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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA – UNIARA
PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E
MEIO AMBIENTE
ANÁLISE DA PRÁTICA DE UTILIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA DO PROINFO,
COM ENFASE NA QUESTÃO AMBIENTAL, NA ESCOLA PÚBLICA: E.E. CAPITÃO JOEL MIRANDA
(SANTA ERNESTINA/SP)
MARCOS ROGÉRIO DA CUNHA
ARARAQUARA - SP
2008
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA – UNIARA
PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E
MEIO AMBIENTE
ANÁLISE DA PRÁTICA DE UTILIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA DO PROINFO,
COM ENFASE NA QUESTÃO AMBIENTAL, NA ESCOLA PÚBLICA: E.E. CAPITÃO JOEL MIRANDA
(SANTA ERNESTINA/SP)
MARCOS ROGÉRIO DA CUNHA
Orientador: Prof. Dr. Denilson Teixeira
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação – Mestrado em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente – Centro
Universitário de Araraquara – UNIARA para
obtenção do título de Mestre.
ARARAQUARA-SP 2008
A LEONEL JOSÉ DA CUNHA, meu pai, por me mostrar que na vida se vence com trabalho e honestidade. A JACYRA OLIANI DA CUNHA, minha mãe, por sempre me dar o apoio e o incentivo necessários. A DJENANE SICHIERI WAGNER CUNHA, minha esposa, pela cooperação e compreensão. A LUNA WAGNER CUNHA, minha filha e IAN WAGNER CUNHA, meu filho, que fazem com que os meus dias sejam cada vez melhores. Ao Professor Doutor LUIS ROBERTO WAGNER, pelas contribuições a nesse trabalho e estímulo constante.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por possibilitar meus estudos e a realização deste
trabalho.
A minha esposa Djenane, por estar sempre me aconselhando e incentivando para
que essa dissertação fosse concluída.
Aos meus filhos e meus pais pelo amor e carinho.
A todos os professores, em especial ao Professor Doutor Denilson Teixeira, pela
capacidade e dedicação para me orientar durante este trabalho.
Aos Assistentes Técnicos Pedagógicos do NRTE da Diretoria de Ensino, pela
enriquecedora contribuição a este trabalho.
À Direção e professores da EE Capitão Joel Miranda, na pessoa de seu diretor,
Carlos Benedito Gabriel, pela autorização para a realização da pesquisa de campo
no ambiente escolar.
SUMÁRIO
RESUMO .................................................................................................12
1 INTRODUÇÃO......................................................................................14
2 OBJETIVOS .........................................................................................17
2.1 Objetivo Geral .........................................................................................17
2.2 Objetivos Específicos.............................................................................17
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...............................................................18
3.1 Educação e Aprendizagem ....................................................................18
3.2 Informática na Educação .......................................................................20
3.3 As Novas Tecnologias e a Educação....................................................28
3.4 Aspectos Históricos da Questão Ambiental ........................................33
3.5 As Questões Ambientais no Ensino Formal.........................................38
4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO....................................45
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................49
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...........................................................51
6.1 Capacitação de professores para utilização dos laboratórios de informática ...............................................................................................................51
6.2 Inventário de softwares disponíveis para os professores ..................53
6.3 Análise da prática de utilização dos laboratórios de informática ......70
7 CONCLUSÕES.....................................................................................95
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................98
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................99
6
APÊNDICES ..........................................................................................108
APÊNDICES 01 .....................................................................................109
APÊNDICES 02 .....................................................................................111
APÊNDICES 03 .....................................................................................113
APÊNDICES 04 .....................................................................................118
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Foto panorâmica da cidade de Santa Ernestina...................................
Figura 2 – Foto da frente da Escola Estadual Capitão Joel Miranda....................
Figura 3 – Foto da sala de informática da Escola Estadual Capitão Joel Miranda
Figura 4 – Número de professores capacitados na Diretoria Regional de Ensino
de Taquaritinga – SP .............................................................................................
Figura 5 – Tela inicial do software - Os Caminhos e Descaminhos da
Globalização ..........................................................................................................
Figura 6 – Tela do menu principal – Os Caminhos e Descaminhos da
Globalização ..........................................................................................................
Figura 7 – Tela da opção Tecnologia – Os Caminhos e Descaminhos da
Globalização ..........................................................................................................
Figura 8 – Revolução Produtiva e geração de Empregos – Os Caminhos e
Descaminhos da Globalização ..............................................................................
Figura 9 – A Teoria dos Grandes Ciclos – Os Caminhos e Descaminhos da
Globalização ..........................................................................................................
Figura 10 – Enfraquecimento dos Sindicatos – Os Caminhos e Descaminhos da
Globalização ..........................................................................................................
Figura 11 – Banco de Dados – Os Caminhos e Descaminhos da Globalização
Figura 12 – Tela de Opção Meio Ambiente – Os Caminhos e Descaminhos da
Globalização ..........................................................................................................
Figura 13 – Janela de Trabalho – Ecologia Populacional .....................................
Figura 14 – Janela de Trabalho – Ecologia Populacional .....................................
Figura 15 – Situação funcional do professor .........................................................
Figura 16 – Formação profissional do professor ...................................................
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Figura 17 – Professores com pós-graduação .......................................................
Figura 18 – Tempo de magistério dos professores entrevistados .........................
Figura 19 – Número de professores em cada disciplina .......................................
Figura 20 – Quantidade de professores participantes em capacitações de
informática .............................................................................................................
Figura 21 – Ano de conclusão de curso de informática ........................................
Figura 22 – Quais os motivos levaram os professores a buscarem capacitação
em informática .......................................................................................................
Figura 23 – Tempo de utilização da sala de informática pelos professores ..........
Figura 24 – Finalidade do uso da sala de informática pelos professores .............
Figura 25 – Desenvolvimento de atividades com alunos, sem projetos na sala
de informática ........................................................................................................
Figura 26 – Motivo da não utilização do laboratório de informática ......................
Figura 27 – Projetos realizados pelos professores antes da chegada dos
computadores na escola .......................................................................................
Figura 28 – Projetos realizados pelos professores após a chegada dos
computadores na escola .......................................................................................
Figura 29 – Motivos que levaram o professor a não desenvolver projetos na
sala de informática ................................................................................................
Figura 30 – Quantidade de professores avaliados que utilizam os softwares de
Meio Ambiente .......................................................................................................
Figura 31 – Quantidade de professores avaliados quanto ao incentivo na
utilização de softwares ..........................................................................................
Figura 32 – Quantidade de professores avaliados que encontram vantagens na
utilização da sala de informática ...........................................................................
Figura 33 – Identificação de melhora do aluno após a utilização do laboratório
de informática ........................................................................................................
Figura 34 – Recursos tecnológicos que poderiam ser utilizados pelos
professores em sala de aula .................................................................................
Figura 35 – Alternativas tecnológicas para facilitar o ensino-aprendizagem ........
Figura 36 – Alternativas para avaliar o aluno através da tecnologia .....................
Figura 37 – Meios que possibilitem os professores adquirir habilidades para
utilizar as ferramentas tecnológicas ......................................................................
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Figura 38 – Habilidades adquiridas pelos alunos quando o professor utiliza a
tecnologia ..............................................................................................................
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Disciplina de História ..........................................................................
Quadro 2 – Disciplina de Matemática ....................................................................
Quadro 3 – Disciplina Interdisciplinar ....................................................................
Quadro 4 – Disciplina de Geografia ......................................................................
Quadro 5 – Disciplina de Ciências/Físicas ............................................................
Quadro 6 – Disciplina de Ciências/Biológicas .......................................................
Quadro 7 – Disciplina de Inglês .............................................................................
Quadro 8 – Disciplina de Língua Portuguesa ........................................................
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LISTA DE SIGLAS
BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento
CAI –Computer-Assisted Instruction
Caie – Comitê Assessor de Informática para Educação
CAL – Computer-Assisted Learning
CE/IE – Comissão Especial De Informática Na Educação
CIEs – Centros de Informática Educacional
CNPq -Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
CSN – Conselho De Segurança Nacional
EDUCOM – Educação Com Computadores
MEC – Ministério da Educação e Cultura
NRTE – Núcleo de Tecnologia Educacional
OIT – Organização Internacional do Trabalho
PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais
PIEA – Photo Imaging Education Association
PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
PROINFO – Programa Nacional de Informática Na Educação
PRONEA –Programa Nacional de Educação Ambiental
SEED – Secretaria de Estado da Educação a Distância
SEI – Secretaria Especial De Informática
Seps – Secretaria de Ensino do 1º e 2º grau
UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Ciência e a Cultura
RESUMO
O Governo do Estado de São Paulo, com o intuito de facilitar o cotidiano dos professores da rede pública, montou laboratórios com computadores e softwares para uma melhor integração e aprendizado dos alunos nas escolas do Ensino Fundamental e Médio. Assim, a introdução da informática nas escolas públicas e sua utilização como ferramenta de ensino pressupõe novas perspectivas de trabalho para os professores. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo geral analisar a prática de utilização dos laboratórios de informática do Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO), na escola pública E.E. Capitão Joel Miranda (Santa Ernestina/SP). Para tanto, realizaram-se procedimentos metodológicos complementares. O levantamento do número de professores capacitados para trabalhar com softwares em escolas públicas foi realizado através de entrevista com a responsável pelo Núcleo de Tecnologia Educacional (NRTE). Para inventariar os programas disponíveis, consultaram-se na Oficina Pedagógica, no núcleo de informática da Diretoria Regional de Ensino, os softwares disponibilizados pelo Governo do Estado de São Paulo. Na escola, foi realizada uma pesquisa com os Coordenadores Pedagógicos. Para pesquisa de campo, foi utilizado um pré-teste do questionário aplicado para os professores. Depois de analisado o pré-teste, foi entregue aos mesmos professores um questionário definitivo baseado em diferentes autores. A metodologia foi aplicada, verificando-se os resultados das capacitações desenvolvidas pelo Núcleo de Tecnologia Educacional da Diretoria Regional de Ensino de Taquaritinga-SP e a prática de professores com o uso do computador na escola selecionada. Os resultados indicam que as salas de informática apresentam equipamentos desatualizados e estão subdimensionadas, embora os softwares disponíveis sejam adequados. Os cursos de capacitação tem sido oferecidos freqüentemente, entretanto as principais dificuldades dos professores para a utilização da informática, como receio de lidar com o computador e tempo disponível, não vem sendo considerados no processo de capacitação. Ao mesmo tempo grande parte dos professores entrevistados acreditam que a informática pode ajudar no processo de ensino-aprendizagem E finalmente a utilização da questão ambiental como tema transversal continua como uma questão teórica distante de uma prática pedagógica. Palavras-chave: Informática no Ensino, Professores e Educação Ambiental
ABSTRACT The Government of the State of São Paulo in order to facilitate the daily life of teachers from the public schools, set up laboratories with computers and software for better integration and learning of students in schools from elementary school and high school. Thus, the introduction of computers in public schools and its use as a tool of education requires new perspectives of work for teachers. In this context, this study aims to examine the general practice of using the computer labs of the National Program for Information Technology in Education (PROINFA) in a public school EE Captain Joel Miranda (Santa Ernestina / SP). For both, there were additional methodological procedures. The survey of the number of teachers trained to work with software in public schools was conducted through interviews with the Center for Educational Technology (NRTE). To take stock the available programs, examined in the pedagogical workshop, Center for Educational Technology of the Regional Board of Education, the software available by the Government of the State of São Paulo. At school, a search was performed with the Educational Coordinators. For field research, we used a pre-test of the questionnaire applied to teachers. After examining the pre-test, was handed a questionnaire to the same final teachers based on different authors. The methodology was applied, checking with the results of training developed by the Center for Educational Technology of the Regional Board of Education of SP-Taquaritinga and the practice of teachers with the use of computer in the selected school. The results indicate that the computers room present outdated and undersized equipment, but the software available are suitable. The training courses have been offered frequently, however the main difficulties for teachers to use computers, such as fear of dealing with computer and free time, has not been considered in the process of empowerment. At the same time most part of the teachers interviewed believe that the computer can help in the teaching-learning process and finally the use of the environmental issue as a transversal theme continues as a matter of a distant theoretical teaching.
Key Words: Informatics in Teaching, Teachers and Environmental Education.
1 INTRODUÇÃO
A produção de conhecimento que contribua para compreensão e
transformação da realidade é característica fundamental do processo de pesquisa
que por sua vez é a atividade que vai permitir, no âmbito da ciência, elaborar um
conhecimento, ou um conjunto de conhecimentos, que nos auxilie na compreensão
dessa realidade e nos oriente em nossas ações, gerando novas tecnologias
(PADUA, 2000).
Um passo importante no processo educacional é incorporar essas novas
tecnologias no cotidiano das escolas. O que significa lidar com a dificuldade de os
professores utilizarem os softwares existentes nas escolas, não só por motivos
técnicos, mas também pela falta de confiança para se fazer o trabalho na sala de
informática.
Cabe destacar que, nos países em desenvolvimento, além dos fatos citados,
existe uma dificuldade para se criarem novos sistemas educacionais, decorrentes de
motivos financeiros, situação funcional dos professores, falta de pessoal
especializado, além da burocracia para a compra de material (CYSNEIROS, 2008).
Desde o ano 2000, o governo do Estado de São Paulo vem investindo em
cursos de capacitação para que os professores consigam passar aos alunos o
conteúdo de suas matérias de forma mais informal possível, destacando-se, dessa
maneira, a inserção dos computadores nas escolas com o intuito de promover uma
mudança na educação e na forma de aprendizado dos alunos (ALMEIDA, 2006).
Entretanto, a chegada dos computadores nas escolas públicas não garante
um ensino de melhor qualidade. O professor deverá participar de forma ativa e
criteriosa, pois sua participação é de suma importância para o aprendizado do aluno.
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Carrão, et al. (2008) ressaltam que, como a necessidade de reconstrução da
escola pode ser vislumbrada com base no planejamento acurado da inserção dos
computadores em sala de aula, a informática já pode receber o mérito de contribuir,
o mínimo que seja, com o desenvolvimento da cidadania apesar do referido
vislumbre ser possível independentemente da chegada dos recursos tecnológicos na
educação. Em relação especificamente ao Brasil, que após décadas vem tentando
extinguir o analfabetismo no país, governo após governo, aumenta no século XXI
uma nova “categoria” de cidadãos excluídos – os analfabetos digitais.
Dentre as diferentes temáticas tratadas nas escolas, a questão ambiental
ganha importância, dada sua abordagem multidisciplinar com ênfase na educação
ambiental. De acordo com os PCNs, a educação ambiental deve ser tratada como
um tema transversal, significando que deve estar presente em todas as disciplinas
de todas as séries do ensino básico, sendo desaconselhado que o seu conteúdo
seja sistematizado, vindo a constituir, assim, uma disciplina.
O Governo do Estado de São Paulo, com o intuito de facilitar o cotidiano dos
professores da rede pública, montou laboratórios com computadores e softwares
para uma melhor integração e aprendizado dos alunos nas escolas do Ensino
Fundamental e Médio. Assim, a introdução da informática nas escolas públicas e
sua utilização como ferramenta de ensino pressupõem novas perspectivas de
trabalho para os professores. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo
geral analisar a prática de utilização dos laboratórios de informática do PROINFO na
escola pública E.E. Capitão Joel Miranda (Santa Ernestina-SP). Para tanto,
realizaram-se procedimentos metodológicos complementares. O levantamento do
número de professores capacitados para trabalhar com softwares em escolas
públicas foi realizado através de entrevista com a responsável pelo Núcleo de
Tecnologia Educacional (NRTE) da Diretoria Regional de Ensino de Taquaritinga. Para inventariar os programas disponíveis, consultaram-se na Oficina Pedagógica,
no núcleo de informática da Diretoria Regional de Ensino, os softwares
disponibilizados pelo Governo do Estado de São Paulo. Na escola, realizou-se uma
pesquisa com os Coordenadores Pedagógicos. Para pesquisa de campo, utilizou-se
um pré-teste do questionário aplicado para os professores. Depois de analisado o
pré-teste, entregou-se aos mesmos professores um questionário definitivo baseado
em diferentes autores.
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Dessa maneira, o uso de software deve levar em consideração, além da
transmissão e da formação de uma consciência crítica, atingir uma atitude prática
educativa que leve os professores, efetivamente, a atuarem de modo adequado com
vistas a transformar a percepção dos alunos.
Com o surgimento da informática, realizaram-se vários cursos em relação a
softwares e, com o passar dos anos, observou-se que, na realidade, apesar de
existirem os computadores nas escolas há, ainda, bastantes dificuldades para a
utilização desses equipamentos.
E na escola pública, as dificuldades encontradas pelos professores ainda são
maiores. O entendimento dessas dificuldades pode contribuir significativamente com
a prática profissional no uso adequado desse novo e excelente recurso.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
A introdução da informática nas escolas públicas e sua utilização como
ferramenta de ensino pressupõe novas perspectivas de trabalho para os
professores. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo geral analisar a
prática de utilização dos laboratórios de informática do PROINFO, com ênfase a
questão ambiental, na escola pública E.E. Capitão Joel Miranda (Santa Ernestina-
SP).
2.2 Objetivos Específicos
A partir dessas considerações, elegeram-se como objetivos específicos do
trabalho para um melhor entendimento dessas práticas as seguintes etapas:
inventariar os softwares disponíveis para os professores;
avaliar o funcionamento dos laboratórios e a utilização dos mesmos pelos
professores;
fazer um levantamento dos projetos educativos e atividades desenvolvidas no
laboratório de informática;
analisar o uso de softwares relacionados a questão ambiental pelos
professores;
analisar aspectos qualitativos e quantitativos sobre a capacitação de
professores para a utilização da sala de informática;
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 Educação e Aprendizagem
A aprendizagem diferencia-se pela influência mútua entre o conhecimento
prévio e o novo conhecimento, quando se pode afirmar que o novo conhecimento
adquire significados para o aluno e o conhecimento prévio adquire um conteúdo
mais bem elaborado, conseguindo mais estabilidade (MOREIRA, 1999).
Diferentes conceitos e abordagens podem ser encontrados sobre o tema
educação (Piaget (1998); Saviani (2000)). No presente trabalho, serão utilizadas as
abordagens descritas em Mizukami (1986). A autora distingue cinco grupos de
abordagens: a tradicional, a comportamentalista, a humana, a cognitiva e a sócio-
cultural, as quais serão descritas a seguir.
A abordagem tradicional é a prática educativa que persiste no tempo, e que
passou a fornecer um quadro de referência para todas as demais abordagens. Na
abordagem tradicional, a educação é considerada como instrução, baseada na
transmissão de conhecimentos de uma geração para outra, tarefa essa de
responsabilidade da escola. Segundo Snyders (1974), o ensino tradicional é o que
leva o aluno a conhecer grandes obras, desenvolvimentos de raciocínios ordenados
de forma clara e objetiva. Para Mizukami (1986), na abordagem tradicional, é na
escola onde a educação se dá através de transmissão de informações, funcionando
como uma agência sistematizadora de uma cultura complexa. A escola, por outro
lado, deve ser flexível, pois deve estar sujeita a mudanças em vários setores ou
instituições. Podemos afirmar, portanto, que na abordagem tradicional o aprendizado
incide na reprodução, memorização e repetição, cabendo ao professor instruir,
ensinar, transmitir e dirigir e, ao aluno, a competência de ouvir e memorizar os
ensinamentos.
