tamanho ótimo do grupo
Post on 19-Dec-2014
887 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
Tamanhos de Grupos Ótimos no mundo real
Ecologia de Populações
Prof. Dr. Harold Gordon Fowler
popecologia@hotmail.com
O que é um grupo?
“Qualquer conjunto de indivíduos, pertencentes a mesma espécie, que ficam juntos durante um período de tempo e se interagem mais do que com outros membros da mesma espécie”. Wilson 1975.
“Quando dois ou mais indivíduos vivem juntos eles constituem um grupo”. Lee 1994.
Introdução O tamanho do grupo depende dos custos e
benefícios
Dificuldades na determinação dos tamanhos ótimos dos grupos na natureza
1. Grupos podem ser muito grandes
2.Grupos podem ter distribuições amplas
3.Difíceis de localizar
Muitos animais vivem em grupos durante pelo menos parte de sua vida
Variação entre e dentro de espécies e populações
Conseqüência = desenvolvimento de interações sociais e relações
Tamanhos Ótimos de Grupos
Grupos como Redes
Teoria de Redes Sociais
Nódulos
Conexões por nódulo
Cliques
Fenômenos do Mundo Pequeno
Seleção Natural e Vida em Grupos
O que torna a vida em grupo beneficio?
Viver em grupos facilita a cooperação entre indivíduos
Aumento direto do aptidão ao produzir ‘egositcamente’ números grandes de filhotes
Também: aumento indireto do aptidão ao aumentar a probabilidade de sobrevivência e reprodução de parentes = proporção compartilhada de seus genes
Grupos Por que viver em grupos?
– Benefícios precisam ser maiores do que os Custos
Como os animais vivem em grupos? – Esperemos que a evolução proporciona os
animais que vivem em grupos com os comportamentos apropriados para maximizar seu aptidão
Custos e benefícios de viver em grupos:
A probabilidade de encontrar alimento pode aumentar com o tamanho do grupo (facilitação social)
Facilita a captura de presa maior
Pode permitir a defesa coletiva de alimentos
A probabilidade de visualizar um predador aumenta com o tamanho do grupo deixa mais tempo para se alimentar
Dilua a probabilidade de ser atacado por um predador e reduz a razão ataque a matança do predador
Quais são os benefícios de agrupamentos sociais?
Forrageio em grupos: os leões comem tanto sozinho como em grupo. Defesa dos filhotes: as fêmeas sem filhotes ainda ficam em grupos. Defesa territorial: as fêmeas são sensíveis ao número relativo de intrusos simulados (McComb et al. 1994).
Viver em grupos – pode ser efetivo ao enfrentarem grupo os predadores potenciais ou:
Mais olhos >> detecção maior de predadores.
Resposta de “fuga” de grupo pode confundir os predadores.
Enxames (cardumes) aumenta o tempo de procura dos predadores.
Ao fazer parte do grupo, nos encontros com predadores o individuo agora tem uma probabilidade de 1 em X de ser predado contra 1 em 1 se solitário {não precisa ser mais rápido do que o urso, mas somente mais rápido de outro membro do grupo}
Vantagens versus desvantagens de grupos: comendo no centro versus o risco de predação.
Conseqüências de Grupos
Benefícios – Anti-predador – Encontro de alimento – Termais
Custos – Competição para
alimento – Agressão – Infecção
Desvantagens de morar em grupos: Os recursos precisam ser compartilhados com outros membros do grupo Aumento o contato visual para os predadores Aumento da probabilidade individual de se infectar com parasitas Pode resultar num número menor de fertilizações para machos fora do par
Para o favorecimento de vida em grupos, seus benefícios precisam ser maiores do que os custos
Custos de formação de grupos O custo principal e compartilhar o alimento. Passer domesticus atrai outros pássaros ao fazer um canto que sinaliza a disponibilidade de alimento. Quando o risco de predação é baixo não canta.
Teoria Ótima
A teoria de otimização tem como premissa que os organismos tentam maximizar seus benefícios e ao mesmo tempo minimizar seus custos.
