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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
Aplicação de Atividades Lúdicas no Ensino Superior como forma de fixação dos conteúdos ministrados.
Cândida Juliana Evangelista da Silva
Orientadora
Mª. Dina Lúcia Chaves Rosa
Rio de Janeiro
2010
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A Aplicação de Atividades Lúdicas na Docência Superior como forma de fixação dos conteúdos
ministrados.
Rio de Janeiro
2010
Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Docência do Ensino Superior. Por:..Cãndida Juliana Evangelista da Silva..........................................................
AGRADECIMENTOS
À minha mãe, minhas irmãs ,
demais familiares e colegas de trabalho.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a toda minha
família, amigos e colegas professores que buscam incessantemente melhorarem suas práticas a fim de oferecerem melhores possibilidades aos alunos.
RESUMO
O trabalho buscará apresentar formas mais dinâmicas e aprazíveis de contribuir para que alunos (as) de 1º período de graduação, que é uma fase de transição e adequação a um novo meio, possam fixar melhor os conteúdos ministrados pelos professores e dessa maneira não se contemple o problema de tantos casos de abandono nos cursos de graduação em seus primeiros períodos.
METODOLOGIA
A pesquisa a ser apresentada é do tipo bibliográfica, pois, as reflexões foram fundamentadas em livros, observações e artigos científicos já elaborados.
Os procedimentos utilizados foram:
1º) Ler textos que continham referências à evasão escolar no 1º período de graduação das Instituições de Ensino Superior.
2º) Buscar informações sobre o assunto supracitado, estabelecendo relação com esta problemática e a visão dos docentes.
3º) Investigar através das situações vistas os vários motivos desta evasão e as suas respectivas razões.
4º) Propor uma reflexão e um redirecionamento do trabalho, aplicando atividades e ações mais lúdicas afim de obter-se um resultado mais qualitativo e menos evasivo.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 08
CAPÍTULO 1
A Evasão no 1º período de Graduação ........................................................... 10
CAPÍTULO 2
Aplicabilidade de dinâmicas e utilização do lúdico nas aulas .......................... 20
CAPÍTULO 3
Como utilizar-se de recursos para melhorar a fixação dos conteúdos ............ 27
CONCLUSÃO .................................................................................................. 36
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 39
ANEXOS ..........................................................................................................
ÍNDICE ............................................................................................................. 41
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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como finalidade incentivar a aplicação de atividades
lúdicas nas aulas de 1º período de graduação, visando diminuir a evasão, já
que nesta etapa os (as) ingressantes convergem de realidades diferentes, tais
como: recém saídos do Ensino Médio, afastados muitos anos dos estudos etc...
O Ingresso no Ensino Superior representa até muitas vezes STATUS, já
que tantos não têm essa oportunidade. É por isso que as necessidades estão
em constante mudança, fazendo surgir assim novos desafios e novos meios
para superá-los, surgindo novas formas de se relacionar e de se estabelecer
relações com o mundo que se almeja. Surge também com isso uma
necessidade de se analisar essa etapa de ingresso e suas respectivas
dificuldades, barreiras, impedimentos enfim. Etapas que devem ser levadas em
consideração pelo histórico, pela caminhada, pela bagagem cultural de cada
ingressante e até mesmo pelas aspirações trazidas pelos mesmos.
Faz-se necessário uma reflexão a respeito dessas dificuldades notadas
e um redirecionamento do trabalho para que se possa dar um suporte maior e
tentar sanar essa problemática. Aplicando-se o lúdico às aulas, busca-se torná-
las mais participativas, alegres, contextualizadas, enfim mais construída por
todos e por conseqüência mais agradável.
O trato com o conhecimento reflete a sua direção e informa os requisitos
para selecionar, organizar, e sistematizar os conteúdos de ensino.
Pretende-se com este trabalho sinalizar para que essa turmas de 1º
período de graduação tenham um quantitativo menos de evasões e contribuir
para ações mais dinâmicas, que possam gerar espaços abertos à discussões e
trocas que enriqueçam e atividades lúdicas que torne mais concreta e
significativa a aprendizagem.
Por essas considerações podemos dizer que a utilização da cultura
corporal, auxilia na expressão de sentidos e significados onde se interpretam e
se abrem espaços para criações e concepções de idéias. A utilização de
atividades lúdicas é um meio de se atingir algo para si mesmo, mas vai além da
9
conquista pessoal, o jogo tem relação com a realidade de sua própria vida,
com suas motivações.
Só se pode aprender o que é novo.
Só se pode aprender o que não é conhecido.
É desse material que se alimenta o aparelho cognitivo,
tanto a nível corporal, quanto a nível mental.
Jean PIAGET, (46).
Há uma diferença básica entre pensamento e ação física: enquanto em
pouco mais de um ano foi possível estruturar mecanismos motores, o que
equivale à construção do real, muitos anos serão necessários para estruturar
pensamentos que permitam compreender esse real, já construído do ponto de
vista corporal.
O real constitui-se de quatro categorias:
O objeto, o espaço, o tempo e a sua causalidade.
Jean PIAGET,p.16,(48)
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CAPÍTULO 1
A EVASÃO NO PRIMEIRO PERÍODO DE GRADUAÇÃO
A criança é uma liberdade construída, mas o adulto é uma liberdade
acabada. Não poderia sê-lo, pelo menos poderia ter mais cara de liberdade, e
quando falo de liberdade , falo de movimento, mobilidade.
Para Geni Araújo da Costa (2001), o corpo é alem de movimento, ação
corporal e reflexão. Daí conclui-se que nós professores necessitamos refletir a
respeito dessa declaração e enxergarmos a necessidade de se movimentar as
aulas, pode-se não ser todas elas, mas algumas com dinâmicas, jogos,
brincadeiras até, desafios, competições contextualizadas com o conteúdo
trabalhado e com o dia a adia dessa aluno de Ensino Superior, tornando-o mais
colaborador, mais participante, mais cooperativo, mais interessado, mais
pulsante nos seus estudos, mais vivo.
Professor Manoel José Gomes Tubino(1992, p.18), confirma:
A participação consciente e crítica no jogo, permite sem dúvida, uma valorização qualitativa do modo de se fazer educação. A prática, enquanto práxis contribui para o conhecimento humano, oferecendo condições para o surgimento do aprendizado.
É Preciso movimentar as aulas no Curso Superior, principalmente no 1º
período de graduação para torná-lo mais atraente e manter os alunos nas
Instituições de Ensino. O aluno está chegando cada vez mais jovem e imaturo,
enquanto outros chegam em busca de melhorias e benefícios nos seus
empregos, sendo assim, chegam com mais amadurecimento, maturidade
orgânica e vivencial, mas... também chegam mais cansados pela rotina diária
de trabalho. O que fazer? Como planejar essas aulas de modo a torná-las com
mais mobilidade para dar leveza e sem se perder no compromisso com o
conteúdo?
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1.1- Pelo Corpo Também se Aprende a Ler
Pelo corpo também se aprende a ler e corpo e mente não podem se
desenvolver separadamente, são fatos.
