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Page 1: Anais - Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso · Vilma Rodrigues dos Santos – CEREST COMISSÃO EDITORIAL: Ângela Lúcia Piccini de Oliveira Elton Chaves Torres Selma Auxiliadora

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Anais

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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MATO GROSSO

SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Anais

Cuiabá, MT - 2008

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© 2008. Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso.

Todos os direitos reservados. Os textos citados são de responsabilidade dos autores.

É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda

ou qualquer fim comercial.

A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica.

1ª Edição

Elaboração, Edição e Distribuição Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso

Superintendência de Vigilância em Saúde

Organização: Técnicos da Superintendência de Vigilância em Saúde

Produção: Técnicos da Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental e Superintendência de

Vigilância em Saúde

Endereço Centro Político Administrativo - CPA

S/Nº - Bloco 5 – 1º Andar

CEP. 78050-970 – Cuiabá/MT

E-mail: [email protected]

Endereço Eletrônico: www.saude.mt.gov.br

Produção Editorial dos Anais Coordenação Geral e Organização: Maria Conceição da Encarnação Villa

Projeto Gráfico: Oberdan Ferreira Coutinho Lira, Elton Chaves Torres

Diagramação; Elton Chaves Torres

Capa: Elton Chaves Torres

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Dados Internacionais de Catalogação na Fonte

Ficha Catalográfica elaborada por Renata B. Valeriano CRB-1 2.368

Títulos para indexação Em inglês: I EXPOVIGI: 1st Exhibition on Health Monitoring of Mato Grosso: annals

Em espanhol: EXPOVIGI I: 1 ª Exposición sobre vigilancia de la salud de Mato Grosso anales

M433p Mato Grosso. Secretaria de Estado de Saúde. Superintendência de

Vigilância em Saúde

Anais da I EXPOVIGI: 1ª Exposição de Vigilância em Saúde de Mato

Grosso / Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso.

Superintendência de Vigilância em Saúde. – Cuiabá: Secretaria de Estado

da Saúde, 2008.

97 f.

1. Vigilância em saúde. 2. Vigilância em saúde ambiental.

3. Vigilância epidemiológica. 4. Vigilância sanitária. 5. Vigilância em

saúde do trabalhador. 6. EXPOVIGI.

CDU 614.3(817.2)(063)

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I EXPOVIGI – I EXPOSIÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE MATO GROSSO.

COORDENADOR (A) DA COMISSÃO ORGANIZADORA: Maria Conceição da Encarnação Villa – SVS/SES COORDENADOR (A) DA COMISSÃO AVALIADORA: Eloá de Carvalho Lourenço – Escola de Saúde Pública/ESP-SES

COMISSÃO AVALIADORA:

Elias Nasrala Neto – CEREST Eluani Vilarinhos – ESP Fábio José da Silva – COVSAN Giselle de Almeida Costa – ESP Lívia Victorio de Carvalho Almeida – CEREST Márcia de Campos – ESP Mirian Stela Souza Freire – COVEPI Moema Couto Blatt – SMS Cuiabá Nanci Akemi Missawa – COVSAM Nídia Fátima Ferreira – ESP Oberdan Ferreira Coutinho Lira – COVSAM Reni Aparecida Barsaglini – ESP Stella Maris Malpici Luna – ESP Vanessa Thais Bonfim Vilas Boas – ESP Vera Honório dos Anjos – ESP Vera Lúcia dias Lopes - COVSAM Vilma Rodrigues dos Santos – CEREST

COMISSÃO EDITORIAL:

Ângela Lúcia Piccini de Oliveira Elton Chaves Torres Selma Auxiliadora de O. Marques

Tereza Pompílio Bastos Ramos

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SUMÁRIO

Apresentação

Mesas Temáticas

I – Saúde do Trabalhador no Contexto do SUS

Política Nacional de Saúde do Trabalhador

Elza Melo Gomes Machado – Pedagoga - CEREST/SES/MT

O Atendimento da Saúde do Trabalhador no SUS

Marina Azen – Médica do Trabalho – CEREST/SES/MT

Acidente de Transporte na BR 163: Impacto na Saúde, Risco e Percepção

Lívia Victorio de Carvalho Almeida – Nutricionista – CEREST/SES/MT

II – Vigilância Epidemiológica

Integração da Vigilância em Saúde e Atenção Básica

(Maria Conceição da Encarnação Villa – SUVSA/SES/MT)

Morbidade e Mortalidade por Acidentes e Violência na grande Cuiabá – MT

(Beatriz Alves de Castro Soares – Enfermeira – COVEPI/SUVSA/SES/MT)

Malária em Assentamento rural de Cuiabá – MT (Vânia Rodrigues dos Santos –

Bióloga – ERS de Barra do Garças/SES/MT)

III – Vigilância Ambiental e os novos desafios

Importância para a saúde pública de um exame laboratorial para diagnosticar

picada por aranhas peçonhentas (Carlos Chaves Olortegui – Médico Imunologista

– UFMG)

Impactos causados à saúde humana pelas mudanças climáticas e poluição do ar

(Luiz Carlos Correa Alves – Médico - Consultor do Ministério da Saúde

Cleide Moura Santos – Coordenação Geral de Vigilância Ambiental – CGVAM /

VIGIAR / MS)

Programa VIGIAR no estado de Mato Grosso

(Oberdan F. Coutinho Lira – SES/MT; Sérgio Batista de Figueiredo – SEMA/MT;

Major Hector Péricles – SEMA/MT)

IV – Vigilância Sanitária e pacto pela saúde

Vigilância Sanitária e o pacto pela saúde (Fábio José da Silva –

COVSAN/SUVSA/SES/MT)

A Integralidade nas práticas de controle de infecção na UTI de um serviço público

de saúde em Mato Grosso (Rosângela de Oliveira – Enfermeira MS. – COVSAN /

SES / MT)

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Resumos

1. Vigilância em Saúde

Poster

Regionalização solidária para minimizar os problemas na assistência pré-natal em

DST/HIV/AIDS No Vale do Arinos - MT 15

Integração e acessibilidade do deficiente físico no Município de Juara 16

Idosos em ação: Envelhecimento ativo e saudável 17

Cobertura por programa saúde da família melhorando indicadores de atenção

básica na Região Vale do Teles Pires MT, período 2006, 2007 primeiro semestre

de 2008 18

Quebrando preconceitos e reinserindo na sociedade 19

Pai - Projeto Alcoólicos Indígenas 20

Programa de reabilitação do agressor em violência sexual 21

Avaliação nutricional de escolares da rede municipal de ensino da cidade de

Campinápolis/MT: Uma introdução ao problema 22

Implantação do sistema de vigilância alimentar e nutricional do DSEI Cuiabá –

MT 23

Educação em saúde no controle de endemias e zoonoses 24

Vigilância em saúde e atenção básica; integração fortalece e qualifica 25

Integração de informações em vigilância em saúde e modelos logísticos de

otimização para prevenção e combate a dengue 26

Possibilidades de estratégias pedagógico-metodológicas para a formação e

educação permanente a luz da PNH 27

Resultados do processo de capacitação em biossegurança laboratorial realizado

pela equipe de multiplicadores do MT Laboratório (Lacen MT) Entre 2000-2008 28

Ações de educação em saúde para prevenção e controle da dengue: Um estudo de

caso em Juara – MT 29

A importância da análise dos sistemas de informação para o desenvolvimento das

ações de prevenção pela vigilância em saúde municipal 30

Atuação da vigilância em saúde para o controle da hantavirose em Barra do

Bugres – MT no período de julho de 2007 a julho de 2008 31

Caracterização do serviço ambulatorial de nutrição do Hospital Universitário Júlio

Muller, Mato Grosso; 2006. 32

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Projeto dia Z 33

Projeto piloto de redução de casos de diarréia no bairro Celidio Marques em

Colíder – MT 34

Projeto Vida longa 35

Sistema de informação do programa de saúde bucal no DSEI Cuiabá – FUNASA 36

Vigilância Epidemiológica Hospitalar: conquistas, desafios e propostas 37

Dengue, uma problemática a ser enfrentada intersetorialmente no Município de

Colíder – MT 38

Educação em saúde nas escolas do município de Várzea Grande: informação,

prevenção e participação 39

GM – Grupo de mães 40

Incidência de internação hospitalar no SUS por fratura de fêmur na população

idosa no Estado de Mato Grosso 41

Medidas adotadas para prevenção, eliminação de focos do mosquito transmissor

do vírus da dengue e bloqueio de casos da dengue no município de Ribeirãozinho

– MT 42

Vigilância de acidentes e violências em unidade sentinela no município de

Colider – MT 43

2. VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL

Apresentação Oral

Ações do programa VIGIAR no monitoramento da qualidade do ar no Município

de Cuiabá - MT 46

Casos positivos de raiva animal em quirópteros não hematófagos em área urbana

no Município de Cuiabá 47

Implantação de instrumentos para orientação, monitoração e avaliação

operacional na ação de nebulização Ultra Baixo Volume (UBV) Pesado no

controle da dengue 48

Estudo da Leishmaniose Tegumentar Americana nos anos de 2003 a 2006 na

Regional de Saúde de Juína 49

Poster

Série histórica de LTA no Vale do Arinos 2001 A 2007 50

A importância da intersetorialidade na melhoria dos serviços prestados pelo

sistema de abastecimento de água do Município de Santa Rita do Trivelato – MT,

no período de 2007 A 2008 51

Qualidade microbiológica da água para consumo humano distribuída nos

Municípios de Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis/MT, 2005 – 2007 52

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Comparação preliminar de metodologias de análise parasitológica em

triatomíneos do Estado de Mato Grosso no Ano de 2008 53

Mortes de Macacos X Óbitos Febre Amarela na Aldeia Indígena 54

Levantamento entomológico para os vetores da malária no assentamento vale do

Juínão, Município de Juína – Mato Grosso 55

Óbito de Macacos X Febre Amarela no Município de Juara, MT ano De 2007 56

Diagnóstico do Vigiágua do Município de Cuiabá 57

Perfil Epidemiológico dos acidentes por escorpiões no Estado de Mato Grosso -

Brasil no período De 2005 A 2007 58

Atividades de controle da dengue na visão dos agentes ambientais do Município

de Juara – MT 59

Perfil epidemiológico dos acidentes por serpentes peçonhentas no Estado de Mato

Grosso - Brasil Em 2007 60

Boletim informativo VIGIAR – Instrumento de alerta da qualidade o ar no Estado

de Mato Grosso 61

A utilização do controle mecânico e tratamento com Temephós em 100% dos

depósitos não removíveis para o controle do Aedes aegypti, em Barra do Garças –

MT 62

Sorológica e citológica da leishmaniose visceral canina em bairros de ocorrência

da leishmaniose visceral humana, Cuiabá, 2008 63

Ocorrência de aranha armadeira (Phoneutria reidyi) no distrito sul do Município

de Cuiabá 64

Ocorrência de escorpião do Gênero Tityus SP no município de Cuiabá 65

Ocorrência de casos de malária no Município de Várzea Grande, Mato Grosso 66

3. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Apresentação Oral

“Xô Dengue‟‟: Estratégia de intervenção para o controle do mosquito Aedes

Aegypti e Interrupção da transmissão da dengue em Canarana 69

Impacto das ações em saúde na detecção de casos novos de Hanseníase 70

Situação da sífilis congênita no Estado de Mato Grosso, no período de 2000 –

2006 71

Poster

Prednisona e automedicação em pacientes com reações Hansênicas 72

Análise do número de hipertensos do Vale do Arinos, Ano 2007 73

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A importância da análise dos sistemas de informação para o desenvolvimento das

ações de prevenção pela vigilância em saúde municipal 74

Cobertura vacinal e homogeneidade da campanha de vacinação da poliomielite

em Mato Grosso, no período de 2003 A 2007 75

Análise da qualidade da base de dados de AIDS adulto do sistema de informação

de agravos de notificação (SINAN) - Escritório Regional de Saúde da Baixada

Cuiabana – SES MT 76

Análise do banco de dados de sífilis congênita nas regionais de saúde de AB, BG

e PAN/MT Entre 2001 a 2006 77

Distribuição dos casos de hantavirose no município de Barra do Bugres – MT,

entre janeiro de 2007 a junho de 2008 78

Identificação microbiológica dos agentes etiológicos de surtos alimentares

ocorridos em Mato Grosso no período de 2004 – 2007 79

4. VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Apresentação Oral

Qualidade microbiológica das refeições servidas em restaurantes de Várzea

Grande/MT, Em 2007 82

Qualidade microscópica de refrigerantes analisados pelo MT Laboratório

procedentes de denúncia de consumidor, 2003-2007 83

Visa Municipal Em Ação Intersetoriais 84

Matupá multiplica 85

Poster

Qualidade Físico-Química e a adequação da rotulagem de palmitos em conserva

comercializados no Estado de Mato Grosso 86

Análise das ações de monitoramento laboratorial da qualidade sanitária dos

alimentos em MT, Entre 2003 e 2007 87

Avaliação da rotulagem de alimentos analisados no MT Laboratório – 2007 88

Padrão sanitário dos alimentos analisados pelo Lacen/MT Entre 2003 e 2007 89

Situação do abastecimento de água em comunidades rurais do município de

Colíder – Mato Grosso 90

Vigilância da qualidade da água em comunidades rurais no município de Colíder -

Mato Grosso 91

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5. VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR

Apresentação Oral

Epidemiologia dos acidentes de trabalho com animais peçonhentos no Estado de

Mato Grosso - Brasil em 2007 94

Série histórica dos acidentes de trabalho no Município de Juara, 1999-2007 95

Saúde do Trabalhador X Asa 96

Pôster

Risco de exposição dos profissionais que trabalham com Mycobacterium

tuberculosis no LACEN/MT 97

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7. PRÊMIOS

PAI - Projeto Alcoólicos Indígenas 20

Implantação do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do DSEI Cuiabá/MT 23

Óbito de Macacos X Febre Amarela no Município de Juara – MT Ano de 2007 56

“Xô Dengue ‟‟: Estratégia de Intervenção para o Controle do Mosquito Aedes

Aegypti e Interrupção da Transmissão da Dengue em Canarana 69

Qualidade Microbiológica das Refeições Servidas em Restaurantes de Várzea

Grande/MT em 2007 82

Qualidade Microscópica de Refrigerantes Analisados pelo MT Laboratório

procedentes de denúncia de consumidor, 2003-2007 83

Qualidade Físico-Química e a Adequação da Rotulagem de Palmitos em Conserva

Comercializados no Estado de Mato Grosso 86

Epidemiologia dos acidentes de trabalho com animais peçonhentos no Estado de

Mato Grosso – Brasil em 2007 94

Série Histórica dos Acidentes de Trabalho no Município de Juara, 1999-2007 95

Risco de Exposição dos Profissionais que Trabalham com Mycobacterium

tuberculosis no LACEN/MT 97

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APRESENTAÇÃO

A realização da I EXPOVIGI em Mato Grosso foi um marco para a Vigilância

em Saúde ao proporcionar a criação de um espaço para a apresentação, discussão e

divulgação das experiências desenvolvidas pela área, no Sistema Único de Saúde.

A partir desse espaço que passa a fazer parte do calendário de ações da

Superintendência de Vigilância em Saúde, esperamos que haja, cada vez mais,

motivação e interesse por parte dos profissionais de saúde e gestores para inovar e

desenvolver novas formas de atuação no enfrentamento das doenças e agravos à saúde,

com impacto na diminuição da morbimortalidade em nosso Estado.

Os trabalhos aqui apresentados reproduzem a qualidade das ações desenvolvidas

pela Vigilância em Saúde nos diversos setores do SUS nos três níveis de gestão e

superaram nossa expectativa. Foram divididos em cinco grandes áreas: Vigilância em

Saúde, Vigilância em Saúde Ambiental, Vigilância Epidemiológica, Vigilância

Sanitária e Vigilância em Saúde do Trabalhador.

Sendo assim, muito nos orgulhamos em apresentar essa publicação que registra

todo o empenho dos profissionais de saúde e gestores para o aprimoramento da

Vigilância em Saúde no Estado de Mato Grosso.

Maria Conceição da Encarnação Villa

Superintendência de Vigilância em Saúde

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1

Vigilância em

Saúde

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Poster

REGIONALIZAÇÃO SOLIDÁRIA PARA MINIMIZAR OS PROBLEMAS NA

ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL EM DST/HIV/AIDS NO VALE DO ARINOS-MT.

Escritório Regional de Saúde de Juara

Silvia Regina Cremonez Sirena, Sirlei Franck Thies, Ariane Hidalgo Mansano Pletsch

[email protected]

O SUS acaba de completar duas décadas de existência. Nesses poucos anos foi

construído no Brasil, um sólido sistema de saúde e sendo um país de grandes dimensões

e de diferentes especificidades de se implementarem normas gerais, os gestores do SUS,

representados em suas três esferas governamentais, pactuaram em 2006, o Pacto pela

Saúde, facilitando processos de pactuação e regionalização de saúde, contribuindo no

avanço da capacidade gestora do SUS para superar os desafios da fragmentação das

políticas e programas de saúde. O Plano Diretor de Regionalização-PDR divide o

Estado de MT em 14 micro regiões, sendo uma delas o Vale do Arinos, do qual fazem

parte Juara, Novo Horizonte do Norte, Porto dos Gaúchos e Tabaporã. A regionalização

solidária preconizada por este Pacto foi a forma encontrada para os municípios que

compõe o Vale do Arinos, minimizar os problemas na Assistência Pré-Natal em

DST/HIV/AIDS. Os problemas foram levantados pela equipe técnica do Escritório

Regional de Saúde de Juara e apresentados em Reunião de Colegiado Regional. Após

amplas discussões em sucessivas reuniões, ficou acordado que se montaria um

laboratório municipal de referência regional para exames de rotina da assistência pré-

natal (Toxoplasmose, Hepatite B e C, VDRL e HIV) detectando-se que a morosidade

dos resultados pelo laboratório referência era um grande problema, chegando muitas

vezes, após o nascimento da criança. Os equipamentos necessários foram adquiridos em

forma de consórcio, utilizando-se da organização do Conselho Intermunicipal de Saúde

do Vale do Arinos, já existente. Cada município adquiriu os kits para a realização dos

exames segundo sua demanda. Os recursos humanos ficam a cargo do município de

Juara, pela presença do Serviço de Assistência Especializada- SAE/CTA. Os demais

municípios referenciam pela Programação Pactuada Integrada da Assistência – PPI - os

exames ao município de Juara, o qual assegura o recurso financeiro para ajudar na

manutenção do referido Laboratório. Analisando os dados dos três primeiros meses de

2008, com os três primeiros meses de 2007, a quantidade média de número de exames

realizados em gestantes aumentou em 50% para determinados agravos. Baseado nesses

resultados verificamos que houve melhora na assistência pré-natal com a implantação

do Laboratório de Referência Regional no Vale do Arinos, acreditamos que o mesmo

possa servir de modelo para outras regiões que possuem problemas semelhantes na

assistência pré-natal.

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INTEGRAÇÃO E ACESSIBILIDADE DO DEFICIENTE FÍSICO NO

MUNICÍPIO DE JUARA

Secretaria Municipal de Saúde de Juara

Ariane Hidalgo Mansano Pletsch, Fernanda Fernandes Gama

[email protected]

Diante da atuação no setor de reabilitação, pode-se verificar a falta de informação da

população sobre deficiência e cuidados com a mesma, assim como a realização de um

trabalho preventivo, onde segundo o estatuto de reabilitação, cabe aos profissionais

envolvidos “desenvolver ações de prevenção, tratamento e reabilitação aos usuários, de

forma integral,com trabalho transdisciplinar efetivo, mediante parcerias, pesquisas,

informação e divulgação, assegurando controle e convívio social”. Sendo assim, com

base neste, a Unidade Descentralizada de Reabilitação(UDR), no município de Juara-

MT, desenvolveu um projeto dispondo prevenção de deficiências físicas neste

município, assim como ações visando uma melhor qualidade de vida dos deficientes

físicos.O presente trabalho foi efetuado nas seguintes etapas: 1. Execução de ações

educativas através de palestras, meios de comunicação local e visitas domiciliares,

educação inclusiva com sensibilização e conscientização da população para os

deficientes; 2. Capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde(ACS) 3. Realização de

reuniões mensais com entidades e órgãos para viabilizar soluções adequadas para

conscientização e adequação da acessibilidade no município; 4. Visitas domiciliares -

fisioterapeutas em parceria com os enfermeiros do PACS e PSF - de acordo com pré-

triagem apresentada pelos ACS e pela demanda espontânea. Houve como resultados o

aumento da demanda de pacientes, principalmente no setor de fisioterapia neurológica,

parceria com a Associação Pestalozzi e a Secretaria Municipal de Saúde, viabilizando

condução adaptada para transporte diário de pacientes cadeirantes até a Unidade de

Reabilitação. Obteve melhora na qualidade de vida dos pacientes, os quais até o

momento não possuíam orientações quanto suas AVD‟s(Atividade de Vida Diária),

locomoção e tratamento. Outra dificuldade encontrada pelas pessoas portadoras de

deficiências era o direito de ir e vir em vias públicas, sendo assim, com o projeto, pode-

se criar e fazer cumprir leis municipais que regulamentassem o livre acesso em

calçadas, rampas em setores públicos e estacionamentos privativos. Enfim, pode-se

afirmar que hoje o trabalho é realizado em rede, o que rege o SUS, tendo maior

envolvimento do CAPS, PSF‟s, PACS e Hospital Municipal de Juara. Conclui-se que

obteve melhoria na qualidade de vida dos deficientes juarenses elevando sua auto-

estima, independência,aperfeiçoando o trabalho oferecido pela equipe da UDR tendo o

projeto como base para as atividades de rotina tais como visitas domiciliares, triagem,

acesso do paciente à unidade e manutenção das parcerias.

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IDOSOS EM AÇÃO: ENVELHECIMENTO ATIVO E SAUDAVEL

Secretaria Municipal de Saude de Poconé

Girceley Maria de Oliveira Strochinski

[email protected]

O projeto Idosos em ação: envelhecimento ativo e saudável esta sendo desenvolvido no

centro de convivência ´Aurilio Dias de Moura`, localizado na Av: dos trabalhadores,

bairro: Santa Tereza, 03(três) vezes por semana, 02(duas) horas por dia, no período

matutino e vespertino, com ações de promoção e recuperação da saúde, visando

aprendizagens sociais significativas, interativas, inclusivas e construtivas. Objetivo:

Atender a população do município de Poconé, maior ou igual a 60 anos, com praticas

corporais, atividades físicas, orientações quanto a alimentação saudável e prevenção e

controle do tabagismo. Publico alvo: População maior ou igual a 60 anos. Parceiros:

Ação Social, Secretaria de Educação, Programas de Saúde de Família, Assessória de

Imprensa, e Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana/SES/MT. Recursos

Utilizados: Estrutura Física: Centro de Convivência dos Idosos. Recursos Humanos

Contratados: 02 Profissional de educação física, sendo 01 cedido pela secretaria de

educação, 02 Fisioterapeutas, 01 Nutricionista, 02 Profissionais Serviços Gerais e 01

Técnico em Enfermagem, Equipamentos Utilizados : Piscina térmica, esteira, bicicleta

ergométrica, colchonetes, camas elástica, step emborrachado, rolos e blocos de

alongamento, tornozeleiras,macarrão, pranchas, hatter emborrachados, hatter triangular,

caneleiras, gynastic ball, adipômetro, balança antropométrica, estetoscópio, monitor

semi automático de pressão arterial, televisão, aparelho DVD, caixas de som,

etc...Acompanhamento e Avaliação: Nº. de idosos que aderiram as atividades físicas e

alimentação saudável x 100, Nº total de idosos que freqüenta o centro de convivência.

Resultados esperados: Participação de 220 idosos em atividades físicas, práticas

corporais e alimentação saudável.

