universidade de coimbra – alta e sofia relatÓrio anual … · o modelo é inovador e acreditamos...
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UNIVERSIDADE DE COIMBRA – ALTA E SOFIA
RELATÓRIO ANUAL DE ACOMPANHAMENTO DO PLANO DE GESTÃO
E MONITORIZAÇÃO DO BEM – 2012
Maio 2013
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
PREÂMBULO
Este é o primeiro relatório de Gestão do BEM “Universidade de Coimbra – Alta e Sofia” elaborado
sob a égide da Associação RUAS (“Recriar Universidade Alta e Sofia), que foi formalmente
constituída em dezembro de 2011 e que tem por principal missão a gestão e o acompanhamento
do BEM.
Esta Associação, que tem como sócios fundadores a Universidade de Coimbra (UC), a Câmara
Municipal de Coimbra (CMC), a Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC) e a Sociedade de
Reabilitação Urbana Coimbra Viva (SRU), tem como estratégia coordenar a ação de todas as
entidades envolvidas, sem que nenhuma delas perca as suas competências específicas e legais.
O modelo é inovador e acreditamos que terá grande sucesso e poderá vir a ser adotado na gestão
de outros Bens.
A missão da Associação RUAS tem três eixos principais: (i) a salvaguarda, (ii) a gestão e o
acompanhamento e (iii) a promoção e a valorização do BEM. Para poder dar uma resposta mais
adequada em cada um destes três eixos, foram criados três Gabinetes Técnicos. De entre estes, o
GTAP (Gabinete Técnico de Acompanhamento do Plano) tem como responsabilidade específica a
gestão e o acompanhamento do BEM e elabora o relatório que agora se apresenta, relativo ao
ano de 2012.
O ano de 2012 é da maior importância para o BEM “Universidade de Coimbra – Alta e Sofia”
porque:
• 2012 é o primeiro ano de funcionamento da Associação RUAS;
• 2012 é o ano de avaliação intensa da candidatura pelo ICOMOS, uma vez que o dossiê
final foi entregue em janeiro de 2012 e em setembro de 2012 teve lugar a visita do perito
internacional.
No entanto, e sendo este o primeiro relatório deste novo modelo de gestão, ele integra muita
informação da atividade de anos anteriores (sobretudo 2010 e 2011), criteriosamente
selecionada, que se julgou ser relevante para a história do processo e para a compreensão da
dinâmica de gestão do Bem.
Ao longo do relatório torna-se também evidente que estão totalmente definidas as entidades, as
responsabilidades e os indicadores da Gestão do Bem, por conjugação entre o que está definido
no próprio dossiê de candidatura, com as decisões operacionais da Associação RUAS e com a sua
própria estrutura organizativa e a sua estratégia de atuação.
Todavia, e como sempre acontece nas fases iniciais, o modelo de relatório e o modo como se
analisa a realidade e se projeta o futuro são ainda objeto de reflexão e de evolução, esperando-se
que os próximos relatórios sejam mais densos e estruturados, como resultado do trabalho
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 ii
conjunto das diversas entidades e no esforço de melhoria contínua e de aproximação progressiva
às orientações internacionais mais recentes nesta matéria, nomeadamente as que são publicadas
pelo ICOMOS.
O acompanhamento e a monitorização do BEM são feitos de forma permanente e são
coordenados pela Associação RUAS.
Neste contexto, será produzido um relatório anual global e, ainda, relatórios simplificados de 3
em 3 meses (privilegiando, nestes últimos, o registo das ações e de informação relevante para a
construção dos indicadores).
À data da redação final deste primeiro relatório anual de 2012 – em abril/maio de 2013 – foi
divulgado o parecer do ICOMOS relativamente à apreciação do BEM, que contém diversas
recomendações no domínio da proteção e da gestão.
Assim, antes do fecho do relatório, considerou-se pertinente, sublinhar que ele constitui um
contributo relevante para mostrar que atividade de 2012, que aqui se relata, já responde, de
forma clara, a muitas das preocupações do ICOMOS que são, também, as nossas.
Até à presente data, já em 2013 e portanto fora do âmbito deste relatório, outras ações
permitiram concluir a resposta a todas essas preocupações.
Espera-se também que o presente relatório constitua um documento relevante para servir de
base ao debate e à reflexão de toda a comunidade e, em particular, do Fórum Consultivo que
inclui mais de vinte instituições e que funciona sob a égide da Assembleia Geral da RUAS.
Este relatório reúne informação de diversas instituições que envolveram neste processo diversos
serviços, muitos técnicos e dirigentes. Em simultâneo, alguns dados apresentados são o resultado
do trabalho de empresas e especialistas nos vários domínios em análise, traduzidos em relatórios
também de índole muito diversa. A todos – pessoas, instituições e empresas – é devido o maior
reconhecimento e agradecimento.
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 iii
Relatório Anual de Acompanhamento do Plano de Gestão e Monitorização do Bem – 2012
Ficha Técnica:
Entidade responsável pelo Relatório
Gabinete Técnico para o Acompanhamento do Plano
da Associação RUAS (Recriar Universidade Alta e Sofia)
<www.uc.pt/ruas>
Autores
J. Raimundo Mendes da Silva* (UC)
Sidónio Simões (CMC)
Afonso Mira (DRCC)
Mário Carvalhal (UC)
António Magalhães Cardoso (CCDRC)
Apoio técnico e coordenação editorial
Cátia Marques
*Coordenação
UC: Universidade de Coimbra
CMC: Câmara Municipal de Coimbra
DRCC: Direção Regional da Cultura do Centro
CCDRC: Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 v
ÍNDICE
1 Introdução ....................................................................................................................................... 1
1.1 Enquadramento........................................................................................................................ 1
1.2 Acompanhamento e monitorização no contexto da Candidatura «Universidade de Coimbra
– Alta e Sofia» ................................................................................................................................. 1
1.3 Recursos ................................................................................................................................... 3
1.4 Estrutura do documento .......................................................................................................... 4
2 Obras realizadas e em curso ........................................................................................................... 5
2.1 Contextualização ...................................................................................................................... 5
2.2 Meios financeiros disponíveis .................................................................................................. 5
2.3 Intervenções promovidas pela Universidade de Coimbra ....................................................... 6
2.4 Intervenções promovidas pela Câmara Municipal de Coimbra ............................................... 8
2.5 Outras intervenções ................................................................................................................. 9
2.6 Comentário final ..................................................................................................................... 10
3 Projetos realizados e em curso .................................................................................................... 11
3.1 Projetos promovidos pela Universidade de Coimbra ............................................................ 11
3.2 Projetos promovidos pela Câmara Municipal de Coimbra .................................................... 12
3.3 Outros projetos ...................................................................................................................... 13
4 Plano genérico para 2013 ............................................................................................................. 14
5 Ações e eventos no domínio da gestão ....................................................................................... 15
5.1 Implementação da estrutura gestora .................................................................................... 15
5.2 Evolução regulamentar e complementar .............................................................................. 16
5.3 Atividades desenvolvidas ....................................................................................................... 19
5.4 Comentário Final .................................................................................................................... 20
6 Ações e eventos de divulgação e informação.............................................................................. 21
7 Indicadores de gestão e monitorização do Bem ......................................................................... 23
8 Impacte da evolução do Bem sobre os seus atributos ................................................................ 24
9 Considerações finais ..................................................................................................................... 26
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 1
1 Introdução
1.1 Enquadramento
Este relatório tem como objetivo a aferição da evolução das ações de gestão do Bem nos seus
diversos âmbitos e níveis. O relatório, relativo ao ano 2012, elaborado pelo Gabinete Técnico de
Acompanhamento do Plano da Associação RUAS (GTAP, que tem como competências o
acompanhamento, o controlo e a implementação do Plano de Gestão), é o primeiro. De agora em
diante serão produzidos relatórios anuais, assim como relatórios trimestrais intercalares.