Muitas vezes essa problemática acontece e nós não se percebe a sua
importância durante a aprendizagem. Uma aula mais participativa,
contextualizada, mais construída por todos, se tornará um espaço mais
democrático, aberto à discussões que enriquecem, promovem trocas de
informações e fixam os conteúdos necessários, já que usaremos o lúdico como
subterfúgio para se estabelecer relação com as disciplinas e melhorar o
rendimento desse aluno de 1º período do Ensino Superior, para que se possa
dar suporte e diminuição nesta evasão escolar que tanto se discute.
Para Professora Diva Maranhão (2007) através do lúdico nós
conseguiremos aliar o prazer com a aprendizagem, por meio de abordagens
multidisciplinares, objetivaremos uma relação entre arte e cognição.
Precisamos re-significar a aprendizagem, para que a experiência de aprender
tenha real significado, é preciso que façamos de nossas aulas no Curso
Superior um espaço para que se vivencie de forma representativa o
conhecimento, ou seja, na totalidade das relações intrínsecas e extrínsecas a
aquisição de conhecimento.
O movimento “Esporte Para Todos”, nascido no sentido do esporte de
alto nível, possibilitou grandes campanhas de valorização das práticas
esportivas e/ou lúdicas, reforçando muito o aumento da abrangência do
renovado conceito do esporte.
É essencial lembrar que a razão social do esporte ou do jogo , que até
então eram atrofiadas pelas próprias limitações do esporte e/ou do jogo em si,
cresceu muito em relevância. E por isso mesmo, é necessário que os
professores de Ensino Superior não se limitem em aplicar, passar, ensinar os
conteúdos que lhe são solicitados, apenas por passar, mas é preciso que
comecem a aplicá-los de forma mais lúdica, as fim de os mesmos serem
melhor recebidos, assimilados e internalizados.
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Desse modo o lúdico e as atividades dinâmicas, com seus conceitos
compromissados com as expectativas da educação , na participação da s
pessoas comuns, em situações específicas , inclusive quanto às finalidades, e
visto como alternativa, passou a merecer novas abordagens e estudos para
que sua dimensão social seja realmente entendida e posteriormente aplicada.
1.2- O Jogo na Hora Certa
Sabe-se que o sujeito se desenvolve através da aprendizagem, esse
aluno que já chega até nós com pouca bagagem cultural e com inúmeras
defasagens, defronta-se com a premência de reestruturar sua maneira de
aprender. Como ajudar nesse processo de reestruturação.
A possibilidade da linguagem corporal revela um universo a ser
vivenciado com prazer e alegria.
Para Marta Relvas (2008) plasticidade cerebral é a propriedade de se
reorganizar, diante de novas situações ou acontecimentos. Se faz necessário
trabalhar com aulas mais lúdicas, para podermos auxiliar neste processo de
reestruturação, de reorganização, de re-significação da aprendizagem,
aprender ludicamente muda o rumo da relação ensino-aprendizagem.
O Coletivo de Autores (1992, p.65), confirma:
O jogo é uma invenção do homem, um ato em que sua intencionalidade e curiosidade resultam de um processo criativo para modificar, imaginariamente a realidade e o presente. Satisfaz as necessidades de ação e promove o desenvolvimento da aprendizagem.
Trabalhando de forma mais dinâmica, poderemos favorecer o
desenvolvimento mais integral desse aluno, proporcionando condições para
que ele construa o seu conhecimento e por conseqüência fixe, internalize
melhor o que aprendeu.
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Para Piaget (1972) analisar a importância do lúdico, do jogo, vai nos
auxiliar a entender o quanto é importante usarmos esses recursos em nossas
atividades pedagógicas, sejam em que nível de ensino se encontrem.
O jogo estimula a representação da realidade; ao representá-la o aluno
estará vivendo algo ou alguma situação remota e irreal naquele momento.Mais
uma vez para Piaget (1972) o desenvolvimento da inteligência está voltado
para o equilíbrio; a inteligência é adaptação.
Para desenvolver uma compreensão do jogo, na sua perspectiva sócio-
cultural, que permita a sua integração como ferramenta e opção, é fundamental
recordar que a primeira definição de jogo é; “ atividade ou ocupação voluntária
executada dentro de determinados limites de tempo e de lugar, de acordo com
regras livremente aceitas, mas absolutamente obrigatórias, tendo como
objetivo em si próprio, e sendo acompanhado por um sentido de tensão,
alegria, e a consciência de que isso é diferente da vida normal.
Por essa definição, observa-se que o jogo, este componente sócio-
cultural do esporte, apresenta como condições básicas a liberdade, a
separação quanto aos limites de tempo e espaço estabelecidos e
regulamentação previamente combinada.
É possível então se contemplar o significado sócio-cultural dessa prática,
e a compreensão que isso nos faz de conseguir um trabalho mais amplo e mais
prazeroso entre as partes envolvidas.
1.3- A Prática Pedagógica
Os resultados de vários estudos, observações e análises nos apontam
para as dificuldades surgidas no que tange: entrosamento, prazo, distância dos
estudos durante longo período, stress falta de base para acompanhar as
disciplinas.
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Analisando esses fatos conclui-se então – desconhecimento e
despreparo de uma grande parte de alunos sobre a realidade de um Curso
Superior, e não se pode esquecer também o lado financeiro que representa um
peso grande no orçamento destes ingressantes, ou mesmo dos próprios pais.
Como lidar com isso e manter esse quantitativo de alunos nas Instituições de
Ensino Superior, esclarecendo a necessidade de concluir o curso para melhoria
de suas condições nos diversos campos de interesse. As conseqüências dessa
evasão são as mais difusas e preocupantes para nós educadores, pois,
precisamos e devemos lidar com isso de maneira a interferir nesse processo e
resgatar a realidade de além de termos turmas que continuem bem
freqüentadas durante os períodos seguintes, redirecionarmos a nossa prática
pedagógica para promovermos um aprendizado mais significativo e aprazível.
As pesquisas propõem metodologias pautadas pelos pressupostos de
construção do conhecimento e na própria produção do conhecimento pelo
processo de valorização da relação entre professor / aluno / conteúdo /
objetivos / finalidades. Essas pesquisas trazem referências sobre práticas
multiculturais, sobre interdisciplinaridade e sobre métodos de ensino e
aprendizagem. Inclui-se também nessas pesquisas estudos sobre a
competência didática do professor, que deve ser construída com base nas
relações dialógicas, que buscam re-significar as abordagens de ensino, de se
alcançar aquele (s) aluno (s) de 1º período de Curso Superior, que muitas
vezes abandonam os estudos por acharem que não conseguirão acompanhar
o ritmo, ou mesmo que não conseguirão aguentar as aulas após rotina de
trabalho e/ou similar.
O Coletivo de Autores ( 1992, p.38), confirma:
Na perspectiva da reflexão sobre a cultura corporal, a dinâmica curricular, no âmbito da educação, tem características bem definidas. Busca desenvolver uma reflexão pedagógica sobre o acervo de formas e representações do mundo exteriorizadas pelo movimento corporal que enriquecem o aprendizado.
