universidade federal de mato grosso faculdade de … · industrial de cuiabá – mt, com duração...
Post on 02-Dec-2018
212 Views
Preview:
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA CURSO DE ZOOTECNIA
MARCELA SILVA RODRIGUES
ACOMPANHAMENTO NO CONTROLE DA FABRICAÇÃO DE RAÇÃO ANIMAL EM UMA UNIDADE FABRIL
CUIABÁ 2015
i
MARCELA SILVA RODRIGUES
ACOMPANHAMENTO NO CONTROLE DA FABRICAÇÃO DE RAÇÃO ANIMAL EM UMA UNIDADE FABRIL
Trabalho de Conclusão do Curso de Gradação em Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Zootecnia. Orientador: Profª. Drª. Alexandra Potença Orientador do Estágio Supervisionado: Felipe Oliveira Morgado – Gerente
Industrial
CUIABA 2015
Àqueles que são razão e inspiração do meu viver pai, mãe e irmãs
Joelma e Mariana.
Dedico.
AGRADECIMENTOS
A todos aqueles que de alguma forma ajudaram a concretizar este
trabalho.
À universidade Federal de Mato Grosso por ofertar tal imensurável
oportunidade de poder graduar e concluir meu sonho.
Ao meu pai, por incansavelmente me ajudar de toda e qualquer forma,
sempre com muita disposição, carinho, e paciência, durante minha graduação
e toda minha vida. À minha irmã, por sua compreensão, principalmente, às
minhas horas de estudo.
Às minhas amigas, Clarissa Rocha, Evelyn Drielle, Jéssica Rosa, Larissa
Santi e Nathália Barros, que tornaram esta jornada mais afável.
Aos funcionários que, direta ou indiretamente eu trabalhei e todos
integrantes da Pap – Rações.
À minha orientadora Alexandra Potença pela oportunidade e que, com
muita dedicação, paciência e conhecimento não mediu esforços para auxiliar.
A todos os professores que me auxiliaram nesta empreitada árdua, mas
recompensadora, em especial ao Carlos Cabral, Claudia Andrade, Heder
D’Ávila, Janessa Abreu, Joadil, Nelcino de Paula e Sânia Camargos.
"A fórmula da minha felicidade: um sim, um não, uma linha reta, um objetivo. "
Friedrich Nietzsche
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1. Moega.....................................................................................................................13
Figura 2. Descarregamento de soja na moega........................................................13
Figura 3. Silos de armazenamento..........................................................................14
Figura 4. Tulhas de armazenamento.......................................................................14
Figura 5. Rosca de Chupim.....................................................................................15
Figura 6. Trituradores..............................................................................................15
Figura 7. Balança macro.........................................................................................16
Figura 8. Silos de dosagem de macro ingredientes................................................16
Figura 9. Controle mecânico de dois silos de dosagem de macro ingredientes.....17
Figura 10 Balança de dosagem de micro ingredientes...........................................17
Figura 11. Almoxarifado..........................................................................................18
Figura 12. Ingredientes na balança macro..............................................................18
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Ração Equino farelada – 40kg................................................................20
Tabela 2. Ração Carnívoro Crescimento – 15kg................................................20
Tabela 3. Ração Frango de Corte – 40kg..........................................................20
Tabela 4. Ração Peixe Crescimento 6-8mm..........................................................21
Tabela 5. Ração Ovino Engorda peletizada – 40kg................................................21
Tabela 6. Ração Peixe Alevino farelada – 40kg ................................................21
LISTA DE ABREVIATURAS
o ANVISA : Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
o Conab : Companhia Nacional de Abastecimento.
o EMBRAPA : Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
o FDN: Fibra em Detergente Neutro.
o FDA: Fibra em Detergente Ácido.
o PB: Proteína Bruta.
o BHT: Hidroxitolueno Butilado.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................1 2. OBJETIVO(S) .........................................................................................................2 3. REVISÃO ................................................................................................................3 3.1 Boas Práticas de Fabricação e Controle de Qualidade ..................................4 3.2 Alimentos Energéticos e Proteicos Utilizados nas Rações.............................5 3.2.1 Milho..............................................................................................................5 3.2.2 Sorgo.............................................................................................................6 3.2.3 Farelo de Trigo..............................................................................................7 3.2.4 Farelo de Soja...............................................................................................7 3.2.5 Casca de Soja...............................................................................................8 3.2.6 Farinha de Carne...........................................................................................8 3.2.7 Farinha de Pena de Aves..............................................................................9 3.2.8 Melaço...........................................................................................................9 3.2.9 Óleos e Gorduras.........................................................................................10 4. RELATÓRIO DE ESTÁGIO...................................................................................12 4.1 Linha de Produção.......................................................................................12 5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E DISCUSSÃO................................................19 6. CONCLUSÕES.....................................................................................................23 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................24 REFERÊNCIAS..........................................................................................................25
RESUMO
O estágio foi realizado na unidade fabril PAP – Rações, localizada no Distrito
Industrial de Cuiabá – MT, com duração de vinte e três dias úteis. Objetivou-se
analisar e ter conhecimento acerca de todos os processos que envolvem o
funcionamento de uma fábrica de ração animal, bem como, a importância do papel
do Zootecnista atualmente neste segmento econômico. Foi possível notar a
importância da vivência em uma empresa de fabricação de ração para o profissional
de Zootecnia, analisando os pontos cruciais, como formulação, controle de
qualidade na produção das rações, bem como o contato direto com o produtor, que
no caso faz o papel de consumidor, para a produção da carne – produto final.
