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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
Por: Viviane Vieira Almeida
Orientador
Profa. Solange Monteiro
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Psicopedagogia
Por: Viviane V. Almeida
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AGRADECIMENTOS
Quero agradecer a Deus,
especialmente as minhas professoras
queridas Simone Ferreira, Marta Pires
Relvas e Dirce Morricy, pela força,
carinho e atenção que deram não só
para mim, mas para toda a turma.
Tambem um agradecimento especial
para minhas colegas de turma
Natascha Martins Memolo, Tatiane
Ferreira e Roseli dos Santos, por me
incentivarem a continuar, pelo carinho
e amizade.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à todos os
professores que levam a sério sua
profissão. Que tem sua profissão como
um dom, e lutam por educar seus alunos
da melhor forma possível. Dedico esta
monografia àqueles que ainda acreditam
que a educação é o caminho para uma
vida digna e melhor para nossa cidade,
nosso estado e nosso país. A todas as
crianças que merecem uma educação de
qualidade, não só com melhor maneira de
ensinar, mas com carinho e atenção.
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RESUMO
O presente estudo tem por objetivo mostrar como o psicopedagogo
trabalha no ambiente escolar, quais suas principais funções, como ele pode
atuar tanto prevenindo problemas de aprendizagem quanto auxiliando nos
problemas já instalados. Primeiramente procurou-se explicar o que é a
psicopedagogia e o que faz o psicopedagogo. Como atua essa área e de que
maneira o psicopedagogo trabalha.
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METODOLOGIA
O presente estudo foi feito através de pesquisa de revisão de literatura,
encontrada em livros de psicopedagogia de autores como Olivia Porto, Nadia
Bossa e Eloísa Quadros Fagali, Laura Monte Serrat Barbosa, foram
encontradas questões como a maneira que o psicopedagogo pode auxiliar no
ambiente escolar, prevenindo problemas de aprendizagem através das
pesquisas psicopedagógicas, trabalho em equipe, trabalho com professores,
educadores, e toda equipe pedagógica.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O que é Psicopedagogia qual a Função do Psicopedagogo 11
CAPÍTULO II - A Instituição Escolar 16
CAPÍTULO III – A Psicopedagogia e o Papel do Psicopedagogo na
Instituição Escolar 18
CONCLUSÃO 29 BIBLIOGRAFIA 31 ÍNDICE 32 FOLHA DE APROVAÇÃO 33
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INTRODUÇÃO
Quem já não ouviu algum professor se queixar de estar com uma turma
superlotada? Com isso, acaba por não ser capaz de identificar o aluno que está
quieto e que por vezes passa despercebido por não ser o que mais atrapalha
durante a aula, mas não vem rendendo como antes. Pode ser que seja apenas
uma má fase que ele esteja passando, mas, as notas ruins começam a se
repetir, e não se sabe o que vem acontecendo. Pode ser que o aluno seja
chamado à direção, mas fica com vergonha de falar.
Muitas outras situações que ocorrem no ambiente escolar que
começam com simples desatenção do professor ou do responsável, ou de
qualquer outra pessoa da equipe pedagógica, que, se, fosse analisada logo no
começo, evitariam problemas de aprendizagem e até mesmo traumas levados
por toda uma vida.
O presente estudo quer mostrar como o olhar do psicopedagogo dentro
da instituição escolar, pode melhorar e tornar o trabalho de prevenção nas
causas de problemas de fracasso escolar, mais eficaz.
Para Bossa, (2000), o processo de aprendizagem escolar deve ser
natural e espontâneo, e até prazeroso. Quando não é porque existe alguma
coisa errada.
A autora costuma comparar o não saber com a febre e diz que: “não
adianta combater a febre, que é um sintoma. É preciso identificar a causa,
combatê-la e tratar o sintoma.”
Para Bossa (2000):
Os Psicopedagogos são, portanto, profissionais preparados para a
prevenção, o diagnóstico clínico ou institucional, identificam as causas da
problemática e elaboram o plano de intervenção.
A escola que deseja ver o aluno com uma visão individual e que busca
prevenir os problemas de aprendizagem deve estar consciente de que precisa
ter em sua equipe um psicopedagogo. Um profissional que tem o olhar voltado
para o ser cognoscente, pluridimensional. O profissional que está preparado
para facilitar a construção do conhecimento, facilitando e minimizando os
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obstáculos que impedem que esta construção se realize. Formando seres
capazes de construir e reconstruir, integrar e expandir sua capacidade de
síntese e autonomia.
O psicopedagogo deve atuar na escola de forma a observar e
conversar com a equipe pedagógica, ouvir a queixa, observar uma ou várias
turmas, levantar um quadro geral, análise dos resultados e depois organização
do primeiro sistema de hipóteses. Depois deve escolher os instrumentos de
investigação das hipóteses levantadas.
É importante que o psicopedagogo trabalhe com no mínimo mais duas
pessoas, podendo ser outros psicopedagogos, um para observar a temática,
outro a dinâmica e outro o grupo.