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É preciso trabalhar re-significando e redirecionando as práticas,
tornando-as com mais possibilidades de assimilação, proporcionando a esse
aluno condição de continuar com sua formação, nesta etapa inicial que é tão
difícil para alguns.
Para Freire (199, p.58), “ninguém nasce educador ou marcado para ser
educador. A gente se faz educador, a gente se forma como educador
permanentemente na prática e na reflexão da prática.”
Para o autor Paulo Freire formação permanente é uma conquista da
maturidade, da consciência do ser. É de suma importância que nós educadores
tenhamos uma formação contínua, pois, será ela que nos facilitará
redirecionarmos o trabalho docente, para buscarmos recursos e meios de
forma a ajudar alunos com dificuldades variadas, e contemplarmos técnicas
novas como adoção e aplicabilidade de jogos e dinâmicas nas aulas para
facilitar a internalização do conteúdo, alicerçando o aprendizado.
Muito já se sabe sobre o compromisso do esporte e/ou jogo na formação
para a cidadania. Essa colocação deve ser entendida ao conceber-se o jogo
atuando no desenvolvimento de todas as dimensões da cidadania; a cidadania
política, a cidadania civil, e a cidadania social, expressa na educação, saúde,
bem-estar, que são essenciais a vida de uma pessoa e que são significativas
para o alcance pessoal de projetos futuros. O caminho para formação da
cidadania passa pela educação, e é nesse caso que podemos além de buscar
reforços para o que está sendo ensinado, contribuirmos também para melhorar
a compreensão do exercício pleno da cidadania.
1.4- Refletindo Sobre a Prática
A preocupação em re-significar a prática para que se possa promover
um maior aprendizado por parte desse aluno de Curso Superior, vem muitas
vezes angustiando por não se contemplar os resultados desejados. A profissão
de professor, como as outras, emerge em dado contexto do momento histórico,
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como resposta às necessidades apresentadas pela sociedade. A profissão de
professor se transformou como a sociedade também, adquiriu novas
características para responderem a novas demandas da sociedade. Essas
considerações apontam para o caráter dinâmico da profissão docente como
prática social. É na leitura crítica da profissão diante das realidades sociais que
se buscam os referenciais para modificá-la.
Uma identidade profissional se constrói, pois, com base na significação
social da profissão; na revisão constante dos significados sociais da profissão;
na revisão das tradições e... nas necessidades dos alunos. Práticas que
resistem a inovações se esvaziam em si mesmas e perdem o significado.
É Preciso se respaldar e reafirmar práticas consagradas que
permanecem significativas, dando à elas nosso perfil e também da clientela
que atendemos.
Nóvoa V. (1991, p.109), afirma:
Não é objeto nosso discutir a gênese constitutiva da profissão de professor, embora admitamos a importância do questionamento sobre a problemática da profissionalização docente.
Constrói-se também pelo significado que cada professor, enquanto ator
e autor, confere à atividade docente no seu cotidiano, com base em seus
valores em seu modo de situar-se no mundo, em sua história de vida, em sua
representações , em suas ansiedades, nas necessidades observadas em seus
alunos, no sentido que tem em sua vida o ser professor. Assim como mediante
sua rede de relações com outros professores, nas Instituições de Ensino
Superior, enfim.
É relevante a participação das atividades propostas em aula, a questão
da participação nas mesmas é considerada como um aspecto essencial de
qualquer processo de democratização. O Esporte -Participação como a própria
denotação sugere, ao promover a participação e ao obter sucesso nessas
práticas em sala de aula com adultos de Ensino Superior, ajuda a equilibrar um
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pouco as desigualdades de oportunidades e promove as trocas, sendo
enriquecedor para qualquer das partes envolvidas.
1.5 – Conhecimento Depende de Equilíbrio
O conhecimento depende de equilíbrio entre afirmações e negações,
quem afirma que é, pode, ao mesmo tempo, negar tudo o que não é, dentro
dos limites do conhecido. O jogo, a dinâmica pode ser realizada em qualquer
grupo e com respostas as mais variadas, de acordo também com o que se
pretende. Fala-se tanto em educar através de jogos e brincadeiras, que
resolveu-se incursionar um pouco disso tudo no Ensino Superior, por que não?
Devem ser realizadas atividades que possam estabelecer uma ponte entre a
realidade do conteúdo, a realidade social e o mundo do adulto que se encontra
no Ensino Superior.
Proponho, uma prática contextualizada, dinâmica e movimentada, em
que não se fuja ao teor necessário das disciplinas acadêmicas, mas também se
pulveriza um pouco de jogo e dinamismo nessas aulas, tornando-as mais
alegres.
As formas de apropriação dessas práticas devem se dar
cautelosamente, envolvendo aos poucos o público a que se destinam e
construindo uma inovação de cunho educativo bem como enriquecendo seu
próprio planejamento e possibilitando aos alunos novas abordagens e maneiras
de se revisar conteúdos.
1.6 – Bases da Inteligência Emocional
A vida emocional é um campo com o qual se pode lidar, certamente
como qualquer disciplina concreta ou abstrata, com maior ou menor habilidade,
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e exige um conjunto especial de aptidões; e a qualidade dessas aptidões
numa pessoa é decisiva para compreender porque se prospera na vida,
enquanto outra se envereda por caminhos sem saída. A aptidão emocional é
uma metacapacidade que determina até onde podemos ir e usar outras
habilidades que tenhamos.
A inteligência acadêmica não oferece nenhum preparo para aas
oportunidades que ocorrem na vida, então porque não simbolizarmos essas
mesmas oportunidades em sala durante as aulas, a fim de proporcionarmos
uma simulação do que se encontrará.
Numa sociedade cada vez mais baseada no conhecimento, a aptidão é
sem dúvida um dos caminhos para se buscar o sucesso, e mais uma vez
enfatizo que, isso tudo pode e deve ser trabalhado nos períodos iniciais para
preparação melhor do acadêmico.
Qualquer indivíduo que pratica bem seu emocional, principalmente
através do jogo, das dinâmicas de relacionamento, se desenvolve e tem maior
probabilidade de sentir-se satisfeito e de ser eficiente em sua vida, dominando
hábitos que fomentam produtividade. Não conseguir exercer controle sobre o
emocional, não tolerar participar de atividades lúdicas, se excluir, demonstram
batalhas internas que encobrem as capacidades de concentração inclusive no
estudo, no trabalho e de lucidez de pensamento.
1.7 – O espaço da Sala de Aula
O espaço da sala de aula, que não necessariamente precisa ser a sala
de aula, mas também uma quadra, um pátio, um auditório etc... é muito
importante para educação , é preciso ter consciência disso, dessa importância
de se criar ambientes inteligentes e aprazíveis para as aulas renderem o que
quisermos que elas rendam, além de reconhecer a inteligência Mente/Corpo.
É preciso que se dedique um tempo para refletir sobre esses ambientes
educativos, que precisam ser estimulados, agradáveis, inteligentes.