Assim, podemos prever como os organismos devem se comportar de forma que se maximiza a razão de beneficio a custo.
Teoria Ótima
As razões custo e beneficio são importantes quando podem ser mensurados com precisão, permitindo previsões precisas sobre as escolhas de comportamento feitas pelos organismos.
Uma maneira de estudar essas decisões é o uso da teoria de otimização
Tamanho do Grupo >
Gan
ho
ou P
erd
a E
nerg
éti
ca
(mesm
as u
nidad
es)
Bene
fici
os -
Cus
tos
CUSTOS
BENEFICIOS
Tamanho Ótimo do Grupo
Os animais devem formar grupos (imigrar) quando recebem benefícios, e de deixar o grupo (emigrar) quando o retorno da vida solitária > vida em grupo
O tamanho ótimo do grupo = ponto da maximização do aptidão Os indivíduos de grupos menores se beneficiam ao se juntar o grupo de tamanho ótimo O tamanho ótimo do grupo não é estável
Depende da Curva de Aptidão
Cooperação entre indivíduos não parentes
Custo/ benefício:
Cooperação na defesa dos recursos aumenta a probabilidade de sobrevivência e reprodução de todos os participantes = Mutualismo
A Ajuda sem benefício alem de receber ajuda no futuro = altruísmo recíproco
Por isso, a evolução de comportamento cooperativo = aumento de aptidão dos indivíduos envolvidos
Fenótipos
Gan
ho
ou P
erd
a de A
ptid
ão
CUSTOS
BENEFICIOS
W X Y Z
Quatro fenótipos distintos W, X, Y e Z). O fenótipo X tem a razão maior de beneficio a
custo e deve aumentar em freqüência
B-C
C-B
Tamanho ótimo do grupo e egoísmo. Muitos grupos provavelmente são “manadas egoístas”. Os indivíduos juntam a grupos para benefício próprio e não em benefício do grupo.
Tamanho ótimo do grupo e egoísmo. Se na espécie X o tamanho ótimo do grupo é 10 indivíduos, observaria grupos de 10 no campo? Por que ou por que não?
Tamanho ótimo do grupo e egoísmo. Os grupos devem ser maiores do que o tamanho ótimo até chegar a um tamanho onde o beneficio a um individuo de juntar ao grupo é igual de ficar sozinho.
O comportamento egoístico ocorre quando um predador pode o não estar presente, mas nenhum membro do grupo quer descobrir.
Indivíduos Egoístas
Defesa em Grupo Segurança em números
– Os olhos e orelhas podem ser somados
– Manadas
– Bandas
– cardumes
7art-screensavers.com Ron Watkins - PRIMARY IMAGES
Muitos animais são territoriais e vivem em grupos.
Indivíduos de espécies com territorialidade de grupo obtêm vantagem devido a defesa mutua de espaço e recursos compartilhados
Defesa em Grupo
Evitando a predação: Efeitos de grupos
E alguns benefícios de fazer parte de um grupo
Efeito de Diluição
1:9 1:1000’s
Efeito da Diluição O aumento do tamanho do grupo diminua a probabilidade de que um individuo particular será escolhido por um predador. Exemplo, uma banda de 100 aves tem somente uma probabilidade individual de 1% para ser escolhido pelo predador.
Efeito da Diluição Exemplo extremo do efeito de diluição encontrado em “estratégias de torcida organizada” Muitas presas sincronizam o comportamento para tentar modificar a capacidade do predador de predar
Quase todo Wildebeest dão luz durante um período de 2 semanas
Os predadores não podem comer todos os filhotes, e assim a maioria sobrevivem
Efeito da Diluição
Evitando a predação: Efeitos de grupos
E alguns benefícios de fazer parte de um grupo
Efeito de encontro
Animais em grupo são mais difíceis de serem encontrados
Quem cuida a porta?
Indivíduos no tamanho ótimo do grupo não querem que mais indivíduos entram no grupo
Mas outros indivíduos querem entrar.