Palavras-chaves: BPF; Milho; Nutrição animal.
1
1. INTRODUÇÃO
A representativa colocação que o Brasil ocupa como um dos maiores
produtores e exportadores de produtos cárneos do mundo, faz com que seja exigida
do mesmo uma carga considerável de alimentos para nutrir os animais.
Atualmente o Brasil ocupa o terceiro lugar como maior produtor de ração
animal do mundo, atrás da China e dos EUA, com uma receita anual superior a R$
40 bilhões, segundo dados da Sindirações em 2014. Ainda segundo dados deste
sindicato, o ano de 2014 fechou com melhora, após dois anos consecutivos no
vermelho, com um saldo positivo em 67,3 milhões de toneladas (rações e sal
mineral), um aumento de 4,1% em relação ao ano anterior. Para o ano de 2015, é
esperado estabilidade no quadro com um crescimento em torno de 3%.
Diante deste cenário cada vez mais promissor para a indústria brasileira de
nutrição animal, um olhar atento para investimentos que visem melhor custo x
benefício, atender o mercado consumidor, que busca mais e mais qualidade
atrelada à sustentabilidade, é primordial para o sucesso e sobrevivência do setor
na economia mundial.
No conceito básico de uma fábrica de rações, por mais simples que seja,
deve existir a preocupação com a qualidade do produto final. Dentro deste
pensamento o cuidado com a matéria prima, os insumos e maquinários necessários
para o desenvolvimento do processo deve ter do gestor, uma especial atenção. A
mão de obra enfatizada pelo treinamento do pessoal de toda a linha de produção é
de importância vital para o que o processo funcione conforme o estabelecido
(OLIVEIRA, 2012).
Segundo Moreira (2008) citado por Dapper(2014), a qualidade dos produtos
e serviços não é o único critério diferenciador entre as empresas, mas sem dúvida
é um dos mais importantes. O foco na qualidade faz com que as empresas possam
adequar os produtos e serviços conforme as especificações ou requisitos
desejados (CHIAVENATO, 2007).
2
2. OBJETIVO(S)
Este trabalho tem por propósito relatar o funcionamento logístico e
operacional da indústria PAP – Rações, na busca de obter experiência prática
acerca de todos os processos que envolvam uma empresa, atrelado aos
conhecimentos teóricos adquiridos em período de graduação.
3
3. REVISÃO
Os estudos que envolvem alimentação e nutrição balanceadas às exigências
nutricionais animal vêm sendo aprofundados nas últimas décadas, acompanhando a
evolução de setores como genética, ambiência entre outros que são importantes
para a cadeia produtiva da carne.
O conceito de nutrir o animal de forma balanceada consiste em ofertar a este
os nutrientes exigidos pelo seu organismo, necessários à digestão, e enfim para, o
seu crescimento, reposição ou reparação dos tecidos corporais e também, para
elaboração de produtos.
A nutrição animal tem por objetivo gerar um produto com baixo custo de
produção aliado à boa qualidade, para um mercado consumidor cada vez mais
preocupado e interessado com a procedência do alimento que chega à sua mesa.
Segundo cita Pilleco et al. 2012, por Oliveira (2014), esta preocupação abrange
desde o teor e os tipos de aditivos utilizados nas rações, a presença de resíduos de
defensivos agrícolas e outras substâncias precursoras de doenças, a utilização de
matérias primas geneticamente modificadas e, principalmente, a armazenagem e
manipulação dos produtos e matérias primas.
Ração é o termo empregado para o total de alimentos consumidos por um
indivíduo animal no período de 24 horas. Esta é sempre calculada e leva em
consideração as necessidades nutricionais da classe de animais que se vai
alimentar (ANDRIGUETTO, 1983).
Para a fabricação de uma ração então é necessário atender tanto as
exigências nutricionais do animal, como também, cita Pereira (2002) por Custódio et
al.(2003): agregar uma certa quantidade de funcionários para a realização da
produção e ter como funções a recepção e estoque de matérias primas; limpeza da
massa de grãos recebidos, a fim de propiciar maior pureza e qualidade do produto a
ser manipulado posteriormente; mistura dos ingredientes da ração; embalagem;
armazenamento da ração e expedição.
De acordo Klein (1999), uma fábrica de ração deve dispor:
4
Nutrição: apresentar uma boa fórmula;
Suprimentos: adquirir de matérias-primas de qualidade. Para garantir isto, deve-se
ter padrões para a aquisição, fazer uma boa amostragem na chegada e avaliar os
padrões no laboratório;
Produção: ter uma boa fábrica (um bom processo). Isto significa que ela seja capaz
de preservar a qualidade das matérias-primas e conseguir traduzir fielmente a
fórmula em ração;
Uma fábrica deve ter também flexibilidade para receber, beneficiar e estocar
matérias-primas; para permitir o uso de matérias-primas alternativas e no processo
produtivo como um todo.
3.1 Boas Práticas de Fabricação e Controle de Qualidade
Outro ponto importante para se atentar em uma fábrica de ração animal é
atender às normas de Boas Práticas de Fabricação – BPF, previstas na Instrução
Normativa Nº 04 de 23 de fevereiro de 2007 do Ministério de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento. Estas, segundo a ANVISA, abrangem um conjunto de medidas que
devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos a fim de garantir a qualidade
sanitária e a conformidade dos produtos alimentícios com os regulamentos técnicos.