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Se apresentarmos situações desafiadoras, onde cada adulto do Ensino
Superior possa se utilizar de sua inteligência, de sua capacidade de resolver
problemas, situações adversas, estará havendo uma gama de oportunidades
de desenvolvimento e principalmente favorecendo a aprendizagem.
Nas Instituições de Ensino Superior buscam-se o objetivo essencial da
educação , o domínio do conhecimento acadêmico, mas é preciso enfatizar o
prazer pelo estudar, o gosto pelo estudar, pelo compreender, a conscientização
da importância da busca do conhecimento e de seu processo de construção, e
de todos os trâmites que podem ser utilizados para se atingir esse fim.
Atualmente noto que as salas de aula são mais tradicionais que sócio-
interativas. Os acadêmicos gostam de estar nas Instituições de Ensino
Superior, mas não nas salas...Gostam da convivência, dos amigos, dos
relacionamentos inter-pessoais, mas muitas vezes não demonstram alegria de
estar em sala de aula.
O ambiente de uma sala de aula deve estar voltado para as múltiplas
inteligências e utilizar-se dos recursos e meios que melhor se adéqüem, para o
lúdico, é um ambiente saudável e alegre. Nesse momento a sala de aula torna-
se um lugar atrativo, adequado aos interesses dos adultos, e o lugar onde
através de atividades dinâmicas podem registrar suas informações,
conhecimentos e expor suas idéias.
O educador preocupado em desenvolver todas as possibilidades de
seus acadêmicos se utiliza de todas as formas possíveis para oportunizar
situações onde seus alunos aproveitem e sintam vontade de buscar.
A “sala de aula” e suas práticas não convencionais são um laboratório
permanente.
20
CAPÍTULO 2
APLICAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO LÚDICO
NAS AULAS
A importância atribuída aos jogos data de inúmeros séculos, e hoje
infundidos em toda parte do mundo.
Para Strachan (1877), o jogo tem um valor biológico inestimável e
contribui de maneira valiosa para que os planejamentos pedagógicos tornem-
se mais atraentes e profundos.
O jogo é a satisfação de um impulso instintivo do homem e o movimento
corresponde ao interesse. A atividade lúdica é própria para o adulto, que ao
praticá-la conscientemente e voluntariamente se enriquece e obtém benefício
próprio. Nas aulas dinamizadas os interesses são elementos que melhor
comprovam a aplicabilidade das mesmas. A atividade lúdica é
incomparavelmente mais valiosa quando inserida no contexto a que se quer
atingir.
2.1- Importância do Movimento Corporal
Existe um rico e vasto mundo de cultura, repleto de movimentos, de
jogos, de dinâmicas, quase sempre ignorado pelas Instituições de Ensino
Superior. É uma pena que esse enorme conhecimento não seja aproveitado
como motivação, incentivo e estopim para suporte no conteúdo que se está
trabalhando.
21
Durante as aulas há momentos de imobilidade e momentos de
agitação. O fundamental é que todas as situações de ensino sejam
interessantes para o aluno de 1º período de Curso Superior. Como fazer isso,
no entanto, fora uma ou outra experiência isolada existente, encontra-se ainda
muita resistência por parte dos professores de Ensino Superior em aplicar.
Corpo e mente devem ser entendidos como componentes que integram
um único organismo. Ambos devem ter assento nas carteiras das salas de
Ensino Superior, não um para aprender (mente) e o outro para as aulas de
Educação Física (Corpo), para transportar materiais, para deslocamento, mas
ambos para se emancipar.
Fica difícil falar de educação concreta, sem envolver nas aulas
atividades que movimentem. A concretude do ensino passa pelo movimento
corporal, práticas que dêem significado à práxis , sem viver concretamente e
corporalmente, as relações espaciais e temporais não se estabelecem, e fica
difícil falar em educação e aprendizagem significativa, que busca a autonomia.
Madalena Freire (1984,p.15), afirma:
O ato de se movimentar é tão vital, como comer e dormir, e eu não posso comer e dormir por alguém.
2.2- Conceituando Jogo
O jogo estabelece uma espécie de transição entre o simbólico e o social,
sendo este a forma mais evoluída do jogo. Cada forma de jogo que aparece no
sujeito, incorpora as anteriores. Assim é que o adulto tanto realiza o jogo social,
como o jogo do exercício, geralmente fundidos um no outro, apesar de , nesta
última fase, prevalecer o jogo social. E embutido neste jogo social podemos
misturar o que preciso for para obtermos o que esperamos, atingindo assim
nossa meta pedagógica.
22
Do ponto de vista pedagógico, a importância de incorporarmos o lúdico
às aulas de Ensino Superior é inegável, uma vez que através dele é possível
perceber como está o conteúdo e a assimilação do mesmo por parte dos
alunos, sem contar no efeito socializante que o jogo tem.
Quanto aos procedimentos pedagógicos, nas atividades lúdicas que se
propõem utilizar em sala de aula, a construção das atividades e o
estabelecimento de regras deve ficar por conta do aluno, o professor expõe a
idéia e observa o modo como a situação vai ser desencadeada.
Para Batista Freire (2006,p.68), o jogo em sala de aula evolui e contribui
para o desenvolvimento. A atividade lúdica refere-se ao movimento corporal,
por fim o jogo, seja ele, social, ou não é marcado pela atividade coletiva e
intensifica trocas, promovendo assim enriquecimento cultural mútuo e
aprendizagem.
2.3- Pedagogia do Movimento
O movimento corporal pode e deve ser considerado um recurso
pedagógico valioso. A ação física e a ação mental estão de tal forma
associadas que examinar um desses aspectos isoladamente causaria graves
prejuízos, não só na aprendizagem, mas em todo desenvolvimento do
planejamento para aula.
Para se desenvolver essa abordagem com os alunos de Curso Superior,
é preciso esclarecer o sentido de lazer, resgatar o lúdico e adotar a estratégia
de favorecer a vivência de experiências lúdicas quaisquer que sejam, pois,
servirão de parâmetros para expressão de sentimentos, afetos e emoções que
nortearão o trabalho com vistas a promoção pessoal.
Para Piaget (1975), o desenvolvimento da inteligência está voltado para
o equilíbrio; a inteligência é adaptação, e o homem busca uma melhor
adaptação para entender-se.
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Se faz necessário a utilização de atividades lúdicas no Ensino
Superior, pois, o adulto também gosta de jogar, e será através das aplicações
destas dinâmicas adaptadas à cada situação, que ele será também capaz de
apropriar-se de conteúdos e conhecimentos que possibilitarão alcançar sua
conquistas.
Kishimoto (1999,p.59), confirma:
Quando se joga, se assimila o mundo, e se interage com o objeto proposto.
É Preciso entender a forma de pensamento do aluno de Ensino
Superior, suas necessidades e possibilidades, para podermos proporcionar a
ele os momentos lúdicos necessários para sua aprendizagem, atividades que
lhe ajudarão a fixar melhor os conteúdos ensinados, e a compreendê-los.
2.4 Educação pelo movimento
Uma educação pelo movimento seria, recorrer a movimentos e/ou
atividades que promovam movimento, e por meio deles educar , fixar, conferir,
alicerçar , enfatizar outros aspectos que não o motor.
