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Análise da falta de produtividade da força de trabalho na construção civil dezembro/2015
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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015
Análise da falta de produtividade da força de trabalho na construção
civil
MBA Gerenciamento de obras, tecnologia e qualidade da construção
Alexandre Magno Coelho Tannuss - [email protected]
Instituto de Pós-Graduação-IPOG
Salvador,BA,25 de Fevereiro 2015
Resumo
Este trabalho tem como premissa a avaliação da perda de tempo na produtividade, na
indústria da construção civil, estabelecendo um sistema de observação e registro de dados
para o monitoramento e controle dos desperdícios de produtividade na mão de obra, devido à
ociosidade, o deslocamento o absenteísmo, a baixa qualidade dos serviços, ferramentas e
faltas elétricas. O campo da análise foi um canteiro de obras com dezoito prédios e um clube
interno com efetivo aproximadamente de 4.500(quatro mil e quinhentos) colaboradores. O
sistema procura diagnosticar as condições no meio ambiente de trabalho através da
observação de dois setores, o produtivo e o de segurança e medicina do trabalho levando em
consideração um paradigma para a produção e outro para o ciclo de atendimento da
enfermaria, através de amostras, este último, serviu como estudo de caso para demonstrar
quanto se perde na produtividade, em homem hora trabalhada, com atendimentos de
enfermaria nos processos construtivo sem qualidade e falta de planejamento e o que isso
significa, reflete nos custos e no prazo de entrega do empreendimento. O objetivo geral do
trabalho consiste em fornecer aos gestores outro indicador de desempenho que possa norteá-
los, na melhoria contínua do processo produtivo, minimizando perdas de tempo da mão de
obra e estabelecendo com esses dados uma análise crítica no auxílio da melhor gestão.
Palavras-chaves: Construção civil. Sistema para observação e monitoramento da perda de
tempo da mão de obra. Metodologia para avaliação da perda de tempo na produção.
Absenteísmo. Ociosidade.
1 Introdução
A mão-de-obra é o recurso mais precioso participante da execução de obras da construção
civil, representa expressiva relevância percentual do custo total, porque a mão de obra tem
comportamentos e limitações que interferem na produtividade. A medição da produtividade
pode ser um instrumento importante para a gestão da mão-de-obra (THOMAS &
YAKOUMIS, 1987), podendo subsidiar políticas para redução de custos e aumento da
motivação no trabalho até porque a “produtividade é a capacidade de se produzir mais
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utilizando cada vez menos e em menos tempo”. No entanto, quando se discute a
produtividade, tanto em debates entre profissionais de campo ou especialistas quanto aos
artigos técnicos sobre o assunto, paira sempre uma grande dúvida sobre como foram
calculados os indicadores que estão sendo utilizados.
Este autor acredita que a mensuração da produtividade da mão-de-obra seja uma tarefa de
extrema relevância, servindo de base para todas as discussões sobre a melhoria da construção
e diminuição de custos.
O projeto trata da análise dos custos com a perda da força de trabalho da mão de obra no setor
produtivo, nas construções de unidades habitacionais, procurando estabelecer um método para
avaliar e gerir ações com foco na diminuição dos custos com a ociosidade, absenteísmo, a
espera, o deslocamento e outros.
Nas incorporações imobiliárias o preço da unidade é analisado pela soma da construção mais
a fração ideal, onde a primeira parcela equivale a pelo menos 60% (a construção) do preço do
imóvel. Baseado no preço da construção pelo menos 40% do orçamento é gasto com mão de
obra, assim sendo, o controle com o custo desta parcela do orçamento é muito importante,
normalmente esse valor é fixado através das composições unitárias mais os custos com
encargos sobre a mão de obra, sem levar em conta diversos aspectos no meio ambiente da
produção, que oneram o preço final, levando a falhas no reorçamento, histograma da obra e
prazo de entrega.
Entre as principais conclusões da dissertação de Mestrado de Iamara Bulhões (2001) ela
constata “que os custos de perdas na mão de obra são superiores aos dos materiais,
principalmente aos relacionados às atividades que não agregam valor ao produto, indicando a
necessidade de se investigar a ocorrência de perdas nas atividades de fluxo, principalmente
inspeção e transporte.
Além destes fatores outros são preponderantes na observação das perdas na força de trabalho,
absenteísmo, a ociosidade em setores logísticos por mau planejamento e nos atendimentos
ambulatoriais de grandes obras.
Nesta pesquisa foram realizadas avaliações qualitativas através da observação do
comportamento da mão de obra em vários setores, com isso pode-se analisar o cenário
produtivo, com o objetivo de taxar e controlar as perdas de tempo no processo, podendo ser
divididas as ações de monitoramento em três aspectos principais: 1) eliminação dos tempos
perdidos, (utilização), 2) aumento da velocidade da tarefa, (desempenho), 3) eliminação da
tarefa desnecessária, (qualidade).
A análise verifica a utilização da mão de obra pela observação instantânea, identificando os
fatores que levam a redução da produtividade nos serviços, para implantação das ações de
melhoria.
Os tempos perdidos, a pouca velocidade na execução dos serviços e o retrabalho, foram
mensurados através da análise de uma amostra da atividade produtiva, realizado em
determinado setor (etapa estrutura da edificação), onde diversas atividades estavam sendo
executadas no momento. A observação dos desvios leva em consideração o deslocamento, a
ociosidade, a qualificação das pessoas, ferramentas, métodos de trabalho, planejamento
preparativos e espera (instrução, ferramentas, materiais, liberação, apoios), análise crítica dos
fluxos , planos de trabalho, absenteísmo dentro da equipe.
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Dos diversos setores de trabalho observados considera-se os dados quantitativos coletados no
departamento médico, tais como cronometragem, formulários e planilhas onde obtive o
diagnóstico da perda de produtividade, por perda de tempo durante o ciclo de atendimento,
este local é o setor para onde todas as funções convergem aleatoriamente a qualquer tempo.
Limitei-me a demonstrar no estudo de caso à análise de gestão através do qual podemos
intervir com o controle das perdas de produtividade, diminuindo os custos gerados em um
grande canteiro, levando em consideração o tempo perdido em atendimentos ambulatoriais, a
ociosidade, o deslocamento do posto de trabalho até a enfermaria, e a espera com
atendimento, mas o absenteísmo gerado pelo acidente.
