andré praxedes
TRANSCRIPT
![Page 1: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/1.jpg)
SABER DIREITO – FORMULÁRIOTÍTULO DO CURSO
CRIMINOLOGIA E DIREITO PENAL
Aula 1: Introdução à CriminologiaAula 2: lei penal no tempo
Aula 3: introdução à teoria do crimeAula 4: iter criminis
Aula 5: concurso de pessoas
PROFESSOR
CARLOS ANDRÉ BINDA PRAXEDES
ANDRÉ PRAXEDES
Defensor PúblicoQUALIFICAÇÃO Professor de Direito penal, defensor público. Formado pela
Universidade de Fortaleza. Especializado pelo UniCeub em processo penal e segurança pública.
- veio à brasilia sem ter sido nomeado e mesmo assim ele já tinha despachado tudo de fortaleza. Se identifica muito com brasilia, foi amor a primeira vista.
Fez o curso de direito por acaso, não vem de família de juristas. NA faculdade é que se apaixonou.
Ama o tribunal do júri.
A identificação com a carreira só aconteceu depois que começou a trabalhar.
Sofreu um acidente e ele foi considerado o caso mais grave, ele ficou de lado no hospital ate que um medico reconheceu o nome do pai dele.
Da aulas na escola da defensoria.
Tem que ter vocação?
Defensoria publica no brasil
Participar da construção da instituição
Quais são osdesafios do defensor?
![Page 2: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/2.jpg)
AULA 01TÍTULO INTRODUÇÃO À CRIMINOLOGIA
ROTEIRO DE ESTUDO a ) CRIMINOLOGIA : Ciência empírica e interdisciplinar, que tem por
objeto o estudo do crime, do criminoso, da vítima e do controle
social do delito .
CRIMINOLOGIA MODERNA : Estudo das origens da lei criminal , da
administração da justiça criminal, das causas do comportamento do
delinquente, da prevenção e do controle da crime .
b ) SURGIMENTO DA CRIMINOLOGIA :
Marco deflagrador da criminologia científica : Lombroso . “ O
homem delinquente “ . 1876
Topinard ( 1879 ) . Pela primeira vez empregou o termo :
criminologia
Garófalo : ( 1885 ) . Lançou a obra “ Criminologia “
Obs : Há autores que vislumbraram a existência de uma criminologia
da Escola Clássica de CARRARA, com a sua obra “ PROGRAMA DE
DIREITO CRIMINAL ( 1859 ), que por sua vez, recebeu enorme
influência do pensamento filosófico de Cesare Beccaria, no seu
clássico “ Dos delitos e das penas )
c) OBJETO DA CRIMINOLOGIA
O estudo do crime, mas não com o parâmetro estabelecido pelo
Direito Penal . Engloba todas as condutas desviantes e as reações
sociais
d) MÉTODO DA CRIMINOLOGIA :
![Page 3: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/3.jpg)
Indutivo . Empirismo . Baseado na observação e na experiência .
Técnicas de investigação :
Inquéritos sociais ( interrogatório direto feito, normalmente
por uma equipe, a um número considerado suficiente de
pessoas, sobre determinados itens considerado
criminologicamente relevantes, sendo os resultados finais
apresentados em diagramas )
Casos individuais ( estudos biográficos )
Observação participante ( O pesquisador tem que se integrar
ao locus onde serão obtidos os dados a serem coletados )
RESUMO FINAL 1º RESUMO :
CONCEITO DE CRIMINOLOGIA .
Criminologia Clássica :
Estudo do crime , criminoso , vítima e do controle social do delito
Criminologia moderna
Estudo das origens da lei criminal, da administração da justiça
criminal, das causas do comportamento do delinqüente, da
prevenção e controle do crime
2º RESUMO :
SURGIMENTO DA CRIMINOLOGIA
Criminologia científica : Lombroso ( 1876 )
Topinard ( 1879 )
Carrara ( 1859 )
![Page 4: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/4.jpg)
3º RESUMO :
OBJETO E MÉTODO DA CRIMINOLOGIA
OBJETO : Condutas desviantes e reações sociais
Método : indutivo . empírico . técnicas de investigação
AULA 02TÍTULO LEI PENAL NO TEMPO
ROTEIRO DE ESTUDO INTRODUÇÃO :
Art. 5, inc. XL da CF : “ A lei penal não retroagirá, salvo para
beneficiar o réu ”
Art. 2 . CP : “ Ninguém pode ser punido por fato que Lei posterior
deixa de considerar como crime, cessando em virtude dela, a
execução e os efeitos da sentença penal condenatória
Parágrafo único : “ A lei posterior, que de qualquer modo
favorecer o agente , aplica-se aos fatos anteriores, ainda que
decididos por sentença transitado em julgado ”
a ) REGRA GERAL : TEMPUS REGIT ACTUM
EXCEÇÕES : Sucessão de leis penais no tempo . Direito Penal
intertemporal .
NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA ( nova lei que incrimina fato
que não era incriminado na lei anterior )
LEX GRAVIOR ( nova lei de alguma forma mais severa que a lei
anterior )
ABOLITIO CRIMINIS ( nova lei que deixa de considerar o fato
como crime )
LEX MITIOR ( nova lei mais benéfica em comparação à lei
anterior )
![Page 5: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/5.jpg)
LEX TERTIA ( combinação de leis penais )
Controvérsia jurídica .
Doutrina :
A FAVOR : Assis Toledo , Rogério Greco , Frederico Marques .
CONTRA : Nelson Hungria , Fragoso e Aníbal Bruno .
Jurisprudência :
SÚMULA 501 STJ : “ É cabível a aplicação retroativa da lei
11346/06, desde que o resultado da incidência das suas
disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o
advindo da aplicação da lei 6368/76, sendo vedado a
combinação de leis
STF : RE 600.817 – 07/11/2013
b) LEIS EXCEPCIONAIS E TEMPORÁRIAS .
Art. 3 : “ A lei excepcional ou temporária, embora decorridos o
período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, aplica-se aos fatos praticados durante à sua
vigência ”
Leis auto revogáveis que possuem ultratividade
c) NORMA PENAL EM BRANCO
Preceito primário : necessita de complementação .
Preceito secundário : completo . cominação da pena
Complemento da norma penal em branco :
Retroage para beneficiar : quando o complemento tiver
caráter de essencialidade
Não retroage : ( ultratividade ) : quando o complemento não
![Page 6: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/6.jpg)
tiver caráter de essencialidade .
d) CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS
Princípio da especialidade : norma especial afasta a aplicação
da norma geral
Princípio da subsidiariedade : norma principal afasta a
aplicação da norma subsidiária . O fato descrito na norma
subsidiária, está contido na norma principal, que prevê um
fato mais amplo e mais grave .
Princípio da consunção : O fato mais amplo e mais grave
absorve os fatos menos amplos e menos graves, que
funcionam como meio de preparação, realização e execução
do fato mais grave .
Princípio da Alternatividade : Existe conflito dentro da própria
norma . Aplicado aos crimes de ação múltipla, veículados em
tipos mistos alternativos .
RESUMO FINAL 1º RESUMO :
INTRODUÇÃO : art. 5º CF / art. 2º CP , e parágrafo único
a) Regra geral : Tempus Regit Actum
b) Exceção : Direito penal intertemporal
Novatio legis incriminadora ,
Lex gravior ,
Abolitio criminis ,
Lex mitior,
Lex tertia
2º RESUMO :
a) Leis excepcionais e leis temporárias
Princípio da ultratividade
![Page 7: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/7.jpg)
b) Norma penal em branco
Complemento da norma penal em branco
3º RESUMO :
Conflito aparente de normas penais
Princípio da especialidade , princípio da subsidiariedade ,
princípio da consunção e princípio da alternatividade .
AULA 03TÍTULO INTRODUÇÃO À TEORIA DO CRIME
ROTEIRO DE ESTUDO a) Conceito de crime :
Formal : ação ou omissão proibida por lei sob ameaça de pena
Diferença CRIME X CONTRAVENÇÃO PENAL
Material : Conduta humana que lesa ou expõe a perigo de
lesão, bens jurídicos penalmente tutelados . Serve de fator de
legitimação do DP em um Estado Democrático de Direito .
Analítico : teorias
QUADRIPARTIDA : Fato típico, ilícito, culpável e punível .