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Na abordagem comportamentalista, no ensino-aprendizagem o esquema
básico consiste em estímulo-resposta, não sendo considerados relevantes os
“estados internos” do indivíduo, pois o comportamento é função das variáveis
externas. (Mizukami, 1986). Dessa maneira, o indivíduo será capaz de estruturar as
contingências de seu próprio comportamento, levando às consequências que
deseja, quanto maior o controle, maior a responsabilidade. Ainda segundo a autora,
os condicionamentos que se desejam dos alunos serão constituídos por condicionais
e reforçadores ocasionais, como notas, elogios, prêmios, reconhecimento de
professores e dos próprios colegas os quais, por outro lado, estão ligados a outra
forma de reforçadores mais distantes como a aprovação no final do curso, melhora
na condição social, prestígio na profissão, melhora na condição monetária.
Na abordagem humanista, a educação está centrada no aluno, democrática
busca a auto-realizarão do discente, visando à sua autonomia; dessa forma, a
educação tem como meta principal o aprendizado do aluno, então ela facilita esse
aprendizado criando condições para que isso ocorra. Segundo Rogers (1961), nesta
abordagem, o ser humano é visto como um ser com liberdade, iniciativa, interesse,
autonomia nas suas avaliações em relação ao mundo. Segundo Mizukami (1986) a
finalidade é a auto-realização do sujeito, mediante a utilização de toda a sua
capacidade e potencialidade. Por conseguinte, procura-se criar em sala de aula um
clima que seja favorável ao aprendizado e proporcione aos alunos a liberdade para
aprender. Nessa abordagem, o professor tem a função de facilitador de
aprendizagem, e o aluno é o responsável pela própria aprendizagem.
Para Mizukami (1986), o termo cognitivista está relacionado aos psicólogos
que investigam os denominados processos centrais do indivíduo, dificilmente
observáveis. Como exemplo, podemos citar a organização do conhecimento ou
estilo cognitivo, comportamentos relativos à tomada de decisões. No processo
educacional, o importante papel é o de provocar situações-problema, em que o
aluno possa, de acordo com sua capacidade, resolver esses problemas
progressivamente, ao mesmo tempo em que a criança vive intensamente cada etapa
de seu desenvolvimento. Na abordagem cognitivista, segundo Piaget (1974), o
conhecimento é visto como construção contínua, pois conhecer significa ação e
transformação do objeto pelo sujeito. O objetivo da educação, portanto, é que o
aluno aprenda, por si próprio, a desenvolver essa situação mesmo que utilize modos
20
variados para a realização dessas atividades. Vygotsky (1984) destaca a abordagem
cognitivista como sendo a influência mútua entre os fatores biológicos e sociais para
que o aprendizado se desenvolva, mostrando que o homem e o mundo têm uma
relação mediada e indireta. Oliveira (1995) assegura que o processo de aprendizado
do indivíduo ocorre quando este adquire informações, valores, atitudes, quando ele
entra em contato com a realidade, o meio ambiente, as pessoas.
Nessa abordagem cognitiva, a educação não deve ser a transmissora de
informações, verdades, mas deve contribuir com o aluno para que busque maneira
de conseguir chegar à verdade através de seus esforços, aprendendo por si próprio.
Consoante diz a autora, “a aprendizagem verdadeira se dá no exercício operacional
da inteligência. Só se realiza quando o aluno elabora seu conhecimento. A
inteligência é o instrumento de aprendizagem mais necessário” (MIZUKAMI, 1986).
Segundo a mesma autora, uma das obras que mais se destaca no contexto
sócio-político-cultural, além de ser uma das mais difundidas, é a de Paulo Freire,
que visa a uma preocupação com a cultura popular. Segundo Freire (1975), a
educação verdadeira é problematizadora, pois ela não é como a “educação
bancária” ou “domesticadora”, quando se podem “depositar” nos alunos dados, fatos
e conhecimentos; essa educação conscientizadora ou problematizadora deve
envolver a capacidade de criticar e de refletir, possibilitando que o aluno tenha
consciência da realidade que está a sua volta.
A obrigação do educador, então, é a de desenvolver a capacidade crítica dos
alunos de forma a torná-los sujeito do processo, superando a relação de opressor-
-oprimido. O ensino e aprendizagem assumem um significado amplo, tal qual o que
é dado à educação.
Para Valente (1998), as mudanças que ocorrem em todos os sistemas de
produção, serviço e até sociais, fazem com que o sujeito seja uma pessoa crítica e
que possa adaptar-se às mudanças que ocorrem na sociedade como um todo, e
essas mudanças são necessárias, pois fazem com que o sujeito torne-se mais crítico
e capaz de resolver os problemas que surgem em seu cotidiano.
3.2 Informática na Educação
Os computadores chegaram à Educação graças às mudanças tecnológicas
que ocorreram nas últimas três décadas. Essas mudanças trouxeram
21
transformações tanto na parte de produção, como também cultural. Tais mudanças
fizeram com que cada vez mais as indústrias, bancos, hospitais acompanhassem
esse crescimento tendo como base a informática.
Assim, não tardou para que a era da informática chegasse à escola e
assumisse um papel muito importante. Concomitantemente, as empresas estão
requisitando cada vez mais profissionais com formação em informática.
No Brasil, na década de 80, iniciaram-se atos propondo levar computadores
às escolas públicas, enquanto outros países que nos serviram de referência já
possuíam tal demanda desde os anos 70 (MORAES, 1993).
Apesar de não nos termos espelhado em todas as experiências que
ocorreram fora do nosso país, a prática nos demonstra que a decisão de colocar
computadores nas escolas públicas de Ensino Fundamental e Médio não partiu de
educadores, mas da vontade dos altos escalões do governo, os quais perceberam a
necessidade de colocar a escola em um caminho que se tornava cada vez mais forte
(VALENTE, 2003).
Num primeiro momento, foi criada a Comissão Especial de Educação, para
colher dados e informações, podendo assim subsidiar a criação de normas e
diretrizes para a área da informática na educação (FUNTEVÊ, 1985, apud
OLIVEIRA, 1997).
Em 1981, foi realizado o I Seminário Nacional de Informática, em Brasília,
promovido pela SEI (Secretaria Especial de Informática), pelo MEC e pela CNPq,
para discutirem a informática na educação, abrangendo agora profissionais da área.
Realizado em Salvador no ano de 1982, o II Seminário Nacional de
Informática Educativa teve como principal tema “O impacto do computador na
escola: subsídios para uma experiência piloto do uso do computador no processo
educacional brasileiro, em nível de 2º grau”. Esse seminário contou com a presença
de pesquisadores de várias áreas da educação, informática, psicologia e sociologia.
A partir desses seminários, surgiram alguns projetos como: Projeto Educom
(Educação com Computadores), criando, nesse momento, cinco centros-piloto
responsáveis pelo desenvolvimento de pesquisa e pela disseminação do uso de
computadores no processo de ensino-aprendizagem. As instituições escolhidas no
ano de 1983 pela CE/IE (Comissão Especial de Informática na Educação), foram a
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), a Universidade Federal de Minas
22
Gerais (UFMG), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), as quais são responsáveis pelo desenvolvimento da pesquisa e
disseminação de como seria o uso de computadores na educação. O Projeto
EDUCOM transformou-se na primeira atuação imediata e concreta para, dessa
forma, conseguir fazer com que os computadores chegassem às escolas públicas
brasileiras; foi definido pelo MEC como um experimento de natureza intersetorial de
caráter essencialmente educacional, pois cada entidade pública federal participa não
apenas custeando parte dos recursos estimados, mas também acompanhando o
seu planejamento, a sua execução e avaliação, de acordo com a sua vocação
institucional, conjugando esforços para garantia de maior impacto dos objetivos
pretendidos (FUNTEVÊ, 1985, apud OLIVEIRA, 1997).
Em 1983, foi criada a Comissão Especial de Informática na Educação (CE/IE),
que era ligada à SEI (Secretaria Especial de Informática), ao CSN ( Conselho de
Segurança Nacional) e à Presidência da República. A comissão formada deveria
desenvolver discussões e mostrar resultados de como fazer chegar os
computadores às escolas públicas brasileiras. De acordo com Oliveira (1997), existia
um questionamento sobre o vínculo entre a Secretaria Especial de Informática e o
Conselho de Segurança Nacional, temendo que essas ações estivessem em parte
com a ditadura militar.
Após a criação do Projeto EDUCOM, foi exigido pelos pesquisadores que
estavam de alguma forma envolvidos com o projeto de Informática Educativa junto
ao governo federal, uma posição, delineamento de uma política a ser seguida.
Dessa forma, foi criado em 1986, no domínio do MEC, o Comitê Assessor de
Informática para Educação de 1º e 2º graus (Caie), cabendo-lhe a função de
assessorar a Secretaria de Ensino do 1º e 2º graus (Seps) sobre a utilização de
computadores na educação básica, o qual passou a ser local de discussão e de
encaminhamento da Política Educacional de Informática na Educação.
Em 1986, durante as primeiras discussões envolvendo o Comitê, definiram-se
cinco ações prioritárias a serem desenvolvidas pelo MEC (2007), no que diz respeito
à parte de informática, que seriam:
Realização de concursos nacionais de softwares educacionais como
forma de estimular a produção nessa área;
23
Redação de um documento sobre a Política Nacional de Informática na
educação;
Implantação de Centros de Informática Educacional – CIEs para
atender, aproximadamente, a 100 mil usuários, com mil unidades de
máquina, em convênios com as Secretarias Estaduais e Municipais de
Educação;
Definição e organização de cursos de formação de professores dos
CIEs;
Avaliação e, se fosse o caso, reorientação do Projeto Educom.
Durante os anos de 1986 e 1987, essas cinco ações foram as principais
atividades desenvolvidas pelo MEC no campo da Informática Educativa.
O Programa de Ação Imediata em Informática na Educação elaborado pelo
Caie (Comitê Assessor de Informática na Educação) em 1987, teve, entre outros
objetivos, os de:
gerar subsídios que contribuíssem para o estabelecimento de uma
Política Nacional de Informática na Educação de 1º e 2º graus;
desenvolver uma infraestrutura de suporte junto às secretarias de
educação;
estimular e disseminar as aplicações da utilização da Informática
Educativa junto aos sistemas estaduais e municipais de ensino;
estimular a capacitação de recursos humanos para o trabalho com
Informática Educativa;
avaliar a validade racional e econômica da Informática Educativa, de
acordo com os objetivos da educação brasileira.
O Caie idealizou o Projeto Formar, em 1986, que propunha a formação de
professores e técnicos da rede pública estadual e municipal de ensino de todo o
país, para trabalhar com a Informática Educativa. Esses profissionais da educação
receberiam uma capacitação para que se desenvolvessem atividades de
implantação dos Centros de Informática Educativa e, logo após, esses mesmos
profissionais viessem a ser agentes catalisadores da Informática Educativa junto às
suas redes de ensino.
24
Através da criação dos Cies (Centro de Informática na Educação), em 1986,
iniciou-se um momento novo nas ações de levar os computadores para as escolas
públicas brasileiras, as quais começaram a ser implantadas no ano de 1988.
Até o ano de 1995, ou seja, em um período de quase dez anos, percebemos
um vazio, pois não havia surgido nenhum projeto novo, como ficou parada a
discussão e implementação sobre a Informática Educativa. A partir dessa data, foi
criado o Programa Nacional de Informática (Proinfo), cujo projeto visava à formação
de Núcleos de Tecnologias Educacionais (NTEs), em todo o país. Esses núcleos
deveriam ser compostos por professores que deveriam fazer uma capacitação de
pós-graduação referente à Informática Educacional, para depois fazerem o papel de
multiplicadores dessa política. Para que isso ocorresse, todos os estados receberam
computadores, de acordo com a população de alunos matriculados nas escolas com
mais de 150 alunos. Outro avanço importante do Proinfo foi um convênio junto à
Embratel e suas subsidiárias visando a abaixar as tarifas ou até isenção, para que
as escolas pudessem fazer pesquisas pela Internet.
No Estado de São Paulo, o governo paulista criou o projeto Escola de Cara
Nova na Era da Informática, que tinha como objetivos: dar maior apoio didático-
-pedagógico; enriquecer o ensino-aprendizagem; escolas mais interessantes para os
alunos; promover a integração das Escolas através da Internet.
O Governo do Estado de São Paulo, com o intuito de facilitar o trabalho
cotidiano dos professores da rede pública, montou laboratórios com computadores e
softwares para uma melhor integração e o aprendizado dos alunos nas escolas do
Ensino Fundamental e Ensino Médio.
A Secretaria de Estado de Educação mostrou as vantagens da informatização
nas escolas; entre os principais resultados destacam-se:
o computador enriquece as práticas pedagógicas; e
os professores poderão complementar o ensino desenvolvido nas salas
de aula com a ajuda de softwares de História, Geografia, Biologia,
Ciências e Línguas, disponíveis nos laboratórios de informática.
As oficinas Pedagógicas das Diretorias de Ensino foram os centros de difusão
e capacitação das novas tecnologias, assessorando as escolas no desenvolvimento
de projetos de informática educacional.
25
A implantação dos computadores nas escolas públicas foi feita de acordo com
alguns critérios definidos pelo Governo como, por exemplo, escolas reorganizadas
de 5ª a 8ª séries com ou sem Ensino Médio; escolas com mais de 500 alunos e
principalmente escolas que dispunham de espaço físico.
Internet na Educação foi mais um projeto criado pela Secretaria de Educação
do Estado de São Paulo, que tinha por objetivo facilitar as pesquisas a todas as
informações já existentes nesse meio, criando assim um caminho para que a
comunicação entre as escolas estaduais fosse efetiva, desde o gabinete da
Secretaria de Estado da Educação até as unidades escolares.
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação (2008), os alunos seriam
os maiores beneficiários, pois teriam como se comunicar com o “mundo” através da
utilização da Internet para pesquisa e, dessa forma, o computador faria o papel de
facilitador que a Internet proporciona, no dia-a-dia, na formação e atualização dos
professores (SÃO PAULO, 2008).
No próprio site da Secretaria de Estado de Educação, são apresentados os
benefícios: incentivo a pesquisas; modernização do processo ensino-aprendizagem;
facilidade de intercâmbio de informações; participação em projetos interescolares;
divulgação de projetos pedagógicos; conexão com o mundo; novos contatos, novos
amigos; interligação de toda a Secretaria da Educação, via correio-eletrônico (e-
mail); maior agilidade e precisão na troca de informações; redução do fluxo de
papéis, evitando perdas e extravios; acesso a dados sobre projetos, ações e
atividades da Secretaria; matrícula informatizada e agilidade no atendimento à
população (SÃO PAULO, 2008).
A partir de 1997, foi criado o Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE), onde
existe uma estrutura de informática e comunicação, e fazem parte desse sistema
educadores e especialistas em tecnologia de software e hardware. Esses
profissionais são capacitados pelo Proinfo, a fim de que possam dar apoio às
escolas em todas as fases do processo das novas tecnologias, desde o início de sua
implantação.
Podemos afirmar, então, que o NTE é o parceiro mais próximo da escola no
processo de inclusão digital, oferecendo orientação aos diretores, professores e
alunos quanto ao uso e à aplicação de novas tecnologias, e também oferecendo
cursos aos alunos para que eles façam a manutenção dos equipamentos.
26
Esses núcleos fazem a capacitação dos professores, haja vista que os
agentes multiplicadores têm disponível toda uma estrutura necessária para qualificar
os educadores a fim de utilizar a máquina no processo de ensino-aprendizado do
aluno.
Localizando-se em todas as unidades da Federação, cada Núcleo atende a
escolas situadas em uma mesma região.
O número de escolas a serem atendidas, bem como o número de NTE em
cada Estado é estabelecido de maneira proporcional ao número de alunos e escolas
de cada rede de ensino público estadual.
O resultado obtido a partir dessa iniciativa tem-se apresentado de diferentes
formas nas escolas. Enquanto em algumas escolas foi incluída no currículo escolar a
disciplina de Informática, em outras, o uso do computador ficou a critério do
professor responsável pela disciplina. Um exemplo disso é uma escola da Diretoria
de Ensino de Taquaritinga, onde os professores levam seus alunos para a sala de
informática pelo menos em uma de suas aulas, enquanto que, em outras escolas, os
professores não levam seus alunos para a sala de Informática, ou por terem receio
de que não irão saber como utilizar a ferramenta (mesmo depois de terem
participado pelo menos de uma capacitação do NTE), ou com medo de que os
alunos “quebrem os computadores”.
Todas as informações constituem sinais pelos quais percebemos o quanto a
sociedade mudou nos últimos anos.
O desenvolvimento de fontes de informação alternativas, basicamente dos
meios de comunicação de massa, obriga o professor a alterar o seu papel de
transmissor de conhecimentos. Cada dia se torna mais necessário integrar na aula
esses meios de comunicação, aproveitando a sua enorme força de penetração. O
professor que pretenda manter-se no antigo papel “fonte única” de transmissão oral
de conhecimento perde a batalha. O professor deve reconverter sua ação de modo a
facilitar a aprendizagem e a orientação do trabalho do aluno (ESTEVE, 1995).
O computador é um instrumento poderoso para um estudante, pois oferece
uma série de possibilidades, por exemplo, na construção de gráficos, nos
experimentos virtuais que o aluno pode fazer através de softwares de Ciências,
Biologia sem a manipulação de produtos tóxicos, aprendem a criar espaços de
comunicação e aprendizagem. O Programa Nacional de Informática na Educação é
27
desenvolvido em parceria com os governos de estado e de alguns municípios; seu
principal objetivo é a introdução das Novas Tecnologias de Informação e
Comunicação na escola pública, como ferramenta de apoio ao processo de ensino-
-aprendizagem, portanto um programa de educação (MEC, 2007).
O "programa de educação" aqui indicado se reduz ao "processo de ensino-
-aprendizagem"; seu principal objetivo, como esteio da SEED (Secretaria de Estado
da Educação a Distância),, consiste em "levar para toda a escola pública toda a
contribuição que os métodos, técnicas e tecnologias de educação a distância podem
prestar à construção de um novo paradigma para a educação brasileira". Quanto à
preparação dos recursos humanos, os agentes para a instituição do novo paradigma
são os professores multiplicadores, especialistas que formariam os professores
cursistas nas próprias escolas. Por sua vez, os professores multiplicadores seriam
formados em cursos de pós-graduação lato sensu "ministrados por universidades
brasileiras (públicas ou privadas, escolhidas em função da excelência na área do
uso de tecnologia na educação)".
A SEED organiza-se, buscando estruturar um campo de formação de
professores em exercício de forma centralizada, ainda que se apresente de forma
descentralizada, produzindo uma aparência na qual as secretarias estaduais e
municipais, bem como as escolas, possam usufruir autonomia.
Nesse contexto, é importante destacar que as tecnologias sempre tiveram
papel importante, pois é através delas que o conhecimento é armazenado, difundido
e elaborado diante de um processo de globalização e interesses econômicos.
