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O autor, Manuel Correia de Andrade, estudou Direito e História e Geografia, foi militante do Partido Comunista, advogado trabalhista, professor do ensino escolar e universitário.Com certeza, a sua carreira como advogado trabalhista e militante de esquerda influiu no trabalho como pesquisador. Porquanto, observa-se uma forte tendência, na sua obra, em priorizar a dinâmica do trabalho e as relações deles com o espaço nordestino, sendo uma forte característica que determina a estrutura social dessa região.O autor não abandonou o modelo de Monografia Geográfica tradicional. Porém, sua monografia vem acompanhada de uma forte análise crítica e apresentações de soluções e alternativas para o Nordeste. A final, nunca o pesquisador deixa de expressar um latejante amor pela sua região, como também não deixa de ter o animus de pensar no planejamento de um Nordeste mais desenvolvido e igualitário.Outro fato a ressaltar seria que o livro exibe o cenário nordestino anterior ao Golpe de 31 de Março de 1964, nos mostrando uma realidade de miséria profunda, causada pela mecanização do campo, que levou a queda dos salários, a proletarização do trabalhador rural e as piores condições de trabalho possíveis, um êxodo rural e uma urbanização caótica, visto que os pobres tentavam buscar na cidade uma vida melhor, mas sem condições financeiras de investir nela acabaram por morar em favelas e bairros periféricos.Quanto às brigas geradas nesse palco tivemos dois pólos, aqueles que lutavam por um desenvolvimento nacional e mais igualitário, como caio Prado Jr., Celso Furtado e Milton Santos. Esses tentaram se apoiar no governo João Goulart, atuando através na academia e em órgãos direcionados ao planejamento econômico e social, como a SUDENE, SUDAM entre outros. Enquanto no outro pólo, personagens mais entreguistas, como Afonso Arinos e Delfim Neto, que se preocupavam com um denominado progressismo, aceitando a submissão do Brasil ao Estrangeiro. Esses se uniram com setores mais conservadores, que não queriam a modificação das estruturas, destruíram o Estado Democrático de Direito em nome da proteção de valores que diziam supremos.