análise à rede do metropolitano de lisboa

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2 INSTITUTO DA GEOGRAFIA E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO Análise de Redes e Transportes Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa Ricardo Brasil* & José Santos* 20-07-2009 * [email protected], aluno número 32548; *[email protected], aluno número 32505

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Page 1: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

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INSTITUTO DA GEOGRAFIA E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Análise de Redes e Transportes

Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

Ricardo Brasil* & José Santos*

20-07-2009

* [email protected], aluno número 32548; *[email protected], aluno número 32505

Page 2: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

3

Índice

1.Introdução……………………………………………………………………………

2.Rede do Metropolitano de Lisboa: Passado, Presente e Futuro……………………..

3.Aquisição e Tratamento da Informação Vectorial……………………………………

4.Erros associados à geometria vectorial……………………………………………….

5.Medidas de Distribuição Geográfica…………………………………………………..

5.1 Elipse de Tendência…………………………………………………………….

5.2 Localização central (centro da rede)…………………………………………….

5.3 Centro Geográfico………………………………………………………………

5.4 Análise das medidas de distribuição geográfica da rede de metropolitano de

Lisboa……………………………………………………………………………….

6.Modelos de Dados……………………………………………………………………

7.Criação e Configuração da Network Dataset………………………………………….

8.Criação da Network Dataset para a rede de metropolitano de Lisboa…………………

9.Análise à rede de Metropolitano de Lisboa……………………………………………

9.1 Análise de Caminhos óptimos………………………………………………….

9.2 Análise da Matriz de Custo……………………………………………………..

9.3 Rede Futura……………………………………………………………………

Bibliografia……………………………………………………………………………..

Page 3: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

4

Índice de Figuras

Figura 1 – Diagrama da actual rede do Metropolitano de Lisboa

Figura 2- Obtenção da Elipse de Tendência

Figura 3- Obtenção da localização central

Figura 4- Obtenção do centro geográfico

Índice de Imagens

Imagem número 1 – Estações propostas para a futura expansão do metropolitano

Imagem número 2 – Medidas de Distribuição Geográficas da Rede do Metropolitano

Imagem número 3 – Caminho óptimo entre a estação do Cais do Sodré e a estação do

Campo Grande

Imagem número 4 – Caminho óptimo entre a estação do Cais do Sodré e a estação do

Campo Grande com a colocação de uma barreira

Imagem número 5 – Caminho óptimo entre a estação do Marquês Pombal e a estação do

Oriente

Imagem número 6 – Caminho óptimo entre a estação do Marquês Pombal e a estação do

Oriente com a colocação de uma barreira

Imagem número 7 – Rede Futura do Metropolitano de Lisboa

Page 4: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

5

Índice de Tabelas

Tabela número 1 – Distâncias entre paragens para os principais modos de transporte

urbano

Tabela número 2 – Amostra da Tabela com as ligações da Matriz Custo

Page 5: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

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I. Introdução

Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são, cada vez mais, uma tecnologia

essencial no que se concerne ao planeamento do uso do solo e ao planeamento dos

transportes. Os mapas ocuparam sempre um papel fundamental na temática do

planeamento, e os mapas digitais que surgem actualmente provêem uma vasta panóplia

de visualizações de temas diversos que enriquecem o conhecimento comum no que diz

respeito às localizações de novas infra-estruturas e da acessibilidade provida a essas

infra-estruturas pelos transportes. (adaptado de Slavin, L., Howard, 2004).

Assim sendo, a modelação de redes de transportes começa a ser um facto comum e

importante nos dias de hoje. O surgimento de Datasets (conjuntos de dados) com

informação referente a ruas, estradas e vias começa a ser habitual. Muitas empresas

comerciais vendem estes Datasets providos de um grande conjunto de atributos de rotas

e outras empresas usam esta informação para uso próprio ou privado. Esta informação é

muito importante, na medida em que a partir desta informação podem-se elaborar, em

diversos softwares, como é o caso do software ArcGis, operações de análises de redes

(adaptado de Preparing Street Data for Use with the Network Dataset An ESRI®

Technical Paper • September 2005).

Com a possibilidade de utilizar ferramentas de análise de redes obtém-se uma enorme

vantagem no que se concerne à tomada de decisões. Na Indústria dos transportes, a

análise geográfica é fundamental para se obterem as melhores decisões. Seja no que diz

respeito à monitorização de frotas ou monitorização de redes, como por exemplo,

sistemas de caminhos-de-ferro ou estradas, seja para apoio à descoberta da melhor rota

para entrega de mercadorias ou serviços ou para a manutenção de redes de transportes,

as ferramentas de análise de redes são fundamentais1.

