em oferecer a melhor educação,
seja nas suas atitudes em
sala de aula, no seu posicio-
namento e(ou) no conhecimento
profundo dos conteúdos.
A equipe Mundo do Saber deseja
que os pais, ao deixarem seus
filhos em nossa escola, não
se sintam culpados, mas sim
convictos de que por meio das
atividades propostas contri-
buiremos para a formação de um
indivíduo mais seguro e feliz”. ✪
Orgulho de ser Expoente
O Colégio Alef foi fundado em 2008, em Sinop
(MT), e desde então é conveniado com o Sistema
de Ensino Expoente. Completando sete anos de
parceria, a instituição desenvolve um trabalho dife-
renciado no atendimento da Educação Infantil,
Ensino Fundamental I e período integral. O Colégio
destaca-se por sua missão de cuidar e educar para
a vida. Partindo desse ponto, a direção tem foco
na gestão de pessoas. Por isso, os professores
estão sempre se aprimorando e contam com o
apoio do Sistema de Ensino Expoente para avançar
nessa direção. “O diferencial do Expoente é a quali-
ficação dos educadores, o material é muito bom e
faz realmente os alunos se desenvolverem”, afirma
Rosângela Garcia, diretora do Colégio Alef. ✪
Educando para a vida
Pé no palcoO Colégio Exodus, conveniadoao Sistema de Ensino Expoente, em Fortaleza (CE),preparou para os alunos, no ano passado, o projeto Literando
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projetandoo futuro
projetandoo futuro
O Colégio Impacto, em Ilhéus
(BA), realizou internamente
diversos projetos e participou
de prêmios na cidade.
Merece destaque a III Feira do
Jovem Empreendedor, que envolveu
toda a escola, da Educação Infantil
ao Ensino Médio. “Durante todo
o ano letivo trabalhamos o tema
"Limites, Respeito e Superação"
com textos, palestras, oficinas.
Além disso, a escola promoveu
cursos de formação sobre educação
financeira e empreendedorismo”,
conta a diretora Silene de Souza.
Foram realizadas aulas de teatro,
dança e libras para o desenvol-
vimento das atividades artísticas.
Uma das propostas do projeto
foi organizar uma praça de
alimentação, aberta para a comu-
nidade escolar, com stands para a
venda de salgados, doces, tortas,
sorvetes e alimentação saudável.
Após o evento, os alunos fizeram
planilhas com custos e lucros.
Os alunos também apresentaram
um grande musical: "SOS Terra",
que retratou como estamos nos
relacionando com o planeta,
despertando neles atitudes cons-
cientes e responsáveis. Além
dessas atividades, o Ensino Médio,
com o apoio da coordenação dos
cursos de graduação em Direito,
Enfermagem e Nutrição da
Universidade Estadual de Santa
Cruz (UESC), ofereceu à comu-
nidade alguns serviços, como
consultoria jurídica, aferição
de pressão arterial, teste de
glicemia, informações sobre
câncer de mama e dengue.
Por fim, os alunos da 3ª série
do Ensino Médio arrecadaram
alimentos e materiais de limpeza
e higiene para um lar de idosos.
“Isso trabalhou nos nossos
alunos a caridade e o amor ao
próximo”, conta a diretora.
Com todas essas ações, a escola
atingiu seu objetivo: despertar nos
alunos atitudes empreendedoras,
tais como ideias inovadoras,
inquietas, criativas, ousadas,
além de promover aos alunos a
visão voltada para o futuro. ✪
Por uma cidade leitora
1º passo: apresentação de algumas obras lite-
rárias pela professora para que os alunos sele-
cionem aquelas que gostariam de ler e apresentar
na Feira Literária. Formação de grupos para
a discussão das atividades a serem desen-
volvidas e apresentadas no dia do evento.
2º passo: leitura e análise da obra literária.
Os alunos fazem a leitura do livro e elaboram
um trabalho escrito sobre os elementos da
narrativa lida e outros aspectos importantes.
3º passo: criação, organização e preparação das
atividades a serem apresentadas durante o evento.
4º passo: realização da Feira Literária.
5º passo: avaliação dos aspectos positivos
e negativos do trabalho desenvolvido.
Dessa forma, é possível ampliar o hábito da leitura
entre os alunos e despertar neles a importância
da leitura para a vida. Os pais também ajudam na
produção e participam no dia da Feira Literária. ✪
Cinco passos para formar um público leitorO Centro Educacional Meu Caminho, em Jequitinhonha (MG), mostra que é possível realizar uma Feira Literária bem sucedida em cinco passos. Quer saber como? Acompanhe as orientações a seguir
É muito comum o aluno do Ensino
Médio ainda não saber qual profissão
escolher. No que vai gostar de
trabalhar? Para diminuir essa dúvida
natural da idade, o Colégio Vida
Viva de Fortaleza (CE) orientou
seus alunos de uma maneira bem
completa e instrutiva. Promoveu no
segundo semestre a gincana “Profis-
sional do Século XXI” para mostrar
aos alunos algumas competências e
habilidades que algumas profissões
exigem no mercado de trabalho. Na
primeira etapa, os alunos tiveram
palestras, orientação com psicólogos
e pesquisaram sobre diversas
profissões. No momento seguinte,
os alunos participaram de debates
com ex-alunos do Colégio Vida
Viva, conveniado com o Sistema
de Ensino Expoente; e, na terceira
etapa, foi a vez de entrar em cena
a Feira de Profissões, na qual os
alunos se organizaram em equipes
e cada uma apresentou um curso.