A ideia principal do estudo é mostrar a importância do profissional de
psicopedagogia na instituição escolar. O porquê dessa importância, devido aos
seus conhecimentos multidisciplinares, à sua imparcialidade na hora de
observar o indivíduo ou grupo. Essas características serão importantes na hora
da investigação psicopedagógica.
O problema é que é muito importante observar se realmente o
indivíduo tem realmente algum problema de aprendizado ou se no final das
contas o problema vem do professor, ou da metodologia implantada pela
equipe pedagógica, ou da própria escola. Por isso o papel do psicopedagogo
institucional é tão importante para contribuir com esse processo de diagnóstico.
Abaixo vou citar um trecho de uma palestra da autora Maria Lucia
Lemme Weiss que fala sobre esse problema de relação entre escola / aluno,
pais / filhos, aonde se procura sempre um culpado e esta culpa na maioria das
vezes recai sobre o aluno.
Será que o aluno muito diferente incomoda pais e professores, e por isso acaba sendo encaminhado a um diagnóstico com o psicopedagogo, o psicólogo ou o médico? Será que o aluno que incomoda, agitado, desatento, não pode ser mais desenvolvido intelectualmente, acima ou abaixo da média da turma pode, em termos psicossociais, ser muito semelhante: desinteresse, distração, agitação. A causa poderia ser: “Já entendi tudo isso, cansei de esperar”, ou “Não entendi nada, não adianta me esforçar porque vou continuar não entendendo”. As
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causas são diferentes, as os produtos poderão ser semelhantes. Como despertar a motivação desses alunos para aprender? Como criar o desejo em cada um de aprender e produzir bem? Como desenvolver o prazer na aprendizagem escolar? Esse é um desafio para pais e educadores. Por que passará esse desafio? Pela questão pedagógica e didática? Pela situação social mais ampla com apelos constantes? O importante no diagnóstico psicopedagógico é a tentativa de captar a forma individual de aprender e produzir de determinado aluno. Há diferenças no nível de atenção do aluno para observar e assimilar um material que seja apresentado em desenhos ou por escrito, que venha mediante uma explicação oral ou uma troca em grupo de colegas.(Weiss, 2008, p.192)
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CAPÍTULO I
O QUE É PSICOPEDAGOGIA
E QUAL A FUNÇÃO DO PSICOPEDAGOGO
No dicionário Aurélio: a psicopedagogia é o estudo da
atividade psíquica da criança e dos princípios que daí decorrem, para regular a
ação educativa, do indivíduo. (HOLLANDA, 1999, p449, apud PORTO, 2011).
Segundo Fagali (2009, p.9) “a psicopedagogia surgiu como uma
necessidade de compreender os problemas de aprendizagem, refletindo sobre
as questões relacionadas ao desenvolvimento cognitivo, psicomotor e afetivo,
implícitas nas situações de aprendizagem.”
Como afirma Bossa (2000), Psicopedagogia busca na Psicologia, na
Psicanálise, na Psicolinguística, na Pedagogia, na Neurologia e outras os
conhecimentos necessários para a compreensão do processo de
aprendizagem.
Barbosa (2001, p.135) fala que:
A psicopedagogia, fruto da interdisciplinaridade, desenvolveu seus estudos, no sentido de construir um olhar e uma escuta diferenciados, voltados para o processo de ensinar / aprender, que possibilitam o conhecimento de sintomas, a análise dos mesmos e a busca de soluções para os problemas estudados.
Para Porto (2011), a Psicopedagogia é um campo de atuação que
integra saúde e educação e lida com o conhecimento, sua ampliação, sua
aquisição, suas distorções, suas diferenças e seu desenvolvimento por meio de
múltiplos processos.
Porto (2011), tambem afirma:
A Psicopedagogia, como área de aplicação, antecede o status de área de estudos, a qual tem procurado sistematizar um corpo teórico próprio, definir o seu objeto de estudo, delimitar o seu campo de atuação e, para isso, recorre à Psicologia, Psicanálise, Linguística, Fonaudiologia, Medicina, Pedagogia.
Pinto (2003, p. 37, apud Porto, 2011, p.110) diz que:
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É fundamental para a psicopedagogia que o profissional faça o trabalho interdisciplinar, pois os conhecimentos específicos das diversas teorias contribuem para o resultado eficiente da intervenção ou prevenção psicopedagógica. Por exemplo, a psicanálise pode fornecer embasamento para compreender o mundo inconsciente do sujeito; a psicologia genética proporciona condições para analisar o desenvolvimento cognitivo do indivíduo; a psicologia possibilita compreender o mundo físico e psíquico; a linguística permite entender o processo de aquisição da linguagem tanto oral quanto escrita. Em todas essas áreas, encontramos autores renomados que contribuem para o crescimento da psicopedagogia, tanto no âmbito preventivo quanto no clínico. (PINTO, 2003, p. 37, apud PORTO, 2011, p. 110).
Porto (2011, p.115) segue e fala que a Psicopedagogia, tendo como
fenômeno de estudo o aprender e o não aprender, pode auxiliar em uma
abordagem institucional, propõe-se a analisar a instituição escolar e suas
relações de aprendizagem segundo uma abordagem crítica e sistêmica.