Portanto, no âmbito do seminário em Análise de Redes e Transportes do mestrado em

SIGMTAO, foi proposta a realização de um estudo que incidisse na temática da análise

de redes e transportes. A rede que foi escolhida para análise foi a rede do metropolitano

de Lisboa. Pretende-se com este estudo, primeiramente, mostrar de que forma se pode

preparar uma rede para que seja possível efectuar operações de análise de redes sobre a

mesma. Seguidamente, pretende-se efectuar diversas operações de análise de redes à

rede do metro de Lisboa, nomeadamente, a determinação de caminhos óptimos,

1 Adaptado de

http://www.esriportugal.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=89&Itemid=127

Page 6: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

7

optimização de percursos e analisar a matriz de custos com diferentes origens e destinos

na rede. Finalmente, como objectivo central deste estudo, pretende-se elaborar uma

análise comparativa da presente estrutura da rede do metro com a futura estrutura,

aquando os troços em construção estiverem completos, designadamente, a extensão

Alameda/São Sebastião e a extensão Oriente/Aeroporto.

Page 7: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

8

II. Rede do Metropolitano de Lisboa: Passado, Presente

e Futuro

A inauguração da rede do metropolitano de Lisboa no dia 29 de Dezembro de 1959 foi

um marco na história portuguesa ao nível da evolução dos meios de transportes

públicos. Aquando da inauguração da rede, esta era apenas composta por 11 estações e

tinha uma forma em Y. A inauguração do Metropolitano de Lisboa veio a tornar-se um

factor determinante no desenvolvimento da cidade, traçando linhas de expansão

urbanísticas e funcionando como motor principal do sistema de transportes da cidade,

dada a sua segurança, rapidez e regularidade2.

No ano de 1963, é inaugurada a estação do Rossio, em 1966 são construídas mais três

estações e ampliada a rede. No ano de 1972 é ampliada esta última rede, com a adição

de 5 novas estações, melhorando significativamente a rede do metro, todavia sem

produzir a existência de um circuito.

Em 1988, as duas linhas que começaram o projecto inicial são expandidas de forma a

fazer face a crescente procura, melhorando, desta forma, a acessibilidade do metro.

No ano de 1993 é, por fim, conectada duas linhas do metro, possibilitando a existência

de um circuito, ou seja, uma cadeia que se inicia e termina no mesmo nó, sem passar

duas vezes pelo mesmo arco.

Nos anos seguintes a rede do metropolitano sofre constantes ampliações, com destaque

para a construção da linha vermelha até ao Oriente em 1998, constituindo um apoio

importante para o evento da Expo 98.

O ano de 2004 foi bastante positivo para o metropolitano devido ao alargamento da

linha amarela (5 novas estações) e azul (2 novas estações), contribuindo, desta forma,

para o aumento da conectividade da rede, isto é, a um aumento do número de arcos irá

corresponder um maior grau de interligação ou conectividade da rede, na figura número

1 está presente a estrutura da actual rede do metropolitano.

Em relação ao presente da rede do metro (contando com a construção da nova ligação

Alameda – Saldanha – São Sebastião) esta tornar-se-á uma rede, de acordo com a

2 Fonte: http://www.metrolisboa.pt/Default.aspx?tabid=65

Page 8: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

9

opinião dos responsáveis do metropolitano, pensada de uma forma global e intermodal,

de forma a serem optimizados todos os recursos da cidade em termos de transportes.

Em termos futuros, foi optado por incluir neste trabalho, locais possíveis para a

expansão da rede do metropolitano, utilizando como informação base a BGRI (Base

Geográfica de Referenciação da Informação) para a obtenção de informação relativa ao

número de residentes. Tendo em conta a estrutura da rede e as suas áreas de exploração,

foi optado por duas novas localizações nas zonas de Benfica e Estrela (imagem número

1 em anexo). A escolha destas localizações foi baseada nas áreas com maiores valores

de população residente dentro da área de influência, justificando, desta forma, a sua

futura localização. No quadro número 1 é definida a área de influência dos meios de

transportes públicos. Estes valores foram utilizados para delimitar as áreas de influência

de cada uma das novas estações propostas. Esta metodologia foi baseada na tese de

doutoramento do Dr. Nuno Marques da Costa que afirma, que cada um dos modos de

transporte possui uma distância entre duas paragens sucessivas que é considerada como

ideal. Se tomarmos esse valor podemos definir uma área circular em torno dessa

paragem com um raio igual a metade da distância. Esta é uma forma expedita, em

alternativa ao levantamento de campo das áreas de influência. As duas áreas propostas

têm no seu raio de influência (distância de 500 m) 17 221 residentes (no caso da

primeira estação) e 17 215 (no caso da segunda estação).