Tinha que ser algo prático sobre a
profissão. Por último, foi promovido
um desfile ecológico. Os alunos
produziram e desfilaram roupas e
acessórios recicláveis, como um
vestido feito de sacolas plásticas.
“Esse projeto é uma marca do
Colégio. O aluno sai melhor
preparado e com noções sobre
como é importante, por exemplo, o
trabalho em equipe para o mercado
de trabalho”, afirma Egídio Caracas,
coordenador pedagógico do
Ensino Médio. Os alunos também
visitam feiras de profissões das
universidades da cidade. Assim,
os alunos viveram uma expe-
riência significativa e saíram
mais certos de qual caminho
seguir na vida profissional. ✪
Mundo profissional
Um menino de família pobre pode virar príncipe? Pode
sim. Essa é a história de Carl Friedrich Gaus, que se tornou
o príncipe da matemática no século XVIII. Sabe como?
Apesar de ser de origem humilde, sua mãe e seu tio o
apoiaram a estudar. Com o incentivo deles, muita força de
vontade e uma pitada de talento nato, o menino alemão
se aventurou pelos números. Apaixonou-se e pode
fazer contribuições importantes para a história da mate-
mática. Assim, mostrou ao mundo que essa disciplina,
que está em nosso cotidiano, é mesmo apaixonante.
Por isso, é importante saber usá-la. “Todos podem
aprender de maneira lúdica e perceber que a mate-
mática está em nosso dia a dia”, afirma Liliane
Aparecida dos Santos Dutra, diretora da Escola
Caminho do Sol, conveniada com o Sistema de
Ensino Expoente, em São João Del Rei (MG).
Com esse olhar e o apoio do Expoente, a escola Caminho
do Sol apostou no projeto “Príncipes da Matemática”,
que utilizou as histórias de Gaus e de um príncipe que
não gostava de matemática, mas que com o tempo
percebeu o quanto ela é importante para a vida.
Para cada segmento – da Educação Infantil ao Ensino
Fundamental I –, foi aplicado um tipo de atividade. O
projeto tinha até mascote, um boneco que fez o maior
sucesso entre os alunos. “Ainda existe o preconceito
contra a matemática. Mas construímos outro signi-
ficado do aprendizado. Eles passaram a ver a mate-
mática [de maneira] diferente”, explica a diretora.
“A diretora conseguiu estabelecer ‘Vínculos e apren-
dizagem’ entre os personagens da história e alunos,
professores, pais, comunidade. Um projeto espetacular”,
afirma a assessora pedagógica Expoente, Eva Marry
Alves da Silva. Depois dessa experiência exitosa, a escola
mostra que a matemática pode sim ser acessível! ✪
Príncipe dos números
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Os alunos do Colégio Expoente
(unidades Água Verde e Boa
Vista) ganharam medalhas
de ouro, prata e bronze e
menção honrosa em sua
primeira participação na prova.
A competição interclasses
divulgou os resultados da clas-
sificação nacional entre escolas
da rede pública e privada.
Os alunos do Expoente do 5º
ano (Água Verde) conquistaram
a medalha de ouro, os alunos do
1º ano (Água Verde) ganharam
a de prata e os alunos do 5º ano
junto com a equipe do 6º ano
(Boa Vista) garantiram a medalha
de bronze. Já os alunos do 9º
ano (Água Verde) receberam a
menção honrosa da competição.
“Ficamos muito felizes com o
resultado. Isso mostra que os
nossos alunos desenvolveram
a capacidade de trabalhar em
equipe, o raciocínio lógico e a
aplicação do conhecimento em
situações cotidianas; compe-
tências exigidas na prova”, explica
a coordenadora do Colégio
Expoente, Cláudia Procópio.
Ao todo, participaram da
competição 24.328 mil estu-
dantes em todo o mundo. São
30 países participantes desse
desafio, que foi criado em 1990
pela Académie de Strasbourg, na
França. Segundo o MEC, o Brasil
foi representado por 1.654 classes
de 460 escolas, localizadas em
23 estados e no Distrito Federal.
Segundo os organizadores, as
provas são dissertativas e resolvidas
em equipe por cada classe inscrita,
sem o auxílio do professor.
A avaliação teve três níveis:
básico (para alunos do 4º ao 6º ano
do Ensino Fundamental); júnior (7º
ao 9º ano do Ensino Fundamental)
e sênior (Ensino Médio). Cada
prova tem uma questão em língua
estrangeira – Espanhol, Francês ou
Inglês –, que é escolhida pela classe.
Os prêmios foram entregues na
unidade de cada instituição. ✪
Colégio Expoenteganha medalha de ourona Olimpíada Internacional de MatemáticaContrariando os indicadores nacionais sobre o aprendizado em Matemática, os alunos do Colégio Expoente, em Curitiba (PR), mostraram resultados bastante assertivos na Olimpíada Internacional Matemática Sem Fronteiras de 2015
artigo II
A disciplina de Filosofia esteve
oficialmente fora dos currículos
escolares desde 1971, quando, em
plena ditadura militar, no governo do
general Emílio Garrastazu Médici,
foi substituída por outras disci-
plinas que interessavam ao sistema
vigente. A oposição à filosofia
naquele momento justificava-
-se pelo medo de pessoas críticas
e reflexivas. Com essa substi-
tuição, pretendia-se a formação de
cidadãos não questionadores, ou
seja, cidadãos meramente repe-
tidores da ideologia oficial.
