texto de apoio 1 | formação integral - aprofundamento teórico e prátivco
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1IntegralFormao
Aprofundamento terico e prtico
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3Rede Marista (RS, DF, Amaznia)Pastoral Juvenil Marista
2015
IntegralFormao
Aprofundamento terico e prtico2
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4A teoria sem a prtica vira verbalismo, assim como a prtica sem teoria, vira ativismo. No entanto, quando se une a prtica com a teoria tem-se a prxis, a ao criadora e modificadora da realidade.
Paulo Freire
Apresentao
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5Quando a PJM assume o princpio da formao integral no seu Marco Operativo, quer ajudar a cons-truir sujeitos livres, autnomos, criativos, crticos, cuidantes, felizes, optando pela integralidade e por uma ao evangelizadora que parta dos/as adoles-centes e jovens e das perguntas que fazem para entender o mundo que lhes cabe viver e construir.
A vivncia das adolescncias e das juventudes tende a serem caracterizadas por experimentaes em todas as dimenses da vida. Para isto temos que olh-los na sua integralidade, como indivduos que amam, sofrem, se divertem, pensam a respeito das suas experincias, interpretam o mundo, tm dese-jos e projetos de vida. Temos que escut-los, con-sider-los como interlocutores vlidos e, na pers-pectiva do protagonismo juvenil, tom-los como parceiros na definio de aes que possam poten-cializar o que j trazem de experincia de vida.
Com o Texto de Apoio 1, Formao Integral: aprofundamento terico e prtico, queremos apro-fundar o embasamento terico sobre a formao integral; indicar possibilidades de pratic-la/viven-ci-la no dia a dia da PJM; vivenci-la no cotidiano da Vivncia Grupal; ajudar no acompanhamento e na compreenso de adolescentes e jovens como seres integrais.
Que a PJM, ao assumir o princpio da formao integral, possa contribuir na formao de adoles-centes e jovens mais humanos.
Jos Jair Ribeiro (Zeca)Coordenador da PJM
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6IntegralFormao
Aprofundamento terico e prtico
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71. INTRODUO
A formao integral envolve a pessoa como um todo, superando fragmentalismos aos quais somos sujeitos no cotidiano, ajudando a pessoa a discernir as suas aes para que toda a sua vida seja mar-cada por valores, atitudes e por aes que provo-quem mudanas voltadas para o bem de todos/as, de todas as pessoas da comunidade e de tudo que integra nosso universo. Como a formao integral envolve a vida toda da pessoa e a pessoa toda, esta deve cultivar atitudes e hbitos sobre o seu estilo de vida frente a tudo e a todos/as, como a alimen-tao adequada, um estilo de vida sbrio sem con-sumismo exagerado, uma atitude de contemplao e respeito em relao natureza e aos bens, uma postura crtica de compromisso frente ao outro e outra que convive na comunidade, na famlia, na es-cola, na universidade, no grupo, no trabalho e um desejo de construir um mundo mais justo e fraterno.
A PJM quer desenvolver com adolescentes e jo-vens um processo de formao integral, ajudando-os a ser plenamente aquilo a que so chamados/as: ser pessoa, a imagem de Deus, segundo o modelo de Jesus Cristo: libertos/as, fraternos/as, criativos/as, sujeitos de histria. Isso implica, pedagogicamente, em trabalhar cada uma das dimenses da pessoa. Essa tarefa no fcil e nem sempre realizada a contento, firmando-se quase sempre na dimenso da personalizao e socializao/integrao.
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8Criada como dom de Deus, a pessoa humana tan-to mais se realizar quanto mais vivenciar o projeto de Deus e doar-se aos/as outros/as. Para vivenciar preciso descobrir-se e possuir-se. Para descobrir-se precisa relacionar-se, comunicar-se, conviver. Su-pe a descoberta, tambm do/a outro/a. Doar-se amar e amar com atos implica em fazer e construir. O fazer eficaz supe o saber como e o situar-se, ou seja, conhecer e assumir a comunidade e a hist-ria concreta em que se est inserido/a, no fugindo ao compromisso com ela. preciso, por outro lado, transcender a si mesmo e histria, para encontrar sua origem e seu fim, dando sentido a existncia.