O movimento é um instrumento utilizável para facilitar a aprendizagem
de conteúdos, os mais variados possíveis e mais diretamente ligados ao
aspecto cognitivo.
São muitas as particularidades que podem surgir à medida que se
propõe essa dinâmica de aulas que envolvam um misto de conteúdo / contexto
/ jogo / dinâmica / aprendizagem. É interessante levantar questões que levem a
um melhor entendimento e a um melhor rendimento dos alunos nas demais
disciplinas dos cursos de Ensino Superior.
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O corpo tem sem dúvida uma infindável capacidade de educar-se e
contribuir na educação. Nem se pode, nem se deve negar isso.
Batista Freire (2006) enfatiza:
Entre os recursos pedagógicos que a educação se utiliza em sua tarefa de ensinar, há um muito particular, que são as atividades corporais e os jogos, provenientes inclusive da cultura.
2.5 – A Respeito Do Jogo
O jogo é um caso típico de condutas negligenciadas pela escola tradicional, dado o fato de parecerem destituídas de significado funcional. Para pedagogia corrente, é apenas um descanso ou o desgaste de um excedente de energia. Mas esta visão simplista não explica nem a importância que se atribui aos jogos e muito menos a forma constante de que se revestem as dinâmicas e atividades lúdicas, simbolismo ou ficção, por exemplo. Jean PIAGET,p.158 (47)
Se faz necessário esclarecer uma confusão existente entre os termos;
brinquedo, brincadeira, jogo e esporte. As definições pouco se diferenciam
brincadeira, brinquedo e jogo, tem significados bastante próximos, exceto que o
jogo amplia a existência de regras, perdedores e ganhadores em sua prática
mais extrema. Esporte e jogo também se representam quase à mesma coisa,
apesar de o esporte tem mais haver com práticas sistemáticas,
Em suas pesquisas sobre o desenvolvimento da inteligência e a gênese
do conhecimento, Piaget verificou que os jogos podem ser exercícios de
regras, de simbolismo e não necessariamente excludentes.
Quando alguém realiza algo sem necessidade, num ato de
conhecimento, estará fazendo por puro prazer, o prazer que o saber-fazer-
conhecer confere.
Jogo é uma conduta lúdica, a ação é circunscrita ao ato corporal, isto é
jogo.
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É bom lembrar que o jogo não é uma conduta exclusiva deste ou
daquele período de vida, mas uma ação evidente.
Além de tudo que já se apresentou a respeito do jogo, do lúdico, das
atividades dinâmicas no Ensino Superior como estratégia para se auxiliar no
aprendizado, nas fixações de conhecimentos, vale a pena lembrar outros
elementos significativos às práticas, como já foi dito, o ambiente, os meios e
recursos e por que não também materiais?
O jogo não representa apenas o vivido pelo adulto, representa também o
que ainda está por vir, como se fosse uma simulação de situações que ainda
representarão algo para eles.
A construção de práticas com os alunos é por demais enriquecedora,
pois, assinalam transformações internas e amadurecimento, promovendo
trocas significativas.
No que se refere mais especificamente a esse trabalho, os jogos e
atividades são de nossa total preocupação por se constituírem de ações e
pensamentos ligados ao aprendizado, do qual não podemos nos afastar para
que realmente se estabeleça uma ponte e facilite e favoreça a assimilação do
que se propõe.
Essas considerações são necessárias, para que as atividades não sejam
entendidas como meramente preenchimento de tempo, descomprometidas,
mas como algo engajado, com objetivos bem delineados, para contribuir na
formação desse adulto.
2.6 - O Papel Social Do jogo
O homem é um ser social. Para se chegar a isso, no entanto, deve-se levar em conta o tempo biológico de maturação, as coordenadas espaço-temporais, a formação da imagem corporal, o desenvolvimento do pensamento, dos sentimentos, e muitas outras atividades cooperativas que não podemos esperar de crianças pequenas. Jean PIAGET,p.28 (45)
26
O desenvolvimento não se processa de um momento para o outro, é
preciso trabalhar e enfocar as práticas envolvendo o lúdico durante as aulas no
Ensino Superior logo, para que o adulto se habitue, ou re-habitue a jogar, a se
expor sem constrangimentos e de fato se desenvolva através do que está
sendo oportunizado a ele. As relações com o conteúdo, virão com o passar das
tarefas e atividades executadas, e a descoberta será um momento prazeroso e
estimulante, principalmente quando se promoverem trocas e a sociabilidade da
sala de aula proporcionar enriquecimento, contemplações de conquistas e
resolução de situações-problema por parte deles.
O que importa além do fato anterior é a ludicidade da ação do jogo, para
que se possa de fato atingir esses objetivos. Jogando abre espaço para
aprender, para se ter aquisições de ações futuras e determinantes na vida.
Qualquer que seja a atividade proposta para turmas de Ensino Superior,
ou até mesmo escolhida pelos alunos, num espaço de autonomia, haverá
sempre motivo para que as regras sejam construídas e/ou adaptadas e
praticadas, isto é, para estabelecimento de normas que regulem as relações do
grupo.
A ação educativa do jogo deve ter como objetivo superficial o prazer,
como objetivo intermediário a descontração, e como objetivo profundo o que
se que atingir através dele. As aulas devem utilizar-se desses recursos lúdicos
propiciando a aprendizagem.
Enfatizar o lúdico, ao propor vivências dos conteúdos específicos, é demonstrar
que o lazer está também na atitude das pessoas, não dependendo somente de
fatores como acesso a equipamentos e/ou materiais exuberantes, ou até
recursos financeiros absurdos para o meio acadêmico. O jogo. Bem como as
dinâmicas requerem criatividade, com recursos e meios simples, porém de
grande eficiência.
27
CAPÍTULO 3
COMO UTILIZAR-SE DE RECURSOS PARA
MELHORAR A FIXAÇÃO DOS CONTEÚDOS
Realizar atividades que proporcionem bases para o a fixação de
conteúdos e ensinar contextualizadamente é muito importante nesta etapa de
1º período de graduação, pois, buscamos promover nesse aluno de Ensino
Superior autonomia e independência para nos futuros períodos poder se
administrar de forma efetiva.
Busca-se contribuir para que esse educando alcance seu
desenvolvimento pleno e seu preparo para o mercado de trabalho.
É interessante se notar que a utilização desses recursos e meios devem
estar de acordo com o planejamento de cada professor, precisamos ao término
de cada assunto, propormos uma atividade dinâmica e alegre que envolva os
conceitos trabalhados de maneira desafiante e competitiva até. Isto deverá
acontecer, numa aula previamente combinada entre professor e turma para
que o resultados obtido seja enriquecedor para ambos. As atividades devem
conter situações trabalhadas e debatidas em aula, situações problema para
aflorar neles o desejo e a iniciativa de resolução.
Uma aula com atividades lúdicas atinge uma dimensão social
referenciada com o prazer lúdico, e terá também por finalidade o bem estar
social dos alunos.
