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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
RESÍDUOS DE SERVIÇOS
DE SAÚDE
Marta Daniela Assunção Costa
Prof.a Ana Paula Ribeiro
Data da entrega: 15/10/2009
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
RESÍDUOS DE SERVIÇOS
DE SAÚDE
Esta publicação atende a complementação didádico-
pedagógica de metodologia da pesquisa e a produção e
desenvolvimento de monografia, para o curso de pós-
graduação em Gestão Ambiental feito por Marta Daniela
Assunção Costa
3
AGRADECIMENTOS
O corpo docente do Instituto “A Vez do Mestre”, à professora
Ana Paula Ribeiro pela revisão dos textos. Aos alunos e
pessoas que, direta e indiretamente, contribuíram para a
confecção desse trabalho acadêmico e sua constante
atualização.
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DEDICATÓRIA
Dedico essa monografia aos meus pais, que tanto colaboram
para a confecção e o aperfeiçoamento desse trabalho.
Também as minhas amigas Ruth e Luzineth, pela força e
estímulo que sempre me deram!
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RESUMO
A quantidade exagerada de resíduos perigosos gerados pelo homem torna os
ecossistemas naturais impossibilitados de depurá-los na velocidade necessária para
evitar tragédias de impacto ambiental. Entre os diversos tipos de resíduos
produzidos pelo homem estão os resíduos de serviços de saúde, pois embora
representem uma pequena parcela dos resíduos totais, ocupam uma posição de
estrema importância pela capacidade que possuem de infectar e contaminar o meio
ambiente e a saúde humana, uma vez que compreendem dentre outros resíduos
radioativos químicos perigosos e microbiológicos patogênicos (vírus, bactérias,
protozoários e fungos). Assim sendo, o gerenciamento dos resíduos de saúde,
passou a ser uma questão global. Devido à criação de leis mais severas, a
comunidade mundial está sendo desafiada a promover o equilíbrio do
desenvolvimento econômico com a proteção ambiental.
Palavras chaves: resíduos, proteção, meio ambiente.
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METODOLOGIA
Este trabalho trata de uma pesquisa bibliográfica, fazendo um estudo e uma
revisão na literatura e nos estudos pertinentes ao assunto. Uma abordagem nas leis
e normas referente ao gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde.
Foi feita uma pesquisa junto a Internet, através de várias pesquisas e artigos
publicados. Também foi elaborada uma pesquisa junto a diversos autores
renomados junto ao assunto abordado, ou seja. Resíduos de serviços de saúde.
A busca de informações sobre as experiências de gerenciamento de resíduos
de serviços de saúde, será realizada através de visitas técnicas aos hospitais
através da internet e da literatura. Serão também realizadas consultas aos bancos
de teses e de dissertações visando obter informações sobre as tecnologias e
experiências de manejo, gerenciamento e demais informações referente a os
resíduos de serviços de saúde.
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SUMÁRIO
Pág.
Capítulo I – Resíduos 09
Capítulo II: Conceito 18
Capítulo III – Gerenciamento 23
Capítulo IV – Responsabilidade. Civil 30
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INTRODUÇÃO
Através desse trabalho trataremos sobre a problemática questão dos resíduos
de serviços de saúde o seu gerenciamento e a responsabilidade civil. Apresentamos
uma visão histórica dos resíduos de um estudo mais elaborado dos resíduos de
serviços de saúde, enfatizando o gerenciamento dos resíduos, o impacto ambiental
causado pelos mesmos.
Abordamos também a necessidade de leis, projetos e procedimentos
relacionados ao uso e ao descarte adequado dos resíduos de saúde, atendendo os
requisitos ambientais e de saúde pública.
O conhecimento e posterior esclarecimento a população dos problemas
gerados pelo descarte dos resíduos de saúde, que possuem uma grande
concentração de produtos tóxicos.
Demonstração do impacto ambiental causado pelos resíduos de serviço de
saúde.
Um estudo sobre a responsabilidade civil referente à questão do
gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde, especificamente em relação aos
fabricantes.
Tudo o que é gerado pelo ser humano e não o é desejado ou aproveitável
torna-se resíduo.
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CAPÍTULO I
1. FATOS HISTÓRICOS DOS RESÍDUOS
O lixo ajuda a contar a história das civilizações. Com a descoberta do fogo
nossos ancestrais passaram a fabricar o lixo. Cabe destacar que, Roma, cidade
fundada em 735 A.C., era dotada de serviço de esgoto e tinha melhor rede de
estradas da época, mas não dispunha de nenhum serviço de coleta de lixo. Os
romanos costumavam atirar seu lixo em qualquer lugar e já naquela época, os
governantes colocavam placas com as inscrições “não jogue lixo aqui” (grifos
nossos).
De acordo com Hipócrates, (460 a.C – 380 d.C), O grande pai da Medicina,
defendia que o corpo humano deveria estar equilibrado com seu ambiente externo,
ressaltando como fatores essenciais para uma vida saudável: a água isenta de
impurezas e o ar puro.
Diversos movimentos culturais, científicos, sociais, religiosos, marcaram o
Séc. XVII. No campo da medicina sugiram várias descobertas como o
aperfeiçoamento do microscópio que possibilitou a visão de vários agentes
microbianos causadores de algumas doenças, a descoberta de bactérias, a
circulação do sangue, dentre outras. Estas descobertas contribuíram para uma
nova visão em relação à cidade, propiciando novas concepções de sujeira corporal
e urbana.
A revolução Industrial, que ocorreu no século XVII, permitiu o
desenvolvimento de indústrias diversas, surgiram então, novos tipos de resíduos. O
lixo tornou-se um indicador surpreendente de desenvolvimento de uma nação.
A valorização do lixo começa surgir no período industrial e amplia-se por
causa da guerra. O lixo deveria ser transformado em dinheiro, deveria ser
transformado em matéria-prima.
Já nos anos de 1970, o lixo era considerado um modismo, e voltou a ser um
assunto de vanguarda. A reciclagem virou palavra de ordem. É claro que esse
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reaproveitamento do lixo estava ligado a manifestações de revolta de cunho
político-social. Há sempre uma grande controvérsia relacionada ao lixo, pois uma
hora ele é tratado como algo indecoroso, repugnante que traz diversos malefícios a
saúde e outras vezes como matéria-prima, com a criação de diversos produtos
lançados no mercado.
Inicialmente, o Homem vivia apenas da coleta e não se fixava em um
determinado local. Desta forma, Munford afirmava que a cidade dos mortos
antecedeu a cidades dos vivos.