A legislação sanitária federal regulamenta essas medidas em caráter geral, aplicável
a todo o tipo de indústria de alimentos e específico, voltadas às indústrias que
processam determinadas categorias de alimentos.
As BPF’s não se limitam ao monitoramento do processo de fabricação dos
produtos em si. Compreende, dentre outros procedimentos, o monitoramento dos
requisitos higiênico-sanitários das instalações, equipamentos e utensílios, do
pessoal e da produção, ou seja, o monitoramento se dá desde a seleção de
fornecedores de matérias-primas até a utilização do produto acabado, de forma a
garantir a saúde e integridade do consumidor ( RIBEIRO, 2009).
Citado por Oliveira (2014), Butolo (2002) diz que a gestão de qualidade no
processo de fabricação de ração inicia-se no projeto da fábrica, envolvendo sua
construção e instalação dos equipamentos, seleção dos fornecedores de
ingredientes, estabelecimento das fórmulas de rações, supervisão da qualidade dos
ingredientes, pesagem correta, armazenagem, características de moagem, pré-
mistura de concentrados e suplementos vitamínicos, mistura dos alimentos,
5
supervisão da ração pronta, manutenção e limpeza dos equipamentos da fábrica e,
por fim, a higienização geral da fábrica.
Além de estar de acordo com as normas da BPF, faz-se necessária a
implementação de procedimentos operacionais padrão – POP, os quais consistem
em definir detalhada e objetivamente todas as técnicas, instruções e operações a
serem executadas, de forma proteger e preservar a qualidade e inocuidade das
matérias-primas, do produto final, como também, a segurança do pessoal. Para
entrar em vigor na empresa, porém, deve ter aprovação e assinatura da direção da
empresa, bem como, do responsável pelo controle de qualidade.
3.2 Alimentos Energéticos e Proteicos Utilizados nas Rações
3.2.1 Milho
Um alimento amplamente difundido em todo o mundo, por ser rico em
energia, o milho é um cereal que pode ser usado tanto na alimentação humana
quanto animal. Os indícios de sua origem sugerem lugares como México, América
Central ou no Sudoeste dos Estados Unidos.
Atualmente, os maiores produtores são os EUA, seguidos de China e Brasil.
Segundo dados da Conab – Companhia Nacional de Abastecimento -, a safra
2014/15 brasileira deve atingir, somadas as primeira e segunda safras, 78.985,2 mil
toneladas, um decréscimo de 1,3% em relação à produção passada, que atingiu
80.052 mil toneladas.
O uso do milho e seus subprodutos é vastamente explorado tanto para
alimentação – humana e animal – quanto para as indústrias de alta tecnologia,
apesar de, o destino para alimentação animal ser o maior dentre todos. Como
exemplo tem-se nos EUA 50% deste destino, e no Brasil chega aos entornos de 60-
80%.
O milho (grão) contém grande quantidade de pró-vitamina A (beta- caroteno)
e pigmentantes (xantofila) apresentando, por sua vez, baixo teor de proteína bruta
(8,26% de proteína bruta à base seca), como também de triptofano, lisina, cálcio,
riboflavina, niacina e vitamina D. Apresenta valores de 3.925 Kcal/Kg de energia
bruta (ROSTAGNO et al. 2005).
6
O milho em grão pode ser fornecido para bovinos em até 70% da ração,
aumentando a textura da moagem com o aumento do teor na ração. Para suínos e
aves, a quantidade pode chegar a até 80% da ração (moagem mais fina). Já para
cavalos e ovinos, pode-se utilizar o grão inteiro.
O milho é composto por 61% de amido, 19% de glúten, 4% de gérmen, e
16% de água. Em relação à proteína, a principal é a zeína, encontrada numa
concentração de 50% do total existente no grão. Esta proteína é pobre em
aminoácidos essenciais, principalmente o triptofano e a lisina. Em dietas com alta
proporção de milho, estes aminoácidos devem ser adicionados. A composição
química do grão de milho pode variar de acordo com o solo em que foi cultivado, a
variedade da semente e o clima de região (TONISSI et al., 2013).
3.2.2 Sorgo
O sorgo é um cereal conhecido desde o século XIX, podendo ser utilizado na
alimentação humana como também animal como produção de farinha para
panificação, amido industrial, álcool e também como forragem ou cobertura de solo.
É o quinto cereal mais difundido no mundo com os EUA liderando a produção.
Apresenta 8% de proteína bruta, 3.290 Kcal/kg de energia bruta e 2,17% de fibra
bruta (EMBRAPA, 1998).
No Brasil são cultivadas quatro variedades deste cereal: granífero, forrageiro,
sacarino e vassoura. Para utilização específica na agropecuária, o sorgo é destinado
à ração animal, silagem e pastejo. Com o uso de variedades híbridas de elevadas
qualidades e produtividades, vem se transformando numa cultura de grande
expressão para a produção animal (ração), devido a um conjunto de fatores como:
seu alto potencial de produção; a boa adequação à mecanização, a reconhecida
qualificação como fonte de energia para arraçoamento animal, a sua grande
versatilidade (feno, silagem e pastejo direto) e facilidades de adaptação às regiões
mais secas, tornando-se assim, uma cultura mais segura que a do milho, porém,
com preços também menos convidativos (CONAB, 2014).
O grão de sorgo apresenta como limitação a presença do tanino, um
composto fenólico que, ligado à proteína, diminui a digestibilidade e a palatabilidade.
