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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DE UTILIZAÇÃO DE GERADORES A ETANOL NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Patrícia Linck Santa Maria, RS, Brasil 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE TECNOLOGIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DE

UTILIZAÇÃO DE GERADORES A ETANOL NA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Patrícia Linck

Santa Maria, RS, Brasil

2013

ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DE UTILIZAÇÃO

DE GERADORES A ETANOL NA UNIVERSIDADE FEDERAL

DE SANTA MARIA

Patrícia Linck

Trabalho de conclusão de curso de

graduação apresentado ao Centro de

Tecnologia da Universidade Federal de

Santa Maria, como requisito parcial para

obtenção do grau de Bacharel em

Engenharia de Produção.

Orientador Denis Rasquin Rabenschlag

Santa Maria, RS, Brasil

2013

Resumo

O estudo de novas fontes e fontes renováveis de energia vem crescendo nos últimos anos, assim

como o incentivo a esses estudos por parte do governo. Sabe-se que a utilização de geradores de

energia elétrica pode diminuir os gastos com energia elétrica se utilizados corretamente e feitas as

devidas análises, e ainda suprir possíveis faltas de energia. Tendo isso em vista, o presente estudo

visa verificar economicamente a viabilidade da utilização de geradores a etanol em uma

instituição federal de ensino superior. Trata-se de uma pesquisa aplicada, quali-quantitativa e um

estudo de caso. Devido a inviabilidade do cenário proposto analisou-se um cenário ideal e fez-se

ponderações e sugestões.

Abstract

The study of new energy sources and renewable sources has increased in recent years, as well as

the incentives for these studies by the government. It is known that the use of electric energy

generators can reduce energy expenses if it is used properly and made the necessary analysis, and

it even compensates a possible lack of energy. Knowing this, the present study aims at verifying

the economic viability of using ethanol generators in a public institution of Higher Education.

This is an applied research, qualitative and quantitative, and a case study. Due to the non-viability

of the proposed scenery, the ideal scenery was analyzed and careful considerations and

suggestions were made.

Palavras-chave

Viabilidade econômica, geradores a etanol, consumo de energia elétrica.

Key-words

Economical viability, ethanol generators, electric energy consumption.

1. Introdução

O uso de formas alternativas de energias e energias renováveis é um tema que está em alta nos

últimos anos, porém as preocupações nessa área começaram com as primeiras crises energéticas

que ocorreram em 1970, quando começaram a faltar gasolina e gás para o aquecimento das casas

em pleno inverno.

Outro aspecto que motivou o estudo de novas fontes foi a preocupação com o meio ambiente e os

efeitos causados pelos combustíveis e pela má utilização dos recursos naturais, como efeito

estufa, chuvas ácidas, aquecimento global e destruição de ecossistemas.

Atualmente, a preservação do meio ambiente ainda é uma preocupação, bem como a extinção dos

combustíveis fósseis. Tendo isso em vista, o estudo de novas fontes de energias e fontes

renováveis vem crescendo nos últimos anos, assim como o incentivo a esses estudos por parte do

governo. Esse crescimento é impulsionado também devido aos vários estudos e tecnologias nessa

área em outros países.

Dentro do campo de desenvolvimento de novas energias está a geração de energia elétrica através

do gerador movido a etanol. Não trata-se da geração de energia através de cana-de-açúcar e sim

através do etanol como combustível.

A utilização dessa forma de energia tem como principal ponto positivo a vantagem ambiental,

segundo Mark Jang, presidente da União da Indústria da Cana-De-Açúcar (Unica), comparando o

gerador a etanol com os geradores comuns, abastecidos à diesel, a redução na emissão dos gases

causadores do efeito estufa é de 68%.

Sabe-se que a utilização de geradores de energia pode diminuir os gastos com energia elétrica, se

utilizados corretamente e feitas as devidas análises e ainda suprir possíveis faltas de energia.