Podemos dizer que o homem e a mulher sentem--se inclinados/as e chamados/as: ser/possuir-se/doar-se no amor; conviver/comunicar-se; situar--se/comprometer-se historicamente; transcender--se; fazer/construir; dar sentido a existncia.
Adolescentes e jovens so indivduos e pessoas, so seres sociais, polticos, abertos ao Sagrado, cria-tivos, criadores. Buscam responder existencialmente s questes: quem sou eu? Quem o outro? Onde estou e que fao aqui? De onde venho e por que exis-to? Como fazer? Que sentido vou dar minha vida?
Estas perguntas e caractersticas correspondem a distintas reas de seu ser, pedagogicamente se-parveis, mas que se entrelaam na misteriosa unidade do ser-pessoa: psicoafetiva, psicossocial, poltica, mstica ou teologal, tcnica ou metodol-gica e vocacional.
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9A pessoa humana nunca est pronta e acabada. Menos ainda o/a cristo/, chamado/a ser perfei-to/a como o Pai Celeste perfeito (Mt 5,48). Como nunca est pronta, tem a tarefa de formao da prpria pessoa, como processo permanente. Essa formao deve responder a cada uma das dimen-ses do ser humano, para que venha a se desen-volver integralmente como tal. O mais comum ver essa formao fragmentada, feita em caixinhas.
A PJM, em seu caminho de educao e amadure-cimento da f, favorecida pelos encontros de ava-liao e pela sistematizao de experincias dos ltimos anos, vem superando progressivamente a dificuldade da fragmentao. Ao menos h mais cla-reza, hoje, quanto ao dever-ser. O esforo, no mo-mento, o de inserir, vivenciar e acompanhar a for-mao integral atravs das descobertas do grupo.
Adolescentes e jovens so indivduos e pessoas, so seres sociais, polticos, abertos ao Sagrado, criativos, criadores.
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Dimenso Pergunta Relao rea Chamado
Personalizao Quem sou eu? Eu Dimenso psicoafetivaSer, possuir-se, conhecer-se
Socializao Integrao Quem o outro? Outro
Dimenso Psicossocial
Conviver, comunicar-se, partilhar
Sociopoltica Onde estou? O que eu fao aqui? Sociedade Dimenso
Poltica
Situar-se, comprometer-se historicamente
Teolgica De onde venho? Por que existo?Transcendncia/
Deus
Dimenso
Mstica ou teologal
Transcender-se
Capacitao tcnica Como fazer? Misso
Dimenso tcnica ou metodolgica
Fazer, construir
Vocacional Que sentido vou dar minha vida?
Mundo/natureza/
Cosmos
Dimenso
VocacionalDar sentido existncia
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Dimenso Pergunta Relao rea Chamado
Personalizao Quem sou eu? Eu Dimenso psicoafetivaSer, possuir-se, conhecer-se
Socializao Integrao Quem o outro? Outro
Dimenso Psicossocial
Conviver, comunicar-se, partilhar
Sociopoltica Onde estou? O que eu fao aqui? Sociedade Dimenso
Poltica
Situar-se, comprometer-se historicamente
Teolgica De onde venho? Por que existo?Transcendncia/
Deus
Dimenso
Mstica ou teologal
Transcender-se
Capacitao tcnica Como fazer? Misso
Dimenso tcnica ou metodolgica
Fazer, construir
Vocacional Que sentido vou dar minha vida?
Mundo/natureza/
Cosmos
Dimenso
VocacionalDar sentido existncia
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2. DIMENSES
Alm de compreender o/a adolescente e jovem situado/a no tempo e no espao, tambm o com-preendemos a partir de suas dimenses, pois so a somatria de um conjunto complexo de dimenses que se complementam: so sentimentos, relaes, desejos, corpo-esprito, pensamentos, indivduos/as, cidados/as, religiosos/as, imanentes, transcen-dentes, histricos, culturais, etc. A formao integral busca contribuir com o desenvolvimento e a intera-o de tudo isso, garantindo a harmonia necessria para viver bem e realizar o seu projeto de vida.