A concentração de tanino depende da variedade, sendo encontradas variedades de
baixo, médio e alta concentração de tanino. As variedades mais comuns são as de
7
médio teor de tanino, que reduz o ataque de pássaros aos grãos que ficam expostos
nas panículas (TONISSI, et al., 2013).
Muitos são os danos causados pela alta concentração de tanino nas dietas
dos animais domésticos. Em animais não ruminantes podem-se observar alterações
no valor nutricional dos alimentos e redução na taxa de crescimento. Conforme
McDOUGALL et al., 2005, há também a inibição da atuação de enzimas
necessárias à digestão dos carboidratos (α-amilase, α-glicosidases), de lipídios
(lipase pancreática e gástrica) e de proteínas (tripsina e proteases diversas)
(CASTEJON et al. 2014).
3.2.3 Farelo de Trigo
Como um exemplo de subproduto do trigo, segundo grão mais produzido no
mundo, tem-se o farelo de trigo, um produto grosseiro composto de tecidos
botânicos distintos. Na parte exterior do núcleo do trigo como exemplos têm-se as
películas que recobrem o grão, chamadas pericarpo e testa, seguidamente. É
considerado um alimento energético, com boas palatabilidade e digestibilidade.
É um alimento rico em fósforo, niacina, tiamina além de apresentar teor médio
de nutrientes digestíveis totais (71%) e de proteína bruta (15,52%), porém, deficiente
em caroteno, vitamina D e riboflavina. O teor de lipídios é de 4,5% e o de fibra em
detergente neutro - FDN - de 11%, apresentando ligeiro efeito laxante, e a gordura
pode rancificar quando o armazenamento é feito por tempo prolongado e em
condições de alta temperatura e umidade (TONISSI et al., 2013).
É muito bem aceito por aves e muitos outros animais como os mamíferos e
peixes. Possui baixo teor calórico e é rico em fibras, sendo empregado na
alimentação de aves em postura e para frangos em crescimentos.
3.2.4 Farelo de Soja
O farelo de soja é o produto obtido após a extração do óleo do grão da soja
para consumo humano. Dependendo do processo de extração (solvente ou
expeller), o farelo pode ter de 44 a 48% de proteína. É considerado o melhor
8
alimento protéico de origem vegetal, por ter altos níveis de proteína (alto teor de
lisina) de boa qualidade, energia e boa palatabilidade (TONISSI, et al., 2013). A
energia bruta desse subproduto chega a 3854 kcal/kg (Rostagno et al., 2005).
3.2.5 Casca de Soja
Advindo do principal grão comercializado em todo o mundo, a casca de soja,
ou seja, o envoltório presente no grão da soja é um subproduto de uso recente na
alimentação animal, mas que desde então tem sido uma boa fonte tanto proteica
quanto energética, sendo considerada por alguns pesquisadores como um
intermediário de concentrado e volumoso, ao mesmo tempo em que obtêm altos
teores de FDN e FDA – fibra em detergente ácido -, possui baixa quantidade de
lignina, chegando a apresentar 90% de digestibilidade. Chega a representar 7% do
grão.
Esse ingrediente também pode vir a substituir o milho e outros volumosos de
alta qualidade, por ter valor energético em torno de 80%. Apresenta 13,5% de
proteína bruta e 33% de fibra bruta, ambos à base seca.
A casca de soja é pobre em cálcio, vitamina D e caroteno. Tem como
fator antinutricional a sojina, inibidor da tripsina, que causa crescimento retardado,
hipertrofia pancreática, sendo inativado tanto pelo calor úmido(cozimento) quanto
seco(torra). Há presença de urease, que altera a hidrólise da uréia no rúmen. Está
disponível em três formas básicas – intacta, moída ou peletizada. A forma intacta e a
moída são volumosas e leves, o que encarece o transporte, aumentando as perdas,
por isso requerem mais cuidados no transporte, no armazenamento e também no
oferecimento aos animais (TONISSI et al., 2013).
3.2.6 Farinha de Carne
A farinha de carne e ossos é um ingrediente produzido por graxarias ou
frigoríficos, sendo um subproduto da extração de gorduras a partir de ossos e outros
tecidos da carcaça de animais (bovinos, suínos, ovinos, caprinos, equinos,
bubalinos, etc) não aproveitadas para consumo humano. Pode ser classificada de
acordo com a fonte animal, mista - de várias espécies animais - ou simples - apenas
9
uma espécie animal - como a porcentagem de cinzas (menos que 25%) e fósforo
(menos que 3,8%) (TONISSI et al., 2013).
É uma farinha que apresenta proteína bruta (PB) em torno de 42-58%, com
baixa degradabilidade. Apresenta problemas com umidade elevada, sendo de fácil
decomposição, contaminação microbiana e em sua fabricação não pode conter
cascos, unhas, chifre, sangue, pelo, couro e resíduos de conteúdo estomacal.
3.2.7 Farinha de Penas
A farinha de penas hidrolisada é o produto resultante da cocção sob pressão,
de penas não decompostas obtidas no abate das aves. É permitida a presença de
carcaça e de sangue desde que a sua inclusão não altere significativamente a
composição química média estipulada das farinhas. As penas constituem-se em
importante ingrediente e possuem queratina como a principal fonte protéica. As
queratinas são ricas em aminoácidos sulfurados, particularmente a cistina, com
valores de 4,5 a 5,5%, podendo atingir níveis de até 60% de digestibilidade
(BUTOLO, 2002). Apresenta 74,7% de proteína bruta 5.206 Kcal/kg de energia
bruta, ambas à base seca.