A inclusão da filosofia nos currículos
do Ensino Médio pode contribuir
para o resgate da formação humana
de nossos estudantes, pois, inde-
pendentemente da futura atividade
profissional ou do projeto de vida,
o aluno precisa, enquanto pessoa
e cidadão, desenvolver a cons-
ciência crítica, exercitar a capa-
cidade humana de se interrogar,
participar ativamente da comu-
nidade em que vive, além de posi-
cionar-se, com fundamentos
sólidos, diante dos novos problemas
que o mundo apresenta.
Os conteúdos filosóficos propor-
cionam ao estudante a possibilidade
de pensar os problemas, identi-
ficando seus significados históricos,
políticos e sociais e, a partir disso,
a condição de pesquisar, fazer
relações e criar conceitos. Este
é um dos objetivos da filosofia:
a compreensão do mundo.
Na compreensão das principais
problemáticas e respostas cons-
truídas ao longo da história, o
conhecimento filosófico pode
oportunizar ao educando a funda-
mentação teórica para reflexão
crítica sobre os grandes temas
que inquietam a humanidade,
desenvolvendo sua autonomia
intelectual a partir da problema-
tização de situações concretas
e diversas. Este é outro objetivo
da filosofia: o estranhamento
e reinterpretação do mundo.
Optamos pelo ensino de filosofia
por meio das discussões dos
próprios filósofos, tendo a história
da filosofia como pano de fundo,
pois o conhecimento univer-
salmente construído é o grande
referencial teórico para o início do
filosofar. O conteúdo discutido
por mais de dois mil anos pelos
filósofos deve ser valorizado
nas discussões em aulas de
filosofia. Vale lembrar que nossa
sociedade, nossas crenças, nossas
concepções éticas e políticas,
nossas noções de conhecimento
e de ciência são baseadas em
modelos teóricos criados pelos
filósofos ao longo da história.
Tendo acesso aos debates filo-
sóficos ao longo da história, o
aluno entra em contato com as
grandes discussões filosóficas e
começa a construir, em si mesmo,
os pressupostos para produzir
filosofia. A partir da história da
filosofia, chegamos aos temas
que inquietam a humanidade e,
dessa maneira, atualizamos a
discussão dos clássicos, levando
os alunos a fazerem a releitura
dos filósofos. Assim, realizamos
o que dizia o filósofo Merleau-
-Ponty: “A verdadeira filosofia é
reaprender a ver o mundo”. ✪
Reaprendera ver o mundo Por Edson Bispo dos Santos*
*Autor do livro paradidático do Sistema de Ensino Expoente. Graduado em Filosofia e Sociologia, pós-graduado em História, Ética e Filosofia e Metodologia do Ensino. Leciona a disciplina de Filosofia no Colégio Expoente desde 2006.
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robótica
Assim como as gerações
mudam de perfil, o ensino
precisa mudar para acom-
panhar as necessidades do
mundo contemporâneo.
Quem são nossos alunos?
São nativos digitais, curiosos,
gostam de ser desafiados, estão
inseridos em um contexto em
que os recursos naturais estão
cada vez mais escassos. Como
lidar com tudo isso? Nesse
contexto, a Robótica Educacional
Expoente se apresenta como um
caminho inovador na área educa-
cional. O projeto incentiva a cola-
boração entre professores e
alunos em um contexto multi-
disciplinar, que oferece apren-
dizado em educação ambiental
e programação, e trabalha ainda
diversas competências socioe-
mocionais, como resiliência,
comunicação oral e criatividade.
Os resultados são surpreen-
dentes quando o projeto é
desenvolvido. Os alunos são
protagonistas do aprendizado
e passam a ver a vida sob novas
lentes. Os professores têm a habi-
lidade de orientar e conduzi-los
nesse processo. “Percebemos
uma motivação muito grande
nos alunos durante essas aulas
de Robótica e uma significativa
melhora no raciocínio lógico e nas
relações interpessoais”, explica
Rosana Romanó, coordenadora
do setor de Tecnologias Educa-
cionais do Grupo Expoente.
Case de sucessoFoi o que aconteceu em uma
de nossas conveniadas da
área pública. A Prefeitura de
Itanhaém (SP), por meio da
Secretaria de Educação, Cultura
e Esportes, realizou recen-
temente a Primeira Mostra de
Robótica, com a participação de
12 escolas da rede municipal.
Os alunos e professores do
Ensino Fundamental I e II apre-
sentaram trabalhos de alto
nível técnico de programação
e de grande criatividade sobre
o tema "Tecnologia e Susten-
tabilidade: geram criatividade".
O projeto vencedor foi Cidade
autossustentável da E. M.
Eugênia Pitta Rangel Veloso.
“Ficamos muito felizes com a
qualidade dos projetos, a orga-
nização do evento e o empenho
de todos em aprender sobre
programação neste que é
o primeiro ano de Robótica
Expoente no município”, conta o
assessor de Tecnologias Educa-
cionais, Alvaro Martins Kanha.
A Mostra foi aberta para a comu-
nidade e teve a participação de
pais, alunos e professores, com
distribuição de brindes pelo
Grupo Expoente. “Achei muito
legal porque além de apren-
dermos mais sobre tecnologia,
nós estamos conhecendo ferra-
mentas que podem abrir novos
caminhos para o futuro”, explica
o aluno do 8º ano da escola
vencedora, Pedro Oliveira da Silva.
Todosna mesma direçãoAlunos e professores podem falar a mesma língua por meio da Robótica, tornando o aprendizado ainda mais significativo dentro e fora de sala de aula
EtapasPara dar o start no projeto
em Itanhaém, os professores
receberam capacitações
e apoio técnico exclusivo
do Grupo Expoente.
Ao longo do ano, a equipe do Grupo
Expoente também promoveu
oficinas para os alunos e suporte
pedagógico para os professores.
