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ÉTICA, CIDADANIA E RELAÇÕES HUMANAS
Chussely Souza
Karla Júlia Marcelino
Dezembro 2010
Justificativa
A evolução do Estado moderno trouxe à administração
pública novos modelos de gestão mais produtivos e a
valorização da participação da sociedade na coisa pública
tornando-a mais exigente e cobrando ações mais
transparentes dos governos. A gestão pública está tendo
que adaptar-se a este novo modelo e as necessidades da
sociedade, para tanto, se faz necessário capacitar o servidor para essa nova realidade.
Nesse sentido a difusão dos valores éticos e
compromissos sociais são fundamentais para a prática
responsável da administração pública. As organizações
públicas têm percebido a necessidade de cultivar a prática
ética tanto nas relações humanas como nas práticas
profissionais como forma de conquistar resultados efetivos
para a sociedade. Além do ambiente interno, o externo
também tem despertado a reflexão sobre a postura do Estado na relação com a sociedade e com o ambiente.
Objetivos Através do conhecimento dos fundamentos da Ética, compreender sua relevância como recurso indispensável para relações humanas saudáveis e para a construção da cidadania, condição determinante para o sucesso pessoal e institucional.
Conteúdo programático Objetivo do estudo da Ética. Evolução histórica. Teorias Éticas, Fundamentos e Abordagens. Ética Profissional e Pessoal. Ética no Serviço Público. Compromisso com a Instituição. A moral da integridade e a moral do oportunismo. Base tradicional dos relacionamentos e transição para uma economia competitiva. Os valores e princípios que norteiam a ética do serviço público. O poder e a responsabilidade pública. Cidadania. A busca da excelência nas organizações públicas traduzidas em ações voltadas para a construção da cidadania.
Metodologia •Exposição dialogada; •Trabalhos individuais e em grupo; •Discussão de textos pré-selecionados; •Aplicação de filme para debate de idéias; •Estudo de caso sobre a prática profissional.
Processo Avaliativo •Participação nas atividades em sala; •Elaboração e apresentação de projeto sobre os temas em estudo.
O que é ética ?
CONCEITOS E FUNDAMENTOS
HOMEM SER SOCIAL – VIVE EM SOCIEDADE
SOCIEDADE
SERES COM VIDA EM GRUPO: HOMENS.
PESSOAS QUE VIVEM EM DETERMINADA
FAIXA DE TEMPO E ESPAÇO: SOCIEDADE MODERNA
REGRAS, LEIS E NORMAS REGULAM A SOCIEDADE EM BUSCA DE ORDEM.
ORDEM NATURAL: formigas, abelhas
Comportamento que permanece ao longo do tempo.
Herdados geneticamente, passa de
geração a geração.
ORDEM HUMANA: artificial
Não recebe como herança genética
Tem que inventá-la, construí-la,
reconstruí-la
Mudam ao longo da história
ORDEM DA SOCIEDADE ATUAL É DIFERENTE
DA ORDEM VIVIDA PELOS HOMENS DA
ANTIGUIDADE
ORDEM E JULGAMENTO
Depois de inventada certa ordem
Reconhecida como justa e verdadeira (dentro da época)
Os homens julgam seus comportamentos (e do outro)
Avaliam se está de acordo com o estabelecido
ESFERAS DE JULGAMENTO DO COMPORTAMENTO HUMANO
Leis Jurídicas
Cada perturbação = sanção ou punição. Imposição do Estado.
Cumpridas mesmo quando não estamos convencidos.
Ex: homicídio
Julgamento Subjetivo
Consciência Moral do Indivíduo
Capacidade interna que o indivíduo tem de reagir ao certo e ao errado. A capacidade de distinguir entre o
bem e o mal.
Ex: mentira Comportamento indigno.
Não corresponde a punição objetiva. Causa desmerecimento ou descrédito do indivíduo. julgamento subjetivo, ditado pelo sujeito, por sua
consciência moral.
Falar de ética é falar de: Valores e Virtudes
Referem-se ao comportamento humano
Comportamento x juízo de valores x apreciação dos comportamentos
Conforme ou contrário às normas de convivência dos homens em sociedade
Ex: Pinóquio. Boneco sem consciência moral.
O nariz funciona como a sua consciência moral, para sinalizar a falta cometida pelo boneco: a
mentira.
Ex: “Secretaria de Obras do Município recebe proposta de suborno da empresa responsável pela construção do açude na cidade. Consultado sobre o episódio, o secretário declarou considerar revoltante esse tipo de expediente utilizado por muitas firmas
do ramo.”