O objetivo geral do trabalho é verificar economicamente a aplicabilidade de geradores a etanol na

Universidade Federal de Santa Maria, com o intuito de diminuir os gastos com energia elétrica. O

presente estudo visa realizar uma análise de viabilidade econômica da utilização dos geradores a

etanol na UFSM, analisando se é uma vantagem econômica a utilização do mesmo.

Tem como objetivos específicos, estudar os custos de implantação dos geradores a etanol na

UFSM e estimar os ganhos e/ou perdas financeiras que a utilização dos geradores a etanol

proporcionará.

O problema abordado vem de encontro ao grande aumento das pesquisas e incentivos a novas

fontes de energia e energias renováveis, em termos de contribuição literária auxiliará em futuros

trabalhos relacionados à área e quanto a contribuições práticas, tem-se o intuito de auxiliar a

UFSM no entendimento da viabilidade econômica de utilização de outras formas de energia.

2. Referencial Teórico

2.1 Fontes de Energias Renováveis

Existem inúmeras formas de geração de energia de forma renovável. Essas energias chamadas

renováveis tem esse nome por utilizarem, na produção de energia elétrica, combustíveis naturais

renováveis. Energia eólica, biomassa, biocombustíveis como o etanol, biogás, energia

geotérmica, energia solar, energia do mar e energia hidrelétrica são as principais fontes de

energia renováveis, segundo o Portal Brasileiro de Energias Renováveis.

Energia hidrelétrica é a principal forma de energia elétrica no Brasil a devido a grande quantidade

de rios presentes no território brasileiro, que é também uma fonte de energia renovável, porém a

utilização de geradores de energia já é uma prática comum no Brasil (Portal Brasileiro de

Energias Renováveis).

A utilização de geradores de energia tanto renováveis quanto não renováveis, deve ser feita em

regime de geração distribuída ou descentralizada (GD). Segundo Januzzi (2000), a geração

distribuída se refere a unidades de produção de eletricidade de tamanho reduzido localizadas (nas

subestações, por exemplo) durante períodos de pico ou então postergando a necessidades novas

instalações ou expansão daqueles existentes. Ainda segundo Januzzi (2000), a localização dessas

fontes próxima a centros de consumo diminuem (ou evitam) os custos necessários para

transmissão e mesmo distribuição para o atendimento de mercados locais.

Alguns autores que tratam a utilização de geração distribuída com fontes de energia renováveis

são: Lindemeyer (2008), Santos e Catarina (2012), Kustra (2010).

2.2 A UFSM

A Universidade Federal de Santa Maria é uma instituição de ensino superior localizada na cidade

de Santa Maria, região central do estado do Rio Grande do Sul. Possui extensões nas cidades de

Frederico Westphalen, Palmeira das Missões, Silveira Martins. Atualmente, segundo dados da

própria instituição, possui 1.807 docentes e 2.755 técnicos administrativos para atender seus

28.254 alunos.

Atualmente oferece para a comunidade 317 cursos, com um total de 29.180 vagas para

estudantes. Tem seu campus com uma extensão de 1.863,57 hectares, sendo 281.624 metros

quadrados de área construída, e continua expandindo sua área construída.

2.3 Análise de viabilidade

Segundo Casarotto e Kopittke (2010), Para a solução de um problema de análise de investimento

e viabilidade econômica dentro da complexidade do mundo atual, é necessário o uso de

ferramentas de Engenharia Econômica em conjunto com a Matemática Financeira.

Fundamental para a decisão de investimento é a estimativa do retorno esperado e do grau de risco

associado a esse retorno. Os indicadores de análise de projetos são: Valor presente líquido (VPL),

Taxa interna de retorno (TIR), Índice benefício/custo (IBC), Período de recuperação do

investimento (payback) (Clemente e Souza, 2009). Para Casarotto e Kopittke (2010), além dos

indicadores citados anteriormente, inclui como método básico de análise de investimentos o valor

anual uniforme equivalente (VAUE).

2.3.1 Taxa mínima de atratividade (TMA)

De acordo com Souza e Clemente (2009), a atratividade financeira de um projeto de investimento

é fácil de ser verificada. Um projeto será atrativo se o fluxo esperado de benefícios, em valores

monetários, superar o valor do investimento.