28
3.1- A Porta do Mundo Adulto
É fato que a atividade humana pode transformar a sociedade, e por que
não a sala de aula do Curso Superior, quando tantas vezes os colegas de
mesma sala nem sabem o nome um do outro. A habilidade de aprender com e
através do movimento, nos faz capazes de refletir e perceber determinadas
situações, e com isso refazer ações e modificarmo-nos.
Pela utilização do jogo, do lúdico em sala de aula no Ensino Superior, o
aluno aprende a agir de maneira mais social e solidária, os desafios têm
aspecto motivador para as ações. A percepção é o motivo para o aluno agir, e
mais tarde as associações serão realizadas, a ação começa a desvincular-se
da percepção, o pensamento começa a se estruturar e a finalidade proposta
começa a aparecer de maneira efetiva e com determinantes graduais do
desenvolvimento a que se propõe a atividade.
Vygotsky ((1991,p.116) enfatiza:
O jogo não é o aspecto predominante, mas o fator muito importante para se atingir o que se quer.
Será através das atividades lúdicas que certamente atingiremos o nosso
objetivo principal, que é auxiliar de maneira alegre e leve os alunos a fixarem
seus aprendizados, construindo seus conhecimentos, e de maneira secundária
conseguiremos promover independência, autonomia, iniciativa e motivá-los a
seguir em frente, um pouco mais preparados.
É essencial que se redirecione a aprendizagem para que ela realmente
se torne significativa, e com isso possa de fato abrir horizontes para os que
buscam através dela melhores caminhos. E para que realmente signifique a
aprendizagem, se faz necessário ousar, aplicar algumas vezes práticas não
formais, sem que estas se percam é bom ressaltar.
29
3.2- Educação Criativa
O desenvolvimento da cultura e da civilização é contínuo e criativo.
Assim também as atividades lúdicas se mostram muito criativas nas
aulas de Ensino Superior, através de jogos, descobertas e novas formas de
movimento ricas em variação e trocas.
Criatividade é um grande desafio, pois, é importante se conhecer o
fenômeno da criatividade para se compreender melhor e aplicar melhor
também. Num futuro bem próximo, educar poderá ser um ato de facilitação da
criatividade de nossos alunos.
O ser humano é indivisível e toda a fragmentação o aliena, portanto aí
está a razão das aplicações de jogos e tarefas lúdicas durante as aulas,
possibilitando neles (os alunos) a criação e a expansão de suas habilidades e
capacidades cognitivas através da percepção, da organização de
conhecimento e reorganização de elementos. Entrelaçadas e inseparáveis das
habilidades estão às emoções, como já foi dito as motivações e valorações,
tudo isso transparecendo de forma global por meio de expressão puramente
corporal e móvel.
Trabalhando no âmbito da educação, podemos perceber que não existe
conceito pré-estabelecido de formação e informação. Estamos voltados para
reprodução do conhecimento, e sanar as dúvidas existente caso ocorram.
Não pode se prender ao passado, em domínios e fatos já acontecidos,
mas também o que é atual e de nossos dias, pois, isso facilita a compreensão
e a associação de idéias nos alunos. Se faz necessário que nossos alunos se
apropriem de informações e ferramentas de tecnologia para vencer os desafios
e consequentemente desenvolver ainda mais suas capacidades de pensar,
resolver problemas, explorar, investigar.
30
As atividades a serem oferecidas devem conter sempre desafios e
serem elaboradas de tal forma a deixar os alunos do Ensino Superior com
vontade de continuar fazendo, ainda que já tenha acabado. Atividades e jogos
que promovam investigação, descobertas, criatividade.
Se faz preciso verificar se a atividade lúdica proposta vais de encontro
com o que objetivamos. O nosso papel é fundamental para essa condução de
ações, nas atividades, tão logo expormos as idéias e os desafios, devemos
exercer o papel de mediadores, facilitadores no processo ensino-
aprendizagem, no crescimento do aluno e no desenvolvimento de suas
habilidades criativas e potencialidades intelectuais.
Para Arieti (1979), o processo criativo possibilita ao homem realizar uma
nova combinação daquilo que já existe, sem que esta seja apenas uma
reorganização do velho, mas que possibilite efetivamente a emergência de uma
nova estrutura mental.
3.3- Aulas mais Lúdicas, Alunos mais Motivados
Se faz preciso antes de falar em quais são as metas de se ensinar
incluindo o jogo, ou através do lúdico, situar o contexto em que ele deve
acontecer, principalmente se for se pensar num jogo adulto e com objetivos
bem determinados. Entendendo o papel da educação na sociedade como
ciência capaz de transformar socialmente, é preciso que sejam definidas as
contribuições que se quer, para se realmente atingir o que se propõe.
A educação deve ter uma visão global de seus alunos e propiciar a eles
a construção e o acesso aos conhecimentos socialmente disponíveis. E a
proposta das práticas lúdicas deve vir de mãos dadas à essa proposta,
buscando também uma construção e uma fundamentação maior desses
conhecimentos. É preciso que o jogo, e/ou a atividade lúdica que acontecer na
aula, busque além da fundamentação do conhecimento, a contribuição para o
término da formação de um cidadão crítico, responsável e solidário.
31
Criar desafios para inteligência, levando em consideração os
interesses e suas necessidades são importantes para fundamentação do
conhecimento.
O processo de aprendizagem e fixação de conteúdos depende muito da
motivação do aluno. Considerar suas necessidades para se obter sucesso na
prática é o caminho, para poder oferecer situações que incentivem sua
participação nas atividades propostas, já que o adulto é mais resistente.
Vive-se uma época de constantes mudanças, exigências e desafios,
precisamos preparar os nossos alunos para os questionamentos,
investigações, mudanças e criatividades. Observamos a importância crescente
de se oportunizar condições mais favoráveis para os questionamentos do dia a
dia, as aulas devem enfocar os conteúdos necessários, porém sem perder a
chance de abrir espaço para os anseios e dilemas que são feitos, e que muitas
vezes sem podermos perder tempo por causa do conteúdo, deixamos passar.
Nesse sentido vale a pena lembrar o que já em 1959, Rogers
(1959,p.249), ressaltava:
Eu insisto em que há uma necessidade social desesperada dos comportamentos criativos por parte dos indivíduos...
Em um tempo em que o conhecimento construtivo e destrutivo está avançando de forma acelerada, uma adaptação criativa parece se apresentar como possibilidade para o homem manter-se à altura das mudanças.
A Importância de se criar um espaço nas aulas maior para as discussões
e debates inseridos num jogo até, tem sido apontada como fundamental para o
desenvolvimento pedagógico e como combustível para o redirecionamento de
ações e práticas.
Garantir o espaço para o desenvolvimento intelectual e social da
criatividade é essencial.
32
Para Friedmann (1998, p. 20), o jogo ou qualquer atividade lúdica não
serve só para aliviar tensões, mas também como atividade que prepara para o
mundo.