Segundo Porto (2011, p. 110) Pode-se concluir que o campo da
atuação da Psicopedagogia é a aprendizagem, e sua intervenção é preventiva
e curativa, pois se dispõe a detectar problemas de aprendizagem e “resolvê-
los” além de preveni-los, evitando que surjam outros.
Para Weiss, (2008,p.15) A não-aprendizagem na escola é uma das
causas do fracasso escolar, mas a questão é, em si, bem mais ampla.
Considerando o fracasso escolar como uma resposta insuficiente do aluno a
uma exigência ou demanda escolar. E ainda subdivide esta questão em três
perspectivas: a da sociedade, da escola e do aluno. A autora comenta essas
três perspectivas:
A primeira perspectiva, a da sociedade, é a mais ampla e de certo modo permeia as demais. Neste âmbito, estariam o tipo de cultura, as condições e relações político-sociais e econômicas vigentes, o tipo de estrutura social, as ideologias dominantes e as relações explícitas ou implícitas desses aspectos com a educação escolar. No diagnóstico psicopedagógico do fracasso escolar de um aluno não se podem desconsiderar as
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relações significativas existentes entre a produção escolar e as oportunidades reais que determinada sociedade possibilita aos representantes das diversas classes sociais. Assim, alunos de escolas públicas brasileiras provenientes de camadas de mais baixa renda da população são frequentemente incluídos em “classes escolares especiais”, considerados pertencentes ao grupo de possíveis “deficientes mentais”, com limites e problemas graves de aprendizagem. Na verdade falta-lhes oportunidades de crescimento cultural, de rápida construção cognitiva e desenvolvimento da linguagem que lhes permita maior imersão num meio letrado, o que, por sua vez, facilitará o desenvolvimento da leitura e escrita. A segunda perspectiva diz respeito à análise da instituição escola, em seus diferentes níveis, como sendo a maior contribuinte para o fracasso escolar de seus alunos. Tal possibilidade de estudo não pode ser vista isolada da anterior, pois sistema de ensino, seja público seja particular, reflete sempre a sociedade em que está inserido. A escola não é isolada do sistema socioeconômico, mas pelo contrário, é um reflexo dele. Portanto, a possibilidade de absorção de certos conhecimentos pelo aluno dependerá, em parte, de como essas informações lhe chegaram, lhe foram ensinadas, o que por sua vez dependerá, nessa cadeia, das condições sociais que determinaram a qualidade do ensino. Termina a rota da “deficiência social” nas baixas oportunidades do aluno como pessoa, acrescidas da baixa qualidade da escola. Professores em escolas desestruturadas, sem apoio material e pedagógico, desqualificados pela sociedade, pelas famílias, pelos alunos não podem ocupar bem o lugar de quem ensina tornando o conhecimento desejável pelo aluno. É preciso que o professor encontre o prazer em ensinar para que possibilite o nascimento do prazer de aprender. O ato de ensinar fica sempre comprometido com a construção do ato de aprender, faz parte de suas condições externas. A terceira perspectiva de estudo do fracasso escolar está ligada ao aluno, especificamente às suas condições internas de aprendizagem, focando-se assim, a questão na intra-subjetividade. Na minha experiência clínica, com pacientes de diferentes classes sociais, constatei que cerca de 10% dos
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casos encaminhados para diagnóstico psicopedagógico tinham sua causalidade básica em problemática do paciente, oriunda de sua história pessoal e familiar. No entanto, a visão da escola, esta seria a causa da maioria dos casos de fracasso escolar. Os três enfoques da questão não são mutuamente excludentes; muito pelo contrário. O fracasso escolar é causado por uma conjugação de fatores interligados que impedem o bom desempenho do aluno em sala de aula. A tentativa de identificar durante o diagnóstico um ponto inicial nas condições internas do aluno ou nas condições externas do ensino e da situação escolar visa apenas a melhor orientação terapêutica posterior.
1.1 – A Função do Psicopedagogo
Para Bossa (2000): Os Psicopedagogos são, portanto, profissionais
preparados para a prevenção, o diagnóstico clínico ou institucional, identificam
as causas da problemática e elaboram o plano de intervenção.
Tanto na Psicopedagogia clínica quanto institucional o psicopedagogo
é um mediador na entre o sujeito e o problema com a aprendizagem. O
psicopedagogo, não deve interferir na vida do sujeito, mas tomar parte da
situação e interpretar a sua história para depois intervir. No caso do
psicopedagogo clínico, este deve apurar os fatos e tratar os traumas e conflitos
já alojados no sujeito. Já o psicopedagogo institucional utiliza a investigação
escolar para poder conhecer o histórico, a dinâmica institucional com os
profissionais nela inseridos para poder prevenir e evitar os problemas de
aprendizagem no sujeito, intervindo na instituição propiciando que ela possa se
reestruturar.
