anais simbio 2013
DESCRIPTION
XV Semana da Biologia Unimontes - 03 a 07 de Junho 2013TRANSCRIPT
ANAIS III SIMPÓSIO DO MESTRADO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
XV SEMANA DE BIOLOGIA
X ENCONTRO NORTE MINEIRO DE BIÓLOGOS
MONTES CLAROS, MG
03 – 07 | junho | 2013
iii
III SIMPÓSIO DO MESTRADO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, XV SEMANA
DE BIOLOGIA E X ENCONTRO NORTE MINEIRO DE BIÓLOGOS
Montes Claros, 03 a 07 de junho de 2013
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
Reitor -Professor João dos Reis Canela
Vice-reitora - Maria Ivete Soares de Almeida
Chefe de Departamento de Biologia Geral - Maria Orminda Santos Oliveira
Coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas - Anderson
Medeiros Santos
Coordenadores do Curso de Ciências Biológicas - Ana Paula Glinfskol Thé
Rodrigo Oliveira Pessoa
COMISSÃO ORGANIZADORA
Presidente – Marcílio Fagundes
Amanda Mendes Fernandes
Deborah de Faria Lelis
Hugo Neri de Matos Brandão
Juliana Oliveira Abreu Narciso
Larissa Danielle de Carvalho Barros
Lorenzo Patrício Paredes
Lucas Avelino Evangelista
Luciana Figueiredo Silva
Marisa Soares dos Santos
Pedro Fonseca de Vasconcelos
COMISSÃO CIENTÍFICA
Camila Rabelo Oliveira Leal
Cleandson Ferreira Santos
José Bento Sampaio Júnior
Lemuel Olívio Leite
Magnel Lima de Oliveira
Raissa Maria Mattos Gonçalves
Rodrigo Oliveira Pessoa
Ronaldo Reis Júnior
Vanessa Sales Carvalho
iv
PALESTRAS
Segunda-feira, 03 de Junho
“Fabricação da ciência” - Dr. Maurício Faria (Unimontes)
Terça-feira, 04 de Junho
“Gestão de UC's: legislação e realidade” – MSc. Lucas Neves Perillo (UFMG).
“Sítio espeleológico em cangas no norte de Minas Gerais: desafios de estudo e uso do
conhecimento científico para a preservação” – MSc. Felipe Fonseca do Carmo
(Instituto Prístino).
“Regaste e reintrodução de animais silvestres - qual a contradição?” – Dra. Cláudia
Guimarães Costa (PUC-MG).
“Manejo e conservação da biodiversidade de Plantas do Cerrado” – Dr. Aldicir O.
Scariot (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia - Cenargen).
Quarta-feira, 05 de Junho
“Gangliosidose GM1: desafios de estudo da cura de uma doença degenerativa
recessiva” – Adolfo Celso Guidi (Associação Ruth Schrank).
“História da colonização de uma ave endêmica de galápagos e de seus parasitas” –
Dra. Eloisa Sari (UFMG).
“A política da boa vizinhança na formiga Pachycondyla verenae: reconhecimento,
limites de tolerância e comportamento ritualizado entre colônias vizinhas” – Dra.
Ronara de Souza Ferreira (UFLA).
"Evolução biológica no século XXI" – Dr. Fabrício Rodrigues dos Santos (UFMG).
Quinta-feira, 06 de Junho
SINDIBIO-MG – Fabiano Assunção.
“Doenças emergentes transmitidas por vetores” – Dr. Magno Augusto Zazá Borges
(Unimontes).
CRBio-04 – Dra Aneliza de Almeida Miranda Melo.
"Besouros rola-bostas como bioindicadores: estudos de caso e perspectivas na era da
crise da biodiversidade" – MSc. Rafael Vieira Nunes (UFMT)
v
Sexta-feira, 07 de Junho
“Desafios da produção científica na área da saúde” – Dra. Marise Maleck
(Universidade Severino Sombra).
"Manejo participativo da (agro)biodiversidade" – Anna Crystina Alvarenga (CAA -
Norte de Minas)
“Qualidade e quantidade na produção do conhecimento científico” – Dr. Sidinei
Magela Thomaz (UEM).
“Sobrevivendo na ciência: desafios e perspectivas da vida acadêmica” – Dr. Marco
Aurélio Ribeiro Mello (UFMG).
vi
MESAS REDONDAS
Quarta-feira, 05 de Junho
Mesa redonda I: “Etnoecologia”.
Coordenadora: Dra. Ana Paula Glinfskoi Thé (Unimontes)
Dr. Emmanuel Duarte Almada (Grupo Aroeira)
Dr. Reinaldo Duque Brasil (UFJF)
Quinta-feira, 06 de Junho
Mesa redonda II: “O Processo de proteção de patentes no Brasil”
Coordenadora: Sandra Malveira (Ágora/Unimontes)
MSc. Carla Soares Godinho (Ágora/Unimontes)
MSc. Maria Aparecida de Castro Monteiro Sant'anna (CPPI/UFV)
MSc. Flávia Ferreira Alves (CPPI/UFV)
Sexta-feira, 07 de Junho
Mesa redonda III: “A taxonomia como ferramenta para o desenvolvimento da ciência"
Coordenador: Dr. Mirco Solé (UESC)
Dr. Paulo Henrique Costa Corgosinho (UEMG)
Dr. Marcos Sobral (UFSJ)
Mesa redonda IV: “Interações ecológicas”
Coordenador: Dr. Marcílio Fagundes (Unimontes)
Dr. Marco Aurélio Ribeiro Mello (UFMG)
Dr. Tadeu Guerra (PUC-MG)
vii
ÍNDICE
ABUNDÂNCIA DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES EM SOLOS ONDE SE
ENCONTRAM À [Acrocomia aculeata (JACQ.) LODD. EX MART.] (MACAÚBA) NO
NORTE DE MINAS
Fabiana Rodrigues FONSECA, Adriana Martins PEREIRA, Pollyana Santos QUEIROZ, Fernanda
Simões LACERDA & Henrique Maia VALÉRIO.............................................................................. 1
A CONSERVAÇÃO DO SOLO E DO MEIO AMBIENTE ATRAVÉS DE MATERIAIS
SUCATEADOS
Aline Fonseca MARTINS & Silvana Fonseca SANTANA................................................................ 2
A ILUSÃO DO ECOTURISMO NA SERRA DO CIPÓ: DOS IMPACTOS AMBIENTAIS À
QUESTÃO SOCIAL
Thamyres Sabrina GONÇALVES, Izabel Beatriz de MOURA & Bernardo Machado GONTIJO... 3
ANÁLISE FITOQUÍMICA QUALITATIVA DAS FOLHAS DE Magonia pubescens St. Hil.
OCORRENTE EM MONTES CLAROS – MG
Daiane Maia de OLIVEIRA, Vanessa de Andrade ROYO, Maria Olivia MERCADANTE-
SIMÕES, Priscila de Jesus PESSOA, Ariadna Conceição dos SANTOS & Mayara Pereira
GONÇALVES..................................................................................................................................... 4
ANÁLISE in silico DA SIMILARIDADE EM GRUPOS VEGETAIS DISTINTOS EM
FUNÇÃO DO GENE DA MALATO DESIDROGENASE
Higor Fernando SALVADOR, Guilherme Araújo LACERDA, Ludmila Nayara de Freitas
CORREIA & Cleidiana de Oliveira AGOSTINHO............................................................................ 5
ANATOMIA COMPARADA DA LÂMINA FOLIAR DE Butia archeri (Glassman) Glassman
E B. capitata (Mart.) Becc. (ARECACEAE)
Samuel Alves dos SANTOS, Bruno Francisco SANT’ANNA-SANTOS, Wellington Geraldo
Oliveira CARVALHO-JUNIOR, Francisco Andre Ossamu TANAKA & Dayana Maria Teodoro
FRANCINO......................................................................................................................................... 6
viii
ANATOMIA DA CASCA DA RAIZ DE Solanum lycocarpum A.St.-Hil. E S. paniculatum L.
(SOLANACEAE)
Laudineia de Jesus MATIAS, Maria Olívia MERCADANTE-SIMÕES, Vanessa de Andrade
ROYO, Leonardo Monteiro RIBEIRO, Mayara Pereira GONÇALVES & Ariadna Conceição dos
SANTOS.............................................................................................................................................. 7
ANATOMIA DA FOLHA DE Solanum lycocarpum A.St.-Hil. E S. paniculatum L.
(SOLANACEAE)
Laudineia de Jesus MATIAS, Maria Olívia MERCADANTE-SIMÕES, Vanessa de Andrade
ROYO, Leonardo Monteiro RIBEIRO, Mayara Pereira GONÇALVES(3) & Ariadna Conceição dos
SANTOS.............................................................................................................................................. 8
ANATOMIA DO CAULE DE Hancornia speciosa Gomes (APOCYNACEAE)
Mayara Pereira GONÇALVES, Maria Olívia MERCADANTE-SIMÕES, Ariadna Conceição dos
SANTOS, Vanessa de Andrade ROYO, Daiane Maia de OLIVEIRA & Priscilla de Jesus PESSOA
............................................................................................................................................................. 9
ARTICULAÇÃO ENTRE O CONTEÚDO E O LÚDICO PARA O ENSINO DE
MICROBIOLOGIA
Cirilo Henrique de OLIVEIRA; Ariadne Miranda CARDOZO; Jéssica Coutinho SILVA & Giuliana
de Sá Ferreira BARROS.................................................................................................................... 10
A UTILIZAÇÃO DO JOGO DIDÁTICO SOBRE MICROBIOLOGIA “MICROLUDO” EM
TURMAS DE ENSINO MÉDIO DO IFNMG- CAMPUS SALINAS
Lêda Naiara Pereira COSTA, Vanessa Rodrigues SANTANA, Lauany Matos de Novais SILVA &
Giuliana de Sá Ferreira BARROS..................................................................................................... 11
AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA E CANINA
NA REGIÃO DO GRANDE MARACANÃ NA CIDADE DE MONTES CLAROS, MINAS
GERAIS, EM 2012
Olívia Rivane DAYRELL, Anamaria de Souza CARDOSO & Otávio CARDOSO-FILHO.......... 12
AVALIAÇÃO in silico DA FREQUÊNCIA DO GENE SERK EM DIFERENTES ESPÉCIES
VEGETAIS
Cleidiana de Oliveira AGOSTINHO, Guilherme Araújo LACERDA, Higor Fernando SALVADOR
& Ludmila Nayara de Freitas CORREIA.......................................................................................... 13
ix
CARACTERES ANATÔMICOS QUALITATIVOS NA DIAGNOSE DE ESPÉCIES DE
Butia (Becc.) Becc. (Arecaceae) DO BRASIL
Samuel Alves dos SANTOS, Bruno Francisco SANT’ANNA-SANTOS, Dayana Maria Teodoro
FRANCINO & Wellington Geraldo Oliveira CARVALHO-JUNIOR............................................. 14
CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS PARA O SUBSÍDIO DE MELHORAMENTO
GENÉTICO DE VARIEDADES DE FEIJÃO EM UNAÍ-MG
Heloiza Navarro de NOVAES, Clênia Mara Gomes de MORAIS, Daniel Alves SANTIAGO,
Gabriela Mendes FERNANDES, Guilherme Victor Nippes PEREIRA & Guilherme Araújo
LACERDA........................................................................................................................................ 15
CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS DE RESIDÊNCIAS POSITIVAS PARA A
PRESENÇA DO MOSQUITO Aedes aegypti (LINNEAUS, 1762), EM DOIS BAIRROS DA
CIDADE DE SALINAS – MG
Felipe Augusto SOARES, Jefferson Bruno Bretas de Souza OLIVEIRA, Jéssica Coutinho SILVA
& Filipe Vieira Santos de ABREU.................................................................................................... 16
CRIAÇÃO LEGALIZADA DE AVES SILVESTRES: FATORES CONTRIBUINTES NA
PRESERVAÇÃO DA DIVERSIDADE DA FAUNA BRASILEIRA
Guilherme Gonçalves Borburema..................................................................................................... 17
EFEITO DO ESTRESSE HÍDRICO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE IPÊ PRETO
(Zeyhera tuberculosa) E PAU FORMIGUEIRO (Triplaris brasiliana)
Mateus Felipe Quintino SARMENTO, Tiago Reis DUTRA, Hugo Henrique Cardoso SALIS,
Rafaela Letícia Ramires CARDOSO, Alice Soares BRITO & Tiago Barbosa SANTOS............ 18
EFEITO DO ESTRESSE SALINO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE
CANAFÍSTULA (Peltophorum dubium (SPRENG) TAUB)
Jéssica Costa de OLIVEIRA, Tiago Reis DUTRA, Bárbara Mendes OLIVEIRA, Marcos Aurélio
Alves de OLIVEIRA & Carlos Henrique Soares SILVA................................................................. 19
ESTRUTURAS FOLIARES DE Aristolochia esperanzae (ARISTOLOCHIACEAE)
RELACIONADAS COM A PROSPECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS COM POTENCIAL
MEDICINAL
Flávia de Matos SILVA, Anna Luiza Nunes CARREIRO, Darlê Martins B. RAMOS & Guilherme
Araújo LACERDA ........................................................................................................................... 20
x
ESTRUTURAS FOLIARES DE Aristolochia melastoma (ARISTOLOCHIACEAE)
RELACIONADAS COM A PROSPECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS COM POTENCIAL
MEDICINAL
Guilherme de Souza VELOSO, Danielly Cardoso RAMOS, Ana Paula Gomes de ALMEIDA,
Darlê Martins B. RAMOS & Guilherme Araújo LACERDA........................................................... 21
ESTRUTURAS FOLIARES DE Vernonia polysphaera (ASTERACEAE) RELACIONADAS
COM A PROSPECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS COM POTENCIAL MEDICINAL
Marcielly Lima de MORAIS, Thácilla Caroline Cordeiro CARACAS, Darlê Martins B. RAMOS &
Guilherme Araújo LACERDA.......................................................................................................... 22
GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E DIAGNÓSTICO
AMBIENTAL DO ATERRO DA CIDADE DE MONTES CLAROS- MG.
