terceira civilizaÇÃo julho 2013.3
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Recitar vibrante Daimoku é a força
motriz para o ilimitado progresso
Edição 539 - Publicado em 05/Julho/2013 - Página 70
Última EdiçãoNº 539 Publicada em 05/Julho/2013
Edições Anteriores
VANGUARDA. No Centro de
Treinamento de Okinawa,
Japão, com as nobres
integrantes da DF e a Sra.
Kaneko, o presidente Ikeda
ergue a bandeira da SGI como
se abrisse o caminho da vitória
do Kossen-rufu Mundial
RADIANTES. Integrantes da DF
da BSGI comemoram
alegremente os 62 anos de
fundação da Divisão que tem
como lema comprovar o
“Castelo da vitória com muito
mais Daimoku” (jun. 2013)
[15] Como Aqueles que Inicialmente Aspiram ao Caminho Podem Atingir o Estado de Buda por meio do Sutra
de Lótus (END, v. VI, p. 230–231.)
Trecho da carta
Como Aqueles que Inicialmente Aspiram ao Caminho Podem
Atingir o Estado de Buda por meio do Sutra de Lótus
Quanto ao significado do Myoho-rengue-kyo: a natureza de Buda
inerente em nós, pessoas comuns; a natureza de Buda de Brahma,
Shakra e de outras divindades; a natureza de Buda de Shariputra,
Maudgalyayana e de outros ouvintes da voz; a natureza de Buda de
Manjushri, Maitreya e de outros bodhisattvas; e a Lei Mística, que é a
iluminação dos budas das três existências, são uma coisa só. Este
princípio é chamado Myoho-rengue-kyo. Portanto, quando recitamos
uma vez o Myoho-rengue-kyo, com este único som invocamos e
manifestamos a natureza de Buda de todos os budas; todas as
existências; todos os bodhisattvas; todos os ouvintes da voz; todas as
divindades, como Brahma, Shakra e Rei Yama; o Sol e a Lua e as
miríades de estrelas; desde os deuses celestiais e divindades terrenas
até os moradores do inferno, os espíritos famintos, os animais, asuras,
seres humanos e celestiais, e todos os outros seres vivos. Este
benefício é imensurável, ilimitado.
Quando reverenciamos o Myoho-rengue-kyo inerente em nossa própria
vida como Objeto de Devoção, a natureza de Buda dentro de nós é
convocada a emergir e é manifestada pelo Nam-myoho-rengue-kyo
que recitamos. Isto é o que se entende por “buda”. Para ilustrar,
quando um pássaro engaiolado canta, os pássaros que voam no céu
são, assim, convidados a se reunir à sua volta, e quando os pássaros
que voam no céu se reúnem ao redor dele, o pássaro na gaiola se
esforça para sair. Quando recitamos a Lei Mística, nossa natureza de
Buda, convocada, invariavelmente surge. A natureza de Buda de
Brahma e Shakra, chamada, nos protegerá, e a natureza de Buda dos
budas e bodhisattvas, chamada, se alegrará. Isto é o que o Buda quis
dizer com a seguinte afirmação: “Se alguém consegue mantê-la [a Lei
Mística], mesmo por curto tempo, certamente eu me alegrarei e o
mesmo acontecerá com outros budas”.
Todos os budas das três existências também atingem o estado de
Buda em virtude dos cinco ideogramas do Myoho-rengue-kyo. Esses
cinco ideogramas são a razão pela qual os budas das três existências
aparecem no mundo; são a Lei Mística por meio da qual todos os
seres vivos podem atingir o Caminho do Buda. Você deve compreender
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Estudo
Carmen Lucia Aguiar (119433-0) Extranet Contatos Alterar senha Links Informações Sair
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MESMO IDEAL. As atividades
da SGI, repletas de encontros de
vida a vida, proporcionam
esperança e coragem para as
pessoas (CCCamp, maio 2013)
REPARTIR ALEGRIA. Sub. Norte
do Paraná vibra pelos novos
associados que decidiram
conquistar a felicidade na vida e
passaram a integrar a família
BSGI
COMPANHEIRISMO. Rainhas da
Felicidade estudam juntas o
Budismo para fortalecer a fé
SUCESSOR IKEDA EM AÇÃO.
Líderes da DE do Rio de Janeiro
posam para foto durante o
Curso de Aprimoramento da DE
realizado em abril no CCCamp
inteiramente essas questões e, no caminho para alcançar o estado de
Buda, recitar Nam-myoho-rengue-kyo, sem arrogância nem apego a
visões errôneas (END, v. VI, p. 230-231).
Explanação
A coragem dá origem a uma renovada determinação, e a profunda
oração imbuída desta renovada determinação é o primeiro passo,repleto de esperança, em direção à grande vitória.
Na SGI, maio é sempre um mês repleto da renovada determinação dos
nossos membros para o avanço do Kossen-rufu. O Dia 3 de Maio, Diada Soka Gakkai, incorpora profundamente o espírito de mestre e
discípulo Soka. Não é apenas o ponto primordial no nosso juramento
compartilhado, mas também o ponto de partida do nosso novo zarpar,
o dia em que nos lançamos à nossa próxima meta em nossos esforçospelo Kossen-rufu.
A história do nosso movimento consiste em embarcar em novos
desafios com base na sincera recitação do Nam-myoho-rengue-kyocom nova determinação, antes de qualquer coisa. Tudo começa com
Daimoku. Com nossa sabedoria e esforço baseados na firme recitação
do Daimoku, triunfamos sobre todos os obstáculos. Por encararmos a
adversidade como oportunidade para aprofundar nossa fé, fazemos
emergir o poder benéfico da recitação do Nam-myoho-rengue-kyo e
adquirimos brilhantes experiências pessoais de renascimento espirituale revitalização, as quais abrem o caminho para o Kossen-rufu de forma
incansável.
