analise tensorial
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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
FACULDADE DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA
Tensores
(REVISÃO BIBLIOGRÁFICA)
Discente : Belarmino Matsinhe Docente: MSC. Dombo
Maputo, 2012
TENSORES
ii
INDICE DE SUMARIO PAG
RESUMO ......................................................................................................................................................... iii
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 1
!objectívo ........................................................................................................................................................... 1
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ....................................................................................................................... 2
2.1 TENSORES ................................................................................................................................................. 2
2.1.1 componentes de um tensor .................................................................................................................. 3
2.2 Algebra de tensores ................................................................................................................................ 4
2.2.1 Tensor nulo ....................................................................................................................................... 4
2.2.3 Soma de tensores .............................................................................................................................. 5
2.2.4 produto tensorial de dois vectores .................................................................................................. 5
2.2.5 produto tensorial .............................................................................................................................. 6
2.2.6 Derivada ........................................................................................................................................... 6
2.3 Aplicações de Tensores ............................................................................................................................ 6
3.Considerações finais ................................................................................................................................... 8
4. Bibliogáfia ..................................................................................................................................................... 8
TENSORES
iii
TENSORES
AUTOR:Belarmino Matsinhe1
RESUMO
O objectívo desta pesquisa bibliográfica é descrever em linhas gerias os tensores e sua aplicação em
física, para tal, usou-se como metôdo a investigação em linhagem matemática sobre o tema, a partir
do conceito de tensor, algebra tensorial e conduziu-se a pesquisa para alcansar as aplicações em
física, constatou-se que o estudo de tensores é uma ferramenta muito importante para a resolução de
problemas em sistemas não simples de interpretar, conseguindo assim descrever fenómenos em
geral atravéz de uma só equação.
1 Estudante Universitário do IV ano (U.E.M), correio electrónico: [email protected]
TENSORES
1
1 INTRODUÇÃO
Em análise tensorial as equações que descrevem os fenómenos assim como as suas
soluções podem ser simplificados quando resolvidos num sistema de coordenadas adequado. Por
exemplo, no cálculo do volume de uma esfera, as suas condições de fronteira são imediatas em
coordenadas esféricas ( 22 Rr ), o mesmo não se passa em coordenadas cartesianas (x2 + y
2 +
z2 R
2); a força gravítica em coordenadas esféricas apresenta apenas uma única componente
(radial), enquanto que o seu cálculo não é de todo tão simples quando efectuado em coordenadas
cartesianas. Não só, assim como, os elementos sólidos desenvolvem-se num espaço
tridimensional que respeita a sua Geometria, sendo necessário posicionar pontos, curvas,
superfícies e objectos no espaço geométrico tridimensional em que se inserem, para esse efeito
utilizam-se sistemas de eixos ortogonais de referência designadas tensões, onde as entidades são
quantidades representadas em geral por tensores de segunda ordem, para os quais se usa a
simbologia A,B,C… ou a notação indicial Aij ,Bij ,Cij...associada às componentes dos tensores de
2ª ordem . Para algumas grandezas utilizar-se tensores de 3ª ordem para a sua representação,
sendo a notação utilizada Aijk , Bijk ,Cijk ....
!objectívo
1. Descrever em linhas gerais os tensores e sua aplicação em física
TENSORES
2
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
2.1 TENSORES
Assim sendo, para quaisquer (u e v) ν, tem-se:
T(u+v) = Tu + Tv ; (eq.1a)
T( v ) = Tv R (eq.1b)
De forma geral, dados os vectores u1,u2 ,...,un e escalares α1, α2,..., αn as relações
anteriores podem ser resumidas em:
in2n21 TuTuTuTuuuuT inn ...)...( 21121 (eq. 2)
O conjunto de todos os tensores forma o espaço vectorial se a adição e a multiplicação
por um escalar forem definidas ponto a ponto, ou seja, S+T e αS ( R ) são tensores
definidas por:
( S+T)ν = Sν + Tν (eq.3a)
( αS ) ν = α(S ν ) (eq.3b)
A forma com a qual se definiu o conceito de tensor, acima, permite que se faça uma associação
biunívuca entre tensores e matrizes. Dessa maneira, as operações matriciais equivalentes às duas últimas
operações tensoriais são, respectivamente, a soma e o produto por um escalar e usualmente são
conhecidos da análise e do estudo de matrizes.
