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ANDRÉIA LIMA DE FRANÇA CAMILA FERNANDA DA ROCHA
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: ESTUDO DE CASO EM UMA INDÚSTRIA E COMÉRCIO
DE CORTINAS E DECORAÇÕES – EMPRESA DE PEQUENO PORTE.
TOLEDO, PR. 2016
1
ANDRÉIA LIMA DE FRANÇA CAMILA FERNANDA DA ROCHA
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: ESTUDO DE CASO EM UMA INDÚSTRIA E COMÉRCIO
DE CORTINAS E DECORAÇÕES – EMPRESA DE PEQUENO PORTE.
Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil, exigido como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II.
Orientadora: Prof.ª Ms. Maria Aparecida Denardi Coorientador: Profº Ms. Leandro de Araújo Crestani.
TOLEDO, PR. 2016
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ANDRÉIA LIMA DE FRANÇA CAMILA FERNANDA DA ROCHA
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: ESTUDO DE CASO EM UMA INDÚSTRIA E COMÉRCIO
DE CORTINAS E DECORAÇÕES – EMPRESA DE PEQUENO PORTE.
Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil,
FASUL, exigido como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel, sob
Orientação da Professora Ms. Maria Aparecida Denardi e Coorientador Professor Ms.
Leandro de Araújo Crestani, considerado APROVADO pela Banca Examinadora, com
a nota ___________.
FOLHA DE APROVAÇÃO
________________________________________________ Prof.ª Ms. Maria Aparecida Denardi
Orientadora – FASUL
________________________________________________ Profº Ms. Leandro de Araujo Crestani
Coorientador – FASUL
_______________________________________________ Profº Esp. Elizabete Pitol
Avaliador – FASUL
TOLEDO, PR. 2016
3
DEDICATÓRIA
Dedicamos esse trabalho em especial aos
nossos pais que sempre estiveram ao
nosso lado nos apoiando desde o início da
nossa jornada, chamada de vida, Leonildo
Aparecido da Rocha e Lúcia Fontes da
Silva da Rocha, e Otavio de França e
Dalzeni de Lima Machado (in memorian †),
e que possibilitaram a nós estarmos onde
estamos; dedicamos também à empresa,
que nos apoiou na elaboração e execução
do trabalho.
4
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradecemos a Deus
pela vida oferecida, com saúde,
perseverança e por iluminar os nossos
caminhos. Agradecemos aos orientadores,
e a todos os professores que encontramos
em nossa caminhada acadêmica pela
dedicação, paciência e oferta de seus
conhecimentos para com nós e nossos
colegas, para que pudéssemos chegar ao
fim de mais uma etapa concluída com
sucesso. Aos nossos familiares, amigos e
conhecidos, pela compreensão dos
nossos estresses e pelas vezes em que
estivemos ausentes ao decorrer de nossa
caminhada.
5
“Eu tentei 99 vezes e falhei, mas na
centésima tentativa eu consegui, nunca
desista de seus objetivos mesmo que
esses pareçam impossíveis, a próxima
tentativa pode ser a vitoriosa.”
Albert Einstein
6
RESUMO
Com a alta complexidade do sistema tributário brasileiro, cargas tributárias elevadas
e alterações constantes da legislação, é visível a falta de informações por parte dos
empresários e até mesmo de alguns contadores ao definir o melhor regime de
tributação para uma empresa. O estudo aqui apresentado tem como tema a
necessidade da redução da carga tributária através de alternativas apropriadas
inclusas na legislação vigente, buscando pela redução, ou diferimento de tal carga
através de meios lícitos, sem fazer uso da evasão fiscal, mediante a uma análise
detalhada, proporcionando ao contribuinte uma forma menos onerosa. Este trabalho
tem por finalidade apresentar aos gestores de uma empresa de pequeno porte com
ramo de atividade voltado para a indústria e comércio de cortinas e decorações, que
atua no município de Toledo, no Estado do Paraná, a relevância da realização de um
planejamento tributário dentro de uma organização. Sendo assim, esse estudo poderá
verificar e demonstrar qual o regime de tributação que melhor se enquadra a atividade
exercida pela empresa analisada, através da ferramenta de Planejamento Tributário.
A pesquisa explanada neste trabalho foi realizada a partir do estudo de caso,
considerando como opção os regimes de tributação: Lucro Real, Lucro Presumido e
Simples Nacional. A partir de tal estudo foram feitas pesquisas bibliográficas e
exploratórias, aplicando a teoria e a prática. Todas as informações, para o estudo de
caso, foram extraídas dos relatórios disponibilizados pelo escritório de contabilidade
que presta serviço para empresa e são referentes dados que foram utilizados são do
exercício de 2015, O resultado obtido aponta que o regime tributário menos oneroso
para a atividade e média de faturamento da empresa analisada é o Simples Nacional.
Palavras - chave: Planejamento Tributário. Regime Tributário. Simples Nacional.
Lucro Presumido. Lucro Real. Carga Tributária.
7
ABSTRACT
With the high complexity of the Brazilian tax system, high tax burden and constant
amendments to legislation, it is clear that there is a lack of information from the
entrepreneurs and even some accountants to set the best tax system for a company.
The present study has as its theme the need to reduce the tax burden through
appropriate alternatives included in the current legislation, seeking the reduction or
deferral of such charge through lawful means, without using tax evasion by a detailed
analysis, giving the taxpayer a less costly way. This study aims to provide the
managers of a small company with activity area in the industry of curtains and
decorations, which operates in the city of Toledo, in the state of Paraná, the importance
of achieving a tax planning in an organization. Thus, this study may be able to verify
and demonstrate that the tax system that best fits the activity exercised by the company
analyzed through Tax Planning tool. The research process explained in this paper was
carried out from the case study, considering as an option the tax regimes: Active Profit,
Estimated Profit and Simples National. From this study we bibliographic and
exploratory research were done, applying theory and practice. All the information for
the case study were extracted from reports provided by the accounting firm that
provides service to the company and refer to the data that was used from the 2015
exercise. The result shows that the tax system less burdensome for the activity and
the company analyzed sales average is the Simples National.
KEYWORDS: Tax Planning. Tax Regime. Simple National. Active Profit. Estimated Profit. Tax Burden.
8
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - Faturamento ano calendário 2015 ....................................................... 57
QUADRO 2 - Anexo I: Comércio ............................................................................... 58
QUADRO 3 - Anexo II: Indústria ............................................................................... 59
QUADRO 4 - Faixa de Faturamento ......................................................................... 60
QUADRO 5 - Percentual de Redução a ser informado no programa gerador do
documento de arrecadação Simples Nacional. ......................................................... 61
QUADRO 6 - Apresentação do cálculo sobre receitas decorrentes da revenda de
mercadoria não sujeitas à substituição tributária. ...................................................... 62
QUADRO 7 - Apresentação do cálculo sobre receitas decorrentes da revenda de
mercadoria sujeitas a substituição tributária.............................................................. 63
QUADRO 8 - Apresentação do cálculo sobre receitas decorrentes da venda de
mercadorias industrializadas. .................................................................................... 63
QUADRO 9 - Apresentação da soma do valor apurado nas vendas de
mercadorias sujeitas e não a substituição tributária e industrializadas. .................... 64
QUADRO 10 - Encargos incidentes sobre a folha de pagamento. ............................ 66
QUADRO 11 - Apresentação dos Impostos Recolhido no Simples Nacional. .......... 66
QUADRO 12 - Receita Tributável Mensal da Empresa em Estudo com base no Lucro
Presumido. ................................................................................................................ 68
QUADRO 13 - PIS/PASEP e COFINS com base no Lucro Presumido ..................... 69
QUADRO 14 - IRPJ com base no Lucro Presumido para comércio e Indústria. ....... 70
QUADRO 15 - CSLL com base no Lucro Presumido para o comércio. .................... 71
QUADRO 16 - Apuração do ICMS a Recolher. ......................................................... 72
QUADRO 17 - Encargos Folha de Pagamento com base no Lucro Presumido........ 73
QUADRO 18 - Total dos tributos apurados com base no Lucro Presumido. ............ 74
QUADRO 19 - Apuração do PIS/PASEP e COFINS sobre vendas no Lucro Real. .. 76
QUADRO 20 - Apuração do PIS/PASEP e COFINS sobre entradas no Lucro Real. 77
QUADRO 21 - Compensação dos Débitos e Créditos de PIS/PASEP no Lucro Real.
.................................................................................................................................. 78
QUADRO 22 - Compensação dos Débitos e Créditos de COFINS com Base no
Lucro Real. ................................................................................................................ 79
QUADRO 23 - Apuração de IRPJ e CSLL. ............................................................... 80
QUADRO 24 - Apuração do ICMS com base no Lucro Real. ................................... 80
9
QUADRO 25 - Encargos da Folha de Pagamento com base no Lucro Real. ........... 81
QUADRO 26 - Total dos tributos apurados com base no Lucro Real. ...................... 82
QUADRO 27 - Comparação dos Regimes de Tributação. ........................................ 83
10
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 - Comparativo entres as vendas realizadas conforme Anexo I e II. ...... 65
GRÁFICO 2 - Disposição dos Tributos no Simples Nacional. ................................... 67
GRÁFICO 3 - Disposição dos Tributos no Lucro Presumido..................................... 75
GRÁFICO 4 - Disposição dos Tributos no Lucro Real. ............................................. 82
GRÁFICO 5 - Disposição da Comparação entre os Regimes Tributários ................. 84
GRÁFICO 6 - Comparativo dos tributos em relação ao faturamento de 2015. ......... 84
11
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Art Artigo
CF Constituição Federal
CLT Consolidação das Leis do Trabalho
CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
COFINS Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
CPP Contribuição Patronal Previdenciária
CSLL Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido
CTN Código Tributário Nacional
DARF Documento de Arrecadação de Receitas Federais
DAS Documento de Arrecadação do Simples Nacional
DITR Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
DR Demonstração do Resultado
EPP Empresa de Pequeno Porte
FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
GPS Guia de Previdência Social
IBPT Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário
ICMS Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação
IE Imposto de Exportação
IGF Imposto sobre Grandes Fortunas
II Imposto de Importação
IN Instrução Normativa
INSS Instituto de Seguridade Social
IOF Imposto sobre Operações Financeiras
IPI Imposto sobre Produtos Industrializados
IPTU Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana
IPVA Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores
IR Imposto de Renda
IRPJ Imposto de Renda Pessoa Jurídica
ISS Imposto sobre Serviço de qualquer Natureza
ITBI Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis
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ITCMD Imposto sobre Propriedade Territorial Rural
ITR Imposto sobre Propriedade Territorial Rural
LALUR Livro de Apuração do Lucro Real
LTDA Sociedade Empresarial de Responsabilidade Limitada
ME Microempresa
NCM Nomenclatura Comum do Mercosul
NF-e Nota Fiscal Eletrônica
PASEP Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
PIS Programa de Integração Social
PGDAS Programa Gerador de Documento de Arrecadação do Simples Nacional
RAT Risco Ambiental do Trabalho
RFB Receita Federal do Brasil
RIR Regulamento do Imposto de Renda
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SISCOMEX Sistema Integrado de Comércio Exterior
TIPI Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados
13
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 15
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 17
1.1 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA ......................................................................... 17
1.2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ......................................................................... 17
1.3 ELISÃO E EVASÃO FISCAL ............................................................................... 19
1.3.1 Elisão Fiscal .................................................................................................... 19
1.3.2 Evasão Fiscal .................................................................................................. 20
1.4 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL ................................................................... 22
1.4.1 Conceito de Tributo........................................................................................ 22
1.4.2 Impostos ......................................................................................................... 23
1.4.3 Taxas ............................................................................................................... 24
1.4.3.1 Taxa de Serviço ........................................................................................... 25
1.4.3.2 Taxa de Polícia ............................................................................................ 25
1.4.4 Contribuição de Melhoria .............................................................................. 26
1.4.5 Contribuição Social ........................................................................................ 27
1.4.5.1 Contribuição Social sobre Lucro – CSLL .................................................. 27
1.4.5.2 Programa de Integração Social – PIS ........................................................ 28
1.4.5.3 Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS ....... 29
1.4.6 Empréstimos Compulsórios .......................................................................... 30
1.5 IMPOSTOS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL................................. 30
1.5.1 Impostos Federais .......................................................................................... 30
1.5.1.1 Imposto de Importação - II .......................................................................... 31
1.5.1.2 Imposto de Exportação - IE ........................................................................ 32
1.5.1.3 Imposto sobre Propriedade Territorial Rural – ITR .................................. 34
1.5.1.4 Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI ........................................ 35
1.5.1.5 Imposto de Renda – IR ................................................................................ 36
1.5.1.6 Imposto sobre Operações Financeiras – IOF ........................................... 38
1.5.1.7 Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF .................................................... 39
1.5.2 Impostos Estaduais........................................................................................ 40
14
1.5.2.1 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadoria - ICMS
.................................................................................................................................. 40
1.5.2.2 Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA............. 41
1.5.2.3 Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens
ou Direitos – ITCMD ................................................................................................ 41
1.5.3 Impostos Municipais ...................................................................................... 42
1.5.3.1 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS .............................. 42
1.5.3.2 Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis – ITBI ............................... 43
1.5.3.3 Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU ............. 44
1.6 MODALIDADES DE TRIBUTAÇÃO .................................................................... 45
1.6.1 Simples Nacional ............................................................................................ 45
1.6.2 Lucro Presumido ............................................................................................ 48
1.6.3 Lucro Real ....................................................................................................... 49
2. METODOLOGIA ................................................................................................... 52
3. ESTUDO DE CASO .............................................................................................. 55
3.1 A EMPRESA ....................................................................................................... 55
3.2 APURAÇÕES DOS TRIBUTOS NOS REGIMES: SIMPLES NACIONAL LUCRO
PRESUMIDO E LUCRO REAL. ................................................................................ 56
3.2.1 Apuração dos Tributos no Simples Nacional .............................................. 56
3.2.2 Apuração dos Tributos no Lucro Presumido .............................................. 67
3.2.3 Apuração dos Tributos no Lucro Real ......................................................... 75
3.3 COMPARAÇÕES DOS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO ........................................ 83
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 86
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 88
APÊNDICES ............................................................................................................. 91
ANEXOS ................................................................................................................. 101
15
INTRODUÇÃO
Planejamento Tributário é uma ferramenta, que surgiu de forma lícita para que
as empresas pudessem buscar meios para a redução da carga tributária, pois se sabe
no Brasil existe uma carga tributária bastante elevada, que vem dificultando o
crescimento das empresas.