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COBERTURA POR PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA MELHORANDO

INDICADORES DE ATENÇÃO BÁSICA NA REGIÃO VALE DO TELES

PIRES – MT, PERÍODO 2006, 2007 E PRIMEIRO SEMESTRE DE 2008

Escritório Regional de Saúde de Sinop

Sirlei Franck Thies, Maria Célia Braga, Marinês dos Passos Tibola, Márcia de Lara

Soriano

[email protected]

A Atenção Básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua

organização, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. A estratégia

Saúde da Família visa substituir a rede de Atenção Básica tradicional, realizando

cadastramento domiciliar, ações dirigidas aos problemas de saúde da comunidade onde

atua, desenvolvendo atividades de acordo com o planejamento, baseado em diagnóstico

situacional na família e comunidade, buscando integração e organização social, sendo

espaço de construção e cidadania. O Escritório Regional de Saúde de Sinop (ERSS)

localiza-se na região do Vale Teles Pires, sendo composto por 14 municípios, todos com

cobertura pelo Programa Saúde da Família. Este trabalho objetiva demonstrar a

importância da implantação do Programa Saúde da Família nos municípios desta

Regional de Saúde. Utilizou-se como ferramenta para levantamento dos dados, os

programas SIAB - Sistema de Informação de Atenção Básica e SIA - Sistema de

Informação Ambulatorial do ERSS, avaliado para os anos de 2006, 2007 e primeiro

semestre de 2008. Avaliaram-se os seguintes indicadores: visitas domiciliares de ACS -

Agente Comunitário de Saúde; média de consultas médicas/habitante/ano; primeira

consulta odontológica programática e cobertura do Programa Saúde da Família. Como

resultados, observamos que a média de visitas domiciliares no ano de 2006 foi 0,38

passando para 0,50 em 2007 e 0,82 no primeiro semestre de 2008. Para média de

consulta médica/habitante/ano em 2006 tivemos 1,31 consultas/hab/ano em 2007 1,78

consultas/hab/ano e para o primeiro semestre 2008 os dados ainda não estão disponíveis

no SIA. Em relação à primeira consulta odontológica programática, a média em 2006

foi 12,10 consultas, em 2007 foram 19,21 consultas e no primeiro semestre de 2008,

7,81 consultas (parcial). Quanto à cobertura de Programa Saúde da Família, em 2006

79,71% da população foi coberta, em 2007 correspondeu a 82,1% e no primeiro

semestre de 2008 correspondeu a 86,23%. Baseado nesses indicadores fica claro que

quanto maior a cobertura por Equipe de Saúde da Família, melhores serão os resultados

em relação aos parâmetros avaliados, e, consequentemente, os serviços oferecidos à

população, conforme preconiza o SUS.

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QUEBRANDO PRECONCEITOS E REINSERINDO NA SOCIEDADE

CAPS I - Poconé-MT

Élcia Angela Arruda Moraes e Santos

[email protected]

Regulamentada pela Lei 10216 de 06/04/2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos

das pessoas portadoras de transtornos mentais e redirecionar o modelo de atenção à

saúde mental, baseada não apenas na reinserção temporária de sintomas, mas na

assistência aberta, intensiva e continuada a pacientes que necessitam de tratamento

psiquiátrico, com condições de permanecer no convívio familiar mesmo durante o

período de tratamento. Objetivo: Propiciar aos pacientes condições para o

desenvolvimento de suas potencialidades; construção do ser social para inserção em

atividades laborais. Público alvo: Pessoas à partir de 18 anos que apresentam transtorno

mental e ou dependência química. Metodologia: A primeira fase é o acolhimento; a

segunda fase é o processo de triagem, realizada através de reunião em equipe, onde são

definidas a modalidade e o projeto terapêutico; a terceira fase é inserção do paciente nas

oficinas terapêuticas e geradoras de renda e a quarta fase é exposição dos produtos

confeccionados. As oficinas e atividades são realizadas de segunda à sexta-feira no

período das 07:00 às 11:00 da manhã e das 13:00 às 17:00 no período vespertino. São

atendidos 108 pacientes, sendo que cada oficina é formado por grupos de 08 a 12

participantes. Recursos humanos: No CAPS, atuam uma equipe multiprofissional

formada por: 01 arteterapeuta/coordenadora; 01 psiquiatra; 01 Assistente Social; 01

Psicóloga; 01 Enfermeira; 02 Téc. Enfermagem; 02 Artesões; 01 Téc. Alfabetização; 01

Operador Sistema; 01 Agente Administrativo; 01 Aux. Serv. Gerais e 02 Guardas.

Resultados: É um trabalho onde o/a paciente eleva sua auto-estima, obtendo maior

independência, construindo assim, sua própria história; além da relevância na

diminuição do alto índice de internações. Parceiros: SESC/CAP, Maçonaria,

Mineradores do Município, Polícia Militar, Promotoria, Fórum e AA (Alcoólicos

Anônimos).

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PAI - PROJETO ALCOOLICOS INDÍGENAS

DSEI Cuiabá/ Fundação Uniselva

Jaime Aguiar, Amauri dos Santos Arruda, Danielle Hespanhol

Edemilson Canale, Maria Otavia Doriêlo

[email protected]

O alcoolismo é um problema mundial e traz consigo inúmeros os tipos de males físicos,

sociais e mentais. Nas aldeias indígenas esta realidade não é diferente. Em certas etnias,

como a Bororo, o problema é de tamanha gravidade que chega a abranger grande parte

da população. Temos conhecimento que a introdução da bebida alcoólica na etnia

Bororo foi reconhecida como a grande arma de pacificação, amansamento e alguns

motivos mais, para a conquista dos fazendeiros, militares, missões, etc.

Sentimos, diante de uma realidade tão dramática, a obrigação de, como integrantes do

serviço de saúde indígena e como cidadãos, iniciar um trabalho de prevenção e

intervenção em relação o alcoolismo. Somos cientes de que o alcoolismo não tem cura,

trata-se de uma doença crônica e uma vez adquirida pode se agravar na medida em que

o doente persiste no uso do álcool. Mas é importe frisar que o alcoolismo é passível de

controle e recuperação. Com esta intenção iniciamos o projeto PAI há 3 anos e a cada

dia ele vem se firmando e fortalecendo, apoiado na confiança manifestada pelos Bororo,

tanto para as pessoas que apresentam esta doença como para suas famílias. Este

programa visa a abordagem dos dependentes de drogas lícitas e ilícitas nas comunidades

indígenas, promovendo a redução de danos e buscando uma melhor qualidade de vida.

Ao longo de três anos, progressivamente, 35 pacientes aderiram ao tratamento. No

desenvolvimento deste trabalho, varias dificuldades foram encontradas, como a

influência histórica negativa do branco, a auto-estima baixa, dentre outros, mas

observamos que o Projeto PAI criou raízes sólidas e a cada dia aumenta a procura dos

Bororo, querendo participar desta experiência de recuperação do alcoolismo.

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PROGRAMA DE REABILITAÇÃO DO AGRESSOR EM VIOLÊNCIA SEXUAL

Prefeitura Municipal de Canarana

Josiane de Oliveira Machado Pörsch

[email protected]

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a violência doméstica e sexual

como um problema de saúde, atinge em sua maioria mulheres e crianças, afetando a

integridade física e a saúde mental dos vitimados. A preocupação com a violência

coloca-se hoje como uma situação central para muitas sociedades. Inúmeras causas são

apontadas como fatores que propiciam o aumento da violência, entre eles as imensas

desigualdades econômicas, sociais e culturais, a disseminação das drogas ou mesmo a

chamada cultura de massa. Uma face assustadora deste fenômeno é que a violência

passa a ser vista como natural, restando, aos que são afetados, aprender a conviver com

ela. Tudo isso age diretamente sobre a família como parte do cotidiano e, pior, leva à

reprodução de modelos de comportamento nas próprias relações familiares, e tem sido

responsável pelo alto índice de desajustamento social e familiar. Crianças que vivem

sob uma situação de violência aprendem a usá-la como forma de vida, tem grande

possibilidade de reproduzi-la nos seus relacionamentos, seja na condição de criança,

jovem ou adulto. Diante desta realidade, muito se tem falado sobre o atendimento às

vítimas, em contrapartida há uma escassez de programas de atendimento com ações

terapêuticas e investigativas centradas no agressor. Verifica-se que tal escassez é

sustentada assertivamente pelo fato de que este grupo apresenta resistências em falar

sobre a violência comparado às vítimas, entretanto, uma outra perspectiva seria a

possível falta de preparo dos profissionais da saúde mental em atender esta demanda

terapêutica. Diante do exposto, para o enriquecimento das investigações relativas ao

tema “violência sexual e doméstica” e para a formulação de efetivas intervenções

preventivas contra este fenômeno, é indispensável focar a atenção no estudo das causas

da violência a partir do agressor, considerando o contexto em que a violência acontece e

também o fato de que a atenção ao agressor não deve se limitar a ações punitivas e sim,

visar a sua ressocialização.

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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ESCOLARES DA REDE MUNICIPAL DE

ENSINO DA CIDADE DE CAMPINÁPOLIS/MT: UMA INTRODUÇÃO AO

PROBLEMA.

Prefeitura Municipal de Campinápolis

Rúbia de Sousa Lima Menardi

[email protected]

Avaliação Nutricional de escolares da rede Municipal de ensino da cidade de

Campinápolis/MT: uma introdução ao problema. Nos últimos anos tem sido muito

discutida aquestão da obesidade, em todo o Brasil e em diferentes classes sociais. Ao

mesmo tempo, no Brasil ainda se discute o problema da fome e desnutrição que atinge

milhares de brasileiros e é considerado um grande problema de saúde pública. Além de

viver um momento importante, ou seja, a ocorrência de mudanças nos padrões

alimentares de indivíduos em conseqüências de modificações em sua dieta decorrente

de mudanças sociais, econômicas e influência da mídia. Objetivo: avaliar o perfil

nutricional de escolares matriculadas em escolas públicas da rede municipal de ensino

da cidade de Campinápolis/MT. Metodologia: Foram analisadas 848 alunos, agrupados

em faixa etária, sexo e unidades escolares, sendo 03 escolas de ensino fundamental e 01

creche. Foram mensurados dados antropométricos(peso e altura) para avaliação de seu

estado nutricional e analisadas conformes padrões de referências do NCHS, 1977 e

NHANES, 1995. Resultados: Dos alunos avaliados 170 (20,0%) apresentaram baixo

peso e 60 alunos (7,0%) apresentaram obesidade. Os elevados índices de desnutrição

entre escolares da rede municipal de Campinápolis, pode ter sua origem atribuída

especialmente às condições sócio econômicas desfavoráveis, dificultando o acesso a

uma alimentação adequada e completa. Os maus hábitos alimentares, o sedentarismo e a

ausência de uma qualidade de vida adequada e saudável na infância perpassam todas as

camadas sociais e se faz presente também entre as crianças consideradas eutróficas para

o peso.

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IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL DO DSEI CUIABÁ/MT.

FUNASA/DSEI Cuiabá

Emiliana Honória Campos Ferro da Costa.

[email protected]

O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional Indígena (SISVAN Indígena) é um

instrumento de informação-ação, especialmente de âmbito local, que visa: reorganizar a

rotina de atenção nutricional em saúde pública, oferecer subsídios para a formulação de

políticas e ações voltadas à melhoria das condições nutricionais e de saúde dos povos

indígenas, e, por meio da identificação de grupos/áreas prioritárias que se apresentam

em risco nutricional, facilitar a demonstração aos gestores das necessidades de recursos

humanos, técnicos, materiais e financeiros. A proposta do Sisvan está embasada no

processo de determinação do estado nutricional, do consumo alimentar e da

intersetorialidade. Desde o início de sua implantação no DSEI Cuiabá em meados de

novembro de 2006, o SISVAN Indígena tem obtido resultados, como o crescente

aumento da cobertura de acompanhamento do estado nutricional. Em 2006 o programa

obteve uma cobertura de 10,58% das crianças, com um índice de 17,4% de baixo peso.

Em 2007, uma cobertura de 36,41%, com um índice de 15,8% de baixo peso. De janeiro

a junho de 2008, uma cobertura de 61,62%, com um índice 10,75% de baixo peso.

Atividades realizadas em 2007: Chamada Nutricional, atividades na Semana da

Amamentação, Oficinas de Capacitação para Implantação do Sisvan Indígena para

profissionais de área, distribuição de equipamentos antropométricos. Atividades para

2008: Oficinas de Capacitação para profissionais de área, participação no inquérito

nacional nutricional para a população indígena, participação na promoção do I

Seminário em Segurança Alimentar e Nutricional Indígena do DSEI Cuiabá/MT

(buscando a intersetorialidade), participação com Sesi/Cozinha Brasil para realização de

oficinas de educação em saúde; implantação do programa Suplemento de Ferro em área

indígena, produção de suplemento alimentar artesanal. O Sisvan trabalha com a

focalização, ou seja, priorizando grupos de risco. Em 2007 foi implantado o

acompanhamento sistemático do estado nutricional de crianças menores de 07 anos e

em 2008 foi acrescentado o acompanhamento sistemático de gestantes e o levantamento

de perfil nutricional de idosos. Resultado esperado: as informações e ações contribuam

efetivamente para o controle dos problemas identificados, para a prevenção e promoção

da saúde e nutrição.

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO CONTROLE DE ENDEMIAS E ZOONOSES.

Secretaria Municipal de Saúde de Rondonópolis-MT

Zélia Carneiro De Vasconcelos; Edgar Da Silva Prates

[email protected]

Diante do aumento da incidência de alguns agravos, a Vigilância Ambiental, fortaleceu

as ações com medidas educativas e preventivas através da implantação e capacitação de

uma equipe específica para trabalhar educação em saúde no controle de endemias e

zoonoses diretamente com população. Com o objetivo de realizar ações educativas

visando a redução da incidência de doenças endêmicas, através da mobilização da

Comunidade e Entidades de Classes; Divulgação na Mídia e palestras educativas em

segmentos diversos; Participação nos Mutirões Setorizados; Capacitação de

Profissionais da Saúde e Educação para atuarem como multiplicadores nas ações de

conscientização da população sobre a importância de manter na rotina doméstica o

controle mecânico e biológico de pragas e vetores, mantendo ambiente limpo e saudável

de forma individual e coletiva, para assegurar a saúde pública. A partir das ações

desenvolvidas houve uma significativa redução do número de agravos, melhor

integração entre agentes de saúde, comunidade e poder público. Foi

sugerido realizar treinamentos para atualizar informações sobre Educação em Saúde e

Mobilização Social, dinamizar novas metodologias, apoio e estrutura para realizar ações

educativas, efetivar equipe no organograma da SMS através de concurso público para

profissionais de nível superior, priorizar as ações no Programa de Governo.

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VIGILÂNCIA EM SAÚDE E ATENÇÃO BÁSICA, INTEGRAÇÃO

FORTALECE E QUALIFICA

Escritorio Regional de Saúde de Peixoto de Azevedo

Guiomar Salete Geremia Bialas; Loredanea Menezes Coimbra; Maria José Oliveira Paz;

Maria de Lourdes Lopes Silva

[email protected]

A Vigilância em Saúde e Atenção Básica estão pautadas, em ações que visam à

prevenção, a promoção e recuperação da Saúde, e possuem como ponto de partida para

desencadear o processo de planejamento a territorialização, tendo como pressuposto

fundamental não apenas um espaço delimitado geograficamente, mas sim um espaço

onde as pessoas vivem, estabelecem suas relações sociais, trabalham, cultivam suas

crenças e culturas o que permite que as prioridades acerca de problemas e grupos sejam

definidas de acordo com as necessidades reais da população, refletindo no

estabelecimento de ações mais adequadas e, portanto, mais resolutivas. Planejar as

ações que deverão ser executadas em um determinado território, exige articulação de

gestão em saúde e incorpora os princípios fundamentais da Vigilância em Saúde e

Atenção Básica que têm como base a analise da situação de saúde. O Escritório

Regional de Saúde de Peixoto de Azevedo através de suas ações rotineiras, reunião com

gerentes de endemias e oficinas para monitoramento dos indicadores do SISPACTO

implantados desde 2005 e com advento do PACTO pela SAÚDE e a Unificação das

Pactuações por meio do SISPACTO 2007, percebeu a importância da associação de

conhecimento e ações sendo assim no intuito de fortalecer capacidade de execução das

ações propõe reuniões integradas entre os setores visando compartilhamento de

informação entre os profissionais de saúde e mobilizar esforços para que reconheçam a

realidade contribuindo para planejamento e programação mediantes aos problemas

detectados. Essa atitude de integrar produz um efeito potencializado das ações. As

reuniões são realizadas bimestralmente com discussões a partir de apresentação dos

relatórios das atividades desenvolvidas pelos municípios, dando ênfase para analise dos

sistemas de informação, troca de experiência, repasse e construção de cronogramas

visualizando a resolutividade das situações elencadas. Tais reuniões vêm produzindo

efeitos satisfatórios sendo rapidamente observada a fidedignidade dos dados do sistema

de informação. Estes encontros reconhecem a importância da integração na pratica e

constitui-se como espaço de articulação, de conhecimento e técnicas, sendo possível a

aplicação por outros setores da saúde com vistas a melhorar a qualidade de vida da

coletividade.

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INTEGRAÇÃO DE INFORMAÇÕES EM VIGILANCIA EM SAÚDE E

MODELOS LOGÍSTICOS DE OTIMIZAÇÃO PARA PREVENÇÃO E

COMBATE À DENGUE.

Escritório Regional de Saúde Cáceres

Josdemar Muniz de Moraes; Nilza Nobre Malheiro Hayashi; Denis Almeida Ribeiro;

Helio Rangel Soares

[email protected]

A dengue, segundo a Organização Mundial de Saúde é um dos principais problemas de

saúde pública no mundo. A intrasetorialidade da Vigilância em Saúde nas três esferas de

governo é fundamental para a promoção a Saúde e o fortalecimento do SUS. Esse

trabalho realizou em conjunto com o Escritório Regional de Saúde Cáceres (ERSC) e as

doze Secretarias Municipais de Saúde (SMS) de abrangência, localizadas na região

sudoeste do estado. O objetivo é em consolidar informações da doença e do vetor por

semana epidemiológica (SE), sendo de vital importância para otimizarmos nossas ações

e subsidiando os gestores de combate a dengue nas tomadas de decisões de maneira

oportuna. O método foi através da instituição de uma Planilha Ecoepidemiológica de

fluxo semanal, onde a Vigilância Epidemiológica informa o número de casos

notificados e confirmados da doença e a Vigilância em Saúde Ambiental informa o

número de imóveis trabalhados e o índice de infestação predial do Aedes aegypti. Essas

informações semanalmente são alimentadas em gráficos itinerante no ERS (um para

cada município) e nas SMS e, ainda na SMS são espacializados num mapa municipal

(croqui) com alfinetes coloridos os imóveis que teve casos da doença e onde positivou

para o mosquito. Esses dados são mensalmente comparados com os sistemas de

informação em saúde (SINAN e SISFAD). Os resultados foram na agilização das

informações, especialmente ao ERSC, sobre a dinâmica espacial-temporal da doença e

do vetor, propiciando ao estado e ao município ações precoce e focalizadas na sua

precaução e no seu controle e, também, intrasetorializando os trabalhos entre Atenção

Básica e Vigilância em Saúde, principalmente entre os Agentes Comunitário, Ambiental

e Sanitário, alem de subsidiar ações continuas de mobilização social em educação em

saúde. Verificamos o pleno êxito dessas experiências pioneira, as quais vêm atendendo

às necessidades do gestor em tempo hábil, no planejamento e na designação dos

serviços de prevenção e de combate à dengue. Entretanto recomendamos sua

implantação e utilização em prol a Saúde Pública visando a Qualidade de Vida.

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POSSIBILIDADES DE ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICO - METODOLÓGICAS

PARA A FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO PERMANTENTE À LUZ DA PNH

Escola Pública de Saúde de Mato grosso

Alaíde de Alencar Taques Siqueira, Eloá de Carvalho Lourenço, Jacqueline Fernandes

de Cintra Santos, Janil Oliveira, Joseane Regina Evangelista de França, Marivanda Inez

Rodrigues Pereira Eilert, Noíse Pina Maciel

[email protected]

Esta UP é composta por três instituições: A Escola Pública de saúde de Mato grosso, O

Instituto de Saúde Coletiva da Universidade federal do Mato Grosso e a Secretaria

Municipal de Saúde de Cuiabá. Este estudo, denominado produto, busca

prioritariamente, traçar um caminho de fazer PNH em nível de formação e educação

permanente. Considerando que no eixo da Educação da Política Nacional da

Humanização (PNH) preconiza a inserção do conteúdo e das diretrizes e dispositivos

através do aprimoramento de disciplinas e da formação, considerando também que os

princípios e da política se baseiam em uma tríplice aliança de transversalidade,

inseparabilidade entre atenção e gestão nos processos de produção de saúde e

protagonismo de sujeitos e coletivos (Brasil, 2006), entendemos que esses preceitos

disparam movimentos nas políticas públicas de saúde que se traduzem em uma série de

possibilidades metodológicas. Entendemos como pedagogia e metodologia as seguintes

definições: Pedagogia: Ciência ou disciplina cujo objetivo é a reflexão, ordenação, a

sistematização e a crítica do processo educativo. Metodologia: Conjunto das etapas a

seguir num determinado processo, uma forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto de

regras para ensino. Esta UP compreende que o conhecimento é o meio de transformação

da realidade e que, por conta desta peculiaridade, a questão da seleção e organização

dos conteúdos escolares ainda é tratada do ponto de vista exclusivamente técnico nos

cursos formadores do profissional de saúde e nas capacitações ao longo da vida

profissional. Com este trabalho visamos subsidiar possibilidades metodológicas

voltadas para formação e educação permanente a partir dos princípios e diretrizes da

PNH, no Estado do Mato Grosso. Incitar a formação de redes capazes de ampliar os

graus de transversalidade da inseparabilidade entre atenção e gestão proposta pela PNH.

-Estimular métodos e meios de capilarização dos princípios da PNH contribuindo com a

formação de multiplicadores. A PNH se constrói a partir de: princípios, métodos,

diretrizes, dispositivos ferramentas. Compreender os desafios inerentes ao processo

educativo é como escolher retalhos para uma colcha, ou mesmo fios para criar um

tecido. Hoje, vivemos a tarefa de costurar muitas informações, imensamente divulgadas

e disponibilizadas. Não se exclui desta roda a ampliação de atividades técnicas e

competências necessárias a manutenção de um sistema adequado para a produção da

saúde, o que se deseja vai além, se abre no leque de possibilidades de incluir esses

sujeitos/atores em sua realidade local com engajamento político e protagonista de ações

dinâmicas que produzam mudanças no sentido de melhoria contínua dos serviços

oferecidos aos usuários.

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RESULTADOS DO PROCESSO DE CAPACITAÇÃO EM BIOSSEGURANÇA

LABORATORIAL REALIZADO PELA EQUIPE DE MULTIPLICADORES DO

MT LABORATÓRIO (LACEN MT) ENTRE 2000-2008.

MT Laboratório

Clara Maria Borges de Figueiredo; Miriane Silva Marangon; Simone Auxiliadora de

Almeida Amorim; Vergínia Correa de Azevedo e Silva.

[email protected]

Visando a implantação de condutas de biossegurança em todos os laboratórios do país,

o Ministério da Saúde (MS) através da Coordenação Geral dos Laboratórios de Saúde

Pública (CGLAB), capacitou profissionais dos LACENs de todas as regiões para formar

equipes de multiplicadores. Tais equipes teriam como responsabilidade, capacitar

profissionais do SUS em cada estado da federação, objetivando sensibilizá-los para a

incorporação de novos conceitos capazes de transformar a realidade dos laboratórios de

saúde pública e melhorar as condições de segurança no trabalho e no ambiente. Durante

este período, a equipe de multiplicadores vem desenvolvendo diversas capacitações,

sendo parte delas subsidiadas por um convênio entre a Secretaria de Estado de Saúde e

o MS. Este trabalho tem como objetivo, apresentar alguns resultados das capacitações

realizadas pela equipe de multiplicadores do MT Laboratório entre 2000 e 2008. A

metodologia utilizada foi à pesquisa em documentos arquivados na Gerência da

Qualidade e Biossegurança do MT Laboratório. Como resultados, verificou-se que no

período foram realizados 25 cursos, nos quais foram capacitados 547 profissionais.