( Basileu Garcia e Munõz Conde )
TRIPARTIDA : Fato típico, ilícito e culpável ( Hungria, Aníbal
Bruno, Magalhães Noronha, Assis Toledo, Cezar Bittencourt,
Rogério Greco. Guilherme Nucci e outros )
BIPARTIDA : Fato típico e ilícito, sendo a culpabilidade mero
pressuposto de aplicação da pena .
b) Pessoa Jurídica como sujeito ativo do crime
Teoria Organicista . Otto Gierke . ( Direito Civil ) : Pessoa
Jurídica é um ente autônomo e distinto dos seus membros, e é
![Page 8: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/8.jpg)
dotada de vontade própria . Sujeito de direito e obrigações .
Responsabilidade Criminal da PJ .
Teses contra : “ Societas delinquere non potest ” Não tem
vontade própria, portanto, não pratica conduta . Não tem
consciência para entender o caráter intimidativo da pena . Não
é imputável porque não compreende o caráter ilícito do fato
que pratica . A punição da PJ alcançaria os seus integrantes,
ferindo o princípio da intranscendência .
Tese a favor : A Pessoa Jurídica tem vontade própria
( sociológica ) . O Direito Penal não se limita à pena de prisão,
já que as penas alternativas estão sendo aplicadas no lugar da
prisão .
Fundamento Constitucional : art. 225, § 3 CF ; As condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, às sanções penais e
administrativas, independente da obrigação de reparar o
dano .
Lei 9605/98 . art. 3º : As Pessoas Jurídicas serão
responsabilizadas administrativa, civil e penalmente, conforme
o disposto nesta lei, nos casos e que a infração seja cometida
por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de
seu órgão colegiado, no interesse ou benefício de sua entidade
c) Classificação doutrinária dos crimes
Materiais, formais e de mera conduta
Instantâneos e permanentes
Unissubjetivos e plurissubjetivos
Dano e perigo
Unissubisistentes e plurissubsistentes
Comissivos e omissivos .
d) Fato típico
![Page 9: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/9.jpg)
É um fato humano ( PJ ) que se amolda com perfeição aos
elementos descritos em um tipo penal .
Elementos : conduta , nexo de causalidade, resultado e tipicidade .
RESUMO FINAL 1º RESUMO
Conceito de crime :
FORMAL
MATERIAL
ANALÍTICO
- teoria quadripartida
- teoria tripartida
- teoria bipartida
2º RESUMO
- Pessoa Jurídica como sujeito ativo de crime
- Teoria organicista .
- Responsabilidade criminal da PJ : Teses a favor e contra
3º RESUMO
- Classificação doutrinária dos crimes
- Fato típico
Elementos : conduta, resultado, nexo causal, e tipicidade
AULA 04TÍTULO ITER CRIMINIS
ROTEIRO DE ESTUDO a) ITER CRIMINIS :
FASE INTERNA :
Cogitação ( O crime está situado no claustro psíquico )
FASE EXTERNA :
![Page 10: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/10.jpg)
Preparação ( atos materiais indispensáveis à prática da infração
penal . Ponte entre a cogitação e a execução )
Execução ( início da agressão ao bem jurídico por meio da
realização do tipo penal )
Consumação : crime realizado . Diz-se o crime consumado, quando
nele estão reunidos todos os elementos de sua definição legal
( art. 14, inc. I CP )
b) TENTATIVA ( art. 14, inc. II CP )
Art. 14, inc. II : Diz- se o crime tentado, quando iniciado a
execução, não se consuma por circunstâncias alheias à sua
vontade
Parágrafo único : Salvo disposição em contrário, pune-se a
tentativa com a pena correspondente ao crime consumado,
diminuída de 1/3 a 2/3 .
A tentativa pressupõe um ato de execução . O crime tentado é
perfeito na esfera subjetiva e imperfeito na esfera objetiva .
Não goza de autonomia , pois para realização do juízo de
tipicidade é necessário a norma de extensão do art. 14, inc. II
do CP
Teoria objetiva : a tentativa é punida porque a ação do agente
colocou em risco o bem jurídico penalmente tutelado, mas a
punição inferior deve-se ao fato desse bem jurídico não ter
sido integralmente atingido .
Critério para diminuição na tentativa : O “ Iter Criminis ”
percorrido . Quanto mais a conduta se aproximou da
consumação, a diminuição será menor . Quanto mais a
conduta se afastou da consumação , a diminuição será maior .
Inadmissibilidade da tentativa
Regra geral, os crimes dolosos são compatíveis com a tentativa
![Page 11: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/11.jpg)
, pouco importando se materiais, formais ou de mera conduta
c) DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA e ARREPENDIMENTO EFICAZ ( art. 15
CP )
- “ O agente que voluntariamente desiste de prosseguir na
execução ou impede que o resultado se produza, só responde
pelos atos praticados .