3.4- Enfatizando Uma Idéia
Não existe uma teoria universalmente aceita para o Jogo, pelo fato deste
ter se tornado objeto de estudo e analisado sob todos os prismas, passando a
ser definido de formas diferentes; todas as teorias discutidas visam o
entendimento do comportamento lúdico.
Ao considerar que o processo de ensino-aprendizagem envolve
aspectos de conhecimento, habilidades e atitudes do homem em suas
manifestações, tendo a expressão corporal como linguagem, pretende-se
através do uso do lúdico e das dinâmicas analisar, observar e se apropriar de
elementos que compõem a totalidade humana e que se expressam no
desenvolvimento das atividades.
Os jogos se apresentam como um excelente apoio a ser utilizado na
Educação , pois, apresentam um enorme potencial educativo no enfoque
multicultural.
Diversas explicações foram dadas a respeito da razão pela qual o jogo
acontece e quando ele deveria ser aplicado. Mesmo assim no processo
educacional de Ensino Superior a utilização dos jogos é sugerida e facilitadora
da aprendizagem e da apreensão do conhecimento.
Para se educar ou fundamentar as práticas de forma lúdica temos que
entender o universo do Ensino Superior, para que se possa atuar
efetivamente, compreendendo os mecanismos do conhecimento.
Tratar as inteligências múltiplas, como já foi dito anteriormente é de real
importância para aplicarmos o jogo certo na hora certa.
33
A atividade deve contribuir no processo de aprendizagem e não ser
simplesmente um ato de passar o tempo sem finalidade pedagógica.
As Instituições de Ensino Superior deveriam ser mais incentivadoras
das ações lúdicas em suas aulas, não só com o objetivo de descontrair ou do
lazer, não apenas em termos procedimentais fornecendo repertório para que os
alunos possam usufruir, mas fazendo do uso dessas práticas, para além de
enriquecer o planejamento buscando uma promoção maior do saber para o
aluno de Curso Superior, também de fazer parte da educação formal e não-
formal desse aluno.
3.5- Refletindo holisticamente
Já se observou a necessidade da aplicação de atividades lúdicas nas
aulas de Ensino Superior, como forma de fixar os conteúdos ministrados pelos
professores de diferentes disciplinas. É fato que esse tipo de ação torna as
aulas mais dinâmicas e ricas, pois, promovem-se trocas, parcerias e o
enriquecimento acontecem com o tempo. Para realizar as atividades lúdicas
durante as aulas de Ensino Superior, deve-se, porém ter tolerância, pois, os
alunos encontrarão problemas e estranharão essas práticas, já que são
adultos. Tudo vem com o tempo, essa experiência devem proporcionar a
ampliação de referências que levem os alunos a compreender e explicar a
necessidade da participação ativa e voluntária. Essas atividades também
devem promover criatividade, ampliando nos alunos capacidade de síntese e
análise bem desenvolvidas. As atividades também devem buscar trabalhar as
percepções através de situações abstratas e outros recursos atraentes, por
intermédio do jogo, que engloba tudo isso.
Utilizar o jogo como instrumento educacional e curricular, nos facilita
descobrir uma importante fonte de aprendizagem e de desenvolvimento.
34
O jogo é uma construção humana, através de movimentos e da
necessidade de expressar-se coletivamente, é nesse ponto em comum que
devemos nos apegar para lançar mão dessa prática tão enriquecedora e
aplicar nas aulas, contribuindo com a fixação dos conteúdos, que sinalizarão
positivamente com melhora do rendimento e transformação dos sujeitos
envolvidos.
Para se construir essa prática cotidiana, é preciso se desapegar de nós
e rigores pedagógicos para soltar-se numa nova proposta, mais vibrante, mais
dinâmica, mais lúdica.
A concepção de Cultura Corporal de movimento amplia a contribuição do
lúdico para objetivar os planejamentos de conteúdos das diferentes disciplinas
de Curso Superior, na medida em que , tomando seus conteúdos e
capacidades que se propõem a desenvolver como produtos sócio-culturais, se
afirma democraticamente e adota uma perspectiva metodológica de ensino,
reforço, aprendizagem que busca o desenvolvimento.
Não se pode esquecer que os diálogos são essenciais nesta prática que
se propõe, esse componente cognitivo possibilita a construção importante de
saberes e conhecimentos e sinalizará, os caminhos a serem trilhados.
Existe um grande número de livros e semanais, alguns citados aqui na
bibliografia, onde se pode encontrar sugestões de atividades, jogos, dinâmicas
etc. Cabe a nós adequá-los às nossas realidades de dentro de sala de aula.
Escolher os que contenham as atividades que o grupo mais se identificar em
realizar. Atrair para a prática é o objetivo, mais que isso deve ser o
compromisso com o trabalho educacional.
É preciso se preservar o sabor do “quero mais”, basta: saber, conhecer,
compreender, contextualizar, identificar e tantas outras coisas que tantas vezes
passam despercebidas.
Para Coletivo de Autores (1992,p.61), a educação trata
pedagogicamente do conhecimento de uma área e a cultura corporal e/ou de
movimento vem em suporte à internalização dessas teorias, fixando-as.
35
Faz-se necessário após cada prática corporal, ou de jogos
pedagógicos um feed-back para fechamento do assunto referido,
oportunizando ao aluno do Ensino Superior mais uma ferramenta no seu
aprendizado.
Coletivo de Autores (1992, p.11), enfatiza:
...Há pessoas que nunca tentam modificar o que está mal, ou modificarem-se a si próprias. Essas pessoas nunca se arriscam
Ousar na educação, nas praticas diárias, é um risco, e precisa acima de
tudo coragem e persistência, para se alcançar o que se objetiva na caminhada
pedagógica. Sabendo-se que o nosso objeto de estudo, tem corpo, mente e
sensações, e é com eles que trabalhamos diariamente.
Para Saviani (1991:26) O currículo é o conjunto de atividades
distribuídas no tempo e no espaço que se tem, para cuja existência, não basta
apenas o saber sistematizado.
36
CONCLUSÃO
Apesar de serem completamente fundamentadas as preocupações com
a evasão escolar no 1º período de graduação, o manto que recobre essa
situação não está tão completamente impermeável.
Não há como escapar do fato de que precisamos rever nossas práticas,
a fim de amenizarmos essa situação. Não obstante pessoas que transitam
neste universo de Ensino Superior serem pegam em angústias e anseios nas
diversas tentativas de ajudar esses alunos que abandonam seus cursos.
Começou-se a mudar e assumir diante dessa realidade as posturas e os
discursos. Anseios vieram a tona como, talvez a profissão que exerciam
estivesse começando a perder o sentido. Turmas que inicialmente eram
lotadas, concluíam com aproximadamente 30% do seu total.
O mundo está mudando, a vida está mudando. Se faz preciso mudar
também. Mudar porque existem cada vez mais abandonos nos primeiros
períodos de graduação, escasseiam-se os alunos por inúmeros fatores.
Trocando em miúdos, apesar de haver um entendimento geral quanto à
importância de atividades lúdicas nas aulas, esta postura inovadora ainda
encontra resistência por parte de alguns.