A grande maioria dos estudiosos foca as perdas diretas com materiais e também indiretas com
tempos ociosos devido, ao fluxo da logística as necessidades pessoais e outros.
O autor está chamando a atenção que além destes aspectos que também estão estabelecidos no
desenvolvimento do trabalho, o ciclo da saúde do trabalhador, isto é, o tempo gasto quando se
negligencia estratégias para redução dos atendimentos e acidentes do trabalho e doenças
ocupacionais, apresentando indicadores.
2 Objetivo
O objetivo do artigo é apresentar um caminho para monitoramento e controle da perda
produtiva da mão de obra com eliminação dos tempos perdidos, aumento da velocidade da
tarefa, eliminação de tarefas desnecessárias.
3 Revisão Bibliográfica
Para a maioria dos grandes autores as perdas são analisadas a partir da quantificação com
perdas de materiais que se dividem no físico e monetário. Franchi (1993), comenta que
sempre que ocorre a perda física de material à quantidade perdida de insumo está associada a
um custo. Porém, existem casos nos quais as perdas são de ordem essencialmente monetária,
isso significa que existem perdas aparentes (diretas) que são facilmente observadas com a
geração de entulhos e perdas ocultas (indiretas) em que os materiais ficam incorporados a
construção, ou seja, são consumidos em excesso.
Na pesquisa realizada por Pinto (1989), em um empreendimento, foram medidas as perdas
diretas e indiretas. Pelo menos 20% do material tornou-se entulho representando
aproximadamente 6% do custo total da obra comparação entre o peso estimado para
realização da obra (projetos) e o peso dos materiais adquiridos, segundo dados nas notas
fiscais.
Outros autores têm as mesmas perspectivas artigos como as PERDAS DE MATERIAIS NOS
CANTEIROS DE OBRAS: A QUEBRA DO MITO, Agopyan (1998) e outros. Neste artigo
discutiram as perdas físicas de vários materiais, tendo sempre como referência (ou consumo
representativo de perda nula) as prescrições de projeto. Por exemplo, no caso do concreto
usado nas estruturas, tal consumo seria aquele apropriado na “cubagem” a partir da planta de
fôrmas. No caso do cimento usado no revestimento de parede interna, o consumo real de
cimento é confrontado com aquele calculado a partir da espessura de revestimento planejada e
do traço da argamassa preconizado pela construtora. Portanto, não se estará fazendo análise
das especificações, e sim, detectando-se os consumos que excedem os especificados. Cabe
ainda ressaltar que, conforme anteriormente citado, ao se levantar as perdas físicas totais, os
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números mostrados representam uma soma das perdas que saem (entulho) com as que ficam
incorporadas; tais perdas não são totalmente evitáveis, carecendo-se de uma análise adicional
para se definir qual parcela da mesma poderia ser considerado desperdício.
Os referidos trabalhos chamaram a atenção de forma apropriada para o problema das perdas e
apresentaram algumas diretrizes para a sua redução. Contudo apresentam limitações por
mostrarem apenas as perdas de materiais, seus resultados foram unicamente expressos em
termos de consumo de recursos. Alarcon(1997) comenta que ” perda é geralmente associada
com perda de materiais nos processos de construtivo ,enquanto que atividades como inspeção,
espera, transporte de material, não são reconhecidos como perda”.
Existe farta bibliografia, com análises das perdas, do ponto de visto do consumo com pouca
consideração em relação a fatores como a os tempos perdidos, que ocorre de diversas formas,
(utilização), redução da velocidade da tarefa, (desempenho), e a execução da tarefa
desnecessária, (qualidade) em consonância com a quantificação das perdas de materiais nos
aspectos já definidos, físico e monetário. Assim teríamos um cenário mais controlado para
fatores que geram custos adicionais.
Bulhões (2001) conclui e com mérito que em seus resultados constatou que os custos nas
operações (mão-de-obra) são maiores que os custos dos materiais.
3.1 Conceitos relevantes
Foram extraídos da literatura técnica da própria experiência acadêmica e de campo alguns
conceitos importantes para compreensão do trabalho.
Custo – Gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.
O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da
utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou
execução de um serviço.
Despesa–Bem ou serviço consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas.
O equipamento usado na fábrica, que fora gasto transformado em investimento e
posteriormente considerado parcialmente como custo torna-se, na venda do produto feito,
uma despesa.
Perda -Bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. Não se confunde com a
despesa (muito menos com o custo), exatamente por sua característica de anormalidade e
involuntariedade; não é um sacrifício feito com intenção de obtenção de receita.
Amostra: Visão estatística pelo analista da totalidade de colaboradores que estão
programados para executar uma determinada atividade constatando as perdas de produção/
montagem e o motivo.
Amostragem discreta: A circunstância da frente de trabalho na chegada do analista, ou seja,
a fotografia do que está acontecendo naquele exato instante.
Estatística: Parte da matemática em que se investigam os processos de obtenção, organização
e análise de dados sobre uma população ou sobre uma coleção de seres quaisquer, e os
métodos de tirar conclusões e fazer ilações ou predições com base nesses dados.
Recursos: Mão-de-obra, Equipamentos e ferramentas auxiliares.
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Produtividade: É o grau de ocupação da mão-de-obra. Figura o comportamento intensivo da
equipe da obra na circunstância propiciada pelo planejamento estratégico e liderança direta.
Planilha de Controle Manual de Amostragens (Planilha 1): É o documento que o analista
leva para a frente se serviço a fim de anotar as amostras. Campos a preencher:
Data: O dia da Amostragem
Hora: À hora exata da Amostragem
Setor/Descrição: O equipamento ou área em que está ocorrendo à atividade produtiva.
Turma: O nome da Equipe (Turno A,B, C), ou a disciplina (concreto, elétrica), ou até
mesmo o nome do encarregado da obra.
Total da equipe (efetivo): A equipe programada para executar o serviço, inclui-se
também o encarregado da obra.
Falta: A quantidade de mão-de-obra que haviam sido programados para a frente de
serviço e faltaram sem tempo hábil para serem substituídos.
Não encontrado/deslocamento: A quantidade de mão-de-obra que analista não
visualizou na frente de serviço no momento exato da amostragem. Os motivos da ausência
são diversos: idas ao sanitário, ferramentaria, almoxarifado, ambulatório ou outros motivos.
Porém são identificados para que haja um melhor planejamento e liderança da frente de
serviço.