Page 9: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

10

Figura 1 – Diagrama da actual rede do Metropolitano de Lisboa

Fonte: www.metrolisboa.pt

Modo Distância entre paragens (m)

Autocarro 200-500

Busway 500-800

Eléctrico Convencional 300-500

Eléctrico rápido (LRT) 500-1000

Metro 500-2000

Caminhos-de-Ferro 1200-4500

Tabela número 1 – Distâncias entre paragens para os principais modos de transporte urbano

Fonte: Costa, 2008

Page 10: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

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III. Aquisição e Tratamento da Informação Vectorial

A principal etapa na elaboração de um projecto SIG é a aquisição e o tratamento da

informação, este processo constitui a base da consistência e do sucesso do modelo. A

consciencialização da importância desta etapa é devido ao facto que constitui o suporte

de todo o projecto bem como os resultados finais. Actualmente a aquisição de

informação mantém-se como o maior aspecto de consumo de tempo e o factor que mais

contribui para o investimento financeiro. Tipicamente, esta etapa consome entre 15 a

50% do tempo de um projecto SIG (Goodchild et al, 2004).

A presente informação foi obtida em formato vectorial, tendo, posteriormente, sido

modificada para inserir as novas ligações do metro, nomeadamente os arcos entre a

Alameda, Saldanha e São Sebastião cuja data de conclusão é definida para Agosto de

2009. Os troços previstos que irão gerar três novas estações ou nós de ligação

(Moscavide, Encarnação e Aeroporto) também foram vectorizados, utilizando para esse

efeito, como apoio, a carta militar do IGEOE à escala 1:25 000. Pretendeu-se, desta

forma, fazer uma análise à rede do metro tendo em vista o presente e o futuro da rede,

dotando, assim, o presente trabalho de um maior realismo e consistência.

O tratamento da informação inclui a remoção de erros e inconsistências dos dados, de

forma a evitar problemas durante os procedimentos analíticos e evitar a geração de

dados incorrectos (Reis, 1996).

A utilização da informação vectorial na análise de redes é devido à sua geometria

(pontos, linhas e polígonos), facilidade de manipulação e à precisão geométrica que

oferece. Os modelos de dados vectoriais são utilizados em SIG devido à sua natureza

precisa, aos métodos de representação, à capacidade de armazenamento, aos outputs

gerados e ao conjunto de ferramentas disponíveis, tais como projecção de mapas,

sobreposição e análise (Goodchild et al, 2004).

IV. Erros associados à geometria vectorial

Aquando da produção de informação vectorial, por vezes, é usual existir erros

geométricos que comprometem os modelos em estudo, nomeadamente se as análises se

Page 11: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

12

basearem nos resultados produzidos por esses modelos, gerando desta forma

incongruências.

A utilização de um software adequado para o tipo de dados vectoriais é a garantia de um

trabalho coerente e conciso. No presente caso a utilização do software ArcGis garante o

pressuposto de que, as características geométricas seguem certas especificações,

minimizando desta forma os erros geométricos. Todavia, as origens de uma má

geometria existente nos ficheiros provenientes dos softwares SIG devem-se ao facto de

que muitos softwares (por vezes devido a bugs) não seguem as especificações existentes

quando a informação vectorial é convertida em outro tipo de ficheiro. Esta informação é

convertida tal como provém de base, ou seja, se existir problemas geométricos eles irão

persistir. Devido aos factos mencionados anteriormente serão referidos, em seguida, os

erros mais comuns numa estrutura de dados vectorial.

1 – Pequenos segmentos: alguns segmentos são mais pequenos do que o permitido pelas

unidades do sistema de referenciação associado à geometria;

2 – Geometria nula: um campo na tabela não possui geometria ou não contém

informação;

3 – Ordenação incorrecta dos anéis: um polígono é topologicamente simples, mas os

seus anéis podem não estar orientados correctamente, por exemplo, sentido inverso ao

ponteiro dos relógios (sentido retrógrado);

4 – Orientação incorrecta dos segmentos: segmentos individuais que não estão

orientados consistentemente;

5 – Auto Intersecções: o interior de cada parte não se deve intersectar a si própria ou

com outras partes;

6 – Partes vazias: a geometria contém uma parte vazia

A correcção dos erros mencionados anteriormente é efectuada com recurso a processos

automáticos disponibilizados pelo software ArcGis, nomeadamente as ferramentas

Check Geometry e Repair Geometry. Para o caso de estudo, após terem sido utilizados

Page 12: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

13

os algoritmos anteriores não foi encontrado nenhum erro geométrico, procedendo-se de

forma segura à construção do Network Dataset (ponto VII).