- Tentativa abandonada
- Ponte de Ouro ( Von Lizst )
- Requisitos da Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz :
Voluntariedade ( não se exige espontaneidade )
Eficácia
- Efeito :
O agente não responde pelo crime inicialmente desejado, mas tão
somente pelos atos praticados .
d) CRIME IMPOSSÍVEL ( art. 17 CP )
“ Não se pune a tentativa quando por ineficácia absoluta do meio,
ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-
se o crime “
Teoria objetiva temperada : Para configuração do crime
impossível, os meios empregados devem ser absolutamente
inidôneos a produzir o resultado desejado pelo agente . Se a
inidoneidade for relativa, haverá tentativa
Ineficácia absoluta do meio : “ meio “ é o meio de execução . O
meio de execução, pela sua essência ou natureza, é incapaz de
produzir o resultado .
Impropriedade absoluta do objeto : “ objeto “ é o objeto
![Page 12: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/12.jpg)
material : pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta
criminosa . O objeto absolutamente impróprio é aquele
inexistente
RESUMO FINAL 1º RESUMO : ITER CRIMINIS
.
Fase interna
Cogitação
Fase Externa
Preparação
Execução
Consumação
2º RESUMO : TENTATIVA
Características .
Teoria objetiva
Critério para diminuição de pena
3º RESUMO : DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA, ARREPENDIMENTO EFICAZ E
CRIME IMPOSSÍVEL .
Desistência Voluntária e arrependimento eficaz : Tentativa abandonada .
Requisitos
Crime impossível
Teoria objetiva temperada
Ineficácia absoluta do meio e impropriedade absoluta do
objeto .
AULA 05TÍTULO CONCURSO DE PESSOAS
ROTEIRO DE ESTUDO INTRODUÇÃO : Antes da reforma da Parte Geral do CP ( Lei 7209/84 ), o
tema era tratado como CO AUTORIA .
a) CONCEITO : Cooperação entre dois ou mais indivíduos para a
prática de uma infração penal . A cooperação pode ocorrer entre
![Page 13: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/13.jpg)
autores ( coautoria ) ou entre autores e partícipes
b) REQUISITOS :
Pluralidade de agentes culpáveis : Deve haver pelo menos duas
pessoas praticando duas condutas penalmente relevantes
Relevância causal das condutas para a produção do resultado :
As condutas devem ser relevantes, pois sem elas a infração
não teria ocorrido como ocorreu e quando ocorreu . A
expressão “ de qualquer modo “ indica que deve haver uma
contribuição física ou moral, comissiva ou omissiva, anterior
ou simultânea à execução .
Vínculo subjetivo . Nexo psicológico . Não depende de ajuste
prévio entre os envolvidos .
Unidade da infração penal para todos os agentes
Art. 29 : “ Quem, de qualquer modo, concorre para o crime,
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade ” Teoria Monista
Existência do fato punível : O concurso de pessoas depende da
punibilidade de um crime, que, requer no mínimo, o início da
execução ( art. 31 CP ) : O ajuste , a determinação ou
instigação, e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário,
não são puníveis, se o crime não chega pelo menos, ser
tentado .
c) AUTORIA .
Teorias :
Subjetiva : Não diferenciava a autoria da participação . Adotada no
início do CP/1940
Objetiva : Adotada na reforma da parte geral .
![Page 14: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/14.jpg)
OBJETIVO FORMAL : Autor é quem realiza o verbo, ou seja, o
núcleo do tipo, a conduta criminosa descrita no preceito
primário do tipo penal incriminador : Ex . No tipo penal do art.
121, autor é quem mata . Partícipe é quem de qualquer modo
concorre para o crime, sem praticar o núcleo do tipo, e para
realização do juízo de tipicidade, acerca de sua conduta, é
necessário a utilização da norma de extensão do art. 29 do CP
Para essa teoria, o autor intelectual é partícipe, e não autor,
porque não executa o núcleo do tipo .
OBJETIVO MATERIAL : O autor é quem presta a contribuição
objetiva mais importante, e não necessariamente aquele que
realiza o núcleo do tipo penal . O partícipe é aquele que
concorre de forma menos relevante , ainda que venha praticar
o núcleo do tipo penal .