Todas essas dimenses so mediadas pela arte, pela beleza, pelo ldico, com a transversalidade da ecologia, da comunicao e da atuao em rede. O lugar privilegiado para trabalhar as dimenses o dia a dia da Vivncia Grupal. Um dos segredos para se viver e trabalhar as dimenses em passos crescentes a maneira como os encontros grupais e provinciais, retiros, reunio ampliada... so pre-parados. A grande sacada saber garantir em cada orao, reflexo e estudo, espaos para que ado-lescentes e jovens possam viver cada uma dessas dimenses, ou seja, que pensem na sua pessoa, nas suas relaes, que se comprometam e tenham esperana, reforcem sua f e, finalmente, que se-jam capazes de adquirir e trabalhar suas potencia-lidades e dons.
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2.1 Personalizao: corresponde dimenso psicoafetiva.
a constante busca de respostas pergun-ta: quem sou eu? o esforo de tornar-se pessoa, descobrindo-se, possuindo-se, entregando-se. No so passos cronolgicos, mas cclicos, pois na me-dida em que me conheo tenho nas mos o que posso entregar aos demais como dom de mim mes-mo. Amar o prximo como a si mesmo.
O processo de personalizao inclui:
Autoconhecimento: descoberta dos prprios interesses, aspiraes, histria, direitos, valo-res, sentimentos e, tambm, limitaes e de-feitos.
Autocrtica: reviso pessoal e busca perma-nente de superao, pela mudana de atitudes e desenvolvimento de valores que deem mais fora a um estilo de vida nova, que seja teste-munho do ideal proposto coerncia de vida.
Autovalorizao: descoberta da dignidade pes-soal, autoestima e atuao como sujeito livre.
Autorrealizao: sentir-se amado/a e capaz de amar, numa linha que no seja de posse; ter-nura e jovialidade; saber-se construindo o pr-prio futuro opo vocacional e profissional.
O relacionamento familiar, a sexualidade, a bus-ca de amizade e o discernimento vocacional so questes fundamentais na vida dos/as adolescen-tes jovens, diretamente relacionadas com o pro-cesso de personalizao.
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2.2 Socializao/integrao: corresponde dimenso psicossocial.
a capacidade de descobrir o/a outro/a que, em nosso contexto de grupo cristo, o/a irmo/ que queremos conhecer, com quem desejamos nos co-municar e estabelecer um relacionamento profundo.
No caso da PJM, que opta pela Vivncia Grupal como opo pedaggico-pastoral, o processo de so-cializao/integrao , antes de tudo, o que leva coeso grupal. De adolescentes e jovens desconhe-cidos/as entre si, ou com um relacionamento secun-drio, chegar a estabelecer um relacionamento inter-pessoal profundo. Essa experincia servir de base para uma integrao crtica na comunidade maior.
O processo de socializao/integrao grupal se inicia pela superao dos bloqueios comunicao, que estabelece um caminho de conhecimento do/a outro/a, gerando a afeio. Esta comunicao e conhecimento em clima de amizade possibilitam a sadia confrontao de ideias e dons que se com-plementam, gerando a cooperao. Tem seu ponto culminante na comunho.
A dinmica da socializao/integrao visa, as-sim, passar do simples encontro para o grupo, da equipe comunidade. Precisa ser experimentada em nvel de grupo, mas se repete tambm no nvel mais amplo da convivncia social, como parte de uma comunidade e de um povo.
A dimenso cultural da vida tem, aqui, um lugar especial: conhecer, resgatar, confrontar valores e as-sumir os aspectos positivos da prpria cultura con-dio para criar identidade social e favorecer a comu-nho, o esprito comunitrio e a cooperao criativa.
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2.3 Sociopoltica: corresponde dimenso poltica.
Busca responder s perguntas onde estou? O que fao aqui? Trata-se de ajudar adolescentes e jovens a descobrir o mundo onde vivem e seu lugar nele, como sujeito de histria. De formar os/as jovens de maneira gradual para a ao sociopol-tica e para as mudanas de estruturas (Puebla, n 1196).
Inclui o fomento do senso crtico e a capacidade de analisar a realidade; o discernimento das vrias ideologias e o conhecimento da Doutrina Social da Igreja Catlica; e de ajudar adolescentes e jovens a integrar sua dimenso de f com o compromisso sociopoltico.