Porém, a partir do momento em que ele passa a dominar a arte do cultivo de
plantas e a domesticação de animais a relação Homem-Natureza é modificada
passando a existir o espaço geográfico. “O homem coletor habitava o planeta
apenas tirando dele o necessário para sua sobrevivência”. Em outras palavras:
“Mas foi essa relação de pura coleta, para sobrevivência, que o homem começa a
modificar essa relação passiva inicial com a natureza.” (CARLOS, 2005, pp. 30).
1.1 Os Resíduos de Saúde no Brasil
Começou a ocorrer em diversas regiões do planeta uma percepção
progressiva de que o meio ambiente influenciava a saúde e a vida dos indivíduos, e
que isso por sua vez, trazia conseqüência à manutenção de suas famílias.
Assim sendo, os povos de diversas especialidades foram criando seu
“conhecimento médico”, através da observação e experimentação empírica dos
efeitos dos recursos da natureza sobre a saúde individual e coletiva.
Foram desenvolvidos conceitos de higiene e de preservação da saúde
estreitamente relacionados com o contexto cultural, filosófico e místico de cada
povo.
Surge no século XVI, com as Irmandades de Misericórdias, as Santas Casas,
onde os serviços prestados abrangiam também o atendimento médico.
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Nos três primeiros séculos, as Santas Casas de Misericórdia eram as únicas
formas de assistência hospitalar de que dispunha a população, tanto a indígena
como a dos colonizadores.
Os cuidados relacionados aos resíduos sólidos de maneira geral no Brasil
foram iniciados em meados do século XIX.
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro promulga o Código de Posturas em
1832, que contempla o controle do ambiente, de cemitérios, currais, abatedouros,
açougues, mercados de alimentos, medicamentos e a vigilância do exercício
profissional me das instituições na área da saúde e das fábricas.
O serviço obrigatório de limpeza começou em 1880, na cidade de São
Sebastião do Rio de Janeiro, capital do Império, quando o Imperador Pedro II
aprovou o contrato de “limpeza e irrigação” da cidade, que foi executado por Aleixo
Gary, sobrenome esse que atualmente é utilizado para denominar os trabalhadores
de limpeza urbana de muitas cidades do Brasil.
O estado de São Paulo em dezembro de 1951, aprova a Lei nº 1.561, que
trata do Código de Normas Sanitárias do estado e dispõe sobre a coleta pública,
transporte e destinação final dos resíduos sólidos.
Já no ano de 1954, houve a publicação da Lei Federal, nº 2.312, que
introduziu como uma de suas diretrizes, em seu art. 12, a seguinte determinação: “a
coleta, o transporte e o destino final do lixo deverão processar-se em condições, que
não tragam inconvenientes a saúde e ao bem estar públicos”. (Lei Federal nº
2.312/54).
Com a publicação do Código Nacional de Saúde, (Decreto Lei nº 49.974-
A/61), a questão acima foi novamente confirmada, no art.40: “A coleta, o transporte
e o destino do lixo, processar-se-ão em condições que não tragam malefícios ou
inconvenientes à saúde, ao bem estar público e à estética.”
Na 3ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1963, já se levou em
consideração à questão ambiental na problemática da saúde. No final da década de
70, o Ministério do Interior (MINTER) elaborou a Portaria nº 53, de 01/03/79, que
dispõe sobre o controle dos resíduos sólidos proveniente de todas as atividades
humanas, como forma de prevenir a poluição do solo, do ar, das águas.
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A referida portaria determinava que os resíduos sólidos de natureza tóxica,
bem como os que contêm substâncias inflamáveis, corrosivos, explosivas,
radioativas e outras consideradas prejudiciais, devem sofrer tratamento ou
acondicionamento adequado no local de produção e nas condições estabelecidas
pelo órgão estadual de controle da poluição de preservação ambiental (Brasil, 2001).
A Portaria nº 53/79 do Ministério do Interior determina também que os
resíduos sólidos ou semi-sólidos de qualquer natureza não devem ser colocados ou
incinerados a céu aberto, tolerando-se apenas alguns casos como: situações de
emergência sanitária e acumulação temporária de resíduos em algum terreno,
devidamente autorizados.
Nos anos de 1970, apareceu de uma forma relevante, um assunto, muito
polêmico, ou seja, o meio ambiente. Nesta década, muitas mudanças estavam
acontecendo no mundo. Todo esse fomento ambiental influenciou diversas áreas
das ciências exatas e humanas, tais como: o Direito, a Filosofia, a Economia, a
Sociologia, a Engenharia e até a Medicina. Todo esse movimento ambiental nasceu
de um objetivo moral, tendo por trás fortes compromissos políticos.
Durante muitos e muitos anos o ser humano afetou de forma agressiva o meio
ambiente e consequentemente também foi afetado. Logo, o homem sempre foi o
principal responsável por todos os estragos feitos a natureza, propriamente dito ao
meio ambiente.
As últimas décadas se caracterizam por intensos debates ambientais em
setores muito diversos da sociedade.
É o paradoxo do desenvolvimento cientifico e tecnológico gerando conflitos
com os quais se depara o homem pós-moderno diante dos graves problemas
sanitários e ambientais advindos de sua própria criatividade.
Entre esses, situam-se aqueles criados pelo descarte inadequado de resíduos
que criaram, e ainda criam enormes passivos ambientais, colocando em risco os
recursos naturais e a qualidade de vida das presentes e futuras gerações.
A disposição inadequada desses resíduos decorrentes da ação de agentes
físicos, químicos ou biológicos, cria condições ambientais potencialmente perigosas
que modificam esses agentes e propiciam sua disseminação no ambiente, o que
afeta, conseqüentemente, a saúde humana.
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Com o passar do tempo diferentes histórias sobre o lixo foram criadas pelo
homem, estes resíduos sempre causaram grande preocupação para a humanidade,
por isso há muito tempo o assunto vem sendo objeto de diversas questões ao longo
do tempo. Este já não é um problema isolado envolve interesses em escala global
Em 1985, o Ministério da Saúde define a vigilância sanitária como “conjunto
de medidas que visam a elaborar, controlar a aplicação e fiscalizar o cumprimento
de normas e padrões de interesse sanitário relativos a portos, aeroportos e
fronteiras, medicamentos, cosméticos, alimentos, saneantes e bens, respeitada a
legislação pertinente, bem como o exercício profissional relacionado à saúde.
A responsabilidade por danos ao meio ambiente encontra-se regulamentada
na Lei nº 7.347/85 que disciplina a Ação Civil Pública de responsabilidade por danos
ao meio ambiente e ao consumidor (ONA, 2004).