Sendo o primeiro, e porque as ações de planeamento e gestão remontam a anos anteriores,
definiu-se genericamente o período de 2010 a 2012 como o período indicativo para avaliar a
evolução do Plano de Gestão do Bem. Também pela mesma razão, o relatório mostra o caráter
ainda evolutivo das medidas e ações e, sobretudo, das ferramentas e dos recursos disponíveis,
numa fase inicial da sua implementação. Pretende-se que seja, também, uma reflexão sobre as
medidas a manter, melhorar ou criar para prosseguir com as políticas gerais de intervenção.
O Plano de Gestão do Bem faz parte do processo de Candidatura e é um dos documentos
englobados no Dossiê de Candidatura a Património Mundial, apresentado à UNESCO no início do
ano de 2012. É, naturalmente, o documento de base para a elaboração do presente relatório.
Complementarmente, devem apontar-se como documentos de apoio as «Orientações Técnicas
para a Aplicação da Convenção do Património Mundial» (Centro do Património Mundial, 2011), o
«Guidance on Heritage Impact Assessments for Cultural World Heritage Properties» (ICOMOS,
2010) e o «Monitoring World Heritage» (ICOMOS, 2002).
1.2 Acompanhamento e monitorização no contexto da Candidatura «Universidade de Coimbra –
Alta e Sofia»
As áreas Candidatas a Património Mundial e a sua Zona de Proteção constituem o objeto de
aplicação do Plano de Gestão. Estas áreas, de grande extensão, inseridas num centro urbano
consolidado, de características complexas e diversificadas, obrigam a um envolvimento próximo
(em termos de gestão) das várias instituições com responsabilidade sobre o território, sem
esquecer a comunidade que o habita e/ou usufrui.
O Plano de Gestão do Bem é um elemento imprescindível desenvolvido no âmbito do processo de
Candidatura a Património Mundial. Assegurar, não só a preservação dos componentes essenciais
que conferem ao Bem o seu valor Universal Excecional, mas também a sua sustentabilidade, é o
seu objetivo primordial.
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 2
Recordam-se os princípios estabelecidos no Volume 1 do Dossiê de Candidatura (página 226) e
que servem de orientação às políticas adotadas:
• Preservar e requalificar as zonas candidatas, assim como a sua zona de proteção;
• Manter vivas e reforçar as funções de ensino e investigação nas zonas candidatas;
• Potenciar uma vivência mais permanente, sobretudo na Alta Universitária;
• Promover uma atitude requalificada e renovada na forma de encarar e intervir no
património;
• Promover a conservação do património construído;
• Defender e salvaguardar o património natural;
• Promover o turismo de qualidade;
• Promover e divulgar a identidade cultural da Universidade de Coimbra, revivificando
todas as suas vivências.
Ficaram também, desde logo, estabelecidos os mecanismos que permitem monitorizar o grande
leque de ações previstas. Esta monitorização deverá verificar a eficácia das políticas adotadas, os
desvios e as dificuldades encontrados. Estas ações foram estabelecidas e constituem os Planos de
Ação, parte integrante do Plano de Gestão da Área Candidata. Os Planos de Ação, organizados em
cinco grupos (I – Ordenamento, II – Investigação, III – Intervenção Física, IV – Repúblicas, V –
Eventos, formação, promoção e sensibilização), estipulam as principais etapas num período
compreendido entre 2009 e 2016, identificando as institituições responsáveis pela sua
concretização e os mecanismos financeiros de suporte.
No processo de monitorização destacam-se as ações relacionadas com a “intervenção física” por
ser a que pode ter repercussão mais direta sobre a preservação do Bem.
No respeitante à monitorização do Bem, estabeleceram-se quatro indicadores considerados
fundamentais para essa avaliação (página 245, Volume 1 do Dossiê de Candidatura). Considera-se,
no entanto, neste período de arranque, que a experiência de gestão concreta do Bem levará à
consideração de outros fatores/indicadores que deverão ser também avaliados, numa perspetiva
de maior abrangência e rigor da informação.
Os indicadores são aferidos a partir da evolução da concretização das ações previstas nos Planos
de Ação e de uma avaliação do estado de conservação dos vários elementos que constituem o
Bem. Outras ferramentas de registo e avaliação são também importantes e estarão disponíveis
num futuro próximo, como é o caso de uma base de dados sobre intervenções (SIG – ver anexo 1)
que está em construção e que permite reunir, acompanhar e analisar com mais facilidade os
projetos e intervenções de todas as entidades envolvidas.
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 3
Quadro 1 – Ferramentos de registo e avaliação para os Indicadores
INDICADORES (definidos no Dossiê de Candidatura, Vol.1)
Ferramentas de registo e avaliação
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no
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e a
ção
Esta
do
de
co
nse
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ão
Ou
tro
s
Avaliação e registo da percentagem de execução das intervenções físicas e de refuncionalização previstas e calendarizadas no Plano de Gestão
Percentagem de edifícios que, em cada ano, ainda não sofreram ações mínimas de conservação e restauro essenciais ao desempenho mínimo esperado
Evolução do número de visitantes dos espaços e edifícios dedicados, de forma exclusiva ou intensa, à fruição turística
Evolução do número de edifícios em estado de conservação mau, médio ou fraco nas áreas de proteção
1.3 Recursos
A Gestão do Bem é responsabilidade da Associação RUAS (cujos sócios fundadores são a
Universidade de Coimbra, a Câmara Municipal de Coimbra, a Direção Regional da Cultura do
Centro e a Sociedade de Reabilitação Urbana Coimbra-Viva).
Três gabinetes técnicos asseguram o funcionamento da Associação e a prossecução dos seus
objetivos. O primeiro é o Gabinete Técnico de Estruturação Urbana (GTEU), ao qual está entregue
a análise técnica e regulamentar de todas as operações urbanísticas a realizar nas áreas
candidatas e na respetiva zona de proteção. O segundo é o Gabinete Técnico de
Acompanhamento do Plano (GTAP), que assegura o acompanhamento, o controlo e a
implementação do Plano de Gestão e tarefas com ele relacionadas. Finalmente, o terceiro
gabinete é o Gabinete Técnico de Informação, Valorização e Salvaguarda (GTIVS), responsável
pelo apoio aos projetistas no que respeita a soluções construtivas e materiais para uma adequada
reabilitação, pela divulgação de boas práticas e pela publicação de orientações científicas e
técnicas.
Estes três gabinetes são constituídos por técnicos das quatro instituições acima mencionadas,
provenientes de diversas áreas profissionais e, ainda, por outros técnicos e individualidades de
reconhecido mérito, convidados pela RUAS.
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Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 4
1.4 Estrutura do documento
O relatório está organizado em vários capítulos. Neste primeiro capítulo é feita a contextualização
geral da sua elaboração.
O capítulo 2 faz uma resenha das obras que foram realizadas ou que estavam em curso no final do
ano de 2012. Não é somente uma lista de intervenções realizadas, mas também um ponto de
situação em relação ao plano de ação dedicado à Intervenção Física. As intervenções estão
organizadas em diferentes quadros, consoante o seu promotor. Foram elaboradas fichas de
síntese, apresentadas em anexo, para as intervenções consideradas de maior relevância.