V. Medidas de Distribuição Geográfica

5.1. Elipse de Tendência

Dentro das várias medidas de distribuição geográfica que existem, foram utilizadas três

neste trabalho, sendo elas a elipse de tendência; a localização central (centro da rede) e

o centro geográfico da rede.

Uma das formas mais expeditas de obter a tendência de crescimento do metropolitano é

através do algoritmo Directional Distribution (Standard Deviational Ellipse) presente

no software ArcGis. Este algoritmo calcula se a distribuição de uma determinada

característica (layer) exibe uma tendência direccional, isto é, se a sua tendência de

crescimento é efectuada numa direcção ou se é efectuada na direcção oposta baseando-

se na informação disponibilizada (Figura número 2). Por outras palavras, esta elipse

permite ao utilizador saber se a distribuição do fenómeno em estudo é alongada a uma

determinada orientação.

O cálculo da elipse de tendência tem uma série de aplicações práticas que, neste caso,

possibilitam saber a tendência de crescimento da rede do metropolitano de Lisboa.

(imagem número 2)

Figura 2 - Obtenção da Elipse de Tendência

Fonte: ESRI, 2008

Page 13: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

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Para obter a tendência de crescimento do metropolitano foram utilizadas as localizações

geográficas das estações e foi utilizado como peso a população presente num raio de

500 m, possibilitando, desta forma, uma tendência concordante entre a população

residente e as estações do metropolitano.

O output gerado vai criar uma nova classe contendo uma elipse centrada na média de

todos os pontos seleccionados. O valor do atributo desses polígonos elípticos inclui duas

distâncias padrão (eixos longos e curtos) e a orientação da elipse. Para o presente caso,

foi utilizado um desvio padrão para calcular a elipse, a não utilização de 2 ou três

desvios padrão, reside no facto da informação pontual (estações do metro) estarem

distribuídas de forma normal, isto é, não existirem diferenças significativas, em termos

de distância, entre as estações.

5.2. Localização central (centro da rede)

Esta medida de distribuição geográfica da rede permite identificar o nó da rede do

metropolitano que tem a característica de ser o mais central de todos, como se pode ver

pela figura número 3. Tal como para o cálculo da elipse de tendência, usou-se como

peso para esta medida a população num raio de 500 m. Ao calcular esta medida, pode-se

escolher dentre a distância em linha recta, i.e., a distância Euclidiana e a distância de

Manhattan. Para este caso, foi utilizada a distância Euclidiana.

Figura 3- Obtenção da localização central

Fonte: ESRI, 2008

5.3. Centro Geográfico

Tal como o nome indica, esta medida, ao contrário da anterior, permite reconhecer o

centro geográfico da rede, ou seja, a localização que se encontra no centro em função

Page 14: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

15

concentração de estações, como se pode ver pela figura número 4. Como nas anteriores

duas medidas, utilizou-se também a população num raio de 500 m como peso numérico

de forma a utilizar o centro médio ponderado.

Figura 4- Obtenção do centro geográfico

Fonte: ESRI, 2008

5.4. Análise das medidas de distribuição geográfica da rede de

metropolitano de Lisboa

Após o cálculo das três medidas de distribuição geográfica, obteve-se os resultados

representados na imagem número 2. Começando por analisar as duas elipses de

tendência (da rede actual e da rede futura), pode-se ver pela imagem número 2 que tanto

com as estações actuais como com as futuras estações e com o peso do número de

população residente num raio de 500 m a tendência de evolução da rede será numa

orientação Sudeste-Noroeste.

É visível pela imagem que a elipse de tendência da rede com as novas estações estende-

se mais para Norte da cidade de Lisboa, o que é lógico, na medida em que as novas

estações se localizam a Norte de Lisboa. Há um deslocamento da elipse em função da

localização das novas estações.

Independentemente da existência das novas estações ou não, o centro da rede

permanece localizado na mesma estação, designadamente, a estação do Campo

Pequeno, como se pode constatar pela imagem 2. Este facto permite aferir que com a

Page 15: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

16

abertura das novas estações não haverá um deslocamento do centro da rede, i.e., a rede

mantém o mesmo equilíbrio no que se concerne à distribuição da localização das

estações.

No que se concerne ao centro geográfico da rede, é evidente pela imagem que o centro

geográfico da rede se desloca ligeiramente para Norte da cidade, tal como a elipse de

tendência, o que seria, também, de esperar, uma vez que a concentração espacial das

estações, com a abertura das novas estações, tende a ter um peso um pouco maior para o

Norte da cidade.