Não importa a época ou as circunstâncias, a prática da recitação do
Daimoku é a nossa base. Nitiren Daishonin orienta: “Sofra o que tiver
de sofrer. Desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tanto o
sofrimento como a alegria como fatos da vida e continue recitando
Nam-myoho-rengue-kyo” (END, v. III, p. 199). Ele nos convida a recitarDaimoku tanto “no sofrimento como na alegria”. Dar continuidade à
recitação — na felicidade, na tristeza ou no sofrimento — é o caminho
certo para atingir o estado de Buda nesta vida. Recitar Nam-myoho-
rengue-kyo é o meio pelo qual podemos tocar nosso estado de Buda
interior, vencer as funções da maldade, superar o sofrimento cármico e
transformar o estado da vida. É uma prática sem paralelo, que nos
permite saborear a “ilimitada alegria da Lei”1 (Ibidem). RecitarDaimoku nos torna capazes de construir um estado de felicidade
absoluta em que estar vivo é em si uma alegria. Se sempre
continuarmos essa recitação, não importa o que aconteça,
desfrutaremos de uma completa paz de espírito. Conseguiremos
despertar o vasto e ilimitado estado de Buda dentro de nós.
Nesta edição, vamos estudar o que Daishonin tem a dizer sobre a
prática essencial da recitação do Nam-myoho-rengue-kyo, com focoespecífico na parte final do escrito “Como Aqueles que Inicialmente
Aspiram ao Caminho Podem Atingir o Estado de Buda por meio do
Sutra de Lótus” (Ibidem, p. 230-231). Nele, Nitiren Daishonin esclarece
que o Sutra de Lótus por si só revela a verdadeira intenção do Buda e
que o Nam-myoho-rengue-kyo é a Lei para se alcançar o estado de
Buda a ser propagada na era maléfica dos Últimos Dias após a morte
do Buda.Embora a data da carta e seu destinatário não sejam claros,2 seu
conteúdo se concentra em refutar o ponto de vista da escola
Nembutsu sobre a existência de outro mundo transcendental — Terra
Pura — que formava a essência da adoração a Amida3 na época de
Daishonin. Há também uma breve referência à iluminação das
mulheres ensinada no Sutra de Lótus. O conteúdo, portanto, sugere
que a carta tenha sido endereçada a uma seguidora de NitirenDaishonin, que anteriormente teria recitado a Nembutsu (o nome do
Buda Amida) ou que ainda estava apegada à prática da Terra Pura,
com o objetivo de ensinar-lhe os fundamentos da fé no Sutra de Lótus
e sua essência, que consiste na recitação do Nam-myoho-rengue-kyo.
Discutiremos a parte seguinte à detalhada orientação de Nitiren
Daishonin sobre os fundamentos da fé, na qual ele explica o profundo
significado da recitação do Nam-myoho-rengue-kyo e o benefício a serexperimentado como resultado [desta prática].
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COMPROMISSO ASSUMIDO.
Líderes da CRE, que
participaram do Capri da
coordenadoria, partem do
CCCamp com a determinação
de retornar à sua localidade
para conquistar ainda mais
vitórias (maio 2013)
NOVA ENERGIA. Associados da
CRJ traçam metas para a
organização durante a
Conferência para Líderes (fev.
2013)
MONARCAS. A felicidade brilha
no rosto das figurantes do
Festival Cultural dos Jovens da
Sub. Nordeste 1, realizado em
Pernambuco (jun. 2013)
Recitar Daimoku nos dá a energia e vitalidade para avançarmosilimitadamente. E nos dá sabedoria e coragem para encararmos
qualquer adversidade como a causa ou a oportunidade para um
grandioso desenvolvimento. Isso porque o Myoho-rengue-kyo4 é o
nome da fundamental força de vida do próprio universo.
Com base neste escrito de Daishonin, vamos examinar a importância
da recitação do Daimoku, que é a fonte da verdadeira vitória.
Quanto ao significado do Myoho-rengue-kyo: a natureza de
Buda inerente em nós, pessoas comuns; a natureza de Buda de
Brahma, Shakra e de outras divindades; a natureza de Buda de
Shariputra, Maudgalyayana e de outros ouvintes da voz; a
natureza de Buda de Manjushri, Maitreya e de outros
bodhisattvas; e a Lei Mística, que é a iluminação dos budas
das três existências, são uma coisa só. Este princípio é
chamado Myoho-rengue-kyo. Portanto, quando recitamos uma
vez o Myoho-rengue-kyo, com este único som invocamos e
manifestamos a natureza de Buda de todos os budas; todas as
existências; todos os bodhisattvas; todos os ouvintes da voz;
todas as divindades, como Brahma, Shakra e Rei Yama;5 o Sol
e a Lua e as miríades de estrelas; desde os deuses celestiais e
divindades terrenas até os moradores do inferno, os espíritos
famintos, os animais, asuras, seres humanos e celestiais, e
todos os outros seres vivos. Este benefício é imensurável,
ilimitado (END, v. VI, p. 230).
O benefício da recitação do
Nam-myoho-rengue-kyo é imensurável, ilimitado
Esta passagem explica o profundo significado e o infinito benefício darecitação do Nam-myoho-rengue-kyo.
Até o advento do Budismo Nitiren, a recitação de nomes de
determinados budas ou bodhisattvas como demonstração de fé ou
devoção ao ensinamento tornou-se uma prática generalizada. Um dos
exemplos mais conhecidos é a prática da escola Nembutsu ou Terra
Pura, que prega a recitação do nome do Buda Amida. A prática
estabelecida por Daishonin, no entanto, é baseada na recitação donome da Lei; em outras palavras, o Daimoku do Sutra de Lótus, o
Nam-myoho-rengue-kyo.
A Lei do Nam-myoho-rengue-kyo é a Lei Mística (myoho, em japonês)
para a qual todos os budas despertaram. É a semente do estado de
Buda que permite aos budas atingir a iluminação. Pelo fato de esta lei
fundamental para atingir a iluminação ser caracterizada pela
simultaneidade de causa e efeito,6 o Buda a compara ao lótus (rengue,
em japonês), que dá a flor e o fruto ao mesmo tempo.
