somente quem evangeliza se dispõe a edificar a comunidade 01
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Somente quem evangeliza
se dispõe a edificar
Comunidade
Elio E. Müller 1
Grupo Nova Jerusalem, grupo ampliado que contou com mais de 15
participantes que se reuniam semanalmente na casa pastoral na Rua Albânia, 154, no Bairro Rincão dos Ilhéus - NOVO HAMBURGO - RS, para exercitar a liderança
na Comunidade e para promover a evangelização do povo.
Eu denominei essas reuniões semanais noturnas como sendo o
"SERÃO FAMILIAR" , pois os integrantes do grupo eram como membros de nossa
família da casa pastoral. Os encontros foram instrumentos valiosos que serviram para, mutuamente, nos
fortalecermos na fé, visando o serviço do amor na caminhada com a Comunidade
FOLHETO POPULAR
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® de Elio Eugenio Müller, 1983
Revisão em 1999.
Reservados todos os direitos ao autor.
Novo endereço do autor:
EUO EUGENIO MÜLLER
Rua Guilherme Pugsley 2512, Ap 1003
80600-310 - Curitiba - PR
Fone: (041) 99511741
eliomuller@uol.com.br
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CONVOCADO POR KUNERT
PARA ASSISTIR TRAMANDAÍ
COMO MEDIADOR OFICIAL.
No princípio do mês de janeiro de 1978 fui surpreendido pela
convocação para uma reunião de emergência, a ser realizada na Região
Eclesiástica IV, da IECLB, no Morro do Espelho, em São Leopoldo – RS.
Eu estava sendo aguardado pelo pastor Augusto Ernesto Kunert, -
pastor regional e pelo pastor Heimberto Kunkel – Diretor do CTC.
Inicialmente fui informado que o meu colega pastor Norberto Willrich,
que desde 1976 se tornara o meu sucessor na Comunidade de Três Forquilhas
passara a enfrentar dificuldades momentâneas para acompanhar um problema
surgido na Comunidade de Tramandaí.
O assunto de minha convocação vinha de um apelo que a própria
Comunidade Evangélica de Tramandaí fizera ao pastor regional.
Na impossibilidade de poderem contar com a mediação do pastor
Norberto Willrich, o pastor Augusto Ernesto Kunert solicitou o meu auxílio, para
servir de mediador diante dos delicados problemas quando um grupo de
membros tomou a iniciativa de exigir a renovação do Presbitério na escolha de
uma nova diretoria. Até um candidato a presidente, para compor uma chapa de
oposição havia sido anunciada.
Pastor Kunert explicou: - A Comunidade está agora dividida em dois
partidos que começam a se digladiar. A tensão se formou e ficou muito
acentuada nas últimas semanas. É necessário que alguém que conheça este
pessoal possa dedicar uma atenção muito intensa e demorada para orientar a
Comunidade. Analisando os nomes de pastores que preencheriam as
condições para assumir este trabalho de mediação, assomou em primeiro lugar
o teu nome pois descobrimos que já te encontras com a família, na casa
pastoral de Tramandaí na condição de pastor veranista.. Porém, uma vez que a
tarefa para a qual pretendemos te designar, poderá envolver o teu período de
estudos aqui na Faculdade convoquei o colega Kunkel para também participar
em nosso esquema de consultas e tratativas e por isso ele aqui se encontra
para participar desta reunião.
O pastor Heimberto Kunkel explicou: - Creio que a pessoa mais indicada
é você, colega Elio, pois eu soube que você já atendeu Tramandaí durante
diversos anos e agora está naquela casa pastoral por um período de 15 dias.
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E, por este motivo o teu nome nos pareceu adequado para exercer a tarefa de
mediador oficial designado pela Região Eclesiástica IV.
Kunert continuou: - Já fiz as minhas consultas preliminares e sei que
neste período de janeiro e fevereiro você já está liberado da atividade pastoral
na Comunidade de Novo Hamburgo pois recém iniciaste as tuas férias e irás
para a tua presença aqui na Faculdade de Teologia. A princípio a Doris que é
bem conhecida das esposas de membros do Presbitério da Comunidade de
Tramandaí poderia permanecer lá, mesmo durante o teu período de estudos
quando tiveres que participar das aulas na Faculdade. Ela terá condições de
dar atenção para as famílias, para uma motivação em torno da união de todos.
Não havia muito que pensar sobre a tarefa proposta de servir de
mediador, era aceitar ou recusar. Confesso que a proposta me agradou muito e
aceitei prontamente o desafio e expliquei: - Já estou mesmo lá em Tramandaí
e, após o culto de Ano Novo já tomei conhecimento dos problemas que dividem
aquela Comunidade em dois partidos digladiantes. Preciso confessar que até já
comecei a conceder atenção para eles, na tentativa de ajudar a Comunidade a
superar estas divisões e para que de novo alcance um clima amistoso e
fraterno, para a realização de uma Assembléia Geral que visa a escolha de um
novo Presbitério.
Naquele dia fui para a nossa casa pastoral do Rincão, me reunindo com
alguns jovens, integrantes do novo grupo de evangelização que estávamos
constituindo. Alguns destes vibraram com o convite e se dispuseram a seguir
até Tramandaí em determinados fins de semana para auxiliar na realização de
cultos especiais de evangelização. Em particular os casais Adolfo Kayser e
Lúcio Fürstnow se dispuseram a nos acompanhar por algum período a ser
definido.
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MEDIADOR RECEBIDO FESTIVAMENTE PELA
COMUNIDADE DE TRAMANDAÍ.
Quando retornamos a Tramandaí eles já haviam sido notificados, via
telefone, de que estávamos oficialmente incumbidos de conceder uma
assistência como o mediador oficial da IECLB, para a Comunidade.