Desses, 144 são do MT Laboratório que apresenta um percentual de 93,5% profissionais

já capacitados, sendo que 67% são PNM e 33% são PNS. Outros serviços e municípios

do estado também tiveram profissionais capacitados. Conclusão: Verificou-se que

durante o período, a equipe conseguiu capacitar um número considerável de

profissionais, de diversas categorias e níveis de escolaridade, de diferentes instituições,

das três esferas de gestão e de várias regiões do Estado de Mato Grosso. Constatou-se

que foi fundamental para a implementação deste processo, a parceria com o MS, através

do convênio 2398/03, que possibilitou o aporte financeiro necessário para a realização

da maioria dos cursos ofertados. Destaca-se ainda, como essencial, o apoio contínuo da

direção do MT Laboratório, da SES e do MS para que este processo continue evoluindo

de forma a transformar e melhorar as condições de trabalho nos Laboratórios de Saúde

Pública do Estado de Mato Grosso.

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AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DA

DENGUE: UM ESTUDO DE CASO EM JUARA, MT.

Secretaria Municipal de Saúde de Juara

Arlete de Assunção Ramos, Rosana Soares Cangussu, Claudinei Lopes de Oliveira,

Norma Santana Rodrigues, Lairce Valério Pestana.

[email protected]

A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil. Os casos de

notificados no estado de Mato Grosso vêm crescendo a cada ano. O controle da

progressão de enfermidades como a dengue, provocadas por um vetor que se

desenvolve a partir de hábitos e costumes sociais da população, facilita a reprodução e

infestação do Aedes aegypti, pressupõe um forte componente de educação popular

utilizando-se de estratégias que incluam comunicação de massa, para que a população

altere seus comportamentos e mantenha seus domicílios preservados da infestação do

mosquito transmissor. Tendo como objetivo reduzir a incidência de dengue clássico e

evitar a ocorrência de dengue hemorrágico assim como diminuir os criadouros nos

quintais a Vigilância Ambiental do Município de Juara-MT, formulou um plano para

trabalhar educação em saúde nas escolas do município, abordando o combate a Dengue.

A atividade teve início no ano de 2005, sendo aprimorado e obtendo melhor resultado

em 2008 com a utilização de vídeo educativo e teatro de fantoches. No primeiro

semestre deste foram atendidas 18 escolas do município englobando a zona urbana e

rural. Os teatros e palestras são agendados antecipadamente e passaram a ser realizadas

pelo agente da área em conjunto com o supervisor e a Bióloga da Vigilância Ambiental.

A atividade dura em média 30 minutos por turma. Após a implantação das palestras nas

escolas e incentivo a limpeza dos quintais pelos moradores com apoio da Secretaria de

obras que atua na coleta dos lixos, foi possível diminuir no ano de 2008 o número de

notificações de Dengue. No ano de 2006 o Município de Juara teve 272 notificações, em

2007 189 notificações e em 2008 até o mês de agosto teve 36 notificações e 4 casos

positivos. As estratégias de educação e mobilização popular devem se inserir, em

consonância com os anseios da população, alcançando assim mudança de práticas em

relação aos criadouros dos vetores da dengue. Conclui-se que Toda a ação esperada pela

Vigilância ambiental não é só a Prevenção em nosso lar, mas também a Educação

ambiental, da população em relação ao lixo que a mesma produz.

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A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA O

DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES DE PREVENÇÃO PELA VIGILÂNCIA

EM SAÚDE MUNICIPAL.

ERS Tangará da Serra

Buhler, Barbara Ferraz

[email protected]

O Sistema Único de Saúde (SUS) integra as ações de saúde da União, Estados e

Municípios; cada esfera de gestão possui funções específicas e articuladas entre si.

Segundo a Portaria 1172/GM de 15.06.2004, compete às secretarias estaduais de saúde

a execução das ações de vigilância de forma complementar a atuação dos municípios.

De acordo com esta diretriz, uma das atividades desenvolvidas pela Secretaria de Estado

de Saúde de Mato Grosso (SES/MT), através do Escritório Regional de Tangará da

Serra (ERS/TS), consiste em supervisões “in loco” de todos os trabalhos promovidos

pelas secretarias de saúde dos municípios de sua área de abrangência. Entre estes

trabalhos estão o controle de endemias e a vigilância da qualidade da água, solo e ar. A

cada supervisão, são gerados relatórios que contém descrição das situações observadas e

análise do banco de dados da vigilância em saúde municipal. O presente trabalho tem o

objetivo de fazer uma reflexão acerca da importância da análise dos sistemas de

informação tanto na busca de conhecimentos sobre as condições de vida da população,

quanto na elaboração de propostas que visem à melhoria das ações de prevenção

desenvolvidas pelas secretarias municipais de saúde. Metodologia: Para tanto, foram

extraídos trechos dos relatórios técnicos elaborados pelo ERS/TS entre janeiro de 2007

e julho de 2008, que proporcionaram reflexões críticas sobre os dados. Resultados: Os

relatórios mostraram a necessidade de incentivar os técnicos das secretarias municipais

de saúde na análise de seu respectivo banco de dados, para que auxilie no

direcionamento das ações de prevenção de agravos.

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ATUAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE PARA O CONTROLE DA

HANTAVIROSE EMBARRA DO BUGRES - MT NO PERÍODO DE JULHO DE

2007 A JULHO DE 2008.

Secretaria Municipal de Saúde de Barra do Bugres/MT

Luciana Lopes Castanha Souto, Maria Silva de Souza, Wemerson Paulino Moura,

Eduardo Ardaia do Prado, Marcio Dionísio Silva Vidrago, Moacir Borges.

[email protected]

Em Barra do Bugres nos anos de 2007 e 2008 ocorreram 7 casos de Hantaviose onde

evoluíram para óbito 4 destes, com uma letalidade de 57%. A ocorrência da Hantavirose

em Barra do Bugres se deu em propriedades rurais, com atividades econômicas ligadas

a agropecuária, se tornando uma grande preocupação para as autoridades sanitárias e um

problema de saúde pública. Objetivos: Conhecer a distribuição e a história natural da

doença em Barra do Bugres; Identificar as áreas de circulação do vírus e seus fatores de

risco; Recomendar e notificar medidas de prevenção e controle. Métodos: Após a

notificação do primeiro caso suspeito de Hantavirose, a equipe de Vigilância em Saúde

programou um trabalho de inspeção e educação em saúde nas propriedades rurais do

município, notificando as propriedades que necessitavam de adequações, com um prazo

para as alterações e um retorno da equipe para reavaliação. Resultados: No retorno as

propriedades notificadas foi possível constatar que as propriedades adequaram em

média 70% do solicitado, diminuindo os riscos de contado entre o roedor silvestre e as

edificações das propriedades. Conclusão: Os trabalhos educativos e notificação para

adequações nas propriedades rurais não devem ser esporádicos e sim em caráter

permanente.

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CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO AMBULATORIAL DE NUTRIÇÃO DO

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MULLER, MATO GROSSO, 2006

Hospital Júlio Muller

Keyla Aparecida Pontes Lopes Dias

[email protected]

A caracterização dos serviços de saúde ambulatorial constitui-se num instrumento

fundamental para nortear avaliação do serviço. O presente estudo se propôs caracterizar

o Serviço Ambulatorial de Nutrição do Hospital Universitário Júlio Muller quanto a

identificação dos ambulatórios de nutrição, o perfil dos pacientes atendidos no

ambulatório geral no que se refere ao sexo, idade, o diagnóstico clínico e nutricional e a

adesão dos pacientes ao tratamento. Método. Trata-se de um estudo descritivo com

dados secundários dos formulários de controle diário de consulta do ambulatório geral

do Serviço de Nutrição Clínica do HUJM, do relatório mensal de produção dos

ambulatórios de nutrição registrado na Gerência de Nutrição e Dietética (GND) e do

registro de faturamento mensal dos ambulatórios no Setor de Faturamento do HUJM, no

ano de 2006. As análises estatísticas foram através da distribuição das freqüências

absoluta e relativa (%). Resultados. O serviço de nutrição clínica ambulatorial contou

com 07 ambulatórios gerando um total de 2855 consultas, sendo o ambulatório geral

responsável por 47,60% (1360) dos atendimentos, seguido pelo ambulatório de

amamentação 13,69% (391) e o grupo de obesidade 12,53% (358), sendo que este

último ocorreu em somente 04 meses do ano estudado. A clientela atendida no

ambulatório geral de Nutrição é composta primordialmente por pacientes do sexo

feminino 68,30% (388). Quanto à faixa etária grande parte da amostra é adulta (19–59)

71,65%(407). Dos pacientes atendidos 56,50% (321) desistiram em algum momento do

tratamento. No que se refere ao diagnóstico clínico e nutricional observa-se 74,50%

(425) de pacientes com excesso de peso, em qualquer grau desde o sobrepeso até a

obesidade severa, enquanto que 34,3% (195) apresentam hipertensão arterial sistêmica e

18,1% (103) com dislipidemia, estas patologias estavam associadas ou não entre si. O

procedimento do atendimento ambulatorial da nutrição, observou-se uma diferença do

que a nutrição produz e o que é registrado para o Sistema de Informação, em todos os

meses do ano, perfazendo uma diferença de 50,34%, ou seja, 956 consultas não

registradas no serviço. Conclusão: Verifica-se a importância do atendimento em grupo

para a produção do ambulatório e também a necessidade de registrar adequadamente as

consultas realizadas para o Sistema de Informação Ambulatorial.

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PROJETO DIA Z

Centro de Controle de Zoonoses - Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.

Simone Cristina da Costa, Caroline Almeida Pereira Sena, Kelen R. Malhado de

Siqueira.

[email protected]/simoninha_costa5

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Cuiabá realiza ações efetivas, por meio de

diferentes profissionais, sobre a transmissão, sintomas e prevenção das doenças

transmitidas entre homens e animais (as zoonoses). Orienta a sociedade com

informações precisas, educa e promove a saúde, melhorando assim a qualidade de vida

da população.As zoonoses (como dengue, raiva, leishmaniose visceral e doença de

Chagas) são problemas de saúde pública que muito tem preocupado as autoridades

sanitárias do Brasil e de Cuiabá. Apesar do eficaz trabalho de controle dos vetores - cujo

resultado se reflete nos indicadores, a insuficiente adesão da população às práticas de

controle de vetores no ambiente domiciliar, tem se revelado um grande obstáculo a ser

enfrentado com determinação e competência, porque, seguramente, todas as medidas

implementadas pelo poder público serão insuficientes, se não contar com a participação

efetiva da população. Desta perspectiva decorreu a necessidade urgente de intensificar

as ações educativas de combate aos vetores.Em Julho de 2006, quando completou 18

anos de existência, o Centro de Controle de Zoonoses efetivou o projeto Dia Z,

primeiramente atingindo o público de duas praças da capital (Alencastro e Ana

Martinha/Pedra 90/CAIC) e o Programa Ganha-Tempo. Nas atividades, técnicos e

Agentes de Saúde Ambiental interagiram com a comunidade de maneira dinâmica e

extrovertida, através de animação com apresentação de paródias musicais e gincanas,

exposição de fauna sinantrópica, do ciclo evolutivo do mosquito da dengue e

distribuição de material informativo.A mídia em geral tem sido de grande relevância, na

divulgação das orientações realizadas durante o Projeto, e dessa forma facilitado o

interesse da população pelas problemáticas apresentadas. O sucesso das atividades

demonstra a viabilidade da implementação das ações de educação ambiental, associadas

à mobilização da população pela promoção de saúde.

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PROJETO PILOTO DE REDUÇÃO DE CASOS DE DIARRÉIA NO BAIRRO

CELÍDIO MARQUES EM COLÍDER/MT

Departamento de Vigilância Epidemiológica de Colíder

Denise Pontes Duarte, Daiana Araújo da Silva

[email protected]

A diarréia se caracteriza por grande perda de líquidos e eletrólitos corporais, causando

desidratação que, dependendo do grau, pode levar à perda de peso, podendo evoluir para

um choque hipovolêmico e até mesmo a morte da pessoa. As condições higiênico-

sanitárias precárias facilitam as diarréias de origem infecciosa, que, em geral, são

causadas por diferentes agentes. O bairro Celídio Marques, apresentou, em 2005, 20%

dos casos de diarréias notificados no município de Colíder-MT. A partir da situação

apresentada houve o desenvolvimento de um projeto piloto, iniciado em maio de 2006 e

desenvolvido em parceria com as vigilâncias do município de Colider-MT; bem com

ACS (agentes comunitários de saúde); Equipe do PSF local em parceria com equipe de

Educação em Saúde objetivando a redução dos casos de diarréia. Teve-se como escolha

de ação primária, o bairro supra citado por possuir uma equipe de PSF no local, a qual

poderia estar prestando melhor assistência e acompanhamento nos casos novos que

viessem a surgir no decorrer do desenvolvimento das ações planejadas. Tiveram-se

como metas e ações, a realização de reuniões com equipe do “PSF Celídio Marques”;

capacitação dos agentes comunitários de saúde e equipe de Educação em Saúde;

realização de palestras para a comunidade local; elaboração de folder informativo;

realização de visitas domiciliares, acompanhamento dos casos existentes e os novos

casos que viessem a surgir. Após o desenvolvimento destas ações avaliaram-se os

resultados alcançados através de gráficos estatísticos. Diante do apresentado buscou-se,

com o presente estudo, responder a seguinte questão: “o que levar a diminuição dos

casos de diarréia”? Portanto a proposta deste estudo foi compreender e desenvolver

atividades voltadas a orientação da comunidade e melhor capacitação dos profissionais

de saúde sobre aspectos relacionados à higiene domiciliar e a notificação das diarréias,

realizando, assim, um trabalho preventivo, implementando formas de ação sobre o

problema que havia desencadeado casos anteriores. Todo esse projeto foi desenvolvido

em parceria com as vigilâncias do município de Colíder-MT; bem como ACS (agentes

comunitários de saúde); Equipe do PSF local em parceria com a equipe de Educação em

Saúde. Pode-se observar uma considerável diminuição nos casos notificados no bairro

em questão tendo como fatores principais a melhoria da informação prestada aos

profissionais de saúde e a comunidade e a orientação continuada.

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PROJETO VIDA LONGA

Secretaria Municipal de Saúde de Matupá

Jane Capistrano da Cunha Volcean, Meyre Aparecida Pereira de Assunção, Clarisse

Maria Sala Machado

[email protected]

O município de Matupá - MT, tem uma população de 14.243 habitantes (IBGE - 2007)

e com a cobertura de ESF de 77%. Temos cadastrados 1199 hipertensos e 355

diabéticos, representando alta incidência entre a população em relação a outras doenças.

Este projeto teve início em abril de 2007 em uma unidade de saúde, abrangendo

atualmente toda área urbana do município. Tem como objetivo demonstrar que, com

informação, assistência integral, através de uma equipe multidisciplinar, educação

quanto a hábitos de vida saudável, tais como, realização de exercícios físicos regulares e

boa alimentação, terão resultados positivos para normalização da pressão e controle da

diabetes com conseqüente retirada gradativa da terapia medicamentosa. Para as

atividades são utilizados os ginásios de esportes, quadras poliesportivas, pista de

caminhada do lago, avenidas asfaltadas e unidades básicas de saúde. Estão sendo

realizadas reuniões mensais com grupos em cada unidade básica para a introdução de

palestras educativas, entrega de medicamentos. Cozinha experimental: Oficinas de

alimentação para pequenos grupos uma vez por semana com nutricionista utilizando

produtos regionais, havendo participação da família quando necessário. Atividades

físicas: Os grupos são divididos por unidades básicas, são supervisionados por

fisioterapeuta com freqüência de três vezes por semana. Dentre essas atividades temos

alongamento, aquecimento, relaxamento e caminhadas de 40 a 50 minutos. Realização

de Mostra de Saúde com as escolas, buscando a conscientização, prevenção e mudanças

de hábitos de vida. Com este projeto pretendemos reduzir o índice de morbimortalidade

destas doenças; melhorar a sociabilidade e auto-estima, fatores que favorecem

alongevidade com qualidade; reduzir a compra de medicamentos, a realização de

exames complementares e internamentos de média e alta complexidade, tornando um

hábito do portador de hipertensão e diabetes a prática de uma alimentação saudável e de

exercícios físicos regulares; e que a população escolar se conscientize mudando hábitos

para prevenir a hipertensão e a diabetes.

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SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO PROGRAMA DE SAÚDE BUCAL NO DSEI

CUIABÁ – FUNASA

FUNASA- DSEI/MT

Osmara Grecco Nogueira

[email protected]

Com o intuito de contribuir com a missão institucional da Fundação Nacional de Saúde

FUNASA, e imprimir qualidade de vida aos povos indígenas, o Departamento de Saúde

Indígena - âmbito federal da FUNASA, elaborou um novo modelo de organização de

serviços em saúde bucal através das “Diretrizes para Atenção à Saúde Bucal nos

Distritos Sanitários Especiais Indígenas”, publicada em 2007 e implantada no Distrito

Sanitário Especial Indígena de Cuiabá nesse mesmo ano. Este modelo contempla a

realidade epidemiológica das comunidades assistidas, considerando o contexto cultural

das etnias indígenas e os princípios do Sistema Único de Saúde e preconiza a

simultaneidade de ações preventivas e curativas, coletivas e individuais, visando o

controle das infecções intra-bucais através da ação integrada com outras áreas da saúde

e da atuação de recursos humanos auxiliares. O maior desafio do novo modelo consiste

em mudar o enfoque assistencial do individual para o coletivo, exigindo a ruptura de

paradigmas tecnicistas presentes na formação acadêmica da Odontologia e valorizar

técnicas inovadoras coerentes com a infra-estrutura das aldeias indígenas, como

tratamento restaurador a traumático – ART - que viabiliza a assistência odontológica em

locais onde não consultórios. Esta técnica é consiste na curetagem manual do tecido

cariado e selamento com ionômero de vidro restaurador, cuja propriedade de

assimilação de floretos do meio bucal possibilita a remineralização dos tecidos dentais e

redução da microbiota residual (FRENCKEN et al, 1998). Com a implantação deste

modelo de atenção no Distrito Sanitário Especial Indígena de Cuiabá em 2007 a

vigilância em saúde bucal é realizada pela inserção dos dados coletados mensalmente

nas aldeias em um sistema informatizado que apresenta, através de fórmulas

programadas, os principais indicadores do Programa de Saúde Bucal, como cobertura da

distribuição do material de higiene bucal, média de participantes nas escovações

supervisionadas coletivas, cobertura de tratamentos básicos concluídos (ou controle da

infecção intra-bucal), bem como os indicadores de cobertura dos procedimentos

individuais realizados. O modelo de informação vigente no DSEI Cuiabá possibilita o

monitoramento e a vigilância da assistência à saúde bucal prestada às comunidades

indígenas (86 aldeias), viabilizando a produção de informações precisas em tempo real,

que subsidiam a avaliação da assistência prestada a essas comunidades e o planejamento

das ações futuras.

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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR: CONQUISTAS, DESAFIOS

E PROPOSTAS.

Vigilância Epidemiológica/SES

Quéli Cristina de Oliveira

[email protected]

Com o intuito de melhorar o processo da Vigilância Epidemiológica em Âmbito

Hospitalar (VEH) quanto às constantes subnotificações hospitalares e sensibilização dos

profissionais da área de saúde quanto à importância desta vigilância no seu dia-a-dia,

bem como sua constante atualização, deu início em Setembro de 2006 a criação do

Projeto de Implantação da VEH. Este tem como objetivo a educação continuada da

comunidade hospitalar quanto ao fortalecimento da vigilância epidemiológica, através

de reuniões periódicas nos hospitais abordando temas de Doenças de Notificação

Compulsória (DNC), de acordo com o diagnóstico situacional de cada unidade. Este

estudo consiste em um relato de experiência onde descreve o processo de

Implementação da Vigilância Epidemiológica em âmbito hospitalar nos hospitais

públicos e privados do Município de Cuiabá e Várzea Grande, no período de setembro

de 2006 a julho de 2007, avaliando a importância de sua aplicabilidade. Neste período

foram realizadas 32 reuniões, dando uma média de 4 reuniões da Vigilância

Epidemiológica nos hospitais, com 3 horas de duração. Os temas mais abordados e

solicitados nas reuniões foram meningites, devido à relevância da mesma em âmbito

hospitalar. Do total de 385 participantes no período de janeiro de 2006 a julho de 2007,

43% (N=165) eram enfermeiros, 21% (N=82) técnicos de enfermagem e apenas 3,4%

(N=13) eram médicos. Este dado mostra a relevância do profissional enfermeiro frente

à vigilância epidemiológica hospitalar. Diversas dificuldades foram elencadas pelos

profissionais de saúde durante as reuniões como: Ausência de educação continuada

relacionada a VEH; Fichas de Notificação preenchidas incompletas e resistência médica

quanto a notificação de agravos. Nota-se que a falta de capacitação em vigilância

epidemiológica, observada durante a execução do projeto no ambiente hospitalar,

interfere na continuidade das ações de vigilância. Sendo assim, o presente estudo

requer a continuidade das ações dessa Vigilância em âmbito hospitalar, bem como o

estabelecimento de rotina dentro do próprio ambiente hospitalar quanto à discussão da

vigilância epidemiológica.

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DENGUE UMA PROBLEMÁTICA A SER ENFRENTADA

INTERSETORIALMENTE NO MUNICÍPIO DE COLIDER – MT

Departamento de Vigilância Epidemiológica de Colíder

Daiana Araújo da Silva, Denise Pontes Duarte

[email protected]

Dentre as várias ações desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento

Básico do município de Colíder, pode-se citar o combate a Dengue. Nos últimos anos

vem observando-se uma mudança de perfil da etiologia, não somente em nosso

município, mas em todo o estado de Mato Grosso, fato pelo qual nos alerta para a

necessidade de intensificação das ações da Vigilância em Saúde em tempo hábil, de

forma articulada e organizada com outros setores da sociedade. A escolha da Dengue

para o presente estudo está fundamentada no aumento significativo de notificações e

casos positivos registrado no ano de 2007 comparado aos anos anteriores. O presente

trabalho trata-se de uma pesquisa descritiva através de analise documental. Foram

utilizadas as bases de dados secundários do DATASUS, da Secretaria Municipal de

Saúde e Saneamento Básico, SINAN e do IBGE. Realizou-se análise dos casos

notificados e incidência de Dengue no município de Colíder – MT, nos últimos quatro

anos, bem como descrição das ações já realizadas e identificação dos potenciais

colaboradores na organização de ações para minimizar os atuais problemas no que diz

respeito à patologia. A investigação foi realizada junto a Secretaria Municipal de

Saúde. Foram usados dados estatísticos da Atenção Básica de Saúde dos anos 2004 a

2007. Na Coleta de dados foram realizadas entrevistas aos coordenadores e ao

Secretário Municipal de Saúde, referentes às competências formais de cada Vigilância,

serviços desempenhados atualmente e possíveis projetos para amenizar as problemáticas

enfrentadas e futuras, para o combate a Dengue. Buscou-se sistematizar e objetivar as

informações, permitindo analisar que o trabalho desenvolvido pelas vigilâncias ainda é

falho, tanto na comunicação intersetorial, planejamento conjunto e programação de

ações. Por outro lado destaca-se a melhora da investigação, notificação e orientação à

população e a implantação de mutirões de limpeza em parceria com a Secretaria

Municipal de Infra-estrutura. Deve-se em consideração que o município de Colíder está

situado no eixo entre Sinop e Alta Floresta, municípios estes que estão entre os que

tiveram maior número de casos notificados no ano de 2007 em Mato Grosso: Em

qualquer situação para tanto precisamos manter-nos alertas e buscar identificar

precocemente os casos de dengue, para que haja a possibilidade de tomarmos decisões,

implementações e medidas preventivas e principalmente evitar óbitos, o que em alguns

casos não é possível, devido a precários recursos que ainda disponibilizamos.