Porto (2011, p. 110) afirma que:
No enfoque preventivo, o papel do psicopedagogo é detectar possíveis problemas no processo ensino-aprendizagem; participar da dinâmica das relações da comunidade educativa, objetivando favorecer processos de integração e trocas; realizar orientações metodológicas para o processo ensino-aprendizagem, considerando as características do indivíduo ou grupo; colocar em prática alguns
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processos de orientação educacional, vocacional e ocupacional em grupo ou individual.
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CAPÍTULO II
A INSTITUIÇÃO ESCOLAR
Porto (2011, p.115), define instituição escolar como, um espaço de
construção do conhecimento não só para os alunos, mas para todos nele
envolvidos.
Para Barbosa (2001, p.143)
Numa instituição, os parâmetros de normalidade têm relação com os valores veiculados pela mesma, com o conjunto de normas, usos e costumes que permanecem no tempo, caracterizados por PICHON-RIVIÈRE (1988a) como o ECRO da instituição, ou seja, Esquema Conceitual Referencial Operativo com o qual a mesma se relaciona com seus professores, alunos, comunidade e sociedade em que está inserida, assim como com os valores, normas, usos e costumes veiculados pela própria sociedade. Se numa instituição é esperado que o grupo de alunos mantenha um determinado comportamento, e uma de suas classes apresenta um comportamento muito afastado daquele considerado normal, este fenômeno se caracteriza como um sintoma a ser pesquisado no interior dessa instituição. No entanto, a classe pode ser vista como portadora de um distúrbio, mas também como emergente de uma problemática maior, relacionada à instituição como um todo. Uma intervenção voltada somente à classe, a um grupo de alunos, um professor ou a um aluno pode ser entendida como uma ação sobre o sintoma, sem levar em consideração as causas que desenvolveram. Os Parâmetros a serem considerados, num diagnóstico psicopedagógico institucional, devem estar relacionados à proposta político-pedagógica da instituição e à sua consequente fundamentação teórica e filosófica. Os desvios encontrados podem estar relacionados à aspectos metodológicos, comportamentais, organizacionais, funcionais, conceituais e podem apresentar características positivas ou negativas. A análise do distanciamento do fenômeno em relação a esses parâmetros possibilitará um diagnóstico e uma explicação para o aparecimento
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do sintoma e poderá sugerir formas de intervenção apropriadas.
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CAPÍTULO III
A PSICOPEDAGOGIA E O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NA INSTITUIÇÃO
ESCOLAR
Porto (2011, pg.115) fala sobre a Psicopedagogia institucional:
Historicamente, a Psicopedagogia foi reconhecida por sua intervenção clínica em relação às dificuldades de aprendizagem nos consultórios psicopedagógicos. Atualmente, porém, observa-se um grande crescimento da ação do psicopedagogo nas escolas, sobretudo em uma perspectiva preventiva e institucional. Desta forma, a Psicopedagogia insere-se no contexto educacional como mais um campo de conhecimento na busca da redução do fracasso escolar. PORTO (2011, pg.115)
Como Porto já afirmou anteriormente, na escola o objetivo da
investigação psicopedagógica é prevenir as dificuldades de aprendizagem.
Para ela essa prevenção passa pela construção de uma dinâmica de relações
sadias na instituição, em que o contexto escolar voltar-se para os aspectos
sadios da aprendizagem e do conhecimento.
Complementando, Porto (2011, pgs.115, 116) fala:
Assim, a ação da Psicopedagogia Institucional busca, fundamentalmente, auxiliar o resgate da identidade da instituição como o saber e, portanto, com a possibilidade de aprender. A reflexão sobre o individual e o coletivo traz a possibilidade da tomada de consciência e da inovação por meio da criação de novos espaços de relação com a aprendizagem.
3.1 – O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
O psicopedagogo escolar vem com uma função maior do que tratar
somente o ser doente ou prevenir problemas de aprendizagem em apenas um
aluno. Ele vem trabalhar tanto com o aluno como com professores e a
instituição escolar, observando, diagnosticando, prevenindo e até interferindo
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em situações problema que estejam causando desajuste na aprendizagem de
um ou mais alunos.
Como fala Porto (2011, p.116)
A ação do psicopedagogo está centrada na prevenção do fracasso e das dificuldades escolares, não só do aluno como também dos educadores e demais envolvidos nesse processo. Para tanto é necessário que a intervenção psicopedagógica invista na melhoria das relações de aprendizagem e na construção da autonomia não só dos alunos, mas principalmente dos educadores.