A produção de farinha de penas tem se mostrado uma alternativa viável no
que tange a destinação politicamente correta deste subproduto, visto que
apresentam valor considerável de proteína e energia, podendo ser utilizado na
nutrição animal. A fabricação de rações para aves com a inclusão de farinha de
penas constitui-se em alternativa importante também do ponto vista econômico, pois
sua utilização implica em redução dos custos de produção sem afetar o desempenho
zootécnico das aves (HOLANDA et al., 2012).
3.2.8 Melaço
Constitui-se no principal subproduto da indústria do açúcar, sendo produzido
na proporção de 40 a 60 quilos por tonelada de cana processada. No Brasil, devido
ao elevado teor de açúcares totais e demais componentes, o melaço é utilizado,
10
principalmente, na fabricação de álcool etílico, sendo aproveitado também, em
outros processos biotecnológicos como matéria-prima para a produção de proteína,
rações, levedura prensada para panificação, antibióticos, entre outros (EMBRAPA).
O melaço é rico em açúcares, cálcio, magnésio, potássio, niacina e ácido
pantôtenico, sendo pobre em tiamina, riboflavina e vitaminas lipossolúveis (A, D, E, e
K), e apresenta 57% de nutrientes digestíveis totais. Uma limitação do melaço é a
presença de nitrato de potássio em excesso, que causam diarreia e nefrite.
Apresenta baixa porcentagem de PB e esta de baixa qualidade, elevada
palatabilidade, possui propriedades aglutinantes que auxiliam na peletização, e é
muito usado com a ureia ou aspergido sobre forragens de baixa qualidade
(TONISSI, et al., 2013).
Este subproduto apresenta níveis proteicos ao redor de 3% e 3.100kcal/kg de
energia bruta ambos à base seca. Recomenda-se para bovinos, equídeos, ovinos,
caprinos e peixes a inclusão de 2% da dieta. Para suínos níveis de até 4% e aves
3%.
3.2.9 Óleos e Gorduras
Adequados níveis na relação energia x proteína em uma dieta é
imprescindível para obter o crescimento desejado ao animal, onde nível inferior de
um acarreta na boa absorção do outro.
O uso de gorduras auxilia no suprimento dos ácidos graxos livres. Estes são
indispensáveis aos processos biológicos ( produção de novas células, reprodução,
sistema imune e outros).
Como vantagens no uso destes ingredientes à ração, destacam-se: redução
no custo de produção; rações de alta densidade no verão; eliminação da perda
devido ao pó; redução de consumo de energia elétrica e desgaste de maquinário.
Os principais óleos utilizados nas rações são:
i. Óleo de frango - resulta do processamento com aquecimento controlado, das
partes não comestíveis de aves abatidas, seguido de prensagem, decantação
ou filtragem da gordura. Não deve conter outras fontes de gorduras que não a
do abate de aves, devendo ser produzida sob BPF. Se antioxidantes forem
usados, os mesmos devem ser declarados, bem como suas quantidades nos
recipientes de armazenagem e na documentação (BELLAVER et al., 2004).
11
ii. Óleo de peixe - é o produto não em decomposição, obtido pelo
processamento de tecidos gordurosos pré- selecionados de pescados. Não
deve conter outras fontes de gorduras que não a de peixes, devendo ser
produzida sob BPF. Se antioxidantes forem usados, os mesmos devem ser
declarados, bem como suas quantidades nos recipientes de armazenagem e
na documentação (BELLAVER et al., 2004).
iii. Óleo de soja degomado – é obtido através dos processos de extração e
degomagem do óleo de soja cru. Segundo Rostagno et al. (2005) a energia
metabolizável alcança níveis de 9.200 kcal/kg.
Como exemplo de gorduras usadas na fabricação de rações, têm-se:
iv. Banha: de origem da gordura suína, este ingrediente tem sido uma opção à
nutrição animal, tendo em vista que a busca por carne suína mais magra,
para consumo humano, tem ocasionado em maior oferta de banha para uso
em fábricas de rações animal.
v. Gordura de Aves: como cita Centenaro (2008), é um subproduto de baixo
custo e alto valor energético. Possui boas palatabilidade e degradabilidade,
sendo largamente utilizada em rações para pet – cão e gato.
vi. Sebo: um subproduto de frigoríficos rico em ácidos graxos, pode ser usado
em rações para suínos, aves e pet.
12
4. RELATÓRIO DE ESTÁGIO
O estágio foi realizado na indústria PAP – Rações, localizada no Distrito
Industrial do município de Cuiabá – MT, avenida A, numero 1460, no período de
vinte e três dias úteis.
A empresa atua no ramo de nutrição animal, produzindo rações para espécies
animais como:
i. Peixes – alevinos (40%PB), crescimento (33% PB), engorda (28% PB, com
peso médio acima de 400g), engorda (24%PB, com peso médio acima de
1200g), manutenção (22%PB), pintado (40%PB, para peixes tropicais
carnívoros);
ii. Aves – frango de corte, codorna, galinha poedeira;
iii. Cão;
iv. Equino – peletizada (15%PB) ,farelada (15%PB), potro peletizada (17%PB),
potro farelada (17%PB);
v. Ovino ;
vi. Coelho e;
vii. Suínos.