O capítulo 3 aponta os projetos promovidos pelas entidades envolvidas na gestão do Bem, no que
respeita à Intervenção Física.
No capítulo 4 são indicadas as principais ações previstas para o ano de 2013.
No capítulo 5 são descritas as ações do domínio da gestão que foram realizadas no ano de 2012.
Inclui o processo de implementação da estrutura gestora (a Associação RUAS), as principais
tarefas por esta desenvolvidas e a evolução do quadro legislativo no mesmo período e no que
afeta diretamente o território gerido.
No capítulo 6 apresenta-se a lista das ações ligadas à divulgação e à comunicação.
No capítulo 7, apresenta-se o registo dos indicadores previstos no Plano de Gestão, no período
entre a implementação deste e o final do ano de 2012, numa avaliação quantitativa da evolução
do Bem.
O capítulo 8 faz o registo do impacte sobre os atributos que sustentam o Valor Universal
Excecional do Bem, avaliando se estes registam uma avaliação positiva, neutra ou negativa.
No capítulo final (capítulo 9) apresentam-se breves considerações sobre o trabalho realizado no
período que este relatório abrange.
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 5
2 Obras realizadas e em curso
2.1 Contextualização
Este capítulo consiste na avaliação dos planos de ação constantes no Plano de Gestão, aferindo a
sua evolução e concretização. Não há nenhuma evidência de que os desvios na calendarização
prevista ponham em causa a Integridade e a Autenticidade dos valores patrimoniais do Bem. A
RUAS manter-se-á atenta à evolução da situação.
Identificam-se as intervenções que, não sendo discretizadas nos planos de ação, decorrem das
ações principais neles identificadas e, ainda, as ações de manutenção ou conservação preventiva
ou corretiva.
Neste relatório, e concretamente neste capítulo, a avaliação da evolução das ações concretizadas
ou em curso centrou-se na Intervenção Física sendo que, nos capítulos seguintes, se apresenta
informação respeitante aos restantes âmbitos cobertos pelos planos de ação, usando formato
distinto (que se considerou mais adequado).
Nos quadros 2 a 5 são apresentadas as intervenções realizadas no período em avaliação. Na
primeira coluna identifica-se a ação genérica (nos quadros 2 e 3, como definida no Plano de Ação
constante do Dossiê de Candidatura, Vol. 2, páginas 146 a 157); na segunda coluna especifica-se o
tipo de intervenção e a data em que decorreu; a terceira coluna estabelece o âmbito dessa
intervenção (intervenção pontual, parcial ou integral); na quarta coluna regista-se a evolução da
concretização da ação face ao estabelecido no referido Plano de Ação (prazo de execução
previsto, antecipado ou em atraso); na quinta coluna regista-se o valor global investido em cada
ação genérica; na sexta coluna, assinala-se a existência de ficha anexa – Anexo 2.
2.2 Meios financeiros disponíveis
Não obstante as dificuldades sentidas neste domínio, têm sido canalizados meios financeiros
muito importantes para a prossecução das intervenções previstas. Esta circunstância deve-se
essencialmente a dois factos: o Bem ser vivo e estar em permanente evolução (como decorre da
função maioritariamente universitária) e o reconhecimento a nível local e também nacional, por
parte das instituições que gerem os programas de financiamento, da importância do Bem e da sua
valorização.
Ainda que não seja ainda possível uma quantificação final dos montantes de investimento global,
estima-se que em ações de conservação, reabilitação e valorização tenham sido investidos, entre
2010 e 2012, aproximadamente, (i) 4.365.000 Euros em intervenções promovidas pela
Universidade de Coimbra, (ii) 3.785.000 Euros em intervenções promovidas pela Câmara
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Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 6
Municipal de Coimbra e (iii) 2.230.000 Euros em intervenções promovidas pela Direção Regional
de Cultura do Centro – num total de 10.380.000 Euros.
Em 2012, aponta-se para um investimento global de 4.900.000 Euros.
2.3 Intervenções promovidas pela Universidade de Coimbra
No quadro 2 é apresentada uma lista das intervenções realizadas no período entre 2010 e 2012,
promovidas pela Universidade de Coimbra. Algumas intervenções previstas no Plano de Gestão
não foram, ainda, iniciadas, ficando tal refletido nos Indicadores de monitorização registados
adiante (capítulo 7).
Quadro 2 – Intervenções promovidas pela Universidade de Coimbra
Ação (a) Descrição da intervenção
Âm
bit
o (
b)
Esta
do
(c)
Valor (€) Ficha
01 Paço das Escolas: reabilitação, conservação e restauro de edifícios
Biblioteca Joanina
Alteração de infraestruturas de dados da Biblioteca Joanina; aquisição baias de segurança; reabilitação de espaços de circulação (2010)
31.581,07
---
Reabilitação da Porta da Biblioteca Joanina (2012-2013) ---
Reabilitação de empena da Biblioteca Joanina para eliminar infiltração no piso intermédio (2013)
---
Capela de São Miguel
Intervenção de requalificação de pavimento da Capela Mor da Capela de São Miguel (2011)
23.426,00
---
Estabilização e reabilitação de sanca da Capela de S. Miguel e substituição de sistema de iluminação (2012-2013)
---
Gerais
Reabilitação de caixilharia da Sala 3 (2012)
68.501,28
---
Reabilitação da caixilharia do Bar da Faculdade de Direito (2013) 2A
Reabilitação do Átrio da Capela e da Faculdade de Direito para instalação de Loja da UC (2013)
---
Ala norte
Reabilitação do pórtico da Via Latina (2008)
306.462,93
2A
Beneficiação das Instalações Sanitárias da Faculdade de Direito (2010) ---
Melhoria de eficiência da iluminação na Sala dos Capelos e Reitoria (2012) ---
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 7
Ação (a) Descrição da intervenção
Âm
bit
o (
b)
Esta
do
(c)
Valor (€) Ficha
Ala norte (cont.) Requalificação e melhoria de eficiência da iluminação cénica do Paço das Escolas (2013)
---
Porta Férrea e Colégio de São Pedro
Requalificação de Gabinete da FDUC (2012)
2.980,23
---
Reabilitação de pavimento em tijoleira (2012) ---
Escadas de Minerva e Pátio
Obra de Reabilitação do Pátio das Escolas e Escadas de Minerva (2011-2012) 623.525,53 2A
Torre da Universidade Obra de Reabilitação e Restauro da Torre da Universidade (2010-2011) 333.000,00 2A
02 Edifícios do Estado Novo: reabilitação, conservação e restauro
Faculdade de Letras
Reabilitação do Balcão do teatro Paulo Quintela (Faculdade de Letras) (2011)
46.811,70
---
Reabilitação de espaços para o Centro de Estudos Russos; mobiliário (2012) ---
Reabilitação de Salas de Aula para o Departamento de História (2012) 2A
Reparação da cobertura (2013) ---
Departamentos de Física e Química
Intervenção na Biblioteca Rómulo de Carvalho (2012)
1.171.593,86 2A
Requalificação para instalação de Plataformas Científicas (2013 ---
Faculdade de Medicina | Unidade Central
Reabilitação do Piso 0 da Faculdade de Medicina (2011)
245.198,00
---
Reabilitação das Instalações Sanitárias do Piso 0 e reabilitação parcial da cave da FMUC (2013)
---
Departamento de Matemática
Estabilização de forras de cantaria do Átrio do Departamento de Matemática (2012)
32.346,13
---
Reabilitação de espaços para o Espaço da Lusofonia; reabilitação de Parque de estacionamento (2013)
---
Edifício sede da AAC Reabilitação das fachadas do Corpo das Secções da AAC (2012) 84.405,55 2A
Jardins da AAC Construção de Bar Provisório no Jardim (2010) 80.000,00 ---
Teatro Académico Gil Vicente
Conservação e adaptação de espaço no Bar (2012-2013) 50.000,00 ---
03 Edifícios dos Colégios: adaptação, reabilitação, conservação e restauro
Colégio de São Jerónimo
Reabilitação de 3 Gabinetes e aquisição de equipamentos de climatização (2012-2013) 7.995,00 ---
Colégio da Trindade Reabilitação do Colégio da Trindade para instalação do Tribunal Universitário Judicial Europeu (2013-2014)
3.710.000,00 ---
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 8
Ação (a) Descrição da intervenção
Âm
bit
o (
b)
Esta
do
(c)
Valor (€) Ficha
Colégio de Jesus Reabilitação das Fachadas do Colégio de Jesus (2010-2011) 621.810,17 ---
05 Caldeiras Requalificação e e construção de novo edifício para o curso de Estudos Artísticos (2010-2011)
1.665.013,86 ---
07 Palácio de Sub-Ripas
Reparação de rebocos interiores e exteriores da Sala Baixo Mondego (2012) 4.902,78 ---
Requalificação do Espaço Público
28 Rua Larga Reabilitação da Rua Larga e Largo da Porta Férrea (2010) 166.877,16 ---
31 Jardim Botânico: reabilitação, Conservação e Restauro
Estufas frias Intervenção de recuperação (2012) 15.682,50 ---
Banco de sementes
Melhoria de funcionalidades (2012) 24.456,57 ---
Grupos escultóricos
Reabilitação e Restauro do Pórtico D. Maria do Jardim Botânico (2012) 17.946,33 2A
33 Colégio da Graça Execução de Desmontes, demolições, fundações, estruturas e drenagens do Colégio da Graça (2011-2012)
569.324,00 ---
(a) Ações previstas nos Planos de Ação (Grupo Intervenção Física) no período entre 2010 e 2012 (ver
Dossiê de Candidatura, Vol. 2, páginas 146 a 157);
(b) Grau da intervenção: pontual; parcial; integral;
(c) Estado relativamente ao prazo de execução: antecipado; no tempo previsto; em
atraso.