Para Bossa (1994, p.13, apud. Porto 2011, p. 117) define os níveis de
prevenção no trabalho psicopedagógico institucional como:
No primeiro nível, o psicopedagogo atua nos processos educativos com o objetivo de diminuir a frequência dos problemas de aprendizagem. Seu trabalho incide nas questões didático-metodológica, bem como na formação e orientação de professores, alem de fazer aconselhamento aos pais. No segundo nível, o objetivo é diminuir e tratar problemas de aprendizagem já instalados. Para tanto, cria-se um plano diagnóstico da realidade institucional e elabora-se planos de intervenção baseados nesse diagnóstico, a partir do qual procura-se avaliar os currículos com os professores para que não se repitam tais transtornos já instalados, em um procedimento clínico com todas as suas implicações. Bossa (1994, p.13) apud Porto (2011, p.117)
Porto, dando continuidade ao pensamento de Bossa, fala que depois
de coletar e investigar os diferentes aspectos da instituição, o profissional
psicopedagogo deve proceder com a análise dos dados, buscando identificar,
sobre fraturas e necessidades expressas pelos sujeitos, professores, pais e
alunos, assim como as possibilidades da escola e do psicopedagogo,
viabilizando, através de técnicas, reuniões, conversas e várias atividades,
resgatar e resignificar a relação com o aprender, principal objetivo do
psicopedagogo na instituição. Desenvolvendo essa intervenção o
psicopedagogo precisa privilegiar o grupo de educadores e as pessoas
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envolvidas na elaboração das novas estratégias para o espaço da
aprendizagem. A ação do psicopedagogo na instituição deverá ser acima de
tudo coletiva.
Para Porto, essa investigação diagnóstica feita pelo psicopedagogo
permite ao educador o planejamento de um ensino adequado, facilitando assim
o processo de aprendizagem. A análise psicopedagógica deve sempre
observar os aspectos orgânicos, cognitivos, afetivos e sociais, identificando
assim como o aluno aprende e suas dificuldades na aprendizagem. Observar e
refletir sobre as dificuldades que a criança traz consigo através de experiências
interiores ou até de experiências recebidas na própria escola, ajuda ao
educador colaborar para essa superação, contribuindo para o desenvolvimento
da autonomia da aprendizagem do aluno.
E, neste contexto, Porto (2011, p. 120) tambem afirma que:
Desta forma, na perspectiva da Psicopedagogia Institucional, faz-se necessário lançar um olhar especial sobre as dificuldades de aprendizagem denominadas processos reativos. Os comportamentos reativos em relação às propostas escolares acontecem quando a escola desconsidera a aprendizagem como um processo dinâmico, que precisa levar em conta o desenvolvimento do sujeito aprendente e sua relação com o contexto socioeconômico-cultural. Neste caso, o currículo, o planejamento escolar e as atividades didático-pedagógicas assumem um caráter mecânico e sem significação para o aluno.
3.1.1 – A Avaliação Psicopedagógica:
Para se falar de determinada coisa ou objeto, é preciso ter
conhecimento sobre o mesmo, e para tal é preciso antes passar por uma etapa
de aprendizagem e avaliação. Tudo que sabemos e conhecemos passou por
um processo de observação. Segundo Porto, 2011 “A maior parte do que
sabemos sobre as pessoas que convivem conosco resulta de observações
casuais que empreendemos, com muita frequência, ao longo de nossa jornada
diária.” Por isso faz-se importante a avaliação psicopedagógica no processo
diagnóstico psicopedagógico escolar para melhor se entender a causa e o
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motivo do ocorrido com o aprendente, o primeiro ato a ser aferido é a
avaliação.
Para Porto (2011, p.121):
Ao planejar e implementar uma ação, o psicopedagogo se defronta com vários problemas, todos de grande importância. Contudo, para obter informações de valor científico, na medida do possível, é preciso usar metodologias adequadas, a fim de evitar a identificação de fatores que têm pouca ou mesmo nenhuma relação com o comportamento complexo que se deseja estudar. Outro problema refere-se à determinação do grau que a influência possa causar, modificando o contexto e mesmo a situação a ser analisada.
E Porto, tambem fala que o processo de avaliação psicopedagógica
institucional é:
Uma atividade simultaneamente que combina análise documental, entrevistas com respondentes e informantes, participação direta, observação e introspecção. O principal aspecto do método é mergulhar no campo e observar, segundo a perspectiva de membros integrantes da ação. Porto (2011, p.122)
Porto, (2011, p.123) afirma que:
O psicopedagogo institucional trabalha com múltiplas fontes de dados, decorrentes do uso que faz de inúmeros métodos (observação, conversas casuais, entrevistas, documentos), múltiplos tipos de participantes (secretarias de educação, superintendências ou CRES, orientadores educacionais, especialistas em currículo, diretores, professores, entre outros) e várias situações (reuniões de diversos tipos, oficinas de trabalho, vida em instituições etc). Desse modo, o observador participante, no desenvolvimento de um trabalho dessa natureza, deve procurar identificar.
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3.1.2 – O Mapeamento Institucional
Porto, (2011, p.124) fala sobre o mapeamento institucional dizendo que
o mesmo é uma análise da instituição escolar, onde o psicopedagogo observa
não somente aquilo que é dito, mas também o que não é dito através de
informações, gestos e postura de quem responde às perguntas.
O autor afirma que o psicopedagogo deve se isentar ao máximo para
que a avaliação seja fidedigna e que a mesma esteja o mais próximo da
realidade para uma posterior proposta pedagógica.