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE NAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE VÁRZEA

GRANDE: INFORMAÇÃO, PREVENÇÃO E PARTICIPAÇÃO.

Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande/CCZ,

Vilma Juscineide de Souza, Kamila Karolyne Silva Barros, Fernanda Cristina Campos

Santana, Vanessa da Silva e Helenir Nunes Vieira.

[email protected]

A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao seu processo de

socialização. O que nela se faz e se diz, representa um exemplo daquilo que a sociedade

deseja e aprova. Tudo o que acontece na escola as crianças partilham com os pais em

casa. Assim, além de formar novas gerações, a escola tem esta função importante de ser

agente formadora de opinião. Baseado nisso, o CCZ-VG realiza atividades educativas

voltadas para a sensibilização dos alunos, com o objetivo de transformá-los em agentes

multiplicadores no trabalho de prevenção e controle dos mais diversos fatores de riscos

ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à saúde. Esse trabalho é realizado

através de apresentações teatrais e de fantoches como forma de educar, uma vez que

estes desempenham papel chave para o trabalho participativo, pois utilizam o impacto

emocional para levar à reflexão sobre determinado assunto e sua linguagem popular

permite trabalhar com os mais diversos níveis culturais conseguindo assim, reunir dois

propósitos: informação e participação. A referida atividade tem como público alvo

alunos da rede pública de ensino estadual e municipal, bem como da rede privada do

município de Várzea Grande. Esta ação prioriza as escolas que se localizam em bairros

que apresentam índices de infestação mais elevados e/ou em áreas “silenciosas”, ou

seja, que apresentam índice de infestação do Aedes aegypti igual a 0%. Após análise de

infestação no período de janeiro de 2007 a junho de 2008, verifica-se que em alguns dos

bairros onde foram desenvolvidos os trabalhos de Educação em Saúde nas escolas

houve uma queda no índice de infestação para o vetor da Dengue. Sabemos que essas

ações se tratam de um processo contínuo e seus resultados dependem da mobilização

dos alunos junto à comunidade mediante realizações de medidas preventivas. Para isso,

se faz necessário à implantação de políticas públicas voltadas a educação ambiental

envolvendo alunos, educadores e comunidade, colaborando assim, na formação de

cidadãos socialmente responsáveis. Em torno disso, o CCZ-VG estabelece parcerias

com a Secretaria do Meio Ambiente, Secretaria de Educação e Serviços Públicos

priorizando a melhoria da qualidade de vida das populações, em especial das gerações

futuras.

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GM “GRUPO DE MÃES”

UDR – Unidade Descentralizada de Reabilitação “Cessen Ribeiro e Silva”

Regina Auxiliadora Moreira Uriel, Rodrigo S. Ribeiro, Tahiana M. Iglesias, Silvania E.

A. Nogueira,

Ana Paula E. Fernandes, Ilidiana M. De Andrade

[email protected]

O Período gestacional, para Brasil (2001), revela grandes mudanças fisiológicas,

anatômicas e emocionais, nessa dinâmica é comum surgirem dúvidas, medos, desejos,

expectativas. Muitas vezes essas dúvidas são esclarecidas com conhecimentos

empíricos ou ora não são respondidas e provavelmente pode oferecer um risco a saúde

do binômio. A equipe multiprofissional de saúde que tem sua prática envolvida com

educação em saúde também precisa reconhecer seu papel na execução de orientações a

essas mudanças, incentivo ao parto normal e ao aleitamento materno. Justificativa:

Frente ao anseio das gestantes pela ausência de um grupo em nosso município, então foi

criado o grupo de mães/gestantes. Objetivos: Orientar e esclarecer dúvidas, medos e

prepará-las para a chegada de seu filho, além de acompanhar e identificar sinais e

sintomas que comprometam a saúde do binômio. Apoio ao parto normal e aleitamento

materno. Metodologia: São realizados encontros semanais com palestras

multiprofissionais voltadas para prática preventiva através de orientações e troca de

experiências; e são oferecidas atividades esclarecidas tranqüilas e seguras para o

enfretamento dessa nova etapa de vida. Esperamos ter como resultado futuro o aumento

do índice de parto normal. Conclusão: Acreditamos que as informações bem como as

praticas realizadas proporcionarão uma segurança na gestação, parto, pós-parto e

puerpério. Recomendações: que as unidades de saúde: Hospitais, Laboratórios, ESFs,

UDRs... se mobilizem de forma interdisciplinar construindo assim uma prática

preventiva eficaz seguindo as diretrizes do SUS.

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INCIDÊNCIA DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR NO SUS POR FRATURA DE

FÊMUR NA POPULAÇÃO IDOSA NO ESTADO DE MATO GROSSO

Secretaria de Estado de Saúde

Eliane Maria Esperandio

[email protected]

A população idosa é mais vulnerável a sofrer lesões, a mais comum é a fratura de fêmur,

levando a perda significativa da capacidade funcional dos mesmos e às vezes até

ocasionando óbito. Evidenciar a incidência de internação hospitalar no SUS por fratura

de fêmur em pessoas idosas. Metodologia: O trabalho caracteriza-se como estudo

descritivo e quantitativo, onde se realizou levantamento das internações por fratura de

fêmur em pessoas de 60 anos e mais, no SUS, Estado de Mato Grosso, utilizou-se da

base de dados SIH/SUS (2007) da Secretaria de Estado de Saúde/MT. Foram

trabalhadas as internações de pessoas com 60 anos e mais no período de 01/01 a

31/12/2007, voltando-se as especificações quanto às internações por fratura de fêmur, as

variáveis analisadas referem-se ao sexo, idade e motivo principal da internação.

Resultados: O estudo possibilitou observar que a incidência de internações por fratura

de fêmur no SUS em pessoas idosas com 60 anos e mais foi de 22,68/10.000 habitantes

nesta faixa etária, predominando na faixa etária de 70 a 80 anos e mais (77,18%) e,

verificou-se que 56,25% dessas internações ocorreram no sexo feminino. Conclusão: Os

principais achados mostraram que a incidência de internações por fratura de fêmur em

pessoas idosas no SUS em Mato Grosso (2007), é alta, com maior ocorrência nas faixas

etárias de 70 a 80 anos e mais e em mulheres, que pode ser explicada pela maior

prevalência de doenças crônicas, maior exposição aos acidentes domésticos, partir dessa

faixa etária podem apresentar sarcopenia e geralmente maior expectativa de vida,

comparando-se ao sexo masculino da mesma idade. Considera-se importante a essa

população o desenvolvimento de ações de promoção e prevenção, tendo em vista a

manutenção da capacidade funcional e envelhecimento saudável.

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MEDIDAS ADOTADAS PARA PREVENÇÃO, ELIMINAÇÃO DE FOCOS DO

MOSQUITO TRANSMISSOR DO VÍRUS DA DENGUE E BLOQUEIO DE

CASOS DE DENGUE NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃOZINHO-MT.

Secretaria Municipal de Saúde de Ribeiraõzinho/MT.

Coordenadoria de Vigilância em Saúde

Rafaela Ferreira Ribeiro, Fernanda Natália Cordeiro Faccioni, Alcilene Maria Carneiro

[email protected]

A dengue é hoje uma das doenças com maior incidência no Brasil, atingindo a

população de todos os estados independentemente da classe social. A identificação

precoce dos casos de dengue é de vital importância para a tomada de decisões e a

implementação de medidas de maneira oportuna, visando principalmente o controle da

doença. O objetivo deste trabalho foi de identificar os casos de pacientes com dengue,

através da ficha de investigação do SINAN, eliminar focos e realizar o bloqueio de

casos notificados de dengue, visando contribuir para a eliminação de vetores

transmissores do vírus da dengue (Aedes aegypti), bem como a diminuição e/ou

erradicação da doença no município. Após o surgimento dos primeiros casos

diagnosticados foi organizado um mutirão de limpeza, envolvendo agentes de vigilância

em saúde e, parcerias com demais setores da prefeitura municipal. Esse mutirão foi

dividido em três grupos, onde cada um dos grupos era composto de um agente

ambiental que é treinado para realizar coleta e o tratamento de reservatórios que

contenham larvas do mosquito, com o inseticida temephós.O mutirão de limpeza se

estendeu por três semanas, para que pudéssemos atingir todos os bairros do município.

Em paralelo à ação do mutirão de limpeza, foi realizado o bloqueio do mosquito nos

pontos onde havia focos de dengue, ou seja, nas localidades onde havia pacientes com

dengue e no hospital municipal, onde ocorreu o atendimento primário. O bloqueio foi

realizado com bomba motorizada, utilizando cauda com óleo vegetal e cipermetrina

30%.Também foram realizados trabalhos de educação em saúde, com palestras em duas

escolas, uma estadual e outra municipal, onde tinham como público alvo, crianças,

adolescentes e adultos, e também no PAIF (Programa de Apoio Integral a Família). As

palestras foram ministradas pela bióloga da Vigilância em saúde Ambiental, enfermeira

e médico do PSF (Unidade de Saúde da Família). As palestras tiveram como conteúdos

o esclarecimento da população sobre o ciclo de vida do mosquito, assim como os quatro

estágios de vida do mesmo, os sinais e sintomas característicos da doença, e entrega de

folder explicativo, bem como a informação do quantitativo de casos. O conhecimento

sobre o vetor transmissor do vírus da dengue e sinais e sintomas da doença é primordial

para o conhecimento da população, tornando-os multiplicadores dos conhecimentos de

prevenção da dengue.

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VIGILÂNCIA DE ACIDENTES E VIOLÊNCIAS EM UNIDADE SENTINELA

NO MUNICÍPIO DE COLIDER-MT

Departamento de Vigilância Epidemiológica de Colíder

Daiana Araújo da Silva; Denise Pontes Duarte; Renata Cizauri dos Santos; Anderson

Pereira Martins.

[email protected] ; [email protected]

As causas externas – acidentes e violências – vêm-se apresentando, principalmente nos

anos mais recentes, entre os principais problemas de Saúde Pública em nosso País, seja

por sua magnitude, pelos custos que representam para a sociedade e pelos impactos

sociais e psicológicos nas vidas dos indivíduos e das famílias”. (Pimenta Junior 2007).

A Agenda Nacional de Vigilância, Prevenção e Controle dos Acidentes e Violências,

aprovada em 2005, contempla ações de aprimoramento e expansão da vigilância e do

sistema de informação de violências e acidentes, com treinamento e capacitação de

profissionais para gerenciamento e avaliação das intervenções propostas, a partir das

informações coletadas. Os indicadores epidemiológicos apontam Mato Grosso com uma

proporcionalidade de mortes por causas externas superiores ao índice nacional. Em

2005, o percentual de mortes por causas externas no país foi de 12,67%, enquanto em

Mato Grosso, este percentual foi de 19,98% no mesmo ano. Em relação a violência

homicida, houve um aumento de 55,9%, sendo o maior incremento no pais. Em Colíder

nos anos de 2004 e 2005 as causas externas configuraram a terceira e quarta causas

respectivamente da mortalidade. No Estado de Mato Grosso, foram contemplados, além

da capital, os municípios que possuíam unidades sentinelas para recebem incentivo

financeiro para implantação da Vigilância de Acidentes e Violências. A Secretaria

Municipal de Saúde e Saneamento Básico de Colíder foi executora dos inquéritos

realizados em 2007 e 2008 junto ao Hospital Regional de Colíder que possibilitou, a

partir do levantamento real dos casos de acidentes e violências ocorridos, conhecer o

Perfil epidemiológico e identificar os principais tipos de violência e acidentes por

causas externas. Foi utilizado Plano Operacional de Amostragem, através da coleta de

dados in loco distribuídos em plantões de 12 h em turnos alternados. A população de

estudo foi escolhida através de amostra de conveniência. Os dados consolidados de

2007 geraram um total de cento e noventa e sete notificações, sendo cento e setenta e

oito acidentes e dezenove violências, das quais cento e quarenta e quatro foram

notificações do sexo masculino e cinqüenta e três do sexo feminino, contabilizando um

total de cento e sessenta e seis casos do município de Colíder e trinta e um de outros

municípios. Houve três perdas e não se registrou nenhum caso de óbito. Tivemos a

constatação de que muitos acidentes e violências estão ocorrendo nas escolas, entre os

próprios alunos. A ficha de investigação apesar de ser extensa e por vezes complexa

conseguiu atender o objetivo de informar os dados o mais completo possível. Quanto

aos resultados de 2008 e o comparativo entre os dois momentos do inquérito,

encontram-se em fase de consolidação. O resultado final dos inquéritos visa o

planejamento em saúde e a adoção de políticas públicas integradas, incorporando-se na

rotina dos serviços de saúde.

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2

Vigilância em

Saúde Ambiental

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APRESENTAÇÃO ORAL

AÇÕES DO PROGRAMA VIGIAR NO MONITORAMENTO DA QUALIDADE

DO AR NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ-MT.

Coordenadoria de Vigilância Sanitária e Ambiental

Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá. Barros,V.C.S., Okada, K. R. B.

[email protected]

O município de Cuiabá possui 526.839 habitantes (IBGE, 2007) sujeitos às condições

adversas no período de estiagem que se estende entre os meses de abril a setembro,

devido à baixa umidade do ar e queimadas urbanas. A Diretoria de Vigilância à Saúde e

Ambiente da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) por meio da Vigilância em Saúde

Ambiental, está implementando as ações do Programa de Vigilância da Qualidade do Ar

– VIGIAR, com o Projeto “Respire vida, Evite queimada” e o Boletim Informativo de

Vigilância da Qualidade do Ar”, com o objetivo de sensibilizar a população na prática

de novos hábitos evitando atear fogo às folhas secas, lixo e terrenos baldios e

desenvolver parcerias com instituições públicas a fim de reunir esforços para minimizar

os impactos à saúde e ao meio ambiente. Foram identificados os locais e situações

predisponentes às queimadas como terrenos baldios, praças, áreas verdes e bolsões de

lixo. As instituições parceiras – Ministério Público Estadual, Secretaria de Meio

Ambiente, Defesa Civil, Secretaria de Infra-Estrutura Municipal – em ação conjunta

procederam à limpeza ou notificação dos responsáveis por essas áreas para a realização

de aceiros e eliminação de qualquer material passível de combustão. Paralelamente, a

Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Cuiabá afixou outdoors e

promoveu palestras em Unidades de Saúde, Escolas e Creches do Município com

atividades lúdicas, distribuição de folder e exibição de vídeo. As palestras foram

realizadas em 28 instituições com distribuição de 26.000 folders em 36 bairros com

histórico de queimadas urbanas. Foi implantado o Boletim Informativo de Vigilância da

Qualidade do Ar em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso,

atualmente mantido e disponibilizado pela SMS no site: www.cuiaba.mt.gov.br, que

contém informações sobre os níveis de material particulado e monóxido de carbono,

índice de radiação ultravioleta, previsão do tempo e dicas de promoção à saúde. As

ações do Programa VIGIAR têm caráter permanente e irão colaborar a médio e longo

prazo para uma melhor qualidade de vida na capital de Mato Grosso. Há percepção

técnica de uma melhoria na qualidade do ar em relação aos anos anteriores, porem tal

avaliação com base em dados é precoce devido a recente implantação das ações

programáticas.

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CASOS POSITIVOS DE RAIVA ANIMAL EM QUIRÓPTEROS NÃO

HEMATÓFAGOS EM ÁREA URBANA NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ

Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá/CCZ

Franco, F.C.S.L.;Mestre,G.L.C.;Sena, C.A.P.;Silva,C.P.A.;Siqueira,K.R.M.

[email protected]

Alterações no ecossistema como alta densidade de área verde, variedades de abrigos e

diversidades de alimentos têm contribuído para o aumento da população de morcegos

não hematófagos em área urbana. Os morcegos não hematófagos são grandes

controladores de insetos, responsáveis pela formação de plantas, transportadores de

pólen, devendo ser preservados conforme a Lei Federal n°9605/98. O objetivo deste

trabalho é descrever casos de raiva em morcegos não hematófagos no Município de

Cuiabá - MT, no período de janeiro de 2006 a julho de 2008. Foram examinados 137

morcegos não hematófagos, sendo que 119 eram insetívoros e 18 frugívoros. Cada

exemplar coletado foi encaminhado ao laboratório de referência (Laboratório de Apoio

a Saúde Animal - LASA), e submetidas às provas de imunofluorescência direta (IFD) e

prova biológica (inoculação em camundongos), para pesquisa do vírus rábico. De todas

as amostras pesquisadas 6 deram positivas para o vírus rábico totalizando 4,37 %, sendo

5 de morcegos insetívoros e 1 de frugívoro. Entre os casos citados, registra-se uma

agressão com vítima humana na cidade de Cuiabá. A distribuição dos morcegos

coletados segundo os distritos do Município no perímetro urbano e Peri-urbano,

conforme solicitações feitas pela população ao Centro de Controle de Zoonoses foram

de 5,1% no Norte, 19,7% no Sul, 40,9% no Leste e 34,3% no Oeste. As amostras

positivadas pelo laboratório de referência desencadearam a realização de investigações

epidemiológicas com bloqueio vacinal de 100% da população canina e felina, e o

encaminhamento da(s) vítima(s) a Unidade de Saúde. É importante ressaltar que mesmo

com o controle da raiva canina, há circulação do vírus rábico em diferentes espécies de

morcegos na área urbana. A informação da população, a sistematização dos trabalhos e

a integração dos serviços de atendimento médico e médico veterinário atuante

contribuem para a prevenção e profilaxia da raiva. É importante ressaltar que Cuiabá é

considerada cidade verde, devido à riqueza do seu ecossistema, devendo ficar em alerta

a possibilidade de aparecimento de novos casos de raiva animal.

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IMPLANTAÇÃO DE INSTRUMENTOS PARA ORIENTAÇÃO,

MONITORAÇÃO E AVALIAÇÃO OPERACIONAL NA AÇÃO DE

NEBULIZAÇÃO ULTRA BAIXO VOLUME (UBV) PESADO NO CONTROLE

DA DENGUE.

Escritório Regional de Saúde Cáceres

Josdemar Muniz de Moraes, Denis Almeida Ribeiro, Helio Rangel Soares

[email protected]

A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Conforme o

Programa Nacional de Controle da Dengue em situações epidêmicas ou emergenciais de

surto devemos intensificar ações integradas de controle, inclusive o controle químico

com aplicações de inseticida em tratamentos espaciais tipo nebulização UBV (Fumacê)

para reduzir a população do vetor Aedes aegypti. Nas ações operacionais do Fumacê

atualmente não existem instrumentos precisos para orientação técnica, que coloca em

risco toda a qualidade e efetividade, podendo prejudicar a saúde humana, o meio

ambiente e também favorecer a resistência do vetor ao inseticida. Este trabalho

objetivou melhorar os procedimentos operacionais e técnicos de Fumacê com a

implantação de instrumentos para orientação, monitoração e avaliação, com

informações altamente fidedignas. O trabalho foi desenvolvido no município de

Araputanga, através da implantação de um microprocessador e de um horímetro na

cabine do veículo. O microprocessador registra e memoriza a distância percorrida e a

velocidade média (odômetro e velocímetro digital), que orienta a velocidade

recomendada de 10 Km/h que quando desacertada emite um alarme visual e sonoro. O

horímetro registra o tempo de aplicação do inseticida. Essas informações somente são

registradas por meio da ativação da bomba de inseticida FMI (Fluid Metering Inc.), que

diferencia do atual sistema. Foram realizados 5 ciclos de Fumacê: o 1º e o 2º ciclo

executados tradicionalmente e o 3º, 4º e 5º com a utilização dos instrumentos. No 2º

ciclo foram 98.611 metros de distância em 533 minutos e utilizado de 110,9 litros de

inseticida. No 5º ciclo foram 98.482 metros de distância em 583 minutos e utilizado de

121,6 litros de inseticida. Diante desses resultados a velocidade média no 5º ciclo foi de

10,14km/h, enquanto no 2º ciclo foi de 11,1km/h, sendo 11% a mais do recomendado,

ocasionalmente 50 minutos a menos do desejável e em conseqüência 10,7 litros de

inseticida não nebulizado, que desconsidera as preconizações técnicas, principalmente

na dose de inseticida por hectare. Os resultados com a implantação desses instrumentos

mostraram eficiências técnicas e operacionais, quando comparados com os trabalhos de

rotina. O valor financeiro dos instrumentos é insignificante diante do custo dos

equipamentos e da ação de nebulização e aos benefícios sócio-ambientais. Entretanto

recomendamos sua implantação e utilização em prol a Vigilância em Saúde e a

Qualidade de Vida.

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ESTUDO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NOS ANOS DE

2003 A 2006 NA REGIONAL DE SAÚDE DE JUINA.

Escritório Regional de Saúde de Juina

Alessandro César Prudente Domingues, Nara Denise Anéas Mattioni,

HumbertoNogueira de Moraes, Marinete de Fátima Perusso Camilo

[email protected]

A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença primariamente zoonótica, não-

contagiosa. As leishmanioses acometem mundialmente cerca de 1,5 milhões de pessoas por ano,

atualmente, 12 milhões apresentam alguma forma da doença e 350 milhões estão expostos a ela

(DESJEUX, 2001). Sendo encontrada atualmente em todos os estados brasileiros, sob diferentes

perfis epidemiológicos. Neste estudo analisamos as variáveis: faixa etária, sexo, raça, ano, mês,

município, com a finalidade de verificar a maior incidência, proporção, prevalência e padrão

epidemiológico da LTA na Regional de Saúde de Juína, nos anos de 2003 a 2006 e co-relação

de dados dos casos notificados de LTA no sistema de informação SINANW/ERS/JUINA, no

período de 2003 a 2006. O cálculo realizado por 1000 habitantes, no período de 2003 a

2006 revela que em 2005 o município com maior coeficiente foi Juruena, com 15,92. Do total

de casos novos notificados (2311 casos) tem-se um percentual de 88,23% para o sexo masculino

e 11,77% para o sexo feminino. Na variável raça temos a predominância de casos em pessoas

pardas com um percentual de 49,84%, seguida de branca com 37,12%. Na forma clínica,

observamos que dos 2311 casos novos notificados, 97,36% correspondem à forma clínica

cutânea e 2,64% corresponde à forma clínica mucosa. Na variável faixa etária, do total de 2311

casos novos notificados, 2253 casos estão concentrados na faixa etária > de 10 anos,

ocorrendo maior prevalência entre 20 a 24 anos (17,97% casos) e 25 a 29 anos (15,49 %), o que

se justifica por serem as faixas etárias em mão-de-obra ativa dos trabalhadores. Na variável ano,

do total de 2311 casos novos notificados no período, a maior proporção ocorreu em 2005, com

28,30% dos casos. A maior incidência da doença, foi nos meses de agosto a dezembro,

concentrando 60,62% dos casos, que coincide com a ocorrência de chuvas em maior

intensidade e de temperaturas elevadas, fatores propícios à reprodução do vetor nessa época. A

prevalência de casos (casos novos e casos antigos) entre os anos de 2003 a 2006 se deu nos

municípios de Colniza com 24,20%, e Juína com 23,30%. A maior incidência de LTA no

período avaliado, na Regional de Saúde de Juína, ocorreu em Homens, da cor parda que se

encontravam em pleno exercício de atividade profissional. Estes declararam nas notificações a

presença de cães no peridomicílio. A forma clínica prevalente foi cutânea. O período de maior

notificação foi nos meses de chuvas intensas e temperaturas elevadas, entre agosto e novembro,

e o ano com maior número de casos registrados foi 2005, ano que apresentou desmatamento na

região, principalmente no município de Colniza, que no período avaliado registrou a maior

incidência e prevalência de casos. Co-relacionando os dados, os padrões epidemiológicos

característicos foram Silvestre, Ocupacional e Rural e periurbano em áreas de colonização. A

equipe após análise do banco de dados recomenda a intensificação da busca ativa de casos

novos; a melhoria na qualidade das notificações; a análise constante das informações que

oportunizam a tomada de decisões em tempo hábil; e a intensificação das ações de educação em

saúde trabalhando a prevenção da doença.