Definição:
Usa-se o termo tensor para representar uma transformação linear de ν * em ν. Logo,
um tensor T é uma transformação linear que associa a cada vector u a um outro vector v
através da operação: v = Tu
TENSORES
3
2.1.1 componentes de um tensor
Dado um vector u uma base ortonormal qualquer { 321 ,, eee }, as componentes desse vector
em relação a essa base são dadas por:
u
u
u
ui
.
.
.
.u
33
22
11
eu
eu
eu
ei (eq.4)
Por sua vez, denota-se o vector u em termos de suas componentes como:
iieueueueu 332211u (eq.5)
Aplicando-se o tensor T vector u , tem-se um novo vector ν = Tu que, pela lineardade de
T, pode ser escrito como:
ii eueueueu TTTuv )( 332211 (eq.6)
As components de ν são dadas por:
jiji eeuv
eeueeueeuev
eeueeueeuev
eeueeueeuev
T
TTTν
TTTν
TTTν
33323213133
32322212122
31321211111 (eq.7)
Neste caso, termos como 1111 Tee T e 2112 Tee T são interpretados como componentes
de 1eT nas direções 1e e 2e respectivamente, de uma forma geral, define-se ijT como sendo as
components do tensor T, dadas por:
jiij eeT T. (eq.8)
Assim sendo, a equação 6 pode se escrita na forma de componentes como:
jiji uTv
uTuTuTv
uTuTuTv
uTuTuTv
3332321313
3232221212
3132121111 (eq.9)
A relação anterior pode ainda se representada na forma matricial:
TENSORES
4
}]{[}{
3
2
1
333231
232221
131211
3
2
1
uTv
u
u
u
TTT
TTT
TTT
v
v
v (eq.10)
Onde [T] é denominada matriz do tensor T à base { 321 ,, eee }.
Exemplo didáctico2.1.1 numa dada base, a transformação T: v v, é a multiplicação de
vectores ,sendo u = 321 eee 2 , pela matriz:
001
732
201
][T
Solução
321 eeeTuv
3
1
3
1
1
2
1
.
001
732
201
2.2 Algebra de tensores
Os tensores podem ser definidos como multiplicidades em cada sistema de coordenadas,
pelo que obedecem à algebra de multiplicidades (Gil & Lau, 2002); a única diferença reside na
posição dos índices, que condiciona as operações. Destacam-se algumas regras a que os tensores
obedecem.
2.2.1 Tensor nulo
O elemento nulo do espaço de tensores Lin é o tensor nulo 0 que transforma qualquer
vector em vector nulo, ou seja,
00v (eq.11)
A forma matricial associada ao tensor é aquela cujo os coeficientes são todos nulos, ou seja.