A vivncia dessa dimenso sempre um desafio, pois inmeros grupos, movimentos e Agentes de Pastoral a desprezam quase que completamente. A maioria dos/as adolescentes e jovens, muitas ve-zes anestesiados/as pelo sistema dominante, en-contram dificuldades em vivenciar esta dimenso em suas vidas. Muitos tambm so aqueles/as que buscam grupos organizados, coletivos, iniciativas pessoais, pois sentem necessidade de inserir-se em algo e ajudar a construir a Civilizao do Amor.
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O processo de conscientizao, como todos os demais, se d por passos que precisam ser levados em conta. Esses passos parecem ser:
Sensibilizao: a maioria dos/as adolescentes e jovens que chegam aos grupos tem uma cons-cincia ingnua, pouco conhecimento e muitas vezes esto fechados no mundo de seus confli-tos pessoais. preciso, antes de tudo, romper esse crculo fechado e levar descoberta da questo social. Essa descoberta se d, inicial-mente, em nvel de sensibilizao: comeam a perceber os fatos e tomar atitudes de compai-xo e solidariedade manifestadas, s vezes, por aes assistencialistas. Essa descoberta no pode ser ignorada ou desprezada por quem os/as acompanha.
Conscientizao: uma pedagogia adequada partir das atitudes de compaixo e das pe-quenas aes ainda que assistencialistas dos/as adolescentes e jovens, para lev-los/as descoberta das causas estruturais e reali-zao de aes sempre mais transformadoras. Essa descoberta representa um salto qualitati-vo da conscincia ingnua para a conscincia crtica, que exige tempo.
Organizao-mobilizao: o processo de cons-cientizao tem como pice o engajamento na ao organizada das pessoas pela transforma-o da sociedade. Ou a criao de organizaes que se mobilizem nessa direo.
O processo da PJM deve levar ao engajamento/participao, por vezes espordico, mas sempre in-tencionando para uma opo de vida.
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2.4 Teolgica: corresponde dimenso mstica ou teologal.
O processo de educao da f, embora dom de Deus, tambm requer a mediao humana e con-dies para que cada um/a possa dar razo da sua esperana (1Pd 3,15).
Todo ser humano indaga sobre a sua origem e destino. A pergunta para que existo precisa ser respondida, precisa ser significada. Segundo Santo Agostinho fizeste-me para ti, Senhor, e meu cora-o no descansa enquanto no repousar em ti.
O/a adolescente e jovem, talvez mais do que ningum, por se encontrar numa situao de pro-cura e opo, sentem esta sede do Sagrado e a busca de inmeras formas. A deficiente catequese recebida, o pouco apoio familiar e eclesial para o desenvolvimento de sua vivncia crist gera vazio que precisam ser preenchidos. A grande maioria est entre a vivncia acomodada de uma proposta recebida apenas como herana cultural e, muitas vezes fazendo pouco sentido para sua vida ou entre a busca por resposta individual.
comum desconhecer-se esse fato e partir do princpio de que so cristos/as, esperando e exi-gindo deles/as que ingressam em um grupo quase que espontaneamente, sem desenvolver um pro-cesso crescente de educao da f.
Faz-se necessrio uma ao evangelizadora que ajude adolescentes e jovens a experimentar e as-sumir o Sagrado como absoluto de suas vidas pes-soal e da histria, que se revela e salva em Jesus de Nazar e a conhecer e viver os contedos da f como opo pessoal, expresso na adeso de
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vida em comunidade e no servio libertador aos/as irmos/as.
Ningum chega ao compromisso cristo seno por passos. Os passos desse processo de evangeli-zao so descritos pelo Papa Paulo VI na Evangelii Nuntiandi, nmeros 21 a 24.
Pr-evangelizao: preparar o terreno, criando condies para a acolhida da mensagem salva-dora. Implica em sensibilizar e inquietar: tomar conscincia da prpria situao e do mal na so-ciedade em si e da consequente necessidade de salvao. Implica ainda, em desmitificar ima-gens falsas do Sagrado talvez cristalizadas na infncia, questionar a superficialidade de sua f e despertar admirao e desejo de iniciar um caminho em grupo para seu crescimento na f.