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Poster

SÉRIE HISTÓRICA DE LTA NO VALE DO ARINOS 2001 A 2007

Escritório Regional de Saúde de Juara

Ariane Hidalgo Mansano Pletsch, Silvia Regina Cremonez Sirena

Sirlei Franck Thies, Veronice Maria Barbosa

[email protected]

A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa, causada por

diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania. É uma infecção zoonótica,

afetando o ser humano secundariamente. A doença provoca aparecimento de feridas na

pele e pode destruir a cartilagem do nariz e o interior da boca e garganta (1). A

organização Mundial de Saúde considera a Leishmaniose uma das mais importantes

zoonoses, que acometem 88 países dos quatro continentes (2) o qual tem sido

documentada desde o período colonial(3) e no Brasil desde 1895(1) com prevalência em

áreas tropicais e subtropicais(1). Este estudo justifica-se por analisar este agravo para

verificar o acréscimo ou decréscimo no Vale do Arinos e propor ações da Vigilância em

Saúde. Este estudo objetiva analisar o número de notificações de LTA dos municípios

do Vale do Arinos de 2001 a 2007. Foi realizado levantamento dos dados utilizando as

fichas de notificações do sistema SINAN NET do ERS-Juara e confeccionado uma série

histórica. Em relação aos resultados o município de Juara nos anos 2001-2002 houve

aumento no número de notificações em 17,5%, de 2002 para 2003 o acréscimo foi de

12,6%, de 2003-2004 reduziram-se os casos em 17%, já de 2004-2005 novamente

aumentou o número de casos em 16%, porém de 2005-2006 não houve acréscimo

significativo e no ano de 2006-2007 ocorreu um decréscimo de 34%, por ação das ações

de fiscalização do IBAMA e SEMA, acredita-se que inviabilizaram as atividades de

desmatamento e extrativismo vegetal com redução da exposição do homem ao vetor.

Nos municípios de Novo Horizonte do Norte e Porto dos Gaúchos não houve o

acréscimo nem decréscimo significativos no transcorrer dos anos de 2001 a 2007. No

município de Tabaporã de 2001-2003 houve aumento pouco significativo no número de

casos, porém de 2003 -2004 houve redução de 200%, aumentando novamente de 2004-

2005 e mantendo-se estável de 2005 para 2007. De acordo com os resultados

evidenciaram-se oscilações anuais do número de casos notificados dos municípios de

Juara e Tabaporã decorrente de sua economia no extrativismo vegetal. Propõe-se

Vigilância, monitoramento deste agravo, ações que estejam voltadas para o diagnóstico

precoce, tratamento adequado dos casos detectados e estratégias de controle.

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A IMPORTÂNCIA DA INTERSETORIALIDADE NA MELHORIA DOS

SERVIÇOS PRESTADOS PELO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

DO MUNICÍPIO DE SANTA RITA DO TRIVELATO – MT, NO PERÍODO DE

2007 A 2008

Escritório Regional de Saúde de Sinop

Bruno de Oliveira Pereira, Sirlei Franck Thies, Airton Lima

[email protected]

O programa de vigilância ambiental em saúde, relacionado à qualidade da água para

consumo humano (VIGIAGUA) é parte integrante da vigilância em saúde ambiental e

consiste no conjunto de ações adotadas para garantir que a água fornecida para a

população atenda ao padrão estabelecido na legislação vigente, avaliando os riscos que

seu consumo representa para a saúde humana. Os Sistemas de Abastecimento de Água

(SAA) apresentam combinações de unidades que se integram com o propósito de

abastecer a população fornecendo água encanada, no entanto, não existe um arranjo

físico específico e fixo que caracterize um SAA. De acordo com o Ministério da Saúde,

toda inspeção sanitária é considerada um registro e, portanto, deve ser bem

documentada, além de requerer a elaboração e a padronização de roteiros de inspeção,

documentação fotográfica e, quando necessário, a realização de análises laboratoriais da

água. O município de Santa Rita do Trivelato – MT se localiza a aproximadamente 330

Km de Sinop, sede do Escritório Regional de Saúde de Sinop (ERSS), sua população

estimada é de 2.478 habitantes. Este trabalho objetivou verificar se houveram melhorias

na prestação de serviços em água no município de Santa Rita do Trivelato – MT,

utilizando como ferramenta o relatório técnico de inspeção sanitária 2007 e 2008. O

SAA, intitulado DAE (Divisão de Água e Esgoto), presta serviços de captação,

tratamento e distribuição de água de forma convencional, antes vinculado a Secretaria

Municipal de Saúde (SMS), hoje administrativamente ligado a Prefeitura, na forma de

administração pública direta, conta com captação de 03 mananciais subterrâneos: 02

com 100 mts de profundidade e 01 com 60 mts, além de um reservatório com

capacidade para 30.000 lts. Foram observadas as atividades desenvolvidas em

concordância com o programa VIGIAGUA, através da operacionalização do tratamento,

armazenamento e fornecimento da água. Durante a inspeção de 2008, identificamos

modificações no âmbito administrativo, assim como, na parte estrutural, algumas

aplicadas voluntariamente pela instituição, e outras que atribuímos ao atendimento da

inspeção realizada no ano de 2007, ambas devidamente registradas com fotografias e

relatórios. Concluímos que, para haver boas práticas e atendimento as solicitações da

Vigilância da Qualidade da Água para o Consumo Humano, a parceria entre ERSS,

SMS e prestadores é imprescindível e funciona, pois visualizamos resultados precisos

quanto a resolutividade das incorreções observadas nas inspeções, servindo de modelo

para futuras inspeções.

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QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO

DISTRIBUÍDA NOS MUNICÍPIOS DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E

RONDONÓPOLIS/MT, 2005 – 2007.

MT Laboratório

Sauria Cristina de Oliveira Varanda, Leila Maria Galvão da Silva

[email protected]

Visando garantir à população acesso à água de qualidade e dentro dos padrões de

potabilidade estabelecidos em legislação, o Ministério da Saúde instituiu em 2002 a

Vigilância da Qualidade da Água para o consumo humano (Vigiágua), ficando sob

responsabilidade dos municípios monitorar sistematicamente a qualidade da água

consumida através de análises laboratoriais. Este trabalho teve por objetivo apresentar

resultados dos ensaios microbiológicos das amostras analisadas para os três maiores

municípios do Estado de Mato Grosso entre 2005 e 2007. Foram analisadas pelo

LACEN-MT, 1598 amostras, sendo 453 de Cuiabá, 528 de Várzea Grande e 617 de

Rondonópolis. Foram realizadas pesquisas de coliformes Totais e Escherichia coli pelos

métodos Presença/Ausência e cromogênico, conforme metodologia oficial. Os

resultados obtidos apresentaram os seguintes percentuais em relação a amostras

insatisfatórias para o grupo coliforme nos anos de 2005 a 2007, respectivamente: 8,4% -

5,8% - 19% para Cuiabá; 27,4% - 11,3% - 8,7% para Várzea Grande; 4,95% - 3,66% -

4,34% para Rondonópolis. Em 2007 devido a dificuldades no processo de aquisição de

insumos houve uma queda substancial no total de amostras analisadas (259). Observou-

se que houve um avanço em relação à qualidade microbiológica da água para o

consumo humano, para o município de Várzea Grande no período analisado, o mesmo

não foi observado para os municípios de Cuiabá e Rondonópolis, que apresentaram

aumento percentual de amostras insatisfatórias para o grupo coliforme. O estudo mostra

a necessidade dos setores envolvidos analisarem os fatores que contribuíram para estes

resultados, para que medidas corretivas sejam tomadas para garantia da qualidade da

água para o consumo humano.

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COMPARAÇÃO PRELIMINAR DE METODOLOGIAS DE ANÁLISE

PARASITOLÓGICA EM TRIATOMÍNEOS DO ESTADO DE MATO GROSSO

NO ANO DE 2008

Secretaria de Estado de Saúde

Aécio Moraes de Paula, Maria Ignez Castrillon, Shirley Rodrigues Ramos

Veruska Nogueira de Brito

[email protected]

A reduzida infectividade natural encontrada em triatomíneos sempre foi evidenciada nas

diferentes espécies nativas e exóticas. O ciclo biológico do Trypanossoma cruzi ocorre

no intestino posterior do inseto após se multiplicar encaminha-se para a porção retal

onde será eliminado com as fezes durante a atividade hematofágica do barbeiro. Em

experimentos laboratoriais visando avaliar a evolução do parasita em triatomíneos,

evidenciou a superioridade do processo de dissecção do intestino posterior sobre o

simples exame de material fecal, quanto à precocidade e proporção de Tripanossoma

cruzi. Desta forma a metodologia de rotina utilizada na análise parasitológica dos

exemplares coletados nas operações de campo, que consiste no exame das fezes através

da compressão abdominal do inseto, pode ser questionável quanto a efetividade na

obtenção do parasita. O surgimento de resultados com elevado percentual de

infectividade em triatomíneos analisados nos municípios de Mato Grosso, apresentando

discordância com o laboratório de Entomologia da Secretaria de Estado de Saúde, nos

levou a buscar a hegemonia da rotina de analise parasitológico em triatomíneos. Desde

março de 2008 são realizados exames parasitológicos das fezes, conteúdo intestinal e

glândulas salivares de exemplares com o objetivo de verificar se há diferença quanto a

presença do T. cruzi nestas porções analisadas, que permitirá verificar o grau de

eficiência da metodologia utilizada atualmente (somente exame das fezes do inseto).

Foram analisados 211 triatomíneos, sendo 203 Triatoma sordida e 08 Triatoma

pseudomaculata, não sendo encontradas formas tripomastigotas nas porções analisadas

(fezes, intestino e glândulas salivares). Ressalta-se que no ano de 2007 foram

examinados fezes de 1.865 triatomíneos, sendo encontrado somente 08 com formas

tripomastigotas ou seja 0,004% de infectividade. Torna-se necessário dar continuidade

ao estudo visando aumentar a proporção de triatomíneos examinados, bem como

encontrar os barbeiros infectados permitindo subsidiar resultados mais conclusivos. As

técnicas de dissecação do intestino e retirada das glândulas salivares exigem

conhecimento quanto a morfologia interna, bem como a atenção no manuseio, desta

forma o aprimoramento e a simplificação da técnica permitirá futuramente a integração

na rotina do diagnóstico parasitológico nos vetores da Doença de Chagas, aumentando a

efetividade na vigilância do referido agravo.

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MORTES DE MACACOS X ÓBITOS FEBRE AMARELA NA ALDEIA

INDÍGENA

Escritório Regional de Saúde - Juara

Paula Rieko Taniuchi, Silvia Cremonez Sirena

[email protected]

A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa aguda, febril, de natureza viral. Na sua

apresentação clínica mais grave caracteriza-se por manifestações de insuficiência

hepática e renal, que podem levar à morte. O agente causal da FA é um arbovírus da

família Flaviviridae. A doença possui dois ciclos epidemiologicamente distintos: a febre

amarela silvestre, com a presença natural do vírus nas matas entre os vetores silvestres

(mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes) e alguns hospedeiros vertebrados

como os macacos tornam a sua erradicação impossível; e a febre amarela urbana, cujo

homem único hospedeiro vertebrado de importância epidemiológica e mosquito Aedes

aegypti o vetor, foi registrada pela última vez, no município de Sena Madureira, no

Acre em 1942. No entanto, no dia 09/02/2008, o Ministério da Saúde recebeu a

notificação do óbito da índia de 15 anos por febre amarela, residente no município de

Juara, localizada no norte do Estado de Mato Grosso, região endêmica para FA, com

relato de mortes de macacos em 2007 . Formou-se um grupo técnico composto por

profissionais do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde, FUNASA, ERS-

Juara e outras instituições para investigação do caso, com os objetivos de verificar a

existência do surto de FA, identificar outros possíveis casos, recomendar medidas de

prevenção e controle e verificar soro conversão à vacina contra FA. Na busca de dados,

analisou-se os prontuários de janeiro a dezembro de 2007 nos serviços de saúde local,

foi aplicado questionários padronizados à população indígena e local, utilizou-se de

informações complementares dos sistemas de informações, SIM, SIH e SINAN, além

da coleta de sorologia para FA nas 341 pessoas das aldeias indígenas. Deste

trabalho,conclui-se até o momento a ocorrência de um caso de FA confirmado, a da

índia, caso índice, com relato de que esteve na mata para coleta de castanhas alguns dias

antes dos primeiros sintomas. Uma ocorrência dessa magnitude, merece alerta e busca

de estratégias resolutivas por parte das autoridades sobre dois aspectos: primeiro a de

evitar a reintrodução da FA urbana, garantindo ações simples e efetivas como manejo

ambiental/limpeza urbana, destinação adequada ao lixo urbano, intensificação no

controle vetorial do Aedes aegypti, e vigilância para casos de óbitos em primatas não-

humanos, e segundo a de consolidar uma cobertura de vacinação total para FA, uma vez

que a doença é imunoprevenível.

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LEVANTAMENTO ENTOMOLÓGICO PARA OS VETORES DA MALÁRIA

NO ASSENTAMENTO VALE DO JUINÃO, MUNICÍPIO DE JUINA – MATO

GROSSO.

Escritório Regional de Saúde de Juina

Suzi Monte da Cruz, Adão Lourenço da Silva Lopes, Luiz Carlos Dezembro.

[email protected]

A malária é uma doença que apresenta características epidemiológicas próprias de

acordo com o local de ocorrência. O Assentamento Vale do Juinão, localizado a 22 Km

do município de Juina (região noroeste de Mato Grosso), é a localidade com maior

número de casos da doença em todo o município. O Sistema de informação SIVEP-

MALÁRIA informa que neste assentamento foram confirmados, no ano de 2007, 14% e

em 2008, até o mês de maio, 25% dos casos de malária no município. Objetivo:

Realizar o levantamento entomológico para vetores da malária no assentamento Vale do

Juinão. Metodologia: A captura de mosquitos adultos foi realizada através dos métodos

“Isca humana” e “Barraca de Shannon”, anotamos as variáveis ambientais: temperatura,

umidade relativa do ar, condições do céu e a velocidade do vento. 04 criadouros foram

selecionados para coleta de larvas. Utilizaremos na identificação dos mosquitos a chave

dicotômica de Consoli e Lourenço de Oliveira (1994) e para as larvas, literatura

específica. Resultado: Foram capturados, entre os dias 09 e 13/06/2008, 126 mosquitos,

predominando a espécie Anopheles darlingi. No Laboratório de Entomologia – SES/MT

foram identificadas 40 larvas, sendo 33 Anopheles e 07 Culex. Conclusão: A presença

do vetor, associado ao destemor da população em relação à doença e aos fatores

ambientais, favorece a ocorrência da malária nessa região. Recomendação: Manter a

continuidade dos trabalhos de busca ativa, tratando precocemente os casos sintomáticos

e assintomáticos, das ações de Educação em Saúde e avaliar o controle químico frente à

densidade do vetor.

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ÓBITO DE MACACOS X FEBRE AMARELA NO MUNICÍPIO DE JUARA –

MT ANO DE 2007

Escritório Regional de Saúde de Juara

Sirlei Franck Thies1, Silvia Regina Cremonez Sirena1, Hilda Rodrigues

Shirley Rodrigues Ramos

[email protected]

A febre amarela é uma arbovirose se apresentando sob duas formas: silvestre e urbana.

No ciclo urbano o vírus é transmitido ao homem pela picada do mosquito Aedes

aegypti. No ciclo silvestre a transmissão a transmissão ocorre entre primatas não

humanos e mosquitos silvestres, os quais habitam no alto das árvores, normalmente

mosquitos do gênero Haemagogus e Sabethes. A definição de uma caso suspeito de

febre amarela considera a presença de qualquer espécie de macaco encontrado morto

(inclusive ossada) ou doente, animais que movimentam-se com dificuldade, sem

manifestações de instinto de fuga ou segregados do grupo em qualquer local do Brasil.

O município de Juara localiza-se ao norte do estado de Mato Grosso e no mês de ____

de 2007 recebeu informação de óbito de macacos na localidade do Jaú, zona rural do

município. O presente trabalho objetivou descobrir se na localidade do Jaú e redondezas

existiam os mosquitos vetores da febre amarela silvestre. Para realização do

levantamento entomológico, foram priorizados dois locais na localidade do Jaú:

Fazenda Santa Isabel e Fazenda Boi Guará. A pesquisa foi realizada no período de 27 a

31 de março de 2007 no período matutino (8:00 as 12:00 horas) e vespertino (14:00 as

18:00 horas), com auxílio de capturador de castro, atrativo humano e puçá para coleta

dos que estavam sobrevoando o local, a pesquisa foi realizada por duas técnicas. Os

insetos coletados foram montados em triângulo de papel e acondicionados para

identificação no Laboratório de Entomologia da Secretaria Estadual de Saúde e Mato

Grosso. Foram capturados 100 exemplares adultos de Culicídeos pertencentes aos

gêneros: Coquillettidia, Psorophora, Aedes, Mansonia, Culex, Haemagogus, Limatus,

Orthopodomyia e Wyeomyia. Na fazenda Boi Guará foram coletados 21 exemplares das

seguintes espécies: Aedes sp, Coquillettidia sp, Mansonia sp Psorophora sp, Anopheles

mediopunctatus, na fazenda Santa Isabel foram coletados 79 exemplares sendo:

Coquillettidia sp, Culex sp, Haemagogus janthinomys, Mansonia sp, Psorophora sp,

Wyeomyia sp, Orthopodomyia sp,Limatus sp, Aedes fluviatilis, Aedeomyia sp,Anopheles

triannulatus sp. A fazenda Santa Isabel positivou para uma espécie vetora da febre

amarela, porém não fora realizada a análise para diagnóstico viral nos exemplares

coletados. Baseado nesses resultados, a equipe de Vigilância em Saúde recomendou o

bloqueio vacinal.

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DIAGNÓSTICO DO VIGIÁGUA DO MUNICÍPIO DE CUIABÁ

Secretaria de Saúde de Cuiabá.

Amujacy Irinéia Ferreira de Morais, Telma Luzia Monteiro, Vagner César Souza Barros

[email protected]

O reconhecimento das ameaças globais em relação ao comprometimento da saúde

ambiental e das pessoas cresceu dramaticamente. Já não se discute se os negócios e

organizações devem mudar para atender aos desafios ecológicos global, e sim de que

forma deverão mudar. Nesse contexto o Brasil apresentou o Programa Nacional de

Vigilância em Saúde Ambiental que dentre outros visa a detecção e a prevenção de

qualquer fator determinante e condicionante do meio ambiente que interferem na saúde

humana. Seguindo as premissas do Sistema Único de Saúde (SUS) a Vigilância da

Qualidade da Água para o Consumo Humano-Vigiágua ainda apresenta desafios, pois

requer mudança de paradigmas na busca das melhorias e conservação da saúde. Nesse

sentido, o objetivo desse diagnóstico é conhecer a situação atual do Vigiágua e com

base no eixo econômico, social e ecológico possibilitar o melhor entendimento e

atendimento aos requisitos legais e técnicos normativos. O levantamento dos dados

ocorreu no período de março a agosto de 2008, nas reuniões entre equipes de

Fiscalização da VISA, Vigilância Ambiental e Técnicos da SANECAP. Em inspeções

nas Estações de Tratamento de Água e Soluções Alternativas de Abastecimento. Em

reunião de Auditoria com o Ministério da Saúde-MS e em bibliografias especializadas.

Uma Histórica evolução do Vigiágua de Cuiabá evidenciou avanços, pontos positivos e

a melhorar destacando a necessidade da disseminação e interpretação da Portaria 518 de

2004-MS e normas técnicas pertinentes e o uso e compreensão dos marcos conceituais,

legal e institucional para a sinergia da sistematização e operacionalização dos dados

gerados pelas Vigilâncias Sanitárias, Epidemiológicas, Ambiental e demais órgãos

gestores de recursos hídricos e relacionados. O diagnóstico do Vigiágua constitui

apenas o primeiro item para um modelo de gestão com a aplicação do PDCA, para o

subsídio local de tomadas de decisões, elaboração de projetos e ações de melhoria

ambiental e a prática efetiva da ecologia humana. Intensificar as ações multisetoriais, as

parcerias, as capacitações dos diversos atores e a adoção da abordagem sistêmica, de

processos e produtos, ou seja, o agir localmente pensando globalmente.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES POR ESCORPIÕES NO

ESTADO DE MATO GROSSO-BRASIL NO PERÍODO DE 2005 A 2007

Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso

Angela Lúcia Piccini Oliveira; Elton Chaves Torres; Luiz Eduardo Saragiotto; Marlene

da Costa Barros; Thiago Nunes Rondon

[email protected]

Na América do Sul, o Brasil é o país que apresenta, anualmente, o maior número de

acidentes causados por animais peçonhentos de interesse da saúde pública, entre os

quais os causados por escorpiões. Pelo fato de causar óbitos em determinadas faixas

etárias, crianças e idosos além de sequelas que impossibilitam temporariamente os

acidentados ao trabalho formal e doméstico, o escorpionismo deve ser alvo constante de

campanhas públicas de controle e esclarecimento da população a respeito dos riscos que

representa. Objetivos: Analisar as notificações dos acidentes por escorpiões no Sistema

de Informação de Agravo de Notificação - SINAN, período 2005 a 2007, para subsidiar

a elaboração de estratégias para resolução dos problemas apontados. Metodologia: Os

dados dos acidentes escorpionicos foram obtidos dos dados disponíveis no Sistema de

Informação de Agravos de Notificação – SINAN, e foram consideradas as seguintes

variáveis: sexo, faixa etária, local do acidente, parte do corpo picado, atividade durante

o acidente e evolução do caso. Resultados: No período de 2005 a 2007 foram

registrados 1571 casos de acidentes escorpiônicos no estado de Mato Grosso. Deste

total, 78% ocorreram com o sexo masculino, 70% dos acidentados estavam na faixa

etária entre 19 e 49 anos, o local do corpo mais atingido com 44,2% dos casos foi a

região da mão, seguido da região do pé com 29% incluindo os dedos, 71% estavam na

zona rural e 61% estavam no trabalho na hora do acidente. Do total de casos

notificados 95% evoluiram para cura, 1% para óbito e 0,5% obtiveram cura com

sequelas. Conclusão: Com base nos dados apresentados, verificamos que a maioria dos

acidentes envolveram trabalhadores da zona rural e do sexo masculino, sendo a mão

incluindo os dedos a região do corpo mais atingida. Talvez, estas pessoas estivessem

exercendo suas atividades laborais em locais com maior probabilidade de entrarem em

contato com os escorpiões como madeireiras, agricultura, desmatamento e trabalhos

domésticos. Quanto à evolução dos acidentes a maioria obteve cura e 8 (oito) pessoas

foram à óbito, possivelmente por tratamento inadequado ou tardio. Mesmo havendo

informações a respeito do escorpionismo, se faz necessário mais esclarecimentos à

população, por parte dos órgãos de saúde, no sentido de alertar sobre os riscos destes

acidentes, principalmente aos trabalhadores rurais.

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ATIVIDADES DE CONTROLE DO DENGUE NA VISÃO DOS AGENTES

AMBIENTAIS DO MUNICÍPIO DE JUARA-MT.