Primeira afirmação:
juízo de fato – situação ocorrida concretamente
Segunda afirmação:
juízo de valor – avaliação sobre o acontecimento.
Ética Conflito: o que quero fazer, o que posso fazer e o que devo
fazer
Ex: Rapaz norte-americano matava e congelava o cadáver, para comer. Foi condenado a prisão perpétua.
•Atitude injustificável é desumano;
Ex: Sobreviventes de um desastre aéreo. Enquanto aguardavam o resgate, os sobreviventes comiam carne humana.
•Atitude justificável em nome da sobrevivência
“A ética é a teoria
ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.
É a ciência da moral, isto é, de uma esfera do comportamento humano.”
Vasquez
“A Ética estuda a conduta da pessoa do ponto de vista do bem e do mal”
Luciano Packter
“A Ética, enquanto uma reflexão científica e filosófica, estuda os costumes e normas de
comportamento”. Marcia Formentini e Tiago Mainier
“A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas não são fáceis de explicar, quando alguém
pergunta.” Valls.
“Ética é a obediência ao que não é obrigatório. Você a pratica não por cobrança ou receio de punição, mais sim
por razões interiores.” Jan Kabat-Zinn
Texto:
A Ética é Relativa?
Atividade em equipe:
O pensamento ético de épocas passadas ainda é aplicável aos
dias de hoje?
Falar de ética é falar de convivência humana.
São os problemas da convivência humana que geram o problema da ética.
Há necessidade de ética porque os seres humanos
não vivem isolados.
Há necessidade de ética porque há o outro ser humano.
Ética e convivência humana
Auto conhecimento
HABILIDADES
CRENÇAS
COMPORTAMENTOS
DISCURSOS
ATITUDES
EMOÇÔES
MODELO MENTAL
VALORES
SENTIMENTOS
PRESSUPOSTOS
Autoconhecimento
Conscientização da autonomia do ser humano Contato com a vida e com emoções Auto conhecimento e auto controle
Auto conhecimento
HUMILDADE
• Grandes problemas? Como reagi?
• Grandes oportunidades? Como reagi?
• Grande Erros? Por que?
• Competências e talentos usados em cada uma destas situações.
Auto análise
Auto conhecimento
De onde vim? Onde estou ? Para onde vou?
Conhecendo os Sentimentos
RAIVA INVEJA
MEDO CULPA
Perfil do Ouvidor e Relações Públicas – Chussely Souza
RAIVA INVEJA
MEDO CULPA
RAIVA INVEJA
MEDO
CULPA
Perfil do Ouvidor e Relações Públicas – Chussely Souza
IMAGEM
Imagem é a impressão que as pessoas tem de você
O importante é que sua imagem seja um reflexo do que você é
Auto conhecimento
Perfil do Ouvidor e Relações Públicas – Chussely Souza
Consigo mesmo
Com o próximo Com Deus
AUTO ESTIMA SOCIALIZAÇÃO ESPIRITUALIDADE
Auto conhecimento
Percepção que o indivíduo tem de seu próprio valor;
ALTA AUTO-ESTIMA - sabem-se capazes de realizar aquilo que quiserem fazer; são altamente motivados, desejosos de aprender e não se preocupam -
excessivamente - com o que os outros possam pensar.
BAIXA AUTO-ESTIMA - não confiam em si mesmos; como acreditam que vão fracassar, não se esforçam para
triunfar; não aprendem bem; procuram compensar seu sentimento de inferioridade criticando os demais.
Auto-estima
Leitura do texto:
Auto estima
"Auto-estima é a disposição para experimentar a si mesmo como alguém competente para lidar com os
desafios básicos da vida e ser merecedor da felicidade"
Nathaniel Branden.
MATE O SEU PASSADO NEGATIVO!
ENQUANTO VOCÊ NÃO CONSEGUIR ESCAPAR DO PASSADO, NUNCA CHEGARÁ AO SEU FUTURO.
PASSADO É LIÇÃO PARA REFLETIR, JAMAIS PARA REPETIR.
O FUTURO É O QUE IMPORTA.
(Rogério Caldas)
Estudo de psicólogos especialistas em relacionamento humano
Grande parte do nosso trabalho é feita por meio do contato com os outros, quer como indivíduos, quer como grupo.
A eficiência em lidar com outras pessoas é muitas vezes prejudicada pela falta de habilidades, de compreensão e de trato interpessoal.