Vigilância e grupos
Comportamentos de formação de grupos são comuns Várias vantagens potenciais. 1. Mais olhos aumentam a probabilidade de detectar predadores. 2. Defesa melhor em grupo 3. Efeito da Diluição
Probabilidade de grupo aproximando o predador
Tamanho do grupo
0 200 400 600
Grupos e Inspeção de Predadores As vezes a presa aproxima ao predador
Por que?
1. Diminuir risco atual
2. Coleta de informação sobre perigo
3. Advertir outros membros do grupo
Distancia que a cheta caminhou do grupo (m)
Tamanho do grupo
0 200 400 600
4000
3000
2000
1000
0
Grupos e Inspeção de Predadores
Função possível
1. Sinal de Alarme
2. Coesão Social
3. Efeito da Confusão
4. Pursuit deterrence
Informação Relevante
- Animais isolados pulam
- Orientar bunda ao predador
-- Animais isolados pulam
Grupos e Inspeção de Predadores
Experimentos por Kenward usando um falcão treinado demonstraram ao aumentar o tamanho de grupos, pombos detectaram o falcão a uma distancia maior.
Caçando em Grupos As presas se beneficiam pelo agrupamento. Os predadores também se beneficiam pela cooperação na caça de presas. Panthera leo, Crocuta crocuta , Lycaon pictus, Canus lupus e Eciton vagans caçam cooperativamente.
Leopardo de nuvens Neofelis nebulosa
Leopardo de neve Panthera uncia
Leopardo Panthera pardus
Leão Panthera leo
Tigre Panthera tigris
Onça Panthera onca
territorial territorial territorial territorial territorial territorial
social solitário solitário solitário solitário solitário
Habitat típico:
Estratégia de defesa de recursos
Padrão típico de agrupa-mento
savana floresta Geralmente floresta Em todo lugar Floresta e estepe Floresta / arbórea
Utilidade principal do forrageio cooperativo: 1. O sucesso da caça aumenta. 2. Presas maiores podem ser atacadas.
Desvantagem principal da caça em grupo é o compartilhamento da presa. Não todos os indivíduos têm acesso igual ao alimento.
Redistribuição Resulta em Grupos Super-ótimos
18 19 19 20 20 20 21 21 22
18 19 20 20 20 20 21 21 21
17 20 20 20 20 20 21 21 21
12 21 21 21 21 21 21 21 21
4 22 22 22 22 22 22 22 22
0 23 23 23 23 22 22 22 22
20
Os forrageiros as vezes podem obter informação sobre o alimento de outros indivíduos.
Corvus corax de Bernd Heinrich
Compartilhamento de Informação de forrageiros
Corvus corax usa (i) Melhoramento local. Grita
para recrutar outras aves. A informação do melhoramento
local é transferida no local do alimento.
Outros exemplos de melhoramento local.
(i) Urubus agrupando para consumir uma carcaça. (ii) Aves marinhas mergulhando num cardume de peixes.
Corvus corax também usa: (ii) Centros de Informação. Poleiro age como “centro de informação”. Poleiro longe do alimento, mas é onde a informação sobre a localização é trocada
Coragyps atratus e Cathartes aura também descansam em grupos. Os poleiros funcionam como centros de informação?
Os poleiros de Coragyps atratus as vezes servem como centros de informação, mas não os poleiros de Cathartes aura .
Coragyps atratus Cathartes aura
Diferencia principal: Coragyps atratus é mais agressivo. Coragyps atratus espanta Cathartes aura das carcaças grandes de duração longa.
Coragyps atratus depene de presas pequenas e Cathartes aura depende de carcaças grandes. Coragyps atratus use seu sentido de olfação para localizar suas carcaças.
As diferencias no comportamento dos urubus é uma conseqüência de suas capacidades distintas de encontrar alimento e de agressão.
A informação do melhoramento local é comumente usado por pássaros. Porém, são poucos estudos que apóiam a Hipótese dos Centros de Informação. Um desses e a pesquisa de Greene sobre Pandion haliaetus.