Quando a maravilhosa Lei Mística, a semente do estado de Buda, é
ativada nas profundezas de nossa vida, produzimos, ao mesmo tempo,as flores e os frutos do benefício na forma de sabedoria e
benevolência. Pelo fato de a Lei conter a totalidade dos benefícios da
causa e do efeito do estado de Buda, é chamada Myoho-rengue-kyo.
O Buda a nomeou com base em sua sabedoria iluminada.
Em outro escrito, “A Entidade da Lei Mística”, Nitiren Daishonin afirma
que Myoho-rengue-kyo é o nome dado à verdade última por um sábio
do passado que despertou para esta verdade (cf. WND, v. 1, p. 421).7 A
Lei Mística é a origem de todas as coisas e a força criadora de valor
fundamental que dá origem à benevolência e à sabedoria.
Daishonin afirma que o Myoho-rengue-kyo não é somente o nome da
natureza de Buda latente na vida das pessoas comuns que repetem o
ciclo de nascimento e morte no reino de ilusão e sofrimento, mas é também o nome da natureza de Buda das
pessoas dos dois veículos (ou seja, dos ouvintes da voz e aqueles que despertaram), dos bodhisattvas e das
divindades celestiais (Funções Protetoras do Universo).
Por causa da escuridão inata ou ignorância dos seres vivos que vivem nos nove mundos (do estado de Infernoao estado de Bodhisattva), as funções benéficas da Lei Mística para atingir a iluminação permanecem latentes
ou inativas na vida deles, existindo apenas como um potencial. É por isso que nos referimos a ela como a
natureza de Buda. Myoho-rengue-kyo é o nome da natureza de Buda inerente universalmente em toda forma
de vida.
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Este nome completo e perfeito foi atribuído a ela com base na sabedoria iluminada do Buda. Portanto,
quando recitamos Myoho-rengue-kyo, invocamos a natureza de Buda que existe em todos os seres vivos.
Myoho-rengue-kyo é o nome universal, completo e perfeito, da natureza de Buda de todos os seres vivos.
Como tal, o som único do Nam-myoho-rengue-kyo, o Daimoku da Lei Mística, tem o poder de evocar a
natureza de Buda dos seres vivos em qualquer estado de vida.Em contraste com a recitação ou a prática de entoar [louvores] de outras escolas budistas, Myoho-rengue-kyo
não é o nome de um buda, de um bodhisattva, de um sábio ou de uma divindade protetora específicos. É o
nome da semente do estado de Buda pela qual todos os budas atingiram a iluminação, o nome da lei
fundamental buscada por todos os bodhisattvas em suas práticas, bem como o nome da mais nobre condição
de vida, isto é, a natureza de Buda inerente a todos os seres vivos. Recitar esse nome, Myoho-rengue-kyo,
convoca não só a própria natureza de Buda da pessoa, mas a natureza de Buda de todos os seres vivos.
Isso significa que, qualquer que seja o estado de vida dos Dez Mundos que estejamos vivendo neste local,
agora, podemos manifestar a natureza de Buda interior. Além disso, podemos também convocar a natureza de
Buda de todos os seres vivos em todo o universo, e fazer resplandecer o brilho do estado de Buda no mundo
real em que vivemos.
Pelo fato de o grande benefício da recitação do Nam-myoho-rengue-kyo se estender tanto para nossa vida
como para nosso ambiente, Daishonin orienta: “Com este único som, invocamos e manifestamos a natureza
de Buda de todos os budas (...). Este benefício é imensurável, ilimitado (END, v. VI, p. 230). A maravilhosa
natureza desse benefício é descrita no trecho seguinte.
Quando reverenciamos o Myoho-rengue-kyo inerente em nossa própria vida como Objeto de
Devoção [Gohonzon], a natureza de Buda dentro de nós é convocada a emergir e é manifestada
pelo Nam-myoho-rengue-kyo que recitamos. Isto é o que se entende por “buda”. Para ilustrar,
quando um pássaro engaiolado canta, os pássaros que voam no céu são, assim, convidados a se
reunir à sua volta, e quando os pássaros que voam no céu se reúnem ao redor dele, o pássaro na
gaiola se esforça para sair. Quando recitamos a Lei Mística, nossa natureza de Buda, convocada,
invariavelmente surge. A natureza de Buda de Brahma e Shakra, chamada, nos protegerá, e a
natureza de Buda dos budas e bodhisattvas, chamada, se alegrará. Isto é o que o Buda quis dizer
com a seguinte afirmação: “Se alguém consegue mantê-la [a Lei Mística], mesmo por curto tempo,
certamente eu me alegrarei e o mesmo acontecerá com outros budas” [cf. LSOC, cap. 11, p. 220
(LS, cap. 11, p. 180)] (END, p. 230-231).
Estabelecer um estado de felicidade indestrutível
Nesta passagem, Nitiren Daishonin descreve os grandes benefícios da recitação do Daimoku em que seu som
único pode invocar a natureza de Buda de todos os seres vivos.
Ele inicia comentando sobre “reverenciar o Myoho-rengue-kyo inerente em nossa própria vida como Objeto de
Devoção” (cf. END, v. VI, p. 230). Daishonin revelou a Lei Mística inerente à sua própria vida e a evidenciou sob
a forma concreta do Gohonzon, o Objeto de Devoção e respeito fundamental. Somente quando recitamos
Nam-myoho-rengue-kyo baseados na fé no Gohonzon é que surge a prática para alcançar o estado de Buda.
Nós reverenciamos o Gohonzon concedido à humanidade por Nitiren Daishonin, tomando-o como um espelho
e guia para a nossa vida, acreditamos que possuímos o mesmo estado de vida extremamente nobre de
Daishonin dentro de nós e somos capazes de manifestá-lo. Ao fazer isso, estamos “reverenciando o Myoho-rengue-kyo inerente em nossa própria vida como Objeto de Devoção” (cf. END, v. VI, p. 230).