A taxa mínima de atratividade pode ser entendida como sendo a melhor taxa, com baixo grau de

risco, disponível para aplicação do capital em análise, ou seja, é a taxa a partir da qual o

investidor acredita que está tendo ganhos financeiros. A decisão de investir terá duas alternativas:

investir no projeto ou investir na TMA. (Casarotto e Kopittke, 2010; Souza e Clemente 2009).

O cálculo da TMA envolve as várias taxas de juros praticadas no mercado e varia de acordo com

o prazo de retorno em questão, por exemplo, para curto prazo pode-se usar como TMA a taxa de

remuneração de títulos bancários de curto prazo. Para médio prazo pode ser a média ponderada

dos rendimentos das contas do capital de giro e em longo prazo a TMA passa a ser uma meta

estratégica (Casarotto e kopittke, 2010; Souza e Clemente, 2009).

2.3.2 Valor presente liquido (VPL)

O valor presente líquido é, segundo Souza e Clemente (2009), uma técnica robusta de análise de

investimento, é a mais conhecida e mais utilizada. Reflete a riqueza em valores monetários dos

investimentos, medida pela diferença entre o valor presente (tempo zero) das entradas de caixa e

o valor presente (tempo zero) das saídas de caixa, utilizando uma determinada taxa de desconto,

geralmente a taxa mínima de atratividade (TMA) (Kassai et. al, 2007; Souza e Clemente, 2009).

O cálculo do valor presente líquido (VPL) é dado pela Equação 1, dado que FC é o fluxo de caixa

esperado (positivo ou negativo) e varia de 0 a n, i é a taxa de desconto e n é o número de períodos

estudados. Um investimento é considerado atrativo quando o valor presente líquido é maior ou

igual a zero (VPL≥0).

Equação 1

2.3.3 Taxa interna de retorno (TIR)

A taxa interna de retorno é uma ferramenta sofisticada de análise de projetos de investimento.

Representa a taxa de desconto que iguala num único momento presente os fluxos de entrada e de

saída de caixa, ou seja, é a taxa na qual o valor presente líquido do projeto é nulo (Casarotto e

Kopittke, 2010; Kassai et al, 2007; Souza e Clemente, 2009).

O cálculo da taxa interna de retorno manualmente é dado pelo método da tentativa e erro,

seguindo, segundo Casarotto e Kopittke (2010), três passos, são eles:

1º Arbitrar uma taxa e calcular o valor presente líquido do fluxo de caixa.

2º Se o valor do VPL calculado no 1º passo aumentar o valor da taxa e recalcular. Caso for

negativo, diminuir o valor da taxa e recalcular.

3º Repetir o 2º passo até que se chegue a um valor de VPL tão próxima quanto se queira.

Entretanto existem muitos softwares que facilitam esse cálculo, simplificando a definição pode-se

dizer que a TIR é dada pela Equação 2 (Casarotto e Kopittke, 2010; Kassai et al, 2007; Souza e

Clemente, 2009).

Equação 2

Sendo, FC o fluxo de caixa que varia de 0 até n, que é o número de períodos estudados e a TIR é

dada por i.

Na análise de projetos, segundo Kassai et. al (2007), é considerado economicamente atraente

todo investimento que apresente TIR ≥ TMA.

2.3.4 Período de recuperação de investimento (payback)

O payback é o número de períodos necessários para que o somatório das parcelas anuais seja

igual ao investimento inicial, ou seja, tempo necessário para que o benefício supere o

investimento (Casarotto e Kopittke, 2010; Souza e Clemente, 2009).

O payback é encontrado através da soma dos fluxos de caixa negativos com os valores de fluxo

de caixa positivos até o momento em que essa soma resulta em zero (Kassai et. al, 2007).

2.3.4.1 Payback descontado

O payback descontado é similar ao payback tradicional, porém é baseado em valores

descontados, ou seja, valores trazidos para o presente (período zero), geralmente pela taxa

mínima de atratividade (TMA). É mais refinado que o tradicional e proporciona uma análise mais

elaborada (Kassai et. al, 2007).