Betânia Guedes de SOUZA &Anamaria de Souza CARDOSO....................................................... 23
IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA DE Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.
(MACAÚBA) PARA A ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS RIACHO
DANTAS E ADJACÊNCIA, MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS – MINAS GERAIS
Wéverton Rodrigues MARTINS....................................................................................................... 24
INTERVENÇÕES AGROECOLÓGICAS EM ESCOLAS RURAIS
Alice Soares BRITO & Vinícius Orlandi Barbosa LIMA................................................................. 25
LEVANTAMENTO FLORÍSTICO EM FLORESTA CILIAR COMO SUBSÍDIO A
RECOMPOSIÇÃO DA VEGETAÇÃO DO RIO BANANAL, SALINAS - MG
Mariana Caroline Moreira MORELLI, Maria Clara Oliveira DURÃES & Hugo Henrique Cardoso
SALIS................................................................................................................................................ 26
METODOLOGIAS UTILIZADAS NO ENSINO DE MICROBIOLOGIA: O QUE EXISTE E
O QUE SE PROPÕE PARA UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
Bruna Mendes OLIVEIRA, Cássio de Souza RAMOS & Fernando Barreto RODRIGUES........... 27
NOTIFICAÇÕES DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICIPIO E
ZONA RURAL DE JANUARIA/MG
Janaina Baldez GOMES, Lucélia Sandra S. Barbosa BRAGA & Maria Rosilene Alves
DAMASCENO ................................................................................................................................. 28
xi
O AUXÍLIO DO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL NA ELABORAÇÃO E
IMPLANTAÇÃO DE PROJETOS DE CONTROLE E COMBATE A EROSÃO DO SOLO
Thamyres Sabrina GONÇALVES..................................................................................................... 29
O USO DE RECURSOS EM MULTIMÍDIA NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM DE BIOLOGIA
Raquel Soares Lopes RIBEIRO, Lucélia Sandra S. Barbosa BRAGA & Maria Rosilene Alves
DAMASCENO.................................................................................................................................. 30
PERCEPÇÃO DA IMPOTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL, POR ESTUDANTES
DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ZONA RURAL DE MONTES CLAROS
Iara Veloso RODRIGUES, Aline Silva ALVES & Dalton Rocha PEREIRA.................................. 31
ELATO DA INVASÃO DO CARACOL GIGANTE AFRICANO Achatina fulica
(BOWDICH, 1822) DENTRO DO PERÍMETRO URBANO DE UNAÍ – MG
Túlio Teruo YOSHINAGA, Bruna de OLIVEIRA, Caroline de Melo SILVEIRA, Jéssica Maiara
dos SANTOS, Paulo Guilherme RAIMUNDO & Angelita Aparecida FERREIRA........................ 32
USO DO GEOPROCESSAMENTO NO MAPEAMENTO DO USO E COBERTURA DO
SOLO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BANANAL, SALINAS – MG
Mariana Caroline Moreira MORELLI & Nondas Ferreira da SILVA.............................................. 33
1
ABUNDÂNCIA DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES EM SOLOS ONDE SE
ENCONTRAM À [Acrocomia aculeata (JACQ.) LODD. EX MART.] (MACAÚBA) NO
NORTE DE MINAS
Fabiana Rodrigues FONSECA(1)
, Adriana Martins PEREIRA(1)
, Pollyana Santos QUEIROZ(2)
,
Fernanda Simões LACERDA(1)
& Henrique Maia VALÉRIO(3)
Os Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMAs) são organismos biotróficos que estabelecem
associações simbióticas mutualísticas com a maioria das espécies de plantas. No entanto, estudos
desses fungos associados a rizosfera da A. aculeata, ainda são escassos. Sendo assim, o objetivo
deste estudo é conhecer a abundância dos FMAs em associação a rizosfera da A. aculeata no Norte
de Minas Gerais. O estudo foi realizado em cinco áreas do Norte de Minas Gerais, na estação seca
(Agosto/2012). Montes Claros, composta por uma vegetação sucessional intermediária, Coração de
Jesus, Olhos D’Água e Santa Cruz, ambas constituídas por vegetação sucessional inicial (pasto) e
Francisco Sá, com vegetação inicial (pasto) e intermediária. 15 amostras simples de cada população
foram coletadas da base do estipe da Acrocomia aculeata na profundidade 0 a 20cm, escolhendo,
aleatoriamente, grupos constituídos de três indivíduos que se encontravam próximos (3 a 10m). No
laboratório, 50g de solo de cada amostra foram lavados com água, descartando-a em um conjunto
de peneiras de malha arranjadas uma sobre a outra, sendo a peneira de 0,42mm sobre a peneira de
0,053mm, depois centrifugado com água destilada por 3 minutos a 3000rpm e em seguida em
gradiente com sacarose 45% por 2 minutos a 2000 rpm, vertendo-se, novamente, o sobrenadante na
peneira de malha de 0,053mm. Estes foram lavados em água destilada e transferidos para outro tubo
de 50 mL. A contagem dos esporos foi feita com o auxílio de agulhas e um contador, e a
abundância de esporos foi obtida a partir da média dos esporos encontrados em cada população. A
população de Francisco Sá apresentou maior abundância média (1888,26) e Montes Claros a menor
(215,6), enquanto que nas demais populações as médias não variaram, o que pode ser explicado
pela composição vegetal dessas populações, pois o sistema radicular abundante possibilita maior
esporulação. Sendo assim, a composição vegetal dessas populações pode ser um dos fatores que
influenciaram na variação da abundância observada de glomerosporos de Fungos Micorrízicos
Arbusculares em cada localidade, associado ao fator sazonal.
Palavras-chave: Abundância, Micorrizas, Acrocomia aculeata.
______________________________ (1)
Graduanda do Curso de Ciências Biológicas da biotecnologia – Unimontes, MG, Brasil.
Mestranda em Ciências Biologicas – Unimontes, MG, Brasil. (3)
Professor Doutor de ensino Superior – Unimontes, MG, Brasil.
2
A CONSERVAÇÃO DO SOLO E DO MEIO AMBIENTE ATRAVÉS DE MATERIAIS
SUCATEADOS
Aline Fonseca MARTINS(1)
& Silvana Fonseca SANTANA(2)
Baseando-se nos princípios da contextualização e da interdisciplinaridade, estabeleceu-se relações
entre Arte e Ciências como espaço norteador para tratar da conservação do solo, ao mesmo tempo,
para capacidade de construção estética e da percepção da natureza ao tratar de vertentes ligadas a
ecologia. A oficina teve por objetivo atentar para preservação do solo e de forma geral do meio
ambiente através de técnicas de Assemblage, ampliando conceitos em arte e paralelamente em
consciência ambiental, através de manifestações de arte contemporânea com materiais sucateados,
para que o aluno caminhe como seletor de suas próprias ideias. Foram entrevistados 10 alunos do
6°ano, sobre a importância do solo para os seres vivos e consequentemente da sua preservação,
apresentou-se conceitos e exibiu-se o filme “Lixo Extraordinário de Vick Muniz”, posteriormente
os alunos coletaram materiais para integrar sua composição, houve enfoque no potencial poluidor
de cada material, tempo gasto para decomposição. O tempo gasto com essa oficina foi de 20 horas,
realizadas em uma escola estadual de Engenheiro Navarro, MG, em horário extraclasse. Em
consonância com as aulas da professora de ciências, que tratava sobre o solo em sala, inclusive com
aulas práticas. Dos alunos questionados apenas um revelou que preservar o solo não é importante,
apesar de considerar as técnicas de arte contemporânea um instrumento eficaz de preservação do
solo. O momento da confecção caracterizou-se por total descontração, a fim de despertar um ser
consciente e socialmente critico através da produção artística realizada pelo aluno.
Palavras-chave: solo, materiais sucateados, Assemblage.
______________________________ (1)
Graduanda do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal de Minas
Gerais- UFMG, Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)
Graduada em Artes Visuais.
3
A ILUSÃO DO ECOTURISMO NA SERRA DO CIPÓ: DOS IMPACTOS AMBIENTAIS À
QUESTÃO SOCIAL
Thamyres Sabrina GONÇALVES(1)
, Izabel Beatriz de MOURA(1)
& Bernardo Machado
GONTIJO(2)
A Serra do Cipó está localizada na região central de Minas Gerais e possui importância singular
para o estado, pois a exuberância da biodiversidade aliada ao fato de integrar os caminhos da
estrada real fez da Serra do Cipó um lugar de grande atratividade turística, turismo que é
amplamente divulgado e definido como ecológico. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a relação
entre o turismo desenvolvido na região estudada e suas relações com a definição de ecoturismo na
perspectiva ecogeográfica a partir de uma base conceitual de turismo ecológico, que pode ser
sintetizada como sendo uma relação holística entre homem e natureza. A metodologia adotada na
pesquisa foi um estudo exploratório através de trabalhos de campo periódicos na região da Serra do
Cipó durante o período de 2010 a 2012, quando a partir da observação direcionada e de entrevistas
semi-estruturadas foi feita uma análise dos impactos da atividade turística sobre a biodiversidade e
suas influências na vida social da população local. Os resultados mostram que o turismo na região,
embora esteja naturalmente integrado á história e ao cotidiano de vida da população local, não pode
ser considerado como um turismo ecológico, pois na forma com que se desenvolve tanto traz danos
à biodiversidade como gera conflitos ambientais dentre os quais se podem citar: coleta predatória de
plantas, construção de pousadas dentro dos rios, conflitos de uso e ocupação do solo e a
desconstrução social das relações de pertencimento de comunidades locais. Não se pode afirmar que
o turismo na região é uma atividade negativa ou prejudicial, pois faz parte da dinâmica natural do
lugar, todavia há necessidade de se repensar a definição e aceitação do turismo praticado ali como
ecoturismo, pois é preciso desenvolver políticas públicas de manejo e gestão turística com base em
pressupostos que de fato direcionem-no a um turismo verdadeiramente ecológico, que vise à
conservação da biodiversidade e o desenvolvimento social da região.
Palavras - chave: Serra do Cipó, sociedade e biodiversidade, desenvolvimento regional.
______________________________ (1)
Graduandas do curso de Geografia da Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES,
Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)
Professor de Biogeografia e Fitogeografia no Departamento de Geografia do Instituto de
Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Belo Horizonte, Minas Gerais,
Brasil. [email protected]
4
ANÁLISE FITOQUÍMICA QUALITATIVA DAS FOLHAS DE Magonia pubescens St. Hil.
OCORRENTE EM MONTES CLAROS – MG
Daiane Maia de OLIVEIRA(1)
, Vanessa de Andrade ROYO(2)
, Maria Olivia MERCADANTE-
SIMÕES(2)
, Priscila de Jesus PESSOA(3)
, Ariadna Conceição dos SANTOS(3)
& Mayara Pereira
GONÇALVES(3)
Magonia pubescens St. Hil. popularmente conhecida por tinguí, timbó ou tinguí-bola, é uma espécie
florestal arbórea de ocorrência no Cerrado brasileiro. Essa árvore além de apresentar significativo
valor ornamental, vem sendo utilizada na arborização urbana e está no foco das pesquisas visando
sua utilização medicinal. O objetivo deste estudo foi identificar as principais classes de metabólitos
secundários presentes nas folhas de M. pubescens. Foram coletadas folhas completamente
expandidas, em planta adulta ocorrente em região de cerrado, no perímetro urbano do município de
Montes Claros. Para a realização da prospecção fitoquímica, estas foram secas em estufa a 40°C por
aproximadamente 72 horas. Para a análise qualitativa das principais classes de metabólitos
secundários utilizou-se de metodologias adaptadas, descritas na literatura. Pode-se observar a
presença de taninos nas reações com cloreto férrico, acetato neutro de chumbo e acetato de cobre,
mostrando ausência em solução aquosa específica de alcaloides. A presença de saponinas a partir da
concentração 20% foi significativa. A reação com cloreto férrico indicou a presença de flavonoides.