Nitiren Daishonin — incorporando as três virtudes de soberano, mestre e pais8— empenhou-se com ilimitada
benevolência em meio a uma época de trevas e maldades para proteger e ensinar as pessoas e ajudá-las a
revelar seu mais elevado potencial. A maneira de demonstrarmos a verdadeira devoção e respeito ao
Gohonzon é reverenciar Daishonin como nosso mestre essencial na fé, aprender com sua dedicação altruísta e
dar continuidade a seus esforços pela felicidade e pelo bem-estar de todas as pessoas.
Em outras palavras, reverenciar o Gohonzon significa, essencialmente, que, não importa quão conturbadas
sejam as circunstâncias, nós nos esforçamos para tornar o espírito do nosso mestre o nosso próprio, agimos
pessoalmente pelo Kossen-rufu e nos tornamos fonte de coragem, esperança e paz de espírito para os outros.
Ao contrário, se depositamos fé — ou buscamos apoio — em algum ser sobrenatural ou em um buda fora da
nossa própria vida, por exemplo, um buda dos ensinamentos provisórios pré-Sutra de Lótus9 como no caso da
Nembutsu, visando alcançar a salvação, não estamos “reverenciando o Myoho-rengue-kyo inerente em nossa
própria vida como Objeto de Devoção” (cf. END, v. VI, p. 230). Em “Resposta à Dama Nitinyo”, Nitiren
Daishonin afirma: “Nunca procure o Gohonzon em outros lugares. Ele somente pode habitar o coração daspessoas comuns como nós que abraçamos o Sutra de Lótus e recitamos Nam-myoho-rengue-kyo” (END, v. I, p.
325). No momento em que Daishonin incorporou seu próprio estado de Buda, “a alma de Nitiren” (Ibidem, p.
276), na forma de um mandala, que é o Gohonzon, seu propósito era permitir que cada um revelasse o
Gohonzon que existe dentro de nós. O Gohonzon é o claro espelho que nos permite manifestar o Gohonzon
em nossa própria vida.
Orar com fé no Gohonzon é a chave para manifestar o Gohonzon dentro de nós e ativar o “Myoho-rengue-kyo
inerente em nossa própria vida” (END, v. VI, p. 230). Se perdermos de vista este ponto importante, nossa
prática budista corre o risco de cair num culto subserviente a um ser absoluto fora de nós.
Meu mestre e segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda, disse repetidas vezes: “Você mesmo é o Nam-
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myoho-rengue-kyo” e “Como pode um buda ser derrotado por doença ou dificuldades financeiras?”. Ao
despertamos para nosso enorme potencial, podemos enfrentar qualquer adversidade. O propósito da fé no
Budismo Nitiren é desenvolver essa força interior.
Com um sentimento de profunda benevolência, Toda Sensei muitas vezes orientou com rigorosidade os
membros que não tinham convicção na fé e agiam de forma resignada e derrotista. Quando, mais tarde, essesmesmos membros relatavam a ele suas experiências de superação das dificuldades e conquista da vitória, ele
sorria de felicidade e se alegrava junto com eles por esse triunfo. Ele pedia constantemente que as pessoas
despertassem para o seu eu maior e revelassem seu verdadeiro potencial.
O propósito de nossa prática budista é fazer com que cada um de nós evidencie o “Myoho-rengue-kyo
inerente em nossa própria vida” (Ibidem) e estabeleça um estado de vida de felicidade eterna e indestrutível.
Quando recitamos Nam-myoho-rengue-kyo nossa vida se liga ao universo
Nesta carta, Daishonin escreve: “Quando reverenciamos o Myoho-rengue-kyo inerente em nossa própria vida
como Objeto de Devoção [Gohonzon], a natureza de Buda dentro de nós é convocada a emergir e é
manifestada pelo Nam-myoho-rengue-kyo que recitamos. Isto é o que se entende por ‘buda’” (END, v. VI, p.
230-231).
E, então, ele explica o processo pelo qual este grandioso estado de vida, estado de Buda, se manifesta,
utilizando a metáfora, muito acessível, do pássaro numa gaiola: “Quando um pássaro engaiolado canta, os
pássaros que voam no céu são, assim, convidados a se reunir à sua volta, e quando os pássaros que voam no
céu se reúnem ao redor dele, o pássaro na gaiola se esforça para sair” (Ibidem, p. 231).
O “pássaro engaiolado” representa a natureza de Buda que existe em nós, pessoas comuns. A “gaiola”
representa um estado no qual o ser permanece acorrentado pela escuridão fundamental ou ignorância, por
vários impulsos de ilusão ou desejos mundanos, e por todos os tipos de sofrimento. O trecho “o pássaro
engaiolado canta” refere-se às pessoas comuns despertando para a fé na Lei Mística e recitando Nam-myoho-
rengue-kyo. Os “pássaros que voam no céu”, por sua vez, representam a natureza de Buda de todos os seres
vivos. Invocamos a nossa natureza de Buda, isto é, o Myoho-rengue-kyo dentro de nós, com a nossa própria
voz, recitando Daimoku.
Ao mesmo tempo, o som da nossa recitação do Daimoku, na verdade, também evoca a natureza de Buda de
diversos seres vivos. Isto porque — como vimos no início deste trecho — o Myoho-rengue-kyo é também o
nome da natureza de Buda de todos os budas, bodhisattvas e outros seres vivos dos Dez Mundos. Quando
recitamos a Lei Mística, portanto, seu poder é tal que pode suscitar a natureza de Buda de todos estes. Em
outras palavras, nossa voz recitando Nam-myoho-rengue-kyo é o poderoso som que desperta e chama a
natureza de Buda de todos os seres vivos de todo universo.
Quando os pássaros que voam no céu são convocados pelo pássaro engaiolado e se reúnem em torno deste,
o pássaro na gaiola tenta sair, afirma Daishonin. Isto se refere ao momento em que a gaiola da escuridão e
do sofrimento desaparece, libertamo-nos de todas as amarras da ilusão e podemos voar livremente no “céu
da natureza essencial dos fenômenos”10 (WND, v. 2, p. 976), isto é, no reino da iluminação tão vasto e livre
como os céus.