Pandion haliaetus se alimente de peixes. As vezes reproduz em colônias. Um indivíduo voltando ao ninho carregando um indivíduo de Alosa pseudoharengus (peixe de cardume) causa outros procurar alimento no sentido de onde chegou o indivíduo.
Um indivíduo retorna
com peixe Nenhum indivíduo retorna
com peixe
10 saídas
5 saídas
1 saída
Orientação dos indivíduos que saem
Pandion haliaetus que vêm seus vizinhos
retornando com peixes pescam peixes mais
rapidamente do que os indivíduos que não vieram
Pandion haliaetus
Noviços
Informados
Tempo gasto para pegar peixe (minutos)
Núm
ero
de indiv
íduos
Apis mellifera “dança” para transmitir informação
Melhor exemplo de um centro de informação existe em Apis mellifera.
Uma abelha que encontrou alimento dança para repassar informação sobre a localização de alimentos a outros indivíduos da colméia. Se a fonte alimentar está próxima a colméia (< 50m) a abelha usa a dança redonda.
A abelha realiza a dança num caminho parecido a figura 8. A abelha se desloca numa linha reta e ao mesmo tempo samba seu corpo. A abelha depois vira a direta ou a esquerda para retornar ao começo do caminho.
Se a fonte alimentar fica mais distante a abelha usa a dança “forro”
Na colméia, a abelha dança no obscuro sobre uma superfície vertical. Vertical indica a direção do sol. Ângulo da dança relativa ao vertical indica a direção da fonte alimentar em relação ao sol. O comprimento da parte samba indica a distancia aproximada a fonte alimentar.
O comprimento da parte samba indica a distancia aproximada da fonte alimentar. Quanto menor o número de circuitos de dança realizados em 15 segundos, quanto mais distante a fonte alimentar.
Testes da eficácia da dança “samba” . Para transmitir informação da localização de alimento precisa transmitir informação da distancia e da direção.
A transmissão da informação direcional. Teste simples. Recrutas treinadas a visitar
a fonte F. Comparou as abelhas chegando na fonte F e
em seis outras fontes de distancia igual da colméia mais em sentidos diferentes.
Fonte F com uma maior taxa de visitação.
Recrutas treinados para visitar fonte 750m da colméia. O alimento a 750m retirado. Fontes alimentares 200-2500m da colméia colocadas
Para proporcionar informação da distancia.
Most bees occurred at site 800m from hive.
Maioria das abelhas a 800 m da colméia
Metros da colméia
Núm
ero
de a
belh
as c
hegando
Fonte de alimento
750 m da colméia
Evolução da dança das abelhas.
Além de Apis mellifera, outras espécies de Apis também usam a dança. A. florea dança sobre o favo horizontal construído no aberto. O dançador sinaliza diretamente ao alimento.
Existem estágios intermediários possíveis em vários parentes de Apis. As abelhas Trigona zumbem e se movimentam com excitação. Outras Trigona cheiram a abelha e procura aquele alimento. Algumas Trigona colocam trilhas de cheiro ao alimento.
Melipona fazem pulsos de som. Pulsos mais compridos implicam que o alimento fica mais longe. A abelha que descobriu o alimento realiza vários vôos curtos no sentido ao alimento, e depois leva outras a fonte.
A evolução da dança provavelmente envolvei uma padronização do “comportamento excitado” para indicar a quantidade e distância do alimento. Também, a troca de liderança atual ao simbólica para indicar direção (resultando na liderança parcial).
Esses ataques são eficazes em deter intrusões. Os ninhos artificiais experimentais colocados no centro de uma colônia tem menor probabilidade de serem destruidos do que ninhos na borda.
As aves não coloniais também fazem arrastões contra predadores. O comportamento de arrastão contra falcões e corujas por aves pequenas que molestam o predador.
Os predadores que sofrem do arrastão se desiste Por que?
Provavelmente porque a probabilidade de captura de uma presa por predador é baixa se descoberto por uma presa potencial
Os predadores após sofrer arrastão se movimentaram mais de duas vezes do que aves fazendo defesa em grupo.