000
000
000
][0
TENSORES
5
2.2.2 Tensor identidade
Tensor identidade em Lin é definido por,
vIv vv (eq.12)
Em particular, tem-se: 11 eIe 22 eIe 33 eIe
Logo, as componentes do tensor identidade são:
ijjijiij eeIeeI (eq.13)
Sendo ij o delta de Dirac, definido de tal forma que
jise
jise
ij;1
;0 . a representação matricial
associada a esse tensor é obviamente a matriz identidade,
100
010
001
][I
2.2.3 Soma de tensores
a soma se tensores é um tensor, cujo componentes são expressas como;
ijijjijijiij TSTeeSeeT)e(SeT)(S (eq.11)
2.2.4 produto tensorial de dois vectores
o produto tensorial ba de dois vectores a e b é definido como uma transformação
que associa a cada vector v o vector (b.v)a, ou seja,
(b.v)aνba )(
(eq.12)
Para qualquer u, v ν, α,β R, pode-se verificar que:
.)()(()()]()([)].([)( vbabab.v)aab.uab.vb.uaνubν)u(ba u
Desta forma , observa-se que ba satisfaz as propriedades básicas de uma
transformação linear sendo, portanto, um tensor. Por sua vez, as componentes de um tal tensor
com respeito a uma base ortogonal { 321 ,, eee } são as seguintes,
TENSORES
6
jiijjijijijijiij bababaebeeeee )()().()].[).)( baaa(bb(aba
2.2.5 produto tensorial
O produto tensoria ST dois tensores S e T é o tensor que define a transformação
composta,
ST = S * T (eq.13a)
Ou seja,
( ST ) ν = S(T ν ) vv (eq.13b)
As componentes de ST são dadas por:
jiimjmjijiij TSSeeTeSTe(ST)ee(ST) mmmm )(
2.2.6 Derivada
A derivada de um vector ievv ( em ordem a uma coordenada por exemplo) é
necessariamente a de um produto, isto é, a derivada resume-se à derivada das suas componentes:
j
i
j
i
j
jj
i
j
i
i edx
dv
dx
edve
dx
dv
dx
vdconste )()()(: (eq.(14)
2.3 Aplicações de Tensores
Em análise tensorial as equações que descrevem os fenómenos assim como as suas
soluções podem ser simplificados quando resolvidos num sistema de coordenadas adequado. Por
exemplo, no cálculo do volume de uma esfera, as suas condições de fronteira são imediatas em
A expressão anterior pode ser escrita matematicamente como sendo:
[ST] = [S][T], sabendo que ST TS, embora o produto de tensores seja também associativo,
TENSORES
7
coordenadas esféricas ( 22 Rr ), o mesmo não se passa em coordenadas cartesianas (x2 + y
2 +
z2 R
2); a força gravítica em coordenadas esféricas apresenta apenas uma única componente
(radial), enquanto que o seu cálculo não é de todo tão simples quando efectuado em coordenadas
cartesianas.
2.3.1 exemplo de aplicação directa de tensor
Considere-se a lei de conservação de energia para um sistema aberto em coordenadas
cartesianas;
dsBBnB
nEEnE
npdt
ddVg
dt
d
s
part
V
])(2
[1
])(2
[2
0
2
0
(eq.E.1)
Onde o integral volumétrico representa o impulso total do campo electromagnético , g é a
densidade de impulso, e todas outras grandezas são assim conhecidas em física.
Visto que estes integrais não seriam tão simples quando efectuados em coordenadas
cartesianas.assim sendo, aplicando o principio de tensor pode-se ter as coordenadas do vector s
Tal que, cada grandeza deste vector pode ser escrito na forma:
313212
3
1
111 nnnnk
kik
(eq.E.2)
A (eq.E.2) designa-se tensor de Maxwell, e pode ser dado para este caso como:
3
1 0
0
0
2
0
3
1
1)
1(
2
1
k
kkikkikik
k
kik nBBnEEnEn
(eq.E.3)
logo pode-se escrever:
s k
kikpart
V
dsnpdt
ddVg
dt
d 3
1
(eq.E.4)
Pelo teorema de Gauss, pode-se ter:
Conserve que todas as parcelas
3
1k
kik n obedecem o teorema de delta de Dirac
TENSORES
8
dVdr
ddsn
V k k
ik
s k
kik
3
1
logo; a equação de conservação de impulso na forma
diferencial será dado como:
k k
ikparti
dr
d
dt
dP
dt
dg (eq.E.5)
3.Considerações finais
o estudo de tensores é uma ferramenta muito importante para a resolução de problemas
em sistemas não simples de interpretar, conseguindo assim descrever fenómenos em geral
atravéz de uma só equação.
4. Bibliogáfia
1. F.J.P. Lau,P.J.S.Gil;(2005); Elementos de Análise Tensorial;notas para a cadeira de mecânica
aplicada II.
2. Spiegel, M. R;(1959). Vector Analysis and an Introduction to Tensor Analysis;
Schaum’s Outline Series; McGraw-Hill.
3. Eugene Butkov;(1973); Matematical Physics; Addison-Wesley Publishing Company; New
York.
4. Apendice C