As pessoas que têm mais habilidades em compreender os outros e têm traquejo interpessoal são mais eficazes no relacionamento humano.
A experiência tem comprovado que as pessoas podem aprender a aperfeiçoar sua habilidade em compreender os outros e a si próprias,
adquirindo traquejo nas relações interpessoais.
Sensitividade Social
x
Flexibilidade de comportamento
EMPATIA ou SENSIBILIDADE SOCIAL
Aptidão para sentir o que os outros pensam e sentem
Relacionamento Humano
Ter flexibilidade de ação (comportamento) em função das atitudes
e sentimentos que você consegue empatizar.
Compreender as pessoas
( sensitividade social, empatia)
“Compreendo como o outro se sente (sentimento) e sua maneira de agir em função desse sentimento,
mas não me envolvo nele”
Flexibilidade de Comportamento
Condução apropriada de uma situação com determinada pessoa
• Se Maria (criança de 5 anos) me agride
• Se Paulo (adolescente de 13 anos) me agride
• Se meu pai (um adulto) me agride
• Se meu chefe (também adulto) me agride
• Se meu namorado (a quem amo) me agride
Não é possível ter uma reação uniforme para todos os casos. Se agir assim não terá acontecido flexibilidade de comportamento, faltou empatia (compreender o comportamento de cada um, com suas
peculiaridades.
Melhor conhecimento de si próprio
Melhor compreensão dos outros
Melhor convivência em grupo
Desenvolvimento de aptidões para um relacionamento mais
eficiente com os outros
Desenvolvendo Habilidades
• Como ouvir
• Como dialogar
• Como informar
• Como avaliar
• Como elogiar
• Como disciplinar
MELHOR CONVIVÊNCIA EM GRUPO
Texto:
Ser ou não ser ético, eis a questão
Ética e Sociedade
1- Família Exigências éticas da família:
Fidelidade verdadeira sem identificá-la com formas
criticáveis de posse; Reflexo da escola e dos meios de comunicação, na vida diária
da família; Importância de formas saudáveis de relacionamento do
próprio casal.
Ética Paradigmas Atuais
2- Sociedade
Problemas atuais e urgentes: desemprego, insegurança, violência e desigualdade social, põem em risco a prática da Ética no dia-a-dia.
Elevador Restaurante Faculdade
3. Estado
Questões éticas fundamentais para o Estado: leis, constituição, declarações de direito.
A liberdade do indivíduo só se completa como liberdade do cidadão, em um estado livre e de direito.
Ética e Sociedade
Jornais e revistas
Como anda a ética em nossa sociedade?
Identifique situações que possam trazer reflexões sobre condução da ética em nossa sociedade.
Apresentar ao grande grupo
DEVER
“O dever é a obrigação moral, primeiro para consigo mesmo, em seguida para com os
outros.
O dever íntimo é governado pelo seu livre-arbítrio.
O dever começa no ponto onde ameaça a felicidade ou a tranqüilidade do próximo,e termina no limite em que não se deseja vê-
lo transposto em relação a si”.
Ética e Dever
VIRTUDE
Disposição firme e constante para a prática do bem. É a força moral.
Ser causa interna de nossos sentimentos, atos e pensamentos, ou seja, passar da passividade,
submissão às causas externas, à atividade.
MORAL
É a regra da boa conduta, da distinção entre o bem e o mal.
A dimensão moral do homem compreende, além da esfera individual, privada, a esfera pública, a vida
social, a ação do cidadão”.
Somente na relação com os outros homens que os comportamentos individuais podem ser avaliados como virtuosos ou não virtuosos – como éticos ou não éticos.
Ética
VÍDEO:
Ética acima de tudo
Agir com ética significa - em nível de qualquer instituição, seja pública ou
privada - responder, da melhor maneira, aos anseios do cidadão comum, sem que
isto signifique que o servidor venha a transigir, no que se refere aos objetivos
maiores da instituição em que atua.
Promoção de relações éticas no
ambiente de trabalho
Texto: O lado perverso do
trabalho
Estado do Mundo -
hipercompetitividade
Intensificação da globalização
Automação e informatização dos serviços
Complexidade das tarefas
Extinção de postos de serviços e profissões
Redução dos níveis hierárquicos
Busca desenfreada por produtividade e lucro
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
dominação
dano à capacidade de pensar do outro
Imposição de significados
destruição da subjetividade
sentimento de estrangeiridade (vitimadas/os)
Violência é
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
Violência ou Moral
Assédio Psicológico
Bullying – “bully” valentão
Mobbing – relacionamento hostil ou imoral
Violência Invisível
Psicoterror Laboral
Hostilização no Trabalho
Assédio Moral
Fenômeno antigo, termos recentes
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
Assédio
Latim: absedius ou obsidìum (=cerco, cilada) Significados: insistência impertinente, perseguição, sugestão ou pretensão constantes em relação a alguém.