Porque a defesa em grupo pode forçar o predador se afastar
Os penugens a beira do mar hesitam pular (e as vezes forçam outro pular) devido as focas predadores.
Enxames – A Definição
Agregação de animais similares, geralmente se deslocando na mesma direção
Os cupins fazem enxames para construir colônias
As aves fazem enxames para encontrar alimentos
As abelhas e formigas fazem enxames para reproduzir
Por que os animais usam enxames?
Para melhorar o forrageio
Para migrar
Como defesa contra os predadores
Os insetos sociais sobreviveram por milhões de anos.
Enxame – Exemplo
Enxames em aves
Modelo “Aveoides” proposto por Reynolds – Aveoides = Ave-oides (como aves)
Somente três regras simples
Enxames - Características
Regras simples para cada indivíduo
Nenhum controle central – Descentralizado e por isso robusto
Emergente – Realiza funções complexas
Tamanho do grupo Taxa d
iária
de s
obre
viv
ência
Teoria Ótima e Pombos Nos pombos a taxa diária de sobrevivência
é maior em tamanho de grupos de 10 indivíduos
Teoria Ótima e Pombos
Pombos formam bandas no inverno.
As bandas aparentemente fornecem benefícios contra predadores. A quantidade de tempo que um individuo fica vigiando para predadores aumenta com o tamanho da banta até um tamanho de 10 onde fica constante.
O aumento da competição por alimento entre membros da banda provavelmente aumenta com o tamanho da banda
Teoria Ótima e Pombos
A movimentação média diária é minimizada para grupos de 10 a 11 indivíduos.
Grupos pequenos podem se movimentar mais na procura de grupos maiores e de mais alimento
Teoria Ótima e Pombos
Razão de custo beneficio maximizada para grupos de 10 a 11 indivíduos e representa o tamanho do grupo mais comum.
Creel e Creel 1995/1997
•Tamanho da banda varia entre três e 20 adultos
•Benefício (c-b)
KJ obtido/cão/dia
•Maximizado em bandas maiores
Cães Selvagens Africanos Lycaon pictus
Defesa contra o clepto-parasitismo
Tamanho da banda mais comum foi
de 10 (ótimo local)
Muito menor do que o ótimo
Esforço da caça variou
significantemente entre os
tamanhos da banda e os custos
da caça excederam os benefícios
em mais de 35% do tempo
Cães Selvagens Africanos Lycaon pictus
Moeda Apropriada? Mortos/caça
Biomassa média de presas mortas
Distancia percorrida numa caça de sucesso
Kg morto/cão/dia
Kg morto/cão/ km percorrido
Kg morto/cão/km caçado
Tamanho de Grupo em Peixes
Sensitividade ao tamanho do grupo (Krause et al, 1998)
As espécies mais vulneráveis são mais sensíveis ao tamanho do grupo, reagem quando advertidas
Ao advertir, o tamanho ótimo do grupo é quase sempre maior do que o normal. Os grupos mais vulneráveis com maior probabilidade de nadar a um grupo maior.
A distribuição agregada de
territórios de Empidonax
minimus, (pontos a esquerda tem 50 metros entre eles; territórios
são círculos a
direto (Sherry e Holmes,
1985)
Por que Empidonax minimus agrega nos territórios reprodutivos?
Sherry: – Nenhuma evidencia de defesa contra predadores (usaram
aves em gaiolas para simular predadores) – Nenhuma vantagem obvia de alimentação em colônias
maiores Taroff: vantagem de oportunidades de copula: – Os indivíduos copulam extra-par (DNA) – Os machos e fêmeas mais velhos se beneficiam do
número grande de vizinhos (os machos mas novos perdem pela copula extra-par dos machos mais velhos)
Colinus virginianus
•Do este dos Estados Unidos e México • Forma grupos no fim do verão
Os indivíduos com radio transmissores foram localizados 5 a 7 vezes por semana entre 9 de novembro e 31 de janeiro de 1997-2000
O tamanho dos grupos foi estimado por levantamentos
durante 5 dias consecutivos.
Resultados...