A fervorosa oração embasada na recitação do Daimoku do Nam-myoho-rengue-kyo ressoa com a Lei Mística
que permeia o universo, envolvendo a própria vida daquele que a recita, e faz emergir o poder de romper
nossa própria escuridão fundamental ou ignorância. O ato de recitar Daimoku é um profundo drama da
comunhão ou interação entre a nossa vida e o universo.
Nitiren Daishonin afirma: “Quando recitamos a Lei Mística, nossa natureza de Buda, convocada,
invariavelmente surge” (END, v. VI, p. 231). Como podem notar, ele usa a palavra “invariavelmente”. Quando
recitamos Daimoku, somos sempre capazes de se manifestar dentro de nós o ilimitado poder benéfico da Lei
Mística. E quanto mais perseveramos em nossa prática budista com forte fé, mais podemos experimentar este
imensurável, ilimitado, poder em nossa vida.
Para destacar como é grandioso o benefício da Lei Mística, Toda Sensei costumava dizer com certo humor:
“Supondo que o benefício que recebi seja do tamanho desta sala, então, o benefício que todos vocês
receberam ainda não é maior que meu dedo mindinho”. Ele também descreveu os benefícios da Lei Mística
como inesgotáveis, como uma fonte infinita. Ainda me recordo com carinho dessas explanações do Toda
Sensei.
O propósito de nossa prática budista diária é nos capacitar a experimentar, livre e plenamente, em nossa
própria vida o imensurável poder benéfico que flui da natureza de Buda vital e dinâmica de todos os budas,
bodhisattvas e divindades protetoras.
A proteção das divindades celestiais e a alegria dos budas
No trecho seguinte, Daishonin afirma que a natureza de Buda de divindades celestiais como Brahma e Shakra— os dois principais protetores do Budismo — será convocada a surgir e agir para nos proteger, enquanto a
natureza de Buda de todos os budas e bodhisattvas será chamada e se alegrará (cf. END, v. VI, p. 231). Aqui,
ele explica os benefícios que obtemos por recitar Daimoku de duas perspectivas: a proteção das divindades
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celestiais e a alegria dos budas e bodhisattvas.
Primeiro, Daishonin escreve: “A natureza de Buda de Brahma e Shakra, chamada, nos protegerá” (Ibidem). A
proteção das divindades celestiais é uma manifestação da ação da Lei Mística. Ela é ativada por meio do ato
de recitar Nam-myoho-rengue-kyo, que chama nossa natureza de Buda à tona.
O Budismo ensina o princípio “manifestar a natureza de Buda interna e receber a proteção externa”.11
Quando a nossa natureza de Buda surge internamente, ela ativa a natureza de Buda na vida dos outros, queentão se manifesta na forma de proteção externa. A proteção recebida das forças positivas do universo,
portanto, depende primeiro de fazermos emergir nossa natureza de Buda. Dito de outra forma, é a nossa
determinação na fé que põe essas funções protetoras em ação. Nossa natureza de Buda se manifesta no
momento em que rompemos nossa escuridão fundamental ou ignorância com base em nossa firme convicção
na fé. Assim, num de seus escritos, Daishonin cita as palavras do Grande Mestre Miao-lo da China, “quanto
mais sólida a mente [fé] da pessoa, maior a proteção dos deuses”12 (END, v. I, p. 315), e comenta: “Enquanto
uma pessoa mantiver uma mente [fé] sólida, ela receberá certamente a forte proteção dos deuses ” (Ibidem).
Recitar Nam-myoho-rengue-kyo com todo o coração é o que ativa as Funções Protetoras do Universo. É a
nossa transformação interior — ou seja, é o ato de manifestar a nossa natureza de Buda — que impele asfunções a agir. Apenas esperar por proteção sem transformar a própria vida não é a maneira correta de orar
no Budismo Nitiren.
Alegria é a essência dos estados de Bodhisattva e Buda
Nesta passagem, Nitiren Daishonin também escreve: “A natureza de Buda dos budas e bodhisattvas,
chamada, se alegrará” (END, v. VI, p. 231). Ele cita um trecho do 11º capítulo do Sutra de Lótus, “Surgimento
da Torre de Tesouro”, para comprovar isso: “Se alguém consegue mantê-la [a Lei Mística], mesmo por curto
tempo, certamente eu me alegrarei e o mesmo acontecerá com outros budas” [cf. LSOC, cap. 11, p. 220 (LS,
cap. 11, p. 180)] (END, v. VI, p. 231). O júbilo dos budas e bodhisattvas, mencionados por Daishonin, constitui o
verdadeiro benefício a ser adquirido por recitar Daimoku. Em outras palavras, o vasto e abrangente estado de
Buda e o benevolente estado de Bodhisattva — o qual é caracterizado pelo desejo de buscar a Lei Mística e
transmiti-la a outras pessoas — se manifestam e agem ativa e vibrantemente em nossa vida.
No Registro dos Ensinos Orais, Nitiren Daishonin diz: “A grande alegria [é] a que se experimenta quando se
compreende pela primeira vez que desde o início é um buda. O Nam-myoho-rengue-kyo é a maior de todas as
alegrias” (OTT, p. 211-212). Não há alegria que supere esta experiência de quando nossa natureza de Buda
surge, e o mundo do estado de Buda pulsa fortemente em nossa vida.
Diante de muita pressão e exigências do cotidiano, algumas pessoas podem pensar que tal alegria é boa na
teoria, mas que nunca será capaz de experimentá-la na realidade. Porém, os incontáveis membros da SGI
desfrutam, de fato, esta alegria na vida real, enquanto se dedicam incansavelmente pela causa do Kossen-rufu
— o desejo e decreto do Buda —, apesar de suas agendas lotadas e inúmeros compromissos.