Com a publicação da Constituição Federal em 1988, já era possível verificar
que os preceitos constitucionais favoreciam claramente a promoção da saúde, de
forma integrada com a proteção do meio ambiente em todos os níveis, mas em
muitos casos faltava a regulamentação necessária, a aplicação efetiva dos princípios
constitucionais e o cumprimento destes (Brasil, 1988).
1.2 Resíduos Sólidos e de Serviços de Saúde
De acordo, com o pensamento de Barros Junior (2002, p.4), que afirma que o
termo “resíduo” é considerado um sinônimo de “lixo” e é usado de forma geral pela
população, mas dá a entender que resíduo não é lixo sem valor.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT-10.004/2004) define
resíduo sólido e semi-sólido como os que resultam de atividades de origem
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola e de serviços de varrição.
A Norma inclui ainda nesta definição, os “lodos”, provenientes de sistemas de
tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de
poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o
seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso
14
soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia
disponível.
Segundo Calderoni (2003, p.49) que define resíduo como palavra adotada
muitas vezes para significar sobra no processo produtivo, geralmente industrial.
A Resolução CONAMA nº 005/1993 define resíduos sólidos como: resíduos
nos estados sólido e semi-sólido que resultam de atividades de origem industrial,
doméstica, hospitalar, comercial, agrícola e de serviços de varrição. Ficam incluídos
nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles
gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como
determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na
rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e
economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. Vale citar que o
resíduo sólido, nem sempre equivale ao estado sólido.
Os resíduos sólidos são compostos de uma massa heterogênea de resíduos
nos estados sólidos, semi-sólido resultantes das diversas atividades do homem, cuja
origem pode ser industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e
de varrição.
Os estabelecimentos de atenção à saúde tais como hospitais, centros de
saúde, farmácias, clínicas veterinárias, laboratórios, consultórios médicos
E odontológicos, sejam públicos ou privados, geram grandes quantidades de
resíduos.
Atualmente, a produção mundial de lixo é de aproximadamente 400 milhões
de toneladas por ano. Os brasileiros produzem diariamente 125.281 toneladas de
lixo além de 14,5 milhões de metros cúbicos de esgoto.
Os resíduos de serviços de saúde constituem o produto residual não
utilizável, resultante de atividades exercidas por estabelecimentos prestadores de
serviço de saúde, centros de pesquisa e laboratórios. Incluem também os resíduos
originados de fontes menores, como aquelas produzidas durante cuidados
domiciliares com a saúde.
A produção dos resíduos de saúde realizada por estabelecimentos de saúde
representa 1% do total dos resíduos sólidos produzidos em uma cidade.
15
As referências nacionais e internacionais registram poucos dados sobre a
composição gravimétrica dos RSS (resíduos de serviços de saúde).
Os resíduos de serviços de saúde são constituídos de uma mescla de
componentes de origem biológica, química e inerte.
A quantidade associada a grande variabilidade da composição destes
resíduos, que podem incluir substâncias químicas tóxicas e microorganismos
patogênicos podem acarretar sérias consequências à saúde das populações
humanas e ao meio ambiente.
Os consultórios odontológicos geram resíduos que podem conter agentes
químicos nocivos e microorganismos, além de instrumentos pérfuro-cortantes.
Algumas populações são vítimas das questões ambientais, geradas pelos resíduos
de serviços de saúde.
Famílias que não dispõe de coleta domiciliar regular, e, portanto, lança seus
resíduos no entorno da área em que vive, deteriorando o meio ambiente com a
presença de fumaças, mau cheiro, vetores transmissores de doenças e animais.
A população é a de moradores vizinhos às unidades de tratamento e
destinação de resíduos que convivem com o mau cheiro, vetores, poluição e
contaminação dos seus poços d’ água.
Os impactos podem ainda, estender-se para a população em geral, por meio
da poluição e contaminação dos copos d’água e pelo consumo de carnes de animais
criados nos vazadouros.
Os trabalhadores diretamente envolvidos com o manuseio aos resíduos estão
expostos ao risco de acidentes de trabalho pela ausência de treinamento, falta de
condições adequadas de trabalho e equipamentos, além da inadequação da
tecnologia utilizada.
Os efeitos adversos dos resíduos de saúde de origem municipal no meio
ambiente, na saúde coletiva e na saúde individual têm como principais fatos
geradores as deficiências nos sistemas de coleta e disposição final e a ausência de
uma política de proteção à saúde do trabalhador.
Os agentes presentes nos resíduos sólidos e nos processos e sistemas de
gerenciamento, que podem interferir na saúde humana e no meio ambiente são:
16
físicos, biológicos e químicos. Diversos objetos pérfuro-cortantes são apontados
entre os principais agentes de resíduos sólidos.
Microorganismos patogênicos podem ser encontrados em resíduos originados
da população em geral, como lenços de papel, curativos, fraldas descartáveis,
papéis higiênicos, absorventes, preservativos, agulhas e seringas descartáveis;
resíduos de farmácias, clínicas, laboratórios, lixo hospitalar misturados com resíduos
domiciliares quando não há coleta especial.
Podemos observar que o lixo é uma questão muito séria, pois causa diversas
implicações, por isso a necessidade de um sistema de gerenciamento de resíduos.
Em relação ao impacto dos resíduos de saúde no meio ambiente, podemos
observar que o descarte inadequado de resíduos tem produzido passivos ambientais
capazes de colocar em risco e comprometer os recursos naturais e a qualidade de
vida das atuais e futuras gerações.
Os resíduos dos serviços de saúde (RSS ) se inserem dentro desta
problemática e vem assumindo grande importância nos últimos anos.
1.3 Classificações dos Resíduos Sólidos
Temos várias classificações para os resíduos sólidos.
1) por sua natureza física: seco ou molhado;
2) por sua composição química: matéria orgânica e matéria inorgânica;
3) pelos riscos potenciais ao meio ambiente;
4) quanto à origem.
A legislação classifica os resíduos sólidos em relação riscos potenciais ao
meio ambiente e à saúde, como também, em função da natureza e origem.
De acordo com a NRB nº 10.004, da Associação Brasileira de Normas
Técnicas, (ABNT), classifica os resíduos sólidos em duas classes, ou seja, classe I e
classe II
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Os resíduos classe I, denominados como perigosos, são aqueles que, em
função de suas propriedades físicas, químicas ou biológicas, podem apresentar
riscos à saúde e ao meio ambiente.
São caracterizados por possuírem uma ou mais das seguintes propriedades:
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenecidade.
Os resíduos da classe II denominados não perigosos são subdivididos em
duas classes: classe II-A e classe II-B.
Os resíduos da classe II-A - não inertes podem ter as seguintes
propriedades: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.