2.4 Intervenções promovidas pela Câmara Municipal de Coimbra
No quadro 3 é apresentada uma lista das intervenções realizadas no período entre 2010 e 2012,
promovidas pela Câmara Municipal de Coimbra. Algumas intervenções previstas no Plano de
Gestão não foram, ainda, iniciadas, ficando tal refletido nos Indicadores de monitorização
registados adiante (capítulo 7).
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 9
Quadro 3 – Intervenções promovidas pela Câmara Municipal de Coimbra
Ação (a) Descrição da intervenção
Âm
bit
o (
b)
Esta
do
(c)
Valor (€) Ficha
08 Torre de Anto Reabilitação da Torre de Anto para Instalação da Casa Museu da Guitarra do Fado de Coimbra (2012-2013)
374.180,00 ---
09 Antigo Colégio das Artes
Reconversão da Ala Central Colégio das Artes – Pátio da Inquisição (2012-2013) 921.153,47 ---
11 Torre de Almedina, 2ª fase
Recuperação de fachadas (2011-2012) 100.549,96 2B
17 Requalificação de arruamentos e espaços Públicos
Couraça dos Apóstolos, Rua Corpo de Deus, Rua da Alegria e passeios da Av. Sá da Bandeira e Escadas Monumentais (2008-2015)
511.104,39 2B
20 Intervenções noutros edifícios municipais
Casa de Chá do Jardim da Sereia (2012/2015) 127.200,00 2C
22 Apoio à reabilitação de edifícios privados (PRAUD/Obras)
Apoio à reabilitação de 17 imóveis privados, na Alta da Cidade (2011/2015)
957.541,60 2B
(a) Ações previstas nos Planos de Ação (Grupo Intervenção Física) no período entre 2010 e 2012 (ver
Dossiê de Candidatura, Vol. 2, páginas 146 a 157);
(b) Grau da intervenção: pontual; parcial; integral;
(c) Estado relativamente ao prazo de execução: antecipado; no tempo previsto; em
atraso.
2.5 Outras intervenções
No quadro 4 é apresentada uma lista das intervenções mais relevantes realizadas até ao ano de
2012, promovidas pela Direção Regional da Cultura do Centro.
Estas intervenções foram realizadas em edifícios classificados como Monumento Nacional e,
enquanto tal, enquadradas pela avaliação do impacto patrimonial prevista pela legislação
portuguesa.
Quadro 4 – Intervenções promovidas pela Direção Regional da Cultura do Centro
Ação Descrição da intervenção
Âm
bit
o (
a)
Valor (€) Ficha
Mosteiro de Santa Cruz Intervenções diversas de restauro e reabilitação; melhoria do sistema de iluminação (2011-2012)
798.000,00 2D
Sé Velha Intervenções de restauro e conservação, reabilitação e musealização (2010-2013) 1.429.740,00 2D
(a) Grau da intervenção: pontual; parcial; integral.
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 10
O quadro 5 sintetiza outras intervenções relevantes, realizadas até ao final de 2012, que
contribuíram para melhorar a imagem visual do bem. Destacam-se as intervenções apoiadas pela
Câmara Municipal como é o caso das levadas a efeito no âmbito do Programa Coimbra com Mais
Encanto, a reabilitação de imóveis promovidas por privados e as obras coercivas/impostas a
privados pela administração.
Quadro 5 – Outras intervenções
Ação Descrição da intervenção
Âm
bit
o (
a)
Valor (€) Ficha
Programa Coimbra com Mais Encanto
Intervenções diversas de pintura de fachadas e reabilitação de coberturas em edifícios correntes (2011-2012)
766.280,99 ---
Obras coercivas/impostas pela administração
Obras determinadas a privados para garantir condições de habitabilidade do edificado
292.413,47 ---
Reabilitação promovida por privados
Intervenções de reabilitação em edificado corrente da ZEP/Zona Tampão (2010-2013) 1.153.493,06 ---
(a) Grau da intervenção: pontual; parcial; integral.
2.6 Comentário final
Em 2012 foram realizadas intervenções relevantes no domínio da preservação e da valorização do
Bem previstas no Plano de Gestão. Um número significativo das intervenções realizadas são
apenas intervenções parciais, uma vez que a maioria dos edifícios se encontra em serviço e é
necessário programar as intervenções de forma compatível com essa utilização.
Não podem ser ignoradas também as limitações financeiras atuais, embora, em 2012 (e
previsivelmente em 2013) os montantes investidos (e a investir) sejam significativos.
Apesar de não serem os valores desejáveis, considera-se estar ainda longe de uma redução de
fundos que possa constituir qualquer tipo de ameaça à preservação do Bem ou aos atributos em
que se fundamenta o Valor Universal Excecional. Para além dos significativos volumes de
investimento atingidos, há ainda a referir os impactes positivos relevantes das intervenções na
valorização e na salvaguarda do BEM, não havendo qualquer registo de impactes negativos
provocados.
Todas as intervenções descritas tiveram aprovação formal das entidades competentes
responsáveis pela proteção nacional do património e foram acompanhadas pelos gabinetes
técnicos das entidades promotoras. A partir de agora espera-se que este acompanhamento seja
reforçado pela intervenção da RUAS nos investimentos de maior importância.