Há dez anos no mercado de trabalho, a empresa atende e faz entregas em
todo o Estado do Mato Grosso. Possui três lojas de revenda dos produtos, sendo
duas no município de Cuiabá e uma no município de Várzea Grande.
O estágio ocorreu nos segmentos de fabricação das rações, inicialmente,
para posterior assistência no setor de vendas da empresa.
4.1 Linha de Produção
Os equipamentos utilizados na fábrica para o processamento das rações na
indústria, são:
13
- Moega: estrutura de madeira localizada no chão usada para o
descarregamento dos produtos, milho, sorgo, soja, adquiridos. Como mostra a figura
1:
Figura 1: Moega; Fonte: Arquivo Pessoal
Na figura 2, pode-se observar como ocorre o descarregamento de matéria-prima que
chega à empresa. Alimentos como o milho e sorgo, como são muito utilizados na
maioria das rações fabricadas, são repostos praticamente toda semana.
Figura 2 : Descarregamento de soja na Moega ; Fonte: Arquivo Pessoal
14
- Silos de Armazenamento: como pode ser vista na figura 3, são dois silos utilizados
para estocar produtos que chegam em grande quantidade, principalmente milho e
sorgo. Tem capacidade para 300 toneladas.
Figura 3 : Silos de armazenamento; Fonte: Arquivo Pessoal
- Tulhas de armazenamento: cinco tulhas que estocam produtos que chegam
em menor quantidade, sendo: três tulhas com capacidade para 90 toneladas e, duas
tulhas com capacidade para 45 toneladas. Na figura 4 pode-se observar estas
tulhas:
Figura 4 : Tulhas de armazenamento; Fonte: Arquivo Pessoal
15
- Rosca Chupim : estrutura que transporta os insumos advindos ou da moega, ou dos silos ou das tulhas para os trituradores, como mostra a figura 5, a seguir:
Figura 5: Rosca Chupim; Fonte: Arquivo Pessoal
- Trituradores: no total de quatro, são responsáveis pela trituração dos ingredientes, sendo um para:
milho ( capacidade de 2000 toneladas);
sorgo ( capacidade de 2000 toneladas);
soja ( capacidade de 1600 toneladas);
trigo( capacidade de 1000 toneladas). Na figura 6, pode-se notar três dos quatro trituradores usados na fábrica:
Figura 6 : Trituradores; Fonte: Arquivo Pessoal
16
- Balança Macro : usada para pesagem dos ingredientes secos utilizados na ração. Capacidade para duas toneladas. A figura 7 mostra o leitor digital da balança:
Figura 7 : Balança Macro; Fonte: Arquivo Pessoal
- Silos de dosagem de Macro ingredientes da balança : sete ao total, sendo cinco com controle manual e duas com controle mecânico. O ingrediente varia de acordo com necessidade da produção. Na figura 8 é demonstrado quatro dos sete silos de dosagem, sendo estes de controle manual, utilizados na fábrica. E na figura 9, mostra por onde é feito o controle mecânico dos dois silos de dosagem.
Figura 8 : Silos de dosagem de macro ingredientes; Fonte: Arquivo Pessoal
17
Figura 9 : Controle mecânico de dois silos de dosagem de macro ingredientes; Fonte: Arquivo Pessoal
- Balança de dosagem de micro ingredientes : utilizada para pesagem dos ingredientes:
BHT;
Propionato de Cálcio;
Sal branco;
Premix NUTRON. A figura 10 a seguir encontra-se a imagem da balança utilizada:
Figura 10 : Balança de dosagem de micro ingredientes; Fonte: Arquivo Pessoal
18
- Almoxarifado : como mostra a figura 11, é o local de estocagem e dosagem de micro ingredientes como núcleo – comprado da empresa NUTRON – propionato de Cálcio, BHT, e também sacos de rações. Lá é feito o controle de toda matéria – prima que entra na empresa, como também todo produto que sai – ração.
Figura 11 : Almoxarifado; Fonte: Arquivo Pessoal
.
19
5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E DISCUSSÃO
O estágio desenvolvido no período de 24/03/2015 até 24/04/2015 foi dividido
em duas etapas, onde na primeira acompanhou-se o funcionamento geral da
empresa e a avaliação do controle de fabricação das rações, e na segunda etapa
(de análise), foi realizado o acompanhamento no setor de vendas da empresa.
Foram desenvolvidas as seguintes atividades:
1ª semana: conhecimento a respeito da empresa, bem como seu
funcionamento e equipamentos, com o auxílio dos encarregados de cada
departamento (recepção dos ingredientes, pesagem de macro ingredientes,
ensacamento da ração, despacho de produtos, almoxarifado e vendas).
2ª semana: durante o período de duas semanas, foi realizada a avaliação do
controle da fabricação de ração da indústria. O trabalho no departamento
funciona da seguinte maneira: é feita a formulação da ração (ou
encomendada pelo cliente ou para venda no varejo) principalmente cão e
peixes, e em seguida esta é passada para os encarregados da fabricação, os
quais farão a dosagem dos macro e micro ingredientes.
Com base na formulação foram analisadas as pesagens de cada e
ingrediente incluído na balança para posterior leva ao misturador. Na figura a seguir,
observa-se a pesagem dos ingredientes:
Figura 12 : Ingredientes na balança macro ; Fonte: Arquivo Pessoal
20
Para cada ração fabricada foi feita uma tabela relacionando a quantidade
estipulada pela fórmula, o que foi pesado na balança macro, para enfim, analisar se
houve ou não diferença. Na maior parte das formulações eram realizadas várias
batidas, ou seja, de uma mesma formulação fazia-se vários sacos de ração para ser
vendido. A tabela 4 mostra que para a formulação da ração Ovino Engorda foram
realizadas duas batidas, assim como a ração Frango de Corte da tabela 3.