Nos testes realizados para alcaloides o resultado foi positivo para os reagentes de Bouchard,
Bertrand e Dragendorff, sendo negativo somente para o reativo de Mayer. As análises fitoquímicas
são importantes como subsídios para a farmacognosia na busca de princípios ativos e identificação
dos compostos bioativos tendo em vista que esses podem variar em sua composição e quantidade
em função de fatores ambientais.
Palavras-chave: Tinguí, metabólitos secundários, planta medicinal.
______________________________ (1)
Programa de Mestrado em Biotecnologia da Universidade Estadual de Montes Claros –
UNIMONTES, MG. [email protected] (2)
Departamento de Biologia Geral da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES,
MG. (3)
Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros –
UNIMONTES, MG.
5
ANÁLISE in silico DA SIMILARIDADE EM GRUPOS VEGETAIS DISTINTOS EM
FUNÇÃO DO GENE DA MALATO DESIDROGENASE
Higor Fernando SALVADOR(1)
, Guilherme Araújo LACERDA(1)
, Ludmila Nayara de Freitas
CORREIA(1)
& Cleidiana de Oliveira AGOSTINHO(1)
A malato desidrogenase (EC 1.1.1.37) atua no metabolismo do ciclo de Krebs sendo responsável
por catalisar a conversão do malato em oxalacetato. Já na síntese de ácidos graxos sua isoenzima
malato desidrogenase citosólica reduz o oxalacetato a malato numa reação oposta. Tendo em vista a
importância econômica do Dendê (Elaeis guineensis) construiu-se uma árvore filogenética com
base no gene da malato desidrogenase e de sua isoenzima citosólica a fim de averiguar
similaridades de vegetais em relação a estas duas características. Para definir as espécies escolhidas
para a análise utilizou-se o algoritmo Basic Local Alignment Search Tool buscando-se sequências
nucleotídicas homólogas no National Center for Biotechnology Information. As espécies analisadas
foram E. guineensis, Corylus heterophylla, Prunus armeniaca, Prunus persica, Malus x domestica,
Iris x hollandica, Cicer arietinum, Nicotiana tabacum, Glycine max, Chlamydomonas reinhardtii e
Brassica napus. As sequências das respectivas plantas foram alinhadas por meio do programa
ClustalW e a árvore obtida pelo MEGA4 através do método de distância UPGMA. A validade do
dendograma quanto a distâncias dos clusters foi dada pelo teste probabilístico de bootstrap. Dois
grupos distintos puderam ser observados, sendo que naquele em que agrupou-se E. guineensis
tivemos uma confiabilidade de 55%. O segundo agrupamento destacou-se pela ocorrência de N.
tabcum atuando como grupo externo. Ambas as espécies M. x domestica e I. x hollandica, sendo
resultados de cruzamento, agruparam-se com baixa confiabilidade (40%). Já as espécies C.
heterophylla e P. persica se agruparam com 100% no primeiro grupo. As plantas resultantes de
cruzamento se mostraram mais próximas à B. napus, mesmo esta sendo representada pelo gene da
enzima mitocondrial, ao contrário das demais. A malato desidrogenase apresentou-se como um
possível marcador na determinação de similaridade de sequências entre plantas, não sendo
indicativo de relação filogenética.
Palavras-chave: Elaeis guineensis, filogenia, UPGMA.
______________________________ (1)
Graduandos do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros -
UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)
Professor do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros-
UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil.
6
ANATOMIA COMPARADA DA LÂMINA FOLIAR DE Butia archeri (Glassman) Glassman
E B. capitata (Mart.) Becc. (ARECACEAE)
Samuel Alves dos SANTOS(1)
, Bruno Francisco SANT’ANNA-SANTOS(1)
, Wellington Geraldo
Oliveira CARVALHO-JUNIOR(2)
, Francisco Andre Ossamu TANAKA(3)
& Dayana Maria
Teodoro FRANCINO(4)
A anatomia foliar é uma fonte promissora de dados que auxilia na delimitação de espécies cuja
morfologia externa não é suficiente para distingui-las, como no gênero Butia. Objetivou-se
identificar características anatômicas distintivas da lâmina foliar de Butia archeri e B. capitata,
visando contribuir para o conhecimento da morfologia e taxonomia do gênero. Amostras da porção
mediana das pinas de indivíduos pertencentes a duas populações nativas, em área de Campo
Rupestre (B. archeri) e Cerrado sensu stricto (B. capitata), foram coletadas e fixadas em solução de
Karnovsky. Parte das amostras foi previamente lavada em clorofórmio para remoção das ceras
epicuticulares, tornando possível a visualização dos estômatos. Após desidratação em série de
acetona crescente, as amostras foram secas ao ponto crítico e metalizadas com ouro para observação
ao microscópio eletrônico de varredura. Para microscopia de luz, as amostras foram infiltradas e
polimerizadas em glicol-metacrilato, coradas com azul de toluidina e os cortes transversais
posteriormente montados em resina sintética. Em ambas as espécies, a cutícula é densamente
coberta por placas retangulares de ceras epicuticulares. Contudo, as ceras são dispostas
horizontalmente em B. archeri e verticalmente em B. capitata. Nas amostras previamente tratadas
com clorofórmio, a micromorfologia foliar é bastante similar, estando os estômatos tetracíticos
dispostos em fileiras contínuas em ambas as faces das pinas. Ao microscópio de luz, B. archeri
apresenta feixes de menor calibre que circundam totalmente o cilindro fibroso que não atinge a
hipoderme na face abaxial. Já em B. capitata, o cilindro fibroso atinge a hipoderme e os feixes de
menor calibre circundam o cilindro parcialmente. Além de diagnósticos, tais características são
úteis para corroborar com a distinção morfológica das espécies, contribuindo para a taxonomia de
Butia
Palavras-chave: Anatomia Vegetal, coquinho-azedo, taxonomia.
______________________________
Os autores agradecem à Fundação de Amparo a Pesquisa (FAPEMIG) pelo aporte de recurso
financeiro e bolsa de iniciação científica ao primeiro autor (CRA APQ 01043/11) e ao Núcleo de
Apoio à Pesquisa em Microscopia Eletrônica Aplicada à Pesquisa Agropecuária pelo suporte ao
processamento das amostras.
(1)
Universidade Federal de Minas Gerais, Campus Regional Montes Claros, Montes Claros, MG,
Brasil. [email protected] (2)
Petrobras Biocombustível. (3)
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz – ESALQ/USP, Piracicaba, SP, Brasil. (4)
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, Diamantina, MG, Brasil.
7
ANATOMIA DA CASCA DA RAIZ DE Solanum lycocarpum A.St.-Hil. E S. paniculatum L.
(SOLANACEAE)
Laudineia de Jesus MATIAS(1)
, Maria Olívia MERCADANTE-SIMÕES(2)
, Vanessa de Andrade
ROYO(2)
, Leonardo Monteiro RIBEIRO(2)
, Mayara Pereira GONÇALVES(3)
& Ariadna Conceição
dos SANTOS(3)
Solanum lycocarpum e S. paniculatum são utilizadas comumente para o tratamento de diversas
doenças inclusive para o controle de diabetes sendo o objetivo do presente trabalho a identificação
de caracteres anatômicos distintivos para as cascas das raízes dessas espécies. O material vegetal foi
fragmentado, fixado em solução de Karnovsky, desidratado em série etílica e incluído em glicol-
metacrilato. Foram obtidas seções transversais e longitudinais, em micrótomo rotativo, com 5mm
de espessura, que foram coradas com azul de toluidina 0,05%, pH 7,4 e montadas em resina
acrílica. Na periderme, as células do súber apresentam-se lignificadas como em S. paniculatum e a
feloderme em S. paniculatum apresenta areia cristalina. No córtex, em S. lycocarpum, ocorre menor
grau de lignificação e acúmulo de areia cristalina do que em S. paniculatum. No floema, evidencia-
se menor proporção de elementos de tubo crivado em relação ao parênquima axial em S.
lycocarpum sendo que em S. paniculatum a quantidade de elementos condutores é maior que o
número de células do parênquima axial. O grau de esclerificação, o acúmulo de areia cristalina e o
padrão floemático podem ser caracteres diagnósticos para as cascas das raízes das espécies
estudadas.
Palavras-chave: lobeira, jurubeba, cascas de raiz.
______________________________
Apoio financeiro: CNPq, FINEP, FAPEMIG, Pró-Reitoria de Pesquisa e Petrobrás.
(1)
Programa de Mestrado Profissional em Biotecnologia, Universidade Estadual de Montes Claros -
UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)
Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES,
Montes Claros, MG, Brasil. (3)
Curso de Ciências Biológicas Bacharelado, Universidade Estadual de Montes Claros -
UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil.
8
ANATOMIA DA FOLHA DE Solanum lycocarpum A.St.-Hil. E S. paniculatum L.
(SOLANACEAE)
Laudineia de Jesus MATIAS(1), Maria Olívia MERCADANTE-SIMÕES(2), Vanessa de Andrade
ROYO(2), Leonardo Monteiro RIBEIRO(2), Mayara Pereira GONÇALVES(3) & Ariadna
Conceição dos SANTOS(3)
Solanum lycocarpum e S. paniculatum são conhecidas pelo vasto espectro de aplicações
farmacológicas inclusive para doenças crônicas como o diabetes. Nesse sentido, o presente trabalho
objetivou a identificação de caracteres anatômicos distintivos para as folhas dessas espécies. O
material vegetal foi fragmentado, fixado em solução de Karnovsky, desidratado em série etílica e
incluído em glicol-metacrilato. Foram obtidas seções transversais e longitudinais, em micrótomo
rotativo, com 5μm de espessura, que foram coradas com azul de toluidina 0,05%, pH 7,4 e
montadas em resina acrílica. A epiderme, em S. lycocarpum, apresenta tricomas glandulares em
menor número e maior densidade de tricomas tectores que em S. paniculatum. O mesofilo, em S.
lycocarpum, apresenta parênquima paliçádico pluriestratificado com células de comprimento
variado, ao passo que em S. paniculatum o parênquima é unisseriado e o comprimento das células é
uniforme; o parênquima lacunoso, em S. lycocarpum, apresenta espaços intercelulares menos
volumosos que em S. paniculatum. Na nervura mediana, em S. lycocarpum, o parênquima e o
sistema vascular apresentam maior grau de esclerificação e maior quantidade de idioblastos
cristalíferos que em S. paniculatum. No pecíolo, em S. lycocarpum, o parênquima apresenta maior
esclerificação e espaços intercelulares mais volumosos que em S. paniculatum. A disposição dos
tricomas, o padrão do parênquima do mesofilo, o grau de esclerificação e o acúmulo de areia
cristalina podem ser caracteres diagnósticos para as folhas das espécies estudadas.
Palavras-chave: lobeira, jurubeba, anatomia foliar.
______________________________
Apoio financeiro: CNPq, FINEP, FAPEMIG, Pró-Reitoria de Pesquisa e Petrobrás.
(1)
Programa de Mestrado Profissional em Biotecnologia, Universidade Estadual de Montes Claros -
UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)
Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES,
Montes Claros, MG, Brasil. (3)
Curso de Ciências Biológicas Bacharelado, Universidade Estadual de Montes Claros -
UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil.
9
ANATOMIA DO CAULE DE Hancornia speciosa Gomes (APOCYNACEAE)
Mayara Pereira GONÇALVES(1)
, Maria Olívia MERCADANTE-SIMÕES(2)
, Ariadna Conceição
dos SANTOS(1)
, Vanessa de Andrade ROYO(2)
, Daiane Maia de OLIVEIRA(3)
& Priscilla de Jesus
PESSOA(1)
Hancornia speciosa, conhecida popularmente como mangaba, é uma planta arbórea, amplamente
distribuída no cerrado brasileiro, cujo látex, obtido a partir do caule, apresenta valor taxonômico
para a espécie. O presente trabalho tem como objetivo a caracterização da estrutura anatômica do
caule de H. speciosa. O material vegetal foi fragmentado, fixado em solução de Karnovsky,
desidratado em série etílica e incluído em glicol-metacrilato. Foram obtidas secções transversais e
longitudinais em micrótomo rotativo que foram coradas com azul de toluidina e montadas em resina
acrílica. Na periderme observa-se a instalação do felogênio nas camadas subepidérmicas, comum
em Apocynaceae, produzindo células tabulares e compactas de súber com algum conteúdo fenólico
e 1-2 camadas de células de feloderme. No córtex observam-se idioblastos fenólicos, esclereídes
agrupadas e laticíferos de parede espessa que é uma característica anatômica universal na família.
Os feixes vasculares são bicolaterais. O floema externo apresenta cristais, laticíferos e raios
unisseriados. Fibras agrupadas na porção mais distal do floema externo e presença de esclereídes.