3.1.3 – Enquadramento do Processo diagnóstico
Segundo Barbosa (2001, p.150):
Enquadramento é interpretado por VISCA (1987) como um instrumento capaz de manter algumas constantes como um marco, para se poder conhecer a realidade. Segundo o mesmo autor, para se investigar uma realidade, é necessário isolá-la no contexto e integrá-la ao mesmo, e o enquadramento auxiliará na obtenção destes dois critérios. O enquadramento deve prever a justificativa e os objetivos do processo diagnóstico a ser desenvolvido, o grupo que será envolvido, o tempo de investigação, o espaço que será utilizado para a mesma, o material que será necessário, os honorários previstos, a entrega de um projeto diagnóstico após a organização do Primeiro Sistema de Hipóteses.
Barbosa (2001) também fala que além desse enquadramento junto À
instituição, é muito importante que seja organizado um enquadramento para a
equipe responsável pelo diagnóstico psicopedagógico na instituição. O objetivo
deste enquadramento será definir o papel dos diagnosticadores: O que cada
um fará, quem observará a dinâmica, de quem será a responsabilidade pela
coordenação dos trabalhos, a organização dos materiais, quem fará os
contatos, quem registrará a observação da dinâmica, tempo necessário para as
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reuniões, idas à instituição, entre outras providências que deverão ser tomadas
em cada situação.
3.1.4 – As Propostas de Intervenção, Levantamento de Hipóteses,
Análise dos Sintomas, Indicações e encaminhamentos.
Porto (2011, p.127) afirma que para que haja um bom andamento do
processo ensino aprendizagem, é fundamental que as atividades sejam
pensadas e planejadas de modo que o aluno se interesse, e que tenham um
significado na realização das tarefas. Sendo isto para todos os alunos, sem
nenhuma exceção.
É importante ouvir o aluno, especialmente os das séries iniciais. É
fundamental um tempo para promover a oralidade e a conversar. Além de
trabalhar com as atitudes, a fala, o saber ouvir, para que esse processo de
ensino aprendizagem corra sem maiores problemas.
Barbosa fala que as indicações vindas do diagnóstico podem ser
gerais, quando há o encaminhamento para outras disciplinas e específicas se
voltam para a intervenção pedagógica propriamente dita.
Barbosa (2001, p. 245) afirma que:
No diagnóstico psicopedagógico institucional, as indicações gerais são realizadas para administradores, psicólogos organizacionais, nutricionistas ou qualquer outros profissionais, cuja área de atuação seja necessária para o desenvolvimento dos trabalhos da escola e cuja especificidade exija.
Falando das indicações específicas, Barbosa, (2001) continua, e diz
que estas dizem respeito a área de atuação da psicopedagogia e podem estar
voltadas à instituição um todo ou a alguns dos seus segmentos. Quem
possivelmente se beneficiará com essa intervenção psicopedagógica
institucional será a equipe administrativa, a equipe técnica, a equipe docente, a
equipe de apoio e serviços gerais, o grupo de alunos de uma determinada
turma, série ou segmento de ensino e a família.
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Para Barbosa (2001) é necessário que o trabalho pedagógico esteja
sempre junto com o processo ensino aprendizagem desenvolvido na instituição
e deve preferencialmente ser desenvolvido em grupos.
Barbosa (2001, p.146) conclui: “O atendimento a alunos que
apresentam dificuldades de aprendizagem deve acontecer no movimento geral
da instituição, sendo os atendimentos a sujeitos específicos considerados do
âmbito do indivíduo e não da instituição.”
Para Barbosa (2001), para um diagnóstico institucional os sintomas
apresentados na queixa, num primeiro olhar, são vistos como emergentes da
dificuldade da instituição. O problema de aprendizagem de um aluno ou de um
grupo de alunos, será analisado a partir das relações que são estabelecidas
destes com a instituição, e os mesmos serão observados positivamente ou
negativamente “porta-voz” ou “bode expiatório” da instituição.
A partir da queixa, deve-se realizar um momento de observação da
turma, entendendo que a mesma traz com sigo dificuldades da instituição como
um todo. Durante o trabalho em equipe, os responsáveis pelo diagnóstico da
instituição podem dividir-se de uma maneira em que uma das pessoas
coordene a atividade, a outra observe a temática e outra observe a dinâmica do
grupo.