Para Frigotto (1995), o ajuste neoliberal se manifesta no campo educativo e
da qualificação por um revisitar e “rejuvenescer” a teoria do capital humano, com um
rosto agora mais social. Os grandes mentores dessa veiculação rejuvenescida são o
Banco Mundial, BID, UNESCO, OIT e os regionais e nacionais a eles vinculados.
Por essa trilha, podemos perceber que tanto a integração econômica quanto a
valorização à educação básica geral para formar trabalhadores com capacidade de
abstração, polivalentes, flexíveis e criativos ficam subordinadas à lógica de mercado,
do capital e, portanto, da diferenciação, segmentação e exclusão.
28
3.3 As Novas Tecnologias e a Educação
Existem diversas formas para que o professor possa utilizar o computador em
sala de aula, pelo menos teoricamente.
Para Chaves (1983), existem cinco grupos distintos de professores que
utilizam o computador, descritos a seguir: Em primeiro lugar, um grupo refere-se
àqueles que, tendo em vista o fato de que o computador (em especial o
microcomputador) tornou-se um novo fenômeno, não só tecnológico, mas também
social, dada a sua onipresença, acreditam que seja útil, indispensável mesmo que
as crianças venham a aprender alguns fatos básicos acerca do computador e de seu
impacto na sociedade. Esse grupo acredita que as crianças de hoje devem estar
preparadas para viver em uma sociedade altamente informatizada e que, portanto, o
computador deve ser apresentado o mais cedo possível, e que elas devam se
familiarizar com os problemas que a introdução maciça do computador na vida
moderna poderá vir a causar (invasão de privacidade, desemprego devido à
automação, etc.). Em segundo lugar, há aqueles que, tendo em vista o fato de que a
maioria das pessoas irá usar o computador como ferramenta profissional, defendem
que se ensine, desde já, às crianças, como utilizá-lo para processar texto, criar e
gerenciar bases de dados, desenvolver planilhas numéricas, produzir gráficos, etc.
Em terceiro lugar, há aqueles que acreditam que a principal forma de utilização do
computador na educação deva ser como um instrumento para o ensino das matérias
do currículo tradicional. Normalmente isso é feito através de Instrução Programada,
algo que pode envolver programas de exercício e prática, tutoriais, simulações e
mesmo jogos. É geralmente tudo isso que se tem em mente quando se fala em
"Computer-Assisted Instruction" (CAI). Nesse grupo, estão os professores que
utilizam o computador com o intuito de melhorar a sua aula, de forma a chamar a
atenção do aluno para o novo e que a tecnologia pode e deve ser utilizada de forma
adequada para fins de ensino e aprendizagem. Isso se faz de acordo com a
disciplina do professor, ou seja, pode ser através da utilização da Internet ou de
softwares específicos da sua matéria ou não (interdisciplinaridade). Em quarto lugar,
há aqueles que defendem a tese de que se deve ensinar a criança a programar o
computador. Nesse grupo, há os que enfatizam a importância das habilidades de
programação, propriamente ditas, e há os que enfatizam alguns sub-produtos que a
29
atividade de programação ajudaria a desenvolver, como habilidades intelectuais e
cognitivas nas áreas de solução de problemas, pensamento criativo, aprendizagem
por ensaio e erro, etc. Em qualquer das hipóteses, a ênfase aqui fica na
aprendizagem mais do que no ensino, razão pela qual essa abordagem às vezes é
chamada de "Computer-Assisted Learning" (CAL). Em quinto lugar, há aqueles
que defendem uma abordagem de certo modo anárquica, acreditando que qualquer
forma de contato da criança com o computador é intelectual e cognitivamente
benéfico, e que a melhor solução para o problema é colocar computadores à
disposição da criança e deixar que ela encontre as formas de utilizá-los que mais se
adaptem aos seus interesses e às suas necessidades. Isso poderia ser feito, por
exemplo, através de Clubes de Computação, ou equivalente. Esse grupo defende
que devemos inserir o computador no cotidiano do aluno sem um conhecimento
prévio do computador e deixar para o aluno descobrir os meios de utilizá-lo.
Entretanto, segundo Flores (1996), não podemos apenas apostar que os alunos
aprendam algo somente lhes apresentando o computador. O professor deve ter uma
formação para que possa utilizar o computador e ensinar aos alunos o modo correto
de sua utilização. Equipamento algum substitui um projeto educacional de qualidade.
A evolução social do homem confunde-se com as tecnologias desenvolvidas
e empregadas em cada época. Diferentes épocas da história da humanidade são
historicamente reconhecidas pelo avanço tecnológico correspondente. As idades da
pedra, do ferro e do ouro, por exemplo, correspondem ao momento histórico-social
em que foram criadas “novas tecnologias” para o aproveitamento desses recursos
da natureza, de forma a garantir melhor qualidade de vida. O avanço científico da
humanidade amplia o conhecimento sobre esses recursos e cria permanentemente
“novas tecnologias”, cada vez mais sofisticadas (KENSKI, 2006).
Atualmente, as notícias continuam chegando através do rádio, mas a grande
maioria das pessoas utiliza a televisão como meio principal de comunicação e,
muitas vezes, as notícias chegam ao vivo, em tempo real. Para comunicação
interpessoal não é mais necessária a carta, é possível utilizar o telefone, e-mail, ou
ainda o Messenger, um programa via internet que permita conversas e trocas de
arquivos com o mundo todo.
Essas novas formas de tecnologias demandam a inclusão da população
mundial na era da informática. Essa inclusão conhecida como digital, objetiva fazer a
30
inserção da população na era da informática como um direito adquirido pelo
indivíduo (BORGES, 2008). O modelo de educação atual necessita de novas
práticas curriculares e metodologias inovadoras.
As alterações sociais decorrentes da banalização do uso e do acesso às
tecnologias eletrônicas de comunicação e informação atingem todas as instituições e
todos os espaços sociais. Na era da informação, comportamentos, práticas,
informações e saberes se alteram com extrema velocidade. Um saber ampliado e
mutante caracteriza o atual estágio do conhecimento na atualidade. Essas
alterações refletem-se sobre as tradicionais formas de pensar e fazer educação.
Abrir-se para novas educações – resultantes de mudanças estruturais nas formas de
ensinar e aprender possibilitadas pela atualidade tecnológica – é o desafio a ser
assumido por toda a sociedade (KENSKI, 2006).
Podemos afirmar que antigamente a escola era o local onde se buscava o
conhecimento do mundo. O aluno cursava até uma determinada série ou grau,
depois ele se formava e possuía conhecimento suficiente para adentrar no mercado
de trabalho. O professor era o “detentor do saber”; atualmente, pode-se dizer que o
professor é um “elo” entre o aluno e o conhecimento, fornecido em função das
mudanças das comunicações: televisão, rádio e, principalmente, a Internet.
Para os alunos, é possível, nos dias de hoje, acessar as informações que os
professores utilizarão para aulas em sites de busca ou até mesmo em softwares
especializados.
A informática na escola é necessária em todos os aspectos, permitindo ao
aluno um acesso a um bem cultural que deveria ser disponibilizado para todos
(BORGES, 2000).
A aprendizagem pode ocorrer de duas formas diferentes: as informações que
chegam são memorizadas, sendo que neste caso as informações que chegaram
foram de alguma forma analisadas e consequentemente não podem ser utilizadas
para resoluções de problemas ou desafios; por outro lado, as informações que são
processadas fazem a construção do conhecimento e são utilizadas diante de
situações que exigem raciocínio (VALENTE, 1999).
Lèvy (1993) diferenciou de três maneiras o que chamamos de conhecimento:
o conhecimento oral, o conhecimento escrito e o conhecimento digital, descritos a
seguir: A linguagem oral - Na cultura da sociedade, a palavra tem como função
31
básica, não apenas o conhecimento oral para as pessoas se comunicarem, mas
também toda a cultura dependente da memória social. (LÈVY, 1993). A linguagem
oral é a mais usada em meios de comunicação, como televisão e rádio e,
principalmente, é a forma mais utilizada para o ensino. O autor considera a fala a
primeira forma de tecnologia existente, uma “Tecnologia de inteligência”. Ela é uma
criação artificial em que se encontra o projeto tecnológico de estruturação da fala
significativa com o próprio projeto biológico de evolução humana. As tribos
existentes nas civilizações antigas, na era da oralidade, distinguiam-se pela fala
definindo, assim, até a cultura daquela sociedade. Essa linguagem falada fazia que
houvesse a necessidade da presença de seus interlocutores. Dessa forma, a
linguagem era limitada apenas às pessoas que estavam ao seu redor, fazendo uma
limitação do espaço onde ele andava e se comunicava. Por estar ligada às
lembranças de seus antepassados, a sociedade oral caracteriza-se, ainda, pela
repetição, “Possuindo apenas os recursos de sua memória de longo prazo para reter
e transmitir as representações que lhes parecem dignas de perdurar, os membros
das sociedades orais exploram ao máximo o único instrumento de inscrição de que
dispunham”, ou seja, através da música, versos e histórias contadas através de
gerações. A linguagem escrita - Com o surgimento da agricultura, ocorreu um
movimento importante que foi o surgimento da sociedade escrita. Da mesma forma
que o trabalhador rural faz o sulco na terra para a plantação, o escriba cava sinais
na argila de sua tábua, ocorrendo uma simetria entre as linhas e os campos
cultivados. A própria palavra página surgiu da palavra latina pagus, que significa o
campo do agricultor. A escrita traz consigo a não necessidade de ter a presença de
um comunicador, para passar as informações. Os conhecimentos a partir da escrita
são observados através de registros que foram feitos ao longo do tempo, e
principalmente como são interpretados esses registros. O que acontece nesse
período é o surgimento dos analfabetos, que de alguma forma são excluídos. Como
a escrita a partir desse momento se interage com o pensamento, isso faz com que o
homem se livre de ser obrigado a memorizar os ensinamentos. Dessa forma há
possibilidade de ele fazer novas descobertas e assim aplicar-se mais nas inovações.
A linguagem tecnológica - Segundo Lèvy (1993), terceira e última forma de
conhecimento, será no espaço das novas tecnologias eletrônicas de comunicação e
de informação. Destaca-se a tecnologia atual para um determinado ramo, ou apenas
32
uma finalidade é impossível. Basta vermos que hoje em dia a tecnologia está em
todas as áreas do nosso cotidiano, avançando com grande velocidade. Pode-se
presenciar a intensidade de novas tecnologias através das variedades de tipos de
comunicações, e dessa forma somos sempre atraídos a ouvir mais, ver mais, sentir
mais. A apresentação da tecnologia digital é mostrada agora de uma forma
descontinuada, ou seja, ela não faz parte daquela narrativa contínua e sequenciada
de textos escritos, oferecendo textos e imagens ao mesmo tempo.
O conhecimento tecnológico, portanto, apresenta uma nova maneira de a
informação ser, pensar e conhecer.
Mesmo tendo a informação de que essas maneiras foram surgindo em
tempos diferentes, pode-se dizer que, no momento atual, elas estão juntas.
O ensino e a aprendizagem através das novas tecnologias permitem o
deslumbramento de diferentes procedimentos metodológicos e didáticos para o
ensino.
Um fator importante em todo esse processo é a formação do professor, a qual
não pode ser realizada apenas durante o período de faculdade, mas deve ser
atualizada. É importante, pois, que o professor tenha oportunidade e tempo para que
possa estudar e conhecer as novas tecnologias educacionais e sua aplicabilidade
em função das diferentes turmas e temas.
As tecnologias redimensionam o espaço da sala de aula em pelo menos dois
aspectos: o primeiro diz respeito aos procedimentos realizados pelo grupo de alunos
e professores no próprio espaço físico da sala de aula. Nesse ambiente, a
possibilidade de acesso a outros locais de aprendizagem – bibliotecas, museus,
centro de pesquisas, outras escolas, etc. – onde os alunos e professores possam
interagir e aprender a modificar toda a dinâmica das relações de ensino-
-aprendizagem. Num segundo aspecto, é o próprio espaço físico da sala de aula que
também se altera. Deslocamentos são necessários: momento em que os resultados
de suas interações com o ambiente tecnológico e com outros momentos em que
refletem, ou concentrem as atividades isoladas, sem os recursos tecnológicos
(KENSKI, 2006).
Na informática, afirma-se que tudo é muito rápido, as tecnologias
apresentadas aos usuários não estão mais relacionadas a anos e sim a meses
(futuramente, talvez, a dias). Em pouco tempo é construído um novo software, um
33
novo hardware, com novo conceito na área de informática; dessa forma, pode-se
afirmar que as transformações são rápidas e constantes.
O ensino através dos computadores tem por objetivo permitir ao aluno um
aprendizado mais interativo por meio da troca de informações, de modo apropriado
e, dessa forma, preparar o aluno para sua inserção numa sociedade tecnológica.
A informática pode e deve ser usada pelos docentes e profissionais da
educação de várias formas, desde a construção do conhecimento prévio até uma
pesquisa aprofundada por meio do software.
Sem dúvida, para promover a aprendizagem, o computador é uma ferramenta
importante, mas não deve ser o único recurso entre professor e aluno.
O computador só trará benefícios à área educacional se o professor se
dedicar a esse tipo de ensino e se os profissionais que fazem parte desse novo
modelo de educação estiverem dispostos a novos desafios. Dessa forma, vamos
encontrar algumas situações positivas para o aluno, como, por exemplo, maior
autonomia, estímulo à criatividade; busca de novas formas de pesquisa; os alunos
que anteriormente não conseguiam concentrar-se nas aulas têm uma grande
tendência de melhorar sua concentração e, assim, melhorar seu aprendizado; os
ambientes da sala de informática, muitas vezes, ocasionam uma socialização que na
sala de aula não acontece; além disso, muitas vezes encontramos softwares com
argumentações em outras línguas e isso não deve ser entendido como uma barreira,
mas sim como uma forma de fazer com que o aluno busque o significado e assim
tenha início o conhecimento de um novo idioma (TAJRA, 2001).
Para que o professor possa enfrentar essa nova realidade, é muito importante
que o trabalho seja realizado em equipe, sendo necessário o envolvimento de toda a
comunidade escolar, a fim de que os objetivos sejam alcançados. Cabe destacar a
importância do projeto político-pedagógico da escola como uma ferramenta de
construção dessa proposta.
3.4 Aspectos Históricos da Questão Ambiental
O currículo escolar está organizado de forma disciplinar. Dentre as diferentes
temáticas tratadas nas escolas, a questão ambiental vem recebendo uma
importância crescente, em função de sua abordagem multidisciplinar. A relação
educação e meio ambiente na escola se traduz na Educação Ambiental.
34
O desenvolvimento da consciência ambiental, em nível internacional, pode ser
traçado ao longo das duas últimas décadas, com base em uma série de eventos.
Um marco importante na história da Educação Ambiental ocorreu no ano de
1962, quando a escritora Raquel Carson escreveu um livro intitulado “Primavera
Silenciosa”, que alertava a todos sobre os problemas causados pelos pesticidas, por
exemplo, ao meio ambiente.
Em 1968, no Reino Unido, foi criado o Conselho para Educação Ambiental.
Nessa época, estavam acontecendo as conferências para o Ano Europeu de
conservação que seria em 1970 e serviria para reunir vários representantes de
organizações que estavam trabalhando na gestão do meio ambiente, planejando
ações e refletindo como seriam os campos britânicos no início da década de 70
(NOVO, 1995).
Nesse mesmo ano, foi criado o Clube de Roma, onde especialistas de vários
países se reuniram para estudar como estava a situação dos recursos naturais da
Terra. No Brasil, começavam os primeiros alardes dos ambientalistas com bases nos
já existentes na Europa e Estados Unidos (LEÃO e SILVA, 1999).
Em 1970, a revista britânica The Ecologist organizou, juntamente com outras
entidades, um “Manifesto para Sobrevivência”. Nesse manifesto, afirmou-se que o
crescimento da demanda de produtos não deveria ser sustentado por recursos que
são finitos.
No ano de 1972, precisamente no período de 5 a 16 de junho, ocorreu a
“Conferência das Nações sobre o Ambiente Humano”, em Estocolmo (Suécia). Essa
conferência foi a mais importante já realizada até aquele momento sobre os
problemas mundiais relacionados ao meio ambiente, como, por exemplo, a
possibilidade de esgotamento dos recursos naturais não renováveis, entre outros
(MEDINA, 1997).
Participaram dessa conferência 113 Estados Membros e mais de 400
organizações intergovernamentais e não-governamentais que ficaram como
observadores. Os resultados de maior importância desse encontro constituíram a
“Declaração sobre o Ambiente Humano ou Declaração de Estocolmo”, que proclama
com persuasão o direto de que tanto a geração atual como as futuras têm o direito à
vida em um ambiente sadio e não degradado (NOVO, 1995).
35
Nessa mesma Conferência de Estocolmo, foi criado pela ONU (Organizações
das Nações Unidas) o Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente
(PNUMA), sediado em Nairobi (REIGOTA, 1995).
Segundo o mesmo autor, a criação desse programa tinha como objetivos, a
disponibilidade de uma assistência técnica aos governos para a adaptação de
medidas relativas ao meio ambiente, uma ajuda para a formação e pessoal
especializado, todas as formas de ajuda requeridas, incluída a ajuda financeira, para
reforçar as instituições nacionais e regionais, os meios requeridos para apoiar os
programas de informações e de educação em matéria de meio ambiente.
No ano de 1975, a UNESCO promoveu em Belgrado (Iugoslávia) um
Encontro Internacional em Educação Ambiental (PIEA), onde foram formulados
estes princípios orientadores: A Educação Ambiental deve ser continuada,
multidisciplinar, integrada às diferenças regionais e voltadas para os interesses
nacionais (GRÜN, 1996).
O encontro realizado em Belgrado gerou a “Carta de Belgrado”, um dos
documentos mais importantes gerados nessa década. Nela existem temas que
tratam da erradicação das causas básicas de pobreza, como a fome, o
analfabetismo, a poluição, a exploração e a dominação, que devem ser tratados em
conjunto. Nenhuma nação deve desenvolver-se às custas de outra nação, havendo
necessidade de uma ética global. A reforma dos processos e sistemas educacionais
é central para a constatação dessa nova ética de desenvolvimento. A juventude
deve receber estudantes e professores, entre escolas e comunidade, entre o
sistema educacional e sociedade. Finaliza com a proposta para um programa
mundial de Educação Ambiental.
No ano de 1977, a UNESCO, em colaboração com o PNUMA, realizou a
Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental em Tiblisi (ex-URSS). Essa
conferência foi o principal fator da primeira fase do Programa Internacional de
Educação Ambiental, iniciado em 1975. Nessa conferência, foram definidas as
características da Educação Ambiental, assim como as estratégias pertinentes no
plano nacional e internacional. No Brasil, a disciplina de Ciências Ambientais tornou-
se obrigatória nos cursos universitários de Engenharia (DIAS, 1993).
No Brasil, em 1985, foi criado o Parecer 819/85 do MEC, que reforça a
necessidade da inclusão de conteúdos ecológicos ao longo do processo de
36
formação do ensino de primeiro e segundo graus, integrados a todas as áreas do
conhecimento de forma sistematizada e progressiva, possibilitando a “formação da
consciência ecológica do futuro cidadão”.