Sua distribuição no floema pode ter valor taxonômico. O floema interno apresenta a mesma
conformação do floema externo com ausência das fibras. A medula constitui-se de células
parenquimáticas de parede delgada, laticíferos e idioblastos fenólicos. O local de instalação do
felogênio, laticíferos calibrosos e abundantes em meio ao córtex e floema e o padrão dos
constituintes floemáticos podem apresentar valor diagnóstico para a espécie contribuindo para a
identificação vegetal.
Palavras-chave: mangaba, laticíferos, droga vegetal.
______________________________
Apoio Financeiro: FAPEMIG, CNPq e Pró-Reitoria de Pesquisa da Unimontes.
(1)
Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes - MG.
Departamento de Biologia Geral da Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes - MG. (3)
Programa de Mestrado em Biotecnologia da Universidade Estadual de Montes Claros –
Unimontes - MG.
10
ARTICULAÇÃO ENTRE O CONTEÚDO E O LÚDICO PARA O ENSINO DE
MICROBIOLOGIA
Cirilo Henrique de OLIVEIRA(1)
, Ariadne Miranda CARDOZO(1)
, Jéssica Coutinho SILVA(¹) &
Giuliana de Sá Ferreira BARROS(2)
A microbiologia é trabalhada nas disciplinas ciências e biologia, no ensino fundamental e médio.
Sendo assim, a elaboração de materiais incorporando a dimensão lúdica é de suma importância.
Nestas condições, um protótipo de jogo foi elaborado, constituído por um painel, dado, mini cones,
cartões, cronômetro e um manual informativo. Após a utilização do jogo, aplicou-se um
questionário em duas turmas do segundo ano do ensino médio, totalizando 27 alunos. Após a
tabulação e interpretação dos dados, 63% dos alunos responderam que o nível do jogo é
relativamente fácil, uma pequena parcela fez observações apontando que encontraram dificuldades,
o jogo também pode ser utilizado como diagnóstico. Cerca de 81% apontaram que o jogo é
bastante articulado e permiti o trabalho em grupo, tornando a aula dinâmica e atraente. Este
resultado mostra que os alunos podem e devem discutir sobre a questão levantada, a troca de
saberes e o questionamento são fundamentais. Uma parcela de 74% apontou que o jogo contribuiu
para o seu aprendizado. Como sugestões, cerca de 80% assinalaram que a premiação deve acontecer
como forma de estimulação. Os resultados demonstram que a proposta fundamentada no lúdico é
significativa para construção e desenvolvimento do conhecimento e aprendizagem do aluno. Neste
contexto o aluno constitui um sujeito autônomo do aprendizado a partir da possibilidade de
expressão e atuação. Foi perceptível que tais dados, possibilitaram um retrato da realidade local
apresentando contribuições para melhor compreensão do processo educativo no âmbito da escola.
Tais questionamentos não se esgotam em si, já que esse levantamento de dados projeta a
necessidade de aprofundamento na discussão a respeito do ensino de microbiologia.
Palavras-chave: microbiologia, lúdico, ensino.
______________________________
Apoio financeiro: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES
(1)
Graduando do Curso Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia - Campus Salinas. Salinas/MG, Brasil. ([email protected]) (2)
Professora Orientadora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus
Salinas. Salinas/MG, Brasil. ([email protected])
11
A UTILIZAÇÃO DO JOGO DIDÁTICO SOBRE MICROBIOLOGIA “MICROLUDO” EM
TURMAS DE ENSINO MÉDIO DO IFNMG- CAMPUS SALINAS
Lêda Naiara Pereira COSTA(1)
, Vanessa Rodrigues SANTANA(1)
, Lauany Matos de Novais
SILVA(1)
& Giuliana de Sá Ferreira BARROS(2)
O ensino através de jogos proporciona o desenvolvimento e a fixação do conteúdo de maneira
diferenciada e divertida. Nesse sentido, foi trabalhado um jogo com a temática de microbiologia,
tendo como objetivo proporcionar uma aula em que os alunos pudessem interagir e aprender a
matéria de forma descontraída ajudando-os a revisar o conteúdo. O jogo foi denominado:
“MICROLUDO”, sendo composto por um tabuleiro de EVA, cinquenta cartas com perguntas e
respostas sobre microbiologia, dez cartas surpresas com ônus e bônus e quatro marcadores com
imagens diferentes para definir os times. Participaram do jogo e do preenchimento do questionário
50 alunos de duas turmas do 2º ano do Ensino Médio do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais
– Campus Salinas, com faixa etária entre quatorze e quinze anos. O questionário foi composto por
sete questões, seis fechadas e uma aberta. Quando indagados se gostaram do jogo noventa e seis por
cento dos alunos disseram que gostaram do jogo e quatro por cento não gostaram. Oito por cento
dos alunos responderam que o nível do jogo foi fácil, setenta e oito por cento disseram que o nível
foi médio e seis por cento acharam o jogo difícil. Vinte e oito por cento disseram que a linguagem
utilizada para formular as questões foi de fácil compreensão, cinquenta por cento disseram ter sido
média e dezesseis por cento acharam difícil. Em relação ao tamanho do jogo quatro por cento dos
alunos acharam ruim, dez por cento disseram ter sido regular e oitenta e seis por cento disseram ser
bom. Noventa e dois por cento dos alunos responderam ter gostado de trabalhar em grupo e oito por
cento disseram não ter gostado. Ao serem perguntados se o jogo auxiliou no aprendizado noventa
por cento disseram que sim e dez por cento disseram que não. Quando indagados sobre as sugestões
para o jogo os alunos disseram que eles deveriam escolher os grupos, as perguntas deveriam ser
mais difíceis, utilizar mais vezes o jogo na sala, ter um tempo maior para responder as perguntas e
aumentar o tempo do jogo. Foi possível perceber que as atividades lúdicas quando levadas para a
sala de aula provocam um maior interesse nos alunos. Durante o jogo observou-se que os alunos
ficaram entusiasmados e interagiram entre si. Conclui-se então, que o jogo foi de grande
importância para a aprendizagem dos alunos, pois eles competiram de uma forma saudável e
tentaram buscar as respostas no intuito de somar conhecimento e vencer.
Palavras-chave: jogo, microludo, aprendizagem.
______________________________
O presente trabalho foi realizado com o apoio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a
Docência – PIBID, da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível superior –
Brasil.
(1)
Graduandas do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal do Norte de
Minas Gerais – campus Salinas - IFNMG, Salinas, MG, Brasil. [email protected]. (2)
Professora do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – campus Salinas - IFNMG, Salinas,
MG, Brasil.
12
AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA E CANINA
NA REGIÃO DO GRANDE MARACANÃ NA CIDADE DE MONTES CLAROS, MINAS
GERAIS, EM 2012
Olívia Rivane DAYRELL(1)
, Anamaria de Souza CARDOSO(2)
& Otávio CARDOSO-FILHO(2)
A Leishmaniose visceral é uma zoonose de ampla distribuição mundial, doença crônica e sistêmica,
que pode levar ao óbito se não diagnosticada e tratada em tempo hábil. Os primeiros casos da
doença em Minas Gerais foram detectados em áreas rurais do norte do estado, mas atualmente
grande parte dos casos ocorre em áreas urbanas. O presente estudo objetivou avaliar a incidência de
Leishmaniose visceral humana e canina na região do Grande Maracanã, na cidade de Montes
Claros, no ano de 2012. Para tanto foi realizada uma pesquisa de campo, com abordagem
quantitativa. Os dados foram coletados através de um levantamento do número de casos de
leishmaniose visceral humana, durante esse período, com base nas notificações do Sistema de
Informações e Agravo de Notificação da Secretaria Municipal de Saúde. Os dados referentes ao
número de casos de leishmaniose visceral canina, bem como do número de cães examinados e
eutanasiados, foram obtidos nos relatórios do Centro de Controle de Zoonoses do referido
município. Com relação à incidência de leishmaniose visceral canina os resultados obtidos
apresentaram-se conforme o esperado, houve um elevado número de casos. Dos 5.358 cães
examinados, 499 foram reativos, tendo sido 427 eutanasiados. Entretanto, a incidência de
leishmaniose visceral em humanos foi baixa, com apenas um caso notificado em uma população de
aproximadamente 30 mil habitantes, segundo o censo municipal. Os dados encontrados sugerem um
efetivo e intenso trabalho do Centro de Controle de Zoonoses para conter a endemia, o que refletiria
na redução dos casos da doença em humanos. É possível concluir que um eficiente trabalho de
investigação do principal reservatório (o cão) dessa enfermidade constitui um importante fator de
proteção para a população, porém, investimentos em medidas educativas e novos métodos para
controle do vetor, também poderiam resultar em redução do número de casos, tanto em humanos
quanto em animais.
Palavras-chave: Leishmaniose visceral, incidência.
______________________________ (1)
Graduanda do Curso de Ciências Biológicas do Sistema de Ensino Superior do Norte de Minas –
ISEIB, Montes Claros, MG, Brasil. [email protected]. (2)
Professor do Curso de Ciências Biológicas do Sistema de Ensino Superior do Norte de Minas –
ISEIB, Montes Claros, MG, Brasil.
13
AVALIAÇÃO in silico DA FREQUÊNCIA DO GENE SERK EM DIFERENTES ESPÉCIES
VEGETAIS
Cleidiana de Oliveira AGOSTINHO(1)
, Guilherme Araújo LACERDA(2)
, Higor Fernando
SALVADOR(1)
& Ludmila Nayara de Freitas CORREIA(1)
Durante a embriogênese somática, alterações bioquímicas e morfológicas induzidas ocorrem
durante todo o desenvolvimento de tecidos, estando intimamente relacionado com alterações na
expressão gênica. Entre os genes envolvidos na indução de embriogênese somática, o Somatic
Embriogenic Receptor Kinase (SERK) tem sido indicado como aquele que desempenha um papel
importante neste processo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência e similaridade do gene
SERK encontrados nas espécies vegetais: Dimocarpus longan, Glycine max, Cocos nucifera,
Gossypium hirsutum, Ananas comosus, Rosa canina, Oryza sativa, Hordeum vulgare e
Brachypodium distachyom. Buscou- se sequências do gene SERK no banco de dados National
Center for Biotechnology Information, utilizando as palavras chaves SERK e Arecaceae. Foi
encontrada uma sequencia referente à espécie C. nucifera, a partir desta buscou-se sequencias
similares utilizando algorítimo Basic Local Aligment Search Tool. Estas sequencias foram alinhadas
utilizando o ClustalW e agrupadas no programa Molecular Evolutionary Genome Analysis usando o
modelo de comparação Unweighted Pair Grouping by Mathematical Averages. A validade do
dendograma quanto a distâncias dos clusters foi dada pelo teste probabilístico de bootstrap. Embora
houvessem 03 sequencias de A. comosus, estas não puderam ser agrupadas, isso se deve ao fato
destas expressarem genes diferentes. A. comosus expressando SERK2 se distanciou de SERK3 e
SERK1 que se agruparam com 61% de confiabilidade, enquanto A. comosus SERK2 se agrupou a R.
canina com 43%. C. nucifera se agrupou a D. longan e G. max apresentando confiabilidade de
81%, enquanto as 02 últimas espécies se agruparam com 100%. As duas sequências de O. sativa se
agruparam com 63%. O gene SERK pode ser encontrado em várias espécies sendo possível a
utilização deste como marcador molecular para a embriogênese somática.
Palavras-chave: embriogênese somática, marcador molecular, UPGMA.
______________________________ (1)
Graduandos do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros-
UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)
Professor do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros-
UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil.
14
CARACTERES ANATÔMICOS QUALITATIVOS NA DIAGNOSE DE ESPÉCIES DE
Butia (Becc.) Becc. (Arecaceae) DO BRASIL
Samuel Alves dos SANTOS(1)
, Bruno Francisco SANT’ANNA-SANTOS(1)
, Dayana Maria
Teodoro FRANCINO(2)
& Wellington Geraldo Oliveira CARVALHO-JUNIOR(3)
Caracteres da anatomia foliar têm demonstrado grande utilidade na delimitação taxonômica de
espécies da família Arecaceae. Assim, objetivou-se estudar a anatomia foliar de B. lallemantii (1),
B. matogrossensis (2), B. eriospatha (3), B. pubispatha (4), B. exospadix (5), B. microspadix (6), B.
paraguayensis (7), B. marmorii (8), B. lepidotispatha (9), B. capitata (10), B. archeri (11), B.
leptospatha (12), B. purpurascens (13), B. catarinenses (14), B. yatay (15) e B. campicola (16) com
o intuito de identificar caracteres que possam subsidiar a delimitação das espécies. Amostras de
pinas foram fixadas em solução de Karnovsky, desidratadas e incluídas em metacrilato. Cortes
transversais foram corados em azul de toluidina e montados em resina sintética. Após observação,
foi feita documentação fotográfica. A fonte do material pesquisado foi o Jardim Botânico
Plantarum, onde as espécies são cultivadas. Caracteres como epiderme unisseriada, cutícula
espessa, feixes vasculares do tipo colateral e tecido de expansão estratificado são comuns e,
portanto de valor conservativo para o gênero. Por outro lado, os caracteres presença ou ausência de
ráfides, formato da nervura mediana e da margem, e tecido de expansão contínuo ou interrompido,
apresentaram valor diagnóstico na delimitação de grupos de espécies ou mesmo ao nível específico.