E Barbosa (2001, p.153), fala da importância de se observar o sintoma:
A observação do sintoma é importante na medida em que nós não partimos de uma percepção do outro, a esse respeito, e sim observamos o sintoma acontecendo, “ao vivo e em cores”, o que facilita a organização do Primeiro Sistema de Hipóteses que norteará a escolha dos instrumentos de investigação. Segundo CARLBERG (1998), esta forma de iniciar o processo diagnóstico possibilita ao profissional uma aproximação do seu objeto de estudos de maneira pouco contaminada. CARLBERG (1998) idealizou um instrumento para a observação e análise do sintoma, o qual denominou EOCMEA (Entrevista Operativa Centrada na Modalidade de Ensino Aprendizagem). Barbosa (2001, p.153)
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Carlberg, (1998), apud Barbosa (2001, p.154) explica o que é a
EOCMEA:
Fundamentada no modelo da E.O.C.A., prevê uma aproximação ao objeto de estudo de maneira a perceber o que o grupo sabe e não, simplesmente, o que o grupo não sabe. Este saber é relativo à operatividade em grupo e do grupo. Objetiva, portanto, pesquisar a dinâmica (o que o corpo fala), a temática (o que é verbalizado) e o produto. A intenção não é a pesquisa isolada destes aspectos, mas sim a articulação destes e seu significado. (Carlberg, 1998, p.6, apud Barbosa, 2001, p.154)
Falando sobre a EOCMEA e como Carlberg explica essa ferramenta
importante para a investigação psicopedagógica Barbosa (2001, p.154) cita o
autor quando ele diz que : “é necessário uma equipe de três profissionais para
a utilização desse instrumento, já que o mesmo será aplicado em grupos: um
coordenador e dois observadores que funcionarão como uma unidade
operativa, sem caracterizar uma hierarquia entre eles.”
E Barbosa (2001, p154) continua, falando que:
Ao coordenador cabe apresentar a tarefa de intervir, quando necessário, para que o grupo entre na tarefa; ao observador de temática cabe registrar tudo o que for verbalizado pelo grupo; enquanto que ao observador de dinâmica fica a tarefa de registrar toda a ação do grupo. Os registros serão analisados pela equipe de profissionais, juntamente com o produto final realizado pelo grupo escolhido como emergente dos sintomas da instituição. Para CARLBERG (1998), o grupo a ser escolhido como portador dos sintomas institucionais requer da equipe de diagnóstico um preparo pois,como já abordamos, é necessária uma boa análise da queixa, para que, dentre tantos problemas apresentados na primeira entrevista, se possa selecionar um grupo para servir de amostra. O trabalho exigido pela EOCMEA, que se inicia na seleção do grupo a ser submetido ao instrumental, continua na organização da atividade a ser desenvolvida junto ao grupo.
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Carlberg, (1998, apud Barbosa, 2001, p.154) completa:
Definido o subgrupo que servirá de amostragem, passa-se para a tarefa seguinte que será selecionar e organizar uma atividade para ser proposta ao grupo, a fim de que seja possível observar sua modalidade de funcionamento ou sua modalidade de ensino / aprendizagem. Esta organização demanda tempo e discussão pois, desde a consigna até a quantidade de materiais escolhidos, deverá haver um objetivo para a análise do grupo. A quantidade de materiais, por exemplo, quando for exatamente igual ao número de elementos do grupo, poderá nos impedir de observar como o grupo compartilha ou como o grupo lida com a falta. (Carlberg, 1998, p.8, apud Barbosa, 2001, p.155)
Barbosa, afirma que a observação do sintoma é um dos passos mais
importantes de um diagnóstico psicopedagógico institucional, porque a partir
dessas observações que vai se delinear o processo diagnóstico como um todo.
Barbosa, finaliza,dizendo que para se começar um diagnóstico
psicopedagógico institucional observando um sintoma, utilizando a EOCMEA,
ou qualquer outro instrumento com este objetivo, e finalizar com o
levantamento histórico da instituição para identificar os elementos causadores
de tal sintoma correspondem, ela cita Visca (1987), ao conceito que Jean
Pieget toma de Aristóteles: “O primeiro na ordem da gênese o último na ordem
da análise”.
Ao analisarmos os resultados podemos encontrar algumas respostas,
através de observações na comunicação entre o grupo ou entre o
sujeito,aprendente e aquele que ensina, chamados também de transmissor e
receptor. Barbosa (2001, p.164) explica uma dessas situações:
A existência do ruído na comunicação vai obrigando emissor e receptor a modificarem seu código, fato que pode levar à formação de subgrupos no interior de um mesmo grupo. A forma como a mensagem é expressa pode levar à identificação de obstáculos ao aprender do grupo. Uma comunicação oral,
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identificada por Enrique Pichon-Rivière com a fase oral estudada por Sgmund Freud, pode levar o grupo a uma relação de dependência, através da qual fica clara a comunicação de um que sabe para outros que não sabem e usufruem deste saber (por exemplo, os alunos que pedem ao professor: “Por favor, repita isto que disse, bem lentamente, para que possamos copiar”); a comunicação anal seria aquela que denigre o outro, que humilha e desqualifica (por exemplo o professor que chama atenção: “Mais uma vez o senhor está espalhando a sua alegria no momento inadequado, atrapalhando seus colegas”); a comunicação fálica foi vista como aquela que impõe o ponto de vista, em que não cabem discussões (por exemplo, o professor que repete: “Eu já disse que é assim e ponto final. Será possível que preciso explicar mais?”); e a comunicação genital, considerada como aquela que possibilita troca de opiniões e modificação do estado inicial do que foi comunicado (por exemplo, o professor que comenta: “Esta é a minha crença: no entanto, gostaria de conhecer a de vocês.’).