O levantamento “A Carga Tributária no Brasil – Repercussões na Indústria de
Transformação” mostra também que a carga tributária brasileira atingiu 33,5% do
Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 – uma alta de 9,1 percentuais desde 1980.1A
tributação brasileira gira em torno do consumo, enquanto em outros países a base de
tributação é a renda e o patrimônio.
O estudo tem como tema a necessidade da redução da carga tributária,
através de alternativas válidas, dentro da legislação vigente, a redução, ou diferimento
do ônus tributário, por meios lícitos sem fazer o uso da evasão fiscal, apontando como
opção de ferramenta de análise o Planejamento Tributário, que pode contribuir para
que a carga tributária chegue de forma menos onerosa ao contribuinte.
A pesquisa aqui explanada foi pontuada a partir da análise de informações
extraídas dos relatórios e documentos, de uma empresa de pequeno porte que atua
no ramo de comércio e indústria de cortinas e decorações, no município de Toledo,
estado do Paraná, documentos estes referentes ao exercício de 2015 e
disponibilizados pelo escritório de contabilidade que presta serviço à empresa.
Após a apuração dos dados da empresa, foram realizados cálculos com base
nas demonstrações contábeis e a partir disto, aplicaram-se os regimes de tributação:
Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional, para identificar se o regime tributário
ao qual a empresa está enquadrada é o menos oneroso.
A problemática da pesquisa norteou a seguinte questão: O regime de tributação
no qual a empresa está enquadrada é o mais adequado e rentável, baseando-se no
faturamento da mesma?
Para que tal pergunta fosse respondida foi evidenciada a importância do
Planejamento Tributário dentro de uma organização, identificando qual é o regime de
1 FOLHA DE SÃO PAULO. Carga Tributária é maior para quem tem menor renda, diz Fiesp. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/01/1728683-carga-tributaria-e-maior-para-quem-tem-menor-renda-diz-fiesp.shtml. Acesso em: 09 de Março de 2016.
16
tributação que melhor se enquadra para o ramo de atuação da empresa,
demonstrando alternativas que possam reduzir a carga tributária, possibilitando assim,
o aumento na lucratividade.
Além disso, foram explanados os conceitos de tributos federais, estaduais e
municipais, elisão fiscal, evasão fiscal. Também foram conceituados os regimes de
tributação: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional. E identificado através da
Elisão Fiscal, como a empresa pode reduzir o recolhimento dos tributos.
A elisão fiscal, mais conhecida como Planejamento Tributário, é essencial para
as empresas, pode proporcionar a diminuição dos custos e abrir oportunidades para
que possam ser realizados investimentos em várias áreas da organização, com
capacidade de crescimento e melhor posicionamento no mercado, em relação à
concorrência. Com a finalidade de obter informações sobre o adequado Planejamento
Tributário, conscientizar as empresas que essa ferramenta é tão importante quanto à
escolha de sua atividade econômica, pode levar os empresários a maximização dos
lucros.
De acordo com Andrade Filho (2009, p. 09) “a expressão “Planejamento
Tributário” pode ser utilizada para fazer referência a uma atividade ou método que
busca rotas para a redução da carga tributária, sempre em concordância com o poder
jurídico em vigor”. É notório que os tributos (impostos, taxas e contribuições)
representam importante parcela dos custos das empresas, senão a maior. Com a
globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência empresarial a correta
administração do ônus tributário.2
Segundo Oliveira (2009, p. 55) “o conhecimento das normas de legislação
tributária é de extrema importância para a sobrevivência das empresas, sobretudo
para a condução de uma gestão tributária eficiente e eficaz”. Destaca-se que o Brasil
é um dos países que possui a carga tributária mais elevada. Logo, é de suma
importância uma empresa conhecer a legislação vigente e as alterações que são
efetuadas constantemente, para que a mesma conserve-se no mercado.
2 ZALUNCA, Júlio César, Planejamento Tributário: Pague Menos Dentro da Lei. Disponível em: http://www.portaltributario.com.br/planejamento.htm. Acesso em: 08 de Março de 2016.
17
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Contabilidade Tributária, mais conhecida como “Contabilidade Fiscal”, é um
conjunto de procedimentos utilizados para conciliar a geração de tributos das
organizações Esta tem por objetivo de estudo a regra de apuração dos tributos
empresariais, verificando sempre que estejam de acordo com as normas básicas de
Contabilidade e a Legislação Tributária, de forma que permita ao empresário, analisar
a Carga Tributária recolhida pela empresa.
De acordo com Pohlmann (2010, p. 14) entende-se Contabilidade Tributária
como:
A Contabilidade Tributária é a disciplina ou ramo da contabilidade que se dedica ao estudo dos princípios, conceitos, técnicas, métodos e procedimentos aplicáveis a apuração dos tributos devidos pelas empresas entidades em geral, à busca e análise de alternativas para a redução da carga tributária e ao cumprimento das obrigações acessórias estabelecidas pelo Fisco.
A legislação fiscal muda constantemente se tornando complexa, o que dificulta
a obtenção de sucesso da empresa. Portanto, é necessário que o empresário saiba a
importância de uma contabilidade precisa, e um exímio Planejamento Tributário.
Nesse contexto surge à função do contador, manter-se informado e atento a legislação
fazendo com que a gestão tributária seja fonte de minimização de custos, criando
condições para que as empresas possam inovar, competir e se desenvolver de forma
contínua e otimizando seus resultados.
1.2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
No Brasil é visível à alta carga tributária em vigor, isso tem gerado recordes de
arrecadação aos cofres públicos. De acordo com pesquisa feita pelo Instituto
Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) “o Brasil está entre os 30 países com
maior carga tributária do mundo, e apresenta o pior valor em retorno dos impostos em
18
prol do bem estar da sociedade”3. Diante disso, surge uma das principais
preocupações das empresas, a elevação dos custos. Em decorrência da elevada
carga tributária os contribuintes buscam alternativas para redução do ônus tributário
seja de forma lícita ou ilícita. Para Lívio Augusto de Sillos (2005, p. 10) “o planejamento
tributário é uma expressão utilizada para representar o conjunto de procedimentos
adotados pelo contribuinte com o objetivo de eliminar, reduzir ou diferir para
momentos mais oportunos a incidência de tributos”.
O Planejamento Tributário surge com o objetivo de diminuir ou diferir a carga
tributária, para que as empresas possam buscar competitividade, por meio da redução
dos seus custos, ou simplesmente para manterem a sobrevivência em um mercado
globalizado. Segundo pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (SEBRAE) em 2015 no Estado de São Paulo, 2 em cada 10
empresas que eram registradas no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ),
fecharam antes de completarem 2 anos no mercado. A taxa de sobrevivência das
empresas paulistanas é de 78,1%. A pesquisa também aponta que o fator
predominante para o fechamento em 55% das empresas foi a não realização de um
Planejamento Prévio. Ou seja, “um maior tempo tende aumentar as chances de
sucesso: 31% das empresas em atividades gastaram mais de seis meses no
planejamento prévio, enquanto as que fecharam a porcentagem cai para 18%”. 4
Por essas razões o estudo sobre Planejamento Tributário nas empresas é de
extrema importância, para que alcancem melhores resultados e possam manter-se no
mercado competitivo em que vivemos, para obter resultados finais relevantes “[...] é
imprescindível que sejam considerados todos os tributos incidentes na operação
empresarial [...]” (AMARAL, 2001, apud OLIVEIRA, 2009, p. 205) após uma análise
minuciosa de cada tributo, ter-se-á aptidão para identificar os benefícios passíveis e
possíveis para redução do ônus tributário.
O planejamento deve ser entendido como um investimento e não um custo,
pois, possibilita diminuição nos gastos, melhores preços, economia de recursos,
3 DUMS, Ronei José. Anatomia do Poder (I): Carga Tributária Brasileira. Disponível em: http://www.contabeis.com.br/artigos/2454/anatomia-do-poder-i-carga-tributaria-brasileira. Acesso em 13 de Março de 2016. 4 SEBRAE. Panorama das MPEs Paulistas 2015. Disponível em: http://www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/EstudosPesquisas/mpes_numeros/book%20de%20pesquisas_mpes%20paulistas_2015_web_v3.pdf. Acesso em: 13 de Março de 2016.
19
expansão no mercado e aumento nos lucros de forma significativa, tudo isso só será
possível após o planejamento tributário ser executado.
1.3 ELISÃO E EVASÃO FISCAL
A redução do custo é uma necessidade de todas as empresas, e o
planejamento tributário se define como meio preventivo para obter a economia fiscal,
reduzindo a carga tributária, fazendo com que o contribuinte recolha o valor real do
imposto devido aos cofres públicos. A elisão fiscal e evasão fiscal são caminhos que
o contribuinte tem para reduzir, eliminar ou diminuir o recolhimento do imposto e
maximização dos lucros. O que diferencia uma da outra é que, a elisão fiscal utiliza-
se de meios lícitos e legais enquanto a evasão fiscal utiliza-se de meios ilícitos e
ilegais, para conseguir diminuir os custos desejados pelos empresários.
1.3.1 Elisão Fiscal
A elevada carga tributária que vem vigorando, levam as empresas a
procurarem métodos lícitos que possam ser utilizados para reduzir o custo tributário,
aumentar a lucratividade e competitividade junto ao mercado. A elisão fiscal está
relacionada com a ferramenta do Planejamento Tributário, que visa à execução de
procedimentos legais, antes do fato gerador, para reduzir, eliminar ou postergar a
obrigação tributária evitando assim impactos nas finanças empresarias.
Para que se possa obter a redução dos tributos e pagar somente o valor que é
devido por lei, Fabretti (2003) explica que “[...] devemos estudar e identificar todas as
alternativas legais aplicáveis ao caso ou existência de lacunas (“brechas”) na lei que
possibilite realizar essa operação da forma menos onerosa possível para o
contribuinte [...]”.5
Conforme Laúdio Camargo Fabretti e Dilene Ramos Fabretti (2003, p. 138):
A economia tributária resultante da adoção da alternativa legal menos onerosa ou de lacuna da lei denomina-se elisão fiscal. A elisão fiscal é legitima e lícita, pois é alcançada por escolhas feita de acordo com o ordenamento jurídico.
5 FABRETTI, Laúdio Camargo; FABRETTI, Dilene Ramos. Direito Tributário para os Cursos de Administração e Ciências Contábeis. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
20
Oliveira (2009, p. 193) traz outro conceito de elisão fiscal, para ele:
A elisão fiscal pressupõe a licitude de comportamento do contribuinte que objetive identificar as consequências fiscais de uma decisão, resultando em uma economia de tributos, haja visto que, dentro do direito de se auto organizar, está inserida a liberdade do contribuinte organizar seus negócios do menos oneroso sob aspecto fiscal.
O autor Andrade Filho (2009, p. 9) entende a Elisão Fiscal como “[...] atividade
lícita que busca a identificação de alternativas, observados os marcos da ordem
jurídica, levem a uma menor carga tributária [...].” Portanto, elisão fiscal é definida
como a economia tributária lícita. Para se tornar possível a elisão fiscal em uma
organização é necessário ter um breve conhecimento das duas espécies existentes,
conforme Zanluca (2007 apud WEBER, 2007, p. 21).
1. Aquela decorrente da própria lei, em que o próprio dispositivo legal permite ou até mesmo induz a economia de tributos. Existe uma vontade clara e consciente do legislador de dar ao contribuinte determinados benefícios fiscais; 2. A que resulta de lacunas e brechas existentes na própria lei, a qual contempla hipóteses em que o contribuinte opta por configurar seus negócios de tal forma que se harmonizem com um menor ônus tributário, utilizando-se de elementos que a lei não proíbe ou que possibilitem evitar o fato gerador de determinado tributo com elementos da própria lei.
Portanto a elisão fiscal se caracteriza como um procedimento lícito, que o
contribuinte realiza para estar reduzindo ou postergando o fato gerador, com o intuito
de recolher um montante menor de impostos, de uma forma que seja permitida dentro
da lei, ou em situações em que a mesma não proíba.