Como funciona? Nosso mascote John Led explica!
Oi querido educador,
Eu sou formado de materiais
recicláveis, uma placa de arduino
e meus movimentos são possíveis
por meio de programação no
computador. Nasci de um projeto
da Robótica Educacional Expoente
Sabe o que os alunos aprendem
comigo e com os projetos?
• Ser mais colaborativos.
• Ter maior consciência ambiental.
• Melhorar a comunicação oral.
• Trabalhar a experimentação e a
construção do conhecimento.
• Ter maior capacidade de
solucionar problemas.
• Ter senso crítico e estético.
• Desenvolver a criatividade, a
autonomia e a responsabilidade.
• Trabalhar com uma postura
empreendedora.
Motivos para conhecera Robótica Educacional Expoente
• Transforma a aprendizagem em algo motivador, tornando
acessíveis aos alunos os princípios da ciência e da tecnologia.
• Desenvolve a criatividade por meio da reutilização de
materiais recicláveis na criação dos protótipos.
• Testa o que os alunos aprendem em um equipamento físico,
utilizando-se de programas modelos que simulam o mundo real.
• Incentiva a coleta seletiva do lixo eletrônico (e-lixo) e
resíduos sólidos, promovendo a educação ambiental.
• Ajuda na superação de limitações de comunicação, fazendo com
que o aluno verbalize seus conhecimentos e suas experiências e
desenvolva sua capacidade de argumentar e contra-argumentar.
• Desenvolve o raciocínio e a lógica na construção de conceitos,
algoritmos e programas para controle de mecanismos.
• Favorece a interdisciplinaridade, promovendo a
integração de definições nas áreas de matemática,
física, eletrônica, mecânica e arquitetura.
• Estimula a criatividade e a inteligência por
meio de um novo método educativo.
• Proporciona aos alunos a interação com os colegas tanto
na criação quanto na e execução de projetos, obtendo,
assim, a valorização do trabalho cooperativo.
• Aprimora a motricidade.
• Desenvolve a concentração, a disciplina, a
responsabilidade, a paciência e a perseverança.
Durante o semestre, os alunos
fizeram pesquisas, apreenderam
conceitos das diversas disci-
plinas em que o projeto é aplicado
e construíram uma maquete. Ao
final, as escolas elegeram seus
melhores trabalhos para participar
da Primeira Mostra de Robótica.
Com o sucesso do projeto,
a previsão é que a Robótica
Expoente seja estendida para
outras escolas da rede municipal
e que o inédito Material Didático
de Robótica seja incluído.
As aulas de programação fazem
parte da grade curricular do
Ensino Fundamental I e II e
seguem uma tendência mundial
que ganha força no Brasil: incluir
programação no currículo. ✪
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especial
Por todo canto, é possível
conhecer alguém que foi
beneficiado pelo nosso
trabalho ao longo de quase
três décadas de história.
Nossas histórias inspiraram muitas
pessoas, e já mudaram comu-
nidades e impulsionaram a vida
de muitos brasileiros. Nosso
propósito é possibilitar o desen-
volvimento do potencial do
ser humano, a fim de torná-lo
agente de transformação da
sociedade, trabalhando de maneira
ética e com foco no homem.
Conheça cinco momentos
marcantes de duas ex-alunas
do Colégio Expoente: Débora
Pinheiro, empreendedora e
designer, e Bruna Bettega,
executiva de contas em uma
empresa do setor de turismo.
Quais são as lembranças mais marcantes do período em que estudou no Colégio Expoente?
Débora – A antiga sede do Colégio Expoente tinha um bosque enorme, onde passávamos todos os nossos recreios. O bosque foi cenário de ótimos momentos! Honestamente, tenho memória de todas as partes do colégio – da sala de música à sala de informática, da cancha à biblioteca, do parquinho à sala de aula. Também me recordo dos acantona-mentos e acampamentos, que ficaram marcados na minha memória como momentos de ‘liberdade’, quando dormir fora de casa era uma superaventura!
Bruna – São tantas as boas lembranças que fica difícil escolher uma! Era o máximo chegar no
colégio um pouco antes e encontrar as amigas para, antes de entrar em sala de aula, jogar
conversa fora e descontrair; e mais legal ainda era estudar para as provas uma na casa da outra, mas acredito que o que mais me marcou mesmo
foram nossos treinos de handebol (minha paixão). Fiz muitas amizades que perduram até hoje (Fer
Galvão, Pri Guttoski, Ro Dias). Muitas viagens com o time, muito choro, seja por ter perdido o jogo ou
por ter se machucado, e muitas risadas por estar sempre acompanhada de pessoas especiais. ✪
Quais profissionais mais marcaram sua vida?
Débora – A professora Eliane, de Língua Portuguesa,me marcou muito, pois, no período que assisti [a] suas aulas, pude melhorar minha maneira de escrever e entender certas regras da nossa língua. Hoje em dia, isso tem um significado muito grande na minha profissão. O professor Javert também foi um professor especial. Quando tivemos difi-culdade, ele não mediu esforços para ensinar Mate-mática a mim e às minhas melhores amigas! A zeladora Marcolina também é uma pessoa querida, lembrada por todos daquela época; um ícone!
Bruna – O meu professor favorito é o professor Proença, de Matemática, que nos deu aula no terceirão. Sempre com seu jeito irreverente e
divertido de ensinar, transformando a aula em pura diversão, sempre conseguindo prender nossa
atenção! O que na adolescência é bastante difícil.
O que a escola e(ou) os professores te ensinaram que você leva para sua vida?