Otto Müller e esposa aceitaram a nossa mediação.
Ficamos felizes que o próprio presidente da Comunidade Evangélica de
Tramandaí, Sr. Otto Müller, no cargo há quase 25 anos, em companhia da
esposa, veio nos trazer a informação.
Além do casal Otto Müller, também o Sr. Arthur Walter Kampf e esposa
se apresentaram, assim que souberam da designação do mediador e,
atenciosos, se colocaram ao dispor para ajudarem em eventuais atividades,
reuniões ou visitas.
O leitor Arthur Walter Kampff.
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Conforme os meus apontamentos eu já estava executando a seguinte
programação de cultos, onde o casal Kampff atuava, diretamente, ao meu lado.
Planejamento de atendimento à Comunidade de Tramandaí.
Passamos agora a definir visitas às famílias envolvidas na disputa e
depois realizações breves ou pequenas reuniões de apenas três ou quatro
pessoas, para sondar possíveis encaminhamentos.
Ficou muito claro de que era necessário encontrar um nome que ambos
os lados pudessem aceitar, para compor uma chapa única e de consenso, já
que o grupo que não se conformava com outra reeleição do Sr. Otto Müller,
somente desistiria da luta acirrada que haviam estabelecido, se um nome de
consenso viesse a ser localizado.
Depois de diversos dias de reuniões, visitas e consultas, finalmente
surgiu o nome de um jovem ainda solteiro, que recebia a confiança dos dois
lados “digladiantes”. Trata-se do jovem Sérgio Knobloch cujo pai ocupava o
cargo de vice-presidente e cuja mãe era uma líder muito dedicada e querida na
OASE e em outras atividades da Comunidade.
A princípio o jovem Sérgio Knobloch declinou da indicação procurando
motivos para a recusa.
Dizia: - Sou inexperiente!
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Quando lhe dissemos que a inexperiência não é nenhum defeito e que
experiência é adquirida com o tempo, ele tentava outra desculpa, alegando: -
Sou solteiro!
Consideramos que as alegações do jovem eram válidas e sinal de que o
cargo de presidente despertava medos ocultos por causa da grande
responsabilidade. Isso era um bom sinal e então fizemos ver que os pais e
amigos, os pastores e outros presbíteros estariam ao lado dele “para o que der
e vier”.
Contei para ele uma historinha alegando que isto deveria encorajá-lo:
Numa certa comunidade ninguém se dispunha a ser candidato a
presidente do Presbitério por considerar o cargo muito pesado (o que não é o
caso de Tramandaí onde existem dois lados em disputa, cada qual desejando
ter o cargo).
Naquele outro caso, da comunidade onde ninguém desejava aceitar tal
responsabilidade, um presbítero idoso tentou despertar o ânimo dos mais
jovens e explicou: - O cargo de presidente é semelhante ao lombo de um
cavalo. É só sentar na sela e ter confiança que todos estarão aí para ajudá-lo a
permanecer firme na sela. Prometo a quem se candidatar que todos ajudarão a
segurar a cavalgadura para que não caia e nem se machuque.
Diante dessa promessa, um jovem levantou-se e falou: - Se é assim e se
vocês ajudarem a me manter na sela e segurarem o animal, então eu monto.
Ele foi eleito presidente.
Quando iniciou seu trabalho o jovem presidente sentiu-se muito só,
sufocado por problemas, queixas, disputas e desentendimentos.
Ele procurou o presbítero idoso que lhe prometera apoio e apresentou
sua queixa, dizendo que não estava recebendo ajuda, conforme o prometido.
O senhor idoso então explicou: - Ninguém de nós podia imaginar que o
bicho podia ser tão xucro e que iria corcovear e disparar, de rédea solta.
Aguenta firme que nós estamos aqui assistindo para saber quanto tempo você
ainda irá aguentar nesta sela.
O jovem notando que estava irremediavelmente só, olhou para cima e
orou: - Deus, agora é contigo! Me ajude senão eu me lasco todo...
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Daquele momento em diante, este jovem, ficou tranquilo, seguiu em
frente e passo a passo, se firmou na tarefa assumida, servindo depois como
um grande exemplo, pois, ajudou a preparar outros para o seguirem no
trabalho de liderança.
O Jovem Sérgio Knobloch sorriu e falou: - Diante disso não tenho mais
desculpas ou ressalvas e aceito encabeçar a chapa de consenso.
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CARTA CIRCULAR AOS MEMBROS.
Diante do êxito nas mediações desenvolvidas elaboramos uma Carta
Circular que foi enviada a todos os membros da Comunidade.
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CONVITE PARA A ASSEMBLÉIA GERAL.
Convite enviado a todos os membros da Comunidade.
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Telegrama de convite que Sérgio Knobloch me enviou,
solicitando a minha presença na reunião.
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Grupo Nova Jerusalem
Grupo ampliado que contou com mais de 15 participantes que se reuniam semanalmente na casa pastoral na Rua Albânia, 154, no Bairro Rincão dos Ilhéus - NOVO HAMBURGO - RS, para exercitar a liderança na Comunidade e para promover a evangelização do povo. Este grupo e outras vezes apenas alguns dos integrantes do grupo, acompanharam o pastor no cumprimento da missão recebida para “Mediador” em Tramandaí e depois para “Apoiador” em Itati.
Eu denominei essas reuniões semanais noturnas no Rincão,
como sendo o "SERÃO FAMILIAR" , pois os integrantes do grupo eram como membros de nossa família da casa pastoral.
Os encontros foram instrumentos valiosos que serviram para, mutuamente, nos fortalecermos na fé, visando o serviço do amor na caminhada com a Comunidade e para a missão de evangelizar.
Elio Eugenio Müller
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