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 11
3 Projetos realizados e em curso
3.1 Projetos promovidos pela Universidade de Coimbra
No quadro 6 é apresentada uma lista dos estudos e projetos elaborados ou em elaboração,
genericamente, no período entre 2010 e 2012, promovidos pela Universidade de Coimbra.
Quadro 6 – Projetos promovidos pela Universidade de Coimbra
Ação (a) Estudos / Projetos
Âm
bit
o (
b)
Esta
do
(c)
01 Paço das Escolas: reabilitação, conservação e restauro de edifícios
Biblioteca Joanina Projeto de Reabilitação da porta da Biblioteca Joanina (2011)
Capela de São Miguel
Levantamento e caracterização de pinturas no arco portante da Capela Mor (2012)
Projeto de Estabilização e Reabilitação de sanca da Capela de S. Miguel (2012)
Gerais
Projeto de Reabilitação de caixilharia da Sala 3 (2012)
Projeto de Reabilitação de Átrio da Capela para instalação de Loja da UC (2012)
Ala norte
Projeto de Remodelaçao e beneficiação de Instalações Sanitárias e corredores da Faculdade de Direito (2010)
Projeto de Remodelação da Sala dos Capelos (2010-2011)
Projeto de melhoria de eficiência de iluminação cénica do Paço das Escolas – LedMonumental (2011)
Porta Férrea e Colégio de São Pedro
Projeto de Requalificação do Pórtico da Porta Férrea (2012-2013)
Escadas de Minerva e Pátio Projeto de Recuperação e requalificação do Pátio da Universidade, das Escadas de Minerva e acessibilidades no paço das Escolas (2010)
02 Edifícios do Estado Novo: reabilitação, conservação e restauro
Teatro Paulo Quintela Projeto de requalificação do Teatro Paulo Quintela (2010)
Departamentos de Física e Química
Projetos de Requalificação para instalação de Plataformas Científicas (2011-2012)
Edifício sede da AAC Projeto de Reabilitação das fachadas do corpo das Secções da AAC (2010)
04 Colégio de Jesus Projeto de requalificação do Colégio de Jesus para instalação do Museu da Ciência (2010-2012)
25 CIDUC: construção Projetos de Arquitetura e Especialidades (2010-2012)
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 12
Ação (a) Estudos / Projetos
Âm
bit
o (
b)
Esta
do
(c)
31 Jardim Botânico
Edifícios de apoio - Quiosque de Receção/Bar
Projeto de Ampliação do Quiosque do Jardim Botânico (2012)
Estufas Tropicais e Espaço de Ciência In Situ
Projeto de Requalificação (2011-2012)
Grupos escultóricos Projeto de Reabilitação e Restauro do Pórtico D. Maria do Jardim Botânico (2012)
(a) Ações previstas nos Planos de Ação (Grupo Intervenção Física) no período entre 2010 e 2012;
(b) Grau da intervenção: pontual; parcial; integral;
(c) Estado relativamente ao prazo de execução: antecipado; no tempo previsto; em
atraso.
3.2 Projetos promovidos pela Câmara Municipal de Coimbra
No quadro 7 é apresentada uma lista dos estudos e projetos elaborados ou em elaboração,
genericamente, no período entre 2010 e 2012, promovidos pela Câmara Municipal de Coimbra.
Quadro 7 – Projetos promovidos pela Câmara Municipal de Coimbra
Ação (a) Estudos / Projetos
Âm
bit
o (
b)
Esta
do
(c)
10 Imóvel sito no Largo da Sé Velha, nº 30 e Beco da Carqueja nº 3
Reabilitação para instalação do Berçário, Infantário e Creche (2010)
11 Torre de Almedina, 2ª fase Projeto de Recuperação de fachadas (2010-2011)
13 Troço liberto da Muralha na Couraça de Lisboa
Reabilitação e iluminação cénica – Projeto de execução em fase de finalização (2012)
15 Arranjo Urbano e Paisagístico do Terreiro da Erva
Estudo Prévio para arranjo urbano e paisagístico, incluindo remodelação de infraestruturas (2012-2103)
16 Arranjo Urbano da Rua da Sofia
Estudo Prévio para arranjo urbano e paisagístico, incluindo remodelação de infraestruturas (2011-2014)
18 Projetos de reabilitação de edifícios municipais
Remodelação e Ampliação da Escola do 1º CEB de Santa Cruz
19 Edifícios municipais sitos no Pátio da Inquisição e na Rua Olímpio Nicolau Fernandes
Reabilitação – Projeto de execução em fase de finalização (2012)
22 Apoio à Reabilitação de edifícios propriedade privada PRAUD/Obras
Projetos de reabilitação de edifícios correntes na Zona Intramuros da Cidade (2011-2015)
(a) Ações previstas nos Planos de Ação (Grupo Intervenção Física) no período entre 2010 e 2012;
(b) Grau da intervenção: pontual; parcial; integral;
(c) Estado relativamente ao prazo de execução: antecipado; no tempo previsto; em atraso.
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 13
3.3 Outros projetos
No quadro 8 é apresentada uma lista dos estudos e projetos elaborados ou em elaboração no
período entre 2010 e 2012, promovidos pela Direção Regional da Cultura do Centro.
Quadro 8 – Projetos promovidos pela Direção Regional da Cultura do Centro
Ação Estudos / Projetos
Âm
bit
o (
b)
Esta
do
(c)
Sé Nova Claustro - Criação de espaços de musealização
Sé Velha
Claustro - Projeto de conservação e restauro e iluminação com vista à musealização (1ª fase)
Claustro - Projeto de conservação e restauro e iluminação com vista à musealização (2ª fase) (2012)
Mosteiro de Santa Cruz Coberturas e interior da igreja – Projeto de execução para reparações consideradas urgentes
Igreja do Colégio do Carmo Projeto para estabilização da fachada (2012)
Após instalação da Associação RUAS tem-se verificado um interesse acima da média por parte de
investidores privados na reabilitação de edificado na ZEP/Área tampão, que só será visível no
relatório de 2013. De referir, no entanto, que se encontram a decorrer processos de
licenciamento na Associação para a reabilitação de 25 imóveis.
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 14
4 Plano genérico para 2013
Está previsto para 2013 um conjunto de intervenções – ainda que algumas não estejam
discretizadas nos Planos de Ação – e estima-se um investimento global de 6.400.000 Euros,
provenientes dos fundos próprios das várias instituições e do Quadro de Referência Estratégico
Nacional (QREN).
O desenvolvimento das ações previstas será objeto de avaliação em relatórios trimestrais.
De entre estas podem destacar-se as seguintes:
• Reconversão da Ala Central Colégio das Artes – Pátio da Inquisição;
• Reabilitação de imóvel sito no Largo da Sé Velha, nº 30 e Beco da Carqueja nº 3
para instalação de Berçário, Infantário e Creche;
• Sé Velha – Claustro – Intervenção de conservação e restauro e iluminação com
vista a musealização (2ª fase);
• Igreja do Colégio do Carmo – Intervenção de estabilização da fachada.
Refiram-se ainda, enquanto prioridades da Câmara Municipal de Coimbra, a reabilitação do
Centro Histórico de Coimbra, através do desenvolvimento das três Áreas de Reabilitação Urbana
em vias de delimitação (Coimbra/Alta, Coimbra/Baixa e Coimbra/Rio) e do apoio à dinâmica da
candidatura da Universidade a Património Mundial.
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 15
5 Ações e eventos no domínio da gestão
5.1 Implementação da estrutura gestora
A gestão da área candidata é competência da Associação RUAS, criada para esse efeito e que
reúne todas as entidades com jurisdição legal sobre o território: Universidade de Coimbra,
Câmara Municipal de Coimbra, Direção Geral de Cultura do Centro e Sociedade de Reabilitação
Urbana Coimbra-Viva.
Os órgãos desta Associação são a Assembleia Geral – que integra a componente de Forum
Consultivo – o Conselho Fiscal, o Gabinete Executivo e três gabinetes com competências técnicas
específicas. São eles o Gabinete Técnico de Estruturação Urbana (GTEU), o Gabinete Técnico de
Acompanhamento do Plano (GTAP) e o Gabinete Técnico de Informação, Valorização e
Salvaguarda (GTIVS).
Figura 1 – Estrutura da Associação Ruas
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 16
Registam-se as seguintes etapas etapas formais de implementação da RUAS:
• Escritura de constituição da Associação – 29 de dezembro de 2011
• 1ª Assembleia Geral – 29 de dezembro de 2011
• Início de funcionamento do GTEU – outubro 2012
As finalidades prosseguidas pela RUAS são as seguintes:
• salvaguardar, promover e gerir as áreas candidatas e de proteção, definidas pela
candidatura da Universidade de Coimbra a integrar a Lista de Bens de Património da
Humanidade da UNESCO;
• salvaguardar, promover e gerir o território afeto ao Bem designado por Universidade de
Coimbra – Alta e Sofia, nos termos da classificação de Património Mundial que venha a
ser atribuída pela UNESCO;
• promover, apoiar e dinamizar iniciativas no âmbito da atividade científica, cultural e
social, tendo em vista a preservação e a beneficiação do património afeto;
• disponibilizar aos associados e demais interessados informação atualizada sobre linhas
de financiamento para projetos;
• representar o Bem classificado nas instituições nacionais e internacionais.
5.2 Evolução regulamentar e complementar
Na perspetiva da consolidação das medidas legais e regulamentares que suportam e reforçam a
proteção do Bem e a sua Gestão, durante o ano de 2012, foram realizadas as seguintes ações:
• 09 de janeiro de 2012 – Aprovação do «Regulamento Municipal de Edificação,
Recuperação e Reconversão Urbanística da Área afeta à Candidatura da Universidade de
Coimbra a Património Mundial da UNESCO, incluindo a Zona de Proteção» pela Câmara
Municipal;
• 17 de janeiro de 2012 – Aprovação do «Regulamento Municipal de Edificação,
Recuperação e Reconversão Urbanística da Área afeta à Candidatura da Universidade de
Coimbra a Património Mundial da UNESCO, incluindo a Zona de Proteção» pela
Assembleia Municipal;
• 10 de fevereiro de 2012 – Publicação em Diário da República do «Regulamento Municipal
de Edificação, Recuperação e Reconversão Urbanística da Área afeta à Candidatura da
Universidade de Coimbra a Património Mundial da UNESCO, incluindo a Zona de
Proteção»;
• 12 de março de 2012 – Entrada em vigor do «Regulamento Municipal de Edificação,
Recuperação e Reconversão Urbanística da Área afeta à Candidatura da Universidade de
Coimbra a Património Mundial da UNESCO, incluindo a Zona de Proteção»;
• 8 de agosto de 2011 – contratação da ParqueExpo 98, S.A. para prestação de serviços de
consultadoria técnica para a constituição da Estratégia de Reabilitação no âmbito da
operação de reabilitação urbana simples e delimitação da Área de Reabilitação Urbana
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 17
(ARU) do Centro Histórico intramuros da Cidade de Coimbra, a que se denominou ARU –
Coimbra Alta;
• 5 de novembro de 2012 – apreciação pela Câmara Municipal da Área de Reabilitação
Urbana delimitada em instrumento próprio, para execução de uma operação de
reabilitação urbana simples e respetiva Estratégia de Reabilitação Urbana, denominada
Coimbra Alta. Esta ARU veio a ser aprovada pela Assembleia Municipal em 27 de
dezembro de 2012 e publicado Aviso nº 4075/2013, em 20 de março, na II Série do Diário
da República.
• Durante o ano de 2012 – os estudos das Áreas de Reabilitação Urbana «Coimbra/Baixa» e
«Coimbra/Rio» foram alvo de uma aprovação formal pela Câmara e pela Assembleia
Municipal e iniciou-se o período de discussão pública dos correspondentes Programas
Estratégicos de Reabilitação Urbana;
• 3 de dezembro de 2012 – sessão pública de discussão das propostas para as Áreas de
Reabilitação Urbana «Coimbra/Baixa» e «Coimbra/Rio». Nesse âmbito, procedeu-se à
consulta a todas as entidades referidas nos estudos como entidades a envolver;
• 10 de dezembro de 2012 – Aprovação da Revisão do «Plano Diretor Municipal de
Coimbra» (PDM) pela Câmara Municipal de Coimbra e envio à Comissão de
Acompanhamento e CCDR;
Figura 2 – Modelo territorial para a área central da cidade (fonte CMC/Parque EXPO)
Sobre as três Áreas de Reabilitação Urbana (ARU), apresenta-se a seguinte síntese:
a. Elas assentam numa estratégia para o Centro Histórico de Coimbra que inspira e recebe
impulso da candidatura, a partir de um modelo territorial para a Cidade que se corporiza
numa visão de (re)centrar a Cidade no Centro Histórico:
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 18
b. Apresentam as seguintes caraterísticas essenciais:
Quadro 9 – Caraterização das ARU’s
Coimbra Alta Coimbra Baixa Coimbra Rio
Operação de reabilitação urbana Simples Sistemática Sistemática
Área aproximada (hectares) 12 30 21
Nº de edifícios abrangidos 431 ≈ 900 ≈ 100
% de edifícios em mau estado/ruína 17 30 34
Calendário para concretização 2012-2020 2112-2027 2012-2027
Investimento total previsto (€) 50.257.490 124.206.000 69.007.250
Investimento municipal previsto (€) 14.339.980 13.987.500 22.278.250
Encargo municipal anual médio (€/ano) 1.593.331 932.500 1.485.220
Figura 3 – Intervenções em espaços públicos previstas nas Áreas de Reabilitação Urbana
(fonte CMC/Parque EXPO)
c. Estas ARUs permitirão a implementação, de forma gradual e integrada,
do conjunto de medidas estabelecidas no «Regulamento Municipal de Edificação,
Recuperação e Reconversão Urbanística da Área afeta à Candidatura da Universidade de
Coimbra a Património Mundial da UNESCO, incluindo a Zona de Proteção» enquadrando
também intervenções em espaços públicos na área candidata, que se encontram em
preparação.
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 19
A Estratégia e/ou os Programas Estratégicos das operações de reabilitação urbana
correspondentes às três ARUs preconizam diversas ações concretas, a desenvolver ao longo dos
quinze anos previstos. Algumas destas têm o seu início programado para o primeiro triénio,
designadamente:
• Implementação, de forma gradual e articulada, do conjunto de medidas estabelecidas no
«Regulamento Municipal de Edificação, Recuperação e Reconversão Urbanística da área
afeta à candidatura, incluindo a zona de proteção»;
• Reabilitação do parque edificado da Alta e da Baixa, público e privado, com apoios
municipais;
• Âncoras Funcionais da Alta e da Baixa: nesta ação estão incluídos conjuntos edificados ou
edifícios isolados, cujas dimensões e localização revelam potencial para acomodar novos
usos, ou o reforço dos existentes, que permitem introduzir funções urbanas relevantes
para a afirmação desta área da cidade;
• Rua Central de Coimbra – troço nascente (custo previsto: € 1.787.000): abertura de uma
nova via integrada no eixo central da cidade que permitirá, entre outros objetivos, o
desanuviamento do tráfego atualmente existente na Rua da Sofia, possibilitando soluções
de utilização e qualidade urbanística de acordo com a sua importância e posicionamento
na cidade;
• Espaço público do Terreiro da Erva (custo previsto: € 1.035.000): requalificação do espaço
como praça central da zona norte da Baixa;
• Estabelecimentos comerciais da Rua da Sofia: modernização do tecido comercial da Rua
da Sofia através da intervenção nas empresas e estabelecimentos comerciais;
• Roteiro da Sofia: dada a relevância histórica, cultural e simbólica do polo 0 da
Universidade de Coimbra, tanto a nível local, quanto nacional e internacional, este roteiro
ganha um significado estruturante para o Centro Histórico. Este roteiro permitirá a
diversificação da visita turística da cidade, tradicionalmente concentrada na Alta, Igreja de
Sta Cruz e Santa Clara e o consequente recentramento da dinâmica das deslocações
turísticas no Centro Histórico;
• Instalação de equipamentos e serviços de proximidade, novas âncoras funcionais em
edifícios notáveis, valorização do percurso Universidade/Arco de Almedina, sistema de
vistas e rede de miradouros, Wi-Fi para todos, dentre outras ações na Alta.
5.3 Atividades desenvolvidas
No âmbito das atividades desenvolvidas pela Associação RUAS em 2012, destacam-se, ainda, as
diversas interações com o ICOMOS, no âmbito da avaliação da candidatura “Universidade de
Coimbra – Alta e Sofia”:
• Preparação e acompanhamento da visita de avaliação da Candidatura pelo técnico do
ICOMOS (agosto / setembro 2012);
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 20
• Preparação de Informação Adicional solicitada pelo ICOMOS para avaliação da
Candidatura (setembro / outubro 2012);
• Preparação de 2ª Informação Adicional solicitada pelo ICOMOS para avaliação da
Candidatura (dezembro 2012 a fevereiro 2013).
5.4 Comentário Final
Todo o sistema de gestão do BEM – entendido em sentido lato – está em franca evolução e tem já
em funcionamento todas as áreas essenciais para a prossecução dos seus objetivos principais.
O ano de 2012 foi determinante neste processo de instalação e de afirmação.
Foi também da maior importância o diálogo com o ICOMOS, da qual resultaram evoluções na
gestão e na proteção do BEM, que se traduziram em medidas concretas e na sua validação em
termos legais.
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 21
6 Ações e eventos de divulgação e informação
No âmbito da campanha de divulgação pública da candidatura " Universidade de Coimbra – Alta e
Sofia" a Património Mundial, a RUAS levou a cabo diversas iniciativas ao longo de 2012, a saber:
• Cerimónia pública de assinatura por parte do Estado Português (pelo Secretário de Estado da Cultura) na Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, a 20 de janeiro (ver anexo 3.A);
• Apresentação geral da Candidatura na Assembleia Municipal de Coimbra no âmbito da aprovação do regulamento da zona candidata (ver anexo 3.E – a);
• Apresentação da Candidatura na Bolsa de Turismo de Lisboa, no stand da Turismo de Coimbra, com presença da Secretária de Estado do Turismo (ver anexo 3.B);
• Campanha de colocação de cartazes em formato MUPI nos aeroportos portugueses e em
aeroportos brasileiros, numa parceria com a Turismo de Coimbra (ver anexo 3.E – b);
• Publicação de suplemento editorial de 8 páginas dedicado à Candidatura por ocasião da
edição de aniversário do Diário de Coimbra (24 de maio) (ver anexo 3.E – c);
• Lançamento do concurso de logótipo da Candidatura, ao qual foram apresentadas 283
propostas, tendo o vencedor sido apresentado publicamente em setembro (ver anexo 3.E
– d);
• Criação do novo site da Candidatura dentro do portal da Universidade de Coimbra com
publicação integral do dossiê de candidatura <http://www.uc.pt/unesco>;
• Participação no ciclo de tertúlias organizado em conjunto com o Lions Club de Coimbra
sobre a relação da candidatura com a Baixa da cidade (ciclo com várias sessões desde
junho 2012 a abril de 2013, em vários pontos da baixa com participação de
representantes da candidatura e elementos de vários eixos da comunidade –
empresários, políticos, autarcas, membros de ONG, etc.) (ver anexo 3.C);
• Produção de diversos vídeos promocionais da Candidatura para múltiplos suportes pela
UCV (televisão web da Universidade de Coimbra)
<http://ucv.uc.pt/ucv/podcasts/spots/uc-alta-e-sofia-candidatas-a-patrimonio-mundial-
da>
<http://ucv.uc.pt/ucv/podcasts/reportagem/descubra-a-candidatura-da-uc-a-unesco>;
• Organização e promoção de um curso de vitrinismo e visual merchandising destinado a
comerciantes da baixa de Coimbra em colaboração com a Agência para a Promoção da
Baixa de Coimbra entre julho e setembro (ver anexo 3.D);
• Edição número 37 da revista Rua Larga, da Universidade de Coimbra, dedicada à
Candidatura;
• Coorganização, com a Turismo de Coimbra e o Coro dos Antigos Orfeonistas da
Universidade de Coimbra, do concerto "Tanto mar, tanta música", no Pátio das Escolas,
com Carlos do Carmo e Ivan Lins (ver anexo 3.E – e);
• Promoção de concurso de montras alusivo à candidatura da Universidade de Coimbra,
Alta e Sofia a Património Mundial da UNESCO, destinado a comerciantes da Baixa de
Coimbra, coorganizado com a Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, em
setembro (ver anexo 3.E – f);
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 22
• Colocação de pendões exteriores nos edifícios identificados na área candidata e roll-ups
informativos no seu interior, onde constam os dados técnicos do edifício, uma breve
resenha da sua história e uma síntese do programa previsto no plano diretor do Bem (ver
anexo 3.E – g);
• Inauguração da exposição sobre a Candidatura no Colégio de S. Bento com publicação no
mesmo dia (19 de setembro) de um suplemento de divulgação da Candidatura nos jornais
regionais
<http://ucv.uc.pt/ucv/podcasts/universo-uc/uma-exposicao-para-conhecer-a-
candidatura-da-uc-a->;
• Iniciativa "Montra de mostrar sonhos": ateliês com 200 crianças do ensino básico sobre
património e cidade, com posterior produção de telas para montras de lojas devolutas na
baixa da cidade – ação de sensibilização para a promoção e atenção ao património –
parceria com escolas, associações de tempos livres, Agência para a Promoção da Baixa de
Coimbra, Museu Municipal do Chiado e Câmara Municipal de Coimbra
<http://ucv.uc.pt/ucv/podcasts/spots/montra-de-mostrar-sonhos>
<http://ucv.uc.pt/ucv/podcasts/universo-uc/documentario-montra-de-mostrar-sonhos>;
• Produção de flyers e brochuras de promoção da Candidatura;
• Colaboração na coloção de artigos em órgãos de comunicação social locais, nacionais e
internacionais (ex: revista UP, revista Viajar, revista Europa Nostra, etc.) (ver anexo 3.E –
h, i, j);
• Organização de atividades de serviço educativo sobre a Candidatura com escolas do
distrito, sendo que, por parte da Câmara Municipal, entre 2010 e 2012, foram
desenvolvidas 42 ações com a participação de 1.427 alunos.
No mesmo período, a RUAS e as entidades que a constituem participaram nos seguintes eventos:
• 5ª Tertúlia do Gabinete para o Centro Histórico, sobre o tema: “Património Mundial: uma
mais-valia para a Cidade?”, em 18 de abril de 2012;
• Sessão promovida pela ADDAC − Associação para o Desenvolvimento a Defesa da Alta de
Coimbra, subordinada ao tema: “Estratégia de Reabilitação Urbana da Alta de Coimbra”,
decorrida na Casa da Escrita, em 17 de julho de 2012;
• Intervenção no debate “Homem, Cidade e Ciência: Políticas Urbanas”, no âmbito do
Encontro “Património & Reabilitação Urbana” (1ª edição), sob o tema “Reabilitação
Urbana: os centros históricos” (Museu da Ciência da Universidade de Coimbra/Direção
Regional da Cultura do Centro/Museu de Santa Clara-a-Velha/Centro de Estudos Sociais),
decorrido em Coimbra, em 18 de outubro de 2012;
• Comunicação “Sobre a Reabilitação da Alta de Coimbra”, apresentada ao Congresso
Construção 2012 (ITeCons), Coimbra, 18 de dezembro de 2012.
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Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 23
7 Indicadores de gestão e monitorização do Bem
No dossiê de Candidatura (volume 1, página 245) foram estabelecidos 4 indicadores-chave para
monitorização do BEM, que se apresentam no Quadro 10. É intenção da Associação RUAS, através
do GTAP, e de acordo com a experiência de cada ano e a reflexão sobre os resultados, promover a
evolução destes indicadores e da sua forma de avaliação, tendo sempre como referência os
objetivos de salvaguarda e valorização do BEM e as diretivas do ICOMOS.
Quadro 10 – Registo dos Indicadores
INDICADORES EVOLUÇÃO
até 2011 até 2012
I-01 Percentagem de execução das intervenções físicas e de refuncionalização previstas e calendarizadas no Plano de Gestão
em função da evolução física da intervenção 59% (a) 47% (a)
em função do valor investido --- 93% (b)
2011 2012
I-02 Percentagem de edifícios que, em cada ano, ainda não sofreram ações mínimas de conservação e restauro essenciais ao desempenho mínimo esperado
46% (c) 42% (c)
I-03 Evolução do número de visitantes dos espaços e edifícios dedicados, de forma exclusiva ou intensa, à fruição turística
--- + 5,62% (d)
I-04 Evolução do número de edifícios em estado de conservação mau, médio ou fraco nas áreas de proteção
(e) (e)
(a) Foi calculada a percentagem efetivamente concretizada da execução prevista nos dois
momentos e para as intervenções realizadas ou em curso (com contabilização de número
de intervenções ponderadas pelo seu grau de execução, mas sem considerar as suas
diferenças de custo);
(b) Cálculo provisório e aproximado para a evolução do valor investido em obras até final do
ano de 2012; determina a percentagem de execução da intervenção em função do valor
previsto e da despesa realizada;
(c) No universo dos 31 edifícios considerados de maior relevância;
(d) Corresponde à evolução do número de bilhetes vendidos; o sistema de contabilização de
entradas está ainda em evolução, não sendo ainda possível controlar o número de
entradas gratuitas;
(e) Face ao curto período em que se processou esta avaliação, a evolução do estado de
conservação dos edifícios não é significativa, sendo no entanto de realçar as situações de
melhoria que correspondem às intervenções descritas no capítulo 2.
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 24
8 Impacte da evolução do Bem sobre os seus atributos
O quadro abaixo tem como fim proporcionar uma ferramenta de acompanhamento do Valor
Universal Excecional, expresso pelos atributos que o sustentam.
Quadro 11 – Impacte da evolução do Bem sobre os seus atributos
ATRIBUTOS Evo
luçã
o
01 Uma das mais antigas Universidades da Europa (a)
02 A única Universidade do universo português até 1911 (a)
03 O primeiro Pólo universitário através de uma operação de expansão urbanística
04 Modelo de novas tipologias arquitetónicas
05 A Universidade que ocupa um palácio real
06 A excecionalidade da Biblioteca Joanina (b)
07 Exemplo das reformas universitárias nos campos ideológicos, pedagógicos e materiais
08 Universidade de tradições académicas seculares
09 Universidade da expansão cultural e científica
10 Universidade da divulgação cultural e científica através da Imprensa
11 Detentora de um importante acervo nas áreas das ciências e de património biológico (b)
12 Universidade da consolidação, difusão e expansão da língua
13 A participação da Universidade na formação do estado Português (a)
14 Universidade da formação de elites para um espaço pluricontinental
15 Modelo de exposição do património científico (c)
16 Modelo de integração do património arqueológico e arquitetónico
17 Modelo de recuperação do património arquitetónico
(a) Atributo imutável;
(b) Foram realizadas intervenções e/ou estão em preparação projetos que contribuirão para a melhoria
do estado de conservação do Bem;
(c) Não execução / adiamento sem prazo determinado de uma ação prevista.
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Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 25
A avaliação qualitativa da evolução desses atributos deverá permitir identificar ameaças,
potencialidades e oportunidades de valorização, tornando-se imprescindível como orientação das
tarefas de gestão.
Da análise detalhada do Quadro 11, verifica-se que alguns dos atributos (3 em 17) são imutáveis
porque correspondem a acontecimentos históricos, cujas evidências não são suscetíveis de
alteração.
Dos restantes, espera-se que as condições físicas e a atividade da Universidade e demais
instituições não alterem o seu contributo para o valor Universal Excecional do Bem. Estão nesta
condição 11 dos 14 restantes.
Merecem a nossa especial atenção os atributos 6, 11 e 15.
No caso dos atributos 6 e 11, verifica-se que as intervenções e os projetos de valorização da
Biblioteca Joanina e do Jardim Botânico contribuem, de forma relevante, para a evidência e
salvaguarda do Valor Universal Excecional.
No caso do atributo 15, relativo ao “Modelo de exposição do património científico” ainda que não
haja qualquer ameaça ou degradação das evidências deste atributo e apesar da continuidade do
excelente trabalho do Museu da Ciência (situado no antigo Laboratório Químico), não pode deixar
de se assinalar como uma potencial perda de relevância o facto de, face à conjuntura económica,
não ter podido manter-se num plano de curto prazo a execução da 2ª fase do Museu da Ciência,
que ocupará o Colégio de Jesus.
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Plano de Gestão – Relatório Anual 2012 26
9 Considerações finais
Este documento constitui o primeiro relatório anual de acompanhamento do plano de gestão e
monitorização do Bem “Universidade de Coimbra – Alta e Sofia” e é relativo ao ano 2012.
Sendo o primeiro relatório elaborado neste âmbito, tem um significado especial porque marca o
início de um novo processo, de novos hábitos e de novas atitudes perante o Bem.
Sendo o primeiro relatório, é também a oportunidade de testar o método de abordagem e a
apresentação dos dados relativos às intervenções sobre os edifícios e às restantes atividades
desenvolvidas.
Adotaram-se, neste relatório, os indicadores base já previstos no dossiê de candidatura, não
obstante o trabalho que está a ser desenvolvido para a sua melhoria tendo em conta a realidade
local e as mais recentes recomendações internacionais neste domínio.
A análise levada a cabo permite concluir que, no ano de 2012, o Bem não foi alvo de ameaças à
sua integridade e que foi grande o esforço da sua valorização. Apesar das atuais condicionantes
financeiras, o Bem não foi afetado por essas alterações conjunturais.
Sugere-se que o presente relatório constitua também um documento de suporte ao debate e à
reflexão de toda a comunidade e, em particular, do Fórum Consultivo da Associação RUAS
(Assembleia Geral).
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