3.1.5 – Devolutiva
Barbosa (2001, p.172) fala que os resultados da investigação
psicopedagógica devem ser entregues à mesma pessoa ou mesmas, que
recebeu a equipe por ocasião da formulação da queixa, normalmente o diretor
da instituição e ou a equipe técnica.
Barbosa (2001, p.172) fala que neste momento é importante segui o
modelo utilizado durante o processo diagnóstico, sendo uma pessoa para
coordenar a devolutiva, e outras duas para observar e registrar as reações de
aceitação ou não e complementar os resultados.
E Barbosa, (2001, p.173) ainda fala que:
É importante, para a reunião destinada à devolutiva, organizar um Informativo Psicopedagógico que contenha todas as informações necessárias, por escrito; porém, de forma resumida e clara, mostrando os aspectos positivos da instituição e seus pontos frágeis, de tal forma que provoque a compreensão da problemática e o interesse em solucionar ou minimizar as falhas existentes.
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É fundamental que o informativo possua uma introdução explicativa sobre a forma como se analisa um sintoma institucional e as necessidades de se fazer relações entre várias instâncias, para se garantir o conhecimento do quadro como um todo, e não para culpar quem quer que seja.
.
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CONCLUSÃO
O presente estudo teve como objetivo apresentar o profissional de
psicopedagogia e mostrar como ele pode contribuir dentro do ambiente escolar.
Através de revisão de bibliografia, procurou-se definir quais as
características do psicopedagogo, em que ambientes ele pode trabalhar e
principalmente no ambiente escolar como ele pode desenvolver seu trabalho e
auxiliar a equipe pedagógica e o aluno no processo ensino / aprendizagem.
Observou se como o psicopedagogo pode intervir num trabalho de
prevenção do problema de aprendizagem.
Pôde-se observar também os principais passos do psicopedagogo
dentro do ambiente escolar, para o processo de levantamento de hipóteses
para se investigar a problemática tanto de um determinado aluno quanto de um
grupo ou de uma instituição.
Ao final conclui-se que o trabalho psicopedagógico é de grande
importância dentro de uma instituição escolar. Pois o olhar imparcial e atento
do psicopedagogo, que é um profissional que precisa ter uma formação
multidisciplinar, e, geralmente, vem de fora da equipe pedagógica da
instituição, não estando “contaminado” com os problemas e costumes da
mesma. É capaz de observar falhas, que podem vir dos professores, da
instituição como um todo, da equipe pedagógica, problemas vindos de uma
turma específica, ou de um grupo de alunos. Dependendo da maneira que o
psicopedagogo encaminha seu trabalho diagnóstico, e de coleta de dados, ele
pode conseguir recolher grandes informações que podem ser fundamentais
para a investigação. Por exemplo, Para Barbosa (2001) a observação do
sintoma é um dos elementos fundamentais no processo de diagnóstico
psicopedagógico.
Este mesmo profissional poderá propor soluções e encaminhar os
alunos com problemas de aprendizados para os devidos tratamentos e ou
modos corretos de metodologia de ensino a qual o aluno melhor se adapte.
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Podendo também propor metodologias novas para a instituição de ensino, caso
observe que as metodologias usadas pela escola já estão ultrapassadas, ou
até então a metodologia de um determinado grupo de professores, já não
funciona mais, pode-se tentar fazer com que esse grupo mude a maneira de
trabalhar, mostrando novos conceitos e novas formas de ensino em que os
alunos tenham maior proveito, maior rendimento. E assim por diante.
Pode-se observar que a função do psicopedagogo tem muito trabalho
dentro da escola. Tem muito que ajudar, muito que observar e procurar através
da história da instituição. Trabalhando com o grupo, ajudando o grupo ou
individualmente, a diminuir essas questões de problemas com aprendizagem,
que na maioria das vezes podem ser resolvidos com simples prevenção.
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BIBLIOGRAFIA
BARBOSA, Laura Monte Serrat. A Psicopedagogia no âmbito da Instituição
Escolar. Curitiba, Ed. Expoente, 2001.
BOSSA, Nadia A.Dificuldades de Aprendizagem. O que são? Como tratá-las?
Porto Alegre, Artmed, 2000.
FAGALI, Eloisa Quadros. Psicopedagogia Institucional Aplicada: A
Aprendizagem escolar dinâmica e construção na sala de aula. Petrópolis, R.J.
Vozes, 2009.
PORTO, Olívia. Psicopedagogia Institucional. 4ª ed. Rio de Janeiro. Ed. WAK,
2011.
WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia Clínica. Uma visão diagnóstica
dos problemas de aprendizagem escolar. 13ª ed. Rio de Janeiro. Ed.
Lamparina, 2008.
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO 09
FOLHA DE ROSTO 02
ADRADECIMENTOS 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O que é Psicopedagogia qual a Função do Psicopedagogo 11
CAPÍTULO II - A Instituição Escolar 16
CAPÍTULO III – A Psicopedagogia e o Papel do Psicopedagogo na
Instituição Escolar 18
CONCLUSÃO 29 BIBLIOGRAFIA 31 ÍNDICE 32 FOLHA DE APROVAÇÃO 33
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