trabalhando ortografia
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Para que Ensinar Ortografia?
Reflexões sobre as normas ortográficas
Baseado em estudos feitos por Artur Gomes de Morais
A criança inic ialmente se apropria do s istema alfabéti co num processo
gradati vo. O que o aprendiz nessa fase ainda não domina, por
desconhecer é a norma ortográfi ca. Dada a natureza de convenção social ,
o conhecimento ortográfi co é algo que a cr iança não pode descobrir
sozinha, sem ajuda.
ESCRITA
ProduçãoCriação
+Ortografia
Reprodução
“Ao contrário do que muitas pessoas pensam, aprender
ortografi a não é só questão de memória. O entendimento do que é
regular e do que é irregular em nossa ortografi a me parece
fundamental para o professor organizar seu ensino.”
A r t u r G o m e s d e M o r a i s
Escrita
IRREGULARIDADES
Não tem
regras, dependem da
memorização.
O que o aluno
precisa memori
zar?
REGULARIDADES
São os casos da norma
ortográfica que
tem regras.O que o aluno pode
compreender?
REGULARIDADESS ã o co r re s p o n d ê n c i a s l e t ra - s o m q u e p o d e m s e r
i n co r p o ra d a s p e l a co m p re e n s ã o .
É p re c i s o co n s i d e ra r q u e o s a l u n o s a p re n d e rã o s e ti ve re m o p o r t u n i d a d e d e refl eti r.
I nte r n a l i za n d o a s re g ra s o a l u n o te rá s e g u ra n ça p a ra e s c reve r co r reta m e nte p a l av ra s q u e n u n ca teve o p o r t u n i d a d e d e l e r.
Regulares diretas
Não existe nenhuma letra competindo para grafar estes sons/pares mínimos.
p /p/
b /b/
t /t/
d /d/
f /f/
v /v/
Regulares contextuais
É o contexto dentro da palavra que vai definir qual letra deverá ser usada.
Uso Regra
R ou RR rato/ porta/ guerra, prato/barata
G ou GU garoto/guerra
C ou QU Notando o som do /K/ em palavras como capela/quilo
J Em sílabas com A, O e U Ex: jabuti/jogada
S No início das palavras, formando sílabas com A,O,e U, Ex: sapinho
E ou I No final de palavras que terminam com o som de “I” Ex: “perde”, “perdi”
Z Em palavras que começam com o som de Z. Ex: zinco, zabumba
Uso Regra
O ou U No final de palavras que terminam com o som de “U” Ex: “bambo”, “bambu”
5 modos de marcar
a nasalidad
e
• usando M em posição final de sílaba Ex: “bambu” • usando N em posição final de sílaba Ex: “banda”
•usando o til Ex: manhã •usando o dígrafo NH Ex: “minha” e “galinha” a
vogal anterior ao dígrafo é nasalizada e ele (dígrafo) não é pronunciado
•na palavra a sílaba seguinte começa com uma consoante nasal(contiguidade) Ex: “cana”, “cama”
Regulares morfológico-gramaticais
São aspectos ligados à categoria gramatical da palavra que estabelecem a regra.Palavras Casos observados na formação de palavras por
derivação - presentes em substantivos e adjetivos
portuguesa/ francesa
Adjetivos que indicam o lugar de origem se escrevem com ESA no final
beleza/pobreza Substantivos derivados de adjetivos e que terminam com o segmento sonoro /EZA/ se escrevam com EZA
milharal/canavial
Coletivos semelhantes terminam com L
famoso/carinhoso
Adjetivos semelhantes se escrevem sempre com S
doidice/ chatice/menini
ce
Substantivos terminados com o sufixo ICE se escrevem sempre com C
Ciência/esperança/
importância
Substantivos derivados que terminam com sufixos ÊNCIA, ANÇA e ÂNCIA
Palavras Casos observados na formação de palavras por derivação - presentes em substantivos e
adjetivos
Cantou/bebeu/partiu
3ª pessoa do singular do passado(perfeito do indicativo) se escreve com “U”
Cantarão/beberão/ partirão
3ª pessoa do plural no futuro se escreve com “ÃO”
Cantam/cantavam/
Bebem/beberam
3ª pessoa do plural de todos os outros tempos verbais se escrevem com “M” no final
Cantasse /bebesse/ Dormisse
Flexões do imperfeito do subjuntivo terminam com “SS”
Cantar/beber/partir
Infinitivos terminam com ”R”
IrregularidadesN e s s e s c a s o s n ã o h á r e a l m e n t e r e g ra q u e a j u d e o
a l u n o . É p r e c i s o c o n s u l t a r o d i c i o n á r i o e m e m o r i z a r.
M e m o r i z a r é c o n s e r v a r n a m e n t e a s i m a g e n s v i s u a i s d a s p a l av ra s , p o r i s s o a e x p o s i ç ã o d o a l u n o à e s c r i t a i m p r e s s a – l i v r o s , j o r n a i s , r e v i s t a s – e a s l i s t a s d e p a l a v ra s s ã o r e c u r s o s i m p o r t a n t e s .
Pa ra u m a l u n o p r i n c i p i a n t e , o p r o fe s s o r d e v e i nv e s ti r n a m e m o r i z a ç ã o d e p a l a v ra s q u e a p a r e c e m m a i s q u a n d o e l e e s c r e v e .
A s i r r e g u l a r i d a d e s i rã o n o s a c o m p a n h a r a t é o fi m d a v i d a , p o r m a i s l e t ra d o s q u e s e j a m o s .
Irregulares
Não possuem regras que conduz à grafia correta.
Alguns Casos
Som do “S” – seguro, cidade, auxílio, cassino, giz...
Som do “G” – girafa, jiló;
Som do “Z” – zebra, casa, exame
Ditongos que têm uma pronúncia “reduzida” – caixa, madeira. Vassoura, manteiga.
Som do “X”- enxada, enchente;
Emprego do “H” inicial – hoje, homem;
E” e “I” / “O” e “U” em sílabas átonas que não estão no final das palavras - cigarro, seguro, bonito, tamborim;
“L” e “LH” diante de certos ditongos - Julio, julho;
Quando começar a ensinar ortografia?
Para introduzir o ensino sistemático, convém dar tempo para que as
crianças compreendam o sistema de escrita alfabética, isto é, aprendam o valor sonoro das letras e possam ler e escrever sozinhas pequenos textos.
Como corrigir?Quando corrigir?
Em primeiro lugar, a experiência sugere que é preciso não se angustiar: é impossível (e pouco eficaz) querer corrigir tudo, sempre. O aprendizado da ortografia não envolve apenas a memória; é um processo gradual e complexo, que requer tempo.
Utilizar as produções dos alunos para desenvolver o trabalho de revisão, pois, são mais significativas.
Não é útil corrigir os textos e depois fazer com que copiem inúmeras vezes as palavras corrigidas. O professor deverá fazer uso de estratégias que levem o aluno a refletir sobre suas dificuldades ortográficas.
O professor poderá fazer uso da legenda, para correção dos textos, estabelecida em conjunto com os alunos.
Como trabalhar as dificuldades regulares?
Ditados interativos
Ditado de um texto já conhecido, fazendo pausas,com o intuito de focalizar e discutir certas questões ortográficas previamente selecionadas.
Objetivo – o aluno refletir sobre o que está escrevendo
Leitura com focalização
Encaminhamento semelhante ao ditado interativo. Ao reler um texto incentivar aos alunos a focalizar a atenção na grafia das palavras.
Jogos com reflexão ortográfica
Jogos dedicados ao estudo de uma dificuldade específica.
Como trabalhar as dificuldades irregulares?
Reescrita com transgressão ou
correção
Reescrever transgredindo a norma ortográfica (reescrevendo errado de propósito), discutindo.
Reescrever fazendo a correção através de discussões acerca da norma ortográfica.
Uso do dicionário
Exige uma atitude de reflexão.
IMPORTANTEUsar um texto desconhecido para desencadear a
reflexão ortográfica é distorcer a natureza e as finalidades do ato de ler um texto pela primeira vez.
Os textos escritos existem para serem lidos, comentados, degustados.
É fundamental insistir sempre no contraste entre as formas certas e as erradas, estimulando os alunos a compreender e verbalizar as regras que vão descobrindo.
Registrar em um quadro de regras as soluções propostas pelos alunos, com suas próprias palavras, ajuda-os a sentir que não estão recebendo regras prontas, apenas para decorar.
“A leitura é uma grande arma para se chegar a uma escrita ortográfica, porém é necessário que o aluno leia efetivamente e seja o primeiro leitor de tudo o que escreve e então será o seu próprio revisor.”Grupo de Estudo:
Julianne, Cássia, Heloísa, ElisianaAcessoria: Lélia Abrahão
Desenho do plano de fundo: Manuella aluna do 3º ano – E.M. Prof. Henrique Zamith
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