2.3.5 Legislação

Segundo a ANEEL (2012), Agência Nacional de Energia Elétrica, a resolução normativa nº482,

de 17 de abril de 2012 estabelece as condições gerais de microgeração e minigeração de energia

elétrica distribuída.

Art. 2º Para efeitos desta Resolução, ficam adotas as seguintes definições :

I I– minigeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com potência instalada

superior a 100KW e menor ou igual a 1 MW para fontes com base em energia

hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação

da ANEEL, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades

consumidoras.(Agência Nacional de energia Elétrica, 2012).

4. Metodologia

Trata-se de uma pesquisa classificada como aplicada, pois tem o objetivo de gerar conhecimentos

de aplicação prática dirigidos à solução de problema específico. Quanto a abordagem trata-se de

uma pesquisa quali – quantitativa, qualitativa pois descreve conceitos e quantitativa gera dados

quantitativos para análise. E por fim, é um estudo de caso exploratório, pois visa proporcionar

maior familiaridade com o problema e torná-lo explícito.

As etapas seguidas para a realização do trabalho estão descritas na Figura 1.

Figura 1 – Etapas do Trabalho

Entendimento

da realidade

atual

Coleta de

dados

Cosnsumo de energia elétrica

Rendimento, eficiência e Custos operacionais

do gerador

Análise dos

dados

Aplicação de

ferramentas

Payback VPL

TIR

Proposição do

cenário

Fonte: Elaborado pelo autor

Primeiramente, foi feita uma pesquisa para o entendimento da situação atual do sistema de

geração de energia. A segunda etapa foi a coleta de dados de consumo de energia da universidade

e de rendimento, eficiência e custos operacionais do gerador.

Para saber se os dados coletados eram suficientes e para visualizar o comportamento do consumo

de energia elétrica na UFSM, foi feita uma análise destes dados. Dentro dessa análise elaborou-se

um gráfico para cada dia do mês de Outubro de 2013, ou seja, pegaram-se as medidas de 15min

em 15 minutos todos os dias do mês.

Percebendo que o comportamento variava a cada dia, decidiu-se elaborar o gráfico médio mensal

de consumo de energia elétrica excluindo sábados domingo e feriados para identificar o

comportamento do consumo mensal e elaborou-se o gráfico do consumo máximo em cada

horário, sendo esta a terceira etapa do trabalho.

Tendo o gráfico do comportamento do consumo passou-se para a quarta etapa, onde foi proposto

um cenário para análise. Após a da definição do cenário foi elaborado o gráfico do período onde

os geradores produziriam.

A quinta e última etapa foi a análise de viabilidade do cenário proposto. Dentro dessa análise foi

calculado o número de geradores necessários, a quantidade de etanol necessária e analisado

economicamente a utilização desse número de geradores, para o cenário proposto.

5. Resultados

5.1 Análise dos dados coletados

Após a coleta dos dados foi realizada a análise dos mesmos, para verificar o comportamento do

consumo de energia na UFSM e se haviam pontos de consumo de energia acima da demanda

contratada. Para isso elaboraram-se os Gráficos 1 e 2.

Gráfico 1 – Consumo de energia diário em 23 de Outubro de 2013

Gráfico 2 – Consumo de energia diário em 24 de outubro de 2013

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23/10/13 Consumo KWh

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24/10/13

Consumo KWh

Demanda Contratada fora de Ponta

Demanda Contratada em Ponta

Os Gráficos 1 e 2 apresentam o consumo de energia elétrica diário na UFSM nos dias 23/10/2013

e 24/10/2013, respectivamente. As medições de consumo de energia elétrica foram realizadas em

intervalos de 15 minutos1. A linha de cor preta nos Gráficos 1 e 2 representa as medidas de

consumo de energia elétrica realizada no medidor da UFSM. A linha vermelha representa a

demanda contratada da concessionária em horário de ponta e a linha em azul mostra o valor da

demanda de energia contratada da concessionária fora de horário de ponta2.