Parado/excesso Mão-de-obra na frente de serviço: Constata-se o número de mão-de-
obra parado por motivo desconhecido, aparente falta de comprometimento; também a
quantidade de mão-de-obra alocada desnecessariamente para uma tarefa ou atividade em que
apenas uma parcela deste está efetivamente trabalhando.
Falta de material: A quantidade de mão-de-obra parada por não ter o material na frente
de serviço. Importante observar se realmente a falta deste material interfere na sequência das
atividades, e também se a liderança poderia ou não abrir outra frente de serviço, ou executar
atividade paralela, evitando assim que seus colaboradores ficassem parados.
Falta de equipamentos/ recursos/ ferramentas: A quantidade de mão-de-obra que está
parada aguardando a chegada de equipamentos, ferramentas, etc. Por exemplo, um guindaste
que está executando uma atividade em paralelo. Também se registra aqui os que estão
aguardando a chegada das ferramentas que não haviam sido providenciadas com
antecedência.
Aguardando Instrução: A quantidade de mão-de-obra que está parada aguardando um
parecer técnico, uma instrução da liderança, a execução de uma medição topográfica, a
instalação de um ponto elétrico, ou qualquer interferência que não permita a continuidade da
atividade.
Retrabalho/ Falta de procedimento: A quantidade de mão-de-obra que está parada
aguardando a correção de um serviço executado diferente do projeto ou conforme projeto,
porém errado. Esta constatação demonstra a interferência do retrabalho no prazo final do
serviço ou obra, a falta de um planejamento das atividades diárias e também a impossibilidade
de reprogramação da equipe para outra frente de serviço ou atividade em paralelo.
Demora do Início/Fim da Jornada de Trabalho: Constata a quantidade de mão-de-obra
que continua parada mesmo após os períodos considerados aceitáveis.
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Ciclo de Atendimento do Ambulatório: Ciclo de desperdício de tempo entre o
deslocamento do posto de trabalho, atendimento ambulatorial e volta ao posto de trabalho.
Absenteismo: afastamento do colaborador da produção por doença ou acidente do
trabalho.
Observação: atrasos/perdas por falta de condições climáticas ou de energia elétrica
4-Metodologia Proposta
4.1 A pesquisa focou-se em três aspectos principais da produtividade
4.1.1 Eliminação de tempos perdidos (UTILIZAÇÃO):
Espera (instrução, ferramentas, materiais, liberação, apoio)
Deslocamentos
Ociosidade
Absenteísmo
4.1.2 Aumento de velocidade da tarefa (DESEMPENHO):
Qualificação das pessoas (conhecimento e habilidades);
Ferramentas e métodos de trabalho;
Planejamento e preparativos.
4.1.3 Eliminação de tarefas desnecessárias (QUALIDADE):
Análise crítica dos fluxos e planos de trabalho;
Análise crítica da organização e dos processos de decisão;
Medidas para impedir reincidências de falhas nos equipamentos
Medidas de impedir re-serviços (qualidade da execução);
Melhorias de projeto de equipamentos para eliminar tarefas;
Análise de consequências e riscos da simples supressão de tarefas.
O método se baseia no planejamento das etapas da obra no canteiro de obras e das
observações instantâneas e aleatórias realizadas sobre a produção, em setores previamente
estabelecidos, para levantamento de dados no estudo estatístico, essas ações são realizadas
através de comissões multidisciplinares envolvidas em cada etapa da obra, formando equipes
designadas para executar a amostragem do trabalho, devidamente treinadas na coleta dos
dados através de formulários, entrevistas e fotos.
4.2 O ciclo de amostragem
Diagnóstico dos ambientes;
Análise das causas dos tempos perdidos;
Apresentação de soluções;
Implantação de ações para melhoria contínua;
Medir essas ações.
4.3 Amostragens do Trabalho ocorrerá da seguinte maneira
4.3.1 Etapas da Preparação
Fase de Preparação - Escritório da obra;
Definição dos ambientes;
Preparação do Programa das Amostragens;
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Seleção e Mobilização dos Amostradores
4.3.2 Fase de Preparação - na Planta da Obra;
Integração dos Amostradores
Entrega dos materiais (folhas de campo e pranchetas) para os Amostradores;
Treinamento dos Amostradores;
Divulgação prévia para o Mestre (caso necessário);
Divulgação prévia para os colaboradores (pessoal a ser amostrado);
Divulgação prévia para o setor de SSO (segurança e saúde ocupacional);
Identificação dos capacetes dos amostrados;
Amostragens piloto, para familiarização dos Amostradores;
Troca de informações,ideias, esclarecimento de dúvidas e perguntas, e eventuais
ajustes.
4.3.3 Execução da Amostragem / Digitação Dados;
4.3.4 Análise, Preparação Relatório e Apresentação dos Resultados.
O processo de avaliação em campo deve ser feito através da Planilha abaixo, devidamente
preenchido levando em consideração o número de observações dado pela equação:
Setor:
Rota:
Nome do amostrador -:
Planilha 1 – Controle de Amostragem do dia
Fonte: Planilha produzida pelo autor(2014)
A Planilha por se é explicativa, coleta-se os dados nas planilhas através de rotas previamente
estabelecidas e aleatoriamente para se obter um cenário mais adequado da situação através
dos momentos instantâneos das perdas de tempo.
A quantidade de observações para preenchimento da planilha pode ser dado através da
formula estatística:
n=4XP(1-P)
Modelo- Planilha de Controle Manual de Amostragem do Dia
Horário
observa
ções
Posto
de
trabal
ho
situaç
ão
Tur
ma
Total
da
equipe
Falta
Não
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o/
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serviço
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E²
Onde:
E - Erro (%) máximo adotado (para a população)
É sugerido adotar valor de erro de 3% devido a sua larga aceitabilidade para este tipo
de pesquisa;
P - Percentual de observações na categoria Produtivo obtido em estudo preliminar;
O estudo preliminar consiste de 01 a 02 dias de observações para determinação do
valor aproximado da maior percentagem de ocorrência. Quando a aplicação do método é
frequente utiliza-se o valor na categoria Produtivo na última amostragem realizada;
É sugerido adotar 50% (pior caso para número total de observações);
Adotando-se o erro e o percentual sugeridos, serão necessárias 1200 observações de
pessoas em atividade no conjunto das amostragens, dispensando-se a realização de
amostragens preliminares;
Nesta determinação de número de observações, é utilizado o nível de confiança de
95%, o que significa dizer que existe uma probabilidade de 95% da estimativa da população
estar no intervalo da amostra 3%.