Os resíduos da classe II-B - inertes não apresentam nenhum de seus
constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade
de água, com exceção dos aspectos cor, turbidez, dureza e sabor.
Com relação à origem e natureza, os resíduos sólidos são classificados em:
domiciliar, comercial, varrição e feiras livres, serviços de saúde, portos, aeroportos e
terminais rodoviários e ferroviários, industriais, agrícolas e resíduos de construção
civil.
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CAPÍTULO II
2. CONCEITO DE RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE - RSS
De acordo com a Resolução da ANVISA no 306/04 e a Resolução CONAMA
no 358/2005, são definidos como geradores de RSS (resíduos de serviço de saúde)
todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal,
inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios
analíticos de produtos para a saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se
realizem atividades de embalsamamento, serviços de medicina legal, drogarias e
farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na
área da saúde, centro de controle de zoonoses; distribuidores de produtos
farmacêuticos, importadores, distribuidores produtores de materiais e controles para
diagnóstico in vitro, unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de
acupuntura, serviços de tatuagem, dentre outros similares.
Segundo PELLICIONE (1999), os resíduos de saúde sempre se constituíram
em grandes problemas para os seus gestores, devido à falta de informação a seu
respeito.
Em meados da década de 70, os canadenses propuseram um novo conceito
no campo da saúde. A insatisfação das condições de vida e saúde da população
mundial, e a ênfase do modelo biomédico, que considerava apenas as explicações,
a etiologia das doenças, diagnósticos clínicos e os prognósticos, numa concepção
mecanicista e reducionista não atendendo as necessidades reais da população.
Conforme dados do IBGE (2000), a produção de resíduos sólidos no Brasil é
de 228.413 toneladas/dia. Os resíduos de serviços de saúde respondem segundo
estimativa da ANVISA (2003), por 1% deste total.
A classificação dos RSS (resíduos de serviço de saúde), vem sofrendo um
processo de evolução contínuo, na medida em que são introduzidos novos tipos de
resíduos nas unidades de saúde e como resultado do conhecimento do
comportamento destes perante o meio ambiente e a saúde.
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Os resíduos de serviço de saúde são classificados em função de suas
características e conseqüentes riscos que podem acarretar ao meio ambiente e à
saúde.
2.1 Classificações Dos Resíduos De Serviços De Saúde
(Resolução Nº 283, De 12 De Julho De 2001)
Resíduos Grupo A - Resíduos que apresentam risco à saúde pública e ao
meio ambiente devido à presença de agentes biológicos: inoculo, mistura de
microrganismos e meios de cultura inoculados provenientes de laboratório clínico ou
de pesquisa, bem como, outros resíduos provenientes de laboratórios de análises
clínicas; vacina vencida ou inutilizada; filtros de ar e gases aspirados da área
contaminada, membrana filtrante de equipamento médico hospitalar e de pesquisa,
entre outros similares; sangue e hemoderivados e resíduos que tenham entrado em
contato com estes:
Tecidos, membranas, órgãos, placentas, fetos, peças anatômicas;
Animais inclusive os de experimentação e os utilizados para estudos,
carcaças, e vísceras, suspeitos de serem portadores de doenças
transmissíveis e os morto à bordo de meios de transporte, bem como, os
resíduos que tenham entrado em contato com estes;
Objetos perfurantes ou cortantes, provenientes de estabelecimentos
prestadores de serviços de saúde;
Excreções, secreções, líquidos orgânicos procedentes de pacientes, bem
como os resíduos contaminados por estes;
Resíduos de sanitários de pacientes;
Resíduos advindos de área de isolamento;
Materiais descartáveis que tenham entrado em contato com paciente;
Lodo de estação de tratamento de esgoto (ETE) de estabelecimento de
saúde;
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Resíduos provenientes de áreas endêmicas ou epidêmicas definidas pela
autoridade de saúde competente.
Resíduos do Grupo B - Resíduos que apresentam risco à saúde pública e ao
meio ambiente devido as suas características física, químicas e físico-químicas:
Drogas quimioterápicas e outros produtos que possam causar
mutagenicidade e genotoxicidade e os materiais por elas contaminados;
Medicamentos vencidos, parcialmente interditados, não utilizados, alterados e
medicamentos impróprios para o consumo, antimicrobianos e hormônios
sintéticos;
Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR
10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).
Resíduos Grupo C - Resíduos radioativos: enquadram-se neste grupo os
resíduos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de
laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia,
segundo a Resolução CNEN 6.05.
Resíduos Grupo D - Resíduos comuns: São todos os demais que não se
enquadram nos grupos descritos anteriormente, podendo ser equiparados aos
resíduos domiciliares, ou seja: papel de uso sanitário e fralda, absorventes
higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente, material
utilizado em anti-sepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e outros
similares não classificados como A1; sobras de alimento e do preparo de alimentos;
resto alimentar do refeitório; resíduos provenientes das áreas administrativas;
resíduos de varrição, flores, podas e jardins; resíduos de gesso provenientes de
assistência à saúde;
Resíduos Grupo E – Materiais perfuro cortantes ou escarifantes, tais como:
Lâminas de barbear, agulhas, escalpes ampolas de vidro, brocas, limas
endondônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares;
micropipetas, lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro
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quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coletas sanguínea e placas de Petri) e
outros similares. (ANVISA, 2004) RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004.
De acordo com Pelicione (1999) todas as causas de doenças decorrem de
quatro fatores determinantes:
As características biofísicas do indivíduo;
Seu estilo de vida e comportamento;
A poluição e problemas ambientais;
Deficiências do serviço de saúde.
Os microrganismos presentes nos resíduos de serviços de saúde não tratados
são potentes fontes de contaminação da saúde humana e ambiental, uma vez que
sobrevivem por tempo considerável no interior do lixo hospitalar, conforme
demonstrado a seguir: (Fonte: Suberkeropp & Klub (1974)).
MICRORGANISMOS
PESQUISADOS
TEMPO DE SOBREVIVÊNCIA NO LIXO
(EM DIAS)
• Entamoeba histolytica 8 a 12
• Leptospira interrogans 15 a 43
• Larvas de verme 25 a 40
• Salmonella typhi 29 a 70
• Poliovírus 20 a 170
• Mycobacterium tuberculosis 150 a 180
• Ascaris lumbricoides (ovos) 2.000 a 2.500
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De acordo com BUSCH (1993) cita em seu trabalho uma fonte do Ministério
da Saúde e do INAMPS, na qual no ano de 1983, no Brasil, houve 12.000.000 de
internações e estima-se que 700.000 pessoas contraíram infecção hospitalar, sendo
que pelo menos 70.000 destes por resíduos hospitalares.
Armond & Amaral (2001) referem estimativa da Associação Paulista de
Estudos de Controle de Infecção Hospitalar, na qual 10% dos casos mais comuns de
ocorrência de infecção hospitalar é contaminação pelos resíduos de serviços de
saúde.
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CAPÍTULO III
3. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Gerenciar adequadamente os RSS também pode representar uma redução
nos custos diretos e indiretos para os serviços, aí incluídos, os serviços públicos.
Preceitua Phillipi (2005), a busca por uma melhor qualidade na prestação de
assistência à saúde deve incluir, indiscutivelmente, uma adequação competente e
responsável, gerenciamento dos resíduos gerados, o que constitui uma importante
parte da assistência à saúde, para minimizar os riscos à saúde dos usuários, dos
trabalhadores e dos demais envolvidos, além do próprio ambiente.
Atualmente, na realidade brasileira deste início de século, o destino final da
maior parte dos resíduos de serviços de saúde ainda é impróprio, sendo que a
maioria dos municípios utiliza-se de lixões como destino final de seus resíduos e
apenas em uma pequena parcela de municípios estes resíduos acabam recebendo
tratamento adequado e destino final em aterro sanitário.
Na prática, os modelos de gerenciar e fiscalizar o “caminho” dos resíduos no
Brasil depende em muito de fatores relacionados com a realidade econômica e
interesse das autoridades locais (políticas, sanitárias e jurídicas) pelo assunto.
Os lixões são ambientes insalubres, e facilitam a contaminação de rios e
outros corpos d’água pelo liquido percolado dos RSS (Resíduos de serviços de
saúde), a proliferação de insetos vetores, a contaminação direta dos catadores de
lixo, e outras tragédias ambientais, principalmente em época de chuvas fortes.
Os aterros sanitários, encontrados em poucos municípios brasileiros, podem
prevenir muitos desses problemas, muito embora, mesmo tratando os resíduos de
serviços de saúde antes de aterrá-los, fica a preocupação ambiental com o líquido
percolado e gases metano e carbônicos formados pela decomposição dos resíduos.
Ainda existe controvérsia sobre a possibilidade do chorume dos RSS
(resíduos de serviços de saúde) em aterros sanitários atingirem os depósitos de
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água nos lençóis freáticos, e também o meio ambiente através da formação de gás
metano e outros gases inflamáveis do chorume.
Dando continuidade a este pensamento, conclui-se que de acordo com as
características gerais do RSS (resíduos de serviços de saúde), por possuírem maior
potencial de agentes contaminantes podendo transmitir doenças, caso o seu
manuseio não seja adequado.
O manejo dentro e fora das unidades de saúde merece total atenção, desde a
sua geração até a disposição final, passando pelas seguintes etapas: segregação,
tratamento, acondicionamento, coleta e transporte interno, armazenamento externo,
coleta externa, disposição final.
Devido ao potencial infeccioso degradante e poluente contra o meio ambiente
e infeccioso contra a saúde humana, os resíduos de serviços de saúde exigem
atenção especial e técnicas corretas de manejo e gerenciamento. Isto envolve desde
a etapa de geração até o momento de disposição final.
A Norma Federal em vigor no Brasil, referente aos Resíduos de Serviços de
Saúde é a RDC nº 306, de 07 de Dezembro de 2004, que atribui a responsabilidade
do gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde aos próprios geradores.
O responsável pelo gerenciamento e aqueles que lidam com os RSS devem
garantir a implementação e o cumprimento dos procedimentos definidos para o
PGRSS (Programa de Gerecenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde), para
cada etapa do manejo dos resíduos, uma vez que o manejo adequado dos resíduos
de serviços de saúde e demais materiais infectados funciona como uma importante
barreira de proteção à disseminação de microrganismos patogênica causadores de
infecção hospitalar entre os funcionários e pacientes.
A necessidade de tratamento dos resíduos nas grandes metrópoles surge
com a preocupação com o que fazer com os resíduos nos próximos anos, já que
algumas cidades têm encontrado dificuldades em encontrar locais apropriados para
os mesmos, devido ao esgotamento dos aterros sanitários,
Devendo-se buscar aumentar a vida útil dos mesmos, o que tem gerado
também uma importante valoração do lixo.
25
O correto gerenciamento dos RSS (resíduos de serviços de saúde) pode, com
eficiência, proteger a comunidade e o meio ambiente.
Atualmente, a filosofia dominante em termos de projeto e implantação de
aterros é a adoção de múltiplas barreiras à liberação de poluentes ao meio
ambiente, por meio da associação de barreiras naturalmente disponíveis
(profundidade da água subterrânea, espessura e composição do solo etc.) e aquelas
criadas pelo homem (construção de camadas impermeabilizantes e sistemas de
coleta e tratamento de líquidos percolados), implementadas por meio de aterros
sanitários.
Quanto aos riscos ao meio ambiente destaca-se o potencial de contaminação
do solo, das águas superficiais e subterrâneas pelo lançamento de RSS (resíduos
de serviços de saúde) em lixões ou aterros controlados que também proporciona
riscos aos catadores, principalmente por meio de lesões provocadas por materiais
cortantes e/ou perfurantes, e por ingestão de alimentos contaminados, ou aspiração
de material particulado contaminado em suspensão.
E, finalmente, há o risco de contaminação do ar, dada quando os RSS são
tratados pelo processo de incineração descontrolado que emite poluentes para a
atmosfera contendo, por exemplo, dioxinas e furanos.
De acordo com a Resolução nº 358/05 (CONAMA) e a Resolução nº 306/04
(ANVISA), as unidades de saúde sejam qual for a sua natureza devem:
Melhorar as medidas de segurança e higiene no ambiente hospitalar;
contribuir para o controle de infecção e acidentes ocupacionais;
Proteger a saúde e o meio ambiente;
Reduzir a massa e o volume dos resíduos contaminados;
Estabelecer procedimentos adequados para o manejo da cada grupo;
estimular a reciclagem;
Os princípios para minimizar os problemas do lixo são: minimização da geração
de resíduos;
Maximização da reutilização e reciclagem ambientalmente adequadas;
seleção de processos industriais que gerem materiais menos agressivos ao
meio ambiente;
26
Adoção de formas de destinação final de acordo com o meio ambiente;
expansão dos serviços relacionados ao lixo para toda a população
Caberá ao responsável legal dos estabelecimentos a responsabilidade pelo
gerenciamento de seus resíduos desde a geração até a disposição final, de forma a
atender aos requisitos ambientais e de saúde pública, sem prejuízo da
responsabilidade civil solidária, penal e administrativa de outros sujeitos envolvidos,
em especial os transportadores e depositários finais, como revêem a Resolução nº
283 de 12 de julho de 2001 e a Lei nº 9.605, de fevereiro de 1998 (Crimes Contra o
Meio Ambiente).
Programas de capacitação junto ao setor de recursos humanos também
devem fazer parte do PGRSS (Programa de gerenciamento de resíduos de serviços
de saúde).
O pessoal envolvido diretamente com o PGRSS, deve ser capacitado na
ocasião de sua admissão e mantido sob treinamento periódico para as atividades de
manejo de resíduos, incluindo a sua responsabilidade com higiene pessoal e dos
materiais.
A capacitação deve abordar a importância da utilização correta de
equipamentos de proteção individual - uniforme, luvas, avental, máscara, botas e
óculos de segurança específicos a cada atividade, bem como a necessidade de
mantê-los em perfeita higiene e estado de conservação.
Todos os profissionais que trabalham no estabelecimento, mesmo os que
atuam temporariamente ou não estejam diretamente envolvidos nas atividades do
PGRSS (Programa de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde), devem
conhecer o sistema adotado para o gerenciamento de RSS, a prática de segregação
de resíduos, reconhecimento de símbolos, expressões, padrões de cores adotados,
localização de abrigos de resíduos, entre outros fatores indispensáveis à completa
integração ao PGRSS.
27
3.1 Descartes Segregados e Acondicionamento
A separação por categoria (segregação) se dá no local onde são gerados os
resíduos devendo ser acondicionados em recipientes próprios. O acondicionamento
de resíduo deve ser feito em contenedores resistentes e impermeáveis, no momento
e local de sua geração, à medida que forem gerados, de acordo com a classificação
e o estado físico do resíduo.
Segundo Machado (1993), a segregação reduz a quantidade de RSS que
requerem cuidados especiais, pois os infecciosos, patogênicos ou perigosos –
quando não separados – colocam em risco toda a massa, dificultando e
encarecendo o processo de manejo para o total dos resíduos gerados.
3.2 Coleta e Transporte Interno
Todo transporte destinado ao acolhimento de resíduos deve possuir tampa de
preferência com mecanismo de pedal para sua abertura. O funcionário deverá usar
EPI (equipamento de proteção individual), ou seja, luva, gorro, máscara, avental e
botas.
Coletar os resíduos da fonte geradora em intervalos regulares, de acordo com
a necessidade do setor. Recolher os sacos coletores dos pontos geradores sempre
que 2/3 de sua capacidade estejam completados.
Transportar os sacos em carros fechados, dotados de tampa devidamente
identificados e respeitando a cor citada para os sacos no item anterior.
Os carros de transporte de resíduos são de uso exclusivo. Na operação de
retirada dos sacos coletores de lixo deve-se tomar todo cuidado para evitar seu
rompimento.
Os sacos de lixo com resíduos de serviços de saúde jamais deverão ser
deixado sem corredores, transportados em aberto ou arrastados pelo chão.
28
3.3 Tratamento Preliminar
O tratamento preliminar consiste na aplicação de processo, dentro do
estabelecimento gerador, que reduza a carga microbiana ou a neutralização dos
agentes nocivos à saúde humana ou ao meio ambiente, a determinados resíduos de
serviços de saúde dos GRUPOS A ou B permitindo que sejam coletados e
transportados com segurança até o local de tratamento final e/ou de sua disposição
final.
A disponibilidade e localização de equipamento ou do Sistema de Tratamento
de Resíduo excluirão a necessidade de atendimento ao tratamento preliminar, com
exceção dos resíduos provenientes de laboratórios, de bancos de sangue e de
hemocentros, que devem, obrigatoriamente, ser submetidos ao tratamento
preliminar.
Os resíduos de fácil putrefação devem ser mantidos em refrigeração ou
formolizados, caso a sua disposição final ocorra em período superior a vinte quatro
horas.
Frascos de vacinas vazios com restos do produto ou vacinas com prazo de
validade expirado, acondicionados nos próprios recipientes originais; meios de
cultura; secreções; excreções e outros líquidos orgânicos que não contenham
elemento químico ou radioativo, quando coletados, devem ser acondicionados em
sacos impermeáveis, resistentes ao calor e autoclavados à temperatura de no
mínimo 121,5ºC, durante um período de 60 minutos.
Excluem-se os restos de excretas, os quais devem ser lançados no esgoto
sanitário. As bolsas de sangue, sangue e hemocomponentes devem ser
acondicionados em sacos impermeáveis, resistentes ao calor e autoclavados à
temperatura de no mínimo 121,5ºC, durante um período de 60 minutos.
3.4 Abrigo Externo dos Resíduos
O armazenamento externo, denominado de abrigo de contêineres de
resíduos, destina-se a abrigar os resíduos previamente acondicionados, de acordo
com a categoria, dentro de contêineres com tampas ou outro recipientes com tampa,
ficando à disposição da coleta e transporte externo.
29
O abrigo de contêineres de resíduos deve ser construído em local afastado do
corpo da edificação e das divisas vizinhas; possuir, no mínimo, um ambiente
cercado e separado em três boxes para atender o armazenamento de resíduos do
GRUPO A - Resíduos Biológicos, GRUPOS B - Resíduos Químicos e GRUPO D -
Resíduos Comuns, separadamente.
O abrigo deve ser identificado e restrito aos funcionários do gerenciamento de
resíduos e de fácil acesso aos carros coletores de resíduos e aos veículos coletores
e de transporte externo.
O abrigo de contêineres de resíduos deve ser dimensionado de acordo com a
geração de resíduos e a permanência equivalente há dois dias, com cobertura de
telhado, piso e paredes revestidos de material liso, impermeável, lavável e de fácil
desinfecção e descontaminação.
Deve possuir aberturas para ventilação de dimensão de, no mínimo, 1/10 do
piso e ser protegido com tela milimétrica.
Deve ser provido de proteção contra roedores e outros vetores, porta telada
com sentido de abertura para fora, de largura mínima de 1,50 m (um metro e
cinqüenta centímetros), pontos de luz, tomada elétrica, água e ralo sifonado com
tampa que permita a sua vedação, ligado à rede de esgoto ou fossa, caso não exista
rede pública de esgoto, devendo permanecer em completa higiene.
30
CAPÍTULO IV
4. DA RESPONSABILIDADE CIVIL
De acordo com o grande jurista, Sergio Cavalieri, “responsável é a pessoa
que deve ressarcir o prejuízo decorrente da violação de um precedente dever
jurídico”.
E assim é porque a responsabilidade pressupõe um dever jurídico
preexistente, uma obrigação descumprida.
Toda conduta humana que, violando dever jurídico originário, causa prejuízo a
outrem e é fonte geradora da responsabilidade civil.
Temos que atentar para a diferença de responsabilidade e obrigação. A
obrigação é um dever jurídico originário; Responsabilidade é um dever jurídico
sucessivo conseqüente a violação do primeiro.
No campo da responsabilidade civil temos 2 tipos: Responsabilidade Objetiva
e Responsabilidade Subjetiva.
Segundo Venosa, na responsabilidade subjetiva temos a culpa ou dolo,
dentro da culpa, temos a imperícia, negligência e imprudência.
A responsabilidade objetiva é aquela na qual o agente causador tem o dever
de reparação mesmo que não tenha agido dolosamente ou não haja configuração de
culpa por parte do mesmo.
A responsabilidade objetiva apresenta alguns requisitos de acordo com o
Código Civil de 2002, tais como: abuso de direito; atividade de risco; fato do serviço;
fato do produto; fato de outrem; fato da coisa; estado e prestadores de serviços
públicos; relações de consumo;
No caso da responsabilidade objetiva o causador do dano deverá providenciar
o ressarcimento desse dano por ele de forma alguma provocado, apesar de eventual
isenção de culpa, pois a responsabilidade lhe é imposta por disposição de lei
independentemente da ausência de culpa.
31
O elemento considerado chave para a Teoria da Responsabilidade objetiva é
o risco, o risco do dano oriundo de uma atividade exercida pelo agente
economicamente benéfica a ele ou não Logo NÃO EXISTE CULPA!
A teoria da responsabilidade Civil e da culpabilidade levou à criação da teoria
do risco, com vários matizes, a qual sustenta que o sujeito é responsável por riscos
ou perigos que sua atuação promove, ainda que coloque toda diligência para evitar o
dano.
O sujeito obtém vantagens ou benefícios e, em razão dessa atividade, deve
indenizar os danos que ocasiona independente da apuração de culpa. Em síntese
cuida da responsabilidade sem culpa.
A legislação ambiental é um exemplo marcante da teoria da responsabilidade
objetiva, ou seja, independe de culpa, tendo em vista a matéria de direitos difusos e
coletivos que abrange.
Em relação aos direitos ambientais, não há obrigação de provar a culpa do
agente, mas sim fazer a prova do nexo causal.
“É irrelevante a conduta culposa ou dolosa do causador do dano, uma vez que bastará a existência do nexo causal entre o prejuízo sofrido pela vítima e a ação do agente para que surja o dever de indenizar”.
Temos uma exemplificação do caso acima citado na Lei 6983 – art. 14,§ 1º:
“Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.”
Temos alguns princípios básicos que regem a questão ambiental, que são:
Participação Popular – A real participação popular tem a capacidade de
reforçar decisivamente as ações implementadas pelo estado, onde não há muita
eficiência da parte do mesmo. Também é visto sob o ponto de vista do direito à
participação propriamente dita, sendo conhecido também por princípio democrático,
32
por assegurar o cidadão o direito pleno de participar na elaboração das políticas
públicas ambientais;
Educação; - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino
e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
Prevenção – Melhor será sempre, a ação preventiva, visto que há lesões
irreparáveis “in specie”, como a derrubada ilegal de uma floresta nativa ou
destruição de um bem histórico, valioso pela sua origem e autenticidade;
Precaução – Deve ser amplamente observado pelos Estados, de acordo
com suas capacidades. Tem como uns dos itens mais importantes o estudo prévio
de impacto ambiental, cujo valor é inegável quando executado corretamente e com
isenção. (art. 225,§ 1º, inc. IV); “Exigir, na forma da lei, para a instalação de obra ou
atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente,
estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade”.
Imputação – No caso refere-se ao poluidor – o poluidor é obrigado a corrigir
ou recuperar o ambiente afetado, com os encargos resultantes dessa obrigação,
sendo-lhe vedada a possibilidade de prosseguir na ação poluente;
No novo Código Civil Brasileiro, em seu artigo 927, parágrafo único, o
legislador definiu, além dos riscos já previstos em lei, a responsabilidade objetiva do
agente, ou seja, independentemente da apuração de culpa, “quando a atividade
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, riscos
para o direito de outrem”.
Faltam nos países dispositivos legais, como uma Política Nacional de
Resíduos Sólidos que discipline e incentive a elaboração e a implementação de
planos de gestão integrados consistentes e compatíveis com as peculiaridades
locais.
A ausência e mesmo a ineficiência da implementação e elaboração destes
planos colaboram para o incremento da degradação ambiental do solo, das águas
superficiais e subterrâneas, por meio do transporte de cargas poluentes, que é
responsável pelo agravo de diversas doenças que podem atingir a população,
principalmente de baixa renda.
33
A gestão de resíduos sólidos é considerada um serviço de interesse público
de caráter essencial.
O artigo 30 da Constituição Federal define como: competência dos municípios
organizar e prestar diretamente ou sob regime de concessão ou permissão os
serviços de interesse local, que incluem os de limpeza urbana. (grifos nossos).
As regulamentações estabelecem assim a responsabilidade e a co-
responsabilidade do gerador e definindo também que o poder público municipal não
pode se eximir da responsabilidade exercer a coordenação da coleta, do transporte
e da disposição de resíduos gerados em seu território, o que não significa, à
prestação gratuita desses serviços.
A gestão integrada de resíduos deve ter como premissa o desenvolvimento
sustentável. Para atingir tal meta é imprescindível que os planos abordem os
princípios da precaução, da prevenção e do poluidor pagador, bem como adotar os
conceitos dos “três Rs" como padrões sustentáveis, ou seja, “reduzir, reutilizar e
reciclar”.
O princípio da precaução deve ser aplicado nos casos de desconhecimento
dos impactos negativos ao meio ambiente, por exemplo quando há necessidade de
tratamento e disposição de um resíduo sólido com característica desconhecida.
Por outro lado o princípio da prevenção é aplicado nos casos em que os
impactos ambientais já são conhecidos. O instrumento legal atualmente utilizado
para a proteção do meio ambiente é o licenciamento ambiental.
Nas legislações sobre o tema, tem-se a Lei 6938/81 (Lei de Política Nacional
de Meio Ambiente), a qual em seu artigo 14, parágrafo único, estabelece que: “o
poluidor (pessoa física ou jurídica) é obrigado, “independentendemente da existência
de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros,
afetados por sua atividade”“.
O princípio do poluidor pagador foi definido no Encontro Internacional do Rio
de Janeiro, em 1992, como um dos princípios fundamentais para a sustentabilidade.
Ele define os geradores de resíduos como responsáveis por todo o ciclo de seus
resíduos, da geração à disposição final.