Um exemplo disso foi a alegria sentida pelos membros que participaram da Campanha de Osaka (em 1956)13
e contribuíram para a realização do que era considerado por todos como impossível. Nesse desafio, muitos
deles que iniciaram a prática do Budismo Nitiren havia pouco tempo e lutavam em meio à realidade da vida
diária experimentaram uma alegria que desconheciam. Eles falaram insistentemente sobre a felicidade que
sentiram em trabalhar pelo Kossen-rufu, recitaram Daimoku sinceramente e avançaram com vigor na prática
do Chakubuku.
Quando nos lançamos sinceramente na prática do Chakubuku, de ensinar os outros sobre a Lei Mística —
missão dos Bodhisattvas da Terra —, nossa vida, naturalmente, é preenchida com alegria. E quando vemos
nossos amigos se revitalizarem, superando as adversidades, e enfrentando novos desafios com base na fé na
Lei Mística, fica claro para nós o fato de que estamos avançando no caminho da felicidade para nós mesmos
e para os outros como emissários do Buda, e nos dá a maravilhosa sensação de estarmos vivos. Muitos de
nossos associados experimentaram isso pessoalmente.
Nitiren Daishonin fala sobre “você e os outros experimentarem juntos a mesma alegria” (cf. OTT, p. 146). Agir
pela felicidade dos outros e pelo bem-estar da sociedade como expressão da benevolência corresponde ao
trabalho de budas e bodhisattvas. Por isso, tais esforços de nossa parte não podem deixar de alegrar os
budas e bodhisattvas de todo o universo e atrair seus louvores. Hoje, os dedicados esforços de nossos
membros no Japão e ao redor do mundo pelo contínuo desenvolvimento de nosso movimento pelo Kossen-
rufu fazem os budas e bodhisattvas se alegrarem.
Em todo o mundo, nossos membros recitam Nam-myoho-rengue-kyo com base no juramento deles da ampla
propagação da Lei Mística como Bodhisattvas da Terra. Chegou a época em que todo o planeta está envolto
pelo poderoso Daimoku recitado por nossos companheiros que oram e agem pela paz mundial e pela
felicidade de toda a humanidade.
Nossos membros acreditam no potencial das pessoas para uma mudança interior e na sua capacidade de
triunfar sobre as situações mais adversas. Em todos os lugares, eles demonstram esta verdadeira força e
riqueza de caráter e trabalham pela paz e pelo bem-estar dos outros como bons cidadãos e membros
responsáveis na sociedade. O surgimento dessa rede de indivíduos com inabalável fé no potencial humano é
em si um progresso de importância histórica. O mundo inteiro aguarda ansiosamente nosso avanço e nossa
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vitória, que conquistaremos por sempre nos basearmos na recitação do Daimoku.
Todos os budas das três existências também atingem o estado de Buda em virtude dos cinco
ideogramas do Myoho-rengue-kyo. Esses cinco ideogramas são a razão pela qual os budas das
três existências aparecem no mundo; são a Lei Mística por meio da qual todos os seres vivos
podem atingir o Caminho do Buda. Você deve compreender inteiramente essas questões e, no
caminho para alcançar o estado de Buda, recitar Nam-myoho-rengue-kyo, sem arrogância nem
apego a visões errôneas (END, v. VI, p. 231).
“A Lei Mística por meio da qual todos os seres vivos podem atingir o Caminho do
Buda”
Por que os budas das três existências se alegram? Porque todos eles alcançaram a iluminação por meio da Lei
Mística. O Nam-myoho-rengue-kyo é “razão pela qual os budas das três existências aparecem no mundo”
(END, v. VI, p. 231). É a Lei por meio da qual todos os seres vivos podem atingir o Caminho do Buda” (Ibidem).
Em outras palavras, o Nam-myoho-rengue-kyo não é apenas a Lei fundamental que permitiu que todos os
budas das três existências alcançassem a iluminação, mas é também a semente do estado de Buda que
possibilita que nós, pessoas comuns nos nove mundos, o façamos. Recitamos Nam-myoho-rengue-kyo
precisamente porque este é o nome da natureza de Buda.
Todos nós possuímos inerentemente à nossa vida a “semente do estado de Buda”, o Nam-myoho-rengue-kyo.
Mas o nosso estado de Buda não brilha automaticamente pelo simples fato de existir dentro de nós, a menos
que ele seja ativado. A chave para revelar nosso estado de Buda interior é a prática da recitação do Nam-
myoho-rengue-kyo. Esta recitação é a forma de manifestarmos a nossa natureza de Buda.
Quando recitamos [Daimoku], a natureza de Buda das divindades celestiais — Funções Protetoras do Universo
— também se manifesta e age para nos proteger. Da mesma forma, a natureza de Buda de todos os budas e
bodhisattvas das três existências se manifesta, envolvendo-nos num reino de alegria.
Por meio do poder da Lei Mística, nós nos libertamos dos grilhões da escuridão e do sofrimento e
revitalizamos nossa existência no nível mais fundamental. Ao fazermos isso, experimentamos um estado
permeado pela alegria ilimitada da Lei.
O ideograma myo de myoho, ou Lei Mística, possui três significados: abrir, ser plenamente dotado, e reviver.14
Não há nada mais maravilhoso que a prática budista da recitação do Nam-myoho-rengue-kyo, um ato que por
si só afirma a suprema dignidade daqueles que baseiam a vida na Lei Mística. O Budismo Nitiren existe para
permitir que as pessoas descubram e façam emergir infinito potencial que reside dentro delas.
Nitiren Daishonin finaliza este escrito com as palavras: “Você deve compreender inteiramente essas questões
e, no caminho para alcançar o estado de Buda, recitar Nam-myoho-rengue-kyo, sem arrogância nem apego a
visões errôneas” (END, v. VI, p. 231).