Pode-se perceber que o consumo de energia elétrica na instituição apresenta um comportamento

semelhante nos dias úteis, ou seja, apresenta dois picos de consumo durante o dia. Porém

percebe-se que os picos de consumo são muito maiores no dia 23/10/13 do que no dia 24/10/13.

O Gráfico 1 apresenta o primeiro pico de consumo, 3.834,88 KWh às 10:15h, já o Gráfico 2 tem

seu primeiro pico de consumo, 3.398,08 KWh às 9:00h. O segundo pico de consumo do dia, que

apresenta maior diferença, no Gráfico 1 tem valor de 4.914,56 KWh, às 13:30h e no Gráfico 2,

atinge o valor de 3.301,76 KWh às 14:00h.

Tendo em vista essa diferença no consumo diário em cada horário, elaborou-se o gráfico de

consumo médio mensal para analisar o comportamento médio do consumo (Gráfico 3).

1 A cada 15 minutos o medidor armazena o consumo naquele instante. Esses dados são solicitados na concessionária.

2 Horário de ponta – 19:00h às 22:00h.

Gráfico 3 – Consumo de energia médio mensal

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Consumo Médio Outubro 2013

Média consumo por horário

Demanda Contratada fora de Ponta

Demanda Contratada em Ponta

Analisando-se o Gráfico 3, percebeu-se que ele comporta-se similarmente ao Gráfico 2.

Apresenta dois picos de consumo de energia, o primeiro às 10:30h com valor de 2.971,80 KWh e

o segundo às 14:30h com valor de 3.135,12 KWh. A linha rosa indica o consumo de energia

médio, a linha azul indica a demanda contratada fora de horário de ponta e a linha vermelha

indica a demanda contratada em horário de ponta.

Propondo-se um cenário de análise com base no Gráfico 3, sabe-se que os pontos apresentados no

Gráfico 1 ficariam muito acima da demanda contratada proposta. Então, optou-se por elaborar o

gráfico do máximo consumo em cada horário (Gráfico 4), para propor um cenário de análise mais

realista.

Gráfico 4 – Consumo máximo de energia elétrica em cada horário

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Consumo máximo em cada horário em Outubro de 2013

máximo em cada horário

Demanda Contratada em Ponta

Demanda Contratada fora de Ponta

O Gráfico 4 nos mostra na curva de cor laranja o consumo de energia elétrica máximo em cada

horário, na linha azul a demanda contratada fora de horário de ponta e na linha vermelha a

demanda contratada em horário de ponta. Através do Gráfico 4, percebeu-se que o pico do

consumo máximo está bem próximo da demanda contratada fora de horário ponta.

Com essa informação, propôs-se um cenário de análise com uma demanda contratada menor do

que a atual, fora de horário de ponta (item 5.2 Cenário proposto). No período em que o consumo

de energia exceder essa demanda proposta, os geradores desenvolvidos pela UFSM gerariam a

energia necessária, para não acarretar em uma ultrapassagem de demanda contratada, que possui

um custo elevado.

5.2 Cenário proposto

Baseado no Gráfico 4, propôs-se um cenário de análise que está descrito no Gráfico 5. A curva de

cor preta apresenta o consumo máximo em cada horário, a linha de cor azul representa a demanda

atual contratada fora de horário de ponta, a linha vermelha representa a demanda atual contratada

em horário de ponta e a linha verde representa a demanda proposta fora de horário de ponta.

Gráfico 5 – Cenário proposto

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Cenário proposto

Máximo em cada horário

Demanda Contratada fora de Ponta

Demanda Contratada em Ponta

Demanda proposta

Como pode ser visto no Gráfico 5, o cenário proposto no trabalho é baixar o valor da demanda

contratada da concessionária fora do horário de ponta de 5.000 KW para 4.500 KW e manter a

demanda contratada em horário de ponta, 3.000 KW.

Os pontos da curva do consumo que estão entre a demanda atual contratada fora de horário de

ponta e a demanda proposta fora de horário de ponta é o intervalo que será suprido pelo uso de

geradores. Para saber quanto seria necessário gerar com geradores elaborou-se o Gráfico 6.

Gráfico 6 – Período de utilização dos geradores

A curva de cor preta no Gráfico 6 representa o consumo acima da demanda proposta e a linha

verde representa a demanda proposta. A área entre a curva do consumo e a demanda proposta

representa a quantidade de energia elétrica que deverá ser suprida produzida com geradores.

Para o cálculo dessa área, foi traçado um polinômio de tendência da curva do consumo e

calculado sua integral em relação ao eixo x (horário), o que gerou uma demanda de

33.247,85KWh.

Tendo o valor de KWh necessários para suprir o consumo acima da demanda proposta, partiu-se

para a análise de viabilidade desse cenário proposto.

5.3 Análise de viabilidade

Conhecendo a demanda de energia elétrica que será necessária produzir com geradores, partiu-se

para o cálculo do número de geradores necessários, a quantidade de litros de etanol necessária e o

custo do etanol para suprir essa demanda.

y = -36,08x2 + 266x + 4408

3000,00

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12:30 12:45 13:00 13:15 13:30 13:45 14:00

Período de utilização dos geradores

Máximo em cada horário

Demanda proposta

Polinômio (Máximo em cada horário)

Para realizar esses cálculos foram utilizados os dados de potência, rendimento e produção de cada

gerador e o custo médio do combustível etanol (Quadro 1).

Quadro 1 – Dados de potência, rendimento e produção de cada gerador e valor médio do combustível etanol

Dados Gerador

Rendimento 0,43 litros/KWh

2,325581 KWh/litro

Capacidade de

Geração 150 KWh

Potência 50 KW

Valor médio etanol 2,37 R$

Cada gerador a etanol desenvolvido pela UFSM tem um rendimento de 2,326 KWh/Litro, ou

seja, gera 2,326 KWh com um litro de etanol, possui uma capacidade de 150 KWh e tem uma

potência de 50 KW. Os resultados dos cálculos estão descritos no Quadro 2.

Quadro 2 – Número de geradores necessário, quantidade de litros de etanol e custo de etanol para produção da

energia demandada

Número de

Geradores 222

Litros

necessários

para suprir o

consumo

14296,58 litros

Custo em

etanol para

produzir

R$ 33916,92

Para descobrir o número de geradores necessários para suprir a demanda de energia elétrica,

dividiu-se o valor da produção necessária, 33.247,85 KWh pela capacidade do gerador, 150 KWh

e obteve-se o número de 222 geradores. Já para saber a quantidade de litros de etanol necessários,

dividiu-se a produção necessária, 33.247,85 KWh pelo rendimento dos geradores,

2,326KWh/litro o que resultou no valor de 14.296,58 litros de etanol.

Finalmente para saber o custo em etanol necessário para suprir a demanda de energia elétrica no

período estudado, multiplicou-se a quantidade de litros necessária, 14.296,58 litros e o preço

médio do etanol na cidade de Santa Maria, R$2,37 reais, assim tem-se o valor de R$33.916,92

reais.

Tendo o custo do etanol para a produção de energia elétrica do cenário proposto, partiu-se para a

verificação da viabilidade do cenário.

Para a análise de viabilidade, elencaram-se os custos fixos para esse cenário e as receitas,

descritos nos Quadros 3 e 4, respectivamente.

Quadro 3 – Custos fixos para o cenário proposto

Custos

Manutenção R$ 800,00 R$ 177.600,00

Combustível R$ 33.916,92 R$ 407.003,04

Compra Geradores R$ 77.000,00 R$ 17.094.000,00

Como custos elencaram-se a manutenção, o combustível e o valor de compra dos geradores.

Cada gerador tem um valor de manutenção de R$800,00 por ano, logo como serão necessários

222 geradores, esse valor passa a ser de R$177.600,00 por ano. O custo com combustível é de

R$33.916,92 ao mês como encontrado nos cálculos do Quadro 2, para o valor anual multiplicou-

se esse valor por 12 meses, obtendo-se assim o valor de R$407.003,04. Cada gerador tem preço

de venda de R$77.000,00, como serão necessários 222 geradores, esse valor passa a ser de

17.094.000,00.

Quadro 4 – Receitas para o cenário proposto

Receitas

Custo demanda

contratada atual R$ 126.660,00

Custo demanda

proposta R$ 117.285,00

Economia com a baixa

da demanda

contratada ao mês

R$ 9.375,00

Economia com a baixa

da demanda

contratada ao ano

R$ 112.500,00

A única receita elencada para o cenário proposto é a economia com a diminuição do valor da

demanda contratada da concessionária. O custo atual com a demanda contratada é de

R$126.660,00 ao mês, com a diminuição dessa demanda contratada o valor passa a ser de

R$117.282,00 ao mês. Logo tem-se, subtraindo o valor proposto do atual, uma economia de

R$9.375,00 ao mês e de R$112.500,00 ao ano3.

3 Os cálculos dos custos com demanda contratada foram baseados nos valores atuais descritos no site da

concessionária AesSul, para o contratato HoroSazonal Azul.

Tendo todos os dados necessários, elaborou-se o fluxo de caixa do cenário (Quadro 5).

Quadro 5 – Fluxo de caixa do cenário proposto

Período Custo Receitas Fluxo de caixa

0 R$ 17.094.000,00 - -R$ 17.094.000,00

1 R$ 584.603,04 R$ 112.500,00 -R$ 472.103,04

2 R$ 584.603,04 R$ 112.500,00 -R$ 472.103,04

3 R$ 584.603,04 R$ 112.500,00 -R$ 472.103,04

4 R$ 584.603,04 R$ 112.500,00 -R$ 472.103,04

5 R$ 584.603,04 R$ 112.500,00 -R$ 472.103,04

6 R$ 584.603,04 R$ 112.500,00 -R$ 472.103,04

7 R$ 584.603,04 R$ 112.500,00 -R$ 472.103,04

8 R$ 584.603,04 R$ 112.500,00 -R$ 472.103,04

9 R$ 584.603,04 R$ 112.500,00 -R$ 472.103,04

10 R$ 584.603,04 R$ 112.500,00 -R$ 472.103,04

11 R$ 584.603,04 R$ 112.500,00 -R$ 472.103,04

12 R$ 584.603,04 R$ 112.500,00 -R$ 472.103,04

13 R$ 584.603,04 R$ 112.500,00 -R$ 472.103,04

14 R$ 584.603,04 R$ 112.500,00 -R$ 472.103,04

15 R$ 584.603,04 R$ 112.500,00 -R$ 472.103,04

Para essa análise foi definido um período de 15 anos, devido ao alto custo inicial do projeto, que

é de R$17.094.000,00 (período zero). Os custos dos períodos 1 a 15 são a soma dos custos de

manutenção e de combustível, R$584.603,04 e a receita dos mesmos períodos é a economia com

a diminuição da demanda contratada, R$112.500,00.

O fluxo de caixa para o período zero é o custo com a compra dos geradores, -R$17.094.000,00.

Já nos períodos 1 a 15 o fluxo e caixa é a subtração entre receitas e custos, o que resulta no valor

de -R$472.103,04.

Tendo o fluxo de caixa do cenário, calculou-se o valor presente líquido do projeto (VPL) (Quadro

6).

Quadro 6 – Cálculo do valor presente líquido

i= 12,68% a.a

TMA= 6% a.a

VPL= -R$ 20.196.033,66

Para o cálculo do VPL utilizou-se uma taxa de juros (i) de 12,68% ao ano e a taxa mínima de

atratividade (TMA) do projeto é 6% ao ano. Obteve-se como valor de VPL para esse cenário,

–R$20.196.033,66 e sabe-se que quando o valor do VPL é menor que zero, o projeto não é

viável, logo o cenário proposto é inviável.

Tendo em vista a inviabilidade do cenário proposto, simulou-se um cenário de utilização de

apenas gerador, para verificar a viabilidade (Quadro 7).

