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SUPLEMENTO AO PROSPETO BASE DOS TÍTULOS DE RENDIMENTO FIXO E
ESTRUTURADOS DO BANKINTER S.A., 2018 INSCRITO NOS REGISTOS OFICIAIS DA
COMISSÃO DO MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS DE ESPANHA DE 23 DE JANEIRO
DE 2018.
O presente SUPLEMENTO AO PROSPETO BASE DOS TÍTULOS DE RENDIMENTO FIXO E
ESTRUTURADOS DO BANKINTER S.A. elaborado de acordo com o estabelecido no artigo
22.º do Real Decreto 1310/2005, de 4 de novembro, que desenvolve parcialmente o Real
Decreto Legislativo 4/2015, de 23 de outubro, que aprova o texto reformulado da Lei do
Mercado de Valores, em matéria de admissão à negociação de títulos em mercados
oficiais, de ofertas públicas de venda ou de subscrição e do prospeto exigível para esse
efeito.
Este Suplemento deverá ser lido conjuntamente com o Prospeto Base dos Títulos de
Rendimento Fixo e Estruturados do Bankinter, S.A., 2018 («Programa”), inscrito nos
registos oficiais da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários de Espanha (doravante,
«CNMV»), de 23 de janeiro de 2018 e, se for caso disso, com qualquer outro suplemento ao
Prospeto Base que o Bankinter S.A. tenha publicado ou venha a publicar.
1. PESSOAS RESPONSÁVEIS PELO SUPLEMENTO.
Ignacio Blanco Esteban, na qualidade de Diretor de Tesouraria, em nome e representação
do Bankinter S.A., com sede social em Paseo de la Castellana 29, 28046 Madrid, em
virtude dos poderes que lhe foram conferidos pelo Conselho de Administração, de 20 de
dezembro de 2017, em que se aprovou a emissão do «Programa de Emissão de Títulos de
Rendimento Fixo e Estruturados», assume a responsabilidade das informações contidas
no presente Suplemento e declara que, a seu ver, as informações contidas no mesmo
documento estão de acordo com os factos e que não existem omissões suscetíveis de
alterar o seu alcance.
2. ATUALIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO DO PROSPETO BASE DOS TÍTULOS DE RENDIMENTO
FIXO INSCRITO NOS REGISTOS OFICIAIS DA CNMV EM 23 DE JANEIRO DE 2018.
Incorporam-se por referência ao mencionado Prospeto as CONTAS ANUAIS AUDITADAS
DO EXERCÍCIO 2017, enviadas à CNMV em 22 de fevereiro de 2018, sem quaisquer
ressalvas ou itens de ênfase. Podem ser consultados no site do Bankinter e no site da
CNMV:
- https://webcorporativa.bankinter.com/stf/web_corporativa/accionistas_e_inversores/inf
o_financiera/memoria/2017/bankinter_cuentas_completas_e_informe_consolidado_201
7.pdf - http://www.cnmv.es/AUDITA/2017/17333.pdf
MEDIDAS ALTERNATIVAS DO RENDIMENTO (MAR)
As MAR incluídas no presente suplemento cumprem as Diretrizes relativas às medidas alternativas
de rendimento publicadas pela European Securities and Markets Authority, em 30 de junho de 2015
(ESMA/2015/1057).
As MAR incluídas no presente Prospeto relativas a dezembro de 2017 são as seguintes:
Rácios Fórmula 31/12/2017 31/12/2017
Índice de incumprimento
Risco de cobrança
duvidosa (inclui risco
contingente) (1)/Risco
quantificável (2)
2.029.908 / 58.824.461 3,45%
Índice de cobertura do
incumprimento (%)
Provisões por risco de
crédito (3)/ Risco de
cobrança duvidosa (inclui
risco contingente)(1)
903.865 / 2.029.908 44,53%
Rácio de eficiência
(Gastos de pessoal +
outros gastos gerais de
administração +
amortizações)(4)/marge
m bruta(5).
(498.494+385.032+60.945) /
1.851.316 51,02%
ROE Resultado do período /
fundos próprios médios 495.207 / 3.916.406 12,64%
ROA
Resultado do período /
ativos totais médios à
data.
495.207/69.682.718 0,71%
Gap Comercial Investimento em crédito -
Recursos de clientes 52.944.417 - 46.771.049
6.173.368
Ativos Problemáticos (9)
Risco de cobrança
duvidosa+Ativos
Adjudicados
2.029.908+2.441.463 4.471.371
Índice de ativos problemáticos (10)
Ativos
Problemáticos/Risco
Calculável
2.441.463/58.824.461 4,15%
(1), (2), (3), (4) e (5) Encontram-se na informação financeira consolidada em 31 de dezembro de 2017,
publicada no site empresarial e enviada à CNMV.
(6) ROE: Informação financeira consolidada em 31 de dezembro de 2017, publicada no site empresarial e
enviada à CNMV.
Explicação da fórmula: Considerando no numerador a anualização linear do lucro obtido até à data e
ajustado pelo valor relativo às contribuições para os fundos de garantia e de resolução, exceto no fecho do
ano.
No denominador, os fundos próprios médios são a média móvel ponderada dos fundos próprios existentes
nos últimos doze meses naturais, ou no período correspondente, excluindo o lucro atribuído ao grupo como
parte dos fundos próprios, bem como os dividendos e outros resultados globais acumulados.
(7) ROA: Informação financeira consolidada em 31 de dezembro de 2017, publicada no site empresarial e
enviada à CNMV.
Considerando no numerador a anualização linear do lucro obtido até à data e ajustado pelo valor relativo ao
pagamento para os fundos de garantia e de resolução, exceto no fecho do ano.
No denominador, os ativos totais médios à data são a média móvel ponderada do ativo total existente nos
últimos 12 meses ou no período correspondente.
(8) A informação relativa a este rácio foi obtida a partir de balanços internos. O investimento exceto
titularização inclui o investimento creditício menos os instrumentos de titularização vendidos.
Relativamente ao investimento de crédito, inclui o crédito para os clientes mais o saldo de instrumentos de
fornecedores, mais os títulos representativos da dívida menos a aquisição temporária de ativos.
Os recursos com contas de recuperação são obtidos em: Recursos de clientes (inclui as contas à vista, os
depósitos a prazo, emissões de dívida colocadas e fundo ICO) mais o saldo da conta de recuperação.
(9) Ativos problemáticos: Mede a soma do risco de cobrança duvidosa e dos ativos adjudicados. Permite
medir o conjunto de ativos que apresentam problemas de recuperação ou derivados dos referidos
problemas.
(10) Índice de ativos problemáticos: Representa a percentagem de ativos problemáticos relativamente ao
risco de crédito quantificável. Permite medir a qualidade de crédito do mesmo.
2.1. Alteração ao Resumo.
O Resumo ao Prospeto é alterado pelo presente Suplemento, a fim de adaptar o mesmo à
informação exigida pelo Regulamento Delegado n.º 486/2012 da Comissão, que modifica o
Regulamento (CE) n.º 809/2004. O Resumo determina o seguinte
I. RESUMO
Os elementos de informação do presente resumo (o “Resumo”) estão divididos em cinco secções (A a E) e
numerados consecutivamente dentro de cada secção, de acordo com a numeração exigida no Apêndice
XXII do Regulamento CE nº 809/2004 da Comissão, de 29 de abril de 2004, relativo à aplicação da
Diretiva 2003/71/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, quanto à informação contida nos prospetos
bem como ao formato, à incorporação por referência, à propaganda dos citados prospetos e à difusão de
publicidade. Os números omitidos neste Resumo referem-se a elementos de informação previstos,
nesse Regulamento, para outros modelos de prospeto. Por outro lado, os elementos de informação
exigidos para este modelo de prospeto, mas não aplicáveis pelas caraterísticas da operação ou do
emitente, são mencionados como “não aceite”.
Secção A – Introdução
A.1 Aviso
- este resumo deve ser lido como introdução ao prospeto;
- qualquer decisão de investir nos títulos deve estar baseada na aceitação, por
parte do investidor, do prospeto no seu conjunto;
- quando for apresentado perante o tribunal um processo sobre a informação
contida no prospeto, o investidor autor da ação poderá, em virtude do Direito
nacional dos Estados-Membros, ter que assumir as despesas da tradução do
prospeto, antes de ser dado início ao procedimento judicial;
- a responsabilidade civil só será exigida às pessoas que tenham apresentado o
resumo, incluindo qualquer tradução do mesmo, e somente quando o resumo for
enganoso, inexato ou incoerente em relação às demais partes do prospeto, ou não
proporcione, lido juntamente com as outras partes do prospeto, informação
fundamental para ajudar os investidores na altura de decidirem se investem ou
não nesses títulos.
A.2 Informação sobre
intermediários
financeiros
Não aceite. A Sociedade não outorgou consentimento a nenhum intermediário
financeiro para a utilização do Prospeto na venda posterior ou colocação final dos
títulos.
Secção B – Emitente
B.1 Nome Legal e
comercial do
Emitente
Bankinter, S.A., (doravante designado “Bankinter“, o “Banco“ ou o “Emitente“).
NIPC: A-28157360.
B.2 Domicílio e forma
jurídica do emitente
Sede social: Paseo de la Castellana, nº 29. Madrid.
Encontra-se inscrito no Registo Comercial de Madrid, no Volume 1857, do Livro 0,
Folha 220, Secção 3ª, página 9643, inscrição 1ª.
B.3 Descrição das
operações do
emitente em curso e
as suas principais
atividades
O Grupo Bankinter está dividido entre Banca Comercial (engloba os segmentos de
Banca Particulares, Banca Pessoal, Banca Privada e Finanças Pessoais), Banca de
Empresas (oferece um serviço especializado procurado pelas grandes empresas,
assim como pelo setor público e pelas pequenas e médias empresas) e
adicionalmente, o Banco é a empresa-mãe de um grupo de instituições
dependentes, que se dedicam a atividades diversas, entre as quais se destaca o
negócio segurador e o financiamento ao consumo, realizado através do Bankinter
Consumer Finance e da Línea Directa Aseguradora (LDA).
a) Banca Comercial.
Neste setor, no negócio de Banca Privada, especialmente estratégico para o
banco, o património dos clientes deste segmento alcança os 35.000 milhões
de euros a 31 de dezembro de 2017, mais 12% do que a 30 de dezembro de
2016.
No fecho de 2017, a margem bruta da Banca Comercial aumentou 12,24%
em relação ao fecho do exercício de 2016.
Evolução da margem bruta do segmento de Banca Comercial:
Milhares
de euros 31/12/17 31/12/16 Dif. 12/16-12/17%
Banca
Comercial 510.256 454.597 12,24
A Banca Comercial representa 27,56% do total da margem bruta do Grupo
Bankinter em dezembro de 2017 (27,18% em dezembro de 2016).
b) Banca de Empresas.
A Banca de Empresas continua a realizar o maior contributo para a margem
bruta do banco, com 30%. Conforme tem ocorrido nos últimos anos, o
Bankinter voltou a aumentar o saldo da sua carteira de crédito às empresas,
que ascende a 22.900 milhões de euros, 5,2% mais do que em dezembro de
2016.
Evolução da margem bruta do segmento de Banco de Empresas:
Milhares
de euros 31/12/17 31/12/16 Dif. 12/16-12/17%
Banco
Empresas 555.903 532.020 4,49
A Banca de Empresas representa 30,03% do total da margem bruta do Grupo
Bankinter em dezembro de 2017 (29,62% em dezembro de 2016).
c) Bankinter Consumer Finance.
Dentro do negócio de consumo, operado através da filial Bankinter
Consumer Finance, é de destacar o número de clientes, que, no fecho de
2017, alcançava 1,1 milhões, 28% acima dos existentes há um ano, com um
investimento em torno dos 1.500 milhões de euros em dezembro de 2017
(mais 42% do que em dezembro de 2016).
Evolução da margem bruta do segmento do Bankinter Consumer Finance:
Milhares
de euros 31/12/17 31/12/16 Dif. 12/16-12/17%
Bankinter
Consumer F. 159.704 121.189 31,78
A margem bruta proporcionada por esta filial do Grupo, representa 7,18% da
mesma em dezembro de 2017 (8,330% em dezembro de 2016).
d) LDA (Línea Directa Aseguradora).
Relativamente a Línea Direta, no fecho de dezembro de 2017, as apólices
totais ascendem a um total de 2,79 milhões e um montante em prémios de
797 milhões de euros, 8% mais que a 31 de dezembro de 2016.
No que diz respeito à margem bruta gerada pela LDA no exercício de 2017,
esta representa um aumento de 9,57% em relação ao mesmo período de
2016.
Evolução da margem bruta da LDA:
Milhares
de euros 31/12/17 31/12/16 Dif. 12/16-12/17%
Línea Directa 393.741 359.358 9,57
O contributo da LDA para a margem bruta do Grupo Bankinter é de 21,26%,
em dezembro de 2017.
O resto da margem bruta é gerado pelo Centro Empresarial e Mercado de Capitais,
que inclui determinados gastos e receitas não atribuídos à Banca Comercial,
Banca de Empresas e LDA, e pelo recente início da atividade em Portugal,
desenvolvida através da sucursal Bankinter Portugal.
Em relação ao Bankinter Portugal, os recursos retalhistas alcançaram, em 31 de
dezembro os 3.600 milhões de euros, um valor similar ao de há um ano. O
investimento de crédito ascende a 4.800 milhões de euros, com 6% de
crescimento no mesmo período. A margem bruta desta filial encerrou o exercício
de 2017 em 133 milhões de euros.
Em seguida, indica-se a evolução da margem bruta do Centro Empresarial,
Mercado de Capitais e Bankinter Portugal:
Milhares de euros 31/12/17 31/12/16 Dif 12/16-12/17 %
Mercado de Capitais 230.794 90.227 47,45
Centro Empresarial -132.074 -80.380 -64,31
BK Portugal 133.037 90.227 47,75
B.4a Tendências recentes
mais significativas
que afetem o
Emitente
O ciclo expansivo manteve-se durante o último trimestre de 2017, no caminho do
fortalecimento, sustentado pela atividade económica e pela criação de emprego
nos países desenvolvidos. Destaque para a área do euro, cujo crescimento
acelerou: o Produto Interno Bruto cresceu 2,8% no fecho do terceiro trimestre de
2017 e o dinamismo do Estados Unidos aumentou, com um avanço de 2,3% no
PIB. O dinamismo da procura interna, o aumento consistente do investimento
empresarial e a redução gradual do desemprego (8,7% em novembro contra 8,9%
em setembro) foram fatores-chave.
Apesar de um contexto político com algumas complicações na Europa, este
elemento não travou a inércia das principais economias. Assim, o crescimento
ganhou tração, como mostra a subida do PIB em Espanha no fecho do terceiro
trimestre (+3,1%), na Alemanha (+2,8%), Itália (+1,7%) e França (+2,3%). Esta
evolução mostra que determinadas variáveis geoestratégicas e incertezas
políticas estão a perder influência. Nos Estados Unidos, Donald Trump conseguiu
a aprovação da reforma fiscal e os indicadores macroeconómicos refletem uma
robustez no consumo, o setor industrial registou uma recuperação após os
furacões de agosto e setembro e o emprego está a melhorar, como demonstra a
taxa de desemprego: em 4,1% em dezembro.
As economias emergentes beneficiam de uma recuperação das matérias-primas e
uma debilidade do dólar. A China registou um crescimento de 6,8% no terceiro
trimestre de 2017, de acordo com os números publicados. A Índia encaixou
importantes reformas estruturais e fiscais com uma generosa expansão de 6,3%
no terceiro trimestre. O Brasil consolidou taxas de crescimento positivas, com um
aumento do PIB de 1,4%, com a difícil gestão do défice fiscal e da dívida.
Na frente macroeconómica, os resultados empresariais foram bons e o BPA
(Lucro por ação) médio do índice S&P 500 subiu 6,90%, mesmo com o ajuste à
desvalorização das seguradoras face aos furacões. É de notar que a referida
melhoria deverá ser consistente a médio prazo, tendo em conta as estimativas
para o quarto trimestre que apontam para um aumento de 11% nos lucros
empresariais.
Esta conjuntura macro e microeconómica verifica-se num cenário de baixa
inflação (1,4% na área do euro e 2,1% nos EUA) e de baixas taxas de juro. Os
mercados conhecem o roteiro dos bancos centrais para normalizar as políticas
monetárias, sem travar a expansão. A Reserva Federal aumentou as taxas de juro
em dezembro, pela terceira vez no ano (25 pontos base, para 1,25%-1,50%) e
manteve a orientação de continuar a aumentar a taxa diretora gradualmente até
aos 2%, com Jerome Powell nos comandos. O BCE anunciou uma redução no
volume de compra de ativos (APP) até 40 mil milhões de euros mensais (contra
60 mil milhões de euros anteriores) no início de 2018 e um prolongamento
temporal do Estímulo Quantitativo entre seis e nove meses, a partir de dezembro
de 2017.
No mercado de divisas, o euro valorizou face ao dólar, de 1,181 em setembro para
1,200 no fecho do exercício.
A força da moeda única não travou o crescimento na área do euro, mas não deixa
de ser um risco para os próximos meses na perspetiva de perda de
competitividade e recuperação de preços. Por seu lado, a libra – ainda que com
menos oscilações que em trimestres anteriores (0,888/€ em dezembro face a
0,882/€ em setembro) – continua debilitada pelos escassos avanços nas
negociações do Brexit e pela deterioração da atividade económica no Reino
Unido. Definitivamente, o quarto trimestre de 2017 pôs fim a um ano no qual as
bolsas valorizaram (reavaliações acumuladas em 2017: S&P500 +25,1%;
EuroStoxx50 +6,5%; Ibex35 +7,5%; Hang Seng +26%; Sensex +27,9%; Bovespa
+26,9%; Nikkei +19,1% e MSCI World +20,1%) e as obrigações mantêm TIR
reduzidas (0,43% TIR da Bund no fecho de dezembro).
Isto deveu-se a três motivos principais: o ciclo económico confirmou uma clara
expansão; a normalização das políticas monetárias muito permissivas dos bancos
centrais – como referido anteriormente – foi e continuará a ser extremamente
lenta e, como a enorme liquidez que flui no mercado e na economia pressiona
constantemente os preços dos ativos mais seguros (ou menos inseguros) face à
escassez de alternativas de investimento.
B.5 Grupo do Emitente
O Bankinter, S.A. é a principal sociedade de um conjunto de sociedades, todas
relacionadas, em maior ou menor medida, com o setor financeiro.
B.6 Na medida em que o
emitente tenha
conhecimento do
nome de qualquer
pessoa que tenha
interesse declarado
À data da inscrição do presente prospeto, os acionistas significativos com uma
participação superior a 3% da capital social do Bankinter são:
SIGNIFICATIVOS + 3% DIRETAS INDIRETAS
TOTAL %
JAIME BOTÍN SANZ DE SAUTUOLA 10.061 205.603.002 (*) 205.613.063 22,875%
no capital ou nos
direitos de voto do
emitente.
STANDARD LIFE ABERDEEN PLC 0 44.515.843 44.515.843 4,952%
CORPORACIÓN MASAVEU, S.A.(1) 44.959.730 0 44.959.730 5,002%
BLACKROCK INC. 0 32.795.447 32.795.447 3,649 %
(*) Identifica-se a pessoa singular ou coletiva, titular direto das ações, sempre que os direitos de voto
alcancem ou ultrapassem 3% ou 1% se o titular tiver a sua residência num paraíso fiscal. Entre os
titulares indiretos de Jaime Botín Sanz de Sautuola, que ultrapassa de forma direta 3%, está a sociedade
Cartival, S.A., Vice-Presidente Executivo da Sociedade: 205.596.084 ações (22,873%).
(1) Fernando Masaveu Herrero, foi nomeado a pedido do acionista significativo
Corporación Masaveu, S.A.
(2) Standard Life Investments LTD e Blackrock INC são sociedades gestoras de fundos de investimento.
O Bankinter não tem conhecimento da existência de nenhuma pessoa singular ou
coletiva que exerça ou possa exercer controlo sobre o banco nos termos do artigo 5
do Real Decreto-lei 4/2015, de 23 de outubro, pelo qual se aprova o texto
reformulado da Lei do Mercado de Valores.
B.7 Informação financeira fundamental histórica relativa ao Emitente.
A seguir mostram-se os dados consolidados mais significativos do Grupo Bankinter, S.A. no fecho dos três últimos
exercícios auditados, os quais foram elaborados segundo a Circular 4/2016, de 27 de abril, pela qual se modifica a
Circular 4/2004, de 22 de dezembro, sobre normas de informação financeira pública e reservada, e modelos de
demonstrações financeiras.
Balanço - Circular 4/16(milhares de euros)
Milhares de Euros
31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015
12-17/12-16
(1) (1) (2)
Numerário, saldos de caixa em bancos centrais e outros depósitos à ordem 5.594.779 3.556.750 1.448.882 57,30
Ativos financeiros detidos para negociação 2.734.699 2.676.719 4.473.638 2,17
Derivados 268.303 386.897 356.041 - 30,65
Instrumentos de capital próprio 87.942 62.901 34.764 39,81
Títulos representativos de dívida 888.154 1.042.163 2.264.761 - 14,78
Empréstimos e adiantamentos 1.490.300 1.184.758 1.818.072 25,79
Instituições de crédito 1.480.161 1.031.734 1.009.596 43,46
Clientes 10.139 153.024 808.476 - 93,37
Pró-memória: emprestados ou em garantia 891.024 948.175 1.790.311 - 6,03
Ativos financeiros designados pelo justo valor por via dos resultados 0 0 57.209 0
Instrumentos de capital próprio 0 0 57.209 0
Pró-memória: emprestados ou em garantia 0 0 0 0
Ativos financeiros disponíveis para venda 4.575.214 4.140.057 3.530.153 10,51
Instrumentos de capital próprio 187.102 178.550 153.145 4,79
Títulos representativos de dívida 4.388.112 3.961.507 3.377.008 10,77
Pró-memória: emprestados ou em garantia 464.028 112.207 460.940 313,55
Empréstimos e contas a receber 53.863.211 52.816.104 44.955.793 1,98
Títulos representativos de dívida 357.056 499.004 446.230 - 28,45
Empréstimos e adiantamentos 53.506.155 52.317.100 44.509.563 2,27
Instituições de crédito 355.001 1.132.327 326.930 - 68,65
Clientes 53.151.154 51.184.773 44.182.633 3,84
Pró-memória: emprestados ou em garantia 1.460.212 1.743.051 294.267 - 16,23
Investimentos detidos até à maturidade 2.591.774 2.019.546 2.404.757 28,33
Pró-memória: emprestados ou em garantia 658.144 118.132 0 457,13
Derivados – contabilidade de coberturas 241.074 217.854 160.073 10,66
Alterações no justo valor dos elementos cobertos de uma carteira com cobertura do risco de
taxa de juro -3.563 -1.889 0
88,62
(1) Demonstrações auditadas
(2) Demonstrações de 2015 não auditadas mas reexpressas nas contas anuais 2016
Milhares de Euros
31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015
12-17/12-16
(1) (1) (2)
Passivos financeiros detidos para negociação 1.993.190 2.195.816 3.769.080 - 9,23
Derivados 321.625 461.494 464.958 - 30,31
Posições curtas 751.508 852.366 1.573.676 - 11,83
Depósitos 920.057 881.956 1.730.446 4,32
Instituições de crédito 65.877 63.687 735.427 3,44
Clientes 854.180 818.269 995.019 4,39
Passivos financeiros designados pelo justo valor por via dos resultados 0 0 0 0
Passivos financeiros a custo amortizado 63.274.666 59.338.635 49.836.994 6,63
Depósitos 53.135.951
48.788.810 37.630.699 8,91
Bancos centrais 6.500.608
4.750.000 3.017.983 36,85
Instituições de crédito 2.120.624
1.472.287 1.792.316 44,04
Clientes 44.514.719
42.566.523 32.820.400 4,58
Títulos representativos de dívida emitidos 8.187.472
8.915.470 11.079.445 - 8,17
Outros passivos financeiros 1.951.243
1.634.355 1.126.850 19,39
Pró-memória: Passivos subordinados 1.163.653
675.913 594.563 72,16
Derivados - contabilidade de coberturas 45.986 109.154 11.489 - 57,87
Alterações no justo valor dos elementos cobertos de uma carteira com cobertura
do risco de taxa de juro -9.736 0 0 0
Passivos garantidos por contratos de seguros 737.571 683.659 630.983 7,89
Provisões 205.771 153.707 95.868 33,87
Pensões e outras obrigações de benefícios definidos pós-emprego 494 13.935 458 - 96,45
Investimentos em empreendimentos conjuntos e associadas 114.586 112.708 39.424 1,67
Instituições associadas 94.993 93.156 38.681 1,97
Instituições multigrupo 19.593 19.552 743 0,21
Ativos garantidos por contratos de seguro e resseguro 6.361 3.124 2.889 103,62
Ativos tangíveis 495.776 503.716 493.114 - 1,58
Imobilizado material- 420.996 428.671 417.280 - 1,79
De utilização própria 387.428 391.509 395.348 - 1,04
Cedido em locação operacional 33.568 37.162 21.932 - 9,67
Investimentos imobiliários 74.780 75.045 75.834 - 0,35
Das quais cedidas em locação operacional 74.780 75.045 75.834 - 0,35
Pró-memória: adquirido em locação financeira 0 0 0 0
Ativo intangível 255.878 245.063 266.693 4,41
Goodwill 164.113 164.113 164.113 -
Outro ativo intangível 91.765 80.950 102.580 13,36
Ativos por impostos 422.450 384.861 348.238 9,77
Ativos por impostos correntes 234.272 219.615 201.391 6,67
Ativos por impostos diferidos 188.178 165.246 146.847 13,88
Outros ativos 214.987 204.833 160.660 4,96
Contratos de seguros de pensões 0 93 343 - 100,00
Outros 214.987 204.740 160.317 5,00
Existências 0 0 0 0
Ativos não correntes e grupos de alienáveis de elementos que tenham sido classificados
como detidos para venda 225.425 303.021 318.287
- 25,61
TOTAL ATIVO 71.332.651 67.182.467 58.659.810 6,18
Questões processuais e litígios por impostos em dívida 98.228 95.029 83.160 3,37
Compromissos e garantias concedidas 21.511 28.541 8.312 - 24,63
Restantes provisões 85.538 16.202 3.938 427,95
Passivos por impostos 352.009 346.391 314.940 1,62
Passivos por impostos correntes 184.155 169.710 172.949 8,51
Passivos por impostos diferidos 167.854 176.681 141.991 - 5,00
Capital social reembolsável à vista 0 0 0 0!
Outros passivos 376.054 257.729 202.279 45,91
Passivos incluídos em grupos alienáveis de elementos que tenham sido
classificados como detidos para venda 0 0 0 0
TOTAL PASSIVO 66.975.511 63.085.091 54.861.633 6,17
(1) Demonstrações auditadas
(2) Demonstrações de 2015 não auditadas mas reexpressas nas
contas anuais 2016
Milhares de Euros
31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015
12-17/12-16
(1) (2)
FUNDOS PRÓPRIOS 4.249.619 3.987.518 3.689.436 6,57
Capital 269.660 269.660 269.660 -
Prémio de emissão 1.184.265 1.184.265 1.184.268 -
Outros elementos de património líquidos 10.161 6.462 1.339 57,24
Ganhos acumulados 2.445.819 2.158.104 1.964.596 13,33
Reservas de revalorização 15.312 23.198 31.087 - 33,99
Outras reservas -6.815 -5.471 738 24,57
(-) Ações próprias -813 -132 -988 515,91
Resultado atribuível aos proprietários da empresa-mãe 495.207 490.109 375.920 1,04
(-) Dividendos -163.177 -138.677 -137.184 17,67
OUTRO RESULTADO GLOBAL ACUMULADO 107.521 109.858 108.741 - 2,13
Elementos que não devem ser reclassificados nos resultados 30 1.347 1.288 - 97,77
Ganhos ou (-) perdas atuariais em planos de pensões de benefícios definidos 30 1.347 1.288 - 97,77
Elementos que podem ser reclassificados nos resultados 107.491 108.511 107.453 - 0,94
Conversão de divisas 108 590 302 - 81,69
Derivados de cobertura. Coberturas de fluxos de caixa [parte efetiva] 1.320 -636 -3.639 - 307,55
Ativos financeiros disponíveis para venda 101.099 103.864 107.084 - 2,66
Instrumentos de dívida 97.182 96.485 99.548 0,72
Instrumentos de capital próprio 3.917 7.379 7.536 - 46,92
Participação noutras receitas e despesas reconhecidas em investimentos em
empreendimentos conjuntos e associadas 4.964 4.693 3.706
5,77
TOTAL DO PATRIMÓNIO LÍQUIDO 4.357.140 4.097.376 3.798.177 6,34
TOTAL DO PATRIMÓNIO LÍQUIDO E PASSIVO 71.332.651 67.182.467 58.659.810
6,18
(1) Demonstrações auditadas
(2) Demonstrações de 2015 não auditadas mas reexpressas nas contas anuais 2016
Em relação ao balanço da Bankinter, os ativos totais já consolidados (incluindo o negócio de Portugal) ascendem,
no fecho de 2017, a 71.332.651 milhões de euros, o que representa mais 6,18% do que em dezembro de 2016.
Os empréstimos e rubricas a receber situam-se nos 53.863.211 milhões de euros, mais 1,98% do que em
dezembro de 2016.
Em relação aos Depósitos em clientes, ascendiam a uma soma de 44.514.719 milhões de euros, o que representa
mais 4,58% do que em dezembro de 2016.
Demonstração de resultados do Emitente, resumidas a 31 de dezembro de 2017, 31 de dezembro de 2016 e 31
de dezembro de 2015 (auditadas).
RESULTADOS COMPARATIVOS
31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015
(1) (2)
Milhares de Euros
Receitas por juros 1.288.805 1.271.458 1.283.765
Gastos por juros -226.810 -292.441 -414.311
Margem Financeira 1.061.995 979.017 869.454
Receitas por dividendos 6.993 10.253 6.681
Resultados de instituições avaliadas pelo método da participação 25.186 22.093 18.223
Receitas por comissões 528.768 470.849 437.604
Gastos por comissões -105.278 -91.740 -80.275
Ganhos ou perdas a abater em contas de ativos e passivos financeiros não avaliados pelo justo
valor com alterações em resultados, líquidos 38.111 55.770 57.883
Ganhos ou perdas por ativos e passivos financeiros mantidos para negociar, líquidos 21.439 15.085 12.360
Ganhos ou perdas por ativos e passivos financeiros designados pelo justo valor com alterações
em resultados, líquidos 0 1.357 -3.183
Ganhos ou perdas resultantes da contabilidade de coberturas, líquidos -67 -387 -909
Diferenças de câmbio, líquidas 2.097 -376 5.500
Outras receitas de exploração 40.429 30.478 26.752
Outros gastos de exploração -119.634 -91.510 -88.572
Receitas de ativos ao abrigo de contratos de seguro ou resseguro 776.784 715.976 669.031
Gastos de passivos ao abrigo de contratos de seguro ou resseguro -425.507 -399.476 -361.734
Produto Bancário 1.851.316 1.717.389 1.568.815
Gastos de administração -883.526 -843.353 -699.401
Despesas de pessoal -498.494 -462.693 -393.459
Outros gastos de administração -385.032 -380.660 -305.942
Amortização -60.945 -58.893 -61.653
Provisões ou reversão de provisões -53.215 -38.611 -25.254
Imparidade do valor ou reversão da imparidade do valor de ativos financeiros não avaliados
pelo justo valor com alterações em resultados -148.571 -168.875 -189.301
Ativos financeiros disponíveis para venda -1.394 -16.308 -10.322
Empréstimos e contas a receber -147.177 -152.567 -178.979
Resultado de exploração antes de provisões 705.059 607.657 593.206
Imparidade do valor ou reversão da imparidade do valor de ativos não financeiros 275 -17.489 -442
Ativos tangíveis 929 0 -151
Ativos intangíveis 0 -17.174 0
Outros -654 -315 -290
Ganhos ou perdas a abater em contas de ativos não financeiros e participações, líquidos -1.201 -703 -2.001
Goodwill negativo reconhecido em resultados 0 145.140 0
Ganhos ou perdas procedentes de ativos não correntes e grupos alienáveis de elementos
classificados como mantidos para venda não admissíveis como atividades descontinuadas -27.010 -57.893 -70.433
Ganhos ou Perdas antes de impostos procedentes das atividades continuadas 677.123 676.712 520.330
Gastos ou receitas por impostos sobre os ganhos das atividades continuadas -181.916 -186.603 -144.410
Ganhos ou Perdas depois de impostos procedentes das atividades continuadas 495.207 490.109 375.920
RESULTADO DO PERÍODO 495.207 490.109 375.920
Os dados dos exercícios de 2016 e 2015 apresentam-se para efeitos comparativos.
(1) Demonstrações auditadas
(2) Demonstrações de 2015 não auditadas mas reexpressas nas contas anuais 2016
Rácios significativos do Emitente em 31 de dezembro de 2017, 31 de dezembro de 2016 e 31 de dezembro de
2015 (auditados):
RÁCIOS SIGNIFICATIVOS
31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015
Rácios
Índice de incumprimento %* 3,45% 4,01% 4,13%
Índice de cobertura do incumprimento (%)* 44,53% 49,23% 41,99%
Rácio de eficiência* 51.02% 52,54% 48,51%
ROE%* 12,64% 13,48% 10,91%
ROA%* 0,71% 0,78% 0,66%
CET 1 % 11,83% 11,77% 11,77%
Rácio de Capital Total 14,28% 12,58% 12,73%
(*) Encontram-se descritos no Anexo - MEDIDAS ALTERNATIVAS DO RENDIMENTO.
A margem de juros fecha o exercício em 1.062 milhões de euros, o que implica mais 8,48% do que há um ano.
A margem bruta ascende a 1.851,32 milhões de euros, o que significa mais 7,8% do que em igual período de
2016, graças, principalmente, ao bom comportamento das comissões, que aumentaram no seu montante líquido
11,71% em relação ao ano passado.
O resultado de exploração antes de provisões conclui o exercício com 705,1 milhões de euros, mais 16,03% do que
há um ano, e é que apesar de assumir alguns maiores custos operacionais do que no mesmo período de 2016, a
diferença entre receitas e gastos continua a subir a favor dos primeiros e é atualmente superior à de há um ano.
Como resultado, o Bankinter obtém a 31 de dezembro de 2017 um lucro líquido de 495 milhões de euros, e um
lucro antes de impostos de 677 milhões.
No balanço do Bankinter, os ativos totais do Grupo fecham o exercício em 71.332,65 milhões de euros, o que
representa mais 6,18% do que em 31 de dezembro de 2016.
Em relação ao total do investimento de crédito a clientes, alcança os 53.151,15 milhões de euros, mais 3,84% do
que há um ano.
No que se refere à qualidade de ativos do banco, o rácio de incumprimento desceu para 3,45%, face aos 4,01% do
ano anterior. E com uma cobertura sobre o incumprimento de 44,53%.
B.8 Informação
financeira
selecionada
pró-forma,
identificada
como tal.
Não aceite
B.9 Estimativa de
Lucros
O Emitente optou por não incluir estimativa de lucros.
B.10 Ressalvas do
relatório de
auditoria
sobre
informação
Os relatórios de auditoria para os períodos 2017, 2016 e 2015 não contêm ressalvas
nem parágrafos de ênfase.
financeira
histórica
B.17 Notação de
crédito do
Emitente.
Não houve avaliação do risco inerente aos presentes títulos, efetuada por qualquer
instituição classificadora.
O Bankinter tem atribuídos os seguintes ratings para as suas emissões a longo e curto
prazo pelas agências de classificação de riscos de crédito a seguir indicadas:
Agência Data última
revista Longo Prazo
Curto
Prazo Perspetiva
Moody´s Investors
Service España Junho 2015* Baa2 P-2 Estável
Standard & Poor´s Credit
Market Services Europe
Limited
fevereiro 2017 BBB A-2 Positiva
DBRS Rating limited UK Julho 2017 A (low) R-1 (low) Estável
* A última revisão da Moody´s é de 14 de novembro de 2017. Não obstante, mantém-se a data de
junho de 2015 por não se ter modificado o rating desde esta data.
As agências de notação mencionadas anteriormente foram registadas de acordo com o
previsto no regulamento (CE) nº1060/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16
de setembro de 2009, sobre agências de notação de crédito.
Secção C – Títulos
C.1 Tipo e Classes
de títulos
oferecidos.
(manter no
resumo da
emissão
individual
apenas o que
for aplicável)
Títulos da Dívida e Obrigações Simples [Ordinários / Não Preferenciais]: são títulos que
representam uma dívida não subordinada para o seu emitente, geram juros e são
reembolsáveis por amortização antecipada ou no vencimento. Não têm garantias reais
nem de terceiros, estando o capital e os juros dos títulos garantidos pelo património
universal do emitente.
Títulos de Dívida e Obrigações Subordinadas: são títulos que representam uma dívida
para o seu emitente, auferem juros e são reembolsáveis por amortização antecipada ou
no vencimento, podendo negociar-se em mercados nacionais e/ou estrangeiros. As
emissões de Títulos de Dívida e Obrigações subordinadas realizadas pelo BANKINTER
não estarão em nenhum caso garantidas. O BANKINTER responderá com todo o seu
património presente e futuro pelo reembolso do capital e do pagamento dos juros dos
Títulos de Dívida e Obrigações Subordinadas. Ao abrigo do presente Prospeto Base
poderão emitir-se Títulos da Dívida e Obrigações Subordinadas Sénior e Títulos da Dívida
e Obrigações Subordinadas de Nível 2 (“Tier 2”). As emissões de Títulos da Dívida e
Obrigações Subordinadas de Nível 2 (Tier 2) serão realizadas de acordo com os requisitos
previstos no artigo 63 do Regulamento 573/2013 e/ou em quaisquer outras normas
aplicáveis em cada momento para efeitos de quantificação desses títulos como capital de
nível 2 do Emitente e/ou do seu grupo.
Obrigações Hipotecárias: são títulos que representam uma dívida para o seu emitente,
geram juros e são reembolsáveis por amortização antecipada ou no vencimento, que são
emitidos com a garantia da carteira de empréstimos concedidos com garantia
hipotecária de imóveis pela sociedade emitente que não estejam afetos a emissões de
obrigações e/ou participações hipotecárias, nem fundos de titularização, conforme a
legislação em vigor para o efeito e com a garantia dos ativos de substituição e dos fluxos
económicos gerados pelos instrumentos financeiros derivados associados a cada
emissão, caso os mesmos existam.
Obrigações Territoriais: são títulos que representam uma dívida para o seu emitente,
geram juros e são reembolsáveis por amortização antecipada ou no vencimento, que são
emitidos com a garantia da carteira de empréstimos e créditos concedidos pela
instituição emitente a) para o Estado, Comunidades Autónomas, Autarquias Locais, bem
como para organismos autónomos e instituições públicas empresariais dependentes dos
mesmos, b) para administrações centrais, administrações regionais, autoridades locais,
bem como para organismos autónomos, instituições públicas empresariais e outras
instituições de natureza idêntica do Espaço Económico Europeu que não pertençam ao
Estado espanhol, sempre que esses empréstimos não estejam associados ao
financiamento de contratos de exportação de bens e serviços nem à internacionalização
de empresas, em conformidade com o previsto na Lei 44/2002, de 22 de novembro, de
Medidas de Reforma do Sistema Financeiro.
Títulos de Dívida e Obrigações Estruturadas: são títulos cuja rentabilidade está associada
à evolução de um ou mais subjacentes (ações, índices, matérias-primas, divisas,
certificados, futuros, Instituições de Investimento Coletivo, etc.). Com base nesta
evolução, os títulos poderão amortizar-se ao par, por um montante superior ou por um
montante inferior e, portanto, poderão dar lugar a rendimentos negativos. Os Títulos de
Dívida e Obrigações Estruturadas integram uma estrutura complexa que, em muitos
casos, implica operar com derivados. Operar com derivados requer conhecimentos
técnicos adequados.
Código ISIN: [ ] (completar conforme as Condições Finais).
Representação dos títulos: através de títulos escriturais.
Fungibilidade: os títulos que forem emitidos poderão ter a consideração de fungíveis
com outra ou outras emissões anteriores de títulos de igual natureza. (completar
conforme as Condições Finais)
C.2 Moeda da
Emissão
A emissão está denominada em [--] (conforme determinado nas Condições Finais).
C.3 Número de
ações emitidas
e
desembolsada
s totalmente,
bem como as
emitidas e não
desembolsada
s na sua
totalidade.
O capital social é de DUZENTOS E SESSENTA E NOVE MILHÕES, SEISCENTOS E
CINQUENTA E NOVE MIL, OITOCENTOS E QUARENTA E SEIS EUROS E VINTE CÊNTIMOS
(269.659.846,20 euros), representado por OITOCENTAS E NOVENTA E OITO MILHÕES,
OITOCENTAS E SESSENTA E SEIS MIL, CENTO E CINQUENTA E QUATRO (898.866.154)
ações, de 0,30 euros de valor nominal cada uma, da mesma classe e série, representadas
por intermédio de títulos escriturais, subscritas e realizadas na sua totalidade.
C.5 Descrição de
qualquer
restrição à livre
transmissão
dos títulos.
Em conformidade com a legalidade em vigor, não há nenhuma restrição à livre
transmissão dos títulos que é previsto emitir, sem prejuízo das limitações que possam
resultar derivadas das regras aplicáveis nos países onde se irá realizar a oferta em cada
caso.
C.7 Descrição da
política de
dividendos.
A data de distribuição de dividendos será afixada pela Assembleia Geral ou, no caso de
dividendos por conta, pelo Conselho de Administração. O Bankinter, S.A. estabeleceu
um sistema de pagamentos trimestrais de dividendos em janeiro, abril, julho e outubro
de cada ano.
O detalhe dos dividendos distribuídos com débito a resultados de 2016, 2015 e 2014 é o
seguinte, excluindo ações próprias em poder do banco:
milhares de euros 2016 2015 2014
Dividendo pago 200.000 187.960 137.944
Número de ações médio 898.866.154 898.472.181 897.291.214
Dividendo por ação (em €) 0,223 0,209 0,154
Variação DPA 6,38% 36,08% 123,57%
Rentabilidade por Dividendo
(*)
3,02% 3,20% 2,29%
Em 28 de junho de 2017, 27 de setembro de 2017 e 29 de dezembro de 2017, o
Bankinter pagou o primeiro, segundo e terceiro dividendo por conta dos resultados do
exercício de 2017 num montante líquido de 0,04791180 (0,05915037 euros/bruto),
0,04915513 (0,06068535 euros/bruto) e 0,4998994 (0,06171597 euros/bruto) euros,
respetivamente.
*A Rentabilidade por Dividendo é calculada como a percentagem que representa o
dividendo por ação pago sobre o preço da ação no fecho do período. No ano de 2016,
como a cotação de fecho foi 7,36 €/ação, o cálculo foi:
Dividendo por ação (em €) / Cotação da ação no fecho do exercício
0,223 / 7,36 = 3,02%
C.8 Descrição dos
direitos
associados aos
títulos, ordem
de prioridade e
limitações.
Conforme a legislação em vigor, os títulos não terão, para o investidor que os adquira,
qualquer direito de voto presente e/ou futuro sobre o Bankinter.
Os direitos económicos e financeiros, para o investidor associado à aquisição e posse dos
mesmos, serão os derivados das condições da taxa de juro, rendimentos e preços de
amortização com que sejam emitidos e que se resumem no ponto C.9 do presente
Resumo.
Os títulos emitidos sob este prospeto, não têm a cobertura do Fundo de Garantia de
Depósitos. Ordem de Prelação:
Títulos de Dívida e Obrigações Simples Ordinárias (excluindo as não preferenciais),
Títulos de Dívida e Obrigações Estruturadas: constituem obrigações não subordinadas e
não garantidas do Emitente e situam-se, (conforme a Lei de Insolvências, para efeitos de
prelação de créditos em caso de insolvência do Emitente, e desde que os seus detentores
não sejam considerados “pessoas especialmente relacionadas” com o Emitente de acordo
com o artigo 93 da Lei de Insolvências): (a) abaixo dos credores com privilégio, quer
especial ou geral, que à data de pedido de insolvência tenha reconhecido o BANKINTER
conforme a classificação e ordem de prelação de créditos estabelecidos nos artigos 90 e
91 da Lei de Insolvências e no ponto 1 da disposição adicional décima quarta da Lei
11/2015, assim como daqueles créditos contra a massa falida em conformidade com o
artigo 84 da Lei de Insolvências; (b) igual (pari passu) que os restantes créditos
ordinários do BANKINTER; e (c) à frente dos créditos ordinários não preferenciais, dos
créditos subordinados, sejam instrumentos de capital de nível 2 (Tier 2) ou não, de
capital de nível 1 ou de nível 1 adicional (ações, títulos de participação preferenciais,
títulos necessariamente convertíveis em ações ou “CoCos”) e de quaisquer outros
instrumentos cuja prelação de crédito seja inferior à dos créditos ordinários. (Manter apenas no caso de títulos de dívida e obrigações simples ordinários e
estruturados)
Títulos da Dívida e Obrigações Simples Não Preferenciais: constituem obrigações não
subordinadas e não garantidas do Emitente e situam-se em conformidade com a
Disposição Adicional 14 da Lei 11/2015: (a) atrás dos credores com privilégio, quer seja
especial ou geral, do BANKINTER previstos nos artigos 90 e 91 da Lei espanhola de
Insolvências e do resto dos créditos ordinários do BANKINTER reunidos no artigo 89.3
da Lei espanhola de Insolvências; (b) no mesmo nível que o resto dos créditos ordinários
não preferenciais do BANKINTER que sejam quantificados como tal de acordo com as
normas aplicáveis; e (c) à frente dos créditos subordinados do BANKINTER, sejam
instrumentos de capital de nível 2 (Tier 2) ou não, do capital de nível 1 ou de nível 1
adicional (ações, participações preferenciais, títulos necessariamente convertíveis em
ações ou “CoCos”) e de quaisquer outros instrumentos cuja prelação de crédito seja
inferior à dos créditos ordinários não preferenciais.
(Manter só no caso de títulos da dívida e obrigações simples não preferenciais)
Títulos de Dívida e Obrigações Subordinadas: constituem obrigações subordinadas e
não garantidas do Emitente, conforme a Lei de insolvência e a Disposição Adicional
Décima Quarta da Lei 11/2015, para efeitos de prelação de créditos em caso de
insolvência do Emitente.
a) Os Títulos da Dívida e Obrigações Subordinada (não quantificável como Tier 2),
os detentores de títulos da dívida e obrigações subordinadas situar-se-ão (i)
atrás de todos os credores com privilégio, credores ordinários e credores
ordinários não preferenciais que à data tenha o emitente; (ii) ao mesmo nível
que as obrigações por pagamento de capital das diversas emissões de Títulos da
Dívida e Obrigações Subordinadas do Emitente e daquelas obrigações
contratualmente subordinadas do Emitente que não constituam capital de nível
1 adicional nem capital de nível 2 do Emitente; (iii) à frente das obrigações por
pagamento de capital dos títulos que sejam considerados instrumentos de
capital de nível 2 (o que incluiria os Títulos da Dívida e Obrigações Subordinadas
de Nível 2 ou Tier 2), dos quais sejam considerados de instrumentos de capital
de nível 1 ou de nível 1 adicional (ações, participações preferenciais, títulos
necessariamente convertíveis em ações ou “Cocos”) e de quaisquer outros
créditos subordinados que tenham uma ordem de prelação inferior à dos Títulos
da Dívida e Obrigações Subordinadas.
b) Os Títulos da Dívida e Obrigações Subordinadas de Nível 2 (Tier 2), sempre que
sejam considerados instrumentos de capital de nível 2, estarão situados: (i)
atrás de todos os credores com privilégio, credores ordinários e credores
ordinários não preferenciais detidos à data pelo emissor: das obrigações de
pagamento de capital de créditos subordinados que não sejam instrumentos de
capital adicional de nível 1 ou instrumentos de capital de nível 2 (entre os quais
se incluiriam os Títulos da Dívida e Obrigações Subordinadas), assim como de
quaisquer outros créditos subordinados que por lei e/ou pelos seu próprios
termos, se a lei o permitir, tenham nível superior aos Títulos da Dívida e
Obrigações Subordinadas de Nível 2; (ii) ao mesmo nível que as obrigações de
pagamento por capital de qualquer outro instrumento de capital de nível 2 do
Emitente e com outros títulos subordinados que, por lei e/ou pelos seus próprios
termos, se a lei o permitir, tenham o mesmo nível que os Títulos da Dívida e
Obrigações Subordinadas de Nível 2; e (iii) à frente das obrigações de
pagamento por capital dos instrumentos de capital de nível 1 ou de nível 1
adicional (ações, participações preferenciais, títulos necessariamente
convertíveis em ações ou “Cocos”), e quaisquer outros créditos que por lei e/ou
pelos seus próprios termos, se a lei o permitir, tenham nível inferior aos títulos
da dívida e Obrigações Subordinadas de Nível 2.
(Manter apenas no caso de títulos de dívida subordinados e obrigações subordinadas).
Obrigações Hipotecárias: em conformidade com o artigo 14 da Lei 2/1981, de 25 de
março, do Mercado Hipotecário, conferem aos seus detentores o caráter de credores
singularmente privilegiados, com a preferência que assinala o número 3 do artigo 1923
do Código Civil, perante quaisquer outros credores, em relação à totalidade dos créditos e
empréstimos com garantia de hipoteca imobiliária inscrita a favor do Bankinter, salvo
os que sirvam de cobertura às obrigações hipotecárias ou participações hipotecárias ou
fundos de titularização e em relação aos ativos de substituição e aos fluxos económicos
gerados pelos instrumentos financeiros derivados associados à emissão, caso os
mesmos existam. No caso de concurso, os titulares de Obrigações Hipotecárias gozarão
de privilégio especial de cobrança sobre os créditos hipotecários do emitente, em
conformidade com o artigo 90.1.1° da Lei de Insolvência e não gozarão de preferência
entre eles, qualquer que seja a sua data de emissão.
(Manter apenas no caso de cédulas hipotecárias)
Obrigações Territoriais: em conformidade com o artigo 13 da Lei 44/2002, de 22 de
novembro, de Medidas de Reforma do Sistema Financeiro, terão direito preferencial
sobre os direitos de crédito do Emitente face a) ao Estado, as Comunidades Autónomas,
as Entidades Locais, assim como aos organismos autónomos e às entidades públicas
empresariais dependentes dos mesmos, b) a administrações centrais, administrações
regionais, autoridades locais, assim como a organismos autónomos, entidades públicas
empresariais e outras entidades de natureza análoga do Espaço Económico Europeu que
não pertençam ao Estado espanhol, sempre que tais empréstimos não estejam
vinculados ao financiamento de contratos de exportação de bens e serviços nem à
internacionalização de empresas, para a cobrança dos direitos derivados do título que
detêm sobre esses títulos, nos termos do artigo 1.922º do Código Civil. O mencionado
título terá caráter executivo nos termos previstos na Lei do Processo Civil. Em caso de
concurso, os detentores de obrigações territoriais gozarão de privilégio especial de
cobrança sobre os direitos de crédito da instituição emitente em relação às instituições
públicas, de acordo com o artigo 90.1. 1º da Lei de Insolvência. (Manter apenas no caso
de obrigações territoriais).
C.9 Emissão dos
valores, taxa
de juro,
amortização e
representante
dos valores
emitidos.
• Data de Emissão/Desembolso: (incluir conforme se tenha determinado nas
Condições Finais)
• Disposições relativas à taxa de juro: (incluir os elementos de informação contidos
nas secções 7,8,9, 10 u 11 das Condições Finais, conforme for aplicável à emissão
concreta)
• Opções de amortização antecipada ou liquidação antecipada: (incluir apenas
quando houver opções de amortização antecipada e/ou estruturas de liquidação
antecipada. Nesse caso, incluir os elementos que sejam aplicáveis
contidos na secção 12 das Condições Finais)
• Data de amortização final e sistema de amortização: (incluir elementos que sejam
aplicáveis contidos no ponto 13 das Condições Finais)
• Calendário relevante para o calendário de fluxos estabelecidos na emissão:
• TIR para o tomador dos títulos: [ ] (incluir conforme se tenha determinado nas
Condições Finais)
• Representação dos detentores: constituiu-se o sindicato de
obrigacionistas/titulares de cédulas (eliminar o que não proceda conforme se
determine nas Condições Finais) da presente emissão e nomeou-se Comissário do
mesmo a [ ] (completar conforme se determine nas Condições Finais).
• Não se constituiu sindicato de obrigacionistas/titulares de cédulas da presente
emissão (eliminar se nas Condições Finais estiver prevista a constituição de
Sindicato para a emissão concreta de Cédulas Hipotecárias ou Obrigações
Territoriais).
C.10 Instrumentos
derivados
N/A (Quando o rendimento não estiver associado a um subjacente)
Dado que o rendimento dos títulos está associado ao comportamento de um subjacente,
o mesmo não pode ser determinado previamente; portanto os investidores não poderão
conhecer de antemão a rentabilidade do investimento (apenas aplicável quando o
rendimento estiver associado a subjacentes e não se tratar de títulos estruturados).
Ver mais detalhe na secção C.9 anterior (apenas aplicável quando o rendimento estiver
vinculado a subjacentes e não se trate de títulos estruturados).
Ver a secção C.15 posterior (apenas aplicável a títulos estruturados).
C.11 Admissão para
cotação
Solicitar-se-á a admissão a negociação dos títulos objeto de emissão no [Mercado AIAF
de Rendimento Fixo, Mercado AIAF de Rendimento fixo dentro da sua Plataforma do
Sistema Eletrónico de Negociação de Dívida (SEND) / outros] (eliminar o que não for
aplicável). O emitente envidará todos os esforços para que os títulos sejam cotados nesse
mercado no prazo máximo de 30 dias a contar da Data de Desembolso.
C.15 Descrição de
como o valor
do seu
investimento é
afetado pelo
valor do/dos
instrumento/s
subjacente/s.
N/A (Quando as Condições Finais não se refiram a títulos estruturados)
Os títulos estruturados são títulos com risco elevado, já que podem integrar estruturas
complexas, sendo que a sua rentabilidade está associada à evolução de um ou vários
instrumentos subjacentes durante a vida da emissão. Com base nesta evolução, os
títulos poderão ser amortizados ao mesmo tempo, por um montante superior ou por um
montante inferior e, portanto, dar lugar à perda total ou parcial do montante investido.
O investidor não poderá conhecer de antemão qual será a rentabilidade do seu
investimento.
A possibilidade de que o preço de amortização na data de amortização, antecipada ou no
vencimento, esteja abaixo do valor nominal dependerá do tipo de subjacente, da
evolução do instrumento subjacente, [da existência de barreiras de capital como
condição para a recuperação da investimento inicial ou com possibilidade de limitar as
perdas sobre o valor inicial (eliminar quando as Condições Finais não incluam barreiras
de capital)], [da existência de barreiras à liquidação antecipada (eliminar quando as
Condições Finais não incluam barreiras à liquidação)], a data de vencimento e a
liquidação final. Por outro lado, o montante dos cupões recebido pelo investidor também
dependerá, fundamentalmente, do tipo de subjacente, da sua evolução [da existência de
barreiras de cupão como condição para a cobrança ou não de cupões ((eliminar quando
as Condições Finais não incluam barreiras de cupão)].
Ver mais detalhes na secção C.9 anterior (apenas aplicável a títulos estruturados)
C.16 Data de
Vencimento ou
expiração dos
títulos
derivados.
N/A (Quando as Condições Finais não se refiram a títulos estruturados)
Ver a secção C.9 anterior (quando as Condições Finais se refiram a títulos estruturados).
C.17 Descrição da
liquidação dos
títulos
derivados.
A liquidação dos títulos será em dinheiro.
Ver a secção C.9 anterior
C.18 Descrição do
pagamento
dos títulos
derivados
Ver a secção C.9 anterior (quando as Condições Finais se refiram a títulos estruturados)
C.19 Preço de
Referência
Final do
instrumento
subjacente
Ver a secção C.9 anterior (quando as Condições Finais se refiram a títulos estruturados)
C.20 Descrição do
tipo de
Instrumento
Subjacente e
lugar no qual
se pode
Ver a secção C.9 anterior (quando as Condições Finais se refiram a títulos estruturados)
encontrar
informação
sobre o
subjacente.
Secção D – Riscos
D.2 Informação fundamental sobre os principais riscos específicos do emitente
A descrição dos riscos inerentes à atividade do Bankinter encontra-se definida e ponderada no
Documento de Registo do Bankinter verificado e inscrito nos registos oficiais de CNMV de 20 de julho de
2017, os quais, de forma resumida são indicados a seguir, atualizados em setembro de 2017.
1 Risco de crédito: Risco de que os clientes ou contrapartes não respondam ao cumprimento dos seus
compromissos e provoquem uma perda financeira.
No fecho do exercício de 2017, a exposição ao risco computável ascende a 58.824 milhões de euros (mais
2,7% do que no fecho do exercício de 2016). O índice de incumprimento é de 3,45% face aos 4,01% em
dezembro do ano anterior. Este dado é inferior à metade do conjunto do setor (8,08% no fecho de
novembro de 2017, conforme dados do Boletim Estatístico do Banco de Espanha).
A carteira de pessoas singulares em Espanha mantém a sua alta qualidade creditícia, situando-se em
25.570 milhões de euros no fecho de dezembro de 2017, com um rácio de incumprimento de 2,7%. O
risco de crédito no fecho de 2016 era de 25.689 milhões e o índice de incumprimento igualmente de
2,7%.
Dentro do Segmento de Empresas, a Banca Empresarial fechou o exercício de 2017 com um
investimento de 14.588 milhões de euros, 3,1% superior ao exercício anterior, com um índice de
incumprimento de 1,2%. O risco de crédito desta carteira no fecho de 2016 era de 14.094 milhões, com
um índice de incumprimento de 1,8%.
No que respeita às PME, o risco de crédito neste segmento ascende no fecho de dezembro de 2017 a
11.127 milhões de euros, com uma variação positiva de 2,4% face ao ano anterior e um índice de
incumprimento de 6,1%. No fecho de 2016, o risco de crédito deste segmento era de 11.298 milhões e o
índice de incumprimento de 6,5%.
A carteira de refinanciamentos e restruturações de risco de crédito no fecho do exercício ascende a 1.207
milhões de euros, considerando refinanciamento uma qualquer modificação nas condições de risco do
crédito. A maioria dos refinanciamentos têm garantias adicionais. O total da carteira de
refinanciamentos e restruturações representa 2,1% do Risco de Crédito.
O saldo de riscos de cobrança duvidosa passou de 2.297 milhões em dezembro de 2016 a 2.030 milhões
em dezembro de 2017, o qual representa uma redução de 267 milhões de euros.
A carteira de ativos adjudicados do Bankinter é reduzida e está especialmente concentrada em
habitações. O valor bruto da carteira, no fecho de dezembro de 2017, é de 412 milhões de euros (523
milhões, em dezembro de 2016). A cobertura de ativos adjudicados situa-se nos 45,2% face a 42,1% do
ano anterior.
O financiamento destinado à promoção imobiliária (em milhares de euros) e os seus índices de
incumprimento são os seguintes:
Dados em 31/12/2017
Montante bruto Excesso sobre valor de
garantia*
Imparidade de
valor acumulado
Financiamento à construção e promoção
imobiliária (incluindo terrenos) (negócios em
Espanha)
1.310.407 113.210 25.726
Dos quais: de cobrança duvidosa 78.612 21.766 18.089
% Promotor/Risco de Crédito 2,2%
* É o montante do excesso que implique o montante contabilístico bruto de cada operação sobre o valor dos direitos reais que, se for o
caso, se tenham recebido em garantia, calculados segundo o disposto no anexo IX da Circular 4/2004 do Banco de Espanha.
Dados em 31/12/2016 Montante bruto
Excesso sobre valor
de garantia*
Imparidade de
valor acumulado
Financiamento à construção e promoção
imobiliária (negócios em Espanha) 1.189.289 160.534 80.769
Do qual: De cobrança duvidosa 168.830 56.756 72.299
Do qual: Substandard 0 0 0
% Promotor/Risco de Crédito 2,1%
* É o montante do excesso que implique o montante contabilístico bruto de cada operação sobre o valor dos
direitos reais que, se for o caso, se tenham recebido em garantia, calculados segundo o disposto no anexo IX
da Circular 4/2004 do Banco de Espanha.
O risco de cobrança duvidosa representa em setembro de 2017 5,99% do total do financiamento da
promoção imobiliária. Em 31 de dezembro, situava-se em 14,19%.
Abaixo, inclui-se um quadro com discriminação do risco de crédito do Grupo Bankinter no fecho dos
últimos três exercícios (em milhares de euros):
QUALIDADE DE ATIVOS 31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015 %Var 17/16
Risco quantificável 58.824.461 57.308.266 49.415.783 2,65%
Sujeito a riscos 2.029.908 2.296.743 2.039.239 -11,62%
Provisões por risco de crédito 903.865 1.130.626 856.302 -20,06%
Índice de incumprimento (%) 3,45% 4,01% 4,13% -13,97%
Índice de cobertura do
incumprimento (%) 44,53% 49,23% 41,99% -9,55%
Ativos adjudicados 411.555 523.453 531.348 -21,38%
Provisão por adjudicados 186.130 220.433 213.061 -15,56%
Cobertura de adjudicados (%) 45% 42% 40% 7,69%
Ativos problemáticos 2.441.463 2.820.196 2.570.587 -13,43%
Índice de ativos problemáticos (%) 4,15% 4,92% 5,20% -15,64%
2. RISCO REGULADOR.
2.1. Requisitos de capital:
A atividade bancária encontra-se sujeita a amplas normas em relação às necessidades de capital das
mesmas. Assim, o objetivo do Bankinter é cumprir em todo momento as normas aplicáveis, de acordo
com os riscos inerentes à sua atividade e ao contexto em que trabalha, sendo realizada a supervisão
prudencial tanto pelo Banco de Espanha como pelo Banco Central Europeu.
A promulgação de novas normas ou novos requisitos de capital poderia afetar de forma importante a
gestão da Instituição, podendo afetar as decisões de investimento da instituição, a análise da viabilidade
de operações, a estratégia de distribuição de resultados por parte das filiais e de emissões por parte da
instituição e do Grupo, etc.
Em 2014 entrou em vigor a regra “Basileia III” que estabelece novos standards globais de capital e
liquidez para as instituições financeiras. No que respeita ao capital, a Basileia III redefine o que se
considera como capital disponível nas instituições financeiras, eleva os mínimos de capital requeridos,
exige que as instituições financeiras funcionem perfeitamente com excessos de capital (buffers de
capital) e acrescenta novos requisitos nos riscos considerados.
Na Europa, a nova regra foi implementada através da Diretiva 2013/36/UE (CRD IV) e do Regulamento
(UE) nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, sobre os requisitos
prudenciais das instituições de crédito e empresas de investimento (CRR IV) os quais são de aplicação
direta a todos os estados da UE.
Neste sentido, o Regulamento (UE) n.º 575/2013, de 26 de junho, e a Diretiva 2013/36/UE, de 26 de
junho, implicam, como referidos, uma alteração substancial das normas aplicáveis às instituições de
crédito, uma vez que aspetos tais como o regime de supervisão, os requisitos de capital e o regime
sancionador são amplamente modificados e vêm regular os níveis de solvência e composição dos
recursos quantificáveis com os quais devem operar as instituições de crédito.
As normas, que entraram em vigor a 1 de janeiro de 2014, exigem às instituições requisitos de capital
muito mais exigentes do que os exigidos até esse momento e, para evitar que este reforço da solvência
afete excessivamente a economia real, a entrada em vigor de alguns aspetos da mesma ocorre de forma
progressiva (o que se conhece como phase-in) até 2019. Esta fase de implantação transitória afeta
principalmente a definição dos recursos próprios quantificáveis como capital e a constituição de buffers
de capital acima dos níveis regulatórios mínimos.
Não existe garantia de que as autoridades das jurisdições, nas quais opera ou possa operar o Banco,
adotem exigências adicionais em matéria de capital ou provisões. O incumprimento das normas, em
vigor ou futuras, em relação às novas obrigações em matéria de capital ou provisões, poderá ter um
impacto substancial negativo nos negócios, na situação financeira e nos resultados do Bankinter.
O Banco Central Europeu requer ao Bankinter que mantenha, para o exercício de 2018, em base
consolidada um rácio Common Equity Tier 1 ou CET 1 de 7,125% (6,5% para 2017) e um rácio Capital
Total de 10,625%, ambos phase-in.
No âmbito da solvência, modificaram-se os limites mínimos exigidos através da introdução de um novo
requisito de capital mínimo em função do capital ordinário nível 1 (CET1) que fica situado em 4,5%, e que
alcançará os 7% quando se aplicar completamente o buffer de conservação de capital. O calendário de
aplicação previsto estabeleceu um buffer de 0,625% em 2016, 1,25% em 2017, 1,875 em 2018, e
alcançará o definitivo 2,5% a partir de janeiro de 2019.
O rácio de capital CET 1 no fecho do exercício de 2017, é de 11,83% e um Rácio de Capital Total 14,28%,
ambos phase-in, os quais cobrem folgadamente com estes requisitos exigidos para 2018 após o processo
de supervisão (CET 1 do 6,5% e Rácio de Capital Total de 10,00%).
A seguir, são apresentados os principais indicadores de solvência e gestão do risco a nível consolidado do
Grupo Bankinter:
31/12/2017 (1) 31/12/2016* 31/12/2015*
Capital 269.660 € 269.660 € 269.660 €
Reservas 3.966.016 € 3.699.871 € 3.353.210 €
Deduções CET1 - 527.124 € -347.493 € -207.149 €
Excesso de deduções AT1 0 € 0 € -209.001 €
CET 1 3.708.552 € 3.622.038 € 3.206.720 €
CET 1 phase-in (%) 11,83% 11,77% 11,77%
CET 1 Fully Loaded (%) 11,5% 11,2% 11,6%
Instrumentos AT1 199.000 € 200.000 €
Deduções AT1 - 88.177 € -153.504 €
TIER 1 3. 819.375 € 3.668.534 € 3.206.720 €
TIER 1 (%) 12,19% 11,92% 11,77%
Instrumentos Tier 2 697.018 € 273.661 € 340.412 €
Deduções Tier 2 -41.576 € -70.537 € -79.800 €
TIER 2 655.442 € 203.123 € 260.613 €
TIER 2 (%) 2,09 % 0,66% 0,96%
Total de recursos próprios
computáveis 4.474.818 € 3.870.658 € 3.467.333 €
Rácio de Capital Total 14,28% 12,58% 12,73%
Rácio de alavancagem 5,25% 5,40% 5,50%
Rácio de alavancagem fully
loaded 5,2% 5,3% 5,4%
Ativos totais ponderados por
risco 31.341.324 30.763.509 27.238.57 €
dos quais risco de crédito 27.247.666 26.844.113 23.693.86 €
dos quais risco de mercado 260.021 285.876 257.969 €
dos quais risco operacional 2.427.950 2.272.380 1.929.060 €
(1) Fonte: Informação Financeira Anual de 2017
*Fonte: Contas Anuais Consolidadas auditadas do exercício de 2016 e 2015.
Por último, em relação aos requisitos de passivos exigíveis, conhecidos como o requisito mínimo para
passivos exigíveis (“MREL”), a instituição não tem certeza ao dia de hoje da entrada em vigor de MREL e
das consequências de um eventual incumprimento.
2.2. A adoção de eventuais medidas de amortização e recapitalização interna (bail-in) poderia ter um
efeito negativo na instituição e nos seus negócios.
A Diretiva 2014/59/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, pela qual se
estabelece um quadro para a reestruturação e resolução de instituições de crédito e empresas de
investimento (Diretiva relativa ao Resgate e Resolução ou “DRR”), transposta em Espanha através da Lei
11/2015 e o Real Decreto 1012/2015, de 6 de novembro de 2015, pelo qual se desenvolve a Lei 11/2015
(o “Decreto Real 2012/2015”), e pelo Decreto-lei Real 11/2017, de 23 de junho, de medidas urgentes em
matéria financeira, contempla que as autoridades de resolução (o FROB) terão a faculdade de amortizar
e converter os denominados passivos admissíveis (o que poderia incluir os títulos da dívida e obrigações
subordinados e simples) da entidade objeto de resolução, em ações ou outros instrumentos de capital da
entidade emitente, através da aplicação do instrumento de recapitalização interna ou bail-in.
A faculdade de recapitalização interna ou bail-in consiste em realizar a conversão, transmissão,
modificação ou poder de suspensão existente sob as normas de reposição da DRR incluindo, mas sem
limitação a: (i) A Lei 11/2015 e suas alterações, (ii) o Real Decreto 1012/2015, e suas alterações em cada
momento, (iii) o Regulamento do Mecanismo Único de Supervisão, e suas alterações em cada momento,
e (iv) e qualquer outro instrumento, regra ou normas relativas a (i), (ii) ou (iii), perante os quais qualquer
obrigação de uma instituição pode reduzir-se, anular-se, modificar-se ou converter-se em ações, outros
títulos, ou outras obrigações da mesma instituição, incluindo poderes relativos à absorção de perdas.
Além do processo de bail-in descrito, tanto a Lei 11/2015 como a DRR preveem que, chegado o momento
de não viabilidade, a Autoridade Espanhola de Resolução (o “FROB”) terá a faculdade de reduzir o valor
de forma permanente ou converter em ações os instrumentos de capital existentes. O Ponto de não
viabilidade é o ponto em que a Autoridade Espanhola de Resolução determina que a instituição ou o seu
grupo reúne as condições para a sua resolução ou em que já não sejam viáveis, caso os instrumentos de
capital pertinentes reduzam o seu valor ou se convertam em capital ou seja necessária ajuda pública sem
a qual a instituição já não seria viável. A absorção de perdas pode impor-se antes ou de forma
simultânea a qualquer outro instrumento de resolução.
Os instrumentos de resolução introduzidos através da Lei 11/2015 e o Real Decreto 1012/2015 têm um
impacto sobre a gestão das instituições de crédito e as empresas de serviços de investimento, assim
como sobre os direitos dos credores. De acordo com a Lei 11/2015, os detentores de títulos podem ser
objeto de, entre outras medidas, uma redução das quantias devidas em virtude desses títulos ou de
conversão desses títulos em capital ou outros títulos ou obrigações desde 1 de janeiro de 2016 e, no caso
dos títulos subordinados, podem estar sujeitos à absorção de perdas. O exercício desses poderes pode dar
lugar a que os detentores de títulos possam perder parte ou a totalidade do seu investimento. Por
exemplo, a recapitalização interna pode exercer-se de tal maneira que os detentores de determinados
títulos recebam outros diferentes, cujo valor seja significativamente inferior. De igual forma, o exercício
das faculdades de resolução por parte da Autoridade Espanhola de Resolução relativamente aos títulos
pode depender de uma série de fatores que podem estar fora do controlo do Emitente. Além disso, os
titulares de títulos que pretendam antecipar-se ao potencial exercício de quaisquer poderes de resolução
não poderão em muitos casos alegar critérios de interesse público, dado que a Autoridade Espanhola de
Resolução possui poder discricionário. Devido a esta incerteza inerente, será difícil prever quando possa
ocorrer o exercício de qualquer uma das referidas faculdades pela Autoridade Espanhola de Resolução.
A lei 11/2015 estabeleceu a obrigação de que todos os Bancos efetuem uma contribuição anual para o
Fundo de Resolução Nacional, que vem somar-se à contribuição que deve fazer qualquer instituição de
crédito para o fundo de garantia de depósitos. Este fundo estará dotado com recursos provenientes de
todas as instituições de crédito e deverá alcançar, em 2024, 1% do montante dos depósitos garantidos de
todas as instituições.
Qualquer desses montantes poderá ter impacto sobre o negócio, situação de financiamento e sobre os
resultados das operações do Bankinter.
Além disso, em março de 2014, o Parlamento e o Conselho Europeu chegaram a um acordo para a
criação do Mecanismo Único de Resolução (“MUR”). O principal objetivo do MUR é garantir que as
eventuais falências bancárias que possam acontecer na união bancária, sejam geridas de forma
eficiente, com custos mínimos para o contribuinte e a economia real.
As normas que regem a união bancária têm por objeto assegurar que sejam, em primeiro lugar, os
bancos e os seus acionistas, que financiem a resolução e, se necessário, também, parcialmente os
credores do banco. Não obstante, estará também disponível outra fonte de financiamento à qual se
poderá recorrer se o anterior não for suficiente. Trata-se do Fundo Único de Resolução (FUR).
O FUR entrou em funcionamento a 1 de janeiro de 2016, implantado pelo Regulamento (UE) nº
806/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho. As instituições de crédito e empresas de investimento
deverão realizar contribuições a partir do exercício de 2016, baseadas no seguinte: a) uma contribuição
fixa (ou contribuição anual base), proporcional aos passivos de cada instituição, com exclusão dos
recursos próprios e depósitos com cobertura, face aos passivos totais, com exclusão dos fundos próprios e
dos depósitos com cobertura de todas as instituições autorizadas no território dos estados membros
participantes; e b) uma contribuição ajustada ao risco, que se baseará nos critérios estabelecidos no art.
103, secção 7 da Diretiva 2014/59/UE, tendo em conta o princípio de proporcionalidade, sem criar
distorções entre estruturas do setor bancário dos estados-membros.
O gasto reconhecido nos exercícios de 2017, 2016 e 2015 pelas contribuições do Bankinter para o FGD e
para o FUR foram as seguintes:
(milhares de
euros)
2017 % BAI ‘17 2016 % BAI ‘16 2015 % BAI ‘15
FUR 20.980 3,10 21.976 3,25 17.484 3,36
FGD 37.798 5,58 27.581 4,08 30.034 5,77
Total 58.778 8,68% 49.557 7,32 47.518 9,13
2.3. Imposto sobre os Depósitos nas instituições de crédito.
A Lei 16/2012, de 27 de dezembro, pela qual são adotadas diversas medidas tributárias dirigidas à
consolidação das finanças públicas e ao impulso da atividade económica, criou com efeito a partir de 1 de
janeiro de 2013 o Imposto sobre os Depósitos nas instituições de crédito, pelo qual se estabelecia um
imposto aos depósitos bancários no conjunto de Espanha, se bem que inicialmente tenha sido fixada
uma taxa de 0% a esse imposto.
Por outro lado, o Real Decreto-lei 8/2014, de 4 de julho, de aprovação de medidas urgentes para o
crescimento, a competitividade e a eficiência, modificou a taxa de tributação estabelecendo em 0,03%,
com efeitos em 1 de janeiro de 2014. O referido imposto é apurado anualmente, é pago por ano vencido
(julho do ano seguinte ao seu apuramento) e o seu montante será distribuído entre as administrações
autonómicas. O pagamento realizado por este imposto para o exercício de 2016, foi de 9.783.150 euros
(1,45% do lucro antes de impostos do exercício de 2016).
2.4. Risco Contabilístico.
Os organismos de normalização contabilística e outras autoridades reguladoras mudam periodicamente
as normas de contabilidade e informação financeira que regem a preparação das demonstrações
financeiras consolidadas do Grupo. Estas alterações podem ter um impacto considerável na forma como
o Grupo contabiliza e apresenta a sua situação financeira e os seus resultados de exploração. Em alguns
casos, dever-se-á aplicar uma norma modificada ou um novo requisito com carácter retractivo, o que
obriga a refazer as demonstrações financeiras de períodos anteriores.
Em relação às Normas Internacionais de Informação Financeira (NIIF) adotadas pelos regulamentos da
União Europeia NIIF 9 sobre instrumento financeiros e sobre receitas ordinárias (NIIF 15), as quais
foram incorporadas na nova Circular 4/2017 do Banco de Espanha, que substitui a Circular 4/2004.
Relativamente à NIIF 9, o Grupo completou os trabalhos de implementação e encontra-se em processo
de revisão dos resultados alcançados. A seguir é desagregado o impacto quantitativo estimado à data de
entrada em vigor da referida norma, que representa a melhor estimativa para os diferentes impactos da
norma relativa à aplicação da mesma até ao fecho do exercício de 2017:
Milhões de euros
Aumento das provisões: Aplicação do modelo de perdas de crédito esperadas
(208)
Reclassificação da carteira de investimentos: em consequência da revalorização líquida da carteira
199
Impacto líquido no balanço (decréscimo) (9)
do qual, impacto em reservas (decréscimo) (16)
do qual, imposto diferido líquido 7
As reclassificações da carteira de investimentos com vencimento em valor razoável com alterações
noutro resultado global afloraram parte da mais-valia latente com a qual o Grupo contava nesta carteira
ao mantê-la intacta durante toda a crise e ao tratar-se de ativos com cupões elevados e risco baixo.
Portanto, na primeira aplicação, a NIIF 9 tem um impacto negativo reduzido para o património líquido
do banco, não afetando a demonstração de resultados. Em termos de solvabilidade, em função dos
impactos estimados, indicados anteriormente, tem um impacto positivo no rácio CET1 Fully Loaded
entre 40 e 45 pontos base positivos, como consequência tanto da afloração de ajustamentos à
valorização como no seguimento da reclassificação de instrumentos e da redução do défice de provisões.
Relativamente à NIIF 15, relativa aos proveitos ordinários, não se espera um impacto significativo da
aplicação desta alteração à norma.
O Grupo Bankinter está em processo de analisar os impactos da NIIF 16 derivados daqueles contratos de
locação em que é arrendatário. O Grupo conta com uma rede reduzida de sucursais, estando parte dela
em propriedade. Por estes motivos, o Grupo estima que o impacto da NIIF 16 no Grupo seja limitado.
3. Risco estrutural de juro, liquidez, mercado e produtos derivados
3.1 Risco estrutural de juros: O risco estrutural de juros define-se como a exposição da Instituição a
variações nas taxas de juro de mercado, derivada da diferente estrutura temporária de vencimentos e
depreciações das rubricas do Balanço Global.
a) Sensibilidade da Margem Financeira
A sensibilidade da margem financeira obtém-se da diferença entre a margem financeira projetada com
as curvas de mercado em cada data de análise e o projetado com as curvas de taxas de juro modificadas
sob distintos cenários, tanto de movimentos paralelos das taxas como de alterações na inclinação da
curva.
A exposição ao risco de taxa de juro da margem financeira do Bankinter perante variações em paralelo
de 200 pontos base nas taxas de juro de mercado é de 0% em dezembro de 2017, segundo as normas
técnicas de junho 2017. Tanto no fecho de 2016 como de 2015 era de 0% para um horizonte de 12 meses
(em ambos os casos o cálculo foi realizado com um “floor” em 0%).
b) Sensibilidade do Valor Económico.
Trata-se de uma medida complementar à anterior e calcula-se com periodicidade mensal. Permite
quantificar a exposição do valor económico do Banco ao risco de taxa de juro e é obtida pela diferença
entre o valor atual líquido das rubricas sensíveis às taxas de juro calculado com as curvas de juros sob
diferentes cenários e a curva de taxas cotada no mercado em cada data de análise.
O Conselho de Administração estabelece anualmente uma referência em termos de sensibilidade do
Valor Económico perante movimentos paralelos de 200 pontos base nas taxas de juro de mercado.
No fecho de dezembro de 2017 a sensibilidade do Valor Económico do Banco perante movimentos
paralelos de 200 pontos base, obtida mediante o critério das normas técnicas de junho 2017 era de
+0,1% sobre Recursos Próprios (no fecho dos exercícios de 2016 e 2015 situava-se em +7,4% e +6,8%,
respetivamente, aplicando um floor nos 0%).
3.2. Risco de liquidez: O risco estrutural é associado à capacidade para atender as obrigações de
pagamento adquiridas e financiar a sua atividade investidora.
A 31 de dezembro de 2017, o gap comercial era de 4.975 milhões € e o de liquidez de 4.235 milhões €.
Em dezembro de 2016, os títulos eram 5.236 milhões € e 4.985 milhões € respetivamente.
Para enfrentar qualquer eventual problema de liquidez, o Bankinter contava, a 31 de dezembro de 2017,
com uma importante carteira de contingência composta por ativos líquidos de mais de 10.500 milhões
de euros para o LCR. Além disso, nessa data, o Banco tinha uma capacidade de emissão de obrigações
hipotecárias de 6.900 milhões de euros. O LCR no fecho de dezembro situava-se acima dos 100%,
concretamente nos 141,23% e o NSFR nos 116% já acima do objetivo definido para 2017 de 111%, que
foi o valor obtido no fecho de 2016.
A LCR procura assegurar que os bancos tenham suficientes ativos líquidos de alta qualidade (HQLA, na
sigla em inglês) para fazer face às saídas de dinheiro que ocorreriam num cenário de stress agudo que
durasse um mês. Supõe-se que, decorrido esse mês, já se teriam tomado as medidas corretivas
necessárias por parte do banco ou do supervisor.
No que se refere ao Coeficiente de Financiamento Estável Líquido (ou NSFR na sigla em inglês),
promovido pelo Comité de Basileia, exige aos bancos manter um perfil de financiamento estável no
longo prazo. Define-se como o quociente entre a quantia de financiamento estável disponível e a quantia
de financiamento estável requerida. Este quociente deverá ser, no mínimo, de 100% em todo o
momento. O «financiamento estável disponível» define-se como a proporção dos recursos próprios e
alheios que se pode esperar que sejam fiáveis durante o horizonte temporal considerado pelo NSFR, que
é de um ano.
3.3. Risco de mercado: Risco que surge por serem mantidos instrumentos financeiros, cujo valor pode
ser afetado por variações nas condições de mercado.
Para a medição do risco de mercado utiliza-se a metodologia do Valor em Risco (“VaR”) através da
“Simulação Histórica”, que se baseia na análise de alterações potenciais no valor da posição utilizando,
para isso os movimentos históricos dos ativos individuais que o formam. O cálculo de VaR realiza-se com
um nível de confiança de 95% e um horizonte temporal de um dia.
Total VaR 2017 2016 2015
Milhares de euros
VaR Taxa de Juro 14,44 14,22 14,75
VaR Rendimento Variável 0,44 0,34 0,53
VaR Taxa de Câmbio 0,03 0,04 0,06
VaR Taxa de Volatilidade 0,44 0,24 0,03
VaR de Crédito 0,00 0,00 0,00
Total 14,70 14,22 14,84
VaR Negociação 2017 2016 2015
Milhares de euros
VaR Taxa de Juro 0.57 0,88 0,37
VaR Rendimento Variável 0.44 0,20 0,24
VaR Taxa de Câmbio 0.03 0,04 0,06
VaR Taxa de Volatilidade 0.44 0,24 0,03
VaR de Crédito 0.00 0,00 0,00
Total 0.61 0,91 0,48
VaR Disponível venda 2017 2016 2015
Milhares de euros
VaR Taxa de Juro 14.34 14,31 14,56
VaR Rendimento Variável 0.002 0,39 0,32
VaR Taxa de Câmbio 0.00 0,00 0,00
VaR de Crédito 0.00 0,00 0,00
Total 14.34 14,42 14,63
Ao fim de dezembro 2017, o VaR da carteira de negociação situava-se abaixo dos 0,60 milhões de euros e
o de Disponível para a Venda em 14,35 milhões de euros.
Em dezembro de 2017, o VaR para Bankinter Luxemburgo situava-se em 0,04 milhões de euros (0,05
milhões de euros ao fecho de 2016; 0,01 milhões de euros para 2015). O VaR da carteira de Línea Directa
Aseguradora, sob as mesmas hipóteses, no fecho de dezembro situava-se em 1,01 milhões de euros. No
fecho de dezembro de 2016 era 2,10; 2,39 milhões de euros para 2015.
O Stress Testing ou análise de cenários extremos, é uma prova complementar ao VaR. As estimativas de
Stress Testing quantificam a perda potencial que produziria, sobre o valor da carteira, os movimentos
extremos dos diversos fatores de risco a que está exposta a mesma.
No fecho de dezembro de 2017, a perda estimada resultante da análise de cenários extremos de taxa de
juro nas carteiras de negociação seria de 5,00 milhões de euros. Em dezembro de 2016, era 3,97 milhões
de euros e no fecho de 2015 alcançava os 4,73 milhões de euros.
3.4. Risco de derivados: Risco ocasionado pela evolução dos fatores de risco que influenciam na
avaliação dos produtos derivados.
A atividade em derivados faz parte da gestão de cada fator de risco e inclui-se nos limites em termos de
VaR e complementa-se com medidas de sensibilidade.
A carteira de derivados de negociação obedece na sua maioria, às posições mantidas com clientes e a
estratégia é fechar essas posições com uma contrapartida, pelo que não produz perdas relevantes por
taxa de juro. A composição desta rubrica da carteira de negociação de ativo e passivo do balanço em 31
de dezembro de 2016, 2015 e 2014 é a seguinte:
Milhares de euros
Justo valor
31-12-17 31-12-16 31-12-15
Ativo Passivo Ativo Passivo Ativo Passivo
Compra e venda de divisas não vencidas: 55.048 27.154 46.851 41.190 23.423 89.639
Compras de divisas contra euros 40.222 1.385 28.718 38.906 12.158 89.193
Compras de divisas contra divisas - - 62 - 12 2
Vendas de divisas contra euros 14.826 25.769 18.071 2.284 11.253 1.443
Vendas de divisas contra divisas - - - - - -
Opções sobre títulos: 7.649 26.263 17.545 18.067 33.809 43.329
Compradas 7.654 - 17.545 - 33.809 12.474
Emitidas (5) 26.263 - 18.067 - 30.855
Opções sobre taxas de juro: 3 1 576 2 244 203
Compradas 3 - 576 - 244 203
Emitidas - 1 2
Opções sobre divisas: 30.291 31.613 37.418 36.454 4.625 4.391
Compradas 30.291 - 37.418 - 4.625 -
Emitidas - 31.613 - 36.454 - 4.391
Outras operações sobre taxas de juro: 174.984 218.934 284.507 347.301 293.941 325.044
Permutas financeiras sobre taxas de juro (IRS) 174.984 218.934 284.507 347.301 293.941 325.044
Total 268.303 321.625 386.897 461.494 356.041 464.958
% sobre total Ativo/Passivo 0,576% 0,687% 0,576% 0,687% 0,607% 0,792%
4. Risco de descida de notação de crédito: É definido como o risco que o rating atribuído ao Bankinter
possa ser reduzido por alguma das agências de notação credenciadas. Uma descida na notação de crédito
aplicada ao emitente pode ter como consequência um aumento do preço no acesso ao financiamento.
Agência Data última
revista Longo Prazo
Curto
Prazo Perspetiva
Moody´s Investors
Service España Junho 2015* Baa2 P-2 Estável
Standard & Poor´s Credit
Market Services Europe
Limited
Fevereiro
2017 BBB A-3 Positiva
DBRS Rating limited UK Julho 2017 A (low) R-1 (low) Estável
* A última revisão da Moody´s é de 14 de novembro de 2017. Não obstante, mantém-se a data de junho de 2015 por
não se ter modificado o rating desde esta data.
5. Risco atuarial e do negócio segurador.
O risco atuarial é o risco associado ao negócio segurador dentro dos ramos e modalidades existentes. A
sua gestão é efetuada de acordo com o estabelecido no ordenamento espanhol de seguros, em particular
segundo o estabelecido no Regulamento de Ordenação e Supervisão dos Seguros Privados (ROSSP) e
outras disposições da Direção Geral de Seguros e Fundos de Pensões (DGSFP). Este risco reflete o risco
derivado da subscrição de contratos vida e não vida, atendendo aos sinistros cobertos e aos processos
seguidos no exercício da atividade, podendo diferenciar-se os riscos de mortalidade, de longevidade, de
incapacidade e de morbidez. Esta gestão estável a longo prazo está refletida nas políticas de gestão
atuarial: a subscrição, a tarifação e a sinistralidade.
O tratamento das prestações bem como a capacidade das provisões são princípios básicos da atividade
seguradora.
O negócio segurador do grupo consolidado do Bankinter é realizado pela Línea Directa Aseguradora, a
qual se localiza integramente em território espanhol, sem que tenha concentração especialmente
relevante em nenhuma zona geográfica.
O contributo da Línea Directa Aseguradora ("LDA") para a margem bruta do Grupo, a 31 de dezembro de
2017, 2016 e 2015, foi o seguinte:
Milhares de
euros 31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015
Produto Bancário 393.741 359.358 351.308
% sobre total
Grupo 21,26% 20,92% 22,39%
Por outro lado, a LDA centra o seu negócio em ramos não vida principalmente risco automóvel. A seguir,
indica-se a evolução dos prémios emitidos para os exercícios de 2017, 2016 e 2015:
(milhares de euros) 31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015
Prémios apurados de seguro
direto 797.422 738.498 679.665
O risco atuarial é o risco associado ao negócio segurador dentro dos ramos e modalidades existentes. A
sua gestão é efetuada de acordo com o estabelecido no ordenamento espanhol de seguros, em particular
segundo o estabelecido no Regulamento de Ordenação e Supervisão dos Seguros Privados (ROSSP) e
outras disposições da Direção Geral de Seguros e Fundos de Pensões (DGSFP). Este risco reflete o risco
derivado da subscrição de contratos vida e não vida, atendendo aos sinistros cobertos e aos processos
seguidos no exercício da atividade, podendo diferenciar-se os riscos de mortalidade, de longevidade, de
incapacidade e de morbidez. Esta gestão estável a longo prazo está refletida nas políticas de gestão
atuarial: a subscrição, a tarifação e a sinistralidade.
O tratamento das prestações bem como a capacidade das provisões são princípios básicos da atividade
seguradora.
A 1 de janeiro de 2016 entrou em vigor Solvência II, norma europeia que estabelece o procedimento para
o cálculo da solvência a partir do risco. Este sistema baseia-se em três pilares essenciais: a medição do
ativo, do passivo e do capital, o controlo e a supervisão do negócio e a transparência na informação
facultada.
Solvência II representou o estabelecimento de controlos mais rigorosos aos riscos de subscrição e
reservas, mercado, operações e contraparte, entre outros. Além disso, implementou a nova metodologia
para determinar a solvência disponível, em que é necessário avaliar os requisitos de capital de cada um
dos riscos a que a empresa está exposta e em que se quantifica a reserva de estabilização e o excesso de
reservas sobre o Best Estimate, ou seja, estimativa mais provável.
Em cumprimento do anterior, a Línea Directa Aseguradora desenvolveu dois modelos internos de
controlo, que estão a ser utilizados na autoavaliação dos riscos de subscrição da empresa. Além disso, foi
autorizada pela Direção Geral de Seguros e Fundos de Pensões espanhola a utilizar parâmetros
específicos na relação ao cálculo do risco do prémio. A Línea Directa também conta com um
departamento específico de Conformidade Normativa, um Comité de Riscos e Função Atuarial, exigido
por Solvência II, cujo objetivo é supervisionar a adequação das provisões técnicas, valorizar a política de
subscrição e de resseguro e contribuir para a gestão dos riscos.
Neste sentido, o rácio de solvência para 2017 situou-se em 227% face a 231% do exercício de 2016
(calculado conforme o parâmetro de Solvência II), existindo um superavit da margem de solvência de
225,8 milhões de euros em dezembro de 2017.
6. RISCO MACROECONÓMICO.
As condições económicas dos países em que o Bankinter opera poderiam ter um efeito adverso
significativo no negócio, na situação financeira e nos resultados.
Neste sentido, o Bankinter desenvolve a sua atividade comercial maioritariamente no território
espanhol (representando cerca de 95,4% da margem bruta no fecho do exercício de 2017, 94% em
dezembro de 2016). A margem bruta da sucursal Bankinter Portugal, representou, em dezembro de
2017, 4,63% (em 2016, 5,25% e em 2015 não existia atividade através desta sucursal).
O Luxemburgo representava aproximadamente, em 31 de dezembro de 2017, -0,03% da margem bruta
(0,34% em 2016 e 0,30% em 2015).
À semelhança de outros bancos que operam em Espanha e na Europa, os resultados e liquidez do
Bankinter podem ser afetados pela situação económica existente em Espanha e noutros Estados-
Membros da União Europeia. O Grupo Bankinter enfrenta, entre outros, os seguintes riscos
macroeconómicos:
- Fraco crescimento ou recessão nos países em que opera.
- Deflação nos países da União Europeia.
- Um ambiente de taxas de juro baixas, incluindo períodos prolongados de taxas de juro negativas,
poderia provocar uma diminuição das margens do crédito e uma menor rentabilidade dos ativos.
- Uma evolução desfavorável do mercado imobiliário, especialmente em Espanha.
- Um fraco crescimento do emprego e desafios estruturais que limitem o referido crescimento,
como o experimentado em Espanha, onde o desemprego se manteve em margens relativamente altas, o
que poderia afetar negativamente os níveis de rendimentos dos agregados familiares dos clientes do
Grupo e ter um efeito adverso na capacidade de recuperação dos empréstimos a particulares, derivando
num incremento dos abates por insolvências.
- Os processos eleitorais e a instabilidade política na Comunidade Autónoma de Catalunha
poderiam implicar uma diminuição do investimento e uma estagnação do crescimento económico, o que
poderia afetar negativamente os negócios e clientes do Grupo. Em termos de investimento, a Catalunha
representa cerca de 10% do total do negócio do Bankinter em Espanha.
- A eventual saída de um estado membro da União Monetária Europeia (“UME”), o que poderia ter
efeitos adversos significativos para a economia europeia e mundial, provocar uma redenominação de
instrumentos financeiros ou outras obrigações contratuais atualmente denominados em euros para
outra divisa e alterar de maneira relevante os mercado de capitais, interbancários e outros mercados,
entre outros efeitos.
- O impacto político, económico e normativo da ativação no passado dia 29 de março de 2017 do
processo de saída do Reino Unido da União Europeia.
Dado que a atividade comercial do Bankinter está altamente concentrada em Espanha, as mudanças
desfavoráveis que possam afetar a economia espanhola, por algum dos acontecimentos descritos, ou por
qualquer outro, poderiam ter efeitos adversos significativos na sua situação financeira.
7. RISCO OPERACIONAL:
Define-se como o risco de sofrer perdas devido à inadequação ou falhas dos processos, pessoas ou
sistemas internos; ou por causa de acontecimentos externos, incluindo nesta definição os riscos legais e
excluindo expressamente o risco estratégico e o risco reputacional.
O nosso modelo de gestão do risco operacional inspira-se nas diretrizes do acordo Quadro de Capital
“Basileia”, ajusta-se à Circular do Banco de Espanha 3/2008 sobre determinação e controlo de Recursos
Próprios, assim como ao regulamento 575/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho (junho 2013)
sobre os requisitos prudenciais das instituições de crédito e as empresas de investimento e incorpora as
melhores práticas do setor partilhadas no grupo CERO (Consórcio Espanhol de Risco Operacional) do
qual o Bankinter é membro ativo.
A gestão é adequada e proporcional aos riscos inerentes da instituição, com base no cumprimento
satisfatório dos requisitos estabelecidos para a aplicação do método standard no cálculo de capital
regulatório por risco operacional, que foi corroborado pelas pertinentes auditorias.
Durante o exercício de 2017, as perdas líquidas por risco operacional foram de 18,2 milhões de euros.
Valores intermédios aos registados nos exercícios de 2016 e 2015, com 24,0 e 14,7 milhões de euros
respetivamente.
As perdas mais significativas durante 2017 deveram-se a indemnizações a clientes através da
comercialização, há alguns anos, de obrigações e coberturas de taxas de juro; representando esta
rubrica 70% das perdas anuais por risco operacional registadas em 2017 para o Grupo Bankinter (sem a
LDA). O caráter não recorrente destas perdas faz prever uma diminuição das mesmas em próximos
exercícios.
O capital regulatório por risco operacional é suficiente para enfrentar situações hipotéticas e pouco
prováveis de perdas inesperadas severas; representando as perdas apenas 9% do capital regulatório por
risco operacional.
O Relatório Anual do Bankinter do ano 2017 contém uma descrição pormenorizada da gestão de risco
efetuada pelo Bankinter. Os interessados podem consultar o Relatório Anual do Bankinter do ano 2017
no site do Bankinter.
8. RISCOS LEGAIS
Em 31 de dezembro do 2016 e 2015, encontravam-se em curso vários processos judiciais e reclamações
contra o Grupo com origem no desenvolvimento habitual das suas atividades.
Tanto os assessores jurídicos do Grupo como os Administradores da Instituição entendem que a
conclusão destes processos e reclamações estará em linha com o incluído como provisão.
A seguir apresenta-se uma tabela com os saldos e movimentos das provisões realizadas por questões
processuais e litígios por impostos durante os exercícios de 2017, 2016 e 2015:
(milhares de euros)
Questões processuais e litígios
por impostos em dívida
Saldo em 31-12-15 83.160
Dotações líquidas do exercício 15.523
Utilização de fundos (4.120)
Inclusão por combinações de
negócio -
Outros movimentos 466
Saldo em 31-12-16 95.029
Dotações líquidas do exercício 25.090
Utilização de fundos (15.672)
Outros movimentos (6.219)
Saldo em 31-12-17 98.228
Fonte: Contas Anuais Consolidadas auditadas para o exercício de 2016.
A sentença de 20 de março de 2013, declarando a nulidade das denominadas “cláusulas solo” nos casos
em que tenha ocorrido uma falta de transparência na sua contratação, não teve nem tem qualquer
impacto no Bankinter por não ter incluído “cláusulas solo” nos seus créditos hipotecários.
D.3 Informação
fundamental
sobre os
principais
riscos
específicos
dos títulos
Risco de liquidez ou representatividade dos títulos no mercado: É o risco segundo o
qual os operadores do mercado não encontram contrapartida para os títulos. Os títulos
que se emitam ao abrigo do Prospeto de Base serão títulos de nova emissão, cuja
distribuição poderá não ser muito ampla e para os quais não existe atualmente mercado
ativo de negociação. Embora solicitada a admissão a negociação dos títulos emitidos
nalgum mercado secundário oficial, não é possível assegurar que irá suceder uma
negociação ativa nesse mercado.
As emissões dirigidas a investidores retalhistas admitidos a negociação na AIAF serão
negociáveis através da plataforma do Sistema Eletrónico de Negociação de Dívida
(SEND) e contarão com um contrato de liquidez com uma ou várias instituições de
liquidez.
Risco de crédito: entende-se por risco de crédito a possibilidade de sofrer uma perda
económica, como consequência do incumprimento do emitente do pagamento do valor
nominal no vencimento ou de um atraso do mesmo. O emitente responderá pelo
reembolso dos títulos com todo o seu património.
Risco de perda do capital: os títulos estruturados são títulos com risco elevado, que
podem gerar uma rentabilidade positiva, mas também perdas no valor investido. Caso,
na data de amortização, o preço de amortização seja inferior ao preço de emissão, o
investidor perderá parcialmente o montante investido, perda que poderá ser total se o
preço de amortização for igual a zero.
Adicionalmente, a ocorrência de determinados pressupostos de ajustamento do
instrumento subjacente e/ou Pressupostos de Alterações Adicionais, pode antecipar a
amortização dos títulos estruturados, com um efeito potencialmente desfavorável sobre
o valor dos mesmos.
Risco de mercado: É o risco gerado por alterações nas condições gerais do mercado em
relação às condições do investimento. As emissões de rendimento fixo estão sujeitas a
possíveis oscilações dos seus preços no mercado em função, principalmente, da
evolução das taxas de juro, da qualidade creditícia do emissor e da duração do
investimento. Ou seja, uma subida das taxas de juro no mercado poderia fazer diminuir
o preço de mercado das obrigações e outros títulos e originar a cotação abaixo do preço
de subscrição ou compra dos títulos.
Risco de variações na qualidade de crédito: risco de variações na notação de crédito do
Programa por parte das agências de rating provém de que a notação de crédito possa
ser em qualquer momento examinada pela agência de notação na subida ou descida,
suspensão ou inclusivamente retirada (ver notação aplicada ao Bankinter no ponto
B.17).
Risco de taxa de câmbio: Caso um investidor tenha títulos denominados numa moeda
diferente da sua moeda nacional, esse investidor estará exposto a que as oscilações das
taxas de câmbio possam prejudicar o valor da sua carteira.
Risco de subordinação e prioridade dos investidores perante situações de insolvência
do emitente: no caso de suceder uma situação de insolvência do emitente, o risco que
os investidores assumem depende do tipo de valor do qual se trate (ver “Ordem de
prioridade e subordinação” no Elemento C.8 anterior).
Risco de amortização antecipada com anterioridade ao seu vencimento: As Condições
Finais (tal como este termo se define mais à frente) dos Títulos podem estabelecer a
possibilidade de amortização antecipada por opção do Emitente (incluindo os casos de
Acontecimento Regulatório que tenha como consequência a não quantificação para os
Títulos da Dívida e Obrigações Subordinadas Tier 2, de Acontecimento de Elegibilidade
que resulte na não admissibilidade para a sua quantificação como MREL para os Títulos
da Dívida e Obrigações Simples (quer Ordinárias ou Não Preferenciais, em
conformidade com o indicado no correspondente Apêndice) e para os Títulos da Dívida
e Obrigações Subordinadas não quantificáveis como Tier 2 Sénior, e de Acontecimento
Fiscal para todos os Títulos que se podem emitir sob o presente Prospeto), circunstância
que poderia limitar o valor de mercado dos referidos Títulos e poderia ocasionar que o
investidor não possa reinvestir o montante recebido da amortização antecipada de
forma que possa obter um rendimento efetivo similar. Ver casos no Elemento C.9
anterior.
Risco de que os titulares dos Títulos da Dívida e Obrigações Subordinadas (tanto os
que se quantifiquem como capital de nível 2 como os que não se quantifiquem),
Ordinárias Não preferenciais, Simples e Estruturadas estão sujeitos a instrumentos
de recapitalização interna (bail-in). A Diretiva 2014/59/UE do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 15 de maio de 2014, pela qual se estabelece um quadro para a
reestruturação e resolução de instituições de crédito e empresas de investimento
(Diretiva relativa ao Resgate e Resolução ou “DRR”), transposta em Espanha através da
Lei 11/2015 e o Real Decreto 10121012/2015, de 6 de novembro de 2015, pelo qual se
desenvolve a Lei 11/2015 (o “Decreto Real 20121012/2015”), contempla que as
autoridades de resolução (a JUR o FROB) terão a faculdade de amortizar e converter os
denominados passivos admissíveis (o que poderia incluir os títulos da dívida e
obrigações subordinadas, ordinárias, simples e estruturadas) da entidade objeto de
resolução, em ações ou outros instrumentos de capital da entidade emitente, através da
aplicação do instrumento de recapitalização interna ou bail-in.
Risco de conflito de interesses. É o risco potencial que poderá existir ao recair no
emitente a condição de agente de cálculo e de instituição colocadora. Outra instituição
pertencente ao Grupo Bankinter, Bankinter Luxembourg, S.A., poderá ser também
instituição colocadora e/ou seguradora.
Risco pelo comportamento dos ativos subjacentes (incluir apenas para títulos
estruturados). É o risco derivado da evolução dos ativos subjacentes aos títulos
estruturados. Assim, os titulares dos títulos estruturados estarão expostos ao
comportamento desses ativos.
Nem o Emitente, nem o agente de cálculo, no caso de ser diferente daquele, realizaram
análises sobre os ativos subjacentes, com a finalidade de formar uma opinião sobre as
vantagens ou riscos derivados de um investimento vinculado aos ativos subjacentes. Os
potenciais investidores não deverão assumir ou concluir que a oferta de qualquer valor
estruturado emitido ao abrigo do presente Prospeto Base constitui uma recomendação
de investimento efetuado pelo emitente ou pelo agente de cálculo. Além disso, nenhum
dos anteriores realiza manifestação ou representação alguma nem conferem garantias,
expressa ou tacitamente, sobre a seleção dos ativos subjacentes nem sobre o seu
comportamento.
2.2. Alteração ao Modelo de Condições Finais.
Procede-se à alteração da rubrica 15 das Condições Finais, passando a ter a
seguinte redação:
15. Ocorrência Fiscal: [Não Aplicável][amortização total]
Procede-se à alteração da rubrica 44 das Condições Finais, passando a ter a
seguinte redação:
44. País onde se solicita a admissão à cotação: solicitar-se-á a
admissão a negociação dos títulos objeto de emissão no [Mercado AIAF
de Rendimento Fixo, Mercado AIAF de Rendimento fixo dentro da sua
Plataforma do Sistema Eletrónico de Negociação de Dívida (SEND) /
outros] (eliminar o que não for aplicável).
Desde 23 de janeiro de 2018, data de inscrição do Programa junto da CNMV, até à data do
presente Suplemento, não se verificaram outros factos que afetem significativamente as
demonstrações financeiras consolidadas ou individuais do Bankinter S.A., exceto os factos
relevantes comunicados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Madrid, a 20 de março de 2018
Ignacio Blanco Esteban
Diretor de Tesouraria
BANKINTER S.A.
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