Grupos pequenos (≤7) se alimentam com mais eficiência, são menos vigilantes e se deslocam por distancias maiores.
Grupos maiores (≥15) têm maior vigilância e termoregulação. Mas, demonstraram uma eficiência de alimentação menor e possivelmente ficaram mais visíveis.
Os grupos maiores tinham uma taxa de sobrevivência individual menor e a maior parte desses grupos formaram grupos menores.
Uma vez atingida o tamanho de 11, ocorre trocas entre ...
Aumento da termoregulação
Aumento da eficiência de alimentação
Aumento da vigilancia contra predadores e
Aumento da sobrevivência individual
Há evidencia do tamanho ótimo do grupo em Colinus virginianus .
Os dados experimentais sugerem que o tamanho ótimo do grupo é 11 e os pássaros mudam e se arranjam em grupos.
Todos os grupos não são do tamanho de 11, variam pouco desse número.
Schneider – Zonotrichia albicollis
Os grupos menores têm uma capacidade de forrageio diminuído … Mas… aumento de proteção de predadores
Tursiops sp. Shark Bay, Australia
O tamanho médio do grupo – Médio: 4.8 indivíduos
– Grupo médio de mães e filhos: 4.3 indivíduos
– Amplitude: 0-19 indivíduos
Idade Ao separar filhotes da mãe – Ao aumentar a idade, o tempo gasto em grupos cai
Mais prevalente com filhas do que com os filhos
Proteção
Os filhotes geralmente não caçam com as mães porque ela desloca mais rapidamente. Quando as mães caçam, os filhotes gastam tempo em grupos para reduzir o risco de predação. Os tamanhos dos grupos sempre muda dependente das atividades do grupo
Habitat
O tamanho do grupo depende da profundidade do mar, salinidade, temperatura e outros fatores
O tamanho médio de grupos em segmentos de 9 km
Residentes:
• Predam peixes e lulas
• territorialidade
Grupos consistem de várias fêmeas com ligações familiares fortes
Grupos grandes
Transientes:
• Predam mamíferos marinhos
• Sem territorialidade
• Grupos consistem de poucas fêmeas com ligações familiares fracas
• Grupos menores
Orças (Orcinus orca)
Transientes:
O tamanho do grupo variou de 1 a 15 indivíduos
Os tamanhos dos grupos de caça e alimentação foram iguais
Tamanho médio do grupo: 2.05 indivíduos
Tamanho máximo do grupo: 4 indivíduos
Tamanho típico do grupo: 2.46 indivíduos
Grupos de mais de 3 indivíduos eram associações transitórias de 2 ou mais grupos
Grupos de 3 indivíduos somente tinham membros de um grupo familiar, sugerindo que indivíduos solitários ou em pares não juntaram
Tamanho modal do grupo: 3 indivíduos
Tamanho médio do grupo: 4.21 indivíduos
Tamanho típico do grupo: 5.62 indivíduos
Grupos maiores tinham um número desproporcional de jovens
O tamanho de grupo de 3 era mais freqüente Vários machos solitários demonstram a dispersão como transientes Provavelmente ocorre devido aos benefícios energéticos de forragear em grupos pequenos Os grupos grandes podem ser importantes na caça de presa mais difícil capturar (Phocoenoides dalli) ) ou se existe risco de se machucar durante a captura (Zalophus californianus ) Nesses casos, o tamanho médio do grupo foi de 6
Tamanho Ótimo de Grupo: Orças (Baird e Dill, 1996)
Grupos de 3 mais eficientes
para caçar focas. Grupos
de 3 mais freqüentes
Mas, o tamanho médio de
grupo observado nas orças
não foi 3, o tamanho maior
do grupo é ótimo para
proteger os filhotes e para
caçar presa maior
Razões para variar o tamanho do grupo Variabilidade Sazonal
Estação seca e úmida
Perdas a outros Hienas
Razão sexual do grupo Fêmeas = melhores caçadores
Parentesco do grupo Seleção de parentesco
Alguns mecanismos da vida em grupo não altruísta
Desvantagens de vida em grupo: – Competição para alimento, ninhos, pares – Risco maior de predação, doenças e parasitismo