Débora – No tempo de escola, começamos a ter uma pequena noção da vida, a formar laços de amizade com pessoas que, mesmo longe, continuarão a ter uma ligação muito forte com a gente. Aprendemos a respeitar o próximo, além de sermos apresentados a valores que carregamos para o resto da vida. O Colégio Expoente certamente foi muito importante na formação do meu caráter.
Bruna – Meus professores me ensinaram o quão importante é o estudo para o nosso futuro e para o
futuro de nossa nação. [Eles] me ensinaram respon-sabilidade, honestidade, bom senso e, princi-
palmente, a correr atrás dos meus sonhos.
Como você se define hoje? Quais valores você carrega para sua vida?
Débora – Sou feliz ao lembrar da minha trajetória, de poder ir atrás do meu sonho e vê-lo acontecer! Diversos fatores me fizeram uma pessoa completamente trans-formada, entre eles, o contato diário com os professores e os livros. O colégio foi grande incentivador da leitura: a vida escolar pode chegar ao fim, mas o hábito da leitura permanece e nos apresenta outros horizontes, nos ajuda a crescer como pessoa e a cultivar nossos valores.
Bruna – Hoje me considero uma mulher segura, otimista e confiante. Tenho orgulho do que conquistei com meu esforço e dedicação. Hoje posso afirmar que sou 100%
realizada profissionalmente. Já estou há dez anos traba-lhando na mesma empresa e amo o que faço.
Somos feitos de
• excelência em servir;
• base sólida;
• pessoas que transformam;
• um olhar voltado à sustentabilidade;
• educadores apaixonados pelo que fazem;
• trabalho para construção do conhecimento;
• valores que inspiram pessoas.
Por onde passamosA nossa marca está no coração e na mente de milhares de alunos e ex-alunos que juntos formam o “País Expoente”
Quando começou a frequentar o Colégio Expoente?
Débora – Comecei a frequentar o Colégio Expoente no Jardim I. Saí na quarta série [5º ano], pois havia me mudado, mas, em menos de um ano, pedi aos meus pais para retornar. Após esse período, fiquei até ingressar na faculdade.
Bruna – Entrei no Expoente na quinta série [6º ano], quando eu tinha 10 anos, e estudei até o terceiro ano do segundo
grau, quando completei 17 anos.
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Acolhimento escolarEspecialistas e pais defendem que a inclusão se torne uma realidade concreta nas escolas de todo o país
| impressão pedagógica #5632
Meu filho adora ir à escola”, diz a mãe Fernanda. Lucas Braga Budola tem 3 anos,
filho único e adora ver desenhos
animados do personagem Mickey.
Anda a cavalo e adora ir à escola.
Ele é portador da síndrome de
down. Sua mãe Fernanda Farias
de Paula descobriu a síndrome
aos quatro meses de gestação.
“Naquele momento, o mundo
acaba. Não sabia de nada.
Procuramos pais com expe-
riências parecidas e foi muito bom
saber que não era assustador.
De pronto, buscamos profis-
sionais para atender quando ele
nascesse”, afirma Fernanda.
Aos 20 dias de idade, Lucas já
contava com uma equipe multi-
disciplinar. Hoje, ele está em
pleno desenvolvimento: faz
tratamento com fonoaudióloga,
terapia educacional, fisioterapia
sensorial e equoterapia. “Não
tinha dúvidas que queria que ele
estudasse em escola regular. Isso
o estimula. Queria uma escola
que tivesse todos os níveis. Fosse
acolhedora e aceitasse o Lucas
como ele é”, explica a mãe.
Foi exatamente o que ocorreu.
Este ano, Lucas foi estudar no
Colégio Expoente e logo se
adaptou. “Ele adora ir para a aula”,
conta a mãe. Fernanda acredita na
boa vontade e no acolhimento de
uma escola. “A maioria das escolas
não estão preparadas. Algumas
não aceitaram o Lucas. Mas o que
existe é escola com boa vontade
e escola sem boa vontade. A boa
vontade já é o suficiente, pois vão
descobrindo juntos como lidar
com os desafios”, explica a mãe.
Depois de apenas três meses
de aula, Lucas já começou a
andar e está se desenvolvendo
a passos largos. “Na medida em
que você traz novos desafios,
outros ambientes impulsionam
você para mais. Às vezes, não
é nem o processo pedagógico
somente, é o coleguinha do lado
que estimula. É o que eu sinto
que aconteceu com o Lucas”,
conclui Simone Machado, coorde-
nadora pedagógica da Educação
Infantil do Colégio Expoente. ✪
inclusão
O tema da Educação Especial e
Inclusiva no Brasil ganhou amplo
debate com a discussão do Plano
Nacional da Educação (PNE) no
ano passado, mas, apesar de
haver uma secretaria vinculada
ao Ministério da Educação (MEC)
dedicada ao tema – Secretaria
de Educação Continuada, Alfa-
betização, Diversidade e Inclusão
(Secadi) –, a realidade das escolas
públicas e privadas caminha a
passos lentos nessa direção.
O texto do PNE recomenda
“universalizar, para a população
de 4 a 17 anos com deficiência,
transtornos globais do desen-
volvimento e altas habilidades
ou superdotação, o acesso à
educação básica e ao atendimento
educacional especializado, prefe-
rencialmente na rede regular de
ensino, com a garantia de sistema
educacional inclusivo, de salas de
recursos multifuncionais, classes,
escolas ou serviços especializados,
públicos ou conveniados”. Sendo
assim, não é excluído o direito das
crianças de serem matriculadas
em escolas especiais e nem em
escolas regulares, ponto que
causou polêmica no passado.