Page 16: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

17

Imagem número 2 – Elipse de tendência, nó central e centro geográfico da presente e futura rede de

metropolitano de Lisboa

Page 17: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

18

VI. Modelos de Dados

Existem diversos modelos de dados para a modelação de uma rede, dentre esses

conjuntos de dados são definidos 5 pontos:

Visão lógica e geométrica;

Redes lógicas e geométricas;

Entidades representadas;

Nós simples;

Nós complexos.

Numa Network Dataset podemos distinguir dois tipos de redes, a geométrica e a lógica,

sendo que a rede lógica está implícita na rede geométrica. Sobre uma perspectiva

geográfica, a rede é representada como uma rede geométrica, ou seja, possui informação

pontual e linear. Dentro de uma Geodatabase este tipo de rede é um conjunto de

entidades (feature classe) numa feature dataset. A rede lógica é uma estrutura de dados

específica para armazenar a conectividade, isto é, apenas tem informação tabular que

mostra a conectividade da rede.

Uma rede geométrica está sempre associada a uma rede lógica. Tal como uma rede

geométrica, uma rede lógica é um conjunto de nós e arcos conectados que são

continuamente actualizados quando são editadas as características da rede. A diferença

chave é que uma rede lógica carece de coordenar valores. O seu propósito principal é

armazenar a informação da conectividade de uma rede juntamente com certos atributos.

Uma rede lógica é um grafo armazenado num conjunto de tabelas numa rede

geométrica3.

VII. Criação e Configuração da Network Dataset

O algoritmo Network Dataset é uma forma de modelar redes, nomeadamente redes

multimodais, ou seja, redes que possuem mais do que um modo de transporte. Esta

opção permite criar elementos de rede, estabelecer conectividade e atribuir novos

valores aos atributos definidos. Quando uma Network Dataset é criada, dois novos

3 Fonte: http://edndoc.esri.com/arcobjects/9.2/NET/89097a51-bc0c-4f77-a8e1-a2e2f652be0c.htm

Page 18: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

19

objectos são adicionados à feature dataset, a network dataset propriamente dita e a

informação pontual contendo todos os entroncamentos criados durante o processo de

construção.

A construção de uma Network Dataset obedece a certos parâmetros que são

fundamentais para a correcta criação e manipulação da rede. Estes parâmetros, definidos

em seguida, foram adoptados do manual de apoio do software ArcGis, tendo sido

seguido a sua metodologia.

O primeiro passo aquando da criação de uma Network Dataset é definir a fonte de

trabalho, neste caso tanto pode ser criada dentro de uma geodatabase como num

ambiente de trabalho shapefile, outra alternativa é residi-la na SDC dataset (um

conjunto de features classes partilhando atributos de informação com diferentes

geometrias).

Consoante o tipo de rede que queremos modelar, temos que ter em conta as opções

anteriores. Para o presente caso, foi optado por criar e gerir a rede dentro de uma

geodatabase, devido ao facto que este tipo de base de dados é orientado para redes

multimodais e redes com múltiplas conexões que envolvem regras de conectividade

sofisticadas.

No segundo passo é necessário identificar as fontes de informação e o papel que irão

desempenhar na rede, ou seja, definir os elementos de suporte, tais como: entidades

lineares, entidades pontuais e entidades de viragem. É necessário, em seguida,

identificar quais dos elementos irão entrar nas fontes da Network Dataset.

No terceiro passo é preciso estabelecer a conectividade do modelo, esta conectividade

pode ser estabelecida para uma Network Dataset usando o modelo de conectividade do

ArcGis em consonância com o campo de elevação do modelo (se este estiver presente

na tabela de atributos). É importante estudar a rede antes de gerar o Network Dataset

para determinar como os diferentes elementos se irão conectar e como será estabelecido

o conceito de conectividade. No caso de uma rede multimodal são necessárias múltiplas

conexões e nós de transferência em cada um dos grupos de conectividade.

Por fim, no quarto e último passo, serão definidos os atributos e determinados os seus

valores, isto é, identificar os impedimentos que serão utilizados durante a análise à rede

e determinar os seus valores a partir das fontes do Network Dataset. Neste último ponto

Page 19: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

20

é necessário também determinar as restrições que serão utilizadas para controlar a

navegação ao longo da rede e estabelecer a hierarquia (se necessário) para os nós

presentes na rede.

Cumprindo os requisitos mencionados, anteriormente, é possível concluir a Network

Dataset, passando, posteriormente, para a análise dos seus resultados.

VIII. Criação da Network Dataset para a rede de

metropolitano de Lisboa

A construção da Network Dataset para a rede do metropolitano iniciou-se através de um

ambiente de trabalho Personal Geodatabase, contendo, dentro da Geodatabase, um

ficheiro referente à linha do metropolitano e outro contendo o tempo de transição entre

as plataformas de mudança de linha, neste caso, as estações da Alameda e do Marquês

de Pombal, visto que são estas duas estações que têm as plataformas de mudança de

linha mais afastadas.

Foram adicionados dois novos campos à layer que contém a rede do metropolitano e um

à layer tempo de transição de forma a possibilitar o cálculo dos melhores percursos

através da selecção de pontos de origem e destino. Os campos que foram adicionados à

layer da rede do metropolitano são: o tempo que o metro demora entre estações que,

neste caso, inclui o tempo de espera em cada estação, este campo foi definido para um

trajecto a iniciar às 09 horas e a distância-custo, isto é, a velocidade média do

metropolitano (55 km) a multiplicar pelo comprimento de cada troço. A velocidade

máxima e mínima do metropolitano é de 60 km e 30 km de acordo com os responsáveis

do metropolitano4. A escolha de uma velocidade média para o cálculo deste campo

incidiu, tal como o nome indica, na média da velocidade do metropolitano.

Para o ficheiro tempo de transição foi adicionado um novo campo com o mesmo nome

da layer, na qual é adicionado o tempo (minutos) que um indivíduo demora a percorrer

a estação a pé para mudar de linha. Neste campo, como já foi referido, será tido em

conta as estações do Alameda e do Marquês de Pombal. A opção pela não inclusão das

estações de transferência da Baixa-Chiado e Campo Grande deve-se ao facto de estas se

4 Informação disponibilizada por um dos maquinistas do metropolitano de Lisboa

Page 20: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

21

encontrarem sobre a mesma plataforma, isto é, as diferentes linhas encontram-se ao

mesmo nível não implicando um tempo de transição significativo. Para o cálculo da

distância que um indivíduo necessita percorrer para trocar de linha nas estações do

Marquês de Pombal e Alameda foi efectuada a multiplicação da velocidade média que

um indivíduo percorre por hora (5 km/h) por o tempo aproximado de percurso, 5

minutos no caso da estação do Marquês de Pombal e 4 minutos no caso da Alameda, em

seguida é dividido este valor por 60 minutos e, por fim, multiplicado por 100, obtendo-

se, desta forma, a distância aproximada em metros entre as duas ligações de

plataformas. Para as estações em análise, Marquês de Pombal e Alameda, as distâncias

obtidas foram de 416 m (Marquês de Pombal) e 333 m (Alameda).

IX. Análise à rede de Metropolitano de Lisboa

Depois de concluída a Network Dataset para o metropolitano de Lisboa, foi possível

elaborar uma análise em pormenor à rede, nomeadamente o cálculo de percursos ou

caminhos óptimos (Route) e a matriz de custos de origens e destinos (OD Cost Matrix).

Convém, antes de começar a analisar a rede, explicar a importância do cálculo de

percursos óptimos e da matriz de custos de origens e destinos. Segundo Slavin, 2004,

um caminho óptimo é uma série directa de ligações que conectam uma origem a um

destino. Numa análise a qualquer rede, é conveniente ser possível criar caminhos

óptimos, editá-los e adicionar atributos aos mesmos. Todos estes factores,

principalmente o último, são de extrema importância, uma vez que muitos dos atributos

importantes para uma análise de pormenor a um caminho óptimo não estão ligados

inicialmente aquando do cálculo de um caminho óptimo. Outra das vantagens do

cálculo de caminhos óptimos é a possibilidade de saber que percurso é mais rápido para

se chegar a determinado destino, o que para o caso de estudo é de extrema importância.

Também segundo Slavin, 2004, as matrizes, como é o caso da matriz de custos de

origens e destinos, são outra das partes estruturantes que compõem uma análise de

redes. As matrizes são compostas por tabelas de fluxos de distâncias inter-zonais ou

inter-nodais. Neste caso, a matriz de custos de origens e destinos é de extrema

importância, visto que com esta matriz é possível saber as distâncias em linha recta

(Euclidiana) entre todas as estações (inclusive as estações de origem).

Page 21: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

22

Esta matriz contém a impedância de cada origem a cada destino, adicionalmente, esta

matriz ordena os destinos de cada origem de forma ascendente baseando-se na mínima

impedância requerida para percorrer a partir de determinada origem até determinado

destino (adaptado do manual de utilizador do software ArcGis 9.3, ESRI, 2008).