Pode-se observar casos onde a diferença de valores eram altas como mostra
as tabelas 2 e 6, em rações para Carnívoro e Peixe Alevino farelada,
sequencialmente. Como também pequenas diferenças como a encontrada para
Peixe de Crescimento exemplificado na tabela 5. Para a fabricação das rações, a
indústria trabalha com um limite aceitável de até cinco quilos, para mais ou para
menos, como pode ser evidenciado na quantidade de sorgo para ração Equino
farelada da tabela 1.
Tabela 1. Ração Equino farelada – 40 kg
Ingrediente Quantidade estipulada(kg)
Peso(kg) Diferença(kg)
Milho 285 306 21 Sorgo 400 395 -5 Farelo de trigo
100 107 7
Farelo de soja 50 50 0
Tabela 2. Ração Carnívoro Crescimento 15 kg
Ingrediente Quantidade estipulada (kg)
Peso(kg) Diferença(kg)
Farelo de soja 180 157 23 Farelo de trigo 80 60 -20 Milho 377,9 405 27,1
Tabela 3. Ração Frango de Corte 40kg
Ingrediente Quantidade estipulada (kg)
Peso(kg) B1 B2
Diferença(kg) B1 B2
Farelo de soja 50 55 60 5 10 Milho 450 450 424 6 -20 Sorgo 288 288 312 -12 12
21
Tabela 4 Ração Ovino Engorda Peletizada – 40kg Ingrediente Quantidade
esperada(kg) Peso(kg)
B1 B2 Diferença
B1 B2
Farelo de soja 120 80 120 -40 0 Milho 240 243 214 3 -26 Sorgo 600 641 634 41 34
Tabela 5. Ração Peixe Crescimento 6-8mm
Ingrediente Quantidade esperada(kg)
Peso(kg) B1 B2 B3
Diferença B1 B2 B3
Farelo de soja 200 199 193 195 -1 -7 -5 Sorgo 495,9 496 505 498 0,1 9,1 2,1
Tabela 6. Ração Peixe Alevino Farelada 40kg
Ingrediente Quantidade esperada(kg)
Peso(kg) B1
Diferença B1
Farelo de soja 315 216 96 Sorgo 339,9 469 129,1
Depois de realizadas todas as análises, era feito um relatório compilando
todas as formulações analisadas e entregue para os supervisores responsáveis pelo
controle da fabricação das rações.
Nas duas semanas subsequentes, o acompanhamento foi no setor de
vendas. A empresa conta com uma atendente e dois Zootecnistas, sendo que um
fica na própria empresa para ter o contato com o produtor, o qual pode ser por
telefone, e-mail ou mesmo ida do produtor à empresa, tanto para venda quanto para
sanar dúvidas frequentes, o segundo auxilia na visita às propriedades dos
produtores. Aos serviços oferecidos pela empresa está o frete, porém estes apenas
são assegurados pela empresa às vendas acima de uma tonelada ou se a
propriedade for localizada em “ponto-estratégico” – regiões com grande número de
vendas.
O setor de vendas também é responsável pela liberação de cargas que tanto
chegam à empresa (insumos) quanto saem (ração).
O carro-chefe da produção na empresa é a ração para peixes para todas as
fases e hábitos alimentares, seguida da ração para cães e potros.
Já no primeiro dia de estadia no setor de vendas, houve problemas com
maquinário, onde tiveram que ser feitos reparos na máquina extrusora, impedindo
que outras rações fossem fabricadas, fator que acarretou em problemas na venda,
22
como atraso nas entregas, visto que na empresa não há estoque. Os principais
problemas foram na venda de ração para alevinos e cão (filhote e adulto), pois são
as rações com maior demanda de produção/venda e durante os três primeiros dias,
ficou proibida a venda dessas rações, sendo as produzidas já destinadas às vendas
negociadas anteriormente. A venda apenas foi permitida para rações de equino e
outras rações fareladas.
A partir do quarto dia a situação voltou a se normalizar, ao menos na
produção, pois já a parte de vendas precisou de tempo para se adequar à
normalidade, para tanto optou-se por um remanejamento das entregas como uma
tentativa de normalizar e reduzir os impactos sofridos.
Na segunda semana, os problemas com maquinário voltaram a ocorrer com a
quebra, novamente, da máquina extrusora e outra vez as medidas de emergência
foram tomadas. Até o final do estágio não foi possível observar se foi regularizada
produção x venda.
23
6. CONCLUSÕES
Ao longo do período de observações, foi possível notar um tratamento
empírico para a fabricação das rações, onde a diferença entre os valores da
formulação e o que foi realmente misturado à ração são, em algumas vezes,
discrepantes.
Problemas como o que se teve com o maquinário demonstraram a
capacidade da indústria em lidar com as adversidades, a qual não mediu esforços
para regular a produção com as vendas. A busca na adequação as normas da BPF
bem como para maior escala de produção para atendimento do mercado amplo de
Mato Grosso, são melhorias que puderam ser observadas ao longo do período de
estágio.
24
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo do período de um mês, a experiência adquirida é imensurável para
todo profissional da Zootecnia que busca um entendimento aprofundado acerca da
qualidade na nutrição animal, base dos estudos da profissão.