As diversas escolas budistas da época de Daishonin haviam perdido de vista “a verdadeira intenção do Buda”
(Ibidem, p. 210). Nitiren Daishonin observou que “cada escola em sua prepotência mantinha seus próprios
apegos errôneos” (Ibidem). Elas se esqueceram do ponto de partida do Budismo que consiste em despertar as
pessoas para sua dignidade e seu valor intrínsecos. Sem se preocupar em ajudar os outros a revelar seu
incrível potencial humano, tão vasto e ilimitado quanto o próprio universo, formularam doutrinas que
conduziam a outras direções. Em outras palavras, elas cometeram o erro de buscar a Lei fora do ser. E, como
resultado, não conseguiam aliviar o sofrimento das pessoas dos Últimos Dias da Lei no nível mais profundo ou
conduzi-las à iluminação.
Além disso, elas caluniavam o Sutra de Lótus — o ensinamento que incorpora a verdadeira intenção do Buda
e permite que todas as pessoas alcancem a iluminação. É por isso que Daishonin condenou os erros das
escolas budistas de seu tempo. Trabalhando para restaurar o propósito original do Budismo, ele proclamou
amplamente o ensinamento correto do Sutra de Lótus e estabeleceu a prática da recitação do Nam-myoho-
rengue-kyo como o meio para todas as pessoas dos Últimos Dias Lei atingirem o estado de Buda.
O Budismo Nitiren é um ensinamento que permite que as pessoas despertem para o seu potencial e
expandam sua sublime força interior. Por meio da recitação do Nam-myoho-rengue-kyo, qualquer pessoa pode
manifestar em sua vida a mesma natureza de Buda que os budas possuem. É um ensinamento de suprema
igualdade, e o mundo de fé na Lei Mística é de incomparável respeito a todas as pessoas.
O Gohonzon é o Objeto de Devoção para manifestarmos a Lei Mística inerente em nós, é o espelho claro que
nos permite ver que nossa vida é uma entidade da Lei Mística.
Nitiren Daishonin afirma repetidamente em seus escritos que dentro de cada um de nós existe um estado de
vida idêntico ao incorporado no Gohonzon. Fazer emergir o Gohonzon que reside dentro de nós representa
nossa conquista do estado de Buda. Assim, o Gohonzon expressa a suprema nobreza da vida de todas as
pessoas. O Budismo Nitiren é um ensinamento humanista que enfatiza do começo ao fim a dignidade sem
igual e o valor do indivíduo. É um ensinamento para vivermos de acordo com o nosso eu maior.
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Fé forte e invencível
Em resposta a uma pergunta sobre o significado de os membros da Soka Gakkai recitarem Daimoku ao
Gohonzon, Toda Sensei afirmou numa entrevista:
“Nossos próprios corpos são o mesmo que o mandala [isto é, o Gohonzon concedido por Nitiren Daishonin].
No entanto, embora nossa vida seja idêntica à dele, a forma do mandala não surge em nossa vida sem um
esforço de nossa parte. É por orar ao Gohonzon, o Objeto de Devoção, que o mandala [Gohonzon] é
firmemente estabelecido dentro de nossa vida. Nesse momento, o poder dos bodhisattvas e dos deuses
budistas Brahma e Shakra inerentes ao Gohonzon é ativado. É por isso que nos tornamos felizes. O Gohonzon
não nos dá essa felicidade. Ela já está lá dentro de nós, e é extraída por meio da prática da recitação do
Daimoku. Não há nada de misterioso nisso”.15
Passaram-se quase oito séculos desde que Daishonin surgiu no mundo. Buscando cumprir sua profecia da
ampla propagação da Lei Mística, a Soka Gakkai estabeleceu uma prática concreta e diária com base na fé no
Gohonzon, que permite que todas as pessoas façam emergir o seu estado de Buda inato. Não é nenhum
exagero dizer que, quando a Soka Gakkai surgiu, o caminho da transformação interior, que é a essência
original do Budismo Nitiren, havia sido esquecido por aqueles que se declaravam seguidores.
Tsunessaburo Makiguti e Jossei Toda, primeiro e segundo presidentes da Soka Gakkai, no entanto, ensinaram
que a fé no Gohonzon deve estar diretamente ligada ao objetivo de mudar fundamentalmente a nossa vida,
alcançar nossa revolução humana, e transformar positivamente a sociedade como um todo. A Soka Gakkai é a
única organização cujos membros estão trilhando firmemente o caminho de atingir o estado de Buda com
base na sincera recitação do Nam-myoho-rengue-kyo em exato acordo com este escrito de Nitiren Daishonin.
O espírito da fé do “Daimoku em primeiro lugar” e de “ter o Gohonzon como base” vive brilhantemente na SGI.
Para abrir um caminho de insuperável esperança para a humanidade, a SGI torna real a afirmação de
Daishonin de que, por meio da recitação do Nam-myoho-rengue-kyo, ele “proporcionou que todos os seres
vivos atinjam o estado de Buda nos dez mil anos dos Últimos Dias da Lei” (OTT, p. 41).
Os membros da SGI possuem uma fé verdadeiramente forte e invencível. Eles sempre se apoiam e se
incentivam uns aos outros, esforçando-se cotidianamente com destemida coragem para cumprir o juramento
do Kossen-rufu. Eles são grandes vencedores, cuja natureza de Buda resplandece com um brilho igual a
qualquer buda do universo. Aqueles que perseveram na prática budista para a felicidade de si mesmo e dos
outros, com base na recitação do Daimoku, serão capazes de atingir o mesmo estado de vida do coração de
leão do Buda. Ao conquistarem uma felicidade cada vez maior para si e para os outros, eles também serão
capazes de estabelecer um estado de vida inabalável transbordante do poder da grande sabedoria e do
espírito da grande benevolência.
Vamos recitar Daimoku para demonstrar a verdade de que “myo significa reviver” (END, v. 2, p. 197) e mostrar
a prova do poder benéfico da Lei Mística para transformar o veneno em remédio. Vamos recitar Daimoku para
provar o princípio de que “quando um grande mal ocorre, um grande bem o sucederá” (END, v. V, p. 255).
