tep crônico
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TEP Crônico
TEP Crônico Quadro de hipertensão pulmonar observado
após um período mínimo de três meses depois de pelo menos um episódio de embolia pulmonar, desde que excluídas outras causas.
(SBPT, 2005)
TEP Crônico
Em geral, após um episódio de tromboembolismo pulmonar, os pacientes apresentam restauração da hemodinâmica e troca gasosa pulmonar.
Uma pequena parcela dos pacientes, no entanto, desenvolverá hipertensão pulmonar crônica.
Incidência
Menos de 1% dos pacientes que sobrevivem ao evento de TEP (Kearon, 2003; Beccatini, 2006)
Pengo et. al, 2004 : 223 casos de TEP = 3,8% (IC 95% 1,1-6,5)
Difícil de precisar. Diagnóstico em geral tardio, especialmente nos
casos em que não há história de TVP, ou TEP oligossintomático.
Fisiopatologia
Ainda não é bem definida.
Extensão da obstrução vascular
Estados de hipercoagulabilidade Elevação de fator VIII SAAF: Identificada em 10-20% dos casos de TEP
crônico Mecanismos fibrinolíticos diminuídos ou
fibrina resistente à lise mediada pela plasmina
Progressão da Doença
Pacientes em estágios tardios de doença: difícil avaliação hemodinâmica.
Evento inicial – TEP
Período assintomático ou minimamente sintomático.
o Independe do tamanho da obstrução vascular ou de se o evento agudo foi sintomático ou não.
Progressão da doença
Evento inicial – TEP Período assintomático ou minimamente sintomático Progressão
Mudanças na resistência de peq vasos da periferia pulmonar
BX: Amplo espectro de lesões vasculares de hipertensão
Hipertensão de peq arteríolas pulmonares↑ da PA de vasos pulmonares
Hipertensão pulmonar 2ária
Progressão da doença
Hipertensão pulmonar progressivaAumento da pós-carga de VDInsuficiência de VD
Sinais e sintomas de Hipertensão Pulmonar
Evento inicial – TEP Período assintomático ou minimamente sintomático Progressão Hipertensão pulmonar
2ária
Quadro Clínico
DISPNÉIA progressiva, principalmente ao ESFORÇO meses, anos;
Intolerância aos exercícios; Dor torácica relacionada aos esforços; Tosse seca; Hemoptise; Edema MMII; Síncope.
Quadro Clínico
Antecedentes Pessoais:
TEP Agudo, TVP (pode estar ausente); Desconforto torácico; PNM atípica prolongada; Hospitalização ou procedimento
cirúrgico.
Quadro Clínico
Exame Físico:
Sinais precoces: Discreto aumento VD; Impulsão sistólica paraesternal E; Aumento componente pulmonar 2ª
bulha.
Quadro Clínico
Sinais tardios: Hipertensão Pulmonar falência
ventricular D; Aumento 2ª bulha área pulmonar; Hepatomegalia; S3 e S4 com galope; Sopro Insuficiência Tricúspide.
Diagnóstico
Inicialmente:
Achados HP considerar HP 2ª ao embolismo pulmonar crônico em qq pcte com DISPNÉIA aos esforços sem causa aparente;
Ex. Físico: condicionados ao grau de HP e disfunção VD.
Diagnóstico
Provas Função Respiratória:
ESPIROMETRIA: Geralmente normal; Padrão restritivo alterações pleurais +
pequenos infartos; Padrão obstrutivo obstrução
expiratória devido hiperemia mucosa circulação colateral a. brônquicas.
Diagnóstico
GASOMETRIA ARTERIAL: Pa02 normal; Gradiente alvéolo arterial 02
aumentado; Exercício: Diminuição Pa02 e Gradiente
alvéolo arterial 02; Hipoxemia arterial pouco frequente
Diagnóstico
RX TÓRAX: Pode ser normal; Áreas de HIPER ou HIPO perfusão; Dilatação UNI ou BI lateral art.
Pulmonares e troncos; Cardiomegalia; Aumento VD; Atelectasia; Espessamento pleural.
Diagnóstico
ECG:
Sobrecarga e Hipertrofia VD;
Alteração segmento ST e onda T em 1/3 casos;
Diagnóstico
ECOCARDIOGRAFIA: Aumento câmara D; Redução função sistólica VD; Dilatação art. Pulmonar (46%); Disfunções valvas tricúspide e mitral; Aumento Pressão Sistólica A. Pulmonar
(>40mmHg).
Diagnóstico
CINTILOGRAFIA VENTILAÇÃO/PERFUSÃO: Ótimo exame inicial; Método mais direto sugerir HP crônica; Imagem pode subestimar extensão
embolismo, localização, magnitude; Requer exames adicionais.
Diagnóstico
ANGIO – TC: Método simples e não invasivo; Achados: Dilatações e trombos câmaras D; Anormalidades Vasculares; Recanalização Vaso Trombosado; Defeitos Enchimento Luz Vaso; Padrão Pulmonar em Mosaico.
Diagnóstico
ANGIOGRAFIA: Padrão-Ouro; Invasivo morbidade 1-5%; mortalidade
0,5%; Define o diagnóstico e o Acesso
Cirúrgico.
Tratamento Nas últimas décadas, a
tromboendarterectomia pulmonar revelou-se a melhor opção terapêutica do Tromboembolismo Pulmonar Crônico Hipertensivo (TEPCH), com uma excelente qualidade de vida, normalização da capacidade de exercício e, freqüentemente, uma normalização de
parâmetros hemodinâmicos em repouso.
O procedimento é realizado em hipotermia severa, durante circulação extracorpórea e períodos de parada circulatória.
É realizada uma dissecção cuidadosa do material cronicamente endotelializado da íntima a fim de restaurar a patência da artéria pulmonar.
Como o trombo crônico fica firmemente aderido à parede interna do vaso, a tentativa de sua retirada por tração promove sua fragmentação e permanência nas regiões distais da artéria pulmonar.
Apresenta uma mortalidade perioperatória de 4 a 10%.
Após o desenvolvimento do TEPCH, a tromboendarterectomia é a única opção terapêutica potencialmente eficaz.
A escolha dos pacientes baseia-se em fatores objetivos subjetivos (FEDULLO, 2009)
1) Acessibilidade ao trombo: É o primeiro e mais importante critério
na escolha por possível intervenção cirúrgica, sendo definida por angiografia e cateterismo.
As técnicas cirurgicas atuais permitem remover trombos crônicos em artérias principais, lobares e segmentares.
2) Disfunção hemodinâmica ou ventilatória: O segundo critério envolve a presença
de disfunção hemodinâmica ou ventilatória como consequencia do TEP crônico.
A opção de cirurgia é considerada em pacientes com níveis moderados de HP ao repouso, mas que desenvolvem elevados níveis de HP aos mínimos esforços.
3) Comorbidades: O terceiro critério é a ausência de
comorbidades, como doença severa do parênquima pulmonar. No entanto, a presença de outras doenças não são contraindicações absolutas para o procedimento.
Os riscos impostos por qualquer condição coexistente e seu potencial efeito a longo prazo devem ser cuidadosamente revistos com o paciente antes de optar pela cirurgia.
4) Aceitação dos riscos pelo paciente: Finalmente, o paciente deve aceitas
os riscos de morbidade e mortalidade relacionados ao procedimento.
DissectorAortaTromboBifurcação daPulmonar
Apesar dos avanços alcançados com a tromboendarterectomia, mais de 50% dos casos são considerados inaptos para a realização do procedimento, e mais de 10% evoluem com HP persistente ou recorrente.
Estudos com o uso de drogas para o controle de pacientes com hipertensão pulmonar sem indicação cirúrgica ainda são escassos.
Atualmente, o tratamento clínico está se tornando uma opção concreta para aqueles pacientes que apresentam tromboembolismo pulmonar crônico hipertensivo, nos quais é contra-indicada a tromboendarterectomia ou que após esse procedimento permanecem com níveis pressóricos elevados na artéria pulmonar.
A experiência com o uso da sildenafila para o tratamento clínico é reduzida, e em um trabalho em que foram administrados 150 mg diários dessa droga por 6 meses, em 12 pacientes com tromboembolismo pulmonar crônico hipertensivo sem indicação de tromboendarterectomia, observou-se melhora expressiva da condição hemodinâmica.
A bosentana, um antagonista da endotelina, foi usada por 3 meses em 19 pacientes em que foi contra-indicada a tromboendarterectomia, tendo sido observados redução da resistência vascular pulmonar e aumento da distância percorrida em testes de seis minutos.
Apesar de esses resultados serem promissores, é importante salientar que são necessários estudos randomizados, com número maior de casos, para que se possa confirmar a utilidade dessas drogas no tratamento do tromboembolismo pulmonar crônico hipertensivo não-cirúrgico ou naqueles em que a tromboendarterectomia não produz resultados satisfatórios.
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