O fato é que é dever de todas
as escolas receberam qualquer
perfil de aluno quando procuradas
pelos pais e(ou) responsáveis.
Diante disso, como a escola pode
lidar com a inclusão escolar? De
acordo com a especialista, Maria
Teresa Eglér Mantoan, autora do
livro Inclusão escolar – O que é?
Por quê? Como fazer?, a escola
precisa ser de todos e para todos.
“É um direito garantido pela cons-
tituição. É preciso não discriminar,
não excluir e não ter precon-
ceitos. Trabalhar com ensino
igual para todos, reconhecendo
e considerando respostas dife-
rentes para os conteúdos
ensinados e garantir que cada
aluno tenha o direito de dar
aquilo que é capaz de dar”, afirma
Maria em entrevista exclusiva.
CaminhosPara que isso ocorra, nem sempre
as escolas apresentam as ferra-
mentas e os conhecimentos
necessários para promover
esse ambiente inclusivo.
Mas um fator determinante
apontado pelas especialistas Maria
Teresa e Simone Machado, coor-
denadora pedagógica da Educação
Infantil do Colégio Expoente e pela
família Budola, que tem um filho
com síndrome de down, ouvidos
pela reportagem, é a boa vontade.
“É preciso acolher, porque se você
não acolhe você não sabe lidar.
Acredito muito na boa vontade
para ajudar. Não é só boa vontade,
claro. Mas, boa vontade e conhe-
cimento se completam, prin-
cipalmente, em se tratando de
uma deficiência”, revela a coor-
denadora Simone Machado.
A inclusão torna a escola um
espaço privilegiado de convi-
vência e de ampliação das relações
humanas dos alunos que chegam
à Educação Infantil. De acordo
com as duas especialistas, tanto
perfis ditos “normais” quanto
crianças portadoras de deficiência
crescem por conviver com as dife-
renças e podem aprender cada
qual com seu ritmo e suas possi-
bilidades. “É preciso reconhecer as
diferenças e naturalmente saber os
diferentes níveis de compreensão e
as capacidades de cada criança se
desenvolver”, explica Maria Teresa.
DesafiosOs professores devem buscar
conhecimento à medida que os
desafios forem aparecendo e,
assim, preparar-se da melhor forma
possível. “A gente vai aprendendo de
acordo com que os alunos vão nos
trazendo. É importante acolher essa
criança e correr atrás para saber
como é a base do comportamento,
a proposta pedagógica da escola
para saber em como adaptar alguns
espaços e algumas aulas e incluir as
crianças nesse processo regular de
ensino”, orienta Simone Machado.
Aí o caminho é pesquisar, trabalhar,
envolver a família e a equipe multi-
disciplinar, no caso de já existir, nesse
processo para buscar elementos e
conhecimentos de como lidar com
as diferentes situações que serão
vividas ao longo do ano letivo.
Outro desafio dos professores é
serem orientadores até mesmo dos
pais, que por vezes não observam
em seus filhos comportamentos
típicos de algumas síndromes e
transtornos. Assim, a escola pode ter
o papel de levar essa informação aos
pais para que eles tenham condições
de agir diante dessa situação. “Às
vezes, as crianças chegam para a
gente sem um sinal da família. E você
aceita sem saber o que vai passar”,
comenta a coordenadora do Colégio
Expoente. O cuidado em apresentar
essas informações é imprescindível.
Os alunos “são surpreendentes, a
cada movimento e a cada apren-
dizagem. O bom professor hoje tem
de ter esse olhar para as várias inte-
ligências e cada um com seu ritmo”,
avalia Simone. Por isso, a avaliação
e a relação com o ensino-apren-
dizagem deveria ser personalizada.
Cenário Segundo Maria Teresa, “somos
muito avançados em relação ao
mundo na questão da inclusão.
Estados como Acre, Rio Grande
do Norte possuem 100% de
inclusão escolar”. Para que essa
realidade se estenda a outros
estados, uma saída é investir
na formação dos professores
e criar uma cultura inclusiva
dentro das escolas. “É preciso
insistir no acesso das crianças
e na sua participação. Também
na formação dos professores
para ampliar seu conhecimento.
Hoje, são 18% de crescimento na
formação sobre inclusão escolar
no Brasil”, conta Maria Teresa.
Outro ponto é não olhar para esse
cenário como algo limitante para
o desenvolvimento do trabalho
da docência, mas sim como algo
estimulante, desafiador. “Você
não deve estar focado na difi-
culdade, as próprias crianças
impulsionam o crescimento [dos
colegas]. É você não enxergar
como algo limitante. Seguir a vida.
Isso que é o mais rico da escola
regular”, contextualiza Simone.
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dicaspedagógicas
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Estamos no fim do ano letivo,
mas a pulguinha já está atrás da
orelha de alguns professores
e coordenadores: como será o
próximo ano letivo? Que alunos
vamos receber? Para que o
ano de 2016 seja realmente um
sucesso, é preciso fazer um bom
planejamento escolar. A Revista
Impressão Pedagógica ajuda você
a se preparar bem, com o apoio da
equipe de assessoria pedagógica
do Sistema de Ensino Expoente.
Para começar essa tarefa, anote
aí três elementos importantes: a
realidade, a finalidade e o plano
de ação. Segundo o educador
e gestor escolar Celso dos Santos
Vasconcellos, em entrevista à
revista Nova Escola, “o movimento
da sociedade e o processo de rede-
mocratização têm favorecido o
conceito de planejamento como
real instrumento de trabalho e
não como uma ferramenta de
controle dos professores”.