34
A Lei de Política Nacional do Meio Ambiente (Lei no 6.938/81), no seu artigo
3º, e a Lei dos Crimes Ambientais (Lei no 9.605/98), artigos 54 e 56 responsabilizam
administrativamente, civil e criminalmente as pessoas físicas e jurídicas, autoras e
co-autoras de condutas ou atividades lesivas ao meio ambiente.
Com isso, as fontes geradoras ficam obrigadas a adotar tecnologias mas
limpas, aplicar métodos de recuperação e reutilização sempre que possível,
estimular a reciclagem e dar destinação adequada, incluindo transporte, tratamento
e disposição final.
Segundo a teoria da responsabilidade objetiva, no âmbito administrativo,
pouco importa a análise de dolo do agente poluidor para que lhe seja imposta à
sanção.
Ainda, segundo essa teoria, a demonstração da existência de um nexo de
causalidade entre a sua conduta e o dano que dela decorreu é suficiente para
responsabilizá-lo por certo dano ambiental.
A responsabilidade compartilhada é a responsabilidade que se estende aos
diversos atores pessoas físicas e jurídicas, autoras e co-autoras de condutas ou
atividades lesivas ao meio ambiente.
A gestão sustentável dos resíduos sólidos pressupõe reduzir o uso de
matérias-primas e energia, reutilizar produtos e reciclar materiais, o que vem ao
encontro do princípio dos 3 Rs, apresentado na Agenda 21: redução (do uso de
matérias-primas e energia, e do desperdício nas fontes geradoras), reutilização
direta dos produtos, e reciclagem de materiais.
Para atingir tal meta, é imprescindível a implantação de uma eficiente coleta
seletiva. A hierarquia dos RS segue a diretriz de se evitar a geração de resíduos
causando o menor impacto se comparada à reciclagem de materiais após seu
descarte.
A reciclagem polui menos, uma vez que proporciona um menor volume de
resíduos a serem dispostos no solo.
No entanto, raramente é questionado o atual padrão de produção
desenfreada e de desperdício de resíduos sólidos.
35
Para a comunidade científica e entre os órgãos federais responsáveis pela
definição das políticas públicas pelos resíduos de serviços saúde (ANVISA e
CONAMA) esses resíduos representam um potencial de risco em duas situações:
A. Para a saúde ocupacional de quem manipula esse tipo de resíduo, seja o
pessoal ligado à assistência médica ou médico-veterinária, seja o pessoal
ligado ao setor de limpeza e manutenção;
B. Para o meio ambiente, como decorrência da destinação inadequada de
qualquer tipo de resíduo, alterando as características do meio.
Não podemos deixar de mencionar a questão da prevenção, pois a
contaminação ambiental pode ser combatida através de processos ecologicamente
corretos de “prevenção”, em relação à contaminação causada pelos resíduos de
serviços de saúde ao meio ambiente.
É necessário então instituir medidas de preservação ambiental, tais como:
educação ambiental; programas de gerenciamento de resíduos de serviços de
saúde; combate a lixões; comissão de controle de infecções hospitalares.
36
CONCLUSÃO
O destino dos resíduos sólidos urbanos tem sido considerado um dos graves
problemas das grandes metrópoles que, em virtude do consumismo desenfreado, é
gerador de enormes quantidades de resíduos sólidos.
Dentre estes, um tipo de resíduo que traz grande preocupação á comunidade
em geral são gerados pelos prestadores de serviços de saúde humana e animal,
devido à presença de resíduos infectantes, radioativos, químicos entre outros.
Em vista disso, surge a necessidade de um tratamento diferenciado se
comparado aos resíduos sólidos urbanos residenciais.
É inquestionável a necessidade de implantar políticas de gerenciamento de
resíduos sólido de serviços de saúde nos diversos estabelecimentos de saúde,
como hospitais, centros universitários, farmácias, clínicas médicas, laboratórios,
clínicas odontológicas, consultórios, ambulatórios, clínicas veterinárias entre outros.
Para que isso ocorra, não basta apenas investir na organização e
sistematização dessas fontes geradoras, mas, fundamentalmente, faz-se necessário
despertar uma consciência humana e coletiva quanto à responsabilidade com a
própria vida humana e com o ambiente.
Nesse sentido, Fomaggia (1995, p.11) sugere que “os profissionais devam
preocupar-se com os resíduos gerados por suas atividades, objetivando minimizar
riscos ao meio ambiente e a saúde dos trabalhadores, bem como a população em
geral, que possam vir a ter contato com os resíduos”.
Os resíduos de serviços de saúde, embora potencialmente infectantes e
perigosos, são atualmente passíveis de tratamento e manejo seguro. É possível
prevenir e minimizar os efeitos potencialmente agressivos dos RSS quanto ao meio
ambiente e à saúde humana, através de medidas de preservação ambiental e de
políticas de saúde pública.
É inaceitável, frente à consciência ecológica, ainda se encontrar no Brasil
altos índices de descaso com estes resíduos, manejados de forma incorreta e
lançados em lixões sem prévio tratamento.
Todas as técnicas necessárias estão claramente estabelecidas nas normas
federais vigentes, como a ANVISA RDC 306/2004 e o Conama 358/2005.
37
Nas diversas regiões do Brasil há a imperiosa necessidade de cumprimento
criterioso às normas legais estabelecidas para o gerenciamento dos RSS, dando
destaque aos aspectos ambientais, epidemiológicos, e de saúde pública, uma vez
que, em havendo vontade e sensibilidade para se aproximar “desenvolvimento” com
“preservação ambiental”, pode-se alcançar resultados significativos na tarefa de
preservação dos ecossistemas, sem os quais não pode existir equilíbrio, expectativa
ou qualidade de vida.
38
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1983. Report. Bergen, 28 jun – 1 jul, 1983 (EURO Reports and Studies 97).
40
ÍNDICE
Pág.
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
1 - Fatos Históricos dos Resíduos 09
1.1-Os resíduos de Saúde no Brasil 10
1.2-Resíduos Sólidos e de serviços de saúde 13
1.3-Classificação dos Resíduos Sólidos 16
CAPÍTULO II
2-Conceito de Resíduos dos Serviços de Saúde 18
2.1 Classificação dos Resíduos de Serviços de Saúde 19
CAPÍTULO III
3-Gerenciamento dos Resíduos de Serviço de Saúde 23
3.1-Descartes Segregados e Acondicionamento 27
3.2-Coleta e Transporte Interno 27
3.3-Tratamento Preliminar 28
3.4-Abrigo Externo dos Resíduos 28
CAPÍTULO IV
4-Da Responsabilidade Civil 30
CONCLUSÃO 36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 38
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