Em suma, o output que este algoritmo de análise de redes produz é o caminho de menor

custo entre cada um dos pontos de origem e as quatro localizações mais próximas e,

posteriormente, armazenar esses valores numa tabela de atributos. Ao utilizarmos este

algoritmo, obtemos uma “visão” global de todas as ligações presentes na rede.

9.1. Análise de Caminhos óptimos

Começando por analisar os caminhos óptimos da rede de metropolitano de Lisboa,

interessa saber, neste caso, que percurso é o mais apropriado em termos de distância-

custo para ir da estação do Cais do Sodré até à estação do Campo Grande. Ao calcular o

caminho óptimo da origem definida até ao destino referido, obteve-se o resultado

presente na imagem número 3 em anexo.

Como é visível pela imagem, o percurso mais rápido em termos de distância-custo e

tempo da estação do Cais de Sodré até à estação do Campo Grande é através da linha

azul e amarela, mesmo com o tempo de transição da estação do Marquês de Pombal.

Tendo este percurso indicado o tempo total de 38 minutos e uma distância-custo de 430.

Quanto menor for o último valor mais rápido é o percurso para um velocidade constante

de 55 km/h.

Outra análise interessante a fazer para a mesma origem - destino é obter o custo que se

iria ter com o percurso alternativo, ou seja, no caso de um impedimento no caminho

óptimo, qual seria o custo total a ter com o percurso alternativo (imagem número 4 em

anexo).

Colocando uma barreira entre a estação do Marquês de Pombal e a estação da Avenida,

o caminho alternativo é obtido através da linha verde (Caravela). Este percurso acarreta

um tempo de 39 minutos, sendo muito próximo do tempo do caminho óptimo. A

desvantagem deste percurso é o valor de distância-tempo que, neste caso, é de 439,

sendo relativamente superior ao valor respeitante ao caminho óptimo.

Page 22: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

23

Outra análise de interesse para esta rede é o cálculo do melhor percurso entre a estação

do Marquês de Pombal e a estação do Oriente, i.e., se deve-se continuar na linha azul ou

optar pela linha amarela até à estação do Campo Grande e depois seguir até à linha

vermelha. Segundo a Network Dataset elaborada, o melhor percurso é continuar pela

linha azul, trocar de linha na estação da Baixa-Chiado e seguir pela linha verde até à

estação da Alameda (imagem número 5 em anexo). Este percurso apresenta um tempo

acumulado de 60 minutos e um distância-custo de 558, o que indica que este percurso

na rede do metropolitano tem um maior custo de distância a uma velocidade igual,

quando comparado com o exemplo anterior.

Colocando, também, para este percurso uma barreira (Barrier) no troço compreendido

entre a estação do Marquês de Pombal e a estação da Avenida, representando um

eventual acidente ou falha na rede que provoca a interrupção do referido troço,

obrigando a tomar o percurso alternativo entre a estação do Marquês de Pombal e a

estação do Oriente, obtém-se uma maior distância-custo, designadamente, de 796 e um

tempo acumulado de 67 minutos, significando que este percurso é mais desvantajoso

que o anterior, tendo a mesma origem e destino, como seria de esperar (imagem número

6 em anexo).

9.2. Análise da Matriz Custo

Numa análise aos resultados armazenados na tabela (tabela número 2) são obtidos três

campos essenciais, o campo distância-custo e o campo tempo. Nesta tabela são

armazenadas todas as possíveis ligações, inclusive entre a mesma estação. Ordenando a

tabela por o campo tempo é observável que as maiores distâncias em linha recta

encontram-se entre a estação Amadora-Este e a estação Oriente com um valor de

distância-custo de 1075 e um tempo de percurso de 106 minutos, ou seja, as maiores

distâncias, tal como seria espectável, encontram-se entre a linha azul e a linha vermelha.

Esta matriz pode indicar, de certa forma, incongruências nos campos que foram

elaborados, nomeadamente o campo distância-custo e o campo tempo. Por isso mesmo,

é importante analisar de uma forma cuidada a maioria das ligações, ou retirar uma

amostra da mesma e elaborar uma análise coerente e concisa da mesma, sabendo em

antemão que, a tabela elaborada, contém todas as ligações entre todas as estações por

Page 23: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

24

linha recta. Todavia, o algoritmo OD cost matrix não contém, internamente, informação

que possa ser usada para produzir rotas ou direcções.