As ráfides ocorrem nas espécies 4, 5, 6, 8, 10, 12, 14 e 16. Nervuras com formato arredondado
foram observadas em 5, 10 e 14, cordiforme em 8, elíptico na espécie 11, oblovado em 9, truncado
em 7, 12, 13 e 16, truncado oblíquo em 2, 6 e 15 e truncado triangular em 1, 3 e 4. A margem
possui formato quadrangular em 1, 2, 7, 12 e 15, quadrangular/arredondado em 4, 6, 10 e 11, e
deltóide em 3, 5, 8, 9, 13, 14 e 16. O tecido de expansão é continuo nas espécies 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,
10, 14 e 16. Os caracteres anatômicos permitiram a elaboração de uma chave de identificação,
reforçando o valor diagnóstico da anatomia para a taxonomia do gênero.
Palavras-chave: Anatomia Vegetal, taxonomia, palmeiras.
______________________________
Os autores agradecem ao Jardim Botânico Plantarum, pela disponibilização do material pesquisado
(Termo de Cooperação nº 048/12-00), à Fundação de Amparo a Pesquisa (FAPEMIG) pelo aporte
de recurso financeiro e bolsa de iniciação científica ao primeiro autor (CRA APQ 01043/11) e ao
Núcleo de Apoio à Pesquisa em Microscopia Eletrônica Aplicada à Pesquisa Agropecuária pelo
suporte ao processamento das amostras.
(1)
Universidade Federal de Minas Gerais, Campus Regional Montes Claros, Montes Claros, MG,
Brasil. [email protected] (2)
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, Diamantina, MG, Brasil. (3)
Petrobras Biocombustível.
15
CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS PARA O SUBSÍDIO DE MELHORAMENTO
GENÉTICO DE VARIEDADES DE FEIJÃO EM UNAÍ-MG
Heloiza Navarro de NOVAES(1)
, Clênia Mara Gomes de MORAIS(1)
, Daniel Alves SANTIAGO(1)
,
Gabriela Mendes FERNANDES(1)
, Guilherme Victor Nippes PEREIRA(2)
& Guilherme Araújo
LACERDA(3)
A produção e o consumo de feijão (Phaseolus vulgaris) no Brasil destacou-se nos últimos anos
principalmente por ser economicamente viável às famílias de baixa renda. Os feijoeiros têm grande
produtividade, mas dentre as dificuldades encontradas está proporcionar condições favoráveis à sua
produção. Como o melhoramento genético dirigiu tal cultura a novo status no mercado mundial,
objetivou-se introduzir e selecionar adaptações morfofisiológicas de feijoeiro determinando qual
das cinco variedades estudadas melhor se adapta às condições edafoclimáticas da região municipal
de Unaí, MG a fim de subsidiar projetos de melhoramentos. O município é o maior produtor de
grãos do estado alcançando hegemonia dessa cultura, buscar variedades adaptadas à região podem
agregar diferentes variedades e melhorar a produtividade conquistada. Os experimentos foram
conduzidos no campus da UNIMONTES em Unaí, empregou-se delineamento fatorial 4x5,
correspondendo a quatro variedades (Carioca escuro; Carioca claro; Mulatinho e Rosinha) e cinco
repetições de cada, em triplicatas, totalizando 60 tratamentos preparados em 20 vasos de polietileno.
Analisou-se 11 caracteres agronômicos: número de plantas germinadas; altura; número de folhas
médio por tratamento; diâmetro do caule; número de dias para florescimento; número de vagens por
planta; número de sementes por vagem; largura e comprimento médio das sementes; peso de mil
grãos e ciclo da planta. As comparações entre as médias dos caracteres foram efetuadas pelo teste
de Scott-Knott, nível de 5% de significância, utilizando o aplicativo computacional SISVAR®.
Todo o ciclo da planta foi acompanhado, variando entre 64 e 68 dias e as caraterísticas avaliadas
foram medidas após 12º dia de semeadura. Constataram-se diferenças tanto morfológicas quanto
fisiológicas, além de variações estatísticas para as variedades estudadas. O comparativo indicou as
variedades Mulatinho e Rosinha para serem inseridas no programa de melhoramento que se
pretende propor.
Palavras-chave: adaptações morfofisiológicas, produtividade, Phaseolus vulgaris.
______________________________ (1)
Graduandos do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros -
UNIMONTES, Unaí, MG, Brasil. [email protected] (2)
Orientador e Professor do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes
Claros - UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil. (3)
Co-orientador e Professor do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes
Claros - UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil.
16
CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS DE RESIDÊNCIAS POSITIVAS PARA A
PRESENÇA DO MOSQUITO Aedes aegypti (LINNEAUS, 1762), EM DOIS BAIRROS DA
CIDADE DE SALINAS – MG
Felipe Augusto SOARES(1)
, Jefferson Bruno Bretas de Souza OLIVEIRA(1)
, Jéssica Coutinho
SILVA(1)
& Filipe Vieira Santos de ABREU(2)
O mosquito Aedes aegypti é o principal vetor da dengue no mundo. Apesar dos esforços
desprendidos pelo governo, o alto índice de incidência da dengue prevalece a mais de uma década
no Brasil. Estudos mostram que o mosquito Aedes aegypti possui um comportamento peculiar e
preferência por determinados ambientes. No entanto, estas preferências ainda são desconhecidas,
sobretudo em regiões com baixa quantidade de estudos específicos, como na região Norte de Minas
Gerais. O objetivo desse trabalho foi detectar as características ambientais das residências que
apresentaram os maiores índices de infestação em dois bairros da cidade de Salinas - MG. Para a
análise, instalaram-se vinte armadilhas ovitrampa em dois bairros do município, sempre no
peridomicílio. Elas foram inspecionadas semanalmente entre junho/2012 e janeiro/2013 para
obtenção do Índice de Positividade de Ovitrampa através dos ovos presentes e identificação larval.
Ao final das coletas as residências foram caracterizadas através de observação do local e aplicação
de questionários. As residências que apresentaram Índice de Positividade de Ovitrampa acima de
50% foram consideradas como de alto risco para presença de A. aegypti. Em 60% das casas
classificadas como “alto risco” as armadilhas estavam dispostas em locais sombreados. As
armadilhas de todas estas casas estavam próximas a prováveis criadouros de A. aegypti (tanques,
vasos de plantas, pneus, caixas d’água) e em locais de frequente acesso de pessoas e animais.
Provavelmente, nestas condições o mosquito encontra todos os recursos necessários ao seu ciclo de
vida, sem precisar se dispersar, o que justifica a alta incidência de ovos. Em futuros estudos
epidemiológicos recomenda-se a instalação de armadilhas em peridomicílio que contenha as
características citadas. O presente trabalho mostrou como fatores ambientais urbanos podem
contribuir para a manutenção do mosquito, aumento dos índices entomológicos e disseminação das
viroses que acometem a população.
Palavras-chave: Aedes aegypti; Oviposição; Salinas.
______________________________
Apoio / Financiamento: FAPEMIG; Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Salinas;
Centro de Zoonose do Município de Salinas.
(1)
Graduandos do Curso de Ciências Biológicas do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais –
Campus Salinas - MG, Brasil. [email protected] (2)
Professor do Curso de Ciências Biológicas do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais –
Campus Salinas - MG, Brasil.
17
CRIAÇÃO LEGALIZADA DE AVES SILVESTRES: FATORES CONTRIBUINTES NA
PRESERVAÇÃO DA DIVERSIDADE DA FAUNA BRASILEIRA
Guilherme Gonçalves Borburema (1)
As aves silvestres brasileiras são constantemente atingidas por maus tratos, pelo intenso tráfico
deanimais e na degradação realizada pelo homem no ecossistema do ambiente florestal, o qual
também vem sendo ocupado pelo crescimento urbano. O presente estudo objetivou refletir os
fatores da criação legalizada de aves silvestres que podem ser contribuintes para a preservação da
diversidade da fauna brasileira. Como metodologia foi utilizada a abordagem qualitativa com a
pesquisa bibliográfica na área de ecologia que abordem o tema em questão e o trabalho de campo
realizando a observação participante atuando como integrante do CAPAMN – Clube Amigo dos
Pássaros de Montes Claros e do Norte de Minas, associação de criadores de pássaros cadastrada no
IBAMA. Como resultados pode-se citar a efetiva contribuição da iniciativa da criação legalizada de
aves na proteção e preservação da diversidade destas, onde os criadores investem para uma
qualidade de canto e preservação da variabilidade genética da ave, através de trocas dos pássaros
entre os criadores e troca de informação com criadores de diversas regiões do Brasil e através da
realização de encontros e torneios de canto de pássaros em níveis regionais, estaduais e nacionais.
No Brasil o pássaro Oryzoborus maximiliani maximiliani conhecido popularmente como Bicudo,
teve seu habitat natural tomado por plantações, dentre outros fatores que poderiam ter o levado à
extinção. Atualmente essa espécie só se encontra em cativeiro, o qual tem sido considerado não
mais como pássaro silvestre, mas como pássaro doméstico. A isso soma-se também iniciativas de
grupos de criadores de pássaros como projetos de reintrodução dessa espécie em seu habitat natural.
Assim a criação legalizada de pássaros contribui de diferentes formas na preservação das espécies
de aves da fauna brasileira valorizando, protegendo e se atualizando constantemente para uma
efetiva ação contra danos às espécies.
Palavras-chave: Aves silvestres, preservação ambiental, criação de aves.
______________________________ (1)
Graduando do Curso de Ciências Biológicas do Instituto Superior de Educação Ibituruna - ISEIB,
Montes Claros, MG, Brasil. [email protected]
18
EFEITO DO ESTRESSE HÍDRICO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE IPÊ PRETO
(Zeyhera tuberculosa) E PAU FORMIGUEIRO (Triplaris brasiliana)
Mateus Felipe Quintino SARMENTO(1)
; Tiago Reis DUTRA(2)
, Hugo Henrique Cardoso SALIS(1)
;
Rafaela Letícia Ramires CARDOSO(1)
; Alice Soares BRITO(1)
& Tiago Barbosa SANTOS(1)
O pau formiga (Triplaris brasiliensis) e o ipê preto (Zeyheria tuberculosa) são espécies presentes
em regiões de grande déficit hídrico, sendo muito utilizadas em programas de recuperação de áreas
degradas e paisagismo. Todo esse potencial deve-se ao fato dessas plantas apresentarem um
crescimento acelerado, porém não há estudos sobre o efeito do estresse hídrico e sua influência na
germinação das sementes dessas espécies. Diante do exposto, o presente trabalho teve como
objetivo avaliar o efeito do estresse hídrico na germinação de sementes de Triplaris brasiliana (pau
formiga) e Zeyhera tuberculosa (ipê preto). O delineamento experimental utilizado foi o
inteiramente casualizado, no esquema fatorial de 5x2, sendo estudado o efeito de cinco níveis de
estresse hídrico com o uso do polietilenoglicol (PEG 6000) nos potenciais osmóticos 0,0; -0,3; -0,6;
-1,2; -1,8 MPa, condicionando as sementes das espécies estudadas (pau formiga e ipê preto) em
quatro repetições. As unidades experimentais foram compostas por 20 sementes. As mesmas foram
semeadas em papel Germitex. Aos 28 dias após semeadura foram avaliados os seguintes
parâmetros: Índice de velocidade de germinação (IVG); tempo médio de germinação (TMG);
percentagem de germinação (G) aos 7, 14, e 28 dias após a semeadura. O ipê preto não apresentou
estatisticamente dados representativos, uma vez que apenas 0,89% das sementes germinaram. Já o
pau formiga respondeu negativamente ao efeito do estresse hídrico, afetando o crescimento do eixo
embrionário e consequentemente a germinação. A variável IVG apresentou para o pau formigueiro
o menor índice (5,54) na dose de -1,8 MPa, resultando em um maior TMG (13,95 dias). Os
melhores valores de IVG (24,20%) e G (50,89%) foram encontrados na dose 0,0 MPa. O
condicionamento osmótico que proporcionou os melhores resultados nas sementes de pau
formigueiro e ipê preto foi o 0,0 MPa, demonstrando que essas espécies não toleram o déficit
hídrico na etapa de germinação.
Palavras-chave: PEG 6000, Sementes florestais e Teste de Germinação.
______________________________ (1)
Graduando do Curso de Engenharia Florestal do Instituto Federal de Educação e Tecnologia do
Norte de Minas Gerais - IFNMG, Salinas, MG, Brasil. [email protected]. (2)
Professor do Curso de Engenharia Florestal do Instituto Federal de Educação e Tecnologia do
Norte de Minas Gerais - IFNMG, Salinas, MG, Brasil.