1.3.2 Evasão Fiscal
Evasão Fiscal ou Sonegação Fiscal é a prática ilícita do Planejamento
Tributário. Torres (2003, apud, SILLOS, 2005, p. 13) conceitua a evasão fiscal como:
“[...] práticas ilícitas adotadas pelo contribuinte com objetivo de evadir-se ao
cumprimento da obrigação relacionada ao pagamento do tributo [...]”. Andrade Filho
(2009, p. 9) traz outro conceito “evasão ou sonegação fiscal é a ação ilícita punível
com pena restritiva de liberdade ou multa pecuniária”. Sendo assim, evasão fiscal é a
prática consciente do contribuinte, que tem como objetivo postergar ou reduzir o
21
recolhimento do tributo após o fato gerador, através da forma ilícita, que caracteriza
crime contra a ordem tributária, ou seja, ao tentar sonegar o contribuinte estará sujeito
a penalidades previstas em Lei.
A Lei nº 4.729, de 14 de Julho de 1965, em seu Art. 1º define o crime de sonegação
fiscal:
Art 1º Constitui crime de sonegação fiscal: I - prestar declaração falsa ou omitir, total ou parcialmente, informação que deva ser produzida a agentes das pessoas jurídicas de direito público interno, com a intenção de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributos, taxas e quaisquer adicionais devidos por lei; II - inserir elementos inexatos ou omitir, rendimentos ou operações de qualquer natureza em documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais, com a intenção de exonerar-se do pagamento de tributos devidos à Fazenda Pública; III - alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operações mercantis com o propósito de fraudar a Fazenda Pública; IV - fornecer ou emitir documentos graciosos ou alterar despesas, majorando-as, com o objetivo de obter dedução de tributos devidos à Fazenda Pública, sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis. V - Exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário da paga, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida do imposto sobre a renda como incentivo fiscal.
Diante disso, pode-se assegurar que evasão fiscal será sempre o
comportamento ilegal adotado pelo contribuinte, utilizando-se de condutas e
procedimentos ilícitos como dolo, simulação, fraude, conluio e sonegação. São
diversos artifícios que o contribuinte encontra, com uma única finalidade, fugir do
cumprimento da obrigação tributária ou reduzir a carga tributária. O meio mais
utilizado que caracteriza a evasão fiscal é a compra e venda de mercadorias sem
emitir o documento fiscal (NF-e – Nota Fica Eletrônica), para não caracterizar o fato
gerador, ocultando assim o cumprimento da obrigação tributária, tanto do comprador
quanto do vendedor.
Mas esse cenário vem mudando, segundo Flávio Vilela Campos auditor fiscal
e coordenador – geral de fiscalização da Receita Federa do Brasil (RFB), que revela
“além das fiscalizações normais, pretendemos incrementar vários outros parâmetros
um deles é cruzar dados das Notas Fiscais Eletrônicas com os demais valores
informados pelas empresas”.6 Os órgãos de fiscalização, também estão utilizando-se
6 FENACON. Receita vai apertar o cerco em 2016, e fiscalizar notas das empresas. Disponível em: http://www.fenacon.org.br/noticias/receita-vai-apertar-cerco-em-2016-e-fiscalizar-notas-fiscais-das-mpresas-75/. Acessado em: 25 de Março de 2016.
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de vários métodos para combater tais práticas, sendo o principal é o investimento
tecnológico que está sendo realizado. Este investimento tem como objetivo cruzar
informações e dados das pessoas físicas e jurídicas, através das declarações
acessórias que são entregues mensalmente e anualmente pelos contribuintes.
Conforme o exposto, conclui-se que elisão fiscal é um ato lícito e legal, no qual
há necessidade de um ótimo planejamento tributário, para conseguir se apropriar dos
benefícios previstos na legislação brasileira. Enquanto a evasão fiscal utiliza-se de
meios ilícitos e ilegais, para eliminar ou reduzir o recolhimento do tributo aos cofres
públicos.
1.4 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Segundo Musgrave (1976), o conceito de Sistema Tributário é entendido como
sendo o complexo de regras jurídicas formado pelos tributos instituídos em um país
ou região autônoma e os princípios e normas que os regem. Desta forma, podemos
concluir que o Sistema Tributário Nacional é formado pelas regras jurídicas que
disciplinam o exercício do poder imposto pelos diversos órgãos públicos.
No Brasil a espécie tributária é denominada pelo seu fato gerador, pode-se
afirmar as mais relevantes espécies tributárias que compõem o sistema tributário
brasileiro como: impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições sociais e
empréstimos compulsórios.
1.4.1 Conceito de Tributo
O tributo é a designação genérica de diversas contribuições compulsórias em
dinheiro, arrecadadas pelo ente para financiar os serviços públicos.
De acordo com o Código Tributário Nacional (CTN), Art. 3º, “entende-se que
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
Conforme Oliveira (2009 p. 21-22):
Para melhor entendimento sobre a definição de tributo, é possível decompor sua definição nas seguintes características: Prestação Pecuniária: significa que o tributo deve ser pago em unidades de moeda corrente [...];
23
Compulsória: obrigação independente da vontade do contribuinte; Em moeda ou cujo valor se possa exprimir: os tributos são expressos em moeda corrente nacional (reais) ou por meio de indexadores (UFIR, exemplo); Que não constitua sanção de ato ilícito: as penalidades pecuniárias ou multas não se incluem no conceito de tributo; assim, o pagamento de tributo não decorre de infração de determinada norma ou descumprimento da lei; Instituída em lei: só existe a obrigação de pagar o tributo se uma norma jurídica com força de lei estabelecer essa obrigação; Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: a autoridade não possui liberdade para escolher a melhor oportunidade de cobrar o tributo, a lei já estabelece todos os passos a serem seguidos.
Fica evidente, que a obrigação do pagamento dos tributos independe da
vontade do contribuinte, seja pessoa física ou jurídica. O Estado é o sujeito ativo que
institui e cobra o tributo a partir que se tem o fato gerador, e o sujeito passivo possui
a responsabilidade de ressarcir o mesmo.
Tributo é caracterizado pelos seguintes elementos: “fato gerador, contribuinte
ou responsável e a base de cálculo. Para que venha a existir uma obrigação tributária,
é preciso que exista um vínculo jurídico entre um credor (Sujeito Ativo) e um devedor
(Sujeito Passivo) [...]”. (FABRETTI, 2009, p.74).
Em todos os atos de consumo do dia a dia, estão presentes os tributos, trata-
se da principal fonte de arrecadação do governo, eles determinam o equilíbrio e
funcionamento do ente público. Pode-se configurá-los como: Impostos, taxas,
contribuições de melhoria, contribuição social e empréstimos compulsórios.
1.4.2 Impostos
Impostos são valores pagos por pessoas físicas e jurídicas, no qual são
arrecadados pelo Estado, e servem para custear os gastos públicos e investimento
em obras públicas. Eles podem incidir sobre a renda e o patrimônio.
Pela sua definição no código tributário nacional CTN, o imposto é pago pelo contribuinte que não recebe nenhuma contraprestação direta e imediata do estado, sendo essa a característica principal desse tributo para a distinção dos demais. A receita arrecadada não pode estar vinculada por lei a nenhuma despesa específica, fundo ou órgão predeterminado, isto é, precisa ser vinculado ao “bolo do orçamento” de onde será repartida segundo os critérios da lei orçamentária anual (OLIVEIRA, 2005, p. 58).
Segundo o CTN, Art. 16°: “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato
gerador uma situação independentemente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte”.
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Está previsto no Art. 145, Inciso 1º, da Constituição Federal/88:
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
A instituição de impostos é prevista na Constituição Federal/88, que os dividiu
em impostos condignos para a União, para o Estado e Distrito Federal, e para o
Município. Em retribuição da cobrança e manutenção dos impostos, o Estado deve
compensar com serviços voltados ao bem estar da sociedade, como saúde e
educação, entre outros.
1.4.3 Taxas
As taxas decorrem de atividades estatais, tais como os serviços públicos ou
exercício do poder de polícia, para os quais é cobrado um determinado valor do
contribuinte, com a justificativa de ser um benefício para o mesmo.
Conforme o Art. 145° da CF/88:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
A taxa possui como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição. (CTN, Art. 77°).
25
1.4.3.1 Taxa de Serviço
Também chamada de Taxa de Utilização, é por meio desta que o contribuinte
faz valer o seu direito, com a utilização do serviço público que lhe é oferecido.
Conforme disposto no Art. 79 do CTN:
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram- I - utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas; III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
Somente será cobrada a taxa quando houver a utilização do serviço público
específico, quando o contribuinte sabe por qual serviço está pagando. Segundo
Sabbag (2011) “específico é aquele destacável que permite a identificação do sujeito
contribuinte. Direciona-se a um número determinado de pessoas. E é divisível quando
o Estado consegue identificar os usuários do serviço a ser financiado com a taxa”.
1.4.3.2 Taxa de Polícia
A cobrança da Taxa de Polícia versa sobre os serviços prestados pelo Estado,
através do poder de polícia, a qual limita os direitos e atividades de relevante interesse
coletivo, visando à proteção do interesse público maior que possa ser afetado.
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. (CTN, Art. 78).
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Cabe somente à autoridade competente exercer ou regular o poder de polícia,
ela é exigida por órgãos fiscalizadores, por atos de polícia e pela administração
pública.
1.4.4 Contribuição de Melhoria
Origina-se da realização de obra pública que implica valorização do imóvel do
contribuinte. Conforme o Art. 81 do CTN, a contribuição de melhoria cobrada pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que
decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel
beneficiado.
Contribuição de melhoria pode-se definir como um instrumento de
ressarcimento ao poder público como uma contraprestação, por meio da valorização
causada pela obra pública.
O Art. 82 do CTN diz que:
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: I - publicação prévia dos seguintes elementos: a) memorial descritivo do projeto; b) orçamento do custo da obra; c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; d) delimitação da zona beneficiada; e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
Segundo Alexandre (2010, p. 72), “o fato gerador da contribuição de melhoria
não é a realização da obra, mas sim, sua consequência, a valorização imobiliária”.
Portanto, a base de cálculo desse tributo será a diferença entre o valor inicial e final
do imóvel beneficiado.
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1.4.5 Contribuição Social
As contribuições sociais estão fixadas sobre a remuneração paga, durante o
mês, aos empregados e trabalhadores da empresa, sobre a folha de pagamento das
pessoas físicas e sobre o faturamento total ou receita, quando se diz respeito às
pessoas jurídicas.
As contribuições sociais são umas das principais fontes de arrecadação da
União, para financiamento das despesas do Estado. Conforme o Art. 195° da CF/88:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro; I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - dos trabalhadores; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
Este tributo visa garantir o financiamento da seguridade social, os quais são
relativos à saúde, previdência e a assistência social. Por exemplo, o Instituto de
Seguridade Social (INSS).
1.4.5.1 Contribuição Social sobre Lucro – CSLL
Foi instituída pela Lei n° 7.689/1988 e se utiliza das mesmas formas de
apuração e de pagamento do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e das
alíquotas previstas na legislação em vigor (Lei nº. 8.981, de 1995, Art. 57).
Incide sobre as pessoas jurídicas e entes equiparados pela legislação do Imposto de Renda e se destina ao financiamento da Seguridade Social. Sua alíquota varia entre 12% e 32% e a base de cálculo é o valor do resultado do
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exercício, antes da provisão para o Imposto de Renda (PORTAL TRIBUTÁRIO, 2015).
A base de cálculo da contribuição social é o resultado do período da apuração,
antes de computar sua própria apuração para pagamento e a correspondente ao
imposto de renda das pessoas jurídicas, ajustado por adições e exclusões autorizadas
pela legislação vigente.
A variação da alíquota dependerá do ramo de atividade exercido pela empresa,
de acordo com a tabela estipulada pela Receita Federal, o recolhimento e através de
DARF.
1.4.5.2 Programa de Integração Social – PIS
O PIS foi instituído pela Lei Complementar n.º 07, de 07 de setembro de 1970
com objetivo promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das
empresas, conforme se apresenta no Art. 1 da citada Lei Complementar, “é instituído,
na forma prevista nesta Lei, o Programa de Integração Social, destinado a promover
a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas”.
São contribuintes do PIS as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive empresas prestadoras de serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias, excluídas as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime [...] (FERREIRA, 2008, p. 01).
O imposto destina-se ao programa de seguro desemprego, do governo federal,
bem como ao abono do PIS, que destina 01 (um) salário mínimo anual aos
trabalhadores que recebem até 02 (dois) salários mínimos mensais e cumpram outros
requisitos legais. Para ter direito, o trabalhador deve estar cadastrado e o número do
PIS consta na carteira de trabalho, desde o momento da sua emissão.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, “o PIS tem a finalidade de
promover a integração do empregado com o desenvolvimento da empresa. Por meio
do cadastramento no programa o trabalhador”.
Na modalidade de incidência sobre o faturamento, para Higuchi et al (2010, p.
925), excluem-se para determinação da base de cálculo do PIS:
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I – as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI e o [...] ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário; II – as reversões de provisões operacionais e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas, e o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita; III – os valores que, computados como receita tenha sido transferida para outra pessoa jurídica, observadas normas regulamentadoras expedidas pelo Poder Executivo (revogado pelo art. 53 da MP nº 2,037); IV – receita decorrente de bens do ativo permanente. Para as entidades que recolhem o PIS sobre a folha de salários, a base de cálculo será o total da folha de pagamento mensal, composto pelo total dos rendimentos do trabalho assalariado.
O cálculo do PIS se dá sobre o faturamento, a receita bruta mensal, aplicando-
se a alíquota de 0,65%. É uma obrigação tributária mensal da empresa com
vencimento no último dia útil da primeira quinzena do mês subsequente da ocorrência.
1.4.5.3 Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS
A Contribuição par Financiamento da Seguridade Social - COFINS - foi
instituída pela Lei Complementar n.º 70/1991, em obediência ao disposto no art. 195
da Constituição Federal de 1988.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais [...].
A COFINS é uma contribuição federal, de natureza tributária, incidente sobre a
receita bruta das empresas em geral, destinada a financiar a seguridade social que é,
atualmente, regida pela Lei 9.718/98.
A base de cálculo da COFINS tem incidência sobre o faturamento e a alíquota,
dependerá da modalidade de tributação da empresa e do tipo de produtos
comercializados ou industrializados ou dos serviços prestados, excluindo-se as
exceções legalmente previstas.
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1.4.6 Empréstimos Compulsórios
De modo a promover o financiamento de despesas extraordinárias, os
empréstimos compulsórios buscam obter receitas para o Estado, em razão do
interesse nacional.
O Artigo 15° do CTN traz que, a União somente pode instituir empréstimos
compulsórios nos seguintes casos: “I - guerra externa, ou sua iminência; II -
calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos
orçamentários disponíveis; III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder
aquisitivo”. De acordo com o Art. 148 da CF/88:
A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
Esses empréstimos somente podem ser cobrados em situações específicas,
conforme citadas anteriormente, acontece com o governo em determinadas
circunstâncias, que detém o dinheiro compulsoriamente dos contribuintes.
1.5 IMPOSTOS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
1.5.1 Impostos Federais
Os Impostos Federais estão contidos no Art. 153 da Constituição Federal, onde
regulamenta e defini quais são os de competência da União. Segundo pesquisa feita
pela Receita Federal e disponibilizada em outubro de 2015, com análise comparativa
de dados referente ao ano de 2014 e 2013, a União foi responsável pela maior parte
das arrecadações, contribuindo com o percentual de 68,47%, no ano de 2014.7
7 FEDERAL, Receita. Carga Tributária no Brasil 2014 - Análise por Tributos e Base de Incidência.
Disponível em: http://idg.receita.fazenda.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-
31
1.5.1.1 Imposto de Importação - II
Imposto de Importação conhecido também como Tarifa Aduaneira, de
competência adstrita à União, possui função extrafiscal, utilizado como forma de
controle de política cambial e de comércio exterior. Segundo Art. 19 do Código
Tributário Nacional, “o fato gerador do tributo é à entrada de mercadoria no território
nacional”. Segundo Sabagg (2004, p.376) “o Imposto de Importação é um dos mais
antigos no mundo, possuindo, hodiernamente, função extrafiscal, ao visar proteger a
indústria nacional, como verdadeira arma da política econômica e fiscal”. A incidência
do imposto ocorre sobre o valor de bens e produtos/mercadorias vindas do exterior.
O Art. 69 e 70 do Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6.759, de 5 de Fevereiro de
2009), dispõe sobre a incidência do imposto:
Art. 69. O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira (Decreto-Lei nº 37, de 1966, art. 1º, caput, com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.472, de 1988, art. 1º). Parágrafo único. O imposto de importação incide, inclusive, sobre bagagem de viajante e sobre bens enviados como presente ou amostra, ou a título gratuito (Decreto no 1.789, de 12 de janeiro de 1996, art. 62). Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País, salvo se (Decreto-Lei nº 37, de 1966, art. 1º, § 1º, com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.472, de 1988, art. 1º): I - enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado; II - devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição; III - por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador; IV - por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou V - por outros fatores alheios à vontade do exportador. Parágrafo único. Serão ainda considerados estrangeiros, para os fins previstos no caput, os equipamentos, as máquinas, os veículos, os aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peças, os acessórios e os componentes, de fabricação nacional, adquiridos no mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na hipótese de retornarem ao País (Decreto-Lei no1.418, de 3 de setembro de 1975, art. 2o, caput e § 2º).
A base de cálculo do imposto está definida no Código Tributário Nacional em
seu Art. 20:
Art. 20. A base de cálculo do imposto é: I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
aduaneiros/estudos-e-estatisticas/carga-tributaria-no-brasil/29-10-2015-carga-tributaria-2014. Aessado em: 07 de Maio de 2016.
32
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País; III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação.
Diante disso, pode-se assegurar que o imposto de importação em questões de
arrecadações não é considerado o mais significativo, porém ele tem uma função muito
maior, que é influenciar a política econômica, o contribuinte deste imposto é o
importador ou quem a lei a ele equiparar, e o arrematante de produtos apreendidos
ou abandonados, conforme entendimento do art. 22 CTN, “pode considerar qualquer
pessoa que promova a entrada de mercadoria dentro do território nacional”.8 Cabe
ainda ressaltar que o imposto de importação não visa somente à arrecadação, porém
tem uma função predominante, que é intervir na economia brasileira.
1.5.1.2 Imposto de Exportação - IE
Imposto de Exportação é um imposto de competência da União, tem função
predominante extrafiscal, utilizado como forma de controle de política cambial e de
comércio exterior, da mesma forma que o imposto de importação. Tem como fato
gerador a saída de produtos nacionais ou nacionalizados do território nacional, já a
legislação tributária para fins de cálculo do tributo, considera a data de registro da
exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), o disposto
acima está previsto no Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6.759, de 5 de Fevereiro
de 2009) em seu Art. 213:
Art. 213. O imposto de exportação tem como fato gerador a saída da mercadoria do território aduaneiro (Decreto-Lei nº 1.578, de 1977, art. 1º, caput). Parágrafo único. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data de registro do registro de exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) (Decreto-Lei nº 1.578, de 1977, art. 1º, § 1º).
O Art. 214 do Regulamento Aduaneiro dispõem da base de cálculo e do cálculo,
o mesmo considera “[...] o preço normal que mercadoria ou similar alcançaria, ao
8Brasil. Lei n° 5.172, de 25 de Outubro de 1966. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172Compilado.htm. Acessado em 07 de Maio de 2016.
33
tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado
internacional [...]”.9
Art. 214. A base de cálculo do imposto é o preço normal que a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pela Câmara de Comércio Exterior (Decreto-Lei nº 1.578, de 1977, art. 2º, caput, com a redação dada pela Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 51). § 1oQuando o preço da mercadoria for de difícil apuração ou for suscetível de oscilações bruscas no mercado internacional, a Câmara de Comércio Exterior fixará critérios específicos ou estabelecerá pauta de valor mínimo, para apuração da base de cálculo (Decreto-Lei nº 1.578, de 1977, art. 2º, § 2º, com a redação dada pela Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 51). § 2oPara efeito de determinação da base de cálculo do imposto, o preço de venda das mercadorias exportadas não poderá ser inferior ao seu custo de aquisição ou de produção, acrescido dos impostos e das contribuições incidentes e da margem de lucro de quinze por cento sobre a soma dos custos, mais impostos e contribuições (Decreto-Lei nº 1.578, de 1977, art. 2º, § 3º, com a redação dada pela Lei nº 9.716, de 1998, art. 1º). Art. 215. O imposto será calculado pela aplicação da alíquota de trinta por cento sobre a base de cálculo (Decreto-Lei nº 1.578, de 1977, art. 3º, caput, com a redação dada pela Lei nº 9.716, de 1998, art. 1º). § 1oPara atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior, a Câmara de Comércio Exterior poderá reduzir ou aumentar a alíquota do imposto (Decreto-Lei nº 1.578, de 1977, art. 3º, caput, com a redação dada pela Lei nº 9.716, de 1998, art. 1º). § 2oEm caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior a cento e cinquenta por cento (Decreto-Lei nº 1.578, de 1977, art. 3º, parágrafo único, com a redação dada pela Lei nº 9.716, de 1998, art. 1º). (DECRETO nº 6.759, de 5 de Fevereiro de 2009).
Ao pagamento do imposto devido, será fixado um prazo pelo Ministério do
Estado e da fazenda, que poderá determinar sua exigibilidade antes da efetiva saída
do território aduaneiro da mercadoria a ser exportada. O contribuinte do referido
imposto é exportador, que pode ser considerado qualquer pessoa que promova a
saída de mercadoria do território aduaneiro, conforme dispostos no art. 216 e 217 do
Regulamento Aduaneiro.
Assim como o imposto de importação o imposto de exportação, em questões
de arrecadações, não é considerado o mais significativo, mas sim tem por função
intervir na economia brasileira.
9REZENDE, Amaury José; PEREIRA, Carlos Alberto; ALENCAR, Robert Carvalho. Contabilidade Tributária: Entendo a lógica dos tributos e seus reflexos sobre os resultados das empresas. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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1.5.1.3 Imposto sobre Propriedade Territorial Rural – ITR
O ITR é um imposto de competência da União, possui fato gerador permanente,
o mesmo ocorre quando há posse do imóvel, localizado na área rural do município.
Conforme dispõem o Art. 1º da Lei nº 9.393, de dezembro de 1966:
Art. 1º O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, de apuração anual, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano. § 1º O ITR incide inclusive sobre o imóvel declarado de interesse social para fins de reforma agrária, enquanto não transferida à propriedade, exceto se houver imissão prévia na posse. § 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se imóvel rural a área contínua, formada de uma ou mais parcelas de terras, localizada na zona rural do município. § 3º O imóvel que pertencer a mais de um município deverá ser enquadrado no município onde fique a sede do imóvel e, se esta não existir, será enquadrado no município onde se localize a maior parte do imóvel.
Sua incidência ocorre sobre os imóveis localizados fora das áreas urbanas do
município, cabe a União arrecadar o montante dos impostos pagos pelos
contribuintes, e repassar para os Municípios e Distrito Federal, a proporção de 50%
da arrecadação relativa a estes, onde estão localizadas as terras tributadas para os
entes não conveniados, e 100% para os conveniados com a Receita Federal do Brasil
(RFB), que se responsabilizam pelas fiscalizações e lançamento de ofício de cobrança
do imposto. As pequenas terras que são consideradas propriedades familiares, e que
o proprietário não possua outro imóvel rural ou urbano, a legislação concede um
benefício, as mesmas possuem imunidade, ou seja, o imposto não incide sobre essas
pequenas glebas rurais, Art. 2º da Lei nº 9.393 definem o que são as pequenas glebas
rurais:
Art. 2º Nos termos do art. 153, § 4º, in fine, da Constituição, o imposto não incide sobre pequenas glebas rurais, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel. Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os imóveis com área igual ou inferior a: I - 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense; II - 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental; III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município.
35
O contribuinte do imposto pode ser o proprietário do imóvel rural, titular em seu
domínio útil ou possuidor em qualquer título. A apuração e cobrança deste imposto é
feita anualmente, mediante o preenchimento e homologação da Declaração do
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR).
1.5.1.4 Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI
O IPI é um imposto de competência da União, incide sobre produtos
industrializados, sejam eles nacionais ou estrangeiros, conforme especificações
constantes na Tabela do Imposto de Produtos Industrializados (TIPI). Sabbag traz sua
definição “o IPI é um imposto real, que recai sobre uma determinada categoria de
bens, isto é, produtos da indústria” (SABBAG, 2004, p. 386). Diante disso, O Art. 4º do
Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados, aprovado pelo Decreto nº
7.212/2010, dispõem sobre as características para considerar um produto
industrializado:
Art. 4o Caracteriza industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tal como (Lei nº 5.172, de 1966, art. 46, parágrafo único, e Lei nº 4.502, de 1964, art. 3º, parágrafo único): I - a que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na obtenção de espécie nova (transformação); II - a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento); III - a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem); IV - a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou V - a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou recondicionamento). Parágrafo único. São irrelevantes, para caracterizar a operação como industrialização, o processo utilizado para obtenção do produto e a localização e condições das instalações ou equipamentos empregados.
O IPI é um imposto que possui seletividade, ou seja, dispõe de uma alíquota
pré-fixada que onera o produto conforme a sua utilidade, sendo as menores aplicadas
aos gêneros considerados necessários e as maiores aplicada aos supérfluos (CF, art.
153). O objetivo dessa divisão é regular a carga tributária, de acordo com Alexandre
(2010, p.563) “[...] com a capacidade contributiva dos consumidores, uma vez que os
36
produtos essenciais são consumidos por todas as classes sociais [...]”, devendo estar
sujeitos a uma alíquota menos onerosa, enquanto os considerados supérfluos,
conforme Alexandre (2010, p. 563) “[...] são presumidamente consumidos apenas (ou,
ao menos, principalmente) pelas pessoas das classes sociais mais privilegiadas [...]”.
Diante do exposto, pode-se definir o fato gerador do IPI, conforme está disciplinado
pelo art. 35 da Lei nº 7.212/2010, e sua base de cálculo de acordo com o art. 47 do
CTN, abaixo transcritos:
Art. 35. Fato gerador do imposto é (Lei nº 4.502, de 1964, art. 2º): I - o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira; ou II - a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial. Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso I, considerar-se-á ocorrido o respectivo desembaraço aduaneiro da mercadoria que constar como tendo sido importada e cujo extravio ou avaria venham a ser apurados pela autoridade fiscal, inclusive na hipótese de mercadoria sob regime suspensivo de tributação (Lei no 4.502, de 1964, art. 2o, § 3o, e Lei no 10.833, de 2003, art. 80). Art. 47. A base de cálculo do imposto é: I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do artigo 20, acrescido do montante: a) do imposto sobre a importação; b) das taxas exigidas para entrada do produto no País; c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis; II - no caso do inciso II do artigo anterior: a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria; b) na falta do valor a que se refere à alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente; III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação.
Os contribuintes do imposto são o importador, o industrial, o comerciante de
produtos sujeitos à tributação do IPI, o arrematante de produtos apreendidos ou
abandonados, levados a leilão, ou a quem a lei equiparar, é lançando por
homologação, conforme dispostos do CTN. O IPI possui isenções e reduções, que
contribuirão para que a empresa tenha uma carga tributária menos onerosa, cabe ao
empresário ou contador saber aplicar de maneira correta, para passar a se valer
desses benefícios.
1.5.1.5 Imposto de Renda – IR
O IR é de competência da União, tendo nitidamente a função fiscal, sendo o
maior arrecadador entre os impostos federais. Conforme disposto no art. 153 da CF,
“este imposto não incide somente sobre a renda, mas também sobre os proventos de
37
qualquer natureza”. Segundo Alexandre (2010, p. 558) renda “[...] compreende o
produto capital (como os rendimentos obtidos com uma aplicação financeira), do
trabalho (como o salário recebido pelo empregado) ou da combinação de ambos [...]”,
portanto renda abrange qualquer recebimento que se obtiver, conforme Alexandre “[...]
proventos é definido por exclusão, compreendendo todos os acréscimos patrimoniais
não enquadráveis no conceito legal de renda [...]”10. É contribuinte do imposto sobre
a renda a pessoa física e jurídica, titular da renda ou provento de qualquer natureza,
segundo Sabbag:
“[...] a Lei pode atribuir a fonte pagadora da renda a responsabilidade pela retenção e recolhimento do IR, figurando o empregado como contribuinte, e o empregador, como responsável [...], [...] por conveniência administrativa e sempre por meio de lei, visando à praticabilidade da arrecadação, a fonte pagadora pode ficar no polo passivo da relação jurídica na situação de responsável pelo recolhimento do tributo [...]” (SABBAG, 2016, p. 1295).
Segundo Sabbag (2016, p. 1295) o fato gerador do IR “é aquisição da
disponibilidade econômica ou jurídica de renda e de proventos de qualquer natureza,
assim entendidos todos os acréscimos não compreendidos no conceito de renda”. A
definição legal do fato gerador e da base de cálculo do IR está previsto no art. 43 e 44
do CTN, conforme segue:
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. § 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. (Incluído pela Lei nº 104, de 2001) § 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. (Incluído pela Lei nº 104, de 2001) Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.
Sendo assim, a base de cálculo para o imposto de renda incide sobre o
montante referente à renda ou proventos, oriundos tanto de território nacional ou
10 Idem.
38
provido do exterior, neste caso cabe a lei estabelecer o momento e a condição em
que o imposto estará desimpedido para que ocorra a incidência.
1.5.1.6 Imposto sobre Operações Financeiras – IOF
O IOF é um imposto de competência da União, tendo claramente a função
extrafiscal, ou seja, tem a função de regular a economia, pois é através dessas
arrecadações que o Governo tornar-se ciente sobre a demanda e oferta de crédito no
país. Está previsto na Constituição Federal em seu Art. 153, no CTN no Art. 63 e
seguintes e Decretos nº 6.306/2007 e 6.339/2008. Este imposto é conhecido de forma
resumida como sendo o sucessor do antigo Imposto do Selo, substituindo com
advento da Emenda Constitucional nº 18/65.
Segundo Sabbag (2016, p. 1262) as arrecadações ocorrem pela seguintes
formas: “operações realizadas por instituições financeiras, como os bancos, Caixas
Econômicas, corretoras, lojas de câmbio, empresas de seguros privados etc.”
A cobrança e o recolhimento do imposto são efetuados pelo responsável tributário: a pessoa jurídica que conceder o crédito; as instituições autorizadas a operar em câmbio; as seguradoras ou as instituições financeiras a quem estas encarregarem da cobrança do prêmio de seguro; as instituições autorizadas a operar na compra e venda de títulos ou valores
mobiliários. (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2015).
O art. 2º do Regulamento do IOF (Decreto n° 6.306, de 14 Dezembro de 2007),
define nitidamente a incidência do imposto:
Art. 2° O IOF incide sobre: I - operações de crédito realizadas: a) por instituições financeiras [...] b) por empresas que exercem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring) (Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, art. 15, § 1o, inciso III, alínea “d”, e Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 58); c) entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física [...] II - operações de câmbio [...] III - operações de seguro realizadas por seguradoras [...] IV - operações relativas a títulos ou valores mobiliários [...]
V - operações com ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial [...]
39
O IOF conforme disciplinado no Art. 2° do Decreto 6.306/2007, designa que o
responsável pela cobrança e recolhimento deste imposto, será sempre a pessoa
jurídica que conceder o crédito, portanto não haverá incidência do mesmo, quando
quem conceder o crédito se tratar de pessoa física. O fato gerador deste imposto são
as operações de crédito, câmbio, seguros e operações relativas a títulos e valores
mobiliários, como previsto no art. 63 do CTN e art. 3 do Decreto nº 6.306/2007. A
base de cálculo do imposto do IOF está definida no CTN em seu art. 64:
Art. 64. A base de cálculo do imposto é: I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros; II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição; III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio; IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver; b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei; c) no pagamento ou resgate, o preço.
É imprescindível que o empresário tenha um pleno conhecimento sobre este
imposto, pois o mesmo incide sobre diversas operações financeiras, umas das
ferramentas mais utilizadas pelos empresários atualmente. O IOF foi instituído para
ser um instrumento regulatório da economia e através disso o governo ter como avaliar
a oferta e demanda de crédito no País além de gerar receita aos cofres públicos.
1.5.1.7 Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF
O IGF é de competência da união, conforme dispõem o art. 153, inciso VII, da
CF/88, apenas está previsto na constituição, o mesmo não foi instituído, pois,
demanda de uma lei complementar para sua regulamentação que ainda não foi
aprovada. Segundo Alexandre (2010, p. 583):
“Alguns doutrinadores mais críticos afirmam que o tributo não foi criado porque as grandes fortunas estariam muito bem representadas no parlamento federal, de forma a inibir qualquer iniciativa no sentido de exercício da competência”.
Sendo assim o imposto precisa ter base de cálculo, alíquotas, fato gerador e
incidências, como esses fatores ainda não foram definidos, através de lei
complementar, o mesmo não produz efeitos e não entra em vigor.
40
1.5.2 Impostos Estaduais
De acordo com o Art. 155 da CF/88, os impostos estaduais são de competência
do Estado e o Distrito Federal, os quais instituem impostos sobre Transmissão Causa
Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD); Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), e Propriedade de Veículos
Automotores (IPVA). Pesquisa realizada pela Receita Federal aponta um aumento no
crescimento de arrecadação referente aos impostos estaduais de R$ 29.392 (milhões)
em comparação dos anos de 2013 a 2014.11
1.5.2.1 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadoria e sobre
Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação - ICMS
O ICMS é um imposto de competência do Estado, o qual incide sobre a
circulação de mercadorias ou prestação de serviços interestadual ou intermunicipal
de transporte e de comunicação, ainda que iniciados no exterior, “[...] indica quaisquer
atos ou negócios, independentemente da natureza jurídica especifica de cada um
deles, que implicam a circulação de mercadorias [...]” (ALEXANDRE, 2010, p. 558.)
De acordo como Art. 155 da CF/88:
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação: a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes; b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;
11 FEDERAL, Receita. Carga Tributária no Brasil 2014 - Análise por Tributos e Base de Incidência. Disponível em: http://idg.receita.fazenda.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-aduaneiros/estudos-e-estatisticas/carga-tributaria-no-brasil/29-10-2015-carga-tributaria-2014. Aessado em: 07 de Maio de 2016.
41
O ICMS pode ser caracterizado em sua forma de apuração de duas formas,
pela cumulatividade (apuração que não considera compensação de créditos) e pela
não cumulatividade (apuração que considera apuração de créditos). Sua base de
cálculo pode ser instituída pelo valor da operação, preço do serviço ou valor da
mercadoria ou bem importado.
1.5.2.2 Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA
O IPVA é um imposto estadual, sendo devido, segundo Alexandre (2010, p.10)
“do local em que o veículo foi registrado e licenciado, inscrito ou matriculado, perante
as autoridades de trânsito, independentemente do local do domicílio do proprietário
ou possuidor.” Sujeito passivo é o proprietário do veículo automotor (nome e veículo
licenciado). O fato gerador do IPVA é a propriedade (e não o uso) do veículo automotor
de qualquer espécie (automóvel, motocicleta, caminhão...).
§ 6º O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (ART.155, CF).
O imposto é exigido anualmente, pode ser pago à vista ou parcelado, como o
contribuinte preferir. A base de cálculo é o valor venal do veículo ou o preço comercial
de tabela (valor de mercado).
1.5.2.3 Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens
ou Direitos – ITCMD
O ITCMD é tributado nas unidades federativas nos casos de heranças, legados
e doações ou na transferência de bens. Trata-se de um imposto gerado a partir de
bens que uma pessoa possui e que, vindo a falecer, acaba deixando para os herdeiros
ou legatários que obterão os bens através de um inventário, tornam-se obrigados a
pagar o imposto ITCMD para só então ter seu benefício. No caso de doações, quem
paga o ITCMD é o donatário, ou seja, quem recebeu a doação.
42
De acordo com o Art. 35 do CTN:
Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador: I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil; II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia; III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II. Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários.
A base de cálculo representará o valor de mercado do bem objeto da
transmissão, não devendo superá-lo, segundo ART. 38, CTN, “a base de cálculo do
imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos”.
1.5.3 Impostos Municipais
Os municípios podem instituir os impostos no que diz respeito a Propriedade
Predial e Territorial Urbana (IPTU), sobre a Transmissão "inter vivos" de Bens Imóveis
e de Direitos Reais Sobre Imóveis (ITBI) e Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel; III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993). (CF, Art.156)
Os impostos municipais são destinados em via de regra para custear as
despesas dos municípios, referentes à saúde, educação, esporte e lazer. Porém é
necessária a aprovação do poder legislativo, para a destinação do valor arrecado em
concordância com a lei.
1.5.3.1 Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS
O ISS é de competência dos municípios e do Distrito Federal, conforme a Lei
Complementar n° 116/2003, “tem como fato gerador a prestação de serviços por
43
profissional autônomo ou pessoa jurídica, constantes na lista desta Lei Complementar,
ainda que não possua estabelecimento fixo”. 12
De acordo com a Lei Complementar n° 116/2003:
Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. § 1o O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País. § 2o Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias. § 3o O imposto de que trata esta Lei Complementar incide ainda sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço. § 4o A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço prestado.
A base de cálculo é o preço do serviço prestado, o contribuinte é o trabalhador
autônomo ou a pessoa jurídica que prestou o serviço elencado na lei ordinária, e o
lançamento é feito por homologação, podendo ser efetuado de ofício.
A Emenda Constitucional 37/2002, em seu artigo 3º, incluiu o artigo 88 ao Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias, fixando a alíquota mínima do ISS em
2% (dois por cento) e a máxima de 5% (cinco por centro), a partir da data da
publicação da Emenda (13.06.2002).
1.5.3.2 Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis – ITBI
Imposto cujo fato gerador é a transmissão, inter vivos, a qualquer título por ato
oneroso de propriedade ou domínio útil de bens imóveis, a transmissão a qualquer
título de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos de garantia; a cessão de
direitos relativos às transmissões acima mencionadas.
Conforme Art. 35 do CTN:
12PORTAL TRIBUTÁRIO. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza. Disponível em: http://www.portaltributario.com.br/tributos/iss.html. Acesso em: 13 de Maio de 2016.
44
Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador: I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil; II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia; III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II. Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários.
Contribuinte é qualquer uma das partes na operação tributária, conforme
dispuser a lei, o lançamento é feito mediante declaração do contribuinte, podendo
também ser executado de ofício.
A base de cálculo é o valor venal do imóvel e suas alíquotas são fixadas nas
leis ordinárias dos municípios. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens
ou direitos transmitidos. (CTN, Art. 38).
1.5.3.3 Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU
O IPTU é o imposto cuja incidência tem como fato gerador a propriedade, o
domínio útil ou a posse de propriedade imóvel localizada em zona urbana ou extensão
urbana. Os contribuintes do imposto são as pessoas físicas ou jurídicas que mantém
a posse do imóvel por justo título.
Segundo o Art. 32 do CTN:
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. § 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II - abastecimento de água; III - sistema de esgotos sanitários; IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado. § 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.
45
A função do IPTU é tipicamente fiscal, e seu objetivo primordial é a obtenção
de recursos financeiros para os Municípios, as alíquotas são fixadas, sem que a CF/88
nem o CTN imponham qualquer limitação. A base de cálculo é o valor venal do imóvel,
e tem incidência apenas sobre os imóveis por natureza ou acessão física.
Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel. Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade. (CTN, Art. 33).
O valor venal é o valor de comercialização do móvel. Não é o valor real do
produto, nem necessariamente incorpora seu custo de produção. É o valor venal com
que pode ser comercializado - mais alto ou mais baixo, dependendo das
circunstâncias do mercado.
1.6 MODALIDADES DE TRIBUTAÇÃO
A escolha pelo regime de tributação e enquadramento da empresa, é o que
definirá quanto de imposto o empresário recolherá aos cofres públicos. Portanto, é de
suma importância que as empresas tenham o conhecimento da modalidade de
tributação que será definida, quais os impostos e alíquotas incidentes em cada
operação a ser realizada. Diante disso ressalta-se a importância do Planejamento
Tributário nas organizações, o que contribuirá para a escolha ideal do regime,
consequentemente redução da carga tributária e tomada de decisões mais relevantes
diante dos resultados apresentados ao final dos períodos.
1.6.1 Simples Nacional
O Simples Nacional é uma modalidade de tributação simplificada, trata-se de
um modelo compartilhado de arrecadações, cobranças e fiscalizações de tributos que
abrange as Microempresas e Empresas de Pequeno e Porte. Previsto na Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, mas aplicável somente a partir de
01 de Julho de 2007. Que estabelece as normas gerais relativas ao tratamento
diferenciado e favorecido a tais empresas, não só na esfera tributária, mas também
em relação às obrigações trabalhistas.
46
A Lei 123/006 em seu art. 1º descreve quais são os benefícios que a empresa
tem ao se enquadrar nessa modalidade de tributação:
Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere: I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias; II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias; III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. IV - ao cadastro nacional único de contribuintes a que se refere o inciso IV do parágrafo único do art. 146, in fine, da Constituição Federal.
Para ingressar nesse regime de tributação as empresas devem se enquadrar
em algumas particularidades, que a Lei 123/2006 estabelece. Deverá ser
Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte a sociedade empresária, sociedade
simples, empresa individual de responsabilidade limitada, empresário devidamente
registrado no Registro de Civil de Pessoas Jurídicas. São designadas Microempresas
(ME) as empresas que aufiram, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior
a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais), Empresas de Pequeno Porte (EPP),
são as empresas que aufiram receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e
sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil
reais).
Conforme dispõe o art. 3º, inciso 1º da Lei Complementar 123 de dezembro de
2006, traz o conceito de receita bruta:
§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais
concedidos.
O Simples Nacional foi criado com o objetivo de unificar o recolhimento dos
impostos e contribuições no âmbito federal, estadual e municipal, em uma única guia
denominada, Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). A base para
cálculo do tributo devido, é a receita bruta mensal. A determinação da alíquota está
47
vinculada ao total do faturamento acumulado auferido dos últimos 12 meses anteriores
ao da apuração do mês a ser calculado.
O valor devido mensalmente pelas ME e EPP, optante pelo Simples Nacional,
será determinado mediante a aplicação das alíquotas constantes das tabelas dos
Anexos I a VI que estão previstos na Lei 123/2006. A empresa que possui somente
uma atividade aplicará a alíquota pertinente sobre o total da receita bruta, a empresa
que possui mais de uma atividade deve manter controles distintos para cada tipo de
receita, em razão de que, a incidência tributária varia de acordo com o ramo de
atividade, sendo assim, após a segregação das receitas, deve-se aplicar a alíquota
conforme os anexos que estão previstos na a Lei 123/2006, referente a cada atividade
exercida.
Os impostos e contribuições que abrangem essa modalidade de tributação
estão presentes no art. 13 da LC 123/2006, que incluem IRPJ, CSLL, IPI, COFINS,
Contribuição para o PIS/Pasep, CPP, ICMS, ISS, deve-se considerar que cada
imposto mencionado tem suas particularidades e exceções para determinadas
operação e ramos de atividades. A opção pelo Simples Nacional não exclui a
incidência de outros impostos e contribuições, quando a empresa estiver na condição
de contribuinte ou responsável pelo recolhimento.
Conforme Art. 5º da Resolução CGSN nº 094 de 29 de novembro de 2011,
estabelece os tributos que deverão ser recolhidos na qualidade de contribuinte ou
responsáveis:
I - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF); II - Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros (II); III - Imposto sobre Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados (IE); IV - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR); V - Imposto de Renda relativo: a) aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável; b) aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente; c) aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica a pessoas físicas; VI - Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); VII - Contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa ao trabalhador; VIII - Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual; IX - Contribuição para o PIS/Pasep, COFINS e IPI incidentes na importação de bens e serviços; X - ICMS devido: XI - ISS devido:
48
a) em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte; b) na importação de serviços; XII - demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, não relacionados neste artigo e no art. 4°.
Por ser um sistema menos burocrático o Simples Nacional traz diversos
benefícios ao empresário, entre eles geração de emprego com a redução dos
encargos previdenciários, redução da carga tributária e uma forma mais simplificada
de recolhimento dos tributos, diferente das outras modalidades de tributação.
1.6.2 Lucro Presumido
A Receita Federal conceitua “lucro presumido é uma forma de tributação
simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL
das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração
do lucro real”.13 O Lucro presumido é uma modalidade tributação simplificada que tem
uma alíquota pré-fixada por lei, para definição da base de cálculo dos seguintes
tributos IRPJ e CSLL. A alíquota de presunção do Lucro varia de acordo com atividade
da pessoa jurídica, sendo diferente a base de cálculo para IRPJ e CSLL. As alíquotas
para presunção do IRPJ variam de 1,6% a 32%, e as da CSLL são apenas duas 12%
e 32%. As alíquotas dos tributos IRPJ e CSLL são 15% e 9% respectivamente. O PIS
e COFINS são calculados sobre o faturamento bruto, aplicando a alíquota de 0,65%
e 3% respectivamente no ano de 2015. Essa modalidade de tributação abrange
somente as empresas que não estão obrigadas, no ano base, a ser tributadas pelo
Lucro Real, ou que são impendidas de optarem pelo Simples Nacional.
Os impostos como IPI, ICMS, ISS são recolhidos normalmente pelo valor
devido sobre a venda ou prestação de serviço. Bem como, a incidência Encargos Sociais
Sobre a Folha de Pagamento são calculados pelos valores reais, sem benefícios ou
reduções, a não ser em caso de desoneração da folha de pagamento.
A opção pelo regime só ocorrera após o recolhimento do imposto devido
correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário, mediante a
13 BRASIL. Receita Federal. Lucro Presumido. Disponível em: http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2000/orientacoes/lucropresumido.htm#conceito. Acessado em: 23 de Abril de 2016.
49
guia do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF). Após a opção a
empresa não poderá mudar de regime por todo o ano-calendário, com exceção
quando a empresa não se enquadrar mais nas condições do sistema, e passar a ser
tributada pelo regime Lucro Real.
O período de apuração do imposto é trimestral, sendo os períodos encerrados
em 31 (trinta e um) de março, 30(trinta) de junho, 30 (trinta) de setembro e 31 (trinta
e um) de dezembro. A base de cálculo do imposto se dá mediante a aplicação, sobre
a receita bruta de vendas de mercadorias e/ou prestação de serviços, percebida em
cada trimestre, aplicados os percentuais relativos a cada atividade da pessoa jurídica,
com adição de valores de algumas operações.
1.6.3 Lucro Real
O Lucro Real é o lucro líquido do período denominado de lucro contábil,
ajustado pelas adições, exclusões e compensações, que devem ser registrados no
Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR). Sabbag (2016, p. 1302) “o lucro real é o
lucro líquido do período-base, ajustado pelas adições e exclusões ou compensações
prescritas ou autorizadas pela lei fiscal”.
É uma modalidade de tributação em que todas as empresas podem se
enquadrar, independentemente de qualquer condição, atividade ou faturamento, com
exceções de algumas que são obrigadas a esse regime, impedidas de optar pelo
Simples Nacional ou Lucro Presumido, Conforme Art. 14 da Lei nº 9.718/1998 estão
obrigadas a apuração pelo Lucro Real as pessoas jurídicas:
Art. 14. Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: I - cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; Alterado pela Lei n° 12.814/2013 (DOU de 17.05.2013) efeitos a partir de 01.01.2014. II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
50
IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2° da Lei n° 9.430, de 1996; VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio.
O contribuinte pode optar em apurar o imposto devido trimestralmente ou
anualmente, após opção pela forma a qual será apurado o imposto, não poderá alterá-
lo até o final do ano-calendário. Se escolher a opção de apuração anual, deverá
recolher mensalmente o imposto por estimativa. Para determinar a estimativa mensal
será necessário inicialmente apurar a receita bruta. No caso de optar pela forma de
apuração trimestral, os tributos deverão ser recolhidos em quatro períodos,
encerrados em 31 (trinta e um) de março, 30(trinta) de junho, 30 (trinta) de setembro
e 31 (trinta e um) de dezembro, o valor dos tributos devidos será encontrado por meio
das adições exclusões no lucro contábil, chegando então ao lucro fiscal auferido no
trimestre.
O Art. 224 do Regulamento Imposto de Renda (RIR / 99) determina o conceito
de receita bruta:
Art. 224. A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia (Lei nº 8.981, de 1995, art. 31). Parágrafo único. Na receita bruta não se incluem as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário (Lei nº 8.981, de 1995, art. 31, parágrafo único).
A apuração do imposto é sobre o lucro efetivo, eximindo o contribuinte de pagar
mais impostos, somente será devido o imposto quando o resultado for positivo, pois
ocorrendo prejuízos fiscais, a pessoa jurídica fica dispensada do pagamento do
imposto. O Lucro Real é o único regime que permite a compensação dos prejuízos
fiscais nos períodos subsequentes, desde que não ultrapasse o limite de
compensação que equivale a 30% do lucro líquido no período base da compensação.
A principal desvantagem do lucro real decorre da obrigatoriedade de
escriturações comercial e fiscal. A apuração do lucro real demanda uma estrutura
administrativa mais complexa, pois muitos são os documentos e livros exigidos pela
51
fiscalização, obrigando a empresa a ter controle de todo movimento financeiro,
administrativo, de estoques, de produção, de comercialização, entre outros. O prazo
para recolhimento do imposto é de até o último dia útil do mês subsequente ao de
competência.
52
2. METODOLOGIA
O estudo norteou o foco principal como à pesquisa exploratório-descritiva, na
qual foi aplicada em uma empresa de pequeno porte do ramo de comércio e indústria,
que atua no município de Toledo, no Estado do Paraná.
Para Martins (2003, p.80), a metodologia, “corresponde ao estabelecimento das
atividades práticas necessárias para a aquisição de dados com os quais se
desenvolverão os raciocínios que resultarão em cada parte do trabalho final”. Deste
modo a metodologia é a base para se objetivar a pesquisa, em todos os sentidos.
Segundo Gil (2002, p.41):
A pesquisa exploratória tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado.
Assim, pode-se compreender a hipótese em questão, obtendo um
entendimento melhor daquilo que está sendo explorado e estudado. Para Gil (2002,
p.42) “As pesquisas descritivas tem como objetivo primordial a descrição das
características de determinada população ou fenômeno, ou então, o estabelecimento
de relações entre variáveis”. Esta tem grande importância em apresentar as
características ocorridas no ambiente que norteia o estudo, descrevendo a relação em
razão da realidade da empresa, permitindo que haja um esclarecimento dos
problemas e soluções vigentes.
Os dados que permitiram que o estudo fosse realizado foram coletados no
escritório de contabilidade contratado pela empresa, e na própria empresa, com o
estudo dos relatórios contábeis e arquivos repassados pelos mesmos. Decidiu-se
realizar uma análise comparativa dentre os regimes de tributação do Simples
Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real, em relação ao período de competência do
ano de 2015. Dentro os quais foram analisados os tributos incidentes coerentes com
o ramo de atuação da empresa, em cada regime de tributação.
Segundo Gil (2002, p.54), estudo de caso “consiste no estudo profundo e
exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado
53
conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já
considerados”. Buscando identificar possíveis melhorias.
Os dados também foram embasados em pesquisa bibliográfica, a qual
conforme Gil (2002, p.44) “é desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Assim, toma-se a pesquisa
bibliográfica como base para este estudo. Houve pesquisa em artigos e livros sobre
planejamento tributário, portanto nos permitindo uma visão mais ampla e clara de
como elaborar o planejamento desta empresa.
A pesquisa documental “vale-se de materiais que não recebem ainda um
tratamento analítico, ou que ainda poder ser reelaborados de acordo com os objetivos
da pesquisa”. (GIL, 2002, p. 45). São realizadas em fontes como tabelas, balanços
contábeis, pareceres, documentos, etc. Complementam informações que foram
obtidas através de outras técnicas, ou até desenvolver novos aspectos.
O estudo foi realizado através de cálculos que permitiram obter as informações
através dos relatórios contábeis e da receita federal. Aplicamos as alíquotas que estão
estabelecidas pela lei, assim como os valores dos tributos, demonstrados através de
planilhas, obtendo-se assim, a resposta acerca de qual regime tributário obterá mais
viabilidade. O período contábil a ser estudado foi o ano de 2015, no qual consiste o
último período contábil da entidade, que nos permite analisar aproximadamente o
faturamento real da empresa, considerando as mudanças mais recentes na legislação
e tributação. O porte da empresa foi o fator determinante para a escolha da mesma.
Com base neste estudo, identificou-se que será possível utilizar os dados
obtidos no planejamento em outras empresas que possuem o mesmo ramo ou não
necessariamente, que poderão usar como base os métodos e procedimentos
estudados, na aplicação dos parâmetros utilizados e pesquisas, conforme a
particularidade e ramo de cada entidade em questão, por meios legais de diminuir a
carga tributária.
A pesquisa pode ser classificada como qualitativa, envolve análises de valores
da empresa, da qualidade dos serviços prestados, do tratamento dado a funcionários
e clientes e de levantamentos que são possíveis de serem observados através da
entrevista e observação. Tem caráter exploratório e estimula a pensar e discutir sobre
o tema.