Nome Distância Custo Tempo

Amadora Este - Amadora Este 0.000 0.000

Alfornelos - Alfornelos 0.000 0.000

Pontinha - Pontinha 0.000 0.000

Carnide - Carnide 0.000 0.000

Alfornelos - Oriente 972.045 102.000

Oriente - Alfornelos 972.045 102.000

Amadora Este - Cabo Ruivo 1031.794 102.300

Cabo Ruivo - Amadora Este 1031.794 102.300

Amadora Este - Oriente 1075.460 106.300

Oriente - Amadora Este 1075.460 106.300

Tabela número 2 – Amostra da Tabela com as ligações da Matriz Custo5

5 Para aceder a tabela completa, aceda a:

http://www.4shared.com/file/120853410/a9af8840/Tabela_Matriz_Custo.html

Page 24: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

25

9.3. Rede futura

Seria de grande valor e muito interessante poder fazer a mesma análise que foi feita nos

pontos anteriores à rede futura do metropolitano de Lisboa, com as novas extensões

Alameda/São Sebastião, que segundo fonte segura, dia 29 de Agosto deste ano estarão

em funcionamento, e Oriente/Aeroporto cujo a data de abertura ainda não é conhecida.

Mas uma vez que ainda não é possível ter acesso à informação referente à extensão de

cada novo troço que está ser construído, era impossível fazer uma análise em pormenor

a esses novos troços. E também não seria real e correcto generalizar a dimensão dos

troços existentes aos novos, o que faria com que se entrasse numa análise pouco

rigorosa e falaciosa.

Como se pode ver pela imagem número 7, presente nos anexos, seria de grande

interesse estudar e analisar que vantagem é que a ligação entre a linha azul, amarela e

verde trazem para a rede do metropolitano de Lisboa. Portanto, e para já, apenas se pode

afirmar que, como se pode constatar pela referida imagem, esta nova extensão origina

um novo circuito na rede, fazendo com que esta, em termos de conectividade, seja mais

completa, i.e., a rede fica, assim, mais interligada. Logo, esta já é uma grande vantagem

para a rede de metropolitano de Lisboa.

Relativamente à extensão Oriente/Aeroporto, apenas se constata que estes novos troços

não tornam a rede mais interligada mas sim ligam em maior dimensão a rede aos outros

modos de transporte e à cidade de Lisboa.

Page 25: Análise à Rede do Metropolitano de Lisboa

26

Bibliografia

Abreu, D (2006) – Análise de Dados II. Estudos para o Planeamento Regional e

Urbano nº69. Centro de Estudos Geográficos – Universidade de Lisboa. PP 247 – 262;

Costa, N.M (2008) – Mobilidade e Transporte em áreas urbanas: O caso da área

metropolitana de Lisboa. Tese de Doutoramento em Geografia. Universidade de Lisboa

– Faculdade de Letras;

Esri (2005) – Preparing Street Data for Use with the Network Dataset, Technical Paper.

Esri, Redlands, USA;

Fischer, M.M (2004) – GIS and Network Analysis, Chapter 22. Handbook of transport

Geography and Spatial Systems, Edited by D.A Hensher et al;

Goodchild, M.F., Longley, P.A., Maguire, D.J., Rhind, D.W (2005) – Geographic

Information Systems and Science. 2nd

ed., J Wiley, Chichester, UK. PP 74 – 76 e 355 –

358;

Reis, E.J.M (1996) – Aplicação dos Sistemas de Informação Geográfica na Análise

Morfológica de Bacias Hidrográficas. Dissertação para obtenção do grau de Mestre em

Hidráulica e Recursos Hídricos. Instituto Superior Técnico. PP 6 – 19;

Slavin, H.L (2004) – The Role of Gis in Land use and transport, Chapter 19.

Handbook of transport Geography and Spatial Systems, Edited by D.A Hensher et al.

Outros recursos

www.metrolisboa.pt (acedido dia 28 de Maio, às 22h:04m);

http://edndoc.esri.com/arcobjects/9.2/NET/89097a51-bc0c-4f77-a8e1-

a2e2f652be0c.htm (acedido dia 17 de Junho, às 23h:25m).

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Anexos

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Imagem número 1 – Estações propostas para a futura expansão do metropolitano

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Imagem número 3 – Caminho óptimo entre a estação do Cais do Sodré e a estação do Campo Grande

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Imagem número 4 – Caminho óptimo entre a estação do Cais do Sodré e a estação do Campo Grande com

a colocação de uma barreira

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Imagem número 5 – Caminho óptimo entre a estação do Marquês Pombal e a estação do Oriente

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32

Imagem número 6 – Caminho óptimo entre a estação do Marquês Pombal e a estação do Oriente com a

colocação de uma barreira

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Imagem número 7 – Rede futura do metropolitano de Lisboa