Além do número total de observações deve ser garantida a replicação (pelo menos 2
realizações) de cada rota definida e de cada horário de amostragem.
Por exemplo, para 5 rotas definidas e 16 horários possíveis de amostragem (períodos
de 30 minutos) em jornada de 8 horas em cada rota, deverão ser realizadas no mínimo 160
amostragens(dois observadores por rota) e obtidas no mínimo 1200 observações de pessoas
em atividade ao longo das 5 rotas.
4.4. Execução da Amostragem
Utilizar um Formulário de Registro de Observações;
Respeitar rigorosamente os Horários e Rotas, para assegurar a aleatoriedade
cada rota tem um percurso predefinido (incluindo áreas abertas, salas, pavimentos pisos e
plataformas em diversas elevações) e previamente testado.
Observar todas as especialidades encontradas ao longo da rota e registrar a situação
encontrada no formulário de observações;
A observação deve ser “fotográfica”;
A interpretação deve ser a mais rápida e imparcial possível, porém pode ser necessário
observar o amostrado por alguns segundos para entender sua atividade e classificá-la no seu
formulário de amostragem. Em alguns casos pode vir a ser necessário até interpelar o
amostrado, para identificar o motivo de sua espera, por exemplo;
Realizar “Caminhadas de Controle” para garantir a observância das regras
estabelecidas e para preencher eventuais lacunas nas distribuições aleatórias nos horários de
observação ou outras casualidades;
Quando encontrar no mesmo local de trabalho, um grupo de 8 ou mais pessoas, deve-
se adotar o seguinte procedimento;
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anotar as observações e antes de abandonar o local fazer uma segunda observação para
certificar-se de que as observações foram corretas e de que sua presença não influenciou o
comportamento do pessoal;
Caso seja constatada a mudança do comportamento, desprezar as observações feitas e
sair, retornando logo após para fazer novas observações.
4.5 Índices de Perdas
Os índices de perdas cumprem um importante papel de indicadores de desempenho dos
processos produtivos e, como tal, podem ser empregados para diferentes finalidades. A
utilização mais comum dada aos índices de perdas de materiais na construção civil tem sido
apenas chamar a atenção para o baixo desempenho global do setor construção em termos de
qualidade e produtividade (Formoso 1993).
Entretanto, esta não é a principal função dos indicadores de desempenho. Existe porem outras
finalidades, mais construtivas, que possibilitam aos mesmos contribuir de forma efetiva para o
desenvolvimento do setor.
Em primeiro lugar, um indicador pode ter a função de visibilidade, ou seja, demonstrar o
desempenho atual de um canteiro de obra, indicando seus pontos fortes ou fracos ou
chamando a atenção para suas disfunções.
Este tipo de avaliação permite estabelecer prioridades em programas de melhoria da
qualidade, indicando os setores da obra nos quais intervenções são mais importantes ou
viáveis.
A segunda função de um indicador é o controle de um processo em relação a um padrão
estabelecido. A partir da elaboração de um planejamento, o monitoramento de um indicador
ao longo do tempo permite avaliar o desempenho do processo, identificando desvios e
corrigindo a tempo as causas dos mesmos.
Em terceiro lugar, um indicador é um instrumento indispensável para o estabelecimento de
metas ao longo de um processo de melhoria contínua, componente indispensável de um
programa para melhoria da qualidade. Este tipo de medição visa a identificar as oportunidades
de melhorias e verificar o impacto de intervenções no processo.
Sempre que uma melhoria está sendo implantada é importante que um ou mais indicadores de
desempenho associados à mesma sejam monitorados e sua evolução amplamente divulgada
na organização.
Assim, a incidência de perdas deve ser monitorada através de diversos indicadores, os quais
podem ou não ser relacionados aos desperdícios de materiais.
.
4.6 Exemplo proposto para análise
As mensurações dos valores das perdas tiveram dois indicadores associados, o primeiro
Índice de Acidentes (IA) que deveria permanecer menor que 2% e indicadores conforme o
controle estatístico dos diversos setores em comparação aos diagnósticos anteriores(Normas
Regulamentadoras Segurança e Medicina do Trabalho, edição 64).
A perda de tempo apresentada no estudo de caso limitou-se a ociosidade e o absenteísmo,
quanto à utilização do tempo improdutivo, devido ao atendimento pelo serviço médico dos
colaboradores, em grandes obras.
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A metodologia para o levantamento dos dados é feito através do formulário de controle de
encaminhamento para atendimento médico, anotação no livro de ata e preenchimento da
planilha de atendimento, todas as etapas devem ser cronometradas, bem como utilização dos
dados estatísticas dos acidentes de trabalho, todos os dados são quantitativos e servem para
estimar os custos financeiros, por tempo perdido, que devem ser considerados, no
planejamento, no orçamento e na administração de recursos, de futuras obras ou correção da
mesma.
Nossos amostradores serão os encarregados de todos os setores que possuem equipes e os
técnicos de enfermagem do Ambulatório. As amostras são coletadas através de cronometro,
entrevistas, sendo inseridos na planilha, estabelecendo um perfil semanal. De posse destes
dados saberemos em valores qual o custo pela má utilização do tempo com deslocamento do
posto de trabalho, espera na sala do ambulatório e atendimentos dos estados mais graves, por
erro de procedimentos no processo produtivo. Este tempo de utilização altera o índice final da
produção.
5.0 Estudo de Caso
O estudo foi realizado nas dependências de uma obra, com efetivo de aproximadamente 4.500
trabalhadores sendo 2.700 da empresa principal e aproximadamente 1800 terceirizados, na
etapa estrutura, com dezoito prédios sendo edificados ao mesmo tempo.
A amostra abrange a todos os colaboradores do canteiro de obra, que tiveram atendimento no
setor de ambulatórios e o absenteísmo por acidente ou doença do trabalho.
O foco visa a análise do tempo perdido não com o atendimento mais sim com a ociosidade
que ocorre com o deslocamento, a espera, o afastamento, ou seja, todo ciclo, que interfere
com a produtividade.
A ideia de utilizar amostras deste sistema foi exatamente pela condição de que o ambulatório
atende a todos os colaboradores da obra trazendo para o estudo além do comportamento dos
operários em relação a suas atividades no processo que levam a acidentes, também todo um
conjunto das categorias de colaboradores, ou seja, qual a função com maior número de
atendimento e o que isso significa para aquela determinada etapa de trabalho.