Re-evangelizao: anncio de Jesus de Nazar e, especialmente, a explicitao desse anncio, mediante uma proposta adequada, levando a descoberta de Jesus de Nazar, da comunida-de e do ser humano. Esse passo deve levar a opo de vida, a adeso a Jesus libertador e a vivenciar a Civilizao do Amor.
Iniciao na comunidade de f: trata-se de aprofundar, manifestar e celebrar comunitaria-mente a adeso ao projeto de Jesus de Nazar. fazer a opo por participar de uma comuni-dade de f.
Compromisso apostlico: fruto dos passos anteriores e da participao na comunidade de f. Esse passo ser vivenciado no compro-misso laical, na vida religiosa ou num minis-trio ordenado.
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2.5 Capacitao tcnica: corresponde di-menso tcnica ou metodolgica da pes-soa que procura responder questo do como fazer?.
Grande parte das dificuldades da Vivncia Gru-pal provm da falta de capacitao tcnica de seus lderes para fazer acontecer o processo de for-mao dentro da Vivncia Grupal. E grande parte dos impasses das organizaes populares tem sua origem, tambm, na falta de capacitao de seus agentes - entre os quais os/as militantes cristos/s - na definio e coordenao das estratgias de ao. Todos se perguntam: como fazer?. No basta apenas ter um grande objetivo ou um grande ideal. preciso capacitao tcnica para realiz-lo.
Quando pensamos no processo de capacitao tcnica dentro da PJM, entendemos:
Capacitao tcnica de Participantes, Animado-res/as, Assessores/as, no planejamento, exe-cuo e reviso da ao.
Capacitao tcnica est em funo da trans-formao da realidade e da construo de uma nova sociedade com uma prtica democrtica e participativa.
Capacitao tcnica em vista de um projeto de PJM do Brasil Marista. necessrio preocu-par-se com a formao de seus quadros, ca-pacitando Animadores/as e Assessores/as para a militncia interna, garantindo a eficincia e continuidade da ao pastoral.
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O processo de capacitao tem seu incio desde o ingresso na Vivncia Grupal e se faz gradativa-mente, na prtica, pela participao no grupo, em atividades formativas complementares, em aes na comunidade...
Esse processo compreende os seguintes passos:
Participao: o autoritarismo na famlia, na es-cola, na sociedade e na igreja anula a capaci-dade de participao de adolescentes e jovens. Normalmente, eles/as chegam ao grupo sem nenhuma experincia de participao e com di-ficuldade de comunicao. O primeiro momen-to ser de recuperar a palavra e aprender a viver em grupo, participar, trabalhar em con-junto. Esse passo exigir dos/as Assessores/as e Animadores/as o respeito individualidade, a criao de ambiente favorvel e o uso de tcni-cas adequadas.
Ao-coordenao: da participao na ao grupal assumindo pequenas tarefas, o/a ado-lescente e jovem passar, progressivamente, a serem capazes de liderar aes e coordenar atividades, um encontro, por exemplo.
Planejamento-organizao: o processo de ca-pacitao deve ir sendo aprofundada a pon-to de o/a adolescente e jovem serem capazes de orientar o encontro grupal e, depois, con-tribuir eficazmente na organizao da comu-nidade e da sociedade de modo democrtico e participativo.
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2.6 Vocacional: corresponde dimenso voca-cional que procura responder ao sentido da existncia.
A vida em si uma realidade da qual precisamos tomar conscincia. No basta simplesmente estar no mundo, necessrio encontrar um significado que seja absoluto. Algo que signifique os sucessos e sofrimentos.
Sentido tudo aquilo que d rumo. J pensou o que deve ser uma vida sem rumo? So muitas as situaes cotidianas que podem iludir na hora de procurar sentido para a vida. Muitos/as adoles-centes e jovens tm dificuldades em identificar o sentido da sua vida e, por isso mesmo, no sabem o caminho. E para quem no sabe aonde vai, qual-quer caminho pode servir.
Quando a vida tem sentido, o/a adolescente e jovem no se perde, pois sabe aonde vai e o que precisa para chegar l. como diz Gilberto Gil no samba Aquele abrao: meu caminho pelo mundo eu mesmo trao, a Bahia j me deu graas a Deus rgua e compasso.
Quando um/a adolescente e jovem torna-se ca-paz de autodeterminar-se, adquire uma capacida-de, que a resultante da identidade, da autoestima, da autoconfiana, da viso destemida do futuro, do querer-ser, do projeto de vida, do sentido da vida, da prpria autodeterminao.
A busca da autorrealizao, portanto, depende da existncia de um projeto e daquela linha que liga a pessoa ao seu projeto, ou seja, o seu ser ao seu querer-ser. a essa linha d-se o nome de sentido da vida, da existncia.
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Ao menos duas atitudes so fundamentais para ajud-los/as:
Acompanhar a trajetria que cada Participante e Animador/a faz dentro da PJM atravs do instrumento acompanhamento individual do/a Participante e do/a Animador/a. fazer uma opo concreta pelo registro do acompanha-mento e por querer ajudar a dar sentido para a vida.
Provocar para que cada Participante, Anima-dor/a, Assessor/a pense e possa ir construin-do o seu projeto de vida. O projeto de vida um trajeto em etapas, que contm no s uma viso de futuro, mas tambm o compromisso com o presente e a relao com o passado, en-volvendo as dimenses afetiva, cvica, profis-sional, enfim, a definio do seu lugar no mun-do e na sociedade.
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3. ONDE QUEREMOS CHEGAR
Potencializar iniciativas de formao integral no processo da PJM, tendo em vista que o Marco Ope-rativo opta em balizar-se pelo princpio formao integral, respondendo s demandas que hoje se apresentam na formao, acompanhamento, as-sessoria, vivncia grupal...
4. INICIATIVAS
1. Elaborar e sistematizar subsdios para Vi-vncia Grupal.
2. Realizar formao de lideranas e Assesso-res/as.
3. Vivenciar a Mstica da PJM.
4. Vivenciar a cultura da Solidariedade.
5. Realizar acompanhamento.
6. Agir organizadamente.
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5. METODOLOGIA
A metodologia adotada para vivenciar a for-mao integral diversa, porm parte do mto-do Ver-Interpretar-Agir-Rever-Celebrar, atravs de encontros, cursos, retiros, visitas, palestras, mis-ses jovens maristas, celebraes, debates, dis-cusses, sistematizaes, avaliaes, experimen-tao e ao-reflexo.
6. AES PROPOSTAS
1. Elaborar e sistematizar subsdios para Vivncia Grupal.
Fomentando a criao de subsdios e roteiros sobre liderana, assessoria, mstica, cultura da solidariedade, acompanhamento, organizao, planejamento... baseados em documentos do Instituto, da Igreja, em especial sobre o Docu-mento 85, o Documento de Aparecida, Civiliza-o do Amor, Evangelizadores entre os Jovens, com linguagem adequada a Vivncia Grupal.
Elaborando, disponibilizando e divulgando sub-sdios e textos sobre o servio da animao e assessoria.
Divulgando a Coleo na Trilha dos Grupos de Jovens e os outros subsdios sobre Vivncia Grupal.
Motivando para a elaborao coletiva de subsdios.
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2. Realizar formao de lideranas e Assessores/as.
Oportunizando a capacitao de Animadores/as e Assessores/as para acompanhar a Vivn-cia Grupal.
Realizando debates e estudos sobre o pro-cesso de educao e amadurecimento na f e formao integral.
Realizando formao especfica para lideranas e Assessores/as.
Incentivando parceria, na realizao de for-maes com o Setor Diocesano de Juventudes, Centro de Estudos Bblicos (CEBI), Centros e Institutos de Juventudes.
Estudando, debatendo e sistematizando o Ser-vio de Animao e Assessoria.
Participando do Encontro de Assessores/as.
Realizando Encontro local e provincial de Animadores/as.
Promovendo e divulgando cursos internos e externos a Rede Marista.
Estudando as orientaes de Civilizao do Amor- projeto e misso, Evangelizadores entre os Jovens, Documento 85 de CNBB, Diretrizes Nacionais da PJM, Marco Operativo da PJM com Animadores/as e Assessores/as.
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3. Vivenciar a Mstica da PJM.
Cuidando da Vivncia Grupal.
Estudando o documento da mstica da PJM: ca-minho de educao e amadurecimento na f.
Realizando retiro para a Vivncia Grupal, para Animadores/as e Assessores/as.
Celebrando a caminhada da Vivncia Grupal atravs da participao no EJM.
Celebrando atravs da metodologia do Ofcio Divino das Juventudes.
4. Vivenciar a cultura da Solidariedade.
Elaborando e realizando o projeto de Misso Jo-vem Marista.
Comprometendo-se com a Comunidade Eclesial.
Participando do Setor Diocesano de Juventude.
Participando de atividades da Comunidade Educativa da Unidade.
Engajando-se na Sociedade Civil.
Participando do Comit Juventudes.
Participando do Observatrio Juventudes.
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5. Realizar acompanhamento.
Acompanhando Participantes e Animadores/as e registrando atravs do instrumento Acom-panhamento Individual do/a Participante e do/a Animador/a.
Realizando visitas s Unidades.
6. Agir organizadamente.
Intensificando o estudo sobre o tema do pla-nejamento e a aplicao de um plano em curto e mdio prazo.
Elaborando textos e matrias sobre planeja-mento, monitoramento e avaliao.
Elaborando Plano Estratgico da PJM.
Escrevendo Plano Anual da Unidade.
Realizando Reunio Ampliada.
Expandindo a PJM.
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7. REFERNCIAS:
CONFERNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB, 22007). Evangelizao da Juventude: desafios e perspectivas pastorais. Documento da CNBB 85. So Paulo: Paulinas.
CONSELHO EPISCOPAL LATINO-AMERICANO CE-LAM (2013), Civilizao do Amor: projeto e misso - Orientaes para uma Pastoral Ju-venil Latino-americana. Braslia: Edies CNBB.
INSTITUTO DOS IRMOS MARISTAS. Evangeliza-dores entre os jovens: documento referncia para o Instituto Marista, volume 1. Comisso In-ternacional da Pastoral Juvenil Marista. So Paulo: FTD, 2011.
PASTORAL DA JUVENTUDE - CNBB. Somos Igreja Jovem. - Pastoral da Juventude: Um jeito de ser e fazer (Subsdio de Estudo).
Plano Estratgico da PJM (2013-2015).
REDE MARISTA. Vivncia Grupal da PJM: marco operativo (2015-2017). Porto Alegre: CMC, 2015.
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Santo Padre Paulo VI. A evangelizao no mun-do contemporneo (Evangelii Nuntiandi). So Paulo: Loyola, 1976.
SILVA, Dom Eduardo Pinheiro. Vida: um projeto em construo. So Paulo: Loyola, 2014.
TEIXEIRA, Carmem Lcia & SILVA, Lourival Rodri-gues da. Escola de educadores/as de adoles-centes e jovens formao para acompanha-mento juvenil. Coleo Caminhos. Goinia: Casa da Juventude Pe. Burnier e PUC Gois, 2012.
TEIXEIRA, Carmem Lcia (organizadora). Passos na travessia da f metodologia e mstica na formao integral da juventude. So Paulo: CCJ, 2015.
UMBRASIL. Caminho da educao e amadure-cimento na f a mstica da Pastoral Juvenil Marista. So Paulo: FTD, 2008.
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EXPEDIENTE:
Texto de Apoio 1: Formao Integral: aprofundamento terico e prtico 2015.
Elaborao
PJM Provincial
Equipe: Jos Jair Ribeiro, Jaquelini Alves Debastiani, Karen Theline Cardoso dos Santos da Silva, Ir. Jader Luiz Henz, Ir. Matheus da Silva Martins, Andressa Piccinini, e Rmulo Canabarro Vizzotto.
Reviso: Ir. Salvador Durante.
Projeto Grfico e Diagramao: Design de Maria
Impresso:
Rede Marista RS | DF | Amaznia.
Rua Irmo Jos Oto, 11 Bom Fim
CEP: 90035-060 Porto Alegre/RS
Tel (51) 33140300
pjm@maristas.org.br
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maristas.org.br
pjm.maristas.org.br
Pastoral Juvenil Marista - PMRS
pjm@maristas.org.br
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