Na verdade, a aplicação de atividades lúdicas nas aulas, ainda passa
pelo conhecimento errôneo de brincadeiras sem finalidade.
Mas existem professores com esse discurso novo, de uma concepção
aberta às novas abordagens e práticas, pesquisas enfim. Como já foi dito
anteriormente, é necessário que se faça formação continuada para
acompanhar as mudanças e poder oferecer a esse aluno novas perspectivas
de aprendizagem.
Aprendizagem com fixação de conteúdos através de práticas lúdicas e
aplicação de jogos.
37
É preciso desconstruir as práticas tradicionais e rígidas, e adotar ainda
com compromisso nos conteúdos que devem ser ministrados, uma prática mais
contextualizada com o cotidiano do aluno e fixando, fazendo-o construir seu
conhecimento de maneira prazerosa e agradável. E por que não a utilização de
jogos e dinâmicas para nos ajudar?
Ao longo das pesquisas e leituras realizadas para esse trabalho pude
contemplar que a minha convicção a respeito da aplicação do lúdico, do jogo e
do dinamismo educacional cresceu e não se pode negar que educação se faz
de corpo inteiro. Não vejo procedimentos mais acessíveis para um bom
relacionamento professor-aluno do que o jogo, não vê como não se estabelecer
relação de fixação de conteúdos através de atividades aprazíveis e bem
elaboradas.
A matéria prima do aprendizado também é o movimento, certo ou
errado, feio ou bonito, lento ou ágil. É essa a matéria prima que podemos nos
apossar para nos ajudar durante as nossas práticas pedagógicas.
Ao observarmos as práticas dos nossos alunos em sala de aula durante
alguma atividade lúdica, poderemos conhecer um pouco mais desse aluno, e. .
. certamente eles estarão experimentando as atitudes que conhecem e
adequar seus comportamentos às regras sociais. Estarão incorporando
normas. Quando realizam uma atividade lúdica em conjunto ou até mesmo
individual, percebemos um estabelecimento de diálogo coletivo, organizando
ações de acordo com suas vivências. Estaremos testemunhando um momento
único do desenvolvimento e amadurecimento ainda que tardio do pensamento
e das práticas propostas.
Devemos aproveitar a grande oportunidade que temos de observar
esses alunos do Ensino Superior quando executam as atividades lúdicas, pois,
certamente estão se desenvolvendo , aprendendo a lidar com as diferentes
realidades de sala de aula, e com suas próprias emoções.
Cada oportunidade dessas, com certeza são ímpares, um momento de
enriquecimento. De crescimento e de convivência.
38
As Instituições de Ensino Superior devem promover em suas
propostas pedagógicas práticas de educação que possibilitem a integração
entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivo- lingüísticos e sociais
do adulto, que tantas vezes chega até a sala de aula despreparado, imaturo e
com pouca bagagem de conteúdos considerados básicos
O lúdico como ferramenta de apoio e recurso para os educadores de
nível superior, colabora e contribui para um bom resultado avaliativo,
despertando maior interesse dos alunos, transformando as aulas em espaços
desafiante e salutares e cooperando para promover esses estudantes de
período inicial, que trazem diversas realidades, tantas deficiências e pouca
motivação, a se sentirem mais vibrante, mais dentro do processo e portanto
mais felizes e encorajados a continuar seus estudos.
As considerações aqui apresentadas são necessárias para que as
atividades propostas não sejam entendidas especificamente, como algo
descomprometido com a formação, com os conteúdos, mas como algo
intimamente ligado à aprendizagem, visando benefícios ao aluno e
tranqüilidade ao trabalho desenvolvido pelo professor. A proposta visa
enriquecer as práticas abordando estratégias mais vibrante e alegres, capazes
de motivar e desafiar esse aluno de Curso Superior e dar-lhe motivos para
conclusão de sua caminhada.
39
BIBLIOGRAFIA
Arieti, Silvano. Criativity: themagic synthesis. New York: Basic books, Inc,
Publishers, 1979.
Bracht, Valter. Educação Física: a busca da autonomia pedagógica. In:
Revista da Educação Física/UEM,Maringá,v.1,nº0.pp38-43, 1998.
Carmo, Apolônio Abadio do e Aragão, Rosália de , Aspectos críticos de uma
formação acrítica. Cadernos CEDES. Licenciatura, nº08. PP 32-37, 1987.
Coletivo de Autores. Metodologia da Educação Física. Editora Cortez, 1992.
Freire, Madalena. A paixão de Conhecer o Mundo. Rio de Janeiro, Paz e
Terra, 1984.
Freire, João Batista . Educação de Corpo Inteiro. São Paulo, Ed. Scipione,
2006.
Jürgen, Dieckert. Dietrich, Kurz. Dieter. Brodtmann. Elementos e Princípios
da Educação Física. Rio de Janeiro. Ao Livro técnico, 1988.
Maranhão, Diva. Ensinar Brincando.Rio de Janeiro, Editora Wak, 2007.
Nóvoa, V. Aproveitando Jogos na Educação.( Tese de Doutorado). Saõ
Paulo: ECA, 1985.
40
Piaget, Jean, Equilibração das Estruturas Cognitivas. Rio de Janeiro:
Zahar, 1976.
___________, Epistemologia Genética. Lisboa : Don Quixote, 1972.
Rogers, C. Tornar-se Pessoa. São Paulo: Martins Fontes, 1978.
Tubino, Manoel José Gomes. Dimensões Sociais do Esporte. São Paulo.
Cortez Editora, 1992.
Vigotski,L.S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
41
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS
DEDICATÓRIA
RESUMO
METODOLOGIA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..............................................................................................8
CAPITÚLO 1 .................................................................................................10
Evasão no 1º Período de Graduação
1.1 Pelo corpo também se aprende a ler .....................................................11
1.2 O Jogo na Hora Certa.............................................................................12
1.3 A Prática Pedagógica ............................................................................13
1.4 Refletindo Sobre a Prática.......................................................................15
1.5 Conhecimento Depende de Equilíbrio ....................................................17
1.6 Bases da Inteligência Emocional ............................................................17
1.7 O Espaço da Sala De Aula .....................................................................18
CAPÍTULO 2
Aplicação e Utilização do Lúdico nas Aulas ............................................20
2.1 Importância do Movimento Corporal .......................................................21
2.2 Conceituando Jogo ..................................................................................21
2.3 Pedagogia do Movimento ........................................................................22
2.4 Educação Pelo Movimento ......................................................................23
42
2.5 A Respeito do Jogo ................................................................................24
2.6 O papel Social do Jogo ...........................................................................25
CAPÍTULO 3..................................................................................................27
Como Utilizar-se de Recursos Para Melhorar a Fixação dos Conteúdos
3.1 A Porta do Mundo do Adulto................................................................28
3.2 Educação Criativa..................................................................................29
3.3 Aulas Mais Lúdicas, Alunos Mais Motivados.........................................30
3.4 Enfatizando Uma Idéia...........................................................................32
3.5 Refletindo Holisticamente.......................................................................33
CONCLUSÃO ...............................................................................................36
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................39
ANEXO
ÍNDICE
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