19
EFEITO DO ESTRESSE SALINO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE
CANAFÍSTULA (Peltophorum dubium (SPRENG) TAUB)
Jéssica Costa de OLIVEIRA(1)
, Tiago Reis DUTRA(2)
, Bárbara Mendes OLIVEIRA(1)
, Marcos
Aurélio Alves de OLIVEIRA(1)
& Carlos Henrique Soares SILVA(1)
Pertencente à família das Fabáceas, a canafístula é considerada uma ótima espécie para a
composição de reflorestamento misto em áreas degradadas de preservação permanente e muito
empregada no paisagismo como planta ornamental. Quando as suas sementes são expostas a
condições de estresse salino o seu metabolismo é alterado, podendo retardar o processo germinativo
e o estabelecimento da plântula. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi verificar o
efeito do estresse salino na germinação de sementes de canafístula. Adotou-se delineamento
inteiramente casualizado com quatro repetições, sendo estudado o efeito de seis níveis de potenciais
osmóticos (0,0; -0,3; -0,6; -0,9; -1,2 e 1,8 MPa) obtidos com a utilização do cloreto de sódio (NaCl)
sob a germinação das sementes de canafístula. Cada unidade experimental foi constituída por 20
sementes. Foram avaliados os seguintes parâmetros: Índice de velocidade de germinação; tempo
médio de germinação; percentagem de germinação aos 7, 14, e 28 dias após a semeadura. Para o
índice de velocidade de germinação e porcentagem de germinação aos 7, 14 e 28 dias, observou-se
uma redução significativa em seus valores com a elevação dos níveis de potencial osmótico, sendo
que os percentuais superiores (41,16 e 76,25% respectivamente) foram para as sementes submetidas
ao nível 0,0 MPa. O menor índice de velocidade de germinação (3,8), nas sementes submetidas ao
maior nível de potencial osmótico (-1,8 MPa), resultou em maior tempo médio de germinação (16
dias). Com isso conclui-se que em alta concentração salina, o processo de germinação das sementes
de canafístula é prejudicado, uma vez que reduz o potencial osmótico, retendo a água na solução
salina e dificultando a absorção pelos tecidos da semente.
Palavras-chave: Sementes florestais, potencial osmótico e solução salina.
______________________________ (1)
Graduanda do Curso de Engenharia Florestal do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Norte de Minas Gerais, Salinas, MG, Brasil. [email protected]. (2)
Professor do Curso de Engenharia Florestal do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Norte de Minas Gerais, Salinas, MG, Brasil.
20
ESTRUTURAS FOLIARES DE Aristolochia esperanzae (ARISTOLOCHIACEAE)
RELACIONADAS COM A PROSPECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS COM POTENCIAL
MEDICINAL
Flávia de Matos SILVA(1)
, Anna Luiza Nunes CARREIRO(1)
, Darlê Martins B. RAMOS(2)
&
Guilherme Araújo LACERDA(3)
A planta Aristolochia esperanzae O. Kuntze, conhecida popularmente como Papo-de-peru pertence
à família Aristolochiaceae, sendo encontrada nas bordas de matas do cerrado. A espécie é
conhecidapelos nomes vulgares: Papo-de-peru, angelicó, aristolóquia, caçaú, calunga, capa-homem,
cassau, cassiu, chaleira-de-judeu, cipó-mata-cobra, cipó-mil-homens, contra-erva, erva-de-urubu,
ervabicha, giboinha, guaco, jarrinha, mata-porco, milhomem, papo-de-galo, patinho, urubu-caá,
bastarda. É mencionada devido a suas propriedades medicinais como antisséptica, sedativa, na
inapetência, dispepsia, clorose, orquite, febres, nas picadas de cobras, diurética, emenagoga, além
de ser útil na hipertensão arterial e anti-reumática. Esse trabalho teve como objetivo identificar
características da anatomia foliar do Papo-de-peru a fim de subsidiar futuros trabalhos com sua
prospecção medicinal a partir deste órgão. O espécime de Papo-de-peru foi coletado na região da
comunidade rural de Vargem Grande da cidade de Brasília de Minas, MG. Foram realizados cortes
a mão livre no Laboratório de Botânica da Faculdade de Saúde Ibituruna – FASI utilizando folhas
frescas do material botânico evitando-se aquelas doentes ou atacadas por insetos. No corte
paradérmico da face abaxial da folha notamos estômatos do tipo anomocíticos ou ranunculáceo
(ausência de células subsidiárias) utilizando a coloração com Fucsina básica. No corte transversal
foi perceptível notar a abundância de glândulas produtoras de óleo essencial presentes em ambas
faces (adaxial e abaxial) como também nos tricomas glandulares, identificados com a utilização do
mesmo corante. Deste modo, relacionamos estas características da anatomia foliar do Papo-de-peru
nativo do Norte de Minas Gerais à produção de óleos essências a partir desta espécie para sua
bioprospecção.
Palavras-chave: glândulas produtoras de óleo, óleo essencial, estômatos.
______________________________ (1)
Graduanda do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas - FUNORTE,
Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)
Co-orientadora e Professora do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas
- FUNORTE, Montes Claros, MG, Brasil. (3)
Orientador e Professor do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas -
FUNORTE, Montes Claros, MG, Brasil.
21
ESTRUTURAS FOLIARES DE Aristolochia melastoma (ARISTOLOCHIACEAE)
RELACIONADAS COM A PROSPECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS COM POTENCIAL
MEDICINAL
Guilherme de Souza VELOSO(1)
, Danielly Cardoso RAMOS(1)
, Ana Paula Gomes de ALMEIDA(1)
,
Darlê Martins B. RAMOS(1)
& Guilherme Araújo LACERDA(3)
Aristolochia compreende um gênero de plantas perenes, volúveis, que geralmente crescem rentes ao
solo. A planta Aristolochia melastoma Manso (Capitãozinho) é uma planta medicinal presente no
Domínio dos Cerrados norte mineiros, indicado como antifebril, anti-séptico, sedativo e
emenagoga. As partes utilizadas no preparo do medicamento são raízes e folhas. Esse trabalho teve
como objetivo identificar características da anatomia foliar do Capitãozinho a fim de subsidiar
futuros trabalhos com sua prospecção medicinal a partir deste órgão. O espécime de Capitaozinho
foi coletado na região da comunidade rural de Pau de Fruta no município de Jequitaí, MG. Foram
realizados cortes a mão livre no Laboratório de Botânica da Faculdade de Saúde Ibituruna – FASI
utilizando folhas frescas do material botânico evitando-se aquelas doentes ou atacadas por insetos.
No corte paradérmico da folha notamos os tricomas glandulares utilizando a coloração com Sudan
IV (C24H20N4O) ou sudão IV. Este é um corante azóico lisocrômico (corante solúvel em gorduras).
No corte transversal foi perceptível a abundância de glândulas produtoras de óleo essencial
presentes em ambas as faces (adaxial e abaxial) como também nos tricomas glandulares,
identificados com a utilização do mesmo corante. Notamos ainda a ocorrência de um óleo bifásico
dentro das glândulas e tricomas indicando provavelmente uma mistura de ácidos graxos com
diferentes densidades. Este fato pôde caracterizar a riqueza de compostos deste óleo. Deste modo,
relacionamos estas características da anatomia foliar do Capitãozinho nativo do Norte de Minas
Gerais à produção de óleos essências a partir desta espécie para sua bioprospecção.
Palavras-chave: glândulas produtoras de óleo, óleo essencial, Capitãozinho.
______________________________ (1)
Graduandos do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas - FUNORTE,
Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)
Co-orientadora e Professora do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas
- FUNORTE, Montes Claros, MG, Brasil. (3)
Orientador e Professor do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas -
FUNORTE, Montes Claros, MG, Brasil.
22
ESTRUTURAS FOLIARES DE Vernonia polysphaera (ASTERACEAE) RELACIONADAS
COM A PROSPECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS COM POTENCIAL MEDICINAL
Marcielly Lima de MORAIS(1)
, Thácilla Caroline Cordeiro CARACAS(1)
, Darlê Martins B.
RAMOS(2)
& Guilherme Araújo LACERDA(3)
O Assa-peixe (Vernonia polysphaera) é uma planta do gênero Vernonia, família Asteraceae, nativa
do Brasil, nasce em beira de estradas, esgotos e terrenos baldios. Rica em sais minerais, diurética,
esta planta também tem ação balsâmica e expectorante. A folha do assa-peixe ajuda a combater as
afecções da pele, bronquite, cálculos renais, dores musculares, gripes, pneumonia, retenção de
líquidos e até tosse. Esse trabalho teve como objetivo identificar características da anatomia foliar
do Assa-peixe a fim de subsidiar futuros trabalhos com sua prospecção medicinal a partir deste
órgão. O espécime de Assa-peixe foi coletado na região da comunidade rural de Moradeiras da
cidade de Januária, MG. Foram realizados cortes a mão livre no Laboratório de Botânica da
Faculdade de Saúde Ibituruna – FASI utilizando folhas frescas do material botânico evitando-se
aquelas doentes ou atacadas por insetos. Foram testados diferentes corantes como lugol (afinidade
por carboidratos), fucsina (afinidade por peptídeoglicanos) e sudan IV (afinidade por lipídeos). No
corte paradérmico da face abaxial da folha notamos estômatos do tipo anomocíticos ou
ranunculáceo (ausência de células subsidiárias) utilizando a coloração com lugol. No corte
transversal foi perceptível notar a abundância de glândulas produtoras de essências presentes em
ambas faces (adaxial e abaxial) como também nos tricomas glandulares, identificados com a
utilização da fucsina. Com este mesmo corante tricomas tectores multiseriados foram observados
em abundância em ambas as faces. O sudan IV não se demonstrou um bom corante pois evidenciou
o conteúdo denso nas estruturas. Já o lugol e a fucsina demonstraram conteúdos monofásicos de
coloração amarelada e rósea, respectivamente. Deste modo, relacionamos estas características da
anatomia foliar do Assa-peixe nativo do Norte de Minas Gerais à produção de extratos essências a
partir desta espécie para sua bioprospecção.
Palavras-chave: glândulas produtoras de óleo, essências, estômatos.
______________________________ (1)
Graduanda do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas - FUNORTE,
Montes Claros, MG, Brasil. [email protected]. (2)
Co-orientadora e Professora do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas
- FUNORTE, Montes Claros, MG, Brasil. (3)
Orientador e Professor do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas -
FUNORTE, Montes Claros, MG, Brasil.
23
GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E DIAGNÓSTICO
AMBIENTAL DO ATERRO DA CIDADE DE MONTES CLAROS- MG.
Betânia Guedes de SOUZA(1)
&Anamaria de Souza CARDOSO(2)
Denominam-se Resíduos sólidos urbanos (RSU) qualquer material considerado inútil e sem valor
pelo seu produtor. O gerenciamento dos resíduos sólidos é essencial para garantir maior qualidade
de vida e proteção ao ambiente. Dessa forma, todo o processo de manejo, acondicionamento e
disposição final dos resíduos sólidos em aterros deve atender de forma satisfatória aos parâmetros
sanitários adequados. Este trabalho objetivou investigar o processo de gerenciamento dos resíduos
sólidos da cidade de Montes Claros-MG. O presente estudo teve como abordagem a pesquisa
qualitativa com caráter descritivo. Foram pesquisadas as duas empresas chamadas de A e B
responsáveis pelo gerenciamento, disposição final dos resíduos sólidos e operação do “aterro” da
cidade de Montes Claros-MG, o instrumento de coleta de dados utilizado foi uma entrevista semi-
estruturada. Os dados permitiram constatar que quanto ao gerenciamento e à disposição final dos
RSU, a atuação das empresas responsáveis possui falhas importantes. Em relação ao gerenciamento,
os resíduos são apenas recolhidos, acondicionados no caminhão e sem nenhuma separação são
misturados e encaminhados para o “aterro”. Quanto à disposição final executada no “aterro”, os
resíduos são lançados no solo, compactados e aterrados, sem impermeabilização do mesmo,
controle de gases e coleta seletiva, ocorrendo à contaminação do solo, das águas subterrâneas e
geração de gases poluentes na atmosfera. Para as empresas entrevistadas o “aterro” de Montes
Claros-MG é considerado um aterro controlado (melhorado), porém de acordo com um estudo
realizado pela FEAM (Fundação Estadual do Meio Ambiente), em 2011, o espaço para disposição
final de RSU do município foi classificado como Lixão, pois não atende aos critérios exigidos para
um aterro. Foi possível concluir que a problemática dos RSU, bem como da disposição final dos
mesmos é causada tanto pela ação antrópica quanto pela ausência de gerenciamento correto pelas
empresas responsáveis.
Palavras-chave: Resíduos sólidos. Gerenciamento.Aterro.