Outro fator importante é buscar
todas as informações dos Parâ-
metros Curriculares Nacionais
(PCN), pensar como as atividades
vão se desdobrar, desenvolver
a capacidade de antecipação e
trabalhar com empatia (olhar para
as necessidades dos alunos). ➤
Planejamento escolar: como fazer?
Confira algumas dicas pedagógicas para não deixar para a última hora essa etapa tão importante do trabalho do educador, o planejamento
Planejar, agir e avaliar Encontre maneiras de fazer seu
planejamento. Nossas assessoras
pedagógicas do Sistema de Ensino
Expoente estão à disposição para
dar todo suporte nessa atividade.
Acompanhe algumas dicas a seguir.
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Primeiros dias* É muito importante que o professor, independen-temente de seu nível de atuação ou disciplina, saiba quais os conhecimentos básicos que os alunos trazem consigo.
Por isso, além de uma deliciosa recepção para os alunos no início do ano letivo, os professores precisam ter todos os passos planejados. Trabalhar atividades como forma de investigar os conhecimentos prévios dos alunos é uma ferramenta muito eficiente para futuras estratégias.
Estabelecer metas a longo e a curto prazo e rever o que precisa ser melhorado, com base no ano anterior, determina as ações mais urgentes. Sendo assim, o professor inicia o ano conhecendo sua turma, conseguindo visualizar o nível e o que cada aluno necessita para que evolua em seu aprendizado, respeitando o tempo e a forma de aprender de cada um.
PlanejamentoAs orientações vão em direção aos resultados das investigações, possibilitando, em cada nível de ensino, saber o que deve ser retomado, qual o conteúdo a ser trabalhado durante o ano e prin-cipalmente qual o planejamento diário, bem como qual o material a ser utilizado. A equipe deve, então, estipular todas as datas de entrega desse planejamento diário e em quais momentos acontecerão os encontros para discussão do mesmo.
Utilizando ferramentasÉ importante que o coordenador esteja sempre informado sobre a evolução de cada aluno para que possa ajudar à medida que dife-rentes situações apareçam.
Porém, ressalta-se que nada é mais estimulante que oferecer aos professores uma palestra embasada em propostas inovadoras, desafiadoras, que garantam um ano letivo próspero.
Passo a passo Primeiro, o professor deve saber quais conteúdos serão traba-lhados dentro do nível de ensino em que está atuando. Temos os Referenciais de Educação Infantil e os Parâmetros Curriculares para Ensino Fundamental. O Material Didático Expoente já é baseado nesses Referenciais Nacionais.
À medida que o professor sabe o conteúdo que será trabalhado naquele bimestre, é necessário então dividir esse conteúdo de acordo com os dias que se tem disponível, tirando aulas especiais, festividades do bimestre, trabalhos, reuniões, avaliações, tudo que tomará dias de aula. Assim, fica muito mais fácil dividir os conteúdos.
Feito isso, ele poderá abordar cada conteúdo de diferentes formas, de maneira que os alunos participem ativamente. Preparar o conteúdo para que os alunos o recebam com vontade de aprender e, prin-cipalmente, interagindo com ele é uma forma de respeitar os pilares que regem a educação. Os registros, não menos importantes,
devem acontecer sempre para nortear o trabalho do docente. Além do vínculo entre professor e aluno ser a peça chave para o aprendizado, uma boa organização é necessária.
Sistema de Ensino Expoente Oferece várias ferramentas para que o professor realize planeja-mentos realmente eficientes, como o Portal Escola Interativa, com canais de diversos assuntos, conteúdos e disciplinas, além de sugestões de projetos e atividades , por exemplo, filmes que podem ser integrados aos conteúdos, jogos on-line, museus virtuais, infográficos, isto é, tudo para deixar as aulas mais significativas para os alunos.
As formações realizadas pelo Grupo Expoente, de acordo com a neces-sidade do grupo, também trazem muitos temas, todos abordados de maneiras diferentes, em que os professores participantes interagem, trabalham, realizam, discutem com o grupo e com o capacitador e, poste-riormente, aplicam em sala de aula. O feedback dessas capacitações nos mostra que há uma excelente aceitação por parte dos professores.
Com relação ao material didático, as páginas azuis são uma ferramenta importante para o professor. Essas páginas são sugestões de planejamentos, com inúmeras ideias de recursos para o trabalho com o conteúdo. O professor tem o planejamento pronto à sua disposição, é só utilizar.
*Dicas da assessora pedagógica Adriana Márcia de Souza.
dicaspedagógicas
Vínculos afetivos*Nos primeiros dias de aula do ano
letivo, é essencial desenvolver
vínculos afetivos para que o ano
seja de aprendizado crítico, criativo
e empreendedor. O olhar da escola
precisa estar atento quanto à
recepção e à receptividade afetiva
Soluções educacionais As soluções didáticas e tecno-
lógicas apresentadas pelo
Sistema de Ensino Expoente
são ferramentas que propor-
cionam a segmentação das
aulas e, consequentemente,
uma aprendizagem signifi-
cativa. Como meio para o apren-
dizado, o Expoente disponibiliza
• Coletânea Anual – material
disponibilizado para a equipe
pedagógica, com distribuição
nas unidades durante o ano;
• Referenciais Expoente –
material disponibilizado para
a equipe pedagógica que
apresenta a distribuição dos
da escola ao receber estudantes,
familiares, docentes e funcionários;
escuta ativa para melhor conhecer
e entender as necessidades, os
desejos, as potencialidades e as
dificuldades apresentadas em sala
em aula; no acompanhamento
do recreio, das vivências, das
conteúdos e a forma como são
trabalhados nos bimestres;
• Material Didático Expoente
para o professor – com
orientações didáticas,
sugestões diversas e
matriz para o desenvol-
vimento do planejamento;
• Material Didático Digital –
apresenta vídeos, expansão
de imagens, infográficos, e
tem possibilidade de acesso
via tablets e smartphones;
• Aulas Virtuais – com
objetivo de, na 3ª série do
Ensino Médio, potencializar
a revisão dos conteúdos, e,
assim, garantir a prática em
atividades esportivas e recreativas
como forma de conhecer a comu-
nicação, a autonomia, as poten-
cialidades e as necessidades
dos estudantes:bem como na
adaptação, na socialização e em
um ambiente afetivo e seguro
para toda a comunidade escolar.
Semana pedagógicaConceitua-se a semana peda-
gógica como um evento educa-
cional significativo para toda a
comunidade escolar. Uma semana
pedagógica necessita de estrutura
e programação personalizada: as
perguntas o que, para quem, por
que e como devem prevalecer
quando se inicia o projeto que irá
estruturar a semana pedagógica.
A base para essas indagações
está contida no desenvolvimento
do projeto político pedagógico,
nas metas atingidas, e nas que
ainda estão por ser, e em uma
reflexão acerca dos resultados
gerais, satisfatórios ou não,
obtidos pela escola ao longo
dos anos, em diversas esferas:
escolar, comunidade, municipal e
nacional. Após a criteriosa análise
dos pontos citados, é importante
que as escolas possam pensar
a semana pedagógica para que
seja um evento esperado e
desejado pelos participantes.
atividades discursivas e testes
do Enem e de vestibulares;
• Simulados para a 3ª série –
enviados a cada bimestre;
• Caderno de Testes e material
de Produção de Texto para
o Ensino Médio – questões
para resolução durante o
horário regular e aulões;
• Materiais Paradidáticos
complementares – como
História da Cultura Afro-
-brasileira e indígena, que dão
uma dose extra de conhe-
cimento para os alunos. ✪
*Dicas da assessora pedagógicaAdriana Fialho.
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mundo web
Escola Interativa O Sistema de Ensino Expoente
tem um portal educacional completo, o Portal Escola
Interativa, que dispõe de mais de 30 canais e de uma
infinidade de conteúdos para professores e alunos.
Confira as novidades do canal "Conte uma história"
e do gibi com as aventuras do nosso mascote da
Robótica Educacional Expoente, o John Led. São
canais que incentivam a leitura, contextualizam conhe-
cimentos e ainda dão suporte para você, educador(a),
preparar suas aulas com mais facilidade e promover
aulas mais dinâmicas. O portal apresenta ainda o canal
Palestras Virtuais, que contribui com novas pers-
pectivas sobre o processo de ensino-aprendizagem.
<http://www.escolainterativa.com.br> ✪
TED Já ouviu falar no TED? Trata-se de uma
organização sem fins lucrativos que promove conferências,
palestras e divulga, por meio de vídeos, os aprendizados
e conhecimentos que merecem ser compartilhados.
O TED teve início em 1984, e atualmente, estão dispo-
níveis milhares de vídeos e histórias ao redor do mundo,
que podem contribuir com sua formação continuada.
<www.ted.com>
EdmodoÉ uma rede social que permite o professor
compartilhar materiais multimídias, fazer gestão de
projetos, dar notas e acompanhar a participação dos
alunos nas atividades. Atualmente, a rede possui
mais de 12 milhões de usuários pelo mundo.
<www.edmodo.com>
Evernote Com ele, você pode gerenciar os
temas de cada aula. É utilizado pelo celular e
permite criar notas, salvar pesquisas, gravar
áudios e organizar os materiais de cada aula.
<www.evernote.com>
Ferramentas para professoresSabe aquelas atividades que tomam nosso tempo
e atropelam o dia fora de sala de aula?
Então, vamos otimizar o tempo. Conheça alguns aplicativos
e programas que podem facilitar sua vida de educador(a).
Manual do Mundo Um canal no Youtube que, por meio de dicas, instruções, guias e orientações, mostra como construir brin-
quedos e ensina física, química, biologia de maneira divertida, além de disponibilizar diversas experiências interessantes
para o aprendizado de alunos de Ensino Fundamental e Ensino Médio. Conhece? O Manual do Mundo existe há dois anos
e já tem mais de 3,7 milhões de visualizações. É considerado o maior canal de ciência e how to-do Youtube Brasileiro.
Uma referência para inspirar educadores e alunos. Além do canal tem também o site <www.manualdomundo.com.br>.
Sugestões de sites e canais do mundo web para aprimorar seu conhecimentoe te ajudar a se aproximar ainda mais da linguagem de seus alunos
Ilust
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AN_Conte uma historia.pdf 1 07/10/15 14:59
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Central de Relacionamento Expoente Curitiba e Região Metropolitana
(41) 3312 4000 Outras localidades
0800 41 44 24expoente@expoente.com.br/GrupoExpoente
Inédito no setor educacional brasileiro, o Material Didático de Robótica Educacional Expoente prepara seus professores em conceitos de programação e sustentabilidade para ensinar alunos de 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental.
Os materiais são segmentados por ano, com propostas de atividades práticas, diário de bordo e conteúdos que trabalham interdisciplinaridade e criatividade, tratam de conceitos de metodologia de pesquisa científica.
*Adquirido à parte.
Material Didáticode Robótica Educacional ExpoenteUma inovação no aprendizado ao alcance de sua escola!
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