Este procedimento, conforme Lakatos e Marconi (2011, p.269), “preocupa-se
em analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do
54
comportamento humano. Fornece análise mais detalhada sobre as investigações,
hábitos, atitudes, tendências de comportamento etc.”
Este estudo teve caráter qualitativo. O aspecto qualitativo está presente nas
análises e na pesquisa bibliográfica, que nos levou a uma análise consistente do caso
estudado.
55
3. ESTUDO DE CASO
Neste capítulo, apresenta-se a aplicação do Planejamento Tributário a uma
empresa de pequeno porte, com ramo de atividade voltado para a indústria e comércio
de cortinas e decorações. Para realização do planejamento serão executados os
cálculos nos regimes de tributação Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.
Os dados coletados e analisados se referem ao ano de 2015. Após a realização dos
cálculos pertinentes a cada regime tributário, foram elaboradas e demonstradas às
comparações e análise dos resultados, com a identificação do regime mais apropriado
à empresa em estudo.
3.1 A EMPRESA
A empresa objeto de estudo está localizada no centro do Município de Toledo,
estado do Paraná. Foi constituída por dois sócios no dia 23 de Junho de 1994, e está
enquadrado no regime Simples Nacional desde sua fundação. A Empresa atua no
ramo de indústria e comércio de cortinas e decorações. É considerada de Pequeno
Porte, pois seu faturamento excede R$ 360.000,00, seu prazo de duração é
indeterminado e seu quadro societário está classificado como sociedade empresarial
limitada (LTDA). Possui um capital devidamente subscrito e integralizado no valor de
R$ 112.186,00 (cento e doze mil. Cento e oitenta e seis reais), divididos em 112.186
quotas de valor nominal de R$ 1,00 (um real), sendo 50% do capital para cada sócio.
A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos
respondem solidariamente pela integralização do capital social, as quotas são
indivisíveis e não podem ser cedidas ou transferidas a terceiros sem consentimento
dos demais. Os sócios podem em comum acordo, fixar uma retirada mensal, a título
de pró-labore.
Os sócios resolveram constituir a empresa, pois a demanda de serviços na
época era muito elevada, no início da constituição a empresa contava com poucos
recursos como estoque e mão de obra qualificada, no entanto os produtos foram se
destacando pela qualidade e inseriu-se com força no mercado, são realizados
aproximadamente 15 atendimentos diários e em média de 07 a 08 vendas
concretizadas.
56
Diante de uma conversa com a sócia administradora, pode-se identificar suas
maiores dificuldades em seu dia-a-dia, e as questões mais enfatizadas foram
despesas altas com salários e ordenados, aluguel, tributação elevada e dificuldades
com mão de obra especializada. Contudo a empresa busca sempre estabelecer metas
e privilegiar o cliente, desde o atendimento, fabricação, colocação ou entrega do
produto oferecido, priorizando sempre a excelência, confiança e serviços
personalizados, para melhor atender o cliente.
3.2 APURAÇÕES DOS TRIBUTOS NOS REGIMES: SIMPLES NACIONAL LUCRO
PRESUMIDO E LUCRO REAL.
Nesta etapa são apresentados todos os tributos e alíquotas que compreendem
a atividade de indústria e comércio. Na sequência foram realizados todos os cálculos
de acordo com a legislação vigente para cada regime de tributação. Realizou-se, após
os cálculos, uma análise comparativa para verificar se o regime de tributação no qual
a empresa está enquadrada é o mais apropriado, para a empresa, considerando seu
ramo de atividade.
3.2.1 Apuração dos Tributos no Simples Nacional
Apurou-se mensalmente o valor tributário a ser recolhido pela empresa, tendo
como base o faturamento bruto do ano-calendário 2015. Ao se definir o
enquadramento no anexo e na faixa de tributação correta, é de vital importância a o
faturamento bruto.
A empresa opera no Simples Nacional, porém a análise através de cálculos de
outros regimes, é fundamental para se avaliar as tributação resultante, pois como está
havendo aumento de faturamento, se faz necessário averiguar se realmente o regime
tributário atual é o menos oneroso. O Quadro 1 demonstra o total do faturamento no
exercício de 2015.
57
QUADRO 1 - Faturamento ano calendário 2015
Fonte: Elaborado pelas autoras do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
Os valores do faturamento, conforme Quadro 1, estão separados por atividade,
comércio e indústria, que resultarão no faturamento total bruto. Este Quadro 1, servirá
de base para os cálculos no decorrer do estudo.
Para a apuração do valor total dos tributos a recolher, em primeiro momento se
utiliza como base a tabela do comércio, denominada de Anexo I (Quadro 2), conforme
está previsto na Lei Complementar 123, de 14 de Dezembro de 2006. Como a
empresa tem atividade de comércio e indústria, terá que verificar a tributação
pertinente a cada atividade respectivamente. A empresa se enquadra na tabela de
comércio em decorrência da realização de revenda de cortinas, tecidos, artigos para
decorações e armarinhos em geral.
MÊS / 2015 COMÉRCIO R$ INDÚSTRIA R$ TOTAL R$
Janeiro 68.588,20R$ 11.033,85R$ 79.622,05R$
Fevereiro 64.393,61R$ 5.047,50R$ 69.441,11R$
Março 69.298,95R$ 11.037,99R$ 80.336,94R$
Abril 50.160,35R$ 3.843,70R$ 54.004,05R$
Maio 33.878,40R$ 11.357,75R$ 45.236,15R$
Junho 39.567,85R$ 11.614,29R$ 51.182,14R$
Julho 41.991,43R$ 536,40R$ 42.527,83R$
Agosto 31.442,20R$ 27.415,30R$ 58.857,50R$
Setembro 20.078,51R$ 43.559,91R$ 63.638,42R$
Outubro 33.905,80R$ 58.723,58R$ 92.629,38R$
Novembro 13.003,10R$ 78.006,15R$ 91.009,25R$
Dezembro 29.631,05R$ 50.576,91R$ 80.207,96R$
TOTAL 495.939,45R$ 312.753,33R$ 808.692,78R$
FATURAMENTO ACUMULADO ANO DE 2015
58
QUADRO 2 - Anexo I: Comércio
Fonte: ANEXO I, Lei Complementar Nº123, de 14 de Dezembro de 2006. (2016) (Grifo Nosso).
No Quadro 2 foi ressaltado as faixas pertinentes ao faturamento apurado,
lembrando que o enquadramento se dá pelo faturamento total, somatória da indústria
e comércio.
Utilizou-se também a tabela de Indústria, denominado de Anexo II (Quadro 3),
conforme está previsto na Lei Complementar 123, de 14 de Dezembro de 2006, pelo
fato de que a empresa desenvolve a atividade de industrialização, também.
Receita Bruta em 12 meses
(em R$)Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS
Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%
De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%
De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%
De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%
De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%
ANEXO I DA LEI COMPLEMENTAR Nº123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006
Vigência: 01/01/2012
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio
59
QUADRO 3 - Anexo II: Indústria
Fonte: ANEXO II, Lei Complementar Nº123, de 14 de Dezembro de 2006. (2016) (Grifo Nosso).
No Quadro 3 foi ressaltado as faixas pertinentes ao faturamento apurado,
lembrando que o enquadramento se dá pelo faturamento total, somatória da indústria
e comércio.
Para realizar o cálculo do imposto a ser recolhido no Programa Gerador do
Documento de Arrecadação do Simples Nacional (PGDAS), por exemplo, do mês de
Janeiro de 2015, é necessário ter o saldo de faturamento acumulado auferido dos
últimos 12 meses anteriores ao da apuração do mês. A partir do saldo apurado,
localiza-se a linha ou faixa de faturamento, logo ao lado pode-se identificar a alíquota
a ser aplicada sobre a receita do mês, da atividade. Assim exposto na Lei
Complementar 123, de 14 de Dezembro de 2006, Art.18, § 4º:
Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS IPI
4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50%
5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50%
7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50%
8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50%
8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50%
8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50%
8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50%
8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50%
9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50%
9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50%
10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50%
10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50%
10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50%
10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50%
10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50%
11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50%
11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50%
11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50%
12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50%
12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00
ANEXO II DA LEI COMPLEMENTAR Nº123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006
Vigência: 01/01/2012
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Indústria
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00
Receita Bruta em 12 meses
(em R$)
Até 180.000,00
De 180.000,01 a 360.000,00
De 360.000,01 a 540.000,00
De 540.000,01 a 720.000,00
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00
De 720.000,01 a 900.000,00
De 900.000,01 a 1.080.000,00
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00
60
§ 4o O contribuinte deverá considerar, destacadamente, para fim de pagamento, as receitas decorrentes da: I - revenda de mercadorias [...] II - venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte [...] III - prestação de serviços [...]
No Quadro 4 está apresentado a receita bruta acumulada, referente ao ano de
2014 e 2015, onde pode-se verificar a faixa de faturamento no qual a empresa se
enquadra para a atividade de comércio e indústria. Durante o período de Janeiro á
Junho de 2015 a mesma permaneceu na 5ª faixa, de Julho a Dezembro passou a ser
tributada pela 4ª faixa, tanto para o comércio quanto para indústria.
QUADRO 4 - Faixa de Faturamento
4º Faixa de 720.000,01 a 900.000,00; 5º Faixa de R$ 900.000,01 a R$ 1.080.000,00; Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
Após a faixa de enquadramento ser definida, aplicam-se as alíquotas
correspondentes aos tributos IRPJ, CSLL, COFINS, PIS/PASEP, CPP, IPI e ICMS
sobre a receita auferida em cada mês no ano calendário de 2015. Cabe ressaltar que
as receitas de comércio e indústria serão tributadas nos seus respectivos anexos, em
decorrência da tributação ser diferenciada para cada atividade. Após realizar o cálculo
segregando as receitas, soma-se o valor de cada conjunto de tributos apurados, para
formar o valor a recolher via Documento de Arrecadação do Simples Nacional - DAS.
Destaca-se que o Governo do Estado do Paraná, legalizou via publicação no
Diário Oficial nº 8650 de 10 de fevereiro de 2012, o Decreto nº 3.822, a possibilidade
de micro e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional, que estão
estabelecidas no estado do Paraná, poderem utilizar um percentual de redução na
Mês FATURAMENTO
2014
COMÉRCIO
2015
INDÚSTRIA
2015
RECEITA ACUMULADA
EM 12 MESES FAIXA DE FATURAMENTO
Janeiro R$ 72.916,19 R$ 68.588,20 R$ 11.033,85 R$ 923.765,73 De 900.000,01 a 1.080.000,00
Fevereiro R$ 78.951,00 R$ 64.393,61 R$ 5.047,50 R$ 930.471,59 De 900.000,01 a 1.080.000,00
Março R$ 59.863,30 R$ 69.298,95 R$ 11.037,99 R$ 920.961,70 De 900.000,01 a 1.080.000,00
Abril R$ 64.661,64 R$ 50.160,35 R$ 3.843,70 R$ 941.435,34 De 900.000,01 a 1.080.000,00
Maio R$ 68.545,35 R$ 33.878,40 R$ 11.357,75 R$ 930.777,75 De 900.000,01 a 1.080.000,00
Junho R$ 62.621,42 R$ 39.567,85 R$ 11.614,29 R$ 907.468,55 De 900.000,01 a 1.080.000,00
Julho R$ 66.108,47 R$ 41.991,43 R$ 536,40 R$ 896.029,27 De 720.000,01 a 900.000,00
Agosto R$ 53.055,67 R$ 31.442,20 R$ 27.415,30 R$ 872.448,63 De 720.000,01 a 900.000,00
Setembro R$ 91.390,27 R$ 20.078,51 R$ 43.559,91 R$ 878.250,46 De 720.000,01 a 900.000,00
Outubro R$ 89.910,23 R$ 33.905,80 R$ 58.723,58 R$ 850.498,61 De 720.000,01 a 900.000,00
Novembro R$ 108.197,61 R$ 13.003,10 R$ 78.006,15 R$ 853.217,76 De 720.000,01 a 900.000,00
Dezembro R$ 107.544,58 R$ 29.631,05 R$ 50.576,91 R$ 836.029,40 De 720.000,01 a 900.000,00
61
base de cálculo do ICMS a recolher. No Quadro 5 estão apresentados os percentuais
de redução.
QUADRO 5 - Percentual de Redução a ser informado no programa gerador do documento de arrecadação Simples Nacional.
Fonte: Decreto nº 3.822, de 07/02/2012 (DOE de 07/02/2012 - Republicado no DOE de 10/02/2012) (2016).
Conforme apresenta o Quadro 5, pode-se visualizar os percentuais de redução
que variam de acordo com a faixa de enquadramento no qual a empresa está sendo
tributada, podendo ser 71,24% a 11,39% Quanto menor o faturamento maior será a
redução, e assim vice versa.
O Quadro 6 apresenta o valor calculado de impostos a recolher, referente
receitas decorrentes da revenda de mercadoria não sujeitas a substituição tributária,
que também deve ser segregadas para efeito de cálculo, conforme Anexo I –
Comércio. Vale ressaltar que nos meses de Janeiro à Junho foram utilizadas alíquotas
COLUNA 1 COLUNA 2 COLUNA 3
Percentual
de ICMS na
LC n.