Secretaria Municipal de Saúde de Juara

Arlete de Assunção Ramos; Norma Santana Rodrigues; Lairce Valério Pestana

[email protected]

O número de casos de dengue e dengue hemorrágico tem apresentado tendência

ascendente nos últimos anos, sendo vários os desafios colocados ao controle desta

endemia. Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi o de identificar, no contexto da

atuação dos agentes responsáveis pelo controle do dengue as dificuldades e facilidades

vivenciadas no e rotina de campo e discutir, a partir daí, novas formas de atuação no

Município de Juara-MT. Metodologia: Para coleta das informações foi utilizado

questionário aberto, para possibilitar ao agente a descrição de suas ansiedades. Os

agentes de foram abordados sobre as informações referentes às dificuldades e as

facilidades presentes nas atividades de rotina (atividades de controle e prevenção da

dengue), relação morador x agente (participação do morador nas atividades de campo) e

realização profissional (condições de trabalho). Resultados: No âmbito da rotina de

trabalho as principais dificuldades foram com 30% para falta de colaboração do

morador, 20% excesso de terrenos baldio, 16.66% cachorros soltos e 10% excesso de

lixo nos quintais, no âmbito relação morador x agente as principais dificuldades foram

45 % para recusa do morador em acompanhar na atividade, 20% falta de compreensão

da função do agente, 10% quintais sujos, recusa em receber o agente e crianças tomando

conta das casas e para o item realização profissional 41.9% falta de capacitação, 18.18%

excesso de cobrança dos supervisores, 13.63 para falta de EPI (filtro solar e calça

comprida), 13.63% longo percurso para entrega do boletim. As principais facilidades

relatadas no âmbito da rotina de trabalho e relação morador x agente estão relacionadas

ao morador ser receptivo e participativo nas atividades de campo, no item realização

profissional destacou-se a resposta relacionada ao companheirismo da equipe.

Conclusão: Verifica-se por parte dos agentes o desejo em obter subsídios para aprimorar

seus conhecimentos e de trabalhar em conjunto com a comunidade, parceria esta que

será enfatizada com novas atividades de divulgação das funções da vigilância ambiental

e estimulação da comunidade à ser parceira nesta luta.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES POR SERPENTES

PEÇONHENTAS NO ESTADO DE MATO GROSSO-BRASIL EM 2007

Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso

Angela Lúcia Piccini Oliveira; Luiz Eduardo Saragiotto; Thiago Nunes Rondon

[email protected]

Introdução: Os acidentes ofídicos têm importância médica em virtude de sua grande

freqüência e gravidade. O aumento populacional de animais peçonhentos em áreas

urbanizadas e as atividades de exploração de áreas naturais favorecem os acidentes. Os

acidentes ofídicos em humanos são um sério problema de saúde pública pela morbi-

mortalidade que ocasionam. Realizou-se um perfil dos acidentes ofídicos que ocorreram

em Mato Grosso em 2007, a fim de subsidiar ações voltadas à alertar a população sobre

os riscos que representa. Objetivos: Analisar as notificações dos acidentes por serpentes

peçonhentas no Sistema de Informação de Agravo de Notificação - SINAN, no ano de

2007, para definir estratégias voltadas para a resolução dos problemas apontados.

Metodologia: Foram analisados os dados das notificações do Sistema de Informação de

Agravos de Notificação - SINAN, quanto ao gênero causador, região anatômica da

picada, sexo do acidentado, a faixa etária, local do acidente e evolução do caso.

Resultados: Dos 969 acidentes notificados, 89,3% foram causados pelo gênero

Bothrops, seguidos de 6,5% por Crotalus, 3,7% por Lachesis e 0,5% por Micrurus. A

maioria dos acidentes 83% ocorreram na zona rural e a área corporal mais atingida foi o

pé incluindo os dedos com 54,8% e a perna com 22,8%. O sexo masculino foi o mais

acometido com 79,8% e a faixa etária foi entre 15 e 44 anos com 54,6% dos casos. Do

total de notificações 93% evoluiram para cura e 0,4% para óbito. Conclusão: As faixas

etárias mais atingidas são as mais produtivas do ser humano e a zona rural o local de

maior número de acidentes, demonstrando que os trabalhadores estão mais expostos ao

risco. Quanto à evolução dos casos a maioria obteve cura e os óbitos podem estar

relacionados à demora no tratamento ou mesmo soroterapia inadequada. Faz necessário

promover ações educativas junto a população e principalmente aos trabalhadores sobre

medidas preventivas para evitá-los.

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BOLETIM INFORMATIVO VIGIAR – INSTRUMENTO DE ALERTA DA

QUALIDADE DO AR NO ESTADO DE MATO GROSSO.

Secretaria de Estado da Saúde de Mato Grosso.

Oberdan Ferreira Coutinho Lira; Noraney Nascimento Almeida; Wagner Luiz Peres;

Junior Infantino Martins; Lediane Léslie Campos Ramos e Willdeyne Sodré dos Santos.

[email protected]

A idéia de elaboração de um instrumento que informasse os municípios quanto a

qualidade do ar e sua influência na saúde surgiu em decorrência de alguns eventos

ambientais ocorridos no Estado de Mato Grosso, onde se notou um fluxo anormal de

entrada de pacientes nas unidades de saúde com problemas que poderiam estar

relacionados com a qualidade do ar, principalmente nos meses de ocorrência de

inversão térmica e nos meses coincidentes com o período de queimadas. Não obstante

a formatação do Programa de Vigilância da Qualidade do Ar por parte do Ministério da

Saúde, e não ocorrida a sua efetiva implantação nos municípios do Estado de Mato

Grosso, o BOLETIM INFORMATIVO VIGIAR elaborado pela Secretaria Estadual de

Saúde e encaminhados a estes tem contribuído para o despertar quanto aos problemas de

saúde e ambiental decorrente da má qualidade do ar. Portanto, instrumentos desta

natureza são importantes para que os municípios criem segundo suas especificidades,

mecanismos de alerta à população e os subsidie para as tomadas de decisões juntamente

com o setor ambiental local nas ações preventivas e corretivas. Nessa premissa, o

boletim é uma nova leitura a fim de acirrar nos municípios um modelo de vigilância

voltado a três períodos distintos: anterior à situação de emergência, durante ao episódio

de emergência e posterior à situação de emergência.

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A UTILIZAÇÃO DO CONTROLE MECÂNICO E TRATAMENTO COM

TEMEPHOS EM 100% DOS DEPÓSITOS NÃO REMOVÍVEIS PARA O

CONTROLE AO AEDES AEGYPTI EM BARRA DO BUGRES – MT

Secretaria Municipal de Saúde de Barra do Bugres

Luciana Lopes Castanha Souto

[email protected]

Barra do Bugres tem enfrentado alguns picos epidêmicos desde 1990, com índices de

infestação predial para Aedes aegypti, variando entre 5 a 6%, encontrando- se registros

do crescimento das notificações de Dengue desde então. No ano de 2006 foram 86

casos, no mês de janeiro de 2007 foram notificados mais de 100 casos. Objetivos:

Reduzir as notificações de Dengue e índices de infestação predial. Metodologia:

Utilizou-se como estratégia o controle integrado, iniciando no mês de fevereiro de 2007

o cadastramento de sete ciclos de trabalho, cinco de Levantamento de Índice mais

Tratamento com duração de oito semanas cada ciclo e dois para a Tratamento e

Controle Mecânico com duração de 4 semanas, juntamente com a eliminação de

criadouros nos imóveis trabalhados, houve a utilização do larvicida temephos em 100%

dos criadouros não removíveis. Foram priorizados os bairros com índices de infestação

acima de 5% e grande número de notificações de Dengue. Constatou-se no Bairro

Pronav com 20,31% de cada 100 imóveis estavam infestados com Aedes aegypti.

Resultados: Ao iniciar os trabalhos com o ciclo de controle mecânico no mês de

fevereiro as notificações diminuíram de 45 para 23 por semana. No primeiro, segundo,

terceiro, quarto, quinto e sexto ciclo, foi possível observar uma redução do índice de

Infestação Predial do município, de 6,43%, 2,33%, 1,01%, 0,82%, 0,85%, 3,75%

respectivamente. O sétimo ciclo Dezembro de 2007 com duração de quatro semanas

foi realizado somente Tratamento e Controle Mecânico dando continuidade no primeiro

ciclo em janeiro de 2008. E no segundo, terceiro e quarto ciclo de 2008 os índices

foram, 1,90%, 1,15% e 0,57 % respectivamente. Conclusão: Por ser muito recente o

início desta metodologia é necessário um acompanhamento por mais anos, porem foi

possível observar que a utilização de estratégias de controle integrado e controle focal

em 100% dos criadouros não removíveis em parte do ano, surtiu um resultado

importante pra Barra do Bugres, reduziu-se não só os índices de infestação, mas

também os casos de Dengue.

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SOROLÓGICA E CITOLÓGICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA

EM BAIRROS DE OCORRÊNCIA DA LEISHMANIOSE VISCERAL

HUMANA, CUIABÁ, 2008

Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá/CCZ

Gustavo Leandro da Cruz Mestre, Caroline A. P. Sena, Rosina Djunko Miyazaki, Ana

Lúcia Maria Ribeiro, Valéria Régio F. Sousa, Arleana B. P. F.

[email protected]

Nas Américas, a Leishmaniose chagasi é o agente etiológico da LV humana e canina.

A transmissão ocorre pela picada das fêmeas dos dípteros das espécies Lutzomyia

longipalpis e Lutzomyia cruzi. A primeira ocorrência de LV humana em Cuiabá foi em

2005, com registro de cinco casos autóctones durante o ano, sendo dois óbitos. Nas

doenças endêmicas, o conhecimento de sua epidemiologia promove uma melhor

definição das áreas de transmissão ou de risco, o que torna o controle mais eficaz.

Nesse sentido, este trabalho visa explicitar a atual magnitude epidemiológica da LV na

área urbana do município de Cuiabá, através do levantamento entomológico e das

pesquisas sorológica e citológica canina dos bairros de ocorrência de LV humana. Os

bairros Barreiro Branco, Novo Milênio, Jardim União, Jardim Itapuã, Jardim Três

Poderes, situados no Distrito Norte de Cuiabá e o bairro São Roque, no Distrito Leste

foram selecionados para o estudo. A escolha se baseou na ocorrência de casos humanos

da doença, obtidos no SINAN/MT. Armadilhas luminosas do tipo CDC foram

instaladas em duas residências de cada bairro, escolhidas aleatoriamente. As coletas

vem sendo realizadas durante três noites consecutivas por mês, sempre na primeira

semana, no ambiente perdomiciliar, expostas entre 17:00h e 7:00h do dia seguinte. As

coletas iniciaram em janeiro de 2008 e serão estendidas até abril de 2009. A população

canina estimada pelo censo animal realizado nos bairros selecionados pelo CCZ/Cuiabá

é de 1290 cães. Para estabelecer diferenças significativas (p≤0,05), incluíram-se 298

cães no estudo, pertencentes a ambos os sexos e idade igual ou acima de seis meses.

Para cada cão selecionado realizou-se a coleta de sangue para sorologia e, em 10%

destes, colhidas amostras da medula óssea e linfonodos para a confecção de esfregaços

para o exame citológico, que inclui pesquisa parasitológica direta e a técnica de

imunocitoquímica. A coleta do material biológico dos cães iniciou no mês de agosto,

com previsão de conclusão no mês de novembro do corrente. Os resultados

preliminares do levantamento entomológico demonstraram presença abundante das

espécies Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi nos bairros Novo Milênio e Barreiro

Branco. Um amplo espectro de sinais clínicos foi observado nos cães dos bairros onde

as coletas já iniciaram, e varia desde animais aparentemente saudáveis até estágios

graves da doença. A estratégia do levantamento entomológico e a prática do

diagnóstico citológico da LV canina pelo CCZ/Cuiabá constituem um avanço do serviço

municipal de saúde pública para vigilância e controle da LV na capital mato-grossense.

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OCORRÊNCIA DE ARANHA ARMADEIRA (Phoneutria reidyi) NO DISTRITO

SUL DO MUNICÍPIO DE CUIABÁ

Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá/CCZ

Deise Cristina Macanham, Paula de Campos Silva, Elyerson Alexandre Perreira

Boaventura, Léa Rodrigues Lamas

[email protected]

Animais Peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunica

com dentes ocos, ou ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente. As

aranhas do gênero Phoneutria são espécies bastante agressivas. São aranhas que medem

cerca de 3,5 cm de comprimento com pernas que podem medir até 5 cm. Sua atividade

é maior ao entardecer e à noite. Esta espécie não tece teia e é comumente encontrada

em árvores, principalmente bananeiras e folhagens. É comum serem encontradas em

ambiente intradomiciliar e peridomiciliar, onde encontram alimento, abrigo e proteção.

Os acidentes ocorrem frequentemente dentro das residências e nas suas proximidades,

ao manusear material de construção, entulhos, lenha ou calçando sapatos. A picada

resulta em dor violenta no local que se irradia pela região atingida. Os acidentes por

Phoneutria correspondem a uma das mais importantes formas de araneísmo no Brasil,

pois são responsáveis pela maioria dos casos registrados. No município de Cuiabá

foram registrados de Janeiro a Julho de 2008 pelo Centro de Controle de Zoonoses 16

solicitações de serviço para a orientação e vistorias relacionadas a aranhas. Dados do

SINAN de janeiro a julho de 2008 foram registrados 90 notificações de acidentes por

aranha em residentes no município. Durante o evento “Prefeitura em Movimento”

realizado pela Prefeitura Municipal de Cuiabá no Bairro Residencial Coxipó, localizado

no Distrito Sul. Um exemplar vivo de aranha foi entregue por uma moradora do bairro

Getulio Vargas II, e enviado ao NORMAT (Núcleo de Ofiologia de Mato Grosso) o

exemplar foi identificado como Phoneutria reidyi. Em vistoria realizada in loco na pela

supervisora distrital, foi constatado que o local é habitat propício para criação e

proliferação desses animais. Segundo a moradora a ocorrência desta espécie é comum

no local. A mesma não tinha conhecimento de que se tratava de uma espécie

peçonhenta. A falta de informação e conhecimento por parte da população em relação a

algumas espécies peçonhentas ainda são causas de muitos acidentes. O presente

trabalho tem como objetivo enfatizar a importância da realização de eventos como

acima citado junto à população, a fim de esclarecer e informar a importância e

conhecimento da fauna sinantrópica, dos serviços oferecidos pela Secretaria Municipal

de Saúde.

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OCORRÊNCIA DE ESCORPIÃO DO GÊNERO Tityus sp NO MUNICÍPIO DE

CUIABÁ

Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá/CCZ

Ana Paula de Campos Silva, Paula de C. Silva, Elyerson Alexandre P. Boaventura,

Léa Rodrigues Lamas, Alessandra da C. Carvalho, Rodrigo C.

[email protected]

Os escorpiões têm ampla distribuição geográfica. São encontrados em quase todos os

continentes. Predominam em zonas tropicais e subtropicais, mas também ocorrem em

zonas temperadas. São animais carnívoros, alimentando-se principalmente de insetos,

como grilos e baratas. Apresentam hábitos noturnos, escondendo-se durante o dia sob

pedras, troncos dormentes de linha de trem, em entulhos, telhas ou tijolos. Muitas

espécies vivem em áreas urbanas, onde encontram abrigo dentro e próximo das casas,

bem como alimentação farta. Os escorpiões podem sobreviver vários meses sem

alimento e mesmo sem água, o que torna seu combate muito difícil. Os escorpiões de

importância médica no Brasil pertencem ao gênero Tityus, que é o mais rico em

espécies, representando cerca de 60% da fauna escorpiônica neotropical. Durante o ano

de 2007 foram encaminhados ao Centro de Controle de Zoonoses 45 exemplares de

escorpiões coletados nos quatro distritos sanitários de Cuiabá. O distrito sanitário oeste

apresentou maior número com 24 exemplares, seguido do distrito leste com 16

exemplares, distrito norte 4 exemplares e distrito sul 1 exemplar. Todos os exemplares

foram identificados em nível de gênero, sendo que o gênero predominante foi Tityus

com 96%. O gênero Ananteris apresentou apenas 4%. Estes números poderiam ser

maiores, mas grande pare da população após matar se desfaz do animal o que

impossibilita a identificação e contabilização. Segundo dados do SINAN no ano de

2007 foram registrados 35 notificações de acidentes por escorpiões em residentes no

município. O presente trabalho tem como objetivo informar a ocorrência dos gêneros

encontrados no município.

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OCORRÊNCIA DE CASOS DE MALÁRIA NO MUNICÍPIO DE VÁRZEA

GRANDE, MATO GROSSO.

Centro de Controle de Zoonoses/Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande / MT

e Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana.

Vilma Juscineide de Souza; Helenir Nunes Vieira; Kamila Karolyne Silva Barros;

Shirley Rodrigues Ramos.

[email protected]

A intervenção imediata diante da ocorrência de um agravo de saúde, permite a

profilaxia do mesmo, podendo desta forma, evitar a ocorrência de um surto em uma

determinada localidade. O município de Várzea Grande é endêmico para agravos como

Dengue, Leishmaniose e doença de Chagas. Além destes, no mês de março de 2008,

registrou-se a ocorrência de 2 casos de malária em uma localidade denominada Princesa

do Sol. Foi realizada investigação e busca ativa na vizinhança do local da ocorrência

dos casos, sendo identificado mais um caso positivo em outro morador da mesma

residência. O tratamento destes pacientes foi acompanhado pelos supervisores do

programa de controle da Dengue, e após o tratamento foi feita a Lâmina de Verificação

de Cura (LVC) de todos os infectados. Simultaneamente realizamos borrifação intra e

peridomiciliar. Foram realizadas também reuniões com as equipes de enfermagem do

município, e agentes comunitários de saúde no intuito de alertá-los quanto à vigilância

de casos suspeitos, enfocando temas como: biologia do vetor e principais sintomas da

doença. Após investigações concluímos que os casos ocorreram devido à presença de

um indivíduo infectado proveniente do município de Peixoto de Azevedo que esteve

hospedado no domicílio do casal que contraiu a doença.

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3

Vigilância

Epidemiológica

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APRESENTAÇÃO ORAL

“XÔ DENGUE ’’: ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO PARA O CONTROLE

DO MOSQUITO AEDES AEGYPTI E INTERRUPÇÃO DA TRANSMISSÃO DA

DENGUE EM CANARANA

Secretaria Municipal de Saúde de Canarana-MT

Susana Sandim Borges, Maria Andrade De Jesus

[email protected]

A Secretaria Municipal de Saúde de Canarana elegeu o controle do mosquito Aedes

aegypti e a interrupção da transmissão da Dengue como uma de suas prioridades,

mobilizando recursos institucionais e comunitários para o enfrentamento e a resolução

deste problema de saúde e de seus determinantes. Nos anos de 2004 e 2005, a Dengue

era a doença transmissível de maior impacto no serviço público municipal. Representou

40% de todas as notificações compulsórias e 90 % das internações nos meses de

Novembro e Dezembro (2004). A sociedade cobrou uma posição dos gestores e em

2006, iniciou-se uma reestruturação de toda equipe de Vigilância em Saúde e a

Vigilâncias ganharam destaque no desenvolvimento de suas ações. Além das atividades

obrigatórias, a equipe incluiu no seu trabalho informação, educação e comunicação

massiva e de qualidade. O tema “Xô Dengue” passou a ser rotina em todas as atividades

envolvendo o setor saúde. Apresentações de peças de teatro tornou-se fundamental na

sensibilização da comunidade. Outras estratégias utilizadas foram: reuniões

multiprofissionais com estudo de casos, apresentação dos índices e monitoramento dos

casos suspeitos, reuniões bimestrais interinstitucionais, borrifações, mutirões de

limpeza, panfletos, paradas em dias „D‟, distribuição de sacolas de lixo, jingle sobre a

dengue nas rádios e gincanas entre as escolas municipais. O impacto dessas ações

demonstram que as estratégias utilizadas foram efetivas. Em relação ao vetor, hoje,

2008/terceiro ciclo, o índice de infestação predial é menor que 1% ( chegou a 5,44%).

As notificações diminuíram 70% e a coleta pública do lixo funciona regularmente. A

defesa da causa pelo Gestor, o envolvimento da comunidade, capacitação e

integralidade da equipe de saúde e a interinstitucionalidade (Secretarias de Saúde,

Educação, Obras, Administração; ONG‟s; conselhos de saúde e meio ambiente;

associações de bairros; igrejas; vereadores, dentre outros) foram e são fundamentais no

processo de interrupção da transmissão da Dengue e no controle do mosquito Aedes

aegypti.

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IMPACTO DAS AÇÕES EM SAÚDE NA DETECÇÃO DE CASOS NOVOS DE

HANSENÍASE.

Secretaria Municipal de Saúde de Rondonópolis

Neusa Maria Broch Coelho, Elaine Cristina Pereira

Patrícia Sammarco Rosa, Andréia de F. F. Beloni, Cássio César Guidella

[email protected]

O Município de Rondonópolis, localizado na Região Sul do Estado de Mato Grosso

apresenta historicamente altos coeficientes de detecção de hanseníase na população em

geral e em menores de 15 (quinze) anos, isso nos mostra a necessidade de

intensificarmos as ações educativas e de busca ativa visando o diagnóstico precoce e o

controle da endemia. Objetivos: Sensibilizar e capacitar os profissionais de saúde do

município para o problema da hanseníase. Divulgar na comunidade sinais e sintomas da

hanseníase. Realizar diagnóstico precoce através da busca ativa. Metodologia: Iniciou-

se as atividades através de reuniões com o coordenador do Departamento de Atenção à

Saúde e Supervisores das Unidades de Saúde da Família (PSF's), para planejamento e

organização das ações. Num segundo momento, agosto de 2007, realizou-se uma

sensibilização e treinamento para todas as categorias profissionais da saúde. Na semana

que antecedeu o dia do mutirão (15/09/2007), foram intensificadas as atividades

educativas na comunidade com divulgação de sinais e sintomas da hanseníase, nas salas

de espera, Igrejas, Associações de Moradores, Escolas (concurso de redação), Clubes de

Serviço, Visitas Domiciliares com distribuição de panfletos pelos Agentes Comunitários

de Saúde, entrevistas e reportagens no rádio e na televisão. Resultados: Como resultado

do trabalho educativo e de divulgação foram examinadas 520 pessoas (0,3% da

população). Encaminhados 70 com suspeita de hanseníase, (destes 19 não

compareceram a consulta). Dos 51 examinados foram diagnosticados clinicamente 22

casos. Na semana pós-campanha, além dos 22 diagnósticos recebidos como

encaminhamento da campanha, houve mais 16 diagnósticos de Rondonópolis e mais 04

casos de municípios da região por demanda espontânea, como conseqüência da

divulgação e do trabalho educativo. Totalizando 38 casos de Rondonópolis e 04 casos

da região. De janeiro a julho a média mensal foi de 15 casos novos. Em agosto (mês da

sensibilização e treinamento) houve um aumento de 67%, em setembro (mês do

mutirão) houve um aumento de 153%. Conclusões e Recomendações: O treinamento, a

sensibilização dos profissionais de saúde, as campanhas educativas na comunidade e os

mutirões de busca ativa, mostraram serem ferramentas importantes para o controle da

hanseníase.

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SITUAÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE MATO GROSSO, NO

PERÍODO DE 2000-2006

Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica -SES/MT

Joelma Leite S. Duarte, Solanyara Maria da Silva,

Mara Andréia P. Fagundes da Silva, Anderson C. de Souza

[email protected]

A sífilis é um grande desafio para a saúde pública mundial. A taxa de transmissão

vertical da sífilis em gestantes não tratadas varia de 30 a 100%, podendo levar a graves

desfechos como: aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal, entre outras seqüelas,

mesmo nascendo a criança aparentemente saudável. A Sífilis Congênita (SC) é

totalmente evitável, com tratamento adequado da gestante e parceiro. Sua ocorrência

representa falha da assistência pré-natal e grave erro do sistema de saúde, pois seu

diagnóstico é de baixo custo e atinge cura de 100%. A SC é doença de notificação

compulsória, porém de uma forma geral é bastante subnotificada. Foi Analisado a

situação da Sífilis Congênita no Estado, no período de 2000 a 2006. Notificados no

Sistema Nacional de Agravos de Notificação. Como metodologia foi reaizado um

Estudo transversal. Amostra: 214 casos de SC notificados no período estudado.