______________________________ (1)
Graduanda do Curso de Ciências Biológicas-Licenciatura do Sistema de Educação Superior do
Norte de Minas– Faculdades ISEIB, Montes Claros, MG, Brasil. [email protected]. (2)
Professora do Curso de Ciências Biológicas-Licenciaturado Sistema de Educação Superior do
Norte de Minas– Faculdades ISEIB, Montes Claros, MG, Brasil.
24
IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA DE Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.
(MACAÚBA) PARA A ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS RIACHO
DANTAS E ADJACÊNCIA, MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS – MINAS GERAIS
Wéverton Rodrigues MARTINS(1)
Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart., é uma espécie que possui vários nomes populares,
dentre eles macaúba, bocaiúva e macaibeira, pertencente a família das Arecaceae. A espécie possui
um considerável valor socioeconômico, visto que tem sido utilizada como matéria prima para
diversos produtos. O estudo objetivou avaliar a importância socioeconômica de Acrocomia aculeata
para a Associação de Pequenos Produtores Rurais Riacho Dantas e Adjacência, bem como conhecer
os métodos de coleta utilizados pelos coletores e funcionários ligados à associação e identificar os
produtos confeccionados na fábrica, além de verificar se há preocupação com a sustentabilidade
para a preservação da palmeira por parte dos coletores. Foi realizada uma pesquisa de campo de
caráter qualiquantitativo para compreender como funcionam as etapas da cadeia de produção deste
a coleta até o produto final. Para obter os dados foram aplicados dois roteiros de entrevista
semiestruturada, sendo um aplicado a dez coletores sobre o manejo, quantidade e destino dos frutos
coletados, as formas e a consciência de preservação da espécie; e outro ao diretor da fábrica sobre a
associação, o fruto, o processamento, o destino e a comercialização dos produtos. Os resultados
apresentam-se como o esperado. Os frutos são coletados de forma manual e em sua maioria é
destinado à fábrica, onde são transformados em diversos produtos como sabão, sabonete, óleo
comestível, ração animal, óleo para produção do biodiesel e carvão. Estes itens são comercializados
na região valorizando os recursos naturais do cerrado de forma sustentável, aliado a geração de
emprego e renda. Mediante a análise dos resultados, conclui-se que a macaúba possui uma
importância socioeconômica muito grande para a associação, uma vez que, por meio das
propriedades dos frutos emprego e renda são gerados para a população, além de servir como
estímulo para a preservação da espécie e do habitat que a mesma está inserida.
Palavras-chave: Acrocomia aculeata, importância socioeconômica, sustentabilidade.
______________________________ (1)
Graduando do Curso de Ciências Biológicas do Instituto Superior de Educação Ibituruna - ISEIB,
Montes Claros, MG, Brasil. [email protected].
25
INTERVENÇÕES AGROECOLÓGICAS EM ESCOLAS RURAIS
Alice Soares BRITO(1)
& Vinícius Orlandi Barbosa LIMA(2)
A agroecologia constitui-se de um campo que visa contribuir para formação e manejo de
ecossistemas sustentáveis. No entanto, a introdução de práticas agroecológicas ainda se depara com
limitações, tanto no ambiente urbano quanto no rural. Diante da necessidade de conscientização e
incorporação de atitudes sustentáveis no dia-a-dia das pessoas, foram realizadas capacitações com
alunos de quatro escolas da zona rural do município de Salinas/MG, com o objetivo de disseminar
conceitos e técnicas em agroecologia. As capacitações envolveram práticas, com foco
principalmente em quintais agroecológicos, onde os participantes construíram canteiros de
hortaliças em formato de mandala, seguindo os princípios da diversificação cultural e colocando em
prática a teoria abordada. A conscientização sobre as práticas agroecológicas e a troca de
experiências com a comunidade escolar proporcionou o sucesso das ações. O objetivo principal do
projeto foi alcançado através da divulgação dos conceitos atuais sobre agroecologia e
sustentabilidade, onde a participação do público foi marcada por questionamentos e relatos de casos
que enriqueceram o conteúdo abordado. As mandalas que ficaram expostas nas escolas constituem
um modelo de produção que irá ser visualizado por outros estudantes, professores, funcionários e
pelos pais dos alunos, servindo como referência e podendo ser difundido nos quintais da
comunidade. Além disto, as hortaliças implantadas neste sistema agroecológico podem se tornar
opção no cardápio da merenda escolar, proporcionando maior diversidade nutricional, com
melhoria na qualidade e variedade dos alimentos. Apesar dos resultados significativos, constatou-se
que a presença dos pais dos alunos e de pequenos agricultores poderia ter elevado os efeitos do
projeto sobre as comunidades. O trabalho possibilitou aos participantes maior interatividade e
responsabilidade com o meio ambiente, estimulando o desenvolvimento socioambiental nas escolas
públicas contempladas.
Palavras-chave: agroecologia, horta, mandala.
______________________________
Agradecemos ao IFNMG - Campus Salinas pelo suporte à execução do projeto e concessão da
bolsa.
(1)
Graduanda do Curso de Engenharia Florestal do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais –
Campus Salinas, IFNMG, Salinas, MG, Brasil. [email protected] (2)
Professor do Curso de Engenharia Florestal do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais –
Campus Salinas, IFNMG, Salinas, MG, Brasil. [email protected]
26
LEVANTAMENTO FLORÍSTICO EM FLORESTA CILIAR COMO SUBSÍDIO A
RECOMPOSIÇÃO DA VEGETAÇÃO DO RIO BANANAL, SALINAS - MG
Mariana Caroline Moreira MORELLI(1)
, Maria Clara Oliveira DURÃES(2)
& Hugo Henrique
Cardoso SALIS(3)
Estudos ecológicos em florestas ciliares são fundamentais para orientar medidas de preservação e
conservação dos poucos remanescentes florestais ainda existentes. Esse tipo de formação vegetal
são ecossistemas de relevante importância para a manutenção dos recursos hídricos, representando
áreas de preservação de toda a biodiversidade local. Dessa forma, o presente estudo teve como
objetivo determinar a composição florística de um fragmento, importante como subsídio à seleção
de espécies para serem utilizadas na recomposição da floresta ciliar do Rio Bananal em Salinas –
MG. Para o estudo do perfil florístico do rio Bananal, foi selecionado um fragmento de floresta
ciliar, que apresentou melhor estado de conservação. Realizou-se o levantamento florístico,
utilizando o método do Caminhamento; método expedito para levantamentos florísticos
qualitativos. Foram anotadas e identificadas todas as espécies, pertencentes a indivíduos arbóreos
com DAP ≥10cm ocorrentes no fragmento. A identificação das espécies em campo se verificou
através da consulta a especialistas e à bibliografia especializada. A seqüência das famílias segue o
Sistema de Classificação do APG II. Foi amostrado um total de 102 indivíduos, pertencentes a 29
espécies e 19 famílias. As famílias que apresentaram maior número de indivíduos foram: Fabaceae
(35), Anacardiaceae (21) e Moraceae (10). Essas três famílias correspondem a 64,7% dos
indivíduos amostrados, enquanto que as outras 26 famílias dividem os 35, 3% restantes. Fabaceae
contribuiu com 9 espécies, seguida por Anacardiaceae com 2 espécies e Moraceae com uma
espécie. As espécies mais abundantes no fragmento foram a Myracrodruon urundeuva Allemão
(17) e Inga sessilis (Vellozo) Martius (18). O fragmento apresenta características da floresta
estacional decidual, devido à influência desta fitofisionomia na formação e heterogeneidade
florística do ecossistema. Fazem-se necessários estudos posteriores sobre a dinâmica e
comportamento da floresta.
Palavras–chave: biodiversidade, florística, mata seca.
______________________________
Agradecemos ao IFNMG, pelo apoio financeiro na forma de bolsa de Iniciação Científica. (1)
Acadêmica do 7º período do curso de Engenharia Florestal – IFNMG/Salinas. Bolsista de
Iniciação Científica PIBIC/IFNMG.e-mail: [email protected] (2)
Professora do IFNMG/Salinas, M.Sc. Ciências Agrárias/UFMG.e-mail:
Acadêmico do 7º período do curso de Engenharia Florestal–IFNMG/Salinas. e-mail:
27
METODOLOGIAS UTILIZADAS NO ENSINO DE MICROBIOLOGIA: O QUE EXISTE E
O QUE SE PROPÕE PARA UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA1
Bruna Mendes OLIVEIRA(2)
, Cássio de Souza RAMOS(3)
& Fernando Barreto RODRIGUES(4)
A microbiologia é um tema pouco abordado de forma adequada no Ensino Médio, principalmente
pelo fato de envolver formas microscópicas, visíveis apenas com o auxílio de microscópio. Isso tem
tornado a abordagem microbiológica defasada e de pouco significado, à medida que os conteúdos
estão sendo trabalhados de forma muito teórica e com poucas práticas. Este trabalho tem como
objetivo conhecer e analisar as metodologias utilizadas no ensino de microbiologia e o nível de
aprendizado dos alunos a partir dessas práticas educativas. A pesquisa deu-se em duas escolas
públicas do município de Salinas – MG. Procedeu-se coleta de dados em três turmas de ensino
médio de cada escola e investigação com seus respectivos professores de biologia acerca de suas
metodologias de ensino. Foram investigadas, por meio de questionário estruturado aplicado aos
professores de Biologia dessas escolas e consulta aos planejamentos de cada um, quais as
metodologias utilizadas por eles no ensino de microbiologia. E ainda, como os alunos reagem ao
ensino desse conteúdo, através do levantamento das notas obtidas por estes no bimestre em que o
conteúdo foi ministrado. Estas foram obtidas através de consulta aos registros escolares nas
secretarias das respectivas escolas. Verificou-se que as metodologias utilizadas baseiam-se,
sobretudo em aulas expositivas e no uso do livro didático em ambas as escolas. Essas possuem
poucos recursos laboratoriais, e estes não são utilizados. Em relação ao aproveitamento escolar dos
alunos verificou-se que as turmas do ensino matutino apresentaram média maior do que a do ensino
noturno. Diante do encontrado, sugere-se a necessidade de incluir métodos alternativos para o
ensino de microbiologia que privilegiem a aprendizagem significativa. No ensino noturno, isso se
torna ainda mais preocupante, visto que o aluno atendido neste turno, normalmente é um aluno
trabalhador, que já chega à escola com desgaste físico e mental advindos de uma jornada de
trabalho diurna.
Palavras-chave: ensino de biologia, práticas educativas, ensino-aprendizagem.
______________________________ (1)
Este trabalho foi financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
- CAPES. (2)
Acadêmica do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal do Norte de
Minas Gerais – Campus Salinas e bolsista do PIBID/CAPES/IFNMG (subprojeto Biologia),
Salinas, MG, Brasil. E-mail: [email protected] (3)
Acadêmico do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal do Norte de
Minas Gerais – Campus Salinas, Salinas, MG, Brasil. (4)
Orientador. Licenciatura em Ciências Biológicas. M.Sc. em Produção Vegetal no Semiárido.
Professor de Biologia do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Salinas.
Coordenador do subprojeto Biologia do PIBID/CAPES/IFNMG, Salinas, MG, Brasil.
28
NOTIFICAÇÕES DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICIPIO E
ZONA RURAL DE JANUARIA/MG
Janaina Baldez GOMES(1)
, Lucélia Sandra S. Barbosa BRAGA(1)
& Maria Rosilene Alves
DAMASCENO(2)
As leishmanioses são antropozoonoses consideradas importante problema de saúde pública.
Segundo a Organização Mundial de Saúde é estimado que 350 milhões de pessoas estejam expostas
ao risco de contagio. A leishmaniose tegumentar americana (LTA) acomete humanos, animais
silvestres e domésticos se manifestando de diferentes formas clínicas. Este estudo tem como
objetivo a sistematização, comparação e divulgação de dados fornecidos pela Gerência Regional de
Saúde do município e zona rural de Januária sobre esta parasitose. Consideramos oportuno ressaltar
que a cidade possui um centro avançado de pesquisa e tratamento em leishmanioses. Os dados
foram tabulados e analisados quantitativamente. De acordo com as informações, o primeiro
trimestre de 2011 apresentou o mais elevado índice de notificações da leishmaniose tegumentar
americana, sendo 26 casos confirmados. O terceiro trimestre de 2011 manifestou a menor
incidência de diagnósticos, reduzindo para 10 registros de LTA. O primeiro semestre de 2012
comparado ao respectivo de 2011 apresenta redução de 76% no número de casos notificados. No
entanto, o segundo semestre de 2012 equiparado ao segundo semestre de 2011 apresenta moderado
índice de crescimento, aproximadamente 31% das notificações. Hipotetizamos o maior número de
casos confirmados desta protozoonose no primeiro semestre de cada ano devido ao ciclo de vida do
Lutzomyia spp. O período chuvoso nesta região, normalmente a partir de novembro, contribui para
elevação da população do mosquito vetor no primeiro semestre do ano seguinte. A partir deste
trabalho observamos um comportamento endêmico característico sendo oportuno enfatizar sobre o
controle desta doença através de medidas profiláticas. Sugerimos ações educativas e de
disseminação de informações à população referente a todo o ciclo da doença com o intuito de
evitála ou ainda contribuindo para diagnósticos precoces. A diagnose prévia contribui para
tratamentos exitosos quando estes se fizerem necessários.