Moral
Latim: moraális (= usos e costumes) Significados: princípios socialmente aceitos; bons costumes, boa conduta, preceitos socialmente estabelecidos pela sociedade ou grupo social
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
“A exposição de trabalhadores a situações vexatórias,
constrangedoras e humilhantes durante o exercício
de sua função, de forma repetitiva, o que caracteriza
uma atitude desumana, violenta e antiética nas
relações de trabalho”.
(Barreto, 2004)
Assédio Moral - conceito
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
“ O assédio moral inicia-se com a negação da existência do
outro, ou seja, no momento em que se nega sua alteridade
e adota-se um comportamento discriminatório,
desrespeitoso e preconceituoso frente à diversidade. Há
uma tendência, nos grupos, de nivelar seus integrantes
numa mesma identidade. O diferente é, portanto, alvo de
desprezo, principalmente nas empresas que não fazem
respeitar os direitos mínimos do indivíduo, desenvolvendo
em seu interior o racismo, o preconceito, a discriminação”.
(Laura Pedrosa)
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
Pode patologizar a vítima, desencadeando uma
mimetização com as afirmações do agressor sobre
ela... torna-se exatamente o que lhe é atribuído!
Sentimento de humilhação e constrangimento.
Sentimento de inutilidade, coisificação e vazio.
Falta de energia para reagir à violência e resgatar a
identidade.
Exclusão e isolamento social, omissão e reprodução
da violência.
SINAIS DE SOFRIMENTO PSÍQUICO
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
Danos Psicossociais Sensação de vazio
Dificuldades nas relações afetivas (social e familiar)
Dificuldades na vida sexual
Agressividade e irritação desmedida e/ou tristeza
Sentimento de desamparo
Percepção negativa de si
Alterações de humor
Choro compulsivo
Dificuldades na tomada de decisão
Isolamento social
Transtornos psicossomáticos
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
...“Normalmente as vítimas não são
pessoas frágeis ou doentes. São pessoas
com personalidade, transparentes e
sinceras que se posicionam...às vezes
questionam privilégios”...
(Heloani, 2007)
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
NÃO É ASSÉDIO MORAL
Dificuldade de Relacionamento
Conflito
Gestão por Injúria
Agressões Pontuais
Má Condição de Trabalho
Imposições Profissionais
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
SINAIS DE ASSÉDIO MORAL
Negar a diversidade
Desqualificação, desmoralização, isolamento
É sutil
Exclusão das vítimas
Trabalhadores = problemáticas, doentes...
Impor tarefas assimétricas à competência
Comunicação ‘doente’
Obter favores sexuais
Manter a vítima imóvel Medo de punição
descrédito, distorções, perseguições, vergonha ...
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
TIPOS DE ASSÉDIO MORAL
Vertical Descendente
Vertical Ascendente
Horizontal
Misto
Novos estudos: ASSÉDIO ORGANIZACIONAL
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
Danos à Saúde – Perspectiva Biopsicossocial
Físico:
Dores generalizadas, doenças cardiovasculares (enfarte), ameaça
de aborto, hipertensão, gastrite, fibromialgia, transtorno alimentar
e do sono.
Psíquico:
Choro compulsivo; falta de energia; apatia; dificuldade em ir trabalhar; depressão; irritação; agressividade; angústia; comprometimento da auto-estima; sentimento de tristeza, de raiva e de revolta; desânimo; pensamento suicida; medo excessivo; e sentimento de inutilidade.
Social:
Conduta isolamento social, perda das relações sociais e profissionais, perda da identidade social, prejuízo na imagem profissional, exclusão social.
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
Fala de um trabalhador vitimado
...você simplesmente fica invisível... eu era mais ou menos um jarro dentro da empresa, uma figura decorativa que você percebe ou não, você olha e não vê, não existe... fiquei como se fosse um objeto... você passa a ser uma carta fora... era como se eu não existisse... você passa a ocupar um espaço só na folha de pagamento... isso é degradante!
(Bartolomeu – nome fictício)
CUIDANDO DOS AGRESSORES
Prática de Justiça Restaurativa
Oportunidade de reaprender a lidar com pessoas.