Os canteiros de grandes obras muitas vezes apresentam grandes áreas para deslocamento dos
profissionais e por vezes estes deslocamentos causam verdadeiros transtornos na
produtividade principalmente para o planejamento e implantação da logística horizontal e
também vertical. Estes trânsitos dentro do canteiro trazem ociosidade e perda de foco
5.1 O passo a passo do controle Manual da Amostragem
Quando se fizer necessário o colaborador deve solicitar a seu encarregado ou chefe imediato a
ficha de encaminhamento para o atendimento médico, por sua vez o encarregado da obra deve
anotar a chapa e o nome do colaborador registrando a hora, data do encaminhamento para o
serviço médico, (Fig. 01), onde o mesmo assinará o livro de ata e será atendido conforme o
caso. Após a consulta o técnico em enfermagem deve registrar o horário de saída e o
encarregado a hora de chegada do colaborador ao posto de trabalho fechando o ciclo da
amostra.
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Figura1- ficha de encaminhamento
Fonte: Ficha produzida pelo autor (2014)
Outro elemento integrante do processo de coleta de dados é o livro de ata (Figura 02) para
registro do atendimento, com as seguintes informações: Nome completo do colaborador, local
(Torre), função, encarregado, Data, sintomas, medicamento, hora de chegada, tempo
atendimento, hora de saída, assinatura do colaborador.
O passo seguinte é o preenchimento das tabelas com as informações coletadas em períodos
semanais (como exemplo Tabela 01 e 02). Da verificação dos dados destas tabelas é possível
identificar a ociosidade na produção devido ao deslocamento e espera para o atendimento.
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Figura 02- Livro Ata para registro de atendimento
Fonte: Dados do setor de Segurança e Medicina do Trabalho(2010)
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T
DATA TORRE CHAPA FUNÇÃO
HORA
ENCARREG. CHEGADA NA ENF.
SAÍDA
DA
ENF.
RETORNO
TRAB.
TEMPO
UTILIZADO
15.03.2010 7 89 Servente 07:40 7:52:00 8:02:00 8:12:00 0:22:00
15.03.2010 6 2531 Servente 09:00 9:08:00 9:15:00 9:31:00 0:31:00
15.03.2010 8 2425 Servente 09:35 9:45:00 9:47:00 9:58:00 0:23:00
15.03.2010 5 1199 Servente 13:00 13:04:00 13:08:00 13:12:00 0:27:00
15.03.2010 5 3230 Servente 14:00 14:07:00 14:13:00 14:21:00 0:21:00
15.03.2010 10 2961 Servente 16:05 16:10:00 16:23:00 16:34:00 0:29:00
15.03.2010 9 3079 Servente 16:09 16:15:00 16:21:00 16:27:00 0:21:00
16.03.2010 5 2502 Servente 07:42 7:48:00 7:54:00 8:02:00 0:20:00
16.03.2010 7 89 Servente 07:48 7:53:00 8:05:00 8:22:00 0:24:00
16.03.2010 9 2706 Servente 08:49 8:57:00 9:05:00 9:14:00 0:25:00
16.03.2010 9 3079 Servente 11:35 11:43:00 11:55:00 12:03:00 0:28:00
16.03.2010 10 2713 Servente 10:00 10:10:00 10:15:00 10:31:00 0:31:00
17.03.2010 5 3230 Servente 08:35 8:41:00 8:54:00 9:01:00 0:26:00
17.03.2010 9 3173 Servente 10:00 10:08:00 10:24:00 10:33:00 0:33:00
17.03.2010 6 1386 Servente 14:25 14:37:00 14:46:00 14:52:00 0:27:00
18.03.2010 5 2115 Servente 13:28 13:34:00 13:42:00 13:51:00 0:23:00
18.03.2010 10 2713 Servente 15:35 15:42:00 15:54:00 16:07:00 0:33:00
15.03.2010 5 1392 Pedreiro 08:01 8:08:00 8:21:00 8:28:00 0:27:00
15.03.2010 10 1852 Pedreiro 08:05 8:12:00 8:17:00 8:32:00 0:27:00
15.03.2010 5 2259 Pedreiro 08:07 8:16:00 8:23:00 8:33:00 0:26:00
15.03.2010 5 2259 Pedreiro 13:22 13:28:00 13:33:00 13:46:00 0:24:00
15.03.2010 8 2497 Pedreiro 14:32 14:40:00 14:45:00 14:53:00 0:31:00
16.03.2010 5 3256 Pedreiro 11:30 11:38:00 11:42:00 11:51:00 0:21:00
16.03.2010 6 2808 Pedreiro 11:40 11:46:00 11:53:00 12:12:00 0:32:00
16.03.2010 10 1890 Pedreiro 13:13 13:23:00 13:27:00 13:36:00 0:23:00
17.03.2010 5 3706 Pedreiro 07:05 7:10:00 7:17:00 7:32:00 0:27:00
17.03.2010 7 1065 Pedreiro 09:40 9:49:00 9:54:00 10:12:00 0:22:00
17.03.2010 7 2616 Pedreiro 09:42 9:45:00 9:48:00 9:57:00 0:15:00
17.03.2010 7 2616 Pedreiro 10:30 10:38:00 10:49:00 10:57:00 0:27:00
17.03.2010 8 2497 Pedreiro 14:06 14:17:00 14:24:00 14:38:00 0:32:00
18.03.2010 7 2658 Pedreiro 07:02 7:10:00 7:21:00 7:29:00 0:27:00
18.03.2010 5 1197 Pedreiro 07:10 7:17:00 7:21:00 7:30:00 0:20:00
15.03.2010 10 3088 Carpinteiro 14:33 14:48:00 14:57:00 15:01:00 0:28:00
17.03.2010 10 843 Carpinteiro 08:22 8:29:00 8:36:00 8:40:00 0:18:00
15.03.2010 9 2922 Armador 08:57 9:10:00 9:14:00 9:21:00 0:23:00
17.03.2010 10 632 Armador 10:00 10:05:00 10:13:00 10:21:00 0:21:00
17.03.2010 10 1710 Armador 11:03 11:06:00 11:11:00 11:17:00 0:14:00
17.03.2010 8 2526 Armador 15:18:00 15:23:00 15:31:00 0:18:00
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15:13
18.03.2010 10 1750 Armador 9:38: 9:41:00 9:53:00 9:59:00 0:21:00
16.03.2010 5 1530 Eletricista 09:40 9:47:00 9:53:00 9:59:00 0:19:00
18.03.2010 6 107 Eletricista 07:46 7:51:00 7:58:00 8:03:00 0:17:00
Total de horas perdidas 17:13
Tabela 1-Exemplos de controle do tempo perdido semana de 01/03/2010 à 06/03/2010
Fonte: Dados produzidos pela empresa (2010)
DATA
TORRE
CHAPA FUNÇÃO
HORA
ENCARREG.
CHEGADA
NA ENF.
SAÍDA DA
ENF.
RETORNO
TRAB.
TEMPO
UTILIZADO
01.03.2010 4 674 Servente 09:55 9:59:00 10:02:00 10:08:00 0:13:00
01.03.2010 1 1198 Servente 10:20 10:24:00 10:32:00 10:41:00 0:21:00
01.03.2010 3 715 Servente 13:28 13:36:00 13:48:00 13:53:00 0:25:00
01.03.2010 3 2752 servente 15:00 15:13:00 15:17:00 15:26:00 0:26:00
01.03.2010 3 2231 Servente 15:04 15:07:00 15:15:00 15:23:00 0:19:00
02.03.2010 2 2740 Servente 07:08 7:15:00 7:22:00 7:29:00 0:21:00
02.03.2010 3 2589 Servente 07:10 7:16:00 7:21:00 7:28:00 0:18:00
02.03.2010 3 2447 Servente 07:25 7:29:00 7:35:00 7:42:00 0:17:00
02.03.2010 2 1115 Servente 08:46 8:49:00 8:51:00 8:59:00 0:13:00
02.03.2010 17 1670 Servente 08:47 8:53:00 9:05:00 9:13:00 0:26:00
02.03.2010 17 2571 Servente 10:38 10:47:00 10:53:00 10:59:00 0:21:00
02.03.2010 2 3439 Servente 11:00 11:07:00 11:14:00 11:25:00 0:25:00
02.03.2010 3 3279 Servente 11:10 11:17:00 11:26:00 11:32:00 0:22:00
02.03.2010 4 3209 Servente 13:20 13:31:00 13:37:00 13:46:00 0:26:00
03.03.2010 2 1770 Servente 07:00 7:13:00 7:22:00 7:29:00 0:29:00
03.03.2010 3 2231 Servente 09:10 9:14:00 9:19:00 9:27:00 0:17:00
03.03.2010 3 2436 Servente 09:40 9:44:00 9:49:00 9:57:00 0:17:00
03.03.2010 2 2104 Servente 07:30 7:37:00 7:43:00 7:51:00 0:21:00
03.03.2010 3 3609 Servente 07:33 7:37:00 7:39:00 7:46:00 0:13:00
03.03.210 2 998 Servente 07:38 7:43:00 7:49:00 8:01:00 0:23:00
03.03.2010 2 2939 Servente 08:30 8:35:00 8:42:00 8:49:00 0:19:00
03.03.2010 3 2447 Servente 09:00 9:05:00 9:12:00 9:19:00 0:19:00
04.03.2010 2 2740 Pedreiro 07:18 7:23:00 7:29:00 7:36:00 0:18:00
04.03.2010 2 2224 Pedreiro 07:20 7:25:00 7:32:00 7:39:00 0:19:00
04.03.2010 3 2727 Pedreiro 08:05 8:12:00 8:19:00 8:24:00 0:19:00
04.03.2010 4 674 Pedreiro 09:50 9:53:00 9:57:00 10:11:00 0:21:00
04.03.2010 4 674 Pedreiro 09:50 9:53:00 10:00:00 10:10:00 0:20:00
04.03.2010 18 2475 Pedreiro 09:51 9:55:00 10:12:00 10:22:00 0:31:00
04.03.2010 4 1560 Pedreiro 10:00 10:03:00 10:10:00 10:19:00 0:19:00
04.03.2010 17 2571 Pedreiro 10:45 10:48:00 10:53:00 10:57:00 0:12:00
05.03.2010 3 2586 Pedreiro 07:20 7:27:00 7:32:00 7:38:00 0:18:00
05.03.2010 3 2944 Pedreiro 09:00 9:07:00 9:14:00 9:23:00 0:23:00
01.03.2010 17 220 Carpinteiro 11:15 11:19:00 11:23:00 11:29:00 0:14:00
01.03.2010 4 626 Aj carpinteiro 16:00 16:06:00 16:10:00 16:18:00 0:18:00
01.03.2010 1 2185 Armador 07:18 7:25:00 7:30:00 7:38:00 0:20:00
01.03.2010 1 00:00 Armador 07:25 7:29:00 7:37:00 7:42:00 0:17:00
01.03.2010 17 3357 Armador 08:45 8:47:00 8:49:00 8:54:00 0:09:00
02.03.2010 18 2595 Armador 13:13 13:15:00 13:17:00 13:20:00 0:07:00
03.03.2010 1 1143 Armador 07:04 7:06:00 7:08:00 7:11:00 0:07:00
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Tabela 03-Somatório das horas do mês de Março
Fonte: Dados Fornecidos pela empresa (2010)
As Tabela 01, 02, como exemplo, citadas no texto, controla o tempo perdido da mão de obra,
registrando o tempo de saída entre o posto de trabalho, o atendimento e o retorno ao posto de
trabalho, sendo que os somatórios das tabelas de março estão dispostos na tabela 03. O ciclo
para o atendimento ambulatorial que forma a amostra, ocorre conforme abaixo:
Autorização liberada pelos os líderes de campo.
Chegada do colaborador a enfermaria com a autorização;
Atendimento por ordem de chegada;
Registro do atendimento em um livro de ata, com hora de chegada e saída;
Duração do atendimento e assinatura do colaborador;
Atendimento do colaborador;
Retorno do colaborador ao campo com a autorização, com registro do horário de
liberação da enfermaria;
Chegada ao posto de trabalho, registra-se o horário;
Coleta dos dados semanal para computar horas perdidas/por semana.
O que se observa é o tempo que o colaborador perde em relação a média de tempo estipulada
que é de aproximadamente doze minutos para ir ao ambulatório e voltar ao posto de trabalho
no ponto mais desfavorável da obra com área de 300.000m2.
De posse destes valores mensais preenchemos a tabela anual com os valores da perda de
tempo ao longo dos meses, conforme abaixo.
03.03.2010 2 2898 Armador 08:20 8:22:00 8:26:00 8:33:00 0:13:00
02.03.2010 3 2779 Aj eletrica 08:25 8:28:00 8:36:00 8:43:00 0:18:00
Total de horas perdidas 13:14 hs
Tabela 2-Exemplos de controle do tempo perdido semana de 08/03/2010 à 13/03/2010
Fonte: Dados produzidos pela empresa (2010)
Mês Dias da Semana Horas ociosas
Março
1 A 6 17:23
8 A 13 13:14
15 A 20 43:40
22 A 27 45:46
Total de horas para atendimento 120:13
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Figura 03 - Horas Perdidas no ciclo de atendimento no ambulatório
Fonte: Dados do setor de segurança do trabalho da obra (2010)
Além dos tempos perdidos supracitados, são adicionadas também os valores das tabelas com
índices estatísticas dos acidentes e doenças ocupacionais (Tabela.04) que levam ao
absenteísmo, devido ao acidentes no processo produtivo onde estão dispostos os tempos
perdidos versus a hora homem trabalhada. Nesta tabela anual da estatística de acidentes é
possível a verificação das horas e dias perdidos com acidentes sem afastamento e com
afastamento, através da emissão de CAT (Comunicado de Acidente do Trabalho) ao longo do
ano.
O Índice de Acidente (IA) é um indicador analítico da taxa de frequência e gravidade.
O índice de acidentes da planilha 01 fornece os dados com acidentes do tipo sem ou com
afastamento, ou seja, o colaborador é atendido na enfermaria e retorna ao trabalho-STP, ou
então o colaborador é atendido na enfermaria e afastado de um a quinze dias-CTP1 e por
último o colaborador é afastado para o INSS- CTP2, a sigla CTP- com tempo perdido ou
STP- sem tempo perdido.
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INDÍCE DE ACIDENTE
Estatística de Acidente Obra: Ano: 2010IA
Mês Nº Horas Nº. De Acidentados Dias perdidos + Debitados Taxa
Operários Trabalhadas Frequêcia Gravidade
STP CTP-1 CTP- 2 CTP -1 CTP - 2 STP CTP -1 CTP -2 CTP - 1 CTP - 2
Janeiro 1.585 348.700 34 37 - 49 98 106 - 141 - 3,44
Acumulado 71 15.620 34 37 2.177 2.369 - - -
Fevereiro 1.829 402.380 32 35 2 70 30 80 87 5 174 75 4,20
Acumulado 69 15.180 66 72 2 4.348 4.743 132 - -
Março 1.829 402.380 36 40 2 87 30 89 99 5 216 75 4,85
Acumulado 78 17.160 102 112 5.944 6.527 - - -
Abril 1.788 393.360 23 61 - 118 58 155 - 300 - 5,14
Acumulado 84 18.480 125 173 6.764 9.361 - - -
Maio 1.788 393.360 14 44 - 74 36 112 - 188 - 3,36
Acumulado 58 12.760 139 217 10.893 17.006 - - -
Junho 1.800 396.000 24 40 2 60 30 61 101 5 152 76 3,94
Acumulado 66 14.520 163 257 4 11.226 17.700 275 - -
PRIMEIRO SEMESTRE DE 2010 4,07
Julho 2.883 202.840 24 42 4 90 60 118 207 20 444 296 10,85
Acumulado 70 15.400 24 42 4 1.558 2.727 260 - -
Agosto 3.337 241.340 22 20 2 20 30 91 83 8 83 124 3,89
Acumulado 44 9.680 46 62 6 4.752 6.405 620 - -
Setembro 3.265 269.280 13 35 2 100 30 48 130 7 371 111 6,68
Acumulado 50 11.000 59 97 8 5.364 8.818 727 - -
outubro 3.554 226.820 25 35 5 158 12.045 110 154 22 697 53.104 540,87
Acumulado 65 14.300 84 132 13 5.874 9.231 909 - -
Novembro 3.931 256.740 22 31 154 86 121 - 600 - 8,06
Acumulado 53 11.660 106 163 9.091 13.979 - - -
Dezembro 3.949 257.840 18 28 1 174 15 70 109 4 675 58 9,15
Acumulado 47 10.340 124 191 14 11.992 18.472 1.354 - -
SEGUNDO SEMESTRE DE 2010 96,58
STP = Acidentado é atendido na enfermaria e retorna imedietamente ao trabalho.
CTP - 1 = Acidentado é atendido na enfermaria e dispensado entre o primeiro dia até quinze dias.
CTP - 2 = Acidentado é atendido na enfermaria e encaminhado ao INSS através da CAT.
IA=Indice de Acidente
Tabela 04 - Índice Estatístico
Fonte: Dados produzidos pelo setor de segurança e medicina do trabalho(2010)
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1
10
100
1.000
10.000
100.000
15.620 15.18017.160 18.480
12.76014.520 15.400
9.68011.000
14.30011.660
10.340
71 6978
84
5866 70
4450
65
5347
HORAS HOMENS PERDIDAS TOTAL DE ACIDENTE
Figura 04- Gráfico Mensal de horas perdidas em função dos acidentes
Fonte: Dados produzidos pelo Autor baseado na Tabela 04
Por fim são computados os tempos totais coletados pelo método no ciclo de atendimento
ambulatorial para análise quantitativa das perdas de tempo e o que isso significa para
produção, em custos, que não agrega nenhum valor ao produto final.
Todos os valores das planilhas são somadas e seus tempos de ociosidade e absenteísmo
registrados.
De posse desses valores, tempo perdido, convertemos isso em homem hora trabalhada e
analisamos o que representaria na produção anualmente, pois senão vejamos:
Vt TP = T.P.C.A + PTA
Vt PT – Valor total anual com perda de tempo
T.P.C.A – Tempo Perdido no Ciclo de Atendimento Ambulatorial
TPA- Tempo perdido por acidente
VtTP= 1.303:44:00 + 173.040:00:00= 174.343:44:00
O valor das horas perdidas no ano de 2010(Fig 04) mais o ciclo de atendimentos
ambulatoriais são de aproximadamente cento e setenta e quatro mil trezentas e quarenta e três
horas e quarenta e quatro minutos.