O aprendizado durante o período de estágio vai além do âmbito
“conhecimentos zootécnicos”, atingindo patamares sociais, onde aprender a lidar
com uma equipe se torna algo imprescindível e acrescentador para o currículo da
vida de um profissional.
Essa experiência deixa evidente o que se aprende em sala de aula e muito
enfatizado por professores, o aprendizado é diário, ou seja, deve-se aprender todo
dia, e estar aberto para o novo. Afinal, a Zootecnia é uma ciência em constantes
evolução e ascensão.
25
REFERÊNCIAS
ANDRIGUETTO, J. M. et al. Nutrição animal v.2 – São Paulo – Nobel. (LIVRO)
ANVISA – Legislação de Boas Práticas de Fabricação – BPF , disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/alimentos/bpf.htm
BELLAVER, C e ZANOTTO, D, L. Parâmetros de qualidade em gorduras e
subprodutos protéicos de origem animal - Conferencia APINCO 2004. Santos – SP.
Disponível em:
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/parametros_qualidade_gorduras_
e_subprodutos_proteicos_de_origem_animal_000fyrf0t6n02wx5ok0pvo4k33hlhtkv.p
df
BUTOLO, J. S. Qualidade de Ingredientes na Alimentação Animal. Campinas – SP:
Colégio Brasileiro de Nutrição Animal, 2002. 430p.
CONAB – Acompanhamento da safra de grãos, v. 2 – Safra 2014/15, n. 7 – Sétimo
Levantamento, abr. 2015, disponível em:
http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/15_04_10_09_22_05_boletim_
graos_abril_2015.pdf
CASTEJON, F, V. et al. Taninos na alimentação de monogástricos, 2014 – AVISITE.
Disponível em: http://www.avisite.com.br/revista/materias/taninos.html
CUSTÓDIO, D. P. et al. Ração: Alimento Animal Perecível, 2015. Disponível em:
http://www.fmb.edu.br/revista/edicoes/vol_1_num_2/racao.pdf
DAPPER, S. N. et al. Melhorias no processo produtivo utilizando o método dmaic:
um estudo de caso desenvolvido em uma fábrica de rações, 2014. Disponível em:
file:///C:/Users/Telma/Downloads/01412649679.pdf
EMBRAPA - ALCARDE, A. R. Árvore do conhecimento – Cana-de-açúcar, disponível
em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-
acucar/arvore/CONTAG01_108_22122006154841.html
EMBRAPA – SCHEUERMANN, G, N. Utilização do sorgo em rações para frango de
corte, dez – 1998. Disponível em:
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1016752/1/ITAV09.pdf
26
HOLANDA, M. A. C. Desempenho de frangos de corte alimentados com dietas con-
tendo farinha de penas no período de 21 a 42 dias. Disponível em:
file:///C:/Users/Telma/Downloads/1465-15239-1-PB%20.pdf
KLEIN, A. A. C. Pontos críticos do controle de qualidade em fábricas de ração —
uma abordagem prática ,1999.
MACHADO, L. C. Qualidade do milho para utilização na alimentação animal, 2010.
Disponível em:
http://www.cefetbambui.edu.br/portal/files/Qualidade%20do%20milho%20para%20uti
liza%C3%A7%C3%A3o%20na%20alimenta%C3%A7%C3%A3o%20animal.pdf
MORAES, M. P. Fabricação de rações: qualidade de matérias-primas. Boletim
Técnico – Amicil /AS. Goiânia, p. 10, 1997.
OLIVEIRA, F. Controle de qualidade em fabrica de ração para frangos de
Corte, 2014. Disponível em:
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/124629/FERNANDO%20DE%
20OLIVEIRA.pdf?sequence=1
OLIVEIRA, R. Processo de produção de ração: um estudo de caso na rações são
Gotardo - IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de
Administração. Disponível em:
http://www.convibra.com.br/upload/paper/2012/36/2012_36_4384.pdf
PEREIRA, W. J. Manejo de uma fábrica de ração para diversos fins da agropecuária.
Monografia. Goiânia - GO: UCG, p. 23. 2002.
PILECCO, M; PAZ, I, C, L, A; TABALDI, L, A; FRANCISCO, L, A; CALDARA; F, R;
GARCIA, R, G. Treinamentos de boas práticas de fabricação de rações: qual a
freqüência ideal. Revista Agrarian v.5, n.17, p.298-302, 2012.
RIBEIRO, K. O. Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para estabelecimento
fabricante de produtos destinados à alimentação animal, 2009. Disponível em:
http://www.qualittas.com.br/uploads/documentos/Manual%20de%20Boas%20Pratica
s%20-%20Kelleyn%20de%20Oliveira%20Ribeiro.pdf
ROSTAGNO,H, S. et al. Tabela brasileira para aves e suínos – Composição de
alimentos e exigências nutricionais, 2ª edição – UFV- DZO, 2005. Disponível em:
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/Tabelas+brasileiras+-
+Rostagno_000gy1tqvm602wx7ha0b6gs0xfzo6pk5.pdf
SINDIRAÇÕES – Boletim informativo do setor – Dezembro, 2014
27
TONISSI, R. H.et al. Alimentos e alimentação animal, 2013
YAGUSHI, J.T. Milho - Análise da Conjuntura Agropecuária – Outubro, 2012. SEAB
– Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento DERAL - Departamento
de Economia Rural.
top related