DOMÍNIO DO FATO ( 1939, Welzel ), para julgar os crimes
ocorridos na Alemanha Nazista . Foi desenvolvida por Claus
Roxin em 1963 . Autor é quem possui controle sobre o domínio
final do fato, pois domina finalisticamente o trâmite do crime e
decide acerca de sua prática, suspensão, interrupção e
condições . Autor é quem tem o controle final do fato, apesar
de não realizar o núcleo do tipo . Compreende o autor
material, autor intelectual, autor mediato e coautores .
Partícipe é aquele que tem uma participação bem acessória .
Não realiza o núcleo do tipo e nem possui o controle final do
fato . Ele colabora no crime alheio .
OUTROS CONCEITOS DE AUTOR .
Autoria mediata : O autor realiza indiretamente o núcleo do
tipo, valendo-se de pessoas sem culpabilidade ou que agem
sem dolo ou culpa
Autoria de escritório : o autor é aquele que transmite a ordem
a ser executada por outro autor direto, dotado de
culpabilidade e passível de ser substituído a qualquer
![Page 15: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/15.jpg)
momento por outra pessoa, no âmbito de uma organização
ilícita de poder
Autoria colateral : Ocorre quando duas ou mais pessoas
intervém na execução de um crime, buscando igual resultado,
embora cada uma delas ignore a conduta alheia . Não há
concurso de pessoas , pois está ausente o vínculo subjetivo
entre os agentes . Cada um responde pelo crime que deu
conta .
d) PUNIBILIDADE NO CONCURSO DE PESSOAS
O art. 29 CP consagrou a teoria monista, mas a identidade do
crime não importa em identidade de penas . O CP consagrou o
princípio da culpabilidade, ao dizer no final “ NA MEDIDA DE SUA
CULPABILIDADE ”
e) PARTICIPAÇÃO
Espécies :
Participação moral : induzir e instigar
Participação material : Prestar auxílio material para execução
do crime .
PUNIÇÃO DO PARTÍCIPE
A conduta do partícipe tem natureza acessória
Teorias acerca da punição do partícipe
ACESSORIEDADE MÍNIMA : Basta a prática de um fato típico .
ACESSORIEDADE LIMITADA : Basta a prática pelo autor de um
fato típico e ilícito ( preferida pela maioria da doutrina
brasileira, embora haja quem prefira a teoria da acessoriedade
extremada )
![Page 16: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/16.jpg)
ACESSORIEDADE EXTREMADA : Com a prática pelo autor , de
um fato típico, ilícito, culpável
HIPERACESSORIEDADE : Necessário que o autor pratique um
fato típico, ilícito, culpável e punível .
f) CIRCUNSTÂNCIAS INCOMUNICÁVEIS ( art. 30 CP )
“ Não se comunicam as circunstâncias e condições de caráter
pessoal, salvo quando elementares do crime ”
São as que não se estendem ( não se transmitem ) aos coautores
ou partícipes de uma infração penal, pois se referem
exclusivamente a determinado agente .
AS circunstâncias e condições de caráter pessoal ( subjetivas : que
se relacionam à pessoa do agente, e não ao fato por ele praticado )
não se comunicam, pouco importa se tais dados ingressaram ou
não na esfera de conhecimento dos demais agentes . As
circunstâncias objetivas, se comunicam, mas é necessário que
tenham ingressado na esfera do conhecimento dos demais
agentes .
As elementares, sejam objetivas ou subjetivas, se comunicam no
concurso de pessoas, mas exige-se que tais elementares tenham
entrado no âmbito do conhecimento de todos os agentes, para
evitar a responsabilidade objetiva .
RESUMO FINAL 1º RESUMO
a) Conceito e modalidade de concurso de pessoas
b) Requisitos do concurso de pessoas
c) Autoria : teorias
2º RESUMO
a) Outros conceitos de autor
b) Punibilidade no concurso de pessoas
c) Participação . Espécies
![Page 17: André Praxedes](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022020203/5871f4e01a28ab41288bb0b7/html5/thumbnails/17.jpg)
3º RESUMO
a) Punição do partícipe ( teorias )
Acessoriedade mínima
Acessoriedade limitada
Acessoriedade extremada
Hiperacessoriedade
b) Circunstâncias incomunicáveis no concurso de pessoas
Art. 30 CP