Vamos recitar Daimoku para realizarmos uma sociedade pacífica e próspera, tal como descrito nos sutras
como a terra de Buda — por meio da ampla propagação dos ideais e princípios de Nitiren Daishonin.
Fazendo o som da Lei Mística — nossa recitação do Nam-myoho-rengue-kyo — ressoar vibrantemente, vamos
continuar a cumprir nossa missão da transformação positiva da sociedade como monarcas do mundo
espiritual, e avançar dinamicamente rumo ao triunfante centenário da Soka Gakkai (em 2030).
Vivendo e sobrevivendo
Com base na recitação da Lei Mística,
Desfrutamos a alegria
A honra e o brilho
De nossa vida na presente existência.
(Daibyakurengue,
edição de maio de 2011.)
Com a colaboração/revisão do Departamento de Estudo do Budismo (DEB) da BSGI
Notas: 1. Ilimitada alegria da Lei: Refere-se à felicidade suprema e última do Buda, o benefício da LeiMística. Em “A Felicidade neste Mundo”, Nitiren Daishonin diz: Não há felicidade mais verdadeira para os
seres humanos que recitar Nam-myoho-rengue-kyo. O Sutra diz: “...onde os seres humanos desfrutam detranquilidade [LSOC, cap. 16, p. 272 (LS, cap. 16, p. 230). Que outro significado essa passagem poderia ter
senão a ilimitada alegria da Lei?” (“A Felicidade neste Mundo”, p. 7-10). 2. As notas informativas de OsEscritos de Nitiren Daishonin indicam que esta carta foi endereçada à monja leiga Myoho, mas estudosmais recentes questionam essa afirmação. 3. Culto ao Buda Amida ensinado na escola budista Terra Pura
(Nembutsu). Amida é um Buda descrito nos sutras da Terra Pura que viveria na Terra Pura de felicidadeperfeita, a oeste. Os crentes dessa escola buscam a salvação por meio da ajuda deste Buda e aspiram a
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renascer na Terra Pura em sua próxima existência. 4. Cinco ideogramas do Myoho-rengue-kyo: Myoho-rengue-kyo é escrito com cinco ideogramas chineses. Nam-myoho-rengue-kyo, contudo, é escrito com sete
(nam, ou namu é composto por dois ideogramas). Nitiren Daishonin, no entanto, muitas vezes empregaMyoho-rengue-kyo como sinônimo de Nam-myoho-rengue-kyo em seus escritos. 5. O Rei Yama é o rei do
mundo dos mortos, ele julga e determina as recompensas e punições do falecido. 6. Simultaneidade decausa e efeito: Princípio que diz que causa e efeito existem juntos, simultaneamente, num único momento
da vida. 7. Em “A Entidade da Lei Mística”, Daishonin escreve: “O princípio supremo [que é a Lei Mística]originalmente não tinha nome. Quando o sábio estava observando o princípio e atribuindo nomes a todas
as coisas, ele percebeu que há no mundo esta maravilhosa Lei única [myoho] que possui, simultaneamente,causa e efeito [rengue], e ele a nomeou Myoho-rengue” (WND, v. 1, p. 421). 8. Três virtudes de soberano,
mestre e pais: Consistem nas funções benevolentes de soberano, mestre e pais que, acredita-se, o Budapossui. A virtude do soberano é o poder de proteger todos os seres vivos, a virtude do mestre é a sabedoria
para instruí-los e conduzi-los à iluminação; e a virtude de pais é a benevolência para cuidar deles e apoiá-los. 9. Os ensinamentos provisórios que precedem o Sutra de Lótus não mostram que o estado de Buda
existe em todas as pessoas e, em vez disso, descrevem os Budas como seres idealizados e superiores. Osensinamentos da Terra Pura (Nembutsu), por exemplo, explicam que, em vez de confiarmos em nossospróprios esforços, devemos depender exclusivamente da salvação por meio de determinado Buda, no caso,
Buda Amida. 10. Natureza fundamental da iluminação: Também conhecida como natureza do Dharma. É anatureza imutável inerente a todas as coisas e a todos os fenômenos e é identificada com a própria lei
fundamental, a essência da iluminação do Buda, ou a verdade última. 11. “A natureza de Buda manifesta-se a partir do interior e traz a proteção externa”: Frase da obra Anotações sobre Grande Concentração e
Discernimento do Grande Mestre Miao-lo. “A natureza de Buda manifesta-se a partir do interior” indica opoder de manifestar a natureza de Buda, ou a verdade, que existe na vida. “Traz a proteção externa” indica
as funções que protegem e ajudam aqueles cuja vida está imersa na ilusão. Em “Os Três Tipos de Tesouro”,Nitiren Daishonin afirma: “O Budismo ensina [a importante doutrina] que, quando a natureza de Buda se
manifesta no interior, surge a proteção exterior. Este é um de seus princípios fundamentais” (END, v. 1, p.289). 12. De Anotações sobre Grande Concentração e Discernimento, do Grande Mestre Miao-lo. 13.
Campanha de Osaka: Em maio de 1956, os membros de Kansai, unidos em torno do jovem Daisaku Ikeda,que havia sido designado pelo segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda, a apoiá-los, apresentou11.111 famílias à prática do Budismo Nitiren. Nas eleições realizadas dois meses mais tarde, o candidato
apoiado pela Soka Gakkai em Kansai foi eleito para a Câmara Alta, um feito que era tido como impossívelna época. 14. Em “O Daimoku do Sutra de Lótus”, Daishonin discute o significado de myo de myoho, Lei
Mística: “O ideograma myo significa abrir” (END, v. 2, p. 185); “Myo significa totalmente imbuído, que, porsua vez, quer dizer ‘perfeito e repleto’” (END, v. 2, p. 187), e “Myo significa reviver, ou seja, retornar à vida”
(END, v. 2, p. 197). 15. Traduzido do japonês. Musei Tokugawa, Mondo Yuyo: Musei Taidan-shu [Aberto aoDiálogo: Entrevistas de Musei]. Tóquio: Sanshusha, [n.d.], v. 11, p. 102.
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