Palavras-chave: Leishmaniose, Notificações, Doença.
______________________________ (1)
Acadêmicas Ciências Biológicas do Instituto Federal Norte de Minas Gerais – IFNMG – Campus
Januária. Rua Olíbrio Lima, nº 665, São Vicente, Januária/MG 39480-000.
(2) Docente do Instituto Federal Norte de Minas Gerais – IFNMG – Campus Januária.
29
O AUXÍLIO DO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL NA ELABORAÇÃO E
IMPLANTAÇÃO DE PROJETOS DE CONTROLE E COMBATE A EROSÃO DO SOLO
Thamyres Sabrina GONÇALVES(1)
Existem diversos agentes causadores da erosão como existem também vários tipos de erosão.
Diante do contexto atual de extrema necessidade de conservação da qualidade produtiva dos solos
brasileiros, são necessárias medidas de ação preventiva e também de controle de processos erosivos.
Como os agentes causadores são vários, cada área tem uma propensão diferente de ser afetada pela
erosão e mesmo as áreas já impactadas necessitam de estratégias distintas de solução desse
problema devido as particularidades de cada ambiente. Desse modo, antes de colocar em prática um
projeto, seja ele público ou privado de recuperação de área erodida, é preciso ter conhecimento a
respeito do local onde o mesmo será implementado, fazer um levantamento do que cada área possui
de ambiente natural: atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera, e ambiente social: infraestrutura
material constituída pelo homem e sistemas sociais criados. Nesse sentido o
Estudo de Impacto Ambiental direciona á um conjunto de informações necessárias na elaboração de
estratégias de manejo adequado para a prevenção e contenção dos processos erosivos. Sabendo-se
que são vários os tipos de erosão foi feita uma relação de alguns destes, os de maior ocorrência,
com base no Dicionário Geológico- Geomorfológico e análise de como em cada um destes o estudo
de impacto ambiental pode contribuir na elaboração de planos de contenção e prevenção do
processo erosivo, tendo como auxílio na análise o estudo da resolução do Conselho Nacional de
Meio Ambiente n.º 001/86, de 23/01/1986. Verificou-se que o estudo de impacto ambiental pode
ser aplicável a maioria dos projetos de recuperação de áreas erodidas mesmo quando não existe
obrigatoriedade legal do Relatório de Impacto Ambiental trazendo resultados satisfatórios no que se
refere à conservação dos solos e da biodiversidade, além de assegurar a sustentabilidade e
manutenção da produtividade da área em relação à atividade a ser desenvolvida no local.
Palavras-chave: erosão dos solos, recuperação de áreas degradadas, aplicação da legislação
ambiental.
______________________________
(1) Graduanda do curso de Geografia da Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES,
Montes Claros, MG, Brasil. [email protected]
30
O USO DE RECURSOS EM MULTIMÍDIA NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM DE BIOLOGIA
Raquel Soares Lopes RIBEIRO(1)
, Lucélia Sandra S. Barbosa BRAGA(1)
& Maria Rosilene Alves
DAMASCENO(2)
Tradicionalmente o processo de ensino baseia-se em instrução verbal. Contudo, considerando a
ampla condição de acesso às inovações tecnológicas torna-se oportuna a reflexão acerca das
metodologias educacionais a partir do uso de recursos em multimídia. Segundo Mayer (2005, apud
Rocha et al 2008, p. 3) “(...) estudantes aprendem melhor com palavras e imagens do que com
palavras apenas (...)”. Uma justificativa para a utilização de recursos multimídia no ensino de
Biologia baseia-se na chamada teoria do código duplo, segundo a qual existem pelo menos dois
canais especializados no processamento da informação, o canal verbal e o não verbal. (PAIVIO,
1986; CLARK e PAIVIO, 1991). Este trabalho objetivou diagnosticar a partir da percepção crítica
dos discentes sobre o uso de recursos em multimídia nas aulas de Biologia. Foram aplicados
questionários a 100 (cem) estudantes do Ensino Médio de escolas públicas em Januária. Após a
coleta, os dados foram analisados quantitativamente. De acordo com 55% dos estudantes, o uso de
recursos em multimídia é utilizado esporadicamente. Outros 40% não consideram como satisfatória
a frequência da utilização deste aporte metodológico. Apenas 5% julgam como suficiente o uso dos
recursos multimídia pelos docentes. A maioria, aproximadamente 69% concorda sobre a utilização
dos recursos tecnológicos como facilitadores do aprendizado. Em torno de 24% considera que “as
vezes” tais meios podem otimizar a sistematização do conhecimento. Outros 7% responderam
negativamente ao recurso referido como metodologia positiva de ensino. Por meio deste estudo
percebemos que embora os discentes considerem pouco frequente a utilização de recursos em
multimídia nas aulas, a adesão a tais facilitadores é considerada pelos mesmos como instrumento
colaborador no processo de aprendizagem. Assim, sugerimos aos docentes que reorientem seus
métodos de ensino, considerando a utilização das novas tecnologias com o intuito de otimizarem o
aprendizado dos estudantes.
Palavras-chave: Recursos Multimídia, Aprendizado, Biologia.
______________________________
Atribuímos créditos pelo apoio financeiro da CAPES-Brasil: “O presente trabalho foi realizado com
o apoio da CAPES, entidade do Governo Brasileiro voltada para a formação de recursos humanos”.
(1)
Acadêmicas Ciências Biológicas Instituto Federal Norte de Minas Gerais – IFNMG/Campus
Januária. Rua Treze de Maio, 850, Apto 103. Centro, Januária/MG. [email protected]. (2)
Docente do curso de Ciências Biológicas do Instituto Federal Norte de Minas Gerais –
IFNMG/Campus Januária.
31
PERCEPÇÃO DA IMPOTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL, POR ESTUDANTES
DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ZONA RURAL DE MONTES CLAROS
Iara Veloso RODRIGUES(1)
, Aline Silva ALVES(1)
& Dalton Rocha PEREIRA(2)
O atual modelo de desenvolvimento econômico leva ao uso exacerbado dos recursos naturais, como
se os mesmos fossem inesgotáveis. Portanto, faz-se necessário a conscientização da população,
sendo a educação ambiental um dos principais instrumentos para isso. A educação ambiental deve
ser permanente na comunidade educativa, com a necessidade do conhecimento do meio pelos
educandos, para que tomem consciência de sua realidade ambiental, do tipo de relações que eles
estabelecem com a natureza e entre eles, dos problemas derivados dessas relações, promovendo
comportamentos transformadores. O presente estudo teve como objetivo avaliar a percepção dos
estudantes do ensino fundamental de uma escola pública da zona rural de Montes Claros, quanto a
importância da educação ambiental como alternativa para solução de problemas ambientais. O
estudo foi realizado em outubro de 2012, a instituição selecionada para ser estudada foi a Escola
Municipal Exupério Gonçalves, localizada na comunidade rural de Pedra Preta, Montes Claros
Minas Gerais. Foram aplicados 36 questionários (14 no 6º ano, 15 no 7º ano e 7 no 8º do ensino
fundamental), todos os estudantes do 6º ao 8º ano responderam os questionários individualmente.
13,89% dos estudantes acreditam muito na educação ambiental como alternativa para solução de
problemas ambientais e 52,78% acreditam pouco, já 33,33% dos estudantes não acreditam que a
educação ambiental seja uma alternativa para solucionar problemas ambientais. Esse resultado é
preocupante e demonstra a ineficiência do modelo de educação ambiental aplicado, que não
consegue ser multidisciplinar, perceptivo e transformador. A educação ambiental deve fazer parte
do projeto da escola, atuando de forma permanente, interativa e participativa, em todos os
conteúdos, levando os educandos a uma percepção do papel modificador da educação ambiental na
comunidade onde a escola está inserida para incutir uma consciência crítica sobre a problemática
ambiental da mesma.
Palavras-chave: Educação ambiental, Estudantes, Zona rural.
______________________________ (1)
Graduanda do Curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG,
Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)
Professor do curso de Agronomia da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Montes
Claros, MG, Brasil.
32
RELATO DA INVASÃO DO CARACOL GIGANTE AFRICANO Achatina fulica
(BOWDICH, 1822) DENTRO DO PERÍMETRO URBANO DE UNAÍ – MG
Túlio Teruo YOSHINAGA(1)
, Bruna de OLIVEIRA(1)
, Caroline de Melo SILVEIRA(1)
, Jéssica
Maiara dos SANTOS(1)
, Paulo Guilherme RAIMUNDO(1)
& Angelita Aparecida FERREIRA(2)
Achatina fulica é uma espécie de molusco tropical, gastrópode (grupo dos moluscos o qual fazem
parte os caramujos e as lesmas) pulmonados pertencentes à ordem Stylommatophora e à família
Achatinoidea, conhecido popularmente como caramujo ou caracol africano. A introdução
documentada da espécie no Brasil se deu no ano de 1988, visando substituir ou competir com a
Helicicultura (criação e exploração de caracóis), mas sua produção foi um fracasso,
consequentemente os criadouros foram abandonados. Nas áreas onde foi introduzido, se tornou um
sério problema ambiental e econômico, devido à competição alimentar e espaço com a fauna nativa
e ainda à destruição de cultivos agrícolas, além de ser também um sério problema de saúde pública,
o caramujo é um vetor de doenças. O presente trabalho objetivou estudar à presença significante
dessa espécie no perímetro urbano de Unaí/MG. Estudos ecológicos e morfológicos do caracol
foram realizados. A metodologia utilizada para realização do trabalho foi: observação, coletas locais
e análise morfológica em laboratório. Das análises realizadas, observou-se que é uma espécie de
rápida reprodução, visto que, a região possui condições favoráveis a sua sobrevivência como:
disponibilidade de alimento, clima quente e boa pluviosidade. Como se trata de uma espécie
introduzida provoca grande desequilíbrio ecológico, pois há uma competição de recursos com as
espécies nativas, e certamente possui vantagem por não apresentar predadores naturais. Seu controle
deve ser incentivado para evitar prejuízos à economia, ao meio ambiente e a saúde pública.
Palavras-chave: Caracol Africano, molusco, invasão.
______________________________ (1)
Graduando do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros.
Professora do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes
33
USO DO GEOPROCESSAMENTO NO MAPEAMENTO DO USO E COBERTURA DO
SOLO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BANANAL, SALINAS – MG
Mariana Caroline Moreira MORELLI(1)
& Nondas Ferreira da SILVA(2)
Face aos índices de descaracterização dos ecossistemas ambientais, o monitoramento da paisagem é
fator primordial no planejamento racional de utilização da terra. Através da análise do uso e
cobertura do solo podem-se extrair dados importantes relacionados às características ambientais de
uma área. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo conhecer e analisar a ocupação do
solo na bacia hidrográfica do rio Bananal, Salinas – MG, tributário do rio Salinas, que por sua vez é
afluente do rio Jequitinhonha pela margem esquerda. A bacia hidrográfica do rio Bananal encontra-
se em altitude média de 478 m e possui área total de 411,03 km². Para a obtenção dos dados,
utilizou-se uma imagem digital do satélite LANDSAT5, registrada em 2008. O tratamento e análise,
foram realizados por meio dos softwares IDRISI 3.2 e ArcView Gis 3.2. O método de classificação
utilizado neste trabalho foi o de Maxver (máxima verossimilhança). A ocupação predominante do
solo na bacia é a mata seca, que ocupa 49% da área total. A área ocupada por solo exposto e a área
urbanizada vêm em segundo lugar e cada uma compreende a 21% da área total. Pode-se ainda,
constatar que essas ocupações ocorrem, principalmente, margeando o rio, tornando-se um indicador
de que o ambiente na bacia se encontra em adiantado estado de degradação. A mata ciliar cobre
apenas 5% da área; e a área da bacia que é coberta por cerrado alcança 3% do total, ficando superior
apenas a porcentagem coberta por reflorestamento que corresponde a 2%. O Sistema de
Informações Geográficas foi imprescindível para a digitalização de dados, interpolações e geração
do mapa final; a metodologia utilizada para o levantamento das classes de uso do solo foi adequada
para a realização do trabalho, reduzindo tempo e recursos financeiros; é necessária a adoção de
medidas urgentes para a proteção do rio bananal, principalmente com a recomposição de suas
margens e com programas de conservação do solo.
Palavras–chave: mata seca, ocupação do solo, monitoramento da paisagem.
______________________________ (1)
Acadêmica do 7º período do curso de Engenharia Florestal – IFNMG/Salinas. e-mail:
Acadêmico do 7º período do curso de Engenharia Florestal – IFNMG/Salinas. e-mail: