análise da obra: as meninas de diego velásquez
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Análise de pintura barroca do artista espanhol, Diego Veásquez. Obras: As MeninasTRANSCRIPT
ETESED
História da Arte I
Profª Márcia Siqueira
AS MENINAS: DIEGO VELÁSQUEZ
As Meninas Diego Velásquez
Este quadro foi pintado por Velásquez
durante sua fase chamada "La Familia",
onde o artista representava cenas do
cotidiano.
Na cena, a infanta Margarida Teresa de
Habsburgo, filha de Filipe IV da
Áustria, encontra-se cercada por sua
pequena corte de damas e empregados.
Não é um quadro estático, mas uma cena
em movimento,
Óleo sobre tela: 3,18 x 2,76 mts.Pintura
Espanhola (Século XVII) Diego Velásquez
La Familia de Felipe IV" ou "Las Meninas“
Onde estão os reis?
Onde? Refletidos no espelho
Espelho
Outro elemento misterioso de "As Meninas",
essa moldura parece ser a de um espelho
que reflete o casal real, que estaria de frente
para o pintor, ou seja, estão no mesmo ponto
de onde os observadores enxergam a pintura
e estariam posando para Velázquez. Outra
hipótese é que esse não seria um espelho,
mas uma outra pintura na parede. Essa idéia
é reforçada pela convicção de que, se o
artista realmente estivesse pintando o casal,
ele não usaria uma tela tão grande.
Análise
A cena transcorre dentro de uma estância do Alcázar de Madri, decorada com uma série de quadros.
Os personagens se agrupam em um primeiro plano juntamente com a figura principal, a infanta Margarita, que ocupa a parte central do grupo;
ao seu lado, Isabel Velasco e Agustina Sarmiento, as dama de companhia
junto a esta última os irmãos
María Bárbola e Nicolás Pertusato perto de um mastím que descansa com os olhos cerrados.
Meninas
As damas de honra estão entre a Infanta
Margarida, as três são as meninas que
dão nome à obra. As empregadas D.
Isabel de Velasco e D. María Sarmiento,
identificadas pelo prof. José Lopéz-Rey,
são retratadas em uma posição de
servidão, como se estivessem
aguardando ordens. A dama da esquerda
oferece à menina um jarro vermelho.
Bufões
Bufões: Aqui estão retratadas figuras
populares nas cortes européias: os anões,
que junto com os palhaços entretinham a
nobreza. Velázquez pintou a anã Mari-
Bárbola, a mais popular da corte de
Felipe 4º, e o anão Nicolás de Pertusato,
que brinca com o cachorro. A anã usa um
vestido escuro e simples e possui traços
grosseiros, contrastando com a
delicadeza e beleza da Infanta
Margarida.
Cachorro
É um mastim e descansa com os olhos cerrados.
Presença religiosa
Há duas interpretações para as
figuras postadas atrás das meninas
que estão no primeiro plano. Alguns
estudiosos acreditam que sejam uma
freira e um padre, e sua presença
representaria o poder da Igreja na
Espanha, que na época era o país
mais católico da Europa. Outros
acreditam que se trata de D.
Marcela de Ulloa e um homem não
identificado, acompanhante e
escudeiro das damas de honra,
respectivamente.
Velázquez se auto-retratou
Velásquez frente ao grande cavalete (à esquerda)
simula copiar o casal de soberanos.
Em "As Meninas". O artista assume uma posição de concentração e está muito bem vestido, atitude condizente com seu prestígio, já que poucas pessoas tinham uma convivência tão íntima com a família real.
O artista tinha 57 anos quando pintou esse quadro, mas representa-se sem rugas, cabelos brancos ou outros sinais que poderiam indicar sua idade;
É o último e mais belo de todos os seus auto-retratos.
Condecoração
Velázquez usa uma condecoração
real, a cruz da Ordem de São
Tiago, mas esse símbolo só foi acrescentado na pintura
em 1660, após a morte do pintor
e quatro anos depois da finalização
da obra.
A mudança foi ordenada pelo rei
Felipe IV.
O pintor recebeu a condecoração a menos de um mês de sua morte.
Camareiro
Esse homem ao fundo foi identificado como José Nieto, Porteiro da Real Câmara, ou camareiro da rainha
e responsável pela administração da casa real.
Ele encontra-se de pé sobre os
degraus que conduzem à sala,
iluminado pela claridade que
entra pela porta
Quadros ao fundo
Na parede de trás da sala, podemos
ver alguns quadros. Entre eles há
uma versão de "Pallas e Arachne",
do pintor Rubens, uma grande
influência para Velázquez, e uma
reprodução de "O casal Arnolfini", de
Van Eyck. Essa sala era decorada
com 40 quadros, a maioria cópia de
obras de Rubens e outros pintores
flamengos. O restante era original,
pintado pelo artista Mazo.
Cenário
Essa é a sala principal dos aposentos ocupados pelo
príncipe Baltazar Carlos. Quando este morreu, em
1646, Velázquez foi autorizado a usá-la e lá instalou seu
ateliê e escritório. A austeridade da sala, evidenciada
pelo amplo teto sem ornamentos, além dos suportes de
candeeiros vazios e a ausência de móveis
provavelmente não correspondia à realidade, mas serve
para valorizar o grupo retratado.
A Luz e espaço
luz estaria entrando na sala pelo lado direito do quadro, onde há a representação de uma janela, e pela porta do fundo.
Observe ainda o jogo de luz e sombra que Velázquez faz com as tintas nessa parede lateral, criando uma ilusão de profundidade.
Segundo o prof. José Lopéz-Rey, um dos maiores estudiosos de Velázquez do mundo, a luz é trabalhada em focos.
São três principais: a infanta Margarida, o pintor e o casal real ao fundo.
A profundidade ainda é acentuada pelas molduras na parede da direita, pela armação da tela à esquerda e pelos dois suportes de candeeiros vazios no teto.
Referências
http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,EC
T816452-3434-1,00.html
http://www.sabercultural.com/template/obrasCele
bres/AsMeninas.html
Novembro/2012