Quadro 7 – Cenário de utilização de apenas um gerador

Valor de venda do grupo

gerador = R$77.000,00 cada

Custo de compra da energia = R$60.000,00 ao ano

Manutenção = R$800,000 ao ano

Custo da geração de energia = R$40.000,00 ao ano

Período de análise = 10 anos

TMA = 1% ao mês

TMA = 12,68% ao ano

IR = 30% ao ano

Depreciação = R$7.700,00 ao ano

Renda tributável = R$11.500,00

IR sobre operações = R$3.450,00

Receita líquida = R$15.750,000

O cenário descrito no Quadro 7 é um cenário ideal, ou seja, tem dados simulados. Tem valores

unitários iguais aos utilizados na análise anterior, difere apenas no período de análise, que nesse

caso é de 10 anos e leva em consideração a depreciação, a renda tributável e o imposto de renda

sobre operações.

O cálculo da receita líquida para esse cenário ideal foi realizado subtraindo o valor da

manutenção, o custo da geração de energia e o valor do imposto de renda sobre operações do

valor do custo de compra de energia, ou seja, subtraiu-se R$800,00, R$40.000,00 e R$3.450,00

de R$60.000,00, o que resultou no valor de R$15.750,00, que foi o valor utilizado no fluxo de

caixa para análise de viabilidade econômica do cenário ideal proposto (Quadro 8).

Para esse cenário calculou-se o VPL, a taxa interna de retorno (TIR), o payback simples e o

payback descontado, descritos no Quadro 8.

Quadro 8 – Cálculo do VPL, TIR, payback simples e descontado

Investimento incial = R$ 77.000,00

0 -R$ 77.000,00

1 R$ 15.750,00

2 R$ 15.750,00

3 R$ 15.750,00

4 R$ 15.750,00

5 R$ 15.750,00

6 R$ 15.750,00

7 R$ 15.750,00

8 R$ 15.750,00

9 R$ 15.750,00

10 R$ 15.750,00

VPL = R$ 9.558,88

TIR = 15,69%

Pay back simples = 4,89

Pay back descontado = 8,10

Percebe-se que o cenário ideal proposto é viável, pois seu VPL é R$9.558,88, ou seja, maior que

zero e sua TIR é de 15,69%, o que reitera a viabilidade do projeto, pois sabe-se que se a TIR é

maior que a TMA, nesse caso 6%, o projeto é viável.

O payback simples indica que o projeto começará a dar retorno em 4,89 anos, porém como não é

um cálculo muito preciso, calculou-se o payback descontado que indica que o projeto só

começará a gerar receitas a partir de 8,10 anos. Ou seja, mesmo em um cenário ideal proposto

para apenas um gerador, o projeto demoraria muito tempo para gerar receitas. Logo é muito

difícil ser viável a utilização desse gerador em situações reais.

Conclusão

Percebe-se que mesmo que a utilização e o desenvolvimento de novas fontes de energia vêm

aumentando no Brasil, ainda se está no início, devido aos custos empregados tanto na utilização,

quanto no desenvolvimento.

Os altos custos apresentados no trabalho e a inviabilidade do cenário proposto nos faz entender,

porque vem crescendo cada vez mais os incentivos do governo para o desenvolvimento de novas

fontes e formas de produção de energia elétrica. Se não houvesse incentivos, não haveria

desenvolvimento, pois nenhuma empresa iria gastar seu dinheiro sabendo que não teria retorno.

Acredita-se que nesse caso isolado, o fato de o gerador ter um rendimento relativamente baixo

fez com que o cenário proposto se tornasse tão inviável, pois quando analisou-se o caso isolado

de um gerador apenas, em um cenário ideal, o projeto se torna viável.

Visando o objetivo do presente estudo, o mesmo foi atendido, porém com um resultado negativo,

ou seja, não é viável a utilização de geradores a etanol desenvolvidos pela UFSM na própria

instituição. É inviável devido ao grande consumo de energia elétrica na instituição e ao baixo

rendimento dos geradores.

Uma sugestão para análises futuras é aplicar em apenas uma unidade da UFSM, ou até mesmo

trabalhar no desenvolvimento de um gerador com maior rendimento e potência.

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