Utilizaram-se os aplicativos Tabwin e Excel. Os resultados obtidos foram: Média de

30,6 casos de SC/ano. A incidência variou entre 0,1/1000 nascidos vivos em 2001 a

1,4/1000 em 2006. 68,7% dos casos tiveram acesso ao serviço de pré-natal, o

diagnóstico de sífilis foi realizado no pré-natal em 42,5%; 42,1% dos parceiros foram

tratados. As informações ignoradas/em branco foram acima de 20% em todas as

categorias. Foi observado subnotificação acima de 50% em todos os anos. A taxa

acumulada no período foi de 81,1%. Os resultados apontam para a necessidade de

melhoria na qualidade da assistência prestada no pré-natal, assim como nas ações de

vigilância epidemiológica e dos dados fornecidos pelo SINAN. Embora a incidência

esteja dentro da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, isto está relacionado com a

alta taxa de subnotificação do que propriamente com o controle da doença.

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Poster

PREDNISONA E AUTOMEDICAÇÃO EM PACIENTES COM REAÇÕES

HANSÊNICAS

Secretaria Estadual de Saúde e CERMAC

Luciane Cegati de Souza, Marisa B. B. Göbel

[email protected]

A Hanseníase é uma doença crônica, cuja evolução pode ocorrer episódios reacionais.

Esses episódios muitas vezes ocasionam quadros dolorosos muito intensos localizados

ou sistêmicos, necessitando tratamento rápido e adequado. Essas reações duram às

vezes muito tempo, até anos, dando oportunidade de ocorrerem complicações,

dependência e uso inadequado desses medicamentos. Este estudo é do tipo qualitativo

descritivo, e tem como objetivo apresentar os efeitos colaterais da prednisona em

hansenianos que fazem uso de automedicação por tempo indeterminado. O estudo foi

realizado em um Ambulatório de Dermatologia referência para Hanseníase no Estado de

Mato Grosso/MT. Os dados foram coletados através da análise nos prontuários de dez

hansenianos que estiveram presentes no ambulatório entre os anos de 1994 a 2004,

sendo categorizados quanto ao sexo e faixa etária, efeitos colaterais, formas clínicas,

tipo de reação, período de tratamento com prednisona e condutas para retirada do

corticóide. Dentre os pacientes que se automedicaram durante as reações, verificou-se

que a maioria era do sexo masculino. Os efeitos colaterais encontrados foram: cushing,

depressão, irritabilidade, tremor, cansaço, gastrite, erupção acneiforme, estrias, infecção

urinária, obesidade, hipertensão arterial, exoftalmo, glaucoma, diabetes e algias. As

reações ocorreram nos pacientes com forma clínica Virchoviana e Dimorfa, sendo que

os virchovianos apresentam a maioria. Os achados evidenciaram o uso freqüente de

corticosteróides sistêmicos e a ausência de Talidomida como medicação isolada no

tratamento do Eritema Nodoso Hansênico – ENH. Esses dados apontam para a

gravidade dos quadros clínicos de ENH e para a freqüente associação com neurite. O

presente estudo alerta para a necessidade de padronização das intervenções de acordo

com a classificação do ENH, bem como para o monitoramento adequado para a

prevenção de incapacidades. Oito pacientes tiveram necessidade de encaminhamento à

clínica de dor para retirada do corticóide, desses somente três não conseguiram e

continuam sob o acompanhamento do ambulatório até os dias atuais.

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ANÁLISE DO NÚMERO DE HIPERTENSOS DO VALE DO ARINOS, ANO

2007.

Escritório Regional de Juara

Ariane Hidalgo Mansano Pletsch, Marcly Sshelles de Lima

Silvia Regina Cremonez Sirena

[email protected]

A hipertensão é um dos principais agravos á saúde no Brasil. Eleva o custo médico-

social, principalmente pela suas complicações, como as doenças cérebro-vascular,

arterial coronariana e vascular de extremidades, além da insuficiência cardíaca e renal

crônica(1).No Brasil, estima-se que aproximadamente 15% da população sofrem de

Hipertensão, sendo que a maioria desconhece ser portadora da doença. Nesta

contextualização, verifica-se a necessidade de informações sobre este agravo, visto que

o mesmo é uma doença grave e freqüente e que pode levar a sérias complicações. Sendo

assim, este estudo, objetiva-se analisar a quantidade de hipertensos existentes no Vale

do Arinos no ano de 2007, bem como propor medidas preventivas / promocionais para a

saúde.Foi realizado um levantamento de pacientes hipertensos do Vale do Arinos

notificados no HIPERDIA(2) (Sistema de Cadastramento de Hipertensão e Diabetes)

sistema oficial do Ministério da Saúde do ano de 2007, após elaborado o percentual de

notificações correlacionando com os dados estimativos da população

brasileira.Analisando a proporção de hipertensos X população estimada de cada

município que compõe o Vale do Arinos, verifica-se que: Dos 2.150 hipertensos

corresponde a 6,7% da população no município de Juara, no município de Novo

Horizonte do Norte apresenta 289 hipertensos um percentual 7,6 % da população,

quanto ao município de Porto dos Gaúchos totaliza-se 458 hipertensos sendo 7,5% da

população, enquanto o município de Tabaporã apresenta 554 hipertensos com

percentual 5,3% da população municipal. Conclui-se que nos municípios que compõe o

Vale do Arinos em 2007 os resultados estão abaixo da estimativa brasileira de

hipertensão arterial (15%), porém as medidas de promoção e prevenção a saúde devem

ser monitoradas para que não venham aumentar o numero de pacientes hipertensos,

minimizando assim, um problema que agrava-se quando não aplicados medidas

preventivas.

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A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA O

DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES DE PREVENÇÃO PELA VIGILÂNCIA

EM SAÚDE MUNICIPAL.

Escritório Regional de Tangará da Serra

Bárbara Ferraz Buhler

[email protected]

Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) integra as ações de saúde da União,

Estados e Municípios; cada esfera de gestão possui funções específicas e articuladas

entre si. Segundo a Portaria 1172/GM de 15.06.2004, compete às secretarias estaduais

de saúde a execução das ações de vigilância de forma complementar a atuação dos

municípios. De acordo com esta diretriz, uma das atividades desenvolvidas pela

Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT), através do Escritório

Regional de Tangará da Serra (ERS/TS), consiste em supervisões “in loco” de todos os

trabalhos promovidos pelas secretarias de saúde dos municípios de sua área de

abrangência. Entre estes trabalhos estão o controle de endemias e a vigilância da

qualidade da água, solo e ar. A cada supervisão, são gerados relatórios que contém

descrição das situações observadas e análise do banco de dados da vigilância em saúde

municipal. Objetivo: O presente trabalho tem o objetivo de fazer uma reflexão acerca

da importância da análise dos sistemas de informação tanto na busca de conhecimentos

sobre as condições de vida da população, quanto na elaboração de propostas que visem

à melhoria das ações de prevenção desenvolvidas pelas secretarias municipais de saúde.

Metodologia: Para tanto, foram extraídos trechos dos relatórios técnicos elaborados

pelo ERS/TS entre janeiro de 2007 e julho de 2008, que proporcionaram reflexões

críticas sobre os dados. Resultados: Os relatórios mostraram a necessidade de

incentivar os técnicos das secretarias municipais de saúde na análise de seu respectivo

banco de dados, para que auxilie no direcionamento das ações de prevenção de agravos.

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COBERTURA VACINAL E HOMOGENEIDADE DA CAMPANHA DE

VACINAÇÃO DA POLIOMIELITE EM MATO GROSSO, NO PERÍODO DE

2003 A 2007.

Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Imunopreveníveis e Gerência de Vig. em

Doenças e Agravos Endêmicos / SUVSA/SES

Anderson C de Souza, Joelma Leite S Duarte

[email protected]

Há 25 anos o Brasil realiza com sucesso as campanhas de vacinação contra a

poliomielite. Sem registro de casos da doença desde 1989, o país participa do grande

empreendimento mundial em busca da erradicação da doença, ainda endêmica na

África, Mediterrâneo e Sudeste da Ásia. A manutenção de altas coberturas com

homogeneidade em crianças menores de 5 é importante para impedir a reintrodução do

póliovirus selvagem e ocorrência de novos casos da doença, hoje considerada erradicada

no Brasil. Apresentar a cobertura vacinal e a homogeneidade atingidas nas campanhas

de vacinação contra a Poliomielite nas 1ª e 2ª etapas no Estado; e avaliar o número de

municípios por Escritório Regional com cobertura vacinal < 95% no período estudado.

Será realizada análise dos dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de

Imunização – SIS/PNI, utilizando para fazer a tabulação o aplicativo Excel. Os

resultados subsidiarão o planejamento, assim como formulação de novas estratégias e

ações para os municípios com baixa cobertura vacinal e homogeneidade abaixo de 70%

nos Escritório Regional de Saúde. Será baseada nos resultados do Sistema do Programa

Nacional de Imunização/SIS-PNI.

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ANÁLISE DA QUALIDADE DA BASE DE DADOS DE AIDS ADULTO DO

SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN) -

ESCRITÓRIO REGIONAL DE SAÚDE DA BAIXADA CUIABANA-SES/MT

Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana

Elinalda Silva do Nascimento Lopes

[email protected]

O SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) é o sistema oficial

nacional para notificação dos casos diagnosticados de aids.Trata-se de um estudo

descritivo, com levantamento das duplicidades de registro, completitude dos campos e

inconsistências existentes entre dados na base de dados do Sinanw aids adulto do

Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana. Os resultados apresentados

demonstraram a existência de uma base de dados que requer correções para validação

de informações primordiais para a epidemiologia da aids. Isto se faz necessário para

efetivamente implementar a vigilância epidemiológica como instrumento de

planejamento nas ações de controle das doenças que atingem a população brasileira, em

foco os cidadãos da Baixada Cuiabana, contribuindo para que o Sistema Único de

Saúde seja plenamente implementado.

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ANÁLISE DO BANCO DE DADOS DE SÍFILIS CONGÊNITA NAS

REGIONAIS DE SAÚDE DE AB, BG E PAN/MT ENTRE 2001 A 2006.

Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso/COVEPI/SUVSA

Andréia Barreira Abreu, Auxiliadora Dantas, Camila Trentin Zandoná, Marlene Josefa

de Oliveira

[email protected]

Objetivo: Analisar o banco de dados de Sífilis Congênita das Regionais de Saúde de

Água Boa, Barra do Garças e Porto Alegre do Norte, no período de 2001 a 2006.

Método: Os dados foram analisados, quanto à ocorrência e a incidência, descrevendo a

estrutura de saúde das regionais, bem como as características do agravo. Resultado:

Constatou-se que nas regionais de Água Boa e Barra do Garças há subnotificação do

agravo, enquanto que na Regional de Porto Alegre do Norte existe um número

expressivo do mesmo.Conclusão: A sífilis congênita constitui grave problema de saúde

publica, sendo que a análise dos dados deve ser feita com parcimônia; As ações voltadas

para sífilis congênita são limitadas a notificação de poucos casos, indicando uma

subnotificação; A Sífilis Congênita ainda é um agravo subestimado; Recomendações:

Desenvolver estratégias para envolvimento efetivo dos profissionais da atenção básica;

Estabelecer fluxo entre as unidades de saúde e os laboratórios para realização de VDRL

em gestantes durante o pré natal; Supervisionar os hospitais quanto a efetiva realização

do VDRL no parto; Capacitar profissionais de saúde para as ações de vigilância em

saúde e assistência a saúde.

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DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS DE HANTAVIROSE NO MUNICÍPIO DE

BARRA DO BUGRES - MT, ENTRE JANEIRO DE 2007 A JUNHO DE 2008.

Secretaria Municipal de Saúde de Barra do Bugres

Luciana Lopes Castanha Souto, Maria Silva de Souza, Wemerson Paulino Moura,

Eduardo Ardaia do Prado, Márcio Dionísio Silva Vidrago, Moacir Borges.

[email protected]

O município de Barra do Bugres registrou seu primeiro caso de Hantavirose em 2002,

com a organização da Vigilância Epidemiológica, nos anos de 2007 e 2008 foram

notificados 22 casos, foram confirmados 7 casos, destes, 4 evoluíram para óbito, com

uma letalidade de 57%. A ocorrência da Hantavirose em Barra do Bugres se deu em

propriedades rurais, com atividades econômicas ligadas a agropecuária, se tornando

uma grande preocupação para as autoridades sanitárias e um problema de saúde pública.

Objetivos: Conhecer a distribuição e a história Natural da doença em Barra do Bugres;

Identificar as áreas de circulação do vírus e seus fatores de risco; Recomendar e

executar medidas de prevenção e controle. Métodos: Através da notificação de caso

suspeito de Hantavirose, a equipe de Vigilância em Saúde levantou informações com a

equipe de saúde e por meio da ficha de notificação teve acesso aos dados do paciente e

de seus possíveis contatos. Resultados: A maioria dos casos ocorreu entre os meses de

novembro a abril. Através da investigação foi possível observar que todos os casos

confirmados tiveram contato com o roedor silvestre ou com suas excretas. Houve a

predominância quanto à característica econômica de fazendas ligadas à pecuária, com

vegetação predominante de Braquiaria brizanta em cinco casos confirmados e somente

duas fazenda com plantação de cana. Conclusão: Apesar dos trabalhos estarem em seu

início, é possível visualizar que os casos de Hantavirose em Barra do Bugres, difere de

outras regiões como no Rio Grande do Sul, por exemplo, que tem sua predominância de

maio a dezembro, coincidindo com períodos de inverno e primavera. Outra

característica é a predominância de casos em fazendas com vegetação predominante de

capim braquiária, mostrando que os trabalhos educativos nas propriedades rurais não

devem ser esporádicos e sim em caráter permanente.

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IDENTIFICAÇÃO MICROBIOLÓGICA DOS AGENTES ETIOLÓGICOS DE

SURTOS ALIMENTARES OCORRIDOS EM MATO GROSSO NO PERÍODO

DE 2004 – 2007

MT Laboratório

Simone Curvo Bett, Andréa Regina Netto,Eliana Villen Rebelo

[email protected]

As doenças transmitidas por alimentos são causadas por agentes biológicos, químicos

ou físicos, os quais penetram no organismo humano pela ingestão de água ou alimentos

contaminados. Este trabalho teve como objetivo identificar os agentes etiológicos e

alimentos envolvidos em surtos em Mato Grosso. Foi realizado um levantamento

retrospectivo dos laudos disponíveis no Lacen/MT sobre surtos de origem alimentar

ocorridos em Mato Grosso no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2007, cujas

análises seguiram normas oficiais da Resolução RDC Nº 12 de 02/01/2001, ICMSF e

APHA. O perfil epidemiológico das DTA‟s ainda é pouco conhecida, somente alguns

estados e/ou municípios dispõe de dados estatísticos sobre os agentes etiológicos mais

comuns, alimentos mais envolvidos e fatores contribuintes. Dados obtidos pelo

Lacen/MT confirmaram que das 101 amostras de alimentos encaminhadas para analise

no laboratório pelos 31 municípios, em 33 (32.6%) destas foram detectadas presença de

Enterotoxina Estafilocócica e 14 amostras (13,8%) confirmaram presença de Salmonella

enteritidis. Verifica-se que os alimentos mais freqüentemente associados aos surtos são

os que apresentam maior manipulação e após o preparo não são armazenados em

temperatura adequada, destes destacam-se os queijos, maionese e bolos confeitados. De

acordo com o levantamento, os locais de maior incidência de DTA‟s são as creches,

restaurantes e eventos festivos. O número de notificação de surtos de DTA‟s cresce a

cada ano, mas grande parte da população desconhece os requisitos necessários para uma

correta manipulação de alimentos, incluindo o armazenamento (locais, temperatura,

tempo de armazenamento) e principalmente os perigos que podem estar associados aos

alimentos contaminados.

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4

Vigilância

Sanitária

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APRESENTAÇÃO ORAL

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DAS REFEIÇÕES SERVIDAS EM

RESTAURANTES DE VÁRZEA GRANDE/MT EM 2007.

MT Laboratório

Miriane Silva Marangon

[email protected]

Considerando que as ações de vigilância e monitoramento da qualidade sanitária de

alimentos sejam ações de promoção e proteção à saúde e, portanto, intrínsecas às suas

ações cotidianas, a Vigilância Sanitária de Várzea Grande tem executado desde 2006, o

monitoramento, através de análises fiscais, da qualidade de refeições servidas nos

restaurantes do município, em parceria com o LACEN (MT Laboratório). Objetivo:

Analisar a qualidade sanitária das refeições produzidas e consumidas em restaurantes de

Várzea Grande no ano de 2007 e descrever as principais ações corretivas implementadas

pela Visa. Metodologia: estudo exploratório, com base na análise de documentos.

Resultados: Foram analisadas 77 amostras, sendo 43 pratos quentes (tipo marmitex) e

34 saladas cruas e/ou cozidas. Dos pratos quentes 79,1% apresentaram resultado

satisfatório e 20,9% resultado insatisfatório, sendo que destes últimos, 88,9%

apresentaram contaminação por coliformes fecais e 11,1% Estafilococos coagulase

positiva (ECP). Dos pratos frios, 44,1% apresentaram resultado satisfatório e 55,9%

insatisfatório, com 100% de contaminação por coliformes fecais e 5,3% por ECP. Os

estabelecimentos foram orientados a modificar sua forma de higienização, controlar a

procedência e qualidade da matéria-prima; promover o controle de saúde e estimular a

boa conduta dos manipuladores. Conclusão: Verificou-se um percentual expressivo de

contaminação nas refeições servidas em Várzea Grande, principalmente nas saladas, o

que enseja medidas de intervenção freqüentes por parte da Visa, na vigilância e

monitoramento da qualidade sanitária sobre os estabelecimentos produtores e sobre as

refeições consumidas pela população várzea-grandense.

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QUALIDADE MICROSCÓPICA DE REFRIGERANTES ANALISADOS PELO

MT LABORATÓRIO PROCEDENTES DE DENÚNCIA DE CONSUMIDOR,

2003-2007

MT Laboratório

Leila Maria Galvão da Silva, Loiva Lide Wendpap

[email protected]

Os refrigerantes são amplamente consumidos no estado de Mato Grosso e tem sido alvo

de freqüentes denúncias de consumidores por presença de sujidades. Denúncias de

consumidores são notificadas aos órgãos de defesa do consumidor ou vigilâncias

sanitárias municipais, estas realizam a coleta dos produtos para análise de orientação ou

fiscal e encaminham ao MT Laboratório, que é referência no estado de Mato Grosso

para realização de análises de alimentos. Dentre as análises realizadas em refrigerantes,

a microscopia é o método analítico que mais facilmente permite o reconhecimento de

matérias estranhas, podendo detectar adulteração, alteração e deterioração do produto.

Objetivo: apresentar os resultados de análises microscópicas de refrigerantes que foram

alvo de denúncias de consumidores e analisadas no MT Laboratório durante no período

de 2003 a 2007. Metodologia: estudo exploratório com base em análise de documentos

da Gerência de Vigilância Ambiental e Sanitária do MT Laboratório. Resultados: foram

analisadas 35 amostras de refrigerante de diferentes marcas comerciais e tipos de

embalagens (pet, vidro e lata). Do total de amostras, 15 (43%) apresentaram resultado

insatisfatório, sendo que destas, 10 apresentaram filamentos micelianos (fungos); 02

apresentaram fragmentos de insetos e fungos; 01 apresentou presença de embalagem de

bala comestível, 01 presença de fungos e amido zea mays (milho) e 01 amostra

apresentou odor alterado e precipitado amorfo não identificado. Conclusão: os

resultados demonstram que há necessidade de um controle de qualidade mais rigoroso

dos refrigerantes produzidos em Mato Grosso, tanto na linha de produção quanto no

armazenamento, cabendo aos órgãos competentes exercerem seu papel na vigilância da

qualidade deste produto. Percebe-se também, a participação ativa dos consumidores na

busca pela melhoria da qualidade dos produtos.

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VISA MUNICIPAL EM AÇÃO INTERSETORIAS

Secretaria Municipal de Saúde de Nortelândia

Aliane Piovezan Gomes, Andréia Daiane Borges Dourado Gomes, Eliene Santos Silva

[email protected]

A Vigilância Sanitária tem como missão, a proteção e promoção á saúde da população e

defesa da vida, para cumpri-la, deve ter uma inserção muito grande na sociedade. Por

esse motivo, a VISA deve procurar uma participação efetiva na rede de Controle Social

do SUS, buscando a importante colaboração do Conselho de Saúde, das equipes de

Saúde, Ministério Público entre outros parceiros. Sendo assim, as ações estratégicas

desenvolvidas junto com as equipes de PSF‟s e outros setores fortaleceram a

participação da população na busca pelo serviço da VISA Municipal. Objetivos: Visar à

integralidade entre as equipes, unindo conhecimento para elaborar projeto e apresentar

os resultados que a VISA municipal obtém com a parceria entre as equipes de saúde da

família no município de Nortelândia, buscando melhor resolutividade em desenvolver

suas ações. Metodologia: Visando unir forças com as equipes de PSF‟s, a VISA

municipal de Nortelândia encontrou nessa parceria uma alternativa de trabalho. Sendo

deste modo, os ACS recebem uma ficha criada pela VISA para anotações dos problemas

encontrados na área de abrangência, a mesma depois de preenchida e devolvida, onde

são tomadas as devidas providências cabíveis. Existem também ações em que os ACS,

coordenadores de PSF‟s, Vigilância Ambiental, setor de Transporte e secretaria de

Educação participam com a VISA para obter melhores resultados e aceitação no

atendimento da sociedade. Resultados: A união da VISA municipal com as equipes de

PSF‟s junto com outros setores, fortaleceu as ações básicas e o atendimento das

demandas da sociedade, melhorando a qualidade e a agilidade do trabalho desenvolvido

com a população, fortaleceu também o processo da participação social e a divulgação do

trabalho de educação em saúde que a VISA realiza no município. Conclusão: Esse apoio

vem assegurando o acesso da população conforme suas necessidades, buscando a

satisfação do cidadão, viabilizando e estimulando o processo de melhoria da qualidade

de vida, tornando a VISA um agente de mudança social e de promoção de saúde pública

e da consciência sanitária. Recomendação: Trabalhar em equipe resulta em melhoria no

desempenho das atividades, bem como agilidade e resolutividade das ações

desenvolvidas.