Da amostra disponibilizada na tabela 3 temos que 41,48% são de atendimentos com servente
e 24,47% é de pedreiros. Os prédios possuem a mesma quantidade de pavimentos executados
ao mesmo tempo sendo a equipe basicamente neles a mesma, assim, temos que
aproximadamente 72.317 horas perdidas com esta categoria e 42.661 horas perdidas com
acidentes a pedreiros.
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Abaixo segue composição de custos de alguns itens
como exemplo a composição de custo unitário da Alvenaria : Alvenaria de elevação com
tijolos cerâmicos furados, dimensão.10x20x20 cm, assentado com argamassa espessura das
juntas 12 mm, espessura da parede sem revestimento 10cm (m2).Arg. (C:A)=(1:6)
Material Unidade Quantidade Preços Prod. Soma Encargos Total
Argamassa
m3
0,0120
180,54
2,17
Tijolo cerâmico un 25,00 0,4 10,0
Material 7,67
Pedreiro h 1,0000 2,61 2,61
Servente h 1,0000 1,95 1,95
MDO 4,56
6,40
23,13 Tabela 05- Composição de custos unitários
Fonte: Dados produzidos pelo Autor (2014)
Temos 42.661 horas homem trabalhadas perdidas de pedreiro e retiramos esse mesmo valor
dos 72.317 horas homem trabalhadas perdidas de servente, para realizarmos 42.661 metros
quadrados de alvenaria que repercutira de forma decisiva no cronograma da obra, no
histograma e em custos tais como:
Analisando um prédio de 20 andares com aproximadamente 140 metros de perímetro e 3
metros de pé direito por pavimento teríamos 8.400m² de alvenaria para o fechamento de todas
as fachadas. Conforme a composição de custo a execução de um metro quadrado é feito em
uma hora por um pedreiro e um servente, trabalhando 8 horas por dia teríamos a execução de
oito metros quadrados, sendo assim, uma equipe de vinte pedreiros e vinte serventes deve
executar aproximadamente em 53 dias, os 8.400 m², como temos 42.661 m² com cinco
equipes de 20 pedreiros e 20 serventes ( quatrocentos colaboradores) faríamos a fachada de
cinco prédios em 53 dias. Do nosso exemplo podemos constatar que o Vtotal (R$) = 42.661x
23,13 =R$ 986.748,93 no ano sem ser faturado e pagando normalmente aos colaboradores
seus vencimentos mais encargos sociais conforme abaixo:
Vtotal (R$)= MDO+ENCARG.SOCIAIS x Homem Hora Trabalhada Perdida = 2,61(hora
pedreiro)+1,95(hora servente) +5,56(encargos)x 42.661=R$ 431.179,32
As horas perdidas totais são de 174.343:44:00 com este quantitativo de horas poderíamos
executar 20 fachadas de prédios com mesmo perímetro e pé direito, em 53 dias, com uma
equipe de 20 pedreiros e 20 serventes por prédio.
Isto posto, o Vt = 174.343 m² x 23,13= R$ 4.032.553,59 (Quatro milhões trinta e dois mil,
quinhentos e cinqüenta e três reais) deixados de ser executados no ano, devido ao ciclo de
atendimento em ambulatório, acidentes e absenteísmo.
6.Conclusão
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A pesquisa teve como objetivo identificar e medir os custos com perdas nas atividades
produtivas levando em consideração dois indicadores de desempenho associados, o primeiro
através de análise estatística da amostra, observando a utilização, o desempenho e a
qualidade nos processos produtivos, considerando as perdas diretas e indiretas e o segundo
através do indicador chamado de índice de acidentes (IA) que monitora o ciclo de
atendimento do ambulatório e o absenteísmo.
A conclusão de Iamara (2001) é extremamente pertinente quando estabelece em sua
dissertação que o fenômeno das perdas não é apenas relacionado aos materiais mas, também,
às operações. Conclui-se que se deve trabalhar, inicialmente, com as definições básicas de
transportes, inspeções, manuseios de estoque, esperas, setup, folgas e das operações
improdutivas, como também com ciclos de atendimento de ambulatório e absenteísmo que
são dados não levados em consideração pelos autores, mas onde as perdas que se avolumam,
principalmente nos grandes canteiros com uma força produtiva considerável.
Nestes tempos onde a melhoria contínua estimula as empresas a avaliarem constantemente
seus processos, toda iniciativa que vise qualificar e quantificar perdas é bem-vinda.
As metodologias até hoje existentes tem sua aplicação prática muito restrita pela necessidade
de uma enorme mobilização de pessoal, envolvimento de conceitos, teorias de difícil
realização e um tempo grande de observações e interrupções constantes no andamento da
obra.
Esta metodologia apresenta como grande vantagem e facilidade de aplicação podendo ser
realizada em dois ou três dias de visita em obra. Nesse período já se torna possível obter os
primeiros resultados referentes as perdas. E em caso da necessidade de resultados mais
detalhados e precisos, sua utilização pode se tornar contínua, para qualquer espaço de tempo,
sem que haja necessidade de adaptações ou enquadramentos ao novo período.
O emprego de parâmetros estimados na mensuração dos diversos tipos de perdas, estabelece
uma metodologia vulnerável a questionamentos quanto a precisão dos resultados. Com isso,
busca-se sua incessante aplicação prática, objetivando resultados que possam servir de
feedback trazendo assim significativas contribuições, no sentido de minimizar seus defeitos e
enfatizar outras vantagens.
Além de todas as interferências na execução dos serviços, uma obra que apresenta indicadores
fortes com acidentes típicos, doenças ocupacionais e absenteísmo demonstra uma baixa
qualidade da mão de obra, do desempenho no processo produtivo da construção e de sua
liderança, é outro ponto forte das observação dos valores com o método.
Outra constatação importante foi a possibilidade de se analisar e comprovar que as perdas nas
operações foram representativas sendo importantíssimo a inclusão em qualquer sistema de
gerenciamento de custos, pois este é sem dúvida um custo representativo.
8-Referências
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de orçamentos de construção para incorporação de edifício em condomínio: NBR 12721. Rio
de Janeiro, 1992.
FRUET, G.M. & FORMOSO, C.T. Diagnóstico das dificuldades enfrentadas por gerentes
técnicos de empresas de construção civil de pequeno porte. In: SEMINÁRIO IAMARA
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2001, Dissertação de Mestrado
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controle. Porto Alegre, UFRGS, Curso de Pós-graduação em Engenharia Civil, 1993.
Dissertação de mestrado