O “Congresso Internacional sobre Educação e Formação Relativas ao Meio
Ambiente” foi realizado em Moscou (URSS) no período de 17 a 21 de agosto de
1987 (CASCINO, 1999).
Segundo Novo (1995), participaram desse congresso 250 especialistas em
Ciências naturais, humanas e sociais, educação e informação pública, além de
representantes dos setores, professores universitários; responsáveis pela educação
e meio ambiente; e pesquisadores educacionais.
Esse congresso ressalta a importância da formação de recursos humanos nas
áreas formais e não-formais da Educação Ambiental e na inclusão da dimensão
ambiental nos currículos de todos os níveis.
De acordo com o Ministério da Educação e Cultura (MEC, 2007), no ano de
1990, a Declaração mundial sobre Educação para Todos: Satisfação das
necessidades Básicas de Aprendizagem, aprovada na Conferência Mundial sobre
Educação para Todos, realizada em Jontien, Tailândia, de 5 a 9 de março de 1990,
reitera: confere aos membros de uma sociedade a possibilidade e, ao mesmo
tempo, a responsabilidade de respeitar e desenvolver a sua herança cultural,
linguística e espiritual, de promover a educação de outros, de defender a causa da
justiça social, de proteger o meio ambiente.
No ano de 1991, o MEC criou a Portaria 678/91, determinando que: “A
educação escolar deveria contemplar a Educação Ambiental permeando todo o
currículo dos diferentes níveis e modalidades de ensino”.
Em junho de 1992, ocorreu a Conferência da ONU sobre Meio Ambiente, na
cidade do Rio de Janeiro, considerado o maior encontro de pessoas preocupadas no
que diz respeito a questões ambientais. Nessa conferência, chamada de ECO-92,
foram feitos apenas dois fóruns diferenciados: o primeiro, chamado “Cúpula da
Terra”, era composto por chefes de Estados e de Governos de vários países do
mundo todo; o outro fórum, denominado “Fórum Global”, formado pela sociedade
como um todo, com interesses comuns na conscientização e na formação de novas
formas alternativas de conservação do meio ambiente. Esse evento contou com a
presença de pelo menos 15.000 pessoas (NOVO, 1995).
37
Segundo Medina (1997), foram discutidos na Conferência do Rio, em 1992,
assuntos relacionados aos recursos renováveis, convenção climática, preservação
das florestas tropicais, biodiversidades.
No Brasil, no ano de 1993, o MEC criou a portaria 773/93, quando foi
instituído de forma permanente um Grupo de Trabalho para Educação Ambiental
com o objetivo de implementar a educação ambiental no sistema de ensino em
todos os níveis, com apoio, orientações, avaliações, de acordo com o que foi
sistematizado na ECO-92.
Em 1994, foi criado o Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA),
um programa que abrange todo o território brasileiro, mas não é da competência do
governo federal a sua implantação, e sim dos governantes, bem como a
manutenção, execução e avaliação. Esse programa tem como objetivo o de
“capacitar o sistema de educação formal e não-formal, supletivo e profissionalizante,
em seus diversos níveis e modalidades”. Após vinte anos da Declaração de Tiblisi,
quando vários países definiram o novo modelo de Educação Ambiental, houve uma
nova “Conferência Internacional sobre Meio ambiente e Sociedade: Educação e
Consciência Pública para a Sustentabilidade”, na cidade de Thessaloniki, na Grécia,
no ano de 1997. Nessa conferência, contatou-se que, apesar de terem passado
cinco anos da ECO-92, todo o trabalho feito até o presente momento sobre
Educação Ambiental não foi suficiente. O Brasil apresentou o documento
“Declaração de Brasília para Educação Ambiental”, reconhecendo que, através das
conferências internacionais, a consciência da população foi enriquecida e reforçada,
e todos os projetos apresentados nessas conferências devem ser implementados
por todos, governos, sociedade, ONU e todas as organizações internacionais.
Nesse mesmo ano, foi assinado o protocolo de Kyoto, no Japão, onde os
países se comprometiam a diminuir em 5% a emissão de CO2. Os Estados Unidos
se recusaram a assinar o protocolo alegando que isso prejudicaria o
desenvolvimento econômico norte-americano.
O conceito de ambiente é a totalidade do planeta e os elementos que o
compõem: físicos, químicos e biológicos, assim como os artificiais, tanto os
orgânicos quanto os inorgânicos, nos distintos níveis de sua evolução, até o homem
e suas formas de organização na sociedade, onde a rede de inter-relações
38
existentes entre esses elementos se encontra em estreita dependência e influência
recíprocas (SEARA FILHO, 1987).
A questão ambiental, portanto, é um tema para ser tratado não somente entre
os especialistas, a produção do conhecimento que se constrói nessa área deve ser
validada e apropriada pelos grupos sociais. Assim, a educação ambiental é o
principal instrumento para esse fim, tanto no ensino formal como no informal.
3.5 As Questões Ambientais no Ensino Formal
Todos esses pontos elencados podem ser discutidos de diferentes formas; é
unânime, entretanto, a importância da educação na mitigação e solução desses
problemas.
O homem é um dos elementos do Ambiente, formado de partes: o biológico, o
racional, o emocional, que estão em permanente integração e inter-relação entre si e
com os outros elementos da natureza, nos diferentes níveis de sua evolução. Essa
influência recíproca fez nascer o homem social que, ao incorporar todas essas
dimensões, alicerça a história da construção humana em estreita e contínua
reciprocidade (LEÃO E SILVA, 1999).
Assim, o ser humano faz parte de um grande ecossistema e precisa aprender
que utilizando a natureza de forma incorreta, seu próprio corpo também será afetado
(RIBEIRO, 1998).
Um processo importante na separação do ser humano da natureza está
relacionado à especificidade do conhecimento. Cabe destacar que a Revolução
Científica teve grandes mudanças e uma das mais importantes foi a fragmentação
das ciências, pois primeiro foram fragmentadas as ciências naturais e as ciências
humanas. Dessa fragmentação, como surgiram duas correntes diferentes, cada qual
seguiu seu caminho e as novas duas ciências foram sendo fragmentadas ainda
mais, chegando ao que podemos chamar de especialidades, que trouxeram grandes
mudanças, pois sendo mais específico o conhecimento ficou mais aprofundado; por
outro lado, esse aprofundamento em uma determinada ciência fez com que não
consigamos ver o problema como um todo (GALLO, 2007).
O contraponto desse processo são as propostas multi e interdisciplinares, na
busca do conhecimento de várias matérias para o entendimento de um determinado
39
elemento. E mais, segundo Moran (2000), buscar a cooperação entre disciplinas de
tal forma que não seja possível separá-las.
A humanidade chegou a uma encruzilhada que exige examinar-se para tentar
achar novos rumos e refletir sobre a cultura, as crenças, os valores e conhecimentos
em que se baseia o comportamento cotidiano, assim como sobre o paradigma
antropológico-social que persiste nas ações (LUZZI, 2005).
A educação nas escolas segue um conteúdo curricular e muitas vezes as
experiências do educando não são levadas em conta especialmente no que tange
aos estudos das interações entre os organismos e o meio ambiente.
É essencial uma educação que traga para dentro da escola toda a
experiência vivida fora dela, fazendo uma problematização através da intervenção
do educador com o educando, especialmente em relação à questão ambiental.
É fundamental mostrar ao educando as interações das estruturas que
compõem os sistemas ambientais e a importância do ser humano como fonte motriz
dessa relação.
Uma definição bastante aceita no meio acadêmico do conceito de Educação
Ambiental foi elaborada em 1977 na Conferência Intergovernamental de Tiblisi,
tendo sido definida como um processo de reconhecimento de valores e clarificação
de conceitos, visando ao desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes
em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres
humanos, suas culturas e seus anseios biofísicos. A Educação Ambiental também
está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem
para a melhoria da qualidade de vida (SATO, 2003).
Segundo Ramalho (2004), enquanto prática pedagógica, a Educação
Ambiental é muito importante para a conquista da cidadania, porque as ações
quando orientadas por um pensamento reflexivo, consciente dos objetivos a
alcançar, podem levar não apenas à constatação de problemas, mas também à
transformação do meio físico, social e ambiental. A cidadania se origina em tenra
idade, quando os valores transmitidos pela família, pela escola ficam impregnados
no inconsciente do indivíduo. A escola é um importante núcleo de promoção de
ações relacionadas ao meio ambiente. Um maior controle de poluição e a
preservação do meio ambiente vêm do entendimento do funcionamento do planeta,
aspectos a serem vivenciados na escola.
40
A educação ambiental por si só não resolverá os complexos problemas
ambientais planetários; ela poderá, no entanto, influir decisivamente para isso,
quando formar cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres, os quais tendo
consciência e conhecimento da problemática global e atuando na sua comunidade,
perceberão uma mudança no sistema, que se não for de resultados imediatos,
visíveis, também não será sem efeitos concretos (REIGOTA, 2004).
Corroborando essas afirmações, Guimarães (2005) destaca que a Educação
Ambiental é uma prática pedagógica. Essa prática não se realiza sozinha, mas nas
relações do ambiente escolar, na interação entre diferentes atores, conduzida por
um sujeito, os educadores.
Segundo o mesmo autor, apesar de os professores terem essa
conscientização da importância da preservação do meio ambiente em toda a
sociedade, todo esse trabalho não foi ainda satisfatório para que a degradação do
meio ambiente causado pela industrialização fosse invertida. Isso geralmente
acontece devido à fragilidade de práticas pedagógicas dentro do ambiente escolar e
afirma que existe a falta de discussão pela própria sociedade, uma formação
continuada para os professores, a falta de material didático e mais produções
relacionadas à educação ambiental, o que faz com que as escolas não tenham uma
educação ambiental de qualidade.
A expectativa da sociedade brasileira, em relação ao papel da escola é a de
que ela, de fato, contribua para desenvolver os valores essenciais ao convívio
humano e, ao mesmo tempo, proporcione oportunidades que permitam a inclusão de
todas as nossas crianças e jovens no mundo da cultura, da ciência, da arte e do
trabalho (MEC, 2007).
Tal fato está citado na Constituição Brasileira e explicitado na Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, quando estabelece que a educação deva ser
ministrada, oferecendo igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola; e inspirada nos princípios de liberdade de aprender, no pluralismo de ideias
e de concepções pedagógicas e nos ideais de solidariedade humana.
Nesse sentido, a Secretaria da Educação menciona que o vínculo entre a
educação escolar, o trabalho e as práticas sociais são condições para o alcance das
finalidades da educação nacional (MEC, 2007).
41
A escola tem por função educar para a cidadania, para que seus alunos
compreendam o seu papel de reivindicar seus direitos e de cumprir seus deveres.
Deve, portanto, incentivar o indivíduo a participar ativamente na busca de soluções
para os problemas de sua realidade local, sendo considerada como primeiro passo
para esse incentivo a participação na construção do Projeto Político Pedagógico da
escola, podendo ser considerado como uma intenção, uma ação deliberada ou
estratégica: é político, porque expressa uma intervenção em determinada direção, e
pedagógico, porque realiza uma reflexão sobre a ação dos homens na realidade.
O desenvolvimento de um trabalho que enfatize as questões sociais na
perspectiva da cidadania requer uma discussão sobre a questão da formação dos
educadores envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Com isso, a relação
entre os valores construídos pelos docentes, durante a sua vida e prática
educacional, e pelos alunos no seu dia-a-dia é importante para a valorização e
respeito das suas individualidades (MEC, 2007).
Os educadores deste século não podem ignorar as duras questões que as
escolas enfrentam, referentes a multiculturalismo, raça, poder, identidade,
significado, ética e trabalho. Tais questões estão a exigir a redefinição do sentido e
dos propósitos da escolarização, bem como do que significa ensinar e aprender em
um mundo ao mesmo tempo mais globalizado e mais diversificado.
Nessa perspectiva, torna-se necessário enfatizar a importância da preparação
dos docentes para atender às exigências do mundo atual sob os aspectos sociais,
econômicos, culturais, políticos (MEC, 2007).
A atuação do docente no processo educacional é fundamental para o
rompimento de práticas defasadas que ainda se encontram no contexto escolar.
Porém, quanto à modificação dessas práticas, destaca-se a necessidade de
repensar o papel do professor enquanto transmissor de conhecimentos definidos e
abstratos, para uma nova ação reflexiva e criativa, de um saber mais dinâmico e
interativo (MEC, 2007).
Cada professor pode contribuir para que haja a interação da sua disciplina
com as questões ambientais, levando-se em consideração a realidade atual e a
urgência de formação de uma consciência sensível à garantia da sobrevivência da
humanidade (MEC, 2007).
42
A formação de professores é importante para que se consiga uma
aprendizagem escolar de melhor qualidade. Contudo, o investimento na formação
continuada desses profissionais, uma jornada de trabalho adequada, bem como a
melhoria dos salários são considerados também elementos necessários para a
valorização do seu trabalho (MEC, 2007).
No Brasil, a maioria dos centros urbanos passa por uma grave crise
sócio-ambiental, oriunda de um modelo de desenvolvimento baseado no lucro e no
consumo em larga escala, que desencadeou o crescimento desordenado, a
deterioração da qualidade de vida e gerou iniquidades. Esse cenário tornou urgente
o desenvolvimento da Educação Ambiental (EA) no ensino básico, pois os
pressupostos da EA atendem às necessidades educativas conjunturais, não se
restringindo apenas ao âmbito escolar, porque possui potencial para mobilizar a
comunidade e promover a participação da população para a construção de uma
sociedade sustentável (LOZANO e MUCCI, 2005).
Atualmente, as questões ambientais vêm sendo discutidas intensamente,
devido à preocupação dos diversos grupos sociais em alertar os seres humanos
sobre os principais problemas ambientais. Diante disso, a Educação Ambiental vem
sendo proposta como um meio de conscientizar os indivíduos de que suas ações
são responsáveis pelo comprometimento da sua própria existência, porque a
fragilidade dos ambientes naturais coloca em risco a sobrevivência dos seres
humanos.
Essa educação, que pode ser realizada no âmbito escolar ou fora dele,
demonstra a necessidade de contextualização dos conceitos sistematizados,
integrando-os a uma nova prática do conhecimento, levando-se em consideração,
principalmente, a renovação dos currículos escolares.
A inserção da educação como um dos alicerces na busca de uma nova
racionalidade ambiental ocorre a partir do momento em que, buscando definir uma
base nacional comum na educação brasileira, o Ministério da Educação e Cultura
(MEC) lançou, em 1997, o documento intitulado Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs), um guia curricular organizado em disciplinas e por ciclos para o ensino
fundamental. Os Parâmetros Curriculares Nacionais vêm fortalecer a importância de
se trabalhar a Educação Ambiental como forma de transformação da
conscientização dos indivíduos quanto à problemática em questão.
43
Os PCNs propõem a manutenção das disciplinas consideradas fundamentais
para o conhecimento dos saberes acumulados socialmente e inserem questões
urgentes que devem necessariamente ser tratadas de maneira transversalizada
como a violência, a saúde, o uso dos recursos naturais e os preconceitos. Essa
abordagem foi proposta devido à complexidade inerente a esses temas que faz com
que nenhuma das áreas disciplinares, isoladamente, seja suficiente para abordá-los
(BRASIL, 1998).
Quanto à abordagem do tema Meio Ambiente no ensino fundamental, os
PCNs trazem como função principal “A contribuição para a formação de cidadãos
conscientes, aptos para decidirem e atuarem na realidade sócio-ambiental de um
modo comprometido com a vida, com o bem estar de cada um e da sociedade, local
e global” (BRASIL, 1998).
O tema Educação Ambiental pode ser incluído nos currículos escolares de
várias maneiras, por exemplo, como experiências fora da sala de aula, ou projetos
de educação ambiental com os alunos. É de competência do professor buscar meios
que norteiem o processo de ensino-aprendizagem dos alunos principalmente de
forma interdisciplinar, sempre mostrando problemas atuais em relação ao meio
ambiente (SATO, 2003).
É importante que o professor chame a atenção do aluno para o problema
estudado, suas causas e contexto e, com a participação do educando, apresente
soluções, ou consiga discutir com o grupo os meios de mitigar a situação
apresentada.
A política dos Parâmetros Curriculares Nacionais, ao propor uma educação
comprometida com a cidadania distingue, baseados no texto constitucional,
princípios para orientarem a educação escolar. Entre eles estão:
Dignidade da pessoa humana: implica respeito aos direitos humanos,
repúdio à discriminação de qualquer tipo, acesso a condições de vida digna, respeito
mútuo nas relações interpessoais, públicas e privadas; (PCN, Temas Transversais)
Igualdade de direitos: refere-se à necessidade de garantir a todos a mesma
dignidade e possibilidade de exercícios de cidadania. Para tanto há que se
considerar o princípio da equidade, isto é, que existem diferenças (étnicas, culturais,
de gênero, etárias, religiosas, etc.) e desigualdades (socioeconômicas) que
44
necessitam ser levadas em conta para que a igualdade seja efetivamente alcançada;
(BRASIL, 1998).
Participação: como princípio democrático, traz a noção de cidadania ativa,
isto é, da complementaridade entre a representação política tradicional e a
participação popular no espaço público, compreendendo que não se trata de uma
sociedade homogênea e sim marcada por diferenças de classe, étnicas, religiosas,
etc. É, nesse sentido, responsabilidade de todos a construção e a ampliação de
democracia no Brasil; (BRASIL, 1998).
Co-responsabilidade pela vida social: implica partilhar com os poderes
públicos e diferentes grupos sociais, organizados ou não, a responsabilidade pelos
destinos da vida coletiva. (BRASIL, 1998).
Quase sempre os temas transversais são trabalhados nas disciplinas, mas de
forma isolada, e, para melhor entendimento do temas, deveriam ser trabalhados de
forma interdisciplinar.
Uma outra questão importante é que o professor deveria estar preparado para
trabalhar com os temas transversais, mas em sua maioria não tiveram em sua
formação básica embasamento teórico a respeito dessas práticas. Uma forma de
contornar essa realidade foi a criação das formações continuadas.
O objetivo dos temas transversais é mostrar ao aluno que ele pode e deve
participar da sociedade onde ele vive de forma ativa, originando formas para que em
diferentes situações do cotidiano ele possa resolvê-la com mais confiança e sempre
acreditando na justiça (BRASIL, 1998).
A educação tem papel central na construção de um mundo socialmente justo
e ecologicamente equilibrado, o que requer responsabilidade individual e coletiva em
níveis local, nacional e planetário. E, realmente, é isso o que se espera da Educação
Ambiental no Brasil, assumida como obrigação nacional pela Constituição
promulgada em 1988.
A escola deve, portanto, procurar meios que façam com que o aluno
compreenda a importância que ele tem para o meio ambiente e também a
importância que o meio tem para ele, e que essa relação entre eles possa ser de
uma forma a que um colabore com o outro, e a informática pode suprir com
instrumentos variados esse processo tão complexo e importante na construção da
cidadania.
4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
O presente trabalho foi realizado no município de Santa Ernestina, situado na
região central do Estado de São Paulo o qual tem uma população estimada em
5.510 habitantes (SEADE, 2008).
Em relação à estrutura educacional, o município possui uma creche
municipal, três escolas municipais e uma escola estadual.
A presente pesquisa tem como foco de análise a E. E. Capitão Joel Miranda,
por se tratar da única escola estadual da cidade que recebe alunos a partir da quinta
série (ou sexto ano) do Ensino Fundamental, até a terceira série do Ensino Médio. A
instituição possui uma sala de informática, fruto do ProInfo (Programa Nacional
de Tecnologia Educacional).
O ProInfo é um programa educacional criado pela Portaria nº 522, de 9 de
abril de 1997, pelo Ministério da Educação, para promover o uso pedagógico da
informática na rede pública de ensino fundamental e médio. O ProInfo é
desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do
Departamento de Infraestrutura Tecnológica (DITEC), em parceria com as
Secretarias de Educação Estaduais e Municipais. O programa funciona de forma
descentralizada, sendo que em cada Unidade da Federação existe uma
Coordenação Estadual do ProInfo, cuja atribuição principal é a de introduzir o uso
das tecnologias de informação e comunicação nas escolas da rede pública, além de
articular as atividades desenvolvidas sob sua jurisdição, em especial as ações dos
Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs) (MEC, 2008).
Criada no ano de 1969, a Escola Estadual Capitão Joel Miranda localiza-se
na parte central da cidade, e desde sua criação continua no mesmo prédio. A
unidade escolar é aberta a partir das 07h e fecha às 23h com o término das aulas.
46
Nessa escola, há nove salas do ensino regular, nos períodos da manhã e
tarde, três salas do ensino regular e duas salas de Telecurso 2000 no período
noturno.
A escola conta com um Diretor, um Vice-Diretor e uma Professora
Coordenadora para o Ensino Fundamental e uma Professora Coordenadora para o
Ensino Médio, 11 professores efetivos e 13 professores OFAs (Ocupantes de
Função Atividade) e um total de 834 alunos que frequentam o Ensino Fundamental e
Médio.
As salas de aulas são grandes, bem iluminadas, contendo em média trinta e
cinco alunos em cada sala. A sala de informática é composta por 12 computadores,
e todos estão em perfeita ordem de funcionamento. Para cada computador, há duas
cadeiras, cabendo sentados vinte e quatro alunos. Os computadores chegaram à
escola no ano de 1999, trazendo uma expectativa muito grande não somente aos
alunos, como também para os professores daquela unidade escolar. Todo esse
investimento tem o propósito de fazer com que os alunos tenham mais interesse em
aprender e descobrir o novo através de aulas com o uso da informática.
A Escola, atualmente, também faz uso da sala de informática aos sábados
através da Escola da Família, projeto em que as escolas funcionam nos finais de
semana para maior interação com a comunidade. Podemos observar nas figuras 1,
um panorama da cidade, e nas figuras 2 e 3 alguns detalhes da escola e da sala de
informática.
47
Figura 1: Foto aérea de Santa Ernestina Fonte: Google Map (2008)
Figura 2: Visão Frontal da E.E. Capitão Joel Miranda
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A presente pesquisa trilhou algumas metodologias que se complementam e
vêm sendo utilizadas por diversos autores. O primeiro procedimento foi a realização
da pesquisa bibliográfica que consistiu em um estudo baseado nas referências
literárias, nos documentos e/ou nas narrativas orais que possibilitaram diversas
leituras dos fatos e fenômenos relacionados com o tema pesquisado.
As diferentes etapas da pesquisa estão apresentados a seguir.
a) Levantamento do número de professores capacitados para trabalhar com softwares em escolas públicas
Foi realizada uma entrevista com a responsável pelo Núcleo de Tecnologia
Educacional (NRTE), responsável pelo treinamento e apresentação dos softwares
aos Diretores, Coordenadores e Professores da rede estadual de ensino da Diretoria
Regional de Ensino de Taquaritinga, à qual estão subordinadas as escolas de Santa
Ernestina. Através da entrevista, realizou-se o levantamento do número de
professores que foram capacitados pela Diretoria Regional de Ensino de
Taquaritinga no período de 2000 a 2007. Essas capacitações foram feitas pela
Assistente Técnica Pedagógica do núcleo de informática, com turmas em média de
30 professores por curso.
b) Inventário dos softwares
Para inventariar os programas disponíveis, consultaram-se na Oficina
Pedagógica, no núcleo de informática da Diretoria Regional de Ensino, os softwares
disponibilizados pelo Governo do Estado de São Paulo, com enfoque na questão
ambiental.
50
c) Verificação da infraestrutura e funcionamento do laboratório de informática
Na escola, foi realizada uma pesquisa com os Coordenadores Pedagógicos
por meio de um questionário, ANEXO 1, referente ao uso da sala de informática
pelos professores da unidade escolar; softwares existentes na escola; número de
computadores existentes, entre outros. Para essa etapa da pesquisa participaram
dois coordenadores.
d) Pesquisa de campo
Para pesquisa de campo foi utilizado um questionário pré-teste, ANEXO 2,
com o objetivo de contribuir com a metodologia proposta. Depois de analisado o
questionário pré-teste, foi entregue aos mesmos professores um questionário
definitivo, ANEXO 3, baseado e modificado de Oliveira (2001) e Joly e Silveira
(2003); as questões foram elaboradas segundo claros objetivos de pesquisa. O
entendimento, a terminologia, o enunciado e a ordem das questões foram validados
como proposta metodológica por Joly e Silveira (2005). Os questionários foram
entregues pelo autor durante as Horas de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC),
com autorização do Diretor da Escolar, e recolhido logo após o devido
preenchimento.
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1 Capacitação de professores para utilização dos laboratórios de informática
Em 1998, teve início o programa “A Escola de Cara Nova na Era da
Informática”, cujo objetivo do Governo foi de estimular o uso das salas ambientes de
informáticas (SAIs), pelos professores com o intuito de melhorar ou tornar as aulas
mais atrativas para os alunos do Ensino Fundamental e Médio.
Os professores foram capacitados para que os mesmos pudessem trabalhar
de forma adequada com os educandos. Essas orientações técnicas de informática
foram realizadas nos Núcleos Regionais de Tecnologia Educacional, na própria
Diretoria de Ensino de cada região.
Os cursos foram ministrados por professores, aqui chamados de professores
multiplicadores. No período de 2000 a 2007, foram capacitados 3.493 profissionais,
incluindo Diretores de Escola, Professores Coordenadores e Professores da rede
pública estadual.
Essas orientações foram oferecidas a todos os professores sendo a inserção
no curso voluntária. O conteúdo do curso tratou da informática básica até a
utilização do software de cada área a ser estudada.
A duração em média das orientações era de 30 horas, podendo em alguns
casos ultrapassar essa carga horária chegando a 40 horas. O professor geralmente
fazia o curso em horário contrário a suas aulas, a fim de ter a frequência necessária
para o recebimento do certificado.
Verificou-se na base de dados da Diretoria de Ensino de Taquaritinga a
quantidade de professores estaduais que receberam orientação técnica, tanto do
curso básico de Informática quanto do curso específico da disciplina do professor
(Figura 4).
52
FIGURA 4: Número de Professores Capacitados em Informática na D.R.E. de Taquaritinga Fonte: Diretoria Regional de Ensino de Taquaritinga – 06/2008
A partir dessa pesquisa, podemos verificar que no ano 2000 foram
capacitados 437 professores, na Diretoria de Ensino de Taquaritinga.
No ano de 2001, o número de professores teve um aumento de 66%,
passando para 664 docentes capacitados; esse acréscimo ocorreu devido ao maior
interesse dos professores, pois muitos não sabiam como utilizar o computador.
Em 2002, apesar de uma pequena diminuição desses números, foram 633
professores capacitados.
Em 2003 e 2004, ocorreu uma grande queda no número de professores
capacitados. Na verdade, esse baixo índice ocorreu porque a maioria dos
professores já haviam feito os cursos nos anos anteriores. Da mesma forma, o
aumento nos anos subsequentes está relacionado à entrada de novos professores
além de novos cursos.
A partir do ano de 2005, o Núcleo de Informática deu início a orientações
técnicas para alunos com interesse em trabalhar na escola como “Aluno Monitor”.
Foram escolhidos três da cada escola, um para cada período do dia (manhã, tarde e
noite), sempre no horário contrário a seus estudos. A função do monitor era auxiliar
os professores na sala de informática. Principalmente no apoio da resolução de
problemas que surgissem durante as aulas, na manutenção dos computados e dos
softwares e zelo da sala de informática.
53
Em 2006, foram realizados os cursos Tecnologia da Informação e
Comunicação (TICs); nesses cursos, foram capacitados Diretores, Vice-Diretores e
Professores Coordenadores, com o intuito de auxiliá-los na parte administrativa da
escola.
O curso de Tecnologia da Informação e Comunicação é um conjunto de
recursos tecnológicos que, se estiverem integrados entre si, podem proporcionar a
automação e/ou a comunicação de vários tipos de processos existentes nos
negócios, no ensino e na pesquisa científica, na área bancária e financeira, etc. Ou
seja, são tecnologias usadas para reunir, distribuir e compartilhar informações, como
exemplo: sites da Web, equipamentos de informática (hardware e software),
telefonia, quiosques de informação e balcões de serviços automatizados.
Nos anos de 2006 e 2007, também foram capacitados professores para
trabalharem de forma diferenciada com os alunos com defasagem em aprendizagem
nas séries iniciais (5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental). Essas capacitações foram
específicas para professores de Língua Portuguesa com o título “Trilhas e Letras” e
professores de Matemática com o título “Números em Ação”. Depois de capacitados,
os professores apresentavam projetos nas escolas estaduais da Diretoria Regional
de Ensino, os quais eram analisados pelo Diretor, e/ou pelo Coordenador
Pedagógico, fazendo uma classificação dos melhores projetos para trabalhar no
Reforço/Recuperação com os alunos.
Procedeu-se também à análise de quais softwares estavam disponíveis para
as escolas públicas estaduais e quais vêm sendo utilizados pelos professores da
E.E. Capitão Joel Miranda, com ênfase nos programas voltados à questão
ambiental.
6.2 Inventário de softwares disponíveis para os professores
Segundo Tajra (2001), os softwares podem ser classificados em grupos
distintos descritos a seguir: software tutorial: programas onde são apresentados
alguns conceitos e instruções para realizações de tarefas; apresentam pouca
interatividade; software de exercitação: esse tipo de programa possibilita ao
professor passar a matéria em sala de aula sem a necessidade do uso de novas
tecnologias e depois levar os alunos até a sala de informática para que os mesmos
apliquem o que aprenderam em sala no computador para poderem visualizar melhor
54
e para a exercitação. Nesses dois primeiros grupos o aluno deve procurar novas formas e maneiras para “brincar” com a tecnologia e sua imaginação. O software de investigação é onde encontramos vários assuntos, informações diversas e
deparamo-nos com as enciclopédias. Muitas vezes, deparamo-nos com informações
desnecessárias ou incorretas por meio da Internet e cabe ao professor fazer sua
intervenção. O software de simulação é o que nos permite fazer experiências
diversas em várias situações e também nos permite ver digitalmente os grandes
fenômenos na natureza. Esse grupo de software exige que o professor tenha uma
habilidade quanto à análise dos possíveis acontecimentos. Nesse tipo de software, o
professor provavelmente deverá utilizar os cinquenta minutos de sua aula para
colher os resultados; dessa forma, é de vital importância que ele prepare sua aula
com antecedência para que não se surpreenda com algum imprevisto. Os softwares de jogos são os indicados para o lazer, diversão e entretenimento. Esse tipo de
software não é bem visto para a área educacional, mas esses softwares também
podem ser usados pelos professores com o intuito de ensinar tornando dessa forma
as aulas mais divertidas e atraentes. Os softwares abertos são aqueles em que as
produções livres dependem principalmente da criatividade do usuário; são, por
exemplo, as planilhas eletrônicas, os programas de gráficos de software, os bancos
de dados, os editores de textos. Os softwares gráficos são voltados para desenhos
e gráficos tornando mais ágil e fácil o trabalho do aluno. São os softwares de captura
de imagens, e isso pode ser feito de várias maneiras como, por exemplo, o uso de
um scanner ou mesmo através da Internet. Os softwares de autoria são aqueles
em que se montam aulas resgatadas de outros softwares e que se juntam a este
software. É excelente para professores que querem montar uma aula de uma forma
mais atraente para a disciplina que ele está lecionando ou mesmo em algum projeto
em que esteja trabalhando (TAJRA 2001).
Inicialmente, realizou-se um levantamento dos softwares que as escolas
estaduais receberam junto com a Oficina Pedagógica pertencentes à Diretoria de
Ensino de Taquaritinga. Para tanto, o professor responsável, Assistente Técnico
Pedagógico apresentou-nos vários softwares de distintas áreas.
Verificou-se que alguns dos softwares, apesar de serem relacionados a temas
específicos de diferentes disciplinas, podem e devem ser utilizados em aulas. Para
que isso ocorra, é preciso que o professor conheça o software com que deseja
55
trabalhar e dessa forma possa preparar a aula com antecedência no intuito de
produzir uma aula diferenciada.
De um total de 30 softwares envolvendo diferentes áreas do conhecimento,
encontramos seis que tratam especificamente de temas correlatos à questão
ambiental direta ou indiretamente. O primeiro é um software da área de História,
chamado Atlas de História Geral, que traz A Evolução dos transportes e
Transformação na Vida Cotidiana. O segundo também de História chamado Aztlan,
sobre a Comparação da vida cotidiana em duas cidades no século XVI: Asteca e
Europeia. O terceiro e o quarto softwares são da área de Matemática com os temas
Construção de tabelas com dados do cotidiano do aluno e a construção a análise
dos gráficos e os trabalhos com informações de jornais e comparação de gráficos. O
quinto é um software interdisciplinar chamado Os Caminhos e Descaminhos da
Globalização, permite a exposição de diversos assuntos do mundo globalizado,
inclusive questões ambientais, e um software chamado explorador de Ecologia das
Populações. O sexto software é da área de Ciências/Biologia, chamado Mamíferos,
que estuda as alterações provocadas pelo homem no planeta e o surgimento das
doenças.
Nos quadros abaixo, estão apresentados os 30 softwares disponíveis na
Diretoria de Ensino com destaque para a disciplina, objetivos e sugestões de
projetos.
56
QQUUAADDRROO 11 DDIISSCCIIPPLLIINNAA:: HHIISSTTÓÓRRIIAA
SSOOFFTTWWAARREE OOBBJJEETTIIVVOO SSUUGGEESSTTÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOOSS HISTÓRIA DO BRASIL
Estimular e servir de apoio à pesquisa do aluno e do professor no desenvolvimento de projetos. Analisar textos, mapas e biografias.
A sociedade brasileira no Período Colonial: seus hábitos e valores.
A construção da democracia ao longo da história brasileira.
MUSEU DA REPÚBLICA
Conhecer a vida política brasileira no Período Republicano.
A Era Vargas: avanços e retrocessos no Brasil.
A vida de minha cidade no Período Republicano.
A história de minha escola através da fotografia.
Montagem de um museu fotográfico na escola.
ATLAS DE HISTÓRIA GERAL
Permite ao educando consultar mapas, textos e índices cronológicos, associando-os às imagens e sons.
A vida cotidiana na Europa na época dos grandes descobrimentos marítimos.
A evolução dos transportes e transformações na vida cotidiana.
A civilização Asteca antes da chegada do europeu.
NEXUS – HISTÓRIA ANTIGA E MEDIEVAL
Permite análise e interpretação de textos do Mundo Antigo e Medieval, possibilitando a aprendizagem de conceitos de forma clara.
O trabalho e as relações sociais no Mundo Antigo e Medieval.
AZTLAN
Conhecer a civilização Asteca nos aspectos econômicos e sociais.
Comparação da vida cotidiana em duas cidades no século XVI: Asteca e Européia.
57
QQUUAADDRROO 22
DDIISSCCIIPPLLIINNAA:: MMAATTEEMMÁÁTTIICCAA
SSOOFFTTWWAARREE OOBBJJEETTIIVVOO SSUUGGEESSTTÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOOSS
BBUUIILLDDIINNGG
PPEERRPPEECCTTIIVVEE
Possibilita a exploração da perspectiva, desenvolvendo a percepção espacial e o raciocínio lógico, utilizando o movimento das diferentes posições de vários prédios de um quarteirão.
CCoonnssttrruuççããoo ddee mmaaqquueetteess ddee uumm qquuaarrtteeiirrããoo ccoomm pprrééddiiooss aallttooss ee ffaazzeerr aannáálliissee ddee ppeerrssppeeccttiivvaa ddooss mmeessmmooss..
CCoonnssttrruuççããoo ddee uummaa cciiddaaddee ddee 33xx33..
EEssttiimmaannddoo,, pprreevveennddoo ee pprroojjeettaannddoo..
CCAABBRRÍÍ GGEEOOMMEETTRREE IIII
Permite trabalhar com as figuras geométricas utilizando ponto, retas, circunferências, ângulos e outros.
CCrriiaaççããoo ddee ttooddaass aass ffiigguurraass ggeeoommééttrriiccaass ppllaannaass..
UUttiilliizzaarr aass ffiigguurraass ggeeoommééttrriiccaass ccoonnssttrruuííddaass ppaarraa ccoonnssttrruuççããoo ddee uumm jjaarrddiimm..
VViissuuaalliizzaannddoo aa pprroojjeeççããoo ddee uummaa ttaannggeennttee..
AAss ffoorrmmaass ggeeoommééttrriiccaass eexxiisstteenntteess nnaa rreessiiddêênncciiaa ddoo aalluunnoo..
LLeevvaarr aalluunnooss eemm pprraaççaa ppaarraa eessttuuddaarr aass ffoorrmmaass ggeeoommééttrriiccaass eexxiisstteenntteess ee ccoonnssttrruuiirr eemm ggrruuppooss oo jjaarrddiimm..
DDIIVVIIDDEE AANNDD CCOOQQUUEERR
Permite treinar as quatro operações através de um jogo, formulando hipóteses, pensando sobre relações entre os números, procurando padrões, raciocinando logicamente, trocando opiniões.
CCaallccuullaannddoo ee ffoorrmmuullaannddoo hhiippóótteesseess..
IIddeennttiiffiiccaannddoo aass pprroopprriieeddaaddeess ddaa ddiivviissããoo..
PPeennssaarr oo oorrççaammeennttoo ffaammiilliiaarr.. AAss ooppeerraaççõõeess mmaatteemmááttiiccaass
aapplliiccaaddaass nnaa ccoozziinnhhaa ddooss aalluunnooss..
FRACIONANDO
Estudo de frações, decimais e porcentagens e a inter- -relação entre essas grandezas.
Resolução de problemas. Ordenação de números decimais.
58
SIRACURA
Permite trabalhar com a geometria plana básica (segmentos, ângulos, paralelismo, triângulos, quadriláteros, circunferência, polígonos) e avançada (trigonometria, áreas, teorema de Tales e Pitágoras, bissetrizes, relações métricas no círculo e retângulo).
Criação de todas as figuras geométricas planas.
Utilizar as figuras geométricas construídas para construção de um jardim.
Visualizando a projeção de uma tangente.
As formas geométricas existentes na residência do aluno.
Levar alunos em praça para estudar as formas geométricas existentes e construir em grupos o jardim.