Vantagens compensatórias da vida em grupo
– Evitar predadores — muitos olhos, distração, defesa do grupo, banda egoísta
– Eficiência de alimentação – como aprendizagem de fontes alimentares boas de outro membro da banda; caça cooperativa (lobos, leões)
– Oportunidades de copula -- copulas extra-par dentro de colônias reprodutivas
Outros mecanismos possíveis da vida em grupo não altruísta
Fragmentação – por exemplo, por predadores
Sub-grupos saem do grupo principal
Estimativa sub-ótima do aptidão. Aprendizagem (e esquecimento) durante reconhecimento do habitat
Por que os invertebrados são modelos bons para estudar o
tamanho ótimo do grupo:
Problemas com o estudo de muitos vertebrados:
– Longevidades longas relativas a taxa de mudança
do tamanho de seus grupos
– Podem reproduzir várias vezes e gastam somente
parte da vida no grupo original
– Supressão da reprodução fiscalizada socialmente
– Amplitude dos tamanhos de grupos existentes e o
numero de grupos são limitados
Constroem teias comunais
Os membros da colônia cooperam na captura de presa, alimentação e cuidado da prole
1 a 1000 indivíduos por colônia
Anelosimus eximius (Araneae: Theridae)
Três Componentes de Aptidão:
Probabilidade da
reprodução feminina
Tamanho médio da
ninhada
Sobrevivência da prole
Sucesso Reprodutivo Vital (x):
LRS (x) = p (reprodução ¦x) X (tamanho da ninhada ¦x) X P(sobrevivência da prole ¦x)
Onde x, tamanho da colônia, é o número de fêmeas sub-adultas/adultas na geração parental
Efeitos do tamanho da colônia sobre a probabilidade da
reprodução feminina
O número médio de sacos de ovos colocados por fêmea
decaiu consistentemente com o tamanho colonial.
Nove de dez indivíduos solitários colocaram ovos, mas na
colônia a média foi somente 0,26 sacos por fêmea.
Efeitos do tamanho da colônia sobre o tamanho da ninhada
Ovosacos não parasitizados: número médio de
ovos por saco entre colônias aumentou
significantemente com o tamanho da colônia
Ovosacos parasitizados: o tamanho da colônia
sem efeito significativo sobre a geração F1 –
incidência elevada de parasitoides dos
ovosacos nessa geração
Efeito do Tamanho da Colônia sobre a Sobrevivência das Proles
A proporção das proles que
sobreviveram até serem adultos
aumentou com o tamanho da colônia
Efeito do Tamanho da Colônia sobre a Sobrevivência da Colônia A probabilidade que uma colônia sobrevive
até a próxima geração aumenta
significativamente com o número de
fêmeas sub-adultas e adultas na
geração parental
Amplitude de
tamanho de
colônia
(classes)
Número de
colônias
Taxa per
capita média
de
crescimento
SE Somas
1-2 11 0.82 0.77 109
3-9 4 0.61 0.53 50.5
23-46 5 1.81 0.87 102.5
51-75 7 2.55 0.83 172
88-107 5 2.19 0.85 118
144-165 2 1.32 0.41 43
Tamanho Ótimo do Grupo
Tamanho da colônia Tamanho da colônia
Pro
po
rção
das p
role
s q
ue
so
bre
viv
em
Tamanho Ótimo do Grupo
Tamanho da colônia
Ovos por saco
Proles que
sobrevivem
Sacos por fêmea
Produto dos componentes
De aptidão
Tamanho Ótimo do Grupo
Amplitude de
tamanhos de
colônias em
classes de
tamanho
Número de
colônias
Taxa per
capita média
de
crescimento
Erro Padrão Soma das
ordens
1-2 11 0.82 0.77 109
3-9 4 0.61 0.53 50.5
23-46 5 1.81 0.87 102.5
51-75 7 2.55 0.83 172
88-107 5 2.19 0.85 118
144-165 2 1.32 0.41 43
Tamanho Ótimo do Grupo
Colônias maiores e menores do que o tamanho ótimo
Menores – precisa de tempo para aumentar a
população
Maiores- perigos da dispersão, períodos específicos
de quando a aranha pode sair da colônia
Os modelos necessários para lidar com os custos de
dispersão e a natureza demográfica de muitas
sociedades de animais.
Tamanho Ótimo do Grupo
Por que o modelo não funciona? O tamanho ótimo do grupo não é estável
O crescimento da colônia ocorre por meio de recrutamento de indivíduos dentro do grupo de forma demográfica – Pode levar várias gerações até atingir o
tamanho ótimo do grupo
A dispersão ativa envolve somente as fêmeas inseminadas de modo que a dispersão não é instantânea
Com idade e aumento do tamanho do grupo
– Competição Intra-colonial
– Aumento de parasitismo
– Destruição do ninho
Produz uma população transiente de colônias relativamente pequenas
Tamanho Ótimo do Grupo
Conclusões O comportamento social (tamanho grande do grupo,
população local densa) podem resultar de uma variedade de fatores genéticos e ecológicos
Os grupos podem resultar de oportunidades de alimentação, defesa contra predadores, oportunidades de copula usados por indivíduos com vantagens
Uma variedade grande de comportamentos sociais podem ser simplesmente interpretados a base da natural seleção natural ao nível do indivíduo e as vantagens reprodutivas individuais (egoístas)
A ecologia de comportamento proporciona novas fontes de dados e idéias para explicar distribuições e outros comportamentos
Não podemos prever o tamanho do grupo a base da espécie
Depende de vários fatores, bióticos e abióticos
O tamanho do grupo é específico ao ambiente no qual o grupo ocorre
Generalizações não podem ser feitas entre os ambientes
Não conformam ao tamanho ótimo do grupo
Resumo de Vida em Grupos
Ainda faltam estudos suficientes do mundo real para comparar os modelos
Muitos fatores influenciam o tamanho do grupo
Resumo de Vida em Grupos
Resumo de Vida em Grupos
Custos e benefícios determinam o tamanho ótimo do grupo
Porém, os indivíduos são egoísticos e perturbam esse processo
Teoria prevê tamanhos super-ótimos de grupos
Alguns mecanismos podem facilitar o processo
Referencias “Spatial models of delphinid (family Delphinidae) encounter rate and group
size in the eastern tropical Pacific Ocean”, M.C. Ferguson, J. Barlow, P. Fiedler, S.B. Reilly, T. Gerrodette “Q.A. Gibson, J. Mann The size, composition and function of wild bottlenose
dolphin (Tursiops sp.) mother–calf groups in Shark Bay, Australia”
“R.W. Baird, L.M. Dill (1996) Ecological and social determinants of group
size in transient killer whales”, “Optimal group size and northern bobwhite coveys”, C.K. Williams, R. S. Lutz, R.D. Applegate “Aviles, Tufino (1998) Colony size and individual fitness in the social
spider”, “Survival benefits select for group living in a social spider despite
reproductive costs”, Bilde, et al
Referencias
Wiklund, C. e Andersson, M. Natural selection for colony size
in Passerines –
http://www.jstor.org/view/00218790/ap990162/99a0003
0/0
Schneider, K Dominance, predation and optima foraging in
bird focks –.
http://www.jstor.org/view/00129658/di960299/96p0017c/
0
Referencias
Christenson, T.E., 1984. Behaviour of colonial and solitary spiders of the Theridiid species Anlosimus eximius, Animal Behaviour 32: 725 – 734
Jakob, E.M, 1990. Costs and benefits of group living for pholcid spiderlings: losing food, saving silk. Animal Behaviour 41: 711-722
Sibly, R.M. Optimal group size is unstable Animal Behaviour 31: 947 – 948
Gibson, Q.A. e Mann, J. 2008. The size and composition of wild bottlenose dolphin (Tursiops sp.) mother-calf groups in Shark Bay, Australia. Animal Behaviour. 76: 389-405.
top related