Expressão do desejo de mudança.
Reflexão e Conscientização do fenômeno da
violência.
Identificação de formas para lidar com a raiva
...interrompendo agressões
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
CUIDANDO DAS VÍTIMAS
Criar e divulgar meios sigilosos de denúncia
Conscientização do fenômeno da violência
Acolhimento do assediado
Abrigar e receber
Tornar confortável a fala, a denúncia apoio solidário
Acolhimento ≠ Maternagem
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
Saídas...
• Códigos de Ética
• Direito de denúncia
• Possibilitar a fala do trabalhador
• Garantir o anonimato
• Políticas de SQVT
• Redes de apoio interdisciplinares
• Programas de desenvolvimento gerencial
• Olhar interdisciplinar...
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
Assédio Moral
Aspectos legais – PE Lei Estadual n. º 13.314, de 15/10/2007
Assédio Moral no âmbito da Administração
Pública Estadual Direta, Indireta e Fundações
Públicas.
Lei proposta pelo Deputado Estadual (PE)
Isaltino Nascimento.
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho.
É imaginável que numa sociedade mais justa, onde a diversidade seja respeitada e até
valorizada e a competitividade não exista para destruir o outro, as Relações de
Trabalho sejam mais saudáveis! (Laura Pedrosa)
Os valores e princípios que norteiam a ética do serviço
público.
O poder e a responsabilidade pública.
Breve origem etimológica
Civitas (gregos)
A pólis grega era uma cidade-Estado fortificada para resistir ao inimigo de guerra. Era preciso uma grande solidariedade e a constituição de um corpo político entre os habitantes da pólis
Para Aristóteles, um dos principais filósofos gregos, cidadão era quem podia escolher representantes nas assembléias, julgar e exercer funções ou cargos públicos. As crianças, as mulheres, os escravos e os metecos não eram considerados cidadãos.
Projeto “Capital Social, Política e Cidadania: o empoderamento do jovem ijuiense” Ana Renghi Cenci
Cidadania
Cidadãos são os portadores de direitos, portanto, TODOS (teoricamente)
Cidadania e Direitos Humanos: realização de uma sociedade compartilhada por todos, garantindo o acesso universal ao espaço público e à dignidade
Cidadão é quem pertence à sociedade (todos pertencem à sociedade?) ; Cidadão -> Cidade : Cidadão é quem faz parte da cidade
Projeto “Capital Social, Política e Cidadania: o empoderamento do jovem ijuiense” Ana Renghi Cenci
Cidadania
A condição humana básica (o direito a ter direitos) “significa pertencer, pelo vínculo da cidadania, a algum tipo de comunidade juridicamente organizada e viver numa estrutura onde se é julgado por ações e opiniões”
Liberdade + Igualdade = CIDADANIA (Rousseau)
Não basta ser cidadão apenas formalmente
A sociedade democrática (repleta de diferenças e desigualdades) precisam ter valores comuns, para haver identidade entre os diferentes grupos de uma mesma sociedade
Projeto “Capital Social, Política e Cidadania: o empoderamento do jovem ijuiense” Ana Renghi Cenci
Cidadania
No livro “A Cidadania no Brasil”, José Murilo de Carvalho comenta que se tornou costume desdobrar a cidadania em direitos civis, políticos e sociais e ressalta a necessidade de refletir acerca desses direitos a fim de compreender as suas inter-relações (Carvalho, 2006). Direitos civis – (...) direitos fundamentais à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei. (...) São direitos cuja garantia se baseia na existência de uma justiça independente, eficiente, barata e acessível a todos. (...) A pedra de toque é a liberdade individual.
Direitos políticos – estes se referem à participação do cidadão no governo da sociedade. Seu exercício é limitado à parcela da população e consiste na capacidade de fazer demonstrações políticas, de organizar partidos, de votar, de ser votado. (...) São eles que conferem legitimidade à organização política da sociedade. Sua essência é a idéia de autogoverno. Direitos sociais – eles incluem o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, à aposentadoria. A garantia de sua vigência depende da existência de uma eficiente máquina administrativa do Poder Executivo. (...) A idéia central em que se baseiam é a justiça social. (CARVALHO, 2006, p. 09).
Na Inglaterra, surgem os direitos civis (XVIII), depois os direitos políticos (XIX) e, por fim, os direitos sociais (XX). A educação popular foi a condição
primordial para a construção da cidadania
Leitura do texto:
Cidadania no Brasil
Qual a conseqüência do relato do livro para
os dias de hoje?
No Brasil, a pirâmide dos direitos sociais foi colocada de cabeça
para baixo
DIREITOS CIVIS
DIREITOS POLÍTICOS
DIREITOS SOCIAIS
DIREITOS CIVIS?
DIREITOS SOCIAIS
DIREITOS POLÍTICOS
De acordo com Marshall, os direitos deveriam ser
conquistados na seguinte ordem
Não há um “caminho certo” para construir a cidadania, contudo, cada caminho afeta o tipo de cidadão e de
democracia que a que se chegará.
Projeto “Capital Social, Política e Cidadania: o empoderamento do jovem ijuiense” Ana Renghi Cenci
Questões centrais no atual debate sobre a CIDADANIA
Problemática do gênero (não apenas uma questão de feminismo, uma questão de inclusão social); do idoso, da criança,... Enfim, CIDADANIA E DIREITO A DIFERENÇA
Direitos das minorias que não são questões só das minorias: cotas?
Direitos universais? É necessário a busca da igualdade com respeito às diferenças
Projeto “Capital Social, Política e Cidadania: o empoderamento do jovem ijuiense” Ana Renghi Cenci
Cidadania e Responsabilidade Pública
« No momento, porém, em que os cidadãos agem, na administração da coisa pública, movidos por interesses particulares, sejam egoísticos, sejam partidários, temos a síndrome da corrupção.
Esta surge quando o cidadão comum intenta conseguir, a qualquer custo, benefícios indevidos ou, se justos, dependem de procedimentos administrativos a que não querem se submeter. Sugere-se, aí, o “jeitinho” tão brasileiro, mas não exclusivo nosso, de forçar o funcionário público a praticar, omitir ou retardar ato de ofício que lhe interessa, prometendo ou oferecendo vantagem indevida (corrupção ativa, art. 333 do Código Penal).
Ou, na modalidade inversa, o agente administrativo, para a prática de ato regular de sua obrigação, exige do cidadão vantagem indevida (concussão, art. 316 CP.) ou simplesmente solicita benefícios materiais ou econômicos (corrupção passiva, art. 317). Apenas para lembrar, os crimes contra a Administração pública ocupam longos capítulos do Código Penal (arts. 313 a 359), tão variadas são suas modalidades. A corrupção é, assim, a face nefasta dos interesses egoísticos individuais, que viola, desvirtua e corrói os legítimos interesses públicos, entendidos in genere como sociais ou coletivos. »
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO E EXERCÍCIO DA CIDADANIA Carlos Aurélio Mota de Souza*
ACCOUNTABILITY
Na língua portuguesa, Accountability é ainda um termo
de difícil tradução.
Mesmo na língua inglesa o termo é ambíguo.
Accountability seria a “responsabilização” dos agentes políticos, dirigentes e servidores
públicos pelo resultado de sua gestão, perante os atores sociais e políticos aos quais prestam
contas.
Poderíamos dizer que seria a avaliação de desempenho da administração governamental.
PROPÓSITO DA
ACCOUNTABILITY
Direcionar e orientar a ação administrativa.
Aferir o desempenho e os resultados.
Garantir sua probidade e integridade.
TRANSPARÊNCIA DA ACCOUNTABILITY
Obscuridade da legislação: regras pouco claras e sujeitas a interpretações
diversas.
Dados inacessíveis: nem o cidadão tem idéia clara de que e por que recebe
benefícios.
Accountability = transparência:
o que fazer, como fazer, para que fazer, quem irá fazer, para quem
fazer, quanto custa fazer.
REFERÊNCIAS CARVALHO,José Murilo de. Cidadania no Brasil – o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. BROWN, Marvin. Ética nos negócios. São Paulo: Makron Books, 1993. •ENAP- Escola Nacional de Administração Pública.Ética e Serviço Público. •FERNANDES,Angela. A Responsabilidade Social e a Contribuição das Relações Públicas,2006.
•FILHO,Francisco de S.M. A Ética Profissional no Serviço Público Brasileiro.
•FREITAG, Barbara. Ética na Administração Pública.
•LIMA, Chussely Souza. Ouvidoria pública no Estado de Pernambuco: passos na perspectiva da cidadania. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Recife: 2008. 160fls
•INGENIEROS, José. O homem medíocre. Pequeno ensaio de moral e ética dirigido aos jovens. Curitiba: Juruá Editora, 2003
•PEDROSA, Laura. Promoção de relações saudáveis no trabalho. 2009. Trabalho de Mestrado.
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