SUPERMÁTICAS:
ÁLGEBRA ÁLGEBRA BÁSICA ARITMÉTICA GEOMETRIA PRÉ- -ÁLGEBRA
É um laboratório de matemática informatizado que favorece revisão dos conceitos e propõe problemas com diferentes níveis de dificuldades.
Resolução de problemas. Trabalhando com pesos e
volumes. Análise de gráficos. Construção de figuras
geométricas. Trabalhando com potências e
raízes. Sistema de equação em
resolução de problemas do cotidiano.
THALES
Destina-se à exploração de atividades de mediação de ângulos, relações de ângulos em triângulos retângulos, razões trigonométricas no triangulo retângulo e círculo trigonométrico.
Relação métricas do triângulo retângulo.
Como se define um radiano. Resoluções de problemas
THE FACTORY
Simula uma linha de produção, desafiando o aluno a produzir um produto com diferentes formas geométricas, utilizando conceitos como: geometria, rotação e sequências de maneira lúdica.
Produção eficiente. Minha própria criação.
GRAPHERS
Representa graficamente dados que podem ser contabilizados ou classificados.
Construção de tabelas com dados do cotidiano do aluno.
Construção a análise dos gráficos.
Trabalhos com informações de jornais e comparar os gráficos.
59
QQUUAADDRROO 33
DDIISSCCIIPPLLIINNAA:: IINNTTEERRDDIISSCCIIPPLLIINNAARR
SSOOFFTTWWAARREE OOBBJJEETTIIVVOO SSUUGGEESSTTÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOOSS GLOBALIZAÇÃO
Permite tratar de diversos assuntos do mundo globalizado, tais como: Economia, Urbanização, Meio Ambiente, Tecnologia, Cultura, Política.
Resgatando a nossa Identidade. As condições sociais no Brasil hoje. O Universo em exploração. A relação geopolítica entre os Países
do Norte e Países do Sul. A questão ambiental. O desenvolvimento desigual do Espaço
Mundial. Os vícios neste “Novo Mundo”. A condição social da Mulher. As migrações e as condições sociais
no Brasil. O sistema Financeiro internacional:
reflexos nos países pobres. A poesia e a música como
instrumentos para a interpretação do mundo.
Analisando os números: Estudo interpretativo de nossa condição social frente aos países ricos.
Vida com qualidade.
QQUUAADDRROO 44
DDIISSCCIIPPLLIINNAA:: GGEEOOGGRRAAFFIIAA
SSOOFFTTWWAARREE OOBBJJEETTIIVVOO SSUUGGEESSTTÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOOSS ATLAS UNIVERSAL
Permite trabalhar as regiões brasileiras e mundiais de modo diferenciado combinando gráficos, textos e vídeos.
Viva o Brasil! Promovendo os estados brasileiros.
Construindo uma maquete do sistema planetário.
Por que ausência de vida nos demais planetas?
Ecologia. Curiosidades sobre o mundo.
SIMCITY 2000
Permite refletir sobre o que seria uma cidade bem administrada e com qualidade de vida.
CCriar uma cidade pequena. Construir uma maquete virtual da
cidade local. A qualidade de vida numa cidade. Opções de lazer para todas as faixas
etárias.
60
HELLO BLUE PLANET
Aprimorar a habilidade de pesquisa e verificação de fenômenos naturais, físicos e geográficos através de jogos. Fixar e aprofundar os conceitos de rotação e meridianos.
Viagem interplanetária. A terra e os movimentos. A comunicação via Internet e os fusos
horários.
QQUUAADDRROO 55
DDIISSCCIIPPLLIINNAA:: CCIIÊÊNNCCIIAASS//FFÍÍSSIICCAA
SSOOFFTTWWAARREE OOBBJJEETTIIVVOO SSUUGGEESSTTÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOOSS COMO AS COISAS FUNCIONAM
Permite ao aluno trabalhar com invenções e descobrir científicas da mais simples à mais complexa. Podendo utilizar máquinas; princípios da ciência; história e inventores.
O calor como forma de energia. Luz e suas cores. A eletricidade como forma de
energia. Conhecendo a vida dos grandes
inventores. As invenções e as transformações
na sociedade.
EDISON
Criar ou modificar elementos relacionados com a eletricidade compondo circuitos e aplicando diferentes tensões em simulações.
Construção de um circuito simples e paralelo virtualmente e no real.
Elaborar um circuito elétrico para utilizar amperímetro, homímetro e voltímetro.
INTERACTIVE PHYSICS
Laboratório de simulação da mecânica para demonstrar problemas e fenômenos de forma não-estática.
Criação de um cenário para entender o coeficiente de atrito.
Medindo o valor da velocidade e aceleração de um corpo.
INVESTIGAÇÃO EM ÓTICA
Permite simulação com sistemas óticos.
Criação de um sistema ótico simples.
Relacionando as doenças oftalmológicas com as lentes utilizadas para correção.
As ilusões de ótica. JOGOS DE FUNÇÕES
Permitem ao aluno trabalhar o movimento retilíneo uniforme e utilizam também conceitos matemáticos como proporção, equação e representação gráfica de funções.
Simulação do movimento retilíneo uniforme por algum objeto.
Representação gráfica de um problema.
61
QQUUAADDRROO 66
DDIISSCCIIPPLLIINNAA:: CCIIÊÊNNCCIIAASS // BBIIOOLLOOGGIIAA
SSOOFFTTWWAARREE OOBBJJEETTIIVVOO SSUUGGEESSTTÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOOSS
EXPLORADOR DE ECOLOGIA
Simula o crescimento e a interação entre populações e organismos em um ecossistema controlado. Permite realizar experimentos com diversas combinações imaginárias de espécies.
Observação do crescimento populacional.
Modificação do crescimento populacional.
Duas populações: Qual é a diferença?
Duas populações em competição. Introdução de um predador. Manutenção do equilíbrio. Analisando a taxa de natalidade e
mortalidade no Brasil. EXPLORADOR DE FOTOSSÍNTESE
Simula o processo de fotossíntese utilizado pelas plantas para produzir alimento através da luz, água e dióxido de carbono.
O que afeta as taxas de fotossíntese?
Por que as folhas são verdes? Respiração versus fotossíntese. A fotossíntese através de um
terrário. MAMÍFEROS
Enciclopédia composta de 1000 figuras e 50 vídeos e áudios. Permite pesquisas e a partir de palavras, figuras ou som.
SOS Natureza: Flora, Fauna e o Homem.
Florestas e seus animais. Mamíferos aquáticos. Alterações provocadas pelo
homem no planeta e o surgimento das doenças.
O CORPO HUMANO
Enciclopédia que permite aulas de anatomia virtual.
Entendimento do início da vida (Fecundação).
Analisando os produtos que nos alimentam e os seus (?) no nosso organismo. (Ap. digestivo).
O que o fumo provoca no sistema circulatório.
62
QQUUAADDRROO 77
DDIISSCCIIPPLLIINNAA:: IINNGGLLÊÊSS
SSOOFFTTWWAARREE OOBBJJEETTIIVVOO SSUUGGEESSTTÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOOSS VIRTUAL ENGLISH
Permite a simulação de habilidades com a linguagem através de textos escritos e falados.
Criando um diário. Criando cartões, convites, faixas. Fazendo análise dos Outdoors. Estatísticas de empresas
brasileiras com nomes em inglês. A influência da língua universal
em nosso país. QQUUAADDRROO 88
DDIISSCCIIPPLLIINNAA:: LLÍÍNNGGUUAA PPOORRTTUUGGUUEESSAA
SSOOFFTTWWAARREE OOBBJJEETTIIVVOO SSUUGGEESSTTÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOOSS
SHERLOCK
Permite ao aluno, através da investigação e criação, a utilização de textos como recurso de ensino- -aprendizagem, possibilitando trabalhar estruturas gramaticais, compreensão de textos e reflexões de temas específicos.
Investigação de textos criados pelo próprio aluno ou de poemas.
Aprendendo História com Sherlock.
Contando Histórias. Trabalhar textos de outras
disciplinas para analisar e interpretar seu conteúdo.
NEXUS – HISTÓRIA ANTIGA E MEDIEVAL
Permite análise e interpretação de textos do Mundo Antigo e Medieval, possibilitando a aprendizagem de conceitos de forma clara.
A criação de textos pelo aluno. A dramatização na sala de aula. Montando um jornal Escolar.
Todos os softwares levantados estão disponíveis na E.E. Capitão Joel
Miranda e não houve diferença nos softwares disponíveis.
Existem várias ferramentas para utilização do ensino com suas vantagens e
desvantagens. O educador deve usar a tecnologia como ferramentas educacionais;
o software como parte dessa ferramenta serve para dar suporte no processo de
ensino-aprendizagem do aluno. Assim, para que o professor use a tecnologia a seu
favor, é importante que ele tenha uma boa base do software com que deseja
trabalhar e principalmente que ele saiba manusear o computador (TAJRA, 2001).
63
Segundo Brandão (2008), não é somente termos o computador em salas de
aula que faz com que o aprendizado seja melhor, é preciso também verificar a
qualidade dos softwares utilizados nessa aprendizagem dos alunos, pois qualquer
tecnologia não serve se se trabalham com conteúdos falsos e ultrapassados, se o
método para a utilização do software for inadequado ou não utilizado para fins
pedagógicos e didáticos.
Quando a escola disponibiliza para o professor software para ajudá-lo na sala
de aula, é necessário e de suma importância que o professor avalie esse software e
use-o de forma adequada em relação às suas aulas. (TAJRA, 2001)
Para Bertoldi (1999), quando o profissional da área da educação está
despreparado para trabalhar com tecnologia, não possibilita que o professor faça
uma avaliação do software utilizado de forma adequada e por esse motivo muitas
vezes os softwares adquiridos não são utilizados por serem de baixa qualidade e,
em consequência, faz com que o laboratório de informática acabe ficando ocioso.
Para que o professor possa fazer uma avaliação dos softwares existentes nas
escolas, Tajra (2001) idealizou um questionário que seguiremos, para facilitar a
análise do software. Dessa forma, dois softwares relacionados ao meio ambiente
foram analisados baseados na metodologia de Tajra (2001). O primeiro chama-se
“Os Caminhos e Descaminhos da Globalização”, e o segundo é “Ecologia das
Populações Contato Inicial”.
A título de exemplo, escolheram-se dois softwares com temática
especificamente ambiental para uma descrição mais detalhada. O software
Caminhos e Descaminhos da Globalização é de autoria de Gilberto Andrade de
Abreu (2004), da Editora Interatives e Sistemas Educacionais Ltda.
É um software tutorial, onde são encontrados gráficos e um banco de dados,
tendo como público alvo alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. O
objetivo desse software é disponibilizar informações referentes à economia,
urbanização, tecnologia, política, cultura e meio ambiente.
Para que os professores e alunos tenham uma melhor compreensão sobre o
software, é necessário um conhecimento prévio dos assuntos nele relacionados.
História, Língua Portuguesa, Geografia, Ciências Físicas e Biológicas e Biologia, são
as disciplinas com maior afinidade com o software.
64
O software não oferece dificuldades de manuseio, e o professor pode intervir
nas atividades propostas sem maiores dificuldades. As questões assertivas
existentes já vêm com as devidas respostas assinaladas.
Com relação ao tempo de uso, dependerá da dinâmica do professor podendo
variar de uma consulta rápida a trabalhos diversificados. O software não é interativo,
pois os alunos somente escutam as informações que são passadas através de
locutores (um masculino e um feminino). Há apenas acesso a textos relacionados ao
tema ao lado das imagens.
Os gráficos apresentados são simples, não possuem cores diversas, mas são
de fácil interpretação, o que ajuda na compreensão do aluno. Os softwares aqui
estudados apresentam vários textos interessantes, não sendo necessária a
utilização de impressão dos mesmos, pois existe uma barra de rolamento ao lado
para que o aluno possa visualizá-lo de forma clara.
A tela inicial (FIGURA 5) apresenta algumas orientações de como melhor
utilizar o software em cada um dos sete capítulos, (Economia, Urbanização,
Tecnologia, Política, Cultura, Meio Ambiente e Conclusões).
No canto direito superior da tela inicial, aparece o nome “Prefácio” e no canto
esquerdo, “Globalização”. No prefácio, são feitas algumas considerações em relação
à escrita de livros. Já no ícone globalização aparece um menu de opções (Figura 6).
Figura 5 – Tela Inicial do software - Os Caminhos e Descaminhos da Globalização
65
Figura 6 – Tela do Menu Principal - Os Caminhos e Descaminhos da Globalização
Em relação aos diferentes temas propostos no software, cabem destaque as
opções tecnologia e meio ambiente. As demais janelas exemplificadas nas figuras
7, 8 e 9, apresentam temas correlatos à questão da tecnologia, citando pensadores
e suas teorias, resultados e as mudanças mais significativas, em uma linguagem
clara e objetiva, sempre acompanhado de ilustrações e gráficos explicativos.
Figura 7 – Tela da Opção Tecnologia - Os Caminhos e Descaminhos da Globalização
66
Figura 8 – Revolução Produtiva e Geração de Emprego - Os Caminhos e Descaminhos da Globalização
Figura 9 – A Teoria dos Grandes Ciclos - Os Caminhos e Descaminhos da Globalização
Vale destacar o terceiro subtítulo, (Figura 10) “Enfraquecimento dos
Sindicatos”, cujo texto compara os países desenvolvidos, onde as instalações de
alta tecnologia e os salários dos trabalhados são maiores por serem mais bem
qualificados, e os países subdesenvolvidos, onde ainda predominam instalações
fordistas e os salários são menores.
67
Figura 10 – Enfraquecimento dos Sindicatos - Os Caminhos e Descaminhos da Globalização
Ainda em relação ao primeiro capítulo, a figura 11 apresenta banco de dados,
onde estão descritos de forma resumida os principais acontecimentos relacionados à
revolução produtiva e à geração de empregos na história.
Figura 11 – Banco de Dados - Os Caminhos e Descaminhos da Globalização
No ícone Meio Ambiente do menu principal do software, surge uma tela com
cinco novas opções de escolha: “Desastres Ambientais Exemplares”, “As mudanças
Ambientais no Globo”, “O Elo Frágil da Corrente”, “A Sociedade que Consome a
Terra” e “A Ilusão do Progresso” (Figura 12).
68
Figura 12 – Tela de Opção Meio Ambiente - Os Caminhos e Descaminhos da Globalização
O segundo software apresentado, Ecologia das Populações Contato Inicial
(1993) é de autoria da Secretaria de Estado da Educação, da empresa Logal
Educational Softwares Ltda.
O programa tem como principal objetivo simular vários tipos de experimentos
relacionados principalmente à capacidade suporte do meio e das interações
predador-presa (figura 13).
Figura 13. Janela de Trabalho – Ecologia Populacional
69
O professor precisa ter apenas conhecimentos básicos de informática para
auxiliar os alunos no trabalho com o software, que é indicado principalmente para as
disciplinas de Ciências e Biologia.
Entretanto, o programa apresenta diferentes níveis de dificuldades, sendo
muito interativo, mudanças nas condições do ecossistema propostas pelo aluno ou
professor geram uma série de consequências (Figura 14).
Figura 14. Janela de Trabalho – Ecologia Populacional
O tempo destinado à utilização dessa ferramenta dependerá obviamente
principalmente do objetivo traçado pelo professor; cabe destacar que o programa
possui vasto conteúdo e possibilidade de interação.
Por exemplo, o software apresenta também informações e questões que
deverão ser respondidas pelos alunos em seus cadernos; logo após, o aluno pode
clicar na resposta e saber se respondeu à questão de forma correta. As telas,
gráficos e textos são bastante adequados. De forma geral, o software é muito
interessante, possui objetivos, é interativo e demonstra o funcionamento de
diferentes ecossistemas além de apresentar modelos de cenários futuros, após
alguma interferência.
Os softwares aqui apresentados são encontrados na escola pesquisada. São
softwares, com que os professores podem e devem trabalhar com os alunos no
intuito de melhorar o rendimento em sala de aula, utilizando os vários recursos
existentes. Esses softwares necessitam de uma preparação prévia, a fim de que o
70
professor consiga um bom rendimento da aula. Esse trabalho pode ser realizado de
forma interdisciplinar, ou seja, pode ser utilizado em várias disciplinas, como Língua
Portuguesa, Ciências e Biologia, História e Geografia. O professor deve ter,
portanto, capacitações para que possa utilizar a sala de informática com
desenvoltura e assim atingir seu objetivo maior que é ensinar.
6.3 Análise da prática de utilização dos laboratórios de informática
O questionário foi composto por vinte e uma questões dissertativas e
assertivas. Foram entrevistados professores de todas as áreas: Língua Portuguesa,
Inglês, História, Geografia, Matemática, Ciências, Química, Física, Biologia,
Educação Física, Artes e Filosofia. Dos trinta e três professores existentes na
unidade escolar, nove se recusaram a responder ao questionário.
a. Situação funcional do professor
Quanto à situação funcional, dos 24 Professores de Educação Básica II (PEB
II)1 entrevistados, 13 são Ocupantes de Função Atividade (OFA)2 e 11 são efetivos
conforme podemos observar na Figura 15.
1 O Professor de Educação Básica II (PEB II) tem curso superior, licenciatura de graduação plena, com habilitação específica em área própria ou formação superior em área correspondente e complementação nos termos da legislação vigente.
2 O professor Ocupante de Função Atividade (OFA) é o Professor de Educação Básica II não efetivo, mas com obrigações idênticas ao professor efetivo.
71
Figura 15: Situação Funcional do Professor
b. Formação Profissional
Os 24 professores da Escola Estadual Capitão Joel Miranda têm formação
plena, ou seja, todos são Professores de Educação Básica II (PEB II),
independentemente da formação acadêmica. Desse total, 19 são graduados em
áreas humanas, 15 são graduados em áreas de ciências exatas e apenas um possui
graduação em área das ciências biológicas (Figura 16).
A diferença entre os professores das Ciências Exatas e Humanas em relação
ao professor da área Biológica ocorre, pois a escola é pequena, e o professor que
ministra as aulas da área biológica durante o período da manhã é o mesmo do
período noturno. Como há apenas um professor, o uso da sala de informática é
pouco aproveitada. A falta de treinamento adequado faz com que os professores da
área de exatas tenham pouca utilização do tema transversal Educação Ambiental.
72
Figura 16: Formação profissional do Professor
Segundo Lara et al. (1998), um professor não surge de repente, de uma hora para outra. Para ser professor, é preciso um processo de formação profissional que lhe possibilite uma grande liberdade de escolhas, atuação consciente e um grande comprometimento social, fundamentado em valores que o levarão a desenvolver uma ação competente, crítica, transformadora e interativa.
c. Pós-graduação
Dos professores entrevistados, sete têm cursos de especialização (pós-
-graduação Lato Sensu); os demais possuem somente graduação em sua área de
atuação. Nenhum professor cursou pós-graduação Stricto Sensu (Figura 17).
Figura 17: Professores com pós-graduação
73
É possível observar que a formação exigida para os docentes das escolas
públicas é apenas a graduação e não um conhecimento mais profundo na sua área
de atuação. Muitas vezes, o professor utiliza um conhecimento prático, ou um
conhecimento teórico, oriundo do exercício acadêmico. Podemos concluir que a
aulas estão sendo ministradas por docentes que possuem um conhecimento
específico, mas com pouca preparação para a docência. O profissional que atua na
sala de aula de uma escola precisa preocupar-se deveras com as questões
específicas referentes à sua área de atuação; ser professor, entretanto, supõe o
domínio não só do seu campo específico de conhecimento, mas também a
apropriação de conhecimentos outros que o auxiliem a ensinar.
Para Nóvoa (2003), a formação é algo que pertence ao próprio sujeito e se
inscreve num processo de ser: as vidas e experiências, o passado, e num processo
de ir sendo: os projetos, as ideias de futuro. É uma conquista feita com muitas
ajudas: dos mestres, dos livros, das aulas, dos computadores, mas depende sempre
de um trabalho pessoal. Ninguém forma ninguém; cada um se forma a si próprio.
d. Tempo de experiência no magistério
Os resultados do tempo de magistério dos docentes entrevistados estão
apresentados na Figura 18. Notou-se uma grande diferença entre o tempo de
carreira no magistério dos professores da escola: enquanto a maioria está
começando a carreira de docente a minoria a está encerrando. Essa diferença de
tempo de experiência entre os professores é primordial, pois os mais experientes
podem auxiliar os mais novos em relação às práticas educacionais.
74
Figura 18: Tempo de magistério dos professores entrevistados
Segundo Tadif e Raymond (2000), os conhecimentos dos professores são temporais, pois são utilizados e se desenvolvem no âmbito de uma carreira profissional de longa duração no qual intervêm dimensões de socialização profissional e também fases e mudanças. A carreira é também um processo de socialização, isto é, um processo de marcação e de incorporação dos indivíduos às práticas e rotinas institucionalizadas das equipes de trabalho. Ora, essas equipes de trabalho exigem que os indivíduos se adaptem a essas práticas e rotinas, e não o inverso. Do ponto de vista profissional e da carreira, saber como viver numa escola é tão importante quanto saber ensinar na sala de aula. Nesse sentido, a inserção numa carreira e o seu desenrolar exigem que os professores assimilem também saberes práticos específicos aos lugares de trabalho, com suas rotinas, valores, regras, etc.
e. Disciplinas ministradas
A maior parte dos professores entrevistados são das áreas de Língua
Portuguesa e Matemática, como mostra a Figura 19. Isso ocorre devido ao maior
número de aulas dessas disciplinas na unidade escolar. Outro fator importante é que
alguns professores acumulam mais de uma disciplina, como no caso de Matemática
e Ciências, Ciências e Biologia, História e Geografia, Língua Portuguesa e Inglês.
Esses dados referem-se a professores do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
75
Figura 19: Número de professores em cada disciplina
f. Capacitação para utilização da informática
Nesta questão, obteve-se como resposta, independentemente da formação
acadêmica do professor, que todos os professores entrevistados foram capacitados
com um curso básico de informática, todos oferecidos pela Secretaria Estadual de
Educação. Todos os professores entrevistados, portanto, tinham pelo menos o curso
básico de informática, como mostra a Figura 20. Cabe destacar que alguns dos
entrevistados participaram de cursos sobre o mesmo tema em outras instituições.
Figura 20: Quantidade de professores participantes em capacitações de informática
76
Com a inserção dos computadores nas escolas públicas do Estado de São
Paulo, espera-se que os professores sejam mais bem capacitados e qualificados.
Para BRUNO (1996), essa qualificação é a capacidade de realizar trabalhos exigidos
pela tecnologia; portanto, exigência e vigência na área da educação.
g. Última atualização em informática
Ao serem questionados sobre o ano em que fizeram a última atualização em
relação à informática, percebeu-se pouca precisão na resposta, e sete professores
não souberam informar quando ocorreu essa capacitação, apenas que a haviam
feito (Figura 21).
Figura 21: Ano de conclusão de curso de informática
De qualquer forma, oito entrevistados realizaram sua capacitação nos últimos
três anos.
Já Oliveira (2001), em sua dissertação, nos mostra que em Dourados-MS,
61% dos professores entrevistados afirmaram que a atualização e o
aperfeiçoamento profissional foi o motivo de sua atualização, enquanto 39%,
informaram que foi a busca do conhecimento e utilização dos recursos da
informática.
Segundo Souza (2001), o mundo de hoje tem um grande processo de
geração de novos conhecimentos em praticamente todas as áreas. Em algumas
disciplinas, como exemplo, a Biologia, os avanços estão acontecendo rapidamente,
os livros existentes, mesmo os que foram lançados há pouco tempo, já estão sem
77
informações importantes. Em outras áreas, onde a transformação do conhecimento
corre de forma mais lenta, aparecem novos conceitos de como abordar e ensinar os
diferentes tópicos. Por outro lado, a disponibilidade crescente de informações
complementares e atualizadas em diferentes sites da Internet, faz com que os
alunos mais dedicados e que, com facilidade têm acesso à rede, cheguem à sala de
aula com informações que o professor muitas vezes desconhece. Vereza (2001)
assevera que, nos dias de hoje, a atualização de professores é essencial, pois suas
mãos detêm o mais importante trabalho social de que se tem conhecimento.
h. Motivos que levaram o professor a participar da capacitação
Os resultados sobre os motivos de participação na capacitação de informática
estão apresentados na Figura 22. As respostas foram diversas por se tratar de uma
pergunta aberta (dissertativa), mas notou-se que muitos professores procuraram
fazer a capacitação de informática com o propósito de melhorar seu rendimento em
sala de aula e/ou aumentar seu conhecimento.
Figura 22: Quais motivos levaram os professores a buscarem capacitação em informática
Oliveira (2001) afirma que a busca da capacitação dos professores de
Dourados-MS tem como preocupação o conhecimento da máquina e não sua
utilização na educação; segundo o autor, o computador não foi inventado para a
educação, mas para ser utilizado na educação.
78
Segundo Almeida (2006), o professor deveria estar preparado para trabalhar
com o aluno através da informática, para que pudesse buscar informações a serem
utilizadas na construção do conhecimento, nas disciplinas de conteúdos específicos,
na pesquisa de exploração de simulações e no desenvolvimento de conceitos que
podem estar relacionados com áreas distintas do conhecimento.
i. Utilização do laboratório de informática
Todos os professores entrevistados utilizam a sala de informática; a maioria
dos entrevistados, 57%, utilizam a sala de informática de 1(uma) a 3(três) horas por
semana; empatados em 17% são os professores que não utilizam o laboratório de
informática ou utilizam de 4(quatro) a 7(sete) horas por semana e 9% dos
professores entrevistados utilizam mais de 8(oito) horas por semana. (Figura 23)
Figura 23: Tempo de utilização da sala de informática pelos professores
Segundo Oliveira (2001), a grande maioria, 89% dos professores
entrevistados utilizam o laboratório de informática de 1(uma) a 3(três) horas por
semana, seguida de 8% que utilizam o laboratório de 4(quatro) a 7(sete) horas por
semana e apenas 2% que utilizam o laboratório mais de 8(oito) horas por semana.
Para Almeida (1991), se o computador for utilizado como um auxílio de
reflexão pedagógica, o docente pode tomar consciência de sua própria prática e
tentar modificá-la. No entanto, para que isso ocorra, é necessário que o professor
79
tome ciência de suas dificuldades para que possa identificá-las, assumindo suas
limitações e assim procurar formas de intervenção para promover o desenvolvimento
do aluno de informática.
Podemos dizer, então, que a quantidade de horas que o professor passa na
sala é suficiente ou não, dependendo de que forma o educador esteja utilizando a
sala.
j. Finalidade do uso da sala de informática
Diferentes respostas foram apresentadas pelos entrevistados (pergunta
aberta), mas nota-se pelos resultados apresentados na Figura 24 que a maioria dos
professores utiliza a sala de informática para digitar provas e realizar pesquisas e
comunicações pessoais pela internet, o que demonstra a sua utilização dos recursos
da sala de informática e corrobora os resultados encontrados para o tempo de uso
das salas (a maioria utiliza poucas horas por semana).
Figura 24. Finalidade do uso da sala de informática pelo professor
Uma escola que não utiliza, ou melhor, que não unifique os novos meios
informáticos, tem uma grande oportunidade de se tornar uma escola antiquada.
Segundo Adell (1997), “As tecnologias de informação e comunicação não são mais
80
uma ferramenta didática ao serviço dos professores e alunos... elas são e estão no
mundo onde crescem os jovens que ensinamos...”.
k. Desenvolvimento de atividades com alunos, sem projetos
Segundo Thurler (2001), projeto é a expressão de uma vontade explícita e
partilhada do estabelecimento escolar para responder às necessidades dos alunos.
A autora diz ainda que a ideia de projeto é inseparável da visão e do sentido da ação
e “supõe que ninguém aja sem projeto e ninguém deixa de ter projeto”.
A maioria dos professores não têm o hábito de frequentar a sala de
informática, para o desenvolvimento das aulas com os alunos. Isso ocorre por vários
motivos, como podemos observar na figura 25.
Figura 25. Desenvolvimento de atividades com alunos, sem projetos na sala de informática
81
l. Motivo da não-utilização da sala de informática
Um dos principais motivos apresentados em relação à não-utilização da sala
de informática refere-se à insegurança do professor. Mesmo tendo participado do
curso de informática, apoio dos monitores e disponibilidades de diferentes softwares,
a maioria dos entrevistados afirmaram que a insegurança prevalece ao incentivo que
a tecnologia pode apresentar (Figura 26).
Figura 26. Motivo da não-utilização do laboratório de informática
Oliveira (2001) diz que o mesmo acontece com 63% dos professores
entrevistados, com relação à insegurança para trabalhar no laboratório de
informática; logo após, com 33%, vem a falta de um monitor no laboratório de
informática e 4% dizem que não há horário disponível para a utilização da sala de
informática. Novais (2005) nos assegura que, apesar das dificuldades citadas pelos
professores entrevistados, os educadores que trabalham em nossos
estabelecimentos de ensino vivem em uma época que permite encontrar formas
para vencer a falta de entrosamento entre a sociedade e a escola. Outro fato que
nos chamou a atenção é que 83% dos professores não responderam à questão, o
que nos leva a crer que existem outros motivos, como por exemplo, a falta de prática
de trabalhar com softwares, aqui não relacionados, para a não-utilização da sala de
informática.
82
m. Desenvolvimento de projetos antes da instalação da sala de informática
Apenas um professor desenvolveu dois projetos, um sobre Biblioteca de
Filosofia e um segundo sobre “Grandes nomes da Humanidade”. Outra resposta
encontrada é que muitos professores não estavam nessa escola antes da chegada
dos computadores. Dos 24 professores entrevistados, apenas 4% estavam na
escola antes da implantação das salas de informática (Figura 27).
Figura 27. Projetos realizados pelos professores antes da chegada dos computadores na escola
n. Desenvolvimento de projetos após a instalação da sala de informática
No período estudado, constatou-se que quatro professores utilizaram a sala
de informática para a realização de projetos com alunos — trabalhos nas áreas de
Física, com o tema “Fundamentos do laser”; na área de Matemática, com o título
“Jogos matemáticos” e “Números em ação”; na área de Língua Portuguesa, com o
tema “Trilhas e Letras”; “Adote uma árvore” foi o título na área de Ciências/Biologia
(Figura 28).
83
Figura 28. Projetos realizados pelos professores após a chegada dos computadores na escola
Segundo Hernández (1998), o trabalho por projeto não deve ser visto como
uma opção puramente metodológica, mas como uma maneira de repensar a função
escolar. Esse entendimento é de vital importância, pois os professores que buscam
apenas conhecer os procedimentos para o desenvolvimento de projetos, acabam se
desmotivando, pois não existem projetos prontos que possam envolver a realidade
de sala de aula, do contexto escolar. A grande maioria não utilizou a sala de
informática, mesmo após a chegada dos computadores, e os principais motivos
estão relacionados na questão seguinte.
o. Motivo por não desenvolver projetos
Os resultados encontrados para o não-desenvolvimento de projetos na sala
de informática estão apresentados na Figura 29. Grande dificuldade dos professores
está associada ao tempo para preparar e elaborar o projeto para a sala de
informática. Isso realmente ocorre devido à nova Proposta Curricular da Secretaria
da Educação do Estado de São Paulo, em que os professores receberam uma
apostila e, embasados nela, devem preparar suas aulas. Quanto à falta de horário
vago no laboratório de informática, isso não ocorre, pois existe um sistema de
agendamento da supracitada sala.
84
Figura 29. Motivos que levaram o professor a não desenvolver projetos na sala de informática
Segundo Ripper (1996), ao analisarmos a formação de professores para o
uso das novas tecnologias, há a necessidade de formá-los para uma nova etapa em
que a humanidade vive. Ainda segundo a autora, a formação que os professores
recebem corresponde ao modelo da chamada primeira revolução industrial, onde a
produção em série é o que importa. Nesse sentido, o professor era tido como
eficiente, na medida em que conseguia transmitir da melhor forma possível os
conhecimentos já acumulados pela sociedade.
p. Utilização de software sobre meio ambiente com alunos
Nos resultados apresentados na Figura 30, observa-se que apesar do
investimento do governo estadual no que diz respeito à informática, a maioria — 24
professores — disse que não utiliza softwares sobre meio ambiente com seus
alunos. Umas das justificativas encontradas nas respostas apresentadas pelos
professores é que com a nova proposta da Secretaria da Educação, não foi enviado
conteúdo para se trabalhar na sala de informática. Acreditamos que não é função da
Secretaria da Educação indicar ou separar os conteúdos que possam ser
trabalhados na sala de informática, pois diversos assuntos são perfeitamente
abordados utilizando a informática.
85
Outra resposta é que a quantidade de computadores existentes na sala é
pequena em relação à quantidade de alunos. Conhecemos professores que,
criativamente, conseguem trabalhar com uma quantidade grande de alunos, mesmo
com poucos computadores, dividindo, por exemplo, a classe em dois grupos e
atribuindo-lhes atividades distintas.
Alguns professores disseram não saber quais softwares estão disponíveis na
escola. Percebemos aí uma contradição, já que as coordenadoras afirmaram ter-
-lhes apresentado os softwares no início do ano letivo.
Outra resposta frequente é a de que não há tempo nem sala à disposição.
Ocorre, nesse caso, outra contradição porque, em entrevista, uma das
coordenadoras relatou que existe uma lista para agendar horários para utilização da
sala de informática e que há sempre diversos horários vagos para a sua utilização.
A única resposta positiva está associada à utilização da sala de informática
para pesquisa na Internet, pesquisas sobre ecossistemas, população, seres vivos,
ciclo da matéria, sucessão ecológica e desequilíbrio ambiental. O tempo utilizado
pela professora é de aproximadamente quatro aulas, dependendo do tema
abordado, e os resultados obtidos com esse trabalho estão relacionados ao bom
desempenho do aluno, evidenciado nas apresentações de seminários e/ou
relatórios.
Figura 30: Quantidade de professores avaliados que utilizam os softwares de Meio Ambiente
86
Para Reigota (2004), “do ponto de vista de atitudes e comportamento, o
professor e a escola como um todo devem proporcionar ocasiões de ensinar
procedimentos de modo que os alunos possam tomar decisões, atuar de fato,
exercer posturas que demonstrem a aquisição e o exercício de valores relativos à
proteção ambiental e à garantia de qualidade de vida para todos”. Outros autores
como Brugger (1994), Dias (1993) e Layrargues (1999) consideram que “conhecer
para preservar” não é satisfatório para formar um cidadão que pretende ser crítico.
Dessa forma, a instituição de ensino não pode apenas levantar discussões, mas
deve promover ações educativas que o educando juntamente com a escola possam
evitar a degradação do meio ambiente. Portanto, para que isso ocorra, e o aluno
visualize o resultado, é conveniente a utilização de software que provoque ações
nesse sentido.
q. Incentivo da gestão escolar para trabalhar na sala de informática com os softwares de meio ambiente
A figura 31 mostra que do total de entrevistados, 18 professores responderam
que existe sim incentivo por parte da gestão escolar para a utilização da sala de
informática. Essa orientação, entretanto, não é específica em relação à questão
ambiental. Com relação a professores que disseram não (6), o motivo foi não terem
procurado a gestão escolar para discutir sobre esse assunto. Nesse caso, os
docentes não precisam procurar a gestão escolar, é competência da Coordenação
Pedagógica da escola incentivar os professores a utilizarem a sala de informática.
Outra resposta encontrada foi a falta de material disponível. Não foi
especificado pelo professor que tipo de material a que se estava referindo, mas de
acordo com a coordenação pedagógica da escola todos os pedidos feitos pelos
professores foram atendidos.
87
Figura 31: Quantidade de professores avaliados quanto ao incentivo na utilização de softwares
r. Vantagens na utilização da sala de informática
Nesta questão, procurou-se analisar se o professor acredita que o aluno
aprende mais com o uso da sala de informática. De acordo com a Figura 32, a
grande maioria — 21 professores — acredita que sim, é vantajoso utilizar a sala de
informática para que os alunos aprendam, pois possibilita a diversificação no
processo de ensino-aprendizagem, uma vez que as aulas são dinâmicas, tornam-se
mais interessantes e dessa forma facilita a aprendizagem dos alunos; isso faz com
que os discentes fiquem mais motivados a aprender e a buscar mais conhecimentos,
enquanto três professores responderam que não.
88
Figura 32: Quantidade de professores avaliados que encontram vantagens na utilização da sala de informática
O que chama a atenção, nesta questão, é que a maioria dos professores
afirmam que existem vantagens na utilização das salas de informática, mas
consoante já apresentado (fig. 28), apenas 17% dos professores levam seus alunos
até os computadores.
s. Melhora do aluno com o uso do laboratório de informática
Os resultados dessa avaliação estão apresentados na Figura 33 e estão
relacionados com as seguintes informações: os alunos apresentam grandes
mudanças quando utilizam a sala de informática, mudanças essas tanto no
comportamento em sala de aula como no processo de aprendizagem.
89
Figura 33. Identificação de melhora do aluno após a utilização do laboratório de informática
Staa (2006) afirma que, em 2005, a comunidade científica conseguiu mostrar
que computadores e Internet estão associados a um melhor desempenho dos
alunos nas habilidades que devem ser desenvolvidas na escola, tais como Leitura e
Matemática. Novamente a maioria do professores entram em contradição com a
figura 28, pois afirmam que a utilização da sala de informática auxilia de alguma
forma o aluno a melhorar seu rendimento, seu comportamento, sua auto-afirmação,
mas apenas 17% dos professores utilizam a sala.
t. Motivos da melhora dos alunos
Cabe destacar que a melhora dos alunos foi associada a uma série de
questões, entre elas:
o computador, principalmente a Internet, abrange maior área de
conhecimento;
lidar com informática faz com que o aluno sinta-se mais motivado e
disposto para aprender, pois trata-se de uma ferramenta dinâmica;
os alunos gostam de sair da rotina e ter atividades diferenciadas;
interesse dos alunos sobre a tecnologia;
facilidade de resolução de exercícios propostos e menor necessidade
de acompanhamento do professor;
90
como as aulas são diferenciadas, o aluno sente-se incentivado e
motivado;
o comportamento e a aprendizagem são facilitados.
u. Conceitos e opiniões dos professores com relação à tecnologia
O professor tem conhecimento de que a tecnologia não está agregada
somente aos computadores, ou seja, existem vários outros tipos de tecnologias
existentes que podem e devem ser utilizadas pelos professores para tornar suas
aulas mais atrativas. (Figura 34)
Figura 34. Recursos tecnológicos que poderiam ser utilizados pelos professores em sala de aula
91
Dentre as alternativas tecnológicas disponíveis para facilitar o processo de
ensino-aprendizagem, destacam-se as relacionadas a imagens e sons, pois o aluno
quando visualiza o texto de uma forma diferenciada como, por exemplo, com o uso
de um data-show, ou quando ele ouve um poema lido pelo próprio autor através de
um CD ou DVD, ele se concentra mais e isso torna a aula mais dinâmica. (Figura 35)
Figura 35. Alternativas tecnológicas para facilitar o ensino-aprendizagem
Nesta questão, buscou-se avaliar a percepção do professor sobre alternativas
tecnológicas para avaliação do aluno dentro de sua área específica. Foram vários os
tipos de alternativas apontados para avaliar o aluno; cabe ao professor ver qual o
melhor tipo para que ele possa utilizá-lo de forma correta sem prejuízo para os
alunos e com uma resposta adequada ao objetivo da avaliação. (Figura 36)
92
Figura 36. Alternativas para avaliar o aluno através da tecnologia
Por estarem há pouco tempo na rede estadual de ensino, alguns professores
não tiveram ainda um curso de informática adequado para se familiarizarem com os
softwares disponíveis para sua área. Mesmo os professores já capacitados precisam
atualizar-se sempre, pois apesar de já terem feito algum curso de informática, o não
manuseio do software faz com que os professores “esqueçam” como trabalhar com
ele de forma adequada.
Essa afirmação pode ser percebida pelas respostas dos entrevistados sobre
os meios de se adquirir habilidades para as ferramentas tecnológicas. Grande parte
das respostas refere-se ao treinamento constante. (Figura 37)
93
Figura 37. Meios que possibilitem os professores adquirir habilidades para utilizar as ferramentas
tecnológicas
Em geral, o professor demonstrou, através do questionário, que o aluno se
desenvolve muito mais com o uso de tecnologia. As principais habilidades adquiridas
pelos alunos através da informática, segundo os entrevistados são: agilidade de
raciocínio, capacidade de trabalhar com várias tecnologias e melhora na capacidade
de interpretação e compreensão (Figura 38).
Figura 38. Habilidades adquiridas pelos alunos quando o professor utiliza a tecnologia
94
Com essa análise, concluiu-se que, apesar de o professor ainda sentir muita
resistência em relação ao uso de novas tecnologias, ele entende que as mudanças
de estratégias são necessárias no intuito de construir o processo de ensino-
-aprendizagem.
Essas mudanças estão intrinsecamente associadas aos investimentos do
Estado na capacitação contínua do professor e da infraestrutura dos laboratórios de
informática.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho aqui realizado constituiu-se de um levantamento de dados sobre
questões relacionadas à educação, informática e meio ambiente. Ele nos mostra que
mais pesquisas são necessárias para que encontremos um entendimento entre a
sociedade e a informática e, principalmente, com a instituição de ensino.
Existe a necessidade de mudanças na educação, para formar o novo cidadão
da sociedade do conhecimento; essas mudanças abrangem metodologia interativa
de comunicação, colaboração e criatividade de todos (professores, coordenadores,
gestores da escola e alunos), exige um trabalho coletivo, com grupos de discussão,
parcerias e principalmente cooperação.
A partir dessas considerações, concluímos que, apesar de estarmos no início
do século XXI, a utilização de softwares para fins educativos, especialmente sobre
meio ambiente, é muito pequena. O processo ensino-aprendizagem deverá ser
também através dos computadores, e os professores deverão estar preparados para
essa diversidade do ensino.
Entretanto, existem muitas dificuldades pelas quais esses profissionais
passam. A insegurança é apontada como o principal obstáculo, fazendo com que os
professores não utilize a sala de informática, a última capacitação foi no ano de
2006, quando apenas 13% (3 professores de um total de 24 professores)
participaram. Seria necessária uma capacitação permanente, para que pudessem,
dessa forma, melhorar a qualidade de suas aulas.
A maioria dos professores (57%) utiliza a sala de informática de uma a três
horas por semana com o intuito de digitar avaliações, realizar pesquisas e
comunicações pessoais, utilizando a internet; apenas um professor utilizou a sala de
informática para desenvolver projetos com os alunos.
96
Os motivos da não utilização da sala para projetos estão centrados na falta de
segurança diante do computador; na falta de informações técnicas; e na falta de
uma elaboração do projeto de informática. Os professores se justificam, afirmando
não haver tempo suficiente pra elaborar e executar um projeto, além de falta de
horário vago no laboratório, espaço físico para melhor satisfazer suas obrigações
com a educação e falta de condições para um trabalho adequado. Declararam
também que a quantidade de software para se trabalhar com meio ambiente ainda é
pequena.
A sala de informática não deve ser utilizada somente para explorar conteúdos
específicos das disciplinas, ela deve ser aproveitada ao máximo. Além disso, os
professores podem e devem utilizar outros recursos tecnológicos audiovisuais, tais
como, videocassete, projetores de slides, retroprojetores, gravações de músicas,
televisão, fazendo com que estes recursos façam parte do novo processo de ensino-
aprendizagem.
Percebemos que existem vantagens quando utilizamos o computador para
ensinar, mas é preciso que o professor saiba trabalhar com o instrumento de forma
adequada e, assim, enriquecer o processo de ensino-aprendizagem.
Através dos dados colhidos, podemos observar que somente a implantação
dos computadores na escola não é suficiente; é preciso que os professores tenham
um preparo a fim de que o computador seja uma ferramenta para os professores e
para os alunos.
Podemos concluir, então, que encontramos professores não preparados para
usar as novas tecnologias na educação, pois não foram capacitados de maneira
satisfatória. É muito importante que se faça uma atualização dos profissionais para a
utilização da sala de informática. Também é muito importante que se criem
mecanismos de manutenção dos computadores na escola e também espaço físico
suficiente para a acomodação dos equipamentos e dos alunos que irão utilizá-los.
Sabemos que existem diferenças entre os professores; não esperamos,
portanto, que todos saibam utilizar o computador, pois há aqueles que não gostam
de computadores, ou não acham que seja necessária sua utilização para o processo
de ensino-aprendizagem; existem, no entanto, os que gostam de inovações. Essas
atitudes devem ser respeitadas, pois. Devemos tornar a prática da utilização da
informática no cotidiano escolar e na experiência profissional do professor, pois
97
temos a convicção de que a utilização do laboratório de informática pode melhorar
muito a qualidade da prática docente.
8 RECOMENDAÇÕES FINAIS
A informatização da escola, em áreas pedagógicas, está ligada a outras
mudanças estruturais que vêm acontecendo na escola e não deve ser vista
separadamente. A escola como um todo necessita de mudanças, e a utilização das
tecnologias é um dos elementos dessas mudanças. No centro, aparece um novo
papel para o professor, como orientador e colaborador na aprendizagem dos alunos
(GALLETA, 2002).
É muito importante que se faça um estudo mais aprofundado no que diz
respeito à informática e educação, para que os professores possam fazer uso da
informática na prática pedagógica. Outros pontos relevantes são:
Verificação dos avanços e as dificuldades dos professores com relação à
utilização das salas de informática e, através da análise dos resultados, fazer
recomendações para uma busca constante de utilizações;
Investigar o porque do professor, mesmo depois de ter sido capacitado pela
Diretoria de Ensino, ainda não faz uso da sala de informática;
Qual são os motivos que levam o professor sair da sala de aula para uma
capacitação se depois de capacitado o mesmo não utiliza o que aprendeu com os
alunos;
Pesquisar novos softwares relacionados a meio ambiente, e que se possa
trabalhar de forma interdisciplinar;
Analisar as vantagens e desvantagens no que diz respeito ao ensino-
aprendizagem geradas após a utilização da sala de informática.
Temos consciência de que a evolução da tecnologia é iminente e que os
professores devem acompanhar essa evolução. Devem procurar, por conseguinte,
novas metodologias visando a despertar o interesse e a participação do aluno no
processo ensino-aprendizagem.
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TARDIF, M., RAYMOND D., Saberes, Tempo e Aprendizagem do Trabalho no Magistério. Educação & Sociedade, ano XXI, nº 73, Dezembro/00.
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TARJARA, S. F. Informática na Educação: Novas ferramentas pedagógicas para o
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TAKAHASHI, T. (Org) 2000. Sociedade da Informação no Brasil: Livro Verde.
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THURLER, M. G., Inovar no Interior da Escola. Trad. Jeni Wolff. Porto Alegre:
Artmed, 2001.
VALENTE, J. A. & ALMEIDA, F. J. Visão Analítica da Informática no Brasil: a
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SBIE, nº 1, 1997. (Após os 4 VALENTE, J. A.)
VALENTE, J. A. Os diferentes usos de computadores. In: VALENTE, J. A.
Computadores e conhecimento – repensando a Educação. Campinas-SP:
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_________________ O computador na sociedade do conhecimento. In VALENTE,
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_________________ Informática Na Educação No Brasil: análise e
contextualização histórica. Disponível em:
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________________ Análise dos Diferentes Tipos de Software Usados na Educação Disponível em: http://br.geocities.com/secdrr/valente.htm Acesso em: 19
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VEREZA, L. Atualização e Qualificação, um Direito dos Professores. Disponível
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VIDIGAL, L. Os testemunhos orais na escola. Porto: Asa, 1996.
VYGOTSKY, L. A Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
APÊNDICES 01
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA – UNIARA
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente –
Mestrado
Prezado(a) Coordenador(a)
O uso de computadores chegou à educação graças às mudanças tecnológicas
que estão acontecendo nas últimas três décadas. Essas mudanças trouxeram
transformações tanto na parte de produção como também na parte cultural. Por isso,
solicitamos o preenchimento deste questionário para podermos verificar essas
modificações.
Agradecemos antecipadamente pela sua atenção.
Marcos Rogério da Cunha – Mestrando
01. Nome da escola que coordena?
02. Em que ano foi criada a escola?
03. Localização da escola?
04. Qual é sua formação?
05. Quanto tempo você está exercendo essa função?
06. Quantos professores atuam na escola?
07. Quantos alunos a escola atende no Ensino Fundamental?
08. Qual o nível sócio-econônico dos alunos que estão matriculados nessa escola?
09. A escola possui Sala de Informática? ( ) sim ( ) não
Em caso afirmativo, responda às questões abaixo:
10. Em que ano chegaram os computadores à escola?
11. Quando os computadores chegaram à escola, você já fazia parte do quadro
administrativo?
( ) sim ( ) não- Que cargo você ocupava?
12. Como foi a chegada dos computadores à escola?
110
13. Houve cursos para capacitar os professores?
( ) sim ( ) não
Em caso afirmativo, responda às questões abaixo:
14. Quem promoveu esses cursos?
( ) Secretaria Estadual da Educação
( ) Secretaria Municipal de Educação
( ) Diretoria de Ensino
( ) A própria escola
( ) Outros -
15. Os professores tiveram interesse em participar dos cursos oferecidos?
( ) sim ( ) não
16. Na sua escola, quantos professores e de quais disciplinas fizeram esse curso de
capacitação em Informática?
17. Na Sala de Informática, quantos computadores existem na escola para os alunos?
18. Qual a relação média entre alunos e computador?
19. Os computadores estão sendo utilizados? ( ) sim ( ) não
Em caso positivo, responda às questões abaixo:
20.Quantos professores utilizam os computadores na Sala de Informática?
21. Quais são as disciplinas que eles lecionam na escola?
22. Há softwares relacionados ao meio ambiente na escola para que os professores
possam utilizá-lo?
( ) sim – Quais?
( ) não
23. A escola faz atividades juntamente com a comunidade relacionada à sala de
informática?
( ) sim – Quais?
( ) não
APÊNDICES 02
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA – UNIARA
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente –
Mestrado
Prezado(a) Professor(a)
O uso de computadores chegou à educação graças às mudanças tecnológicas
que estão acontecendo nas últimas três décadas. Essas mudanças trouxeram
transformações tanto na parte de produção como também na parte cultural. Por isso,
solicitamos o preenchimento deste questionário para podermos verificar essas
modificações.
Agradecemos antecipadamente pela sua atenção.
Marcos Rogério da Cunha - Mestrando
01. Nome da escola que leciona?
02. Qual é sua formação?
03. Quanto tempo você está exercendo essa função?
04. Quais são as disciplinas que você leciona na escola?
05. Você participou de algum curso de capacitação em Informática?
( ) sim – Quais?
( ) não
06. Quem promoveu esses cursos?
( ) Secretaria Estadual da Educação
( ) Secretaria Municipal de Educação
( ) Diretoria de Ensino
( ) A própria escola
( ) Outros
112
07. Há softwares relacionados ao meio ambiente na escola?
( ) sim – Quais?
( ) não
08. Você participou de algum curso de capacitação dos softwares que a escola possui?
( ) sim – Quais?
( ) não
09. Você utiliza os softwares sobre meio ambiente com seus alunos?
( ) sim ( ) não
10. Quais os mais utilizados? Por quê?
11. Quanto tempo você destina para esse trabalho?
12. Quais os resultados obtidos com esse trabalho?
13. Você sente dificuldade em trabalhar com os softwares sobre meio ambiente?
( ) sim ( ) não
14. Em caso afirmativo, quais as dificuldades que você encontrou?
15. Você encontra incentivo da gestão escolar para trabalhar na sala de Informática com
os softwares de meio ambiente? ( ) sim ( ) não
16. Você foi preparado em seu curso de graduação para trabalhar com informática na
sala de aula?
( ) sim ( ) não
17. Na sua escola já foi elaborado algum projeto relacionado ao meio ambiente através
do uso dos computadores?
( ) sim ( ) não
18. No caso afirmativo, quais são os projetos? E qual o resultado?
19. Em caso negativo, por quê?
20. Quais as vantagens que a sala de informática traz para o seu trabalho?
APÊNDICES 03
QUESTIONÁRIO PARA O PROFESSOR - INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
Questionário aplicado os professores da Escola Estadual Capitão Joel
Miranda (Santa Ernestina-SP), para avaliação da utilização dos laboratórios de
informática recebidos do Governo do Estado de São Paulo através do
PROINFO/MEC. Modificado de OLIVEIRA (2001) e JOLY e SILVEIRA (2003).
IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA: E. E. CAPITÃO JOEL MIRANDA - SANTA ERNESTINA (SP). DIRETORIA REGIONAL DE ENSINO DE TAQUARITITNGA – SP QUESTÕES
1. Situação Funcional do professor: ( ) Professor Efetivo PEB II ( ) Professor Ocupante de Função Atividade PEB II
2. Formação Profissional:
2.1 ( ) Ciências Biológicas ( ) Ciências Exatas
( ) Ciências Humanas
2.2 Pós-graduação
( ) Lato-sensu ( ) Stricto-sensu
3. Tempo de experiência no magistério ________________ anos.
4. Disciplinas que leciona:
Ensino Fundamental:
SÉRIES DISCIPLINAS 5ª 6ª 7ª 8ª
114
Ensino Médio:
SÉRIES DISCIPLINAS 1º 2º 3º
5. Recebeu capacitação para utilização dos recursos de informática:
( ) Grupos de estudo, na escola
( ) Capacitação no NRTE (Diretoria de Ensino)
( ) Cursos em escolas de informática
( ) Cursos de extensão em universidades
( ) Outros
Se NÃO recebeu capacitação pule para questão 8.
6. Quando concluiu a última atualização em informática educativa?
Mês/ Ano
7. Que motivo o levou a buscar a capacitação?
8. Utiliza(ou) o laboratório de informática:
( ) uma a três horas por semana
( ) quatro a sete horas por semana
( ) mais que oito horas por semana
( )não utiliza(ou) –(se assinalou esta, responda à questão 11)
9. Finalidade:
( ) digitar provas e trabalhos
( ) participar de grupo de estudos
( ) desenvolver atividades com alunos, SEM projetos
( ) desenvolver atividades com alunos, COM projetos
( ) realizar pesquisas e comunicações pessoais utilizando a Internet
115
10. Se desenvolve(u) atividades com alunos, SEM projetos, cite alguns:
11. Se não utiliza(ou) o laboratório, por qual motivo?
( ) sente-se inseguro para trabalhar com informática
( ) falta de tempo em sua carga horária
( ) falta de horário vago no laboratório
( ) falta de incentivo por parte da coordenação pedagógica
( ) Insegurança gerada pela falta de funcionário (técnico)
responsável pelo laboratório
( ) outros
Desenvolvia algum Projeto (de trabalho cooperativo, interdisciplinar ou
outros) com os alunos, ANTES da instalação do laboratório na escola?
( ) Sim. Quantos projetos ( ) Não
TEMAS DE ALGUNS PROJETOS DISCIPLINAS ENVOLVIDAS
116
12. Desenvolve(u) algum Projeto(de trabalho cooperativo, interdisciplinar ou outros) com os alunos, APÓS a instalação do laboratório na escola?
( ) Sim. Quantos projetos?
( ) Não
TEMAS DE ALGUNS PROJETOS DISCIPLINAS ENVOLVIDAS
13. Por quê? (se NÃO desenvolve(u) projetos, responda a esta questão)
( ) sente-se inseguro para trabalhar com os alunos no laboratório de
informática
( ) falta de informação técnica na elaboração de projetos
( ) não há tempo suficiente para elaborar e executar um projeto
( ) falta de horário vago no laboratório
( ) falta de incentivo por parte da coordenação pedagógica
( ) outros
14. É possível identificar melhora do aluno após a sua utilização dos laboratórios de informática:
( ) no comportamento
( ) na auto-afirmação
( ) na aprendizagem
( ) não
( ) outras
117
15. Por que você acha que isso ocorre?
16. Nas questões abaixo o professor deve colocar palavras que definam quais
são seus conceitos e opiniões acerca do uso da tecnologia de informação no
processo ensino-aprendizagem:
a) Cite de um a três recursos tecnológicos que poderiam ser utilizados em sala de aula.
b) Cite de um a três alternativas do uso da tecnologia para facilitar o processo de ensino-aprendizagem.
c) Cite de um a três alternativas do uso da tecnologia para avaliar seus alunos.
d) Cite de um a três meios que lhe possibilitariam adquirir as habilidades necessárias para utilizar as ferramentas tecnológicas.
e) Cite de um a três habilidades que você acredita serem adquiridas pelos alunos quando o professor usa a tecnologia.
APÊNDICES 04
IDENTIFICAÇÃO DO SOFTWARE
1. Nome:
2. Autor:
3. Empresa:
4. Tipo de software:
( ) Tutorial ( ) Investigação
( ) Simulação ( ) Exercitação
( ) Aberto ( ) Editor de Texto
( ) Gráfico
( ) Banco de Dados
( ) Planilha
( ) Programação
( ) Autoria
( ) Outros_________________
5. . Público Alvo: (faixa etária, escolaridade, outras informações)
AVALIAÇÃO QUALITATIVA
Pré-requisitos
Oferece diferentes níveis de dificuldades
Oferece feedback
Tempo sugerido para utilização
É interativo
Telas, gráficos e textos são adequados
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