strobe - análise de estudo

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Estudo epidemiológico sendo analisado pelo protocolo STROBE.

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ANÁLISE DE ESTUDO ECOLÓGICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTECENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVAEPIDEMIOLOGIA II

Setembro, 2014

André F. Silva; Eduardo I. T. C. Lopes; Esaull L. S. C. dos Santos; Gustavo P. da Silva; Mauro C. Barbosa Jr.; Pedro H. A. Fraiman

Profª. Drª. Grasiela Piuvezam

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

• Artigo analisado:

Mortalidade por câncer de boca e condição sócio-econômica no Brasil

INTRODUÇÃO• Guia de análise e leitura crítica:

STROBE - Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology

- Necessidade de adaptação para um estudo ecológico

- Criado para facilitar a elaboração, leitura e avaliação de estudos coorte, caso-controle e seccionais

- Existem iniciativas semelhantes para outros tipos de estudos epidemiológicos, por exemplo, o CONSORT para ensaios clínicos randomizados

-

INTRODUÇÃO

ESTUDO ECOLÓGICO• Abordam áreas geográficas bem definidas, comparando

variáveis globais quase sempre por meio da correlação entre indicadores de condições de vida e indicadores de condições de saúde.

• Mais baratos e mais rápidos

• Avaliam como os contextos social e ambiental podem afetar a saúde de grupos populacionais

• Classificação: desenho agegado; observacional; transversal

ESTUDO ECOLÓGICO

• Geração de hipóteses etiológicas a respeito da ocorrência de uma determinada doença

• Teste de hipóteses etiológica —> dificuldade de se controlar confundimento

• Avaliação de efetividade de intervenções na população para medidas governamentais

CHECKLIST STROBE

CHECKLIST STROBE• 22 itens

Subdivididos em 6 categorias:

✓ Título e Resumo

✓ Introdução

✓ Métodos

✓ Resultados

✓ Discussão

✓ Outras informações

TÍTULO E RESUMO• Fundamental para identificação do

artigo durante a leitura, pesquisa e seleção em bases de pesquisa

Sem o desenho de estudo no título

INTRODUÇÃO

• Por que detalhar o referencial teórico?

• Por que é necessário fornecer o contexto do trabalho?

• Por que traçar os objetivos do trabalho e eventuais hipóteses pré-existentes?

INTRODUÇÃO• Por que traçar os objetivos

do trabalho e eventuais hipóteses pré-existentes?

Assim como estabelecemos um sintoma-guia para conduzir nossas anamneses, em um estudo desse tipo, fundamental elaborar objetivos que o guiarão e necessariamente deverão ser respondidos ao final.

ITEM ATENDIDO.

INTRODUÇÃO• Por que detalhar o

referencial teórico?

Fornece as bases teóricas para as suas ideias, evitando ideias absurdas, mostrando que está sustentada em conhecimentos pré-estabelecidos —> plausibilidade.

ITEM ATENDIDO!

INTRODUÇÃO• Por que é necessário fornecer o contexto do trabalho?

Demonstrar sobretudo a utilidade daquela pesquisa para a sociedade. O fazer ciência não deve subsistir apenas por ele mesmo.

ITEM ATENDIDO

MÉTODOS

Identificar os métodos utilizados no trabalho se torna fundamental na prevenção de bias (viés).

MÉTODOS

• Por que mostrar o desenho do estudo?

Conhecendo o tipo de estudo, entendemos suas metodologias usuais e forma de compreensão dos dados.

ITEM ATENDIDO

MÉTODO• Por que fornecer o

contexto do trabalho na metodologia?

Localizar no tempo, no espaço, além de socialmente o referido estudo.

• Capitais brasileiras x População brasileira

• Amostra representativa?

ITEM ATENDIDO

MÉTODO

• Avaliação dos participantes no estudo ecológico?

Cabe salientar que o estudo ecológico utiliza, por diversas razões, o estudo na esfera das populações, ou seja, um grande grupo, sem particularizar, segmentar ou dividir indivíduos em critérios mais específicos. Assim, a unidade de análise não é o indivíduo, mas o grupo de indivíduos.

MÉTODO

• Por que definir e apresentar as variáveis?

Conhecer as variáveis é fundamental para definir os métodos estatísticos a serem utilizados para definir eventuais correlações e definir conclusões.

• Normalizar por meio de média aritmética foi válido?

• Por que não apresentar os eventuais fatores de confusão de forma mais clara?

ITENS 7 E 9 PARCIALMENTE ATENDIDOS.

ITEM 8 ATENDIDO

MÉTODO

MÉTODO

MÉTODO• E o tamanho do estudo?

Não faz muito sentido em falar no tamanho de estudo de natureza ecológica. Porém, o trabalho se usa de uma amostra que é a população das capitais brasileiras como amostra para a população brasileira.

E aí, foi representativo?

MÉTODOS

• Variáveis quantitativas?

MÉTODOS• E o tratamento estatístico dessas

variáveis?

• Mas, o missing data? Controle de confusão?

RESULTADOS• Participantes do estudo ecológico?

• Descrever os participantes do estudo ecológico?

• Descrever o desfecho do estudo ecológico?

(In)felizmente, esses itens não se aplicam ao estudo ecológico devido a sua natureza de seleção da unidade amostral, além dos objetivos por ele desejados.

RESULTADOS

• E os resultados principais e análises derivadas?

RESULTADOS• ITEM 16

Parcialmente, pois não menciona eventuais fatores de confundimento, por exemplo, a subnotificação que existe na região Norte do país.

• ITEM 17

Atendido nesse ponto, pois percebe-se que o artigo “Mortalidade por Câncer de boca e condição sócio-econômica no Brasil” traz sim uma análise de interação entre diferentes variáveis, uma vez que apresenta a relação entre fatores socioeconômicos (como renda per capita, nível educacional, longevidade e índice de Gini) com os índices de mortalidade por câncer de boca nas populações estudadas; buscando sempre uma relação através da correlação de Pearson(r).

RESULTADOS

DISCUSSÃO

• Cumprir os itens previstos para a discussão é fundamental… pois é onde está a alma do artigo.

DISCUSSÃO

DISCUSSÃO• Retomou os objetivos?

• Mostrou como a taxa de mortalidade de câncer oral se relacionava com cada variável?

• “Foi humilde” nas limitações?

• Foi cauteloso?

DISCUSSÃO

SIM!

DISCUSSÃO

Tentando responder os objetivos, além de relacionar com as variáveis…

DISCUSSÃO

Cautela e reconhecimento das limitações

OUTRAS INFORMAÇÕES

Quanto ao último item do protocolo STROBE, não é possível discernir se o artigo não possuía fonte de financiamento ou se omitiu esta fonte. Por se tratar de um estudo ecológico, cujos dados foram obtidos em bases de dados e não coletados primariamente pelos autores, a logística da pesquisa é menor. Desse modo – e também por não estar haver no artigo informação acerca disso –, é provável que o estudo não tenha recebido nenhum financiamento.

REFERÊNCIAS

MALTA, Mônica; et al. Iniciativa STROBE: subsídios para a comunicação de estudos observacionais. Rev Saúde Pública, 44 (3): 559-65, 2010.

BORGES, Danielle; et al. Mortalidade por câncer de boca e condição sócio- econômica no Brasil. Cad Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25 (2): 321-327, fev, 2009.

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