123/2006
Percentual de ICMS a ser
observado pelas
empresas optantes do
Simples Nacional no
Estado do Paraná
Percentual de
redução a ser
informado no PGDAS
Até 180.000,00 1,25% Isenção Informar isenção
De 180.000,01 a 360.000,00 1,86% Isenção Informar isenção
De 360.000,01 a 540.000,00 2,33% 0,67% 71,24%
De 540.000,01 a 720.000,00 2,56% 1,07% 58,20%
De 720.000,01 a 900.000,00 2,58% 1,33% 48,45%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 2,82% 1,52% 46,10%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 2,84% 1,83% 35,56%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 2,87% 2,07% 27,87%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 3,07% 2,27% 26,06%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 3,10% 2,42% 21,94%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 3,38% 2,56% 24,26%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 3,41% 2,67% 21,70%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 3,45% 2,76% 20,00%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 3,48% 2,84% 18,39%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 3,51% 2,92% 16,81%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 3,82% 3,06% 19,90%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 3,85% 3,19% 17,14%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 3,88% 3,30% 14,95%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 3,91% 3,40% 13,04%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 3,95% 3,50% 11,39%
Receita Acumulada em 12 meses
(em R$)
62
conforme faixa de faturamento de 900.000,00 à 1.080.00,0, para os meses de Julho à
Dezembro foi aplicado os percentuais de acordo com a linha de faturamento de
720.000,00 à 900.000,00. No Quadro 6, no cabeçalho do quadro, há o percentual logo
a baixo do tributo específico. O percentual logo a baixo da sigla do tributo se refere ao
segundo semestre, e o posterior se refere ao primeiro semestre.
QUADRO 6 - Apuração dos tributos decorrentes da revenda de mercadoria não sujeitas à substituição tributária.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
De acordo com exposto no Quadro 6, pode-se verificar que empresa recolheu
no ano de 2015, um montante de R$ 17.447,20, referente as venda de mercadorias
não sujeitas ao regime de substituição tributária.
O Quadro 7 demonstra o cálculo dos tributos a recolher referente as receitas
decorrentes da revenda de mercadorias, sujeitas a substituição tributária, em
decorrência disso a coluna do ICMS apresenta-se com saldo zerado. A substituição
tributária consiste em atribuir ao substituto tributário a responsabilidade pelo
recolhimento do imposto devido, nas operações subsequentes antes da ocorrência do
fato gerador.
MÊS / 2015FATURAMENTO
MENSAL
IRPJ
(0,35%)
(0,38% )
CSLL
(0,35%)
(0,38%)
COFINS
(1,05%)
(1,15%)
PIS/PASEP
(0,25%)
(0,27%)
INSS/ CPP
(3,02%)
(3,28%)
ICMS
(2,58%)
(2,82%)
TOTAL
Janeiro 35.017,45R$ 133,07R$ 133,07R$ 402,70R$ 94,55R$ 1.148,57R$ 532,27R$ 2.444,22R$
Fevereiro 37.641,01R$ 143,04R$ 143,04R$ 432,87R$ 101,63R$ 1.234,63R$ 572,14R$ 2.627,34R$
Março 53.468,60R$ 203,18R$ 203,18R$ 614,89R$ 144,37R$ 1.753,77R$ 812,72R$ 3.732,11R$
Abril 32.284,55R$ 122,68R$ 122,68R$ 371,27R$ 87,17R$ 1.058,93R$ 490,73R$ 2.253,46R$
Maio 19.202,10R$ 72,97R$ 72,97R$ 220,82R$ 51,85R$ 629,83R$ 291,87R$ 1.340,31R$
Junho 21.280,56R$ 80,87R$ 80,87R$ 244,73R$ 57,46R$ 698,00R$ 323,46R$ 1.485,38R$
Julho 32.416,43R$ 113,46R$ 113,46R$ 340,37R$ 81,04R$ 978,98R$ 431,14R$ 2.058,44R$
Agosto 5.236,30R$ 18,33R$ 18,33R$ 54,98R$ 13,09R$ 158,14R$ 69,64R$ 332,51R$
Setembro 11.539,51R$ 40,39R$ 40,39R$ 121,16R$ 28,85R$ 348,49R$ 153,48R$ 732,76R$
Outubro 4.757,70R$ 16,65R$ 16,65R$ 49,96R$ 11,89R$ 143,68R$ 63,28R$ 302,11R$
Novembro 2.012,00R$ 7,04R$ 7,04R$ 21,13R$ 5,03R$ 60,76R$ 26,76R$ 127,76R$
Dezembro 170,00R$ 0,60R$ 0,60R$ 1,79R$ 0,43R$ 5,13R$ 2,26R$ 10,80R$
TOTAL 255.026,21R$ 952,26R$ 952,26R$ 2.876,67R$ 677,34R$ 8.218,92R$ 3.769,75R$ 17.447,20R$
63
QUADRO 7 – Apuração dos tributos decorrentes da revenda de mercadoria sujeitas a substituição tributária.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
De acordo com o Quadro 7, consegue-se visualizar o total de impostos
calculados referentes a revenda de mercadorias sujeitas ao regime de substituição
tributária. Pode-se observar que essa modalidade de tributação apresenta uma
isenção de ICMS nas saídas, pois a empresa paga o imposto no momento que adquire
a mercadoria, que será revendida em seu estabelecimento.
No Quadro 8 está expresso o cálculo dos tributos relativo as vendas realizadas
com mercadorias industrializas pela empresa, as alíquotas aplicadas estão de acordo
com o anexo II – Indústria.
QUADRO 8 – Valores apurados sobre receitas decorrentes da venda de mercadorias industrializadas.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
MÊS / 2015FATURAMENTO
MENSAL
IRPJ
(0,35%)
(0,38% )
CSLL
(0,35%)
(0,38%)
COFINS
(1,05%)
(1,15%)
PIS/PASEP
(0,25%)
(0,27%)
INSS/ CPP
(3,02%)
(3,28%)
ICMS
(2,58%)
(2,82%)
TOTAL
Janeiro 33.570,75R$ 127,57R$ 127,57R$ 386,06R$ 90,64R$ 1.101,12R$ -R$ 1.832,96R$
Fevereiro 26.752,60R$ 101,66R$ 101,66R$ 307,65R$ 72,23R$ 877,49R$ -R$ 1.460,69R$
Março 15.830,35R$ 60,16R$ 60,16R$ 182,05R$ 42,74R$ 519,24R$ -R$ 864,34R$
Abril 17.875,80R$ 67,93R$ 67,93R$ 205,57R$ 48,26R$ 586,33R$ -R$ 976,02R$
Maio 14.676,30R$ 55,77R$ 55,77R$ 168,78R$ 39,63R$ 481,38R$ -R$ 801,33R$
Junho 18.287,29R$ 69,49R$ 69,49R$ 210,30R$ 49,38R$ 599,82R$ -R$ 998,49R$
Julho 9.575,00R$ 33,51R$ 33,51R$ 100,54R$ 23,94R$ 289,17R$ -R$ 480,67R$
Agosto 26.205,90R$ 91,72R$ 91,72R$ 275,16R$ 65,51R$ 791,42R$ -R$ 1.315,54R$
Setembro 8.539,00R$ 29,89R$ 29,89R$ 89,66R$ 21,35R$ 257,88R$ -R$ 428,66R$
Outubro 29.148,10R$ 102,02R$ 102,02R$ 306,06R$ 72,87R$ 880,27R$ -R$ 1.463,23R$
Novembro 10.991,10R$ 38,47R$ 38,47R$ 115,41R$ 27,48R$ 331,93R$ -R$ 551,75R$
Dezembro 29.461,05R$ 103,11R$ 103,11R$ 309,34R$ 73,65R$ 889,72R$ -R$ 1.478,94R$
TOTAL 240.913,24R$ 881,29R$ 881,29R$ 2.656,58R$ 627,68R$ 7.605,76R$ -R$ 12.652,61R$
MÊS / 2015FATURAMENTO
MENSAL
IRPJ
(0,35%)
(0,38% )
CSLL
(0,35%)
(0,38%)
COFINS
(1,05%)
(1,15%)
PIS/PASEP
(0,25%)
(0,27%)
INSS/ CPP
(3,02%)
(3,28%)
ICMS
(2,58%)
(2,82%)
IPI
(0,50%)TOTAL
Janeiro 11.033,85R$ 41,93R$ 41,93R$ 126,89R$ 29,79R$ 361,91R$ 167,71R$ 55,17R$ 825,33R$
Fevereiro 5.047,50R$ 19,18R$ 19,18R$ 58,05R$ 13,63R$ 165,56R$ 76,72R$ 25,24R$ 377,55R$
Março 11.037,99R$ 41,94R$ 41,94R$ 126,94R$ 29,80R$ 362,05R$ 167,78R$ 55,19R$ 825,64R$
Abril 3.843,70R$ 14,61R$ 14,61R$ 44,20R$ 10,38R$ 126,07R$ 58,42R$ 19,22R$ 287,51R$
Maio 11.357,75R$ 43,16R$ 43,16R$ 130,61R$ 30,67R$ 372,53R$ 172,64R$ 56,79R$ 849,56R$
Junho 11.614,29R$ 44,13R$ 44,13R$ 133,56R$ 31,36R$ 380,95R$ 176,54R$ 58,07R$ 868,75R$
Julho 536,40R$ 1,88R$ 1,88R$ 5,63R$ 1,34R$ 16,20R$ 7,13R$ 2,68R$ 36,74R$
Agosto 27.415,30R$ 95,95R$ 95,95R$ 287,86R$ 68,54R$ 827,94R$ 364,62R$ 137,08R$ 1.877,95R$
Setembro 43.559,91R$ 152,46R$ 152,46R$ 457,38R$ 108,90R$ 1.315,51R$ 579,35R$ 217,80R$ 2.983,85R$
Outubro 58.723,58R$ 205,53R$ 205,53R$ 616,60R$ 146,81R$ 1.773,45R$ 781,02R$ 293,62R$ 4.022,57R$
Novembro 78.006,15R$ 273,02R$ 273,02R$ 819,06R$ 195,02R$ 2.355,79R$ 1.037,48R$ 390,03R$ 5.343,42R$
Dezembro 50.576,91R$ 177,02R$ 177,02R$ 531,06R$ 126,44R$ 1.527,42R$ 672,67R$ 252,88R$ 3.464,52R$
TOTAL 312.753,33R$ 1.110,82R$ 1.110,82R$ 3.337,85R$ 792,67R$ 9.585,38R$ 4.262,10R$ 1.563,77R$ 21.763,39R$
64
O Quadro 8 demonstra o total de imposto calculado relativo as vendas de
mercadorias industrializadas, cabe ressaltar que nesse anexo aplica-se a alíquota
0,50% sobre a receita do mês referente ao Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI).
Portanto para obtenção do valor a ser recolhido via Documento de Arrecadação
Simplificada (DAS), é necessário somar os valores apurados nos Quadros 6, 7 e 8.
No Quadro 9 estão apresentados os totais dos tributos, que serão recolhidos em cada
mês do exercício de 2015.
QUADRO 9 – Valores dos tributos apurados nas vendas de mercadorias sujeitas e não a substituição tributária e industrializadas.
MÊS / 2015 DAS A
RECOLHER VENDAS SEM ST
DAS A RECOLHER
VENDAS COM ST INDÚSTRIA
TOTAL DO DAS A RECOLHER
Janeiro R$ 2.444,22 R$ 1.832,96 R$ 825,33 R$ 5.102,51
Fevereiro R$ 2.627,34 R$ 1.460,69 R$ 377,55 R$ 4.465,59
Março R$ 3.732,11 R$ 864,34 R$ 825,64 R$ 5.422,09
Abril R$ 2.253,46 R$ 976,02 R$ 287,51 R$ 3.516,99
Maio R$ 1.340,31 R$ 801,33 R$ 849,56 R$ 2.991,19
Junho R$ 1.485,38 R$ 998,49 R$ 868,75 R$ 3.352,62
Julho R$ 2.058,44 R$ 480,67 R$ 36,74 R$ 2.575,85
Agosto R$ 332,51 R$ 1.315,54 R$ 1.877,95 R$ 3.525,99
Setembro R$ 732,76 R$ 428,66 R$ 2.983,85 R$ 4.145,27
Outubro R$ 302,11 R$ 1.463,23 R$ 4.022,57 R$ 5.787,91
Novembro R$ 127,76 R$ 551,75 R$ 5.343,42 R$ 6.022,94
Dezembro R$ 10,80 R$ 1.478,94 R$ 3.464,52 R$ 4.954,26
TOTAL R$ 17.447,20 R$ 12.652,61 R$ 21.763,39 R$ 51.863,21
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
Conforme apresenta o Quadro 9, após a apuração do valor do imposto devido
de acordo com cada anexo que a empresa se enquadra, soma-se todos os valores
calculados, para se obter o valor final a ser recolhido via guia de DAS. No ano de 2015
a empresa recolheu aos cofres públicos um montante de R$ 51.863,21 em tributos.
Para uma melhor visualização, o Gráfico 1 apresenta uma média realizada para
saber qual das modalidades em que a empresa opera ela recolhe mais imposto de
acordo com seu faturamento realizado no ano de 2015 e cálculo realizado no Quadros
8.
65
GRÁFICO 1 - Comparativo entres as vendas realizadas conforme Anexo I e II.
34%
24%
42%
Venda com Substituição
Venda sem Substituição
Venda Indústria
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
Portanto pode-se observar, Gráfico 1, que a venda de mercadorias
industrializadas é mais relevante dentro da empresa, compreendendo um percentual
de 42%, o que corresponde ao total de R$ 21.763,39 de imposto a recolher