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MATUPÁ MULTIPLICA

Secretaria Municipal de Saúde de Matupá

Cristina Machado Romeiro, Renato Fernandes de Souza, Meyre Aparecida Pereira de

Assunção, Clarisse Maria Sala Machado

[email protected]

Saúde, ciência e tecnologia são reconhecidas como fatores chave no desenvolvimento

econômico e social das nações. O conhecimento que comanda a ação coloca ênfase em

um contínuo processo de novação, criação e re-criação de conhecimento que se dá pela

aprendizagem e pelo agir, pela prática. Devido a complexidade dos problemas da

sociedade, do setor de saúde e educação percebe-se a necessidade de conjugar esforços

para bem usar as possibilidades tecnológicas da informática e da intercomunicação

disponíveis, para dar maior alcance aos trabalhos. Em 2006, a vigilância em saúde criou

um blog (www.visamatupa.blogspot.com) com o intuito de informar a população em

geral das atividades, eventos e informes referentes à saúde de Matupá e como forma de

arquivo, visto que, acredita-se que todos os setores devem se atualizar trazendo

inovações visando, neste caso, divulgação da importância da educação em saúde. Desde

então, estão sendo publicadas todos os tipos de informações da saúde, havendo

promoção, prevenção e tratamento de doenças da nossa região, e outras informações

referentes à vigilância sanitária e demais setores. Foram realizados trabalhos nas

escolas, colocando em prática o blog “O Vigilante” sendo uma ramificação do blog

anterior, onde foram publicados trabalhos dos alunos, havendo interesse e dinamismo

nas aulas. Tendo em vista que o blog teve impacto social, através do acesso da

população comprovado pelo próprio blog, onde atualmente temos 5043 visitas,

podemos comprovar que o blog esta sendo de grande serventia como fonte de

informação e que os alunos se sentiram motivados ao verem suas atividades publicadas

no blog. A curiosidade do funcionamento dos blogs, a utilização como fonte de

pesquisa, o aumento gradativo das visitas e a preocupação com a saúde estão entre os

resultados obtidos. Como nossas crianças são os futuros cidadãos e os possíveis

multiplicadores de saúde, a SMS através da Vigilância em Saúde contribuir á

possibilitando o ensino do acesso ágil e irrestrito à conscientização e informação através

da implantação de blogs educativos, em cada escola, aproximando os diversos atores

que atuam na educação em saúde, facilitando os contatos entre instituições,

pesquisadores, professores e alunos. Objetivando contribuir ao melhoramento da

educação em saúde através da promoção do uso intensivo de informação atualizada e

relevante nas atividades e processos de educação continuada. Os principais resultados

esperados com a implantação do projeto são: aumento da capacidade no uso de

tecnologias de informação; estimulo do uso da internet para fins produtivos;

conscientização sobre a prevenção, multiplicação e importância dos agravos;

proporcionar a prática de hábitos saudáveis através de orientações.

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Poster

QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E A ADEQUAÇÃO DA ROTULAGEM DE

PALMITOS EM CONSERVA COMERCIALIZADOS NO ESTADO DE MATO

GROSSO

MT Laboratório

Elisângela de Arruda Oliveira, Soraia Pesarini

[email protected]

As operações industriais do palmito em conserva devem agregar adequados processos

de tratamento térmico, acidificação, de Boas Práticas de Fabricação e Comercialização,

assegurando a eliminação do risco sanitário à saúde humana pelo Botulismo Alimentar.

Este trabalho teve por objetivo avaliar a eficiência da acidificação, tratamento térmico e

a adequação da rotulagem do palmito em conserva comercializado em Mato Grosso.

Foram analisadas 100% (40) das amostras que ingressaram no Lacen-MT no período de

01/2007 a 05/2008. Em relação aos parâmetros físico-químicos determinou-se o pH

inicial, a sua variação após incubação à 35oC e 55

oC, e as características sensoriais,

conforme métodos oficiais Adolfo Lutz/FIOCRUZ. A rotulagem foi avaliada segundo

atendimento aos regulamentos oficiais da ANVISA/MS (RDC no 18/1999, RDC n

o

81/2003, RDC no 259/2002, Lei n

o 10.674/2003, Port. INMETRO n

o 157/2003, RDC n

o

359/2003, RDC no 360/2003 e RDC n

o 278/2005). Verificou-se que 62,5% das marcas

analisadas são produzidas em Mato Grosso, e que 97,5% das amostras apresentaram

características sensoriais dentro dos padrões estabelecidos. O pH inicial do palmito

apresentou valor médio de 4,05 (± 0,19) e a sua variação máxima após incubação à

35oC e 55

oC foi de 0,07 (±0,06) e 0,06 (±0,06), respectivamente. Observou-se 01

amostra em desacordo (pH inicial de 4,66). A análise de rotulagem apontou que 82,5%

das amostras estão em desacordo com as legislações referentes à informação nutricional

(93,94%), porcionamento (75,76%) e rotulagem para alimentos embalados (66,67%). A

legislação considera que o pH de uma conserva de palmito deve ser igual ou abaixo de

4,5, independente do tempo de consumo dentro do período de validade. Este estudo

mostrou a eficiência no processo de acidificação do palmito, projetando o pH e a

estabilização da acidez dentro dos limites preconizados, permitindo a conservação das

características sensoriais através do adequado tratamento térmico e minimizando o risco

de produção da toxina botulínica. Em contraste, a rotulagem evidenciou resultados

insatisfatórios no atendimento à legislação para comercialização do produto, mostrando

a insuficiência do setor produtivo no fornecimento das informações relevantes e

confiáveis, ao consumidor, sobre a composição e procedência do produto.

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ANÁLISE DAS AÇÕES DE MONITORAMENTO LABORATORIAL DA

QUALIDADE SANITÁRIA DOS ALIMENTOS EM MT, ENTRE 2003 E 2007.

MT Laboratório

Miriane Silva Marangon

[email protected]

As ações de promoção e proteção à saúde incluem a intervenção sobre problemas

sanitários decorrentes da produção ao consumo de produtos, do que se conclui que a

vigilância e o monitoramento da qualidade dos alimentos sejam atividades intrínsecas às

ações cotidianas da Vigilância Sanitária e dos Laboratórios de Saúde Pública

(Lacens).Objetivo: Descrever as ações de monitoramento da qualidade dos alimentos

realizadas pelas Visas em parceria com o Lacen MT, entre 2003 e 2007 no Estado de

MT. Metodologia: estudo exploratório, com base na análise de documentos. Resultados:

As vigilâncias sanitárias realizaram o monitoramento de alimentos no período estudado,

através de análises laboratoriais realizadas pelo Lacen MT (MT Laboratório), sob três

formas: 1) PNMQSA (Programa Nacional de Monitoramento da Qualidade Sanitária de

Alimentos)-ação definida e coordenada pelo nível federal e executada pela Visa

estadual; 2) Vigilância sobre a qualidade de produtos e 3) Análises de surtos veiculados

por alimentos; sendo estas últimas executadas predominantemente pelos municípios e

esporadicamente pelo nível estadual. Dos 141 municípios, poucos têm executado o

monitoramento laboratorial de alimentos: 12 em 2003, 13 em 2004, 21 em 2005, 20 em

2006 e 23 em 2007. Conclusão: Durante o período estudado, observou-se que a

atividade de monitoramento de alimentos, teve papel bastante incipiente como

componente das ações das Visas no Estado. O Estado de Mato Grosso tem tido um

grande desenvolvimento populacional, com incremento substancial na produção de leite

e derivados, carne, congelados, gelados comestíveis, etc, e não é perceptível a mesma

evolução na vigilância e monitoramento da qualidade sanitária destes produtos

altamente consumidos pela população mato-grossense. Quanto à Visa/SES, no período

estudado, percebeu-se que o monitoramento existente, apenas cumpriu com o

cronograma nacional, não havendo nenhuma iniciativa no estabelecimento de

programas que visassem o monitoramento dos produtos regionais.

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AVALIAÇÃO DA ROTULAGEM DE ALIMENTOS ANALISADOS NO MT

LABORATÓRIO - 2007

MT - Laboratório

Soraia Pesarini, Elisángela de Arruda Oliveira

[email protected]

O rótulo, assim como suas informações, representa o primeiro contato do consumidor

com o produto que está sendo adquirido, existindo uma relação de consumo, de compra

e venda, de expectativas e de conseqüências, não podendo existir ilusões e falsas

imagens construídas em função das informações oferecidas. Para os consumidores, a

rotulagem é um instrumento de acesso a informações para uma escolha consciente,

enquanto que para os órgãos de fiscalização, é uma ferramenta de gestão de riscos e

rastreabilidade. Objetivo: Este trabalho teve por objetivo verificar a conformidade da

rotulagem de alimentos com as legislações vigentes. Metodologia: Foram analisados no

MT Laboratório 100% (112) dos rótulos de amostras de diferentes categorias de

alimentos comercializados em Mato Grosso e coletados pelas Vigilâncias Sanitárias,

durante o período de janeiro a dezembro de 2007. A análise de rotulagem utilizou como

critério o atendimento às legislações específicas para cada tipo de alimento, bem como

ás legislações oficiais da ANVISA (RDC Nº 259/02, RDC Nº 359 e 360/03, RDC Nº

278/05), MAPA (Instrução Informativa Nº 22/05), Lei Nº 10.674/02 e Portaria

INMETRO Nº 157/03. Resultados: Os resultados mostram que 76,8% dos rótulos estão

em desacordo com pelo menos 01 legislação analisada, onde 15,2% destes não atendiam

suas respectivas legislações específicas; 27,1% á RDC Nº 259/02; 59,3% à Instrução

Normativa Nº 22/05; 52,7% à RDC Nº 360/03. Conclusão: A análise de rotulagem

aponta elevado percentual de amostras em desacordo com os regulamentos oficiais

referente à rotulagem para alimentos embalados e a informação nutricional, mostrando a

necessidade da implementação das ações de Boas Práticas na comercialização e das

ações reguladoras e fiscalizatórias no âmbito da Vigilância Sanitária.

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PADRÃO SANITÁRIO DOS ALIMENTOS ANALISADOS PELO LACEN/MT

ENTRE 2003 E 2007

MT Laboratório

Miriane Silva Marangon, Andréa Maria Gonzaga

[email protected]

O MT Laboratório (LACEN) é referência e análises de alimentos no Estado de Mato

Grosso, e as análises fiscais têm sido importante ferramenta de apoio às Visas, uma vez

que os resultados laboratoriais subsidiam ações e intervenções de forma a promover e

proteger a saúde, alertando para os possíveis riscos decorrentes de alimentos fora dos

padrões sanitários. Objetivo: Descrever o padrão sanitário dos alimentos analisados pelo

LACEN MT, por programa, entre 2003 e 2007, considerando parâmetros

microbiológicos e físico-químicos preconizados em legislação. Metodologia: estudo

exploratório, com base na análise de documentos. Resultados: Considerando o

PNMQSA (Programa Nacional de Monitoramento da Qualidade Sanitária de

Alimentos), executado pela Visa/SES, dos 525 alimentos analisados, 10,3 % das

amostras apresentaram-se em desacordo. Quanto ao programa Vigilância da Qualidade

de produtos, realizado predominantemente pelos municípios, de 842 amostras

analisadas, 26 % apresentaram-se em desacordo com os padrões sanitários exigidos pela

legislação.Conclusão: Percebe-se que os alimentos selecionados pelo PNMQSA, em sua

maioria industrializados, apresentaram um percentual de desacordo bem inferior aos

produtos selecionados pelos municípios. Tal resultado evidencia a necessidade da

priorização na seleção de produtos regionais e municipais, que têm apresentado maior

percentual de inadequação, ensejando medidas permanentes de vigilância e

monitoramento desde sua produção até o consumo.

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SITUAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM COMUNIDADES RURAIS

NO MUNICÍPIO DE COLÍDER-MT

Departamento de Vigilância Sanitária de Colíder

Denise Pontes Duarte, Kelli C. Calzolari, Dejaime da Silva, Celso A. Simon, Anderson

A. dos Santos, Maria Sueli C. da Silva, Maria Eva F. Simon

[email protected]

A água em influência direta sobre a saúde, a qualidade de vida e o desenvolvimento do

ser humano e “todas as pessoas, em quaisquer estágios de desenvolvimento e condições

sócio-econômicas têm o direito de ter acesso a um suprimento adequado de água

potável e segura” (HELLER 1997). Colíder, com uma população em torno de trinta mil

habitantes, apresenta um sistema publico de abastecimento e distribuição de água na

área urbana e sistemas alternativos distribuídos na área rural do município, que atendem

em torno de 200 ligações. Embora em 2002 o sistema público de água e esgoto tenha

sido objeto de concessão, a administração destes sistemas, constituídos de poço tubular

profundo, reservatório elevado e rede de distribuição, ficaram esquecidos e vem sendo

mantida e operada de forma bastante precária pela própria comunidade. A preocupação

apresentada neste trabalho refere-se a vigilância da qualidade da água para consumo

humano conforme estabelece a Portaria 518/04 e sua efetiva implantação em

comunidades rurais com suas dificuldades e com sua fragilidade no atendimento às

questões sanitárias. O trabalho foi realizado durante o ano de 2005 e reavaliado em

2008 e compreendeu inspeções locais, determinação de profundidade e vazão de

exploração dos poços, analise da água e entrevistas. Verificou-se que não há um

controle sistemático dos poços, bem como a administração dos mesmos é realizada por

uma pessoa definida pela própria comunidade e, em dois casos, pessoas com extrema

boa vontade, sensatas mas que precisam serem capacitadas para a função exercida. Os

valores das tarifas são definidos pelos próprios usuários e há muitas queixas quanto ao

abandono dos poços e sentimento de impotência quanto aos problemas detectados e a

forma adequada de corrigi-los. Como resultados práticos já foram efetuadas adequações

das condições de alguns dos poços que apresentavam problemas estruturais mais graves

de atividades educativas capazes de esclarecer a comunidade sobre o resultado das

amostras coletadas e as medidas que poderiam ser adotadas pelos próprios moradores

para a melhoria da qualidade de água local. Mas a falta de controle permanente e

sistemático da qualidade da água, a ausência de registro das situações de

inconformidades, o atendimento às necessidades básicas de saneamento das

comunidades rurais e ausência de um monitoramento da qualidade da água são fatores

que influenciam consideravelmente na garantia da cidadania em relação ao consumo de

uma água potável.

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VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA EM COMUNIDADES RURAIS NO

MUNICÍPIO DE COLÍDER/MT

Departamento de Vigilância Epidemiológica de Colíder

Kelli Caroline Calzolari, Pontes Duarte, Dejaine da Silva, Celso A. Simon, Anderson A.

dos Santos, Maria Sueli C. da Silva, Maria Eva F. Simon

[email protected]

No Brasil, de maneira geral, os serviços de abastecimento de água nas áreas rurais são

ainda muito precários se comparados aos das sedes municipais. Nessas áreas, os

sistemas de abastecimento de água são pouco freqüentes e predominam as soluções

alternativas de abastecimento de água para o consumo humano, as quis incluem fontes,

poço comunitários, distribuição por veículo transportador, instalações condominiais

entre outros. Em 2004, o Ministério da Saúde implantou a Portaria 518, sendo esta uma

diretriz para o controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano,

incluindo os sistemas alternativos. A preocupação, neste momento, transparece na

viabilização desta Portaria quando se fala em comunidades rurais, com suas

dificuldades, com sua fragilidade no atendimento às questões sanitárias e da forma

adequada para implantar esta nova norma, mais restritiva e exigente. Colíder, com uma

população em torno de trinta mil habitantes, apresenta diversas comunidades rurais

pequenas e bastante dispersas, com distâncias significativas entre si e da sede municipal,

para justificarem uma solução convencional equiparada às soluções empregadas para os

sistemas urbanos. Os três maiores distritos apresentam sistema público de

abastecimento de água que atendem em torno de 200 ligações. As demais comunidades

estudadas apresentam poço comunitário que em sua maioria, atendem a escola, posto de

saúde e igreja. Está fundamentado na inspeção sanitária realizada, durante o ano de

2006 e 2007, nas escolas públicas rurais que tem seu consumo a partir de soluções

alternativas de abastecimento de água e nos três sistemas de abastecimento de água que

atendem em torno de 200 ligações. O trabalho compreendeu inspeções locais,

determinação de profundidade e vazão de exploração dos poços, coleta e análise

laboratorial da água, entrevistas e orientações a comunidade quanto a limpeza e

desinfecção de poços. Durante a inspeção nas escolas são analisados parâmetros como

a higiene e salubridade do local, destinação de esgotos e lixo qualidade da água. Os

dados produzidos atestam baixa qualidade da água de consumo em 47% das amostras

analisadas e condições precárias em 30% dos poços. Como resultados práticos já foram

efetuadas adequações das condições de alguns dos poços que apresentavam problemas

estruturais mais graves, a elaboração de folder educativo sobre limpeza e desinfecção de

poços foi utilizado para a sensibilização de professores municipais e da comunidade, o

encaminhamento dos Relatórios Técnicos à Secretaria Municipal de Educação e a

Secretaria Municipal de Gestão Pública.

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Vigilância em Saúde do

Trabalhador

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Apresentação Oral

EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM ANIMAIS

PEÇONHENTOS NO ESTADO DE MATO GROSSO-BRASIL EM 2007

Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso

Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental

Gerência de Núcleos de Apoio em Vigilância em Saúde Ambiental

Ângela Lúcia Piccini Oliveira, Marlene da Costa Barros, Thiago Nunes Rondon

[email protected]

No estado de Mato Grosso em 2007 foram notificados 1722 casos de acidentes com

animais peçonhentos, sendo que 550 (31,6%) deles envolveram trabalhadores em seu

ambiente de trabalho. Este diagnóstico serve para subsidiar ações voltadas

principalmente para os trabalhadores rurais que são os mais atingidos. Foram analisados

os dados notificados no Sistema de Informação de Agravo de Notificação-SINAN de

2007, levando em consideração as seguintes variáveis: local de ocorrência, município

com maior índice de acidente no local de trabalho, tipo de animal envolvido no

acidente, ocupação do trabalhador e evolução dos casos. Entre os dez municípios mais

atingidos, Cotriguaçu foi o que apresentou o maior número de casos, com 52 (9,4%).

Em 375 dos acidentes (68,2%), o animal envolvido foi a serpente, seguido pelos

escorpiões 134 (24,4%). Os trabalhadores rurais ou atividades ligadas ao campo foram

os mais afetados com 51,4% do total de casos; 96% obteve cura, 3,6% a evolução

clínica é ignorado e 0,4% foi a óbito. Levando em consideração os municípios mais

afetados e a ocupação do trabalhador, conclui-se que as regiões onde o forte da

economia é o extrativismo vegetal e a agropecuária contribuíram com maior número de

casos. A partir do estudo da situação apresentada, e, estabelecido a relação do agravo

com o trabalho, mais políticas públicas devem ser adotadas para a saúde do trabalhador

e a preservação do ambiente.

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SÉRIE HISTÓRICA DOS ACIDENTES DE TRABALHO NO MUNICÍPIO DE

JUARA, 1999-2007.

Escritório Regional de Saúde de Juara

Ariane H. Mansano Pletsch, Silvia Regina C. Sirena, Sirlei F. Thies.

[email protected]

Saúde do Trabalhador é um conjunto de ações de vigilância, que promove e protege a

saúde, assim como, visa a recuperação e reabilitação da mesma nos trabalhadores

submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. A importância do

presente estudo se origina da vivenciada cotidiana de homens e mulheres que laboram

em diferentes campos do município de Juara. Uma morte a cada 15 segundos; 6.000 por

dia; anualmente quase 270 milhões de acidentes, 350 mil dos quais são mortais. A

Organização Internacional do Trabalho (OIT) tem indicado uma taxa anual de 1,3

milhões de acidentes de trabalho (AT) no Brasil por descumprimento de normas

básicas. O Estado de Mato Grosso apresenta uma economia voltada a indústria

madeireira e agropecuária de soja e gado, do Sul para o Norte do Estado. O município

de Juara está situado ao norte do estado, possui como base econômica a agropecuária e

o extrativismo vegetal (59 indústrias madeireiras) possuindo um rebanho bovino de

aproximadamente 894.000 cabeças. Nessa contextualização foi realizado um estudo

quantitativo das notificações de acidente de trabalho do município de Juara, propondo

medidas de prevenção e promoção à saúde do trabalhador. Este estudo objetiva-se em

analisar o número de acidentes de trabalho de Juara no período de 1999 a 2007. Os

dados foram coletados das fichas de Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT),

encaminhados para o Escritório Regional de Saúde de Juara e confeccionado uma série

histórica. Em relação aos resultados, ocorreu oscilações no quantitativo de notificações

de acidente de trabalho no município no período em estudo. Na maioria dos anos,

obtivemos um aumento no número de notificações de acidentes de trabalho, chegando

de um ano para outro acréscimo de mais de 200%. Que este trabalho possa contribuir

para o desenvolvimento de ações de políticas públicas, voltadas para prevenção,

promoção de saúde e do controle dos agravos. Os profissionais de saúde também podem

contribuir como autores na promoção da saúde do trabalhador, na organização

humanizada do trabalho, permitindo segurança na execução das atividades, obtendo

assim, a efetivação de um modelo eficaz, capaz de identificar qual o melhor caminho a

seguir.

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SAÚDE DO TRABALHADOR X ASA

Secretaria de Saúde e Saneamento de Sorriso

Valmiro Darci Felipsen, Silvia Falleiros Fleming, Elaine Cristina Siqueira

[email protected]

A saúde como direito universal foi conquistada pelo cidadão brasileiro na Constituição

Federal e regulamentada pela Lei Orgânica da Saúde, mas somente após 2003 algumas

diretrizes políticas nacionais começaram a ser implantadas inclusive a Atenção à Saúde

do Trabalhador. A Portaria GM/MS nº 1.956 de 14 de agosto de 2007, publicada no

Diário Oficial da União autorizou que a gestão e a coordenação das ações relativas à

Saúde do Trabalhador no âmbito do Ministério da Saúde sejam exercidas pela Secretaria

de Vigilância em Saúde. Conforme dispõe a Lei Orgânica da Saúde, em seu artigo 6º,

parágrafo 3º, a saúde do trabalhador. Com o objetivo de oferecer segurança e qualidade

de vida aos trabalhadores e garantir periodicidade no acompanhamento da saúde dos

ASA‟s de Sorriso, montamos arquivo individual para acompanhamento destes

trabalhadores, elaborando cronograma para coleta de exames, vacinação, consulta e

dispor também do profissional Enfermeiro para acompanhar, avaliar e dar os devidos

encaminhamentos quando necessário. Como resultado obteve atendimento e

acompanhamento de todos os trabalhadores da Vigilância Ambiental inclusive com

encaminhamento imediato para atendimentos quando se depararam com problemas que

venham a interferir em sua saúde. A prevenção foi o norteador de todo o trabalho,

portanto não ficou restrito somente na vacinação, realizou-se a prevenção do Câncer de

Colo Uterino, de Câncer de Próstata.

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Poster

RISCO DE EXPOSIÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE TRABALHAM COM

mycobacterium tuberculosis NO LACEN/MT

MT Laboratório

Clara Maria Borges de Figueiredo

[email protected]

A Tuberculose – TB, doença crônica causada pelo bacilo Mycobacterium. tuberculosis

é um dos casos de doença declarada, recentemente, pela OMS como uma emergência

mundial de saúde. O MT Laboratório é referência para o Estado de MT no diagnóstico

de TB. A manipulação diária de amostras suspeitas de conter o bacilo M. tuberculosis

como lavado gástrico, lesões, vários tecidos e principalmente escarro, pode levar os

trabalhadores a desenvolver a doença pela exposição caso itens considerados na

literatura como condições ideais, sob o enfoque da Biossegurança, não sejam

cumpridos. Este trabalho tem como objetivo descrever e analisar as características

estruturais, profissionais e as circunstâncias em que as atividades de pesquisa e

diagnóstico de tuberculose são realizadas no setor de micobacteriologia do LACEN/MT

(MT Laboratório). A metodologia usada foi o estudo realizado através de levantamento

bibliográfico, análise documental e observações “in loco” obedecendo a um roteiro pré-

estabelecido. A grande maioria de amostras recebidas no Setor de Micobacteriologia é

de pacientes sintomáticos respiratórios e com falência de tratamento, isto significa uma

grande quantidade de amostra de escarro o que aumenta consideravelmente o risco de

exposição a esse agente. Verificou-se que as condições estruturais e de boas práticas

laboratoriais ainda não são adequadas e alguns funcionários ainda não seguem

totalmente as normas de biossegurança. Os resultados deixam evidente que o

laboratório reúne condições favoráveis ao risco de contaminação e que os profissionais

que trabalham no setor já foram expostos ao risco e possuem uma maior possibilidade

de desenvolver a doença, dependendo do estado imunológico de cada um deles.

Observou-se a necessidade de implantação de programas de prevenção de acidentes,

PPRA (Programa de Prevenção a Riscos Ambientais) e PCMSO (Programa de Controle

Médico e Saúde Ocupacional) e de um programa de vigilância e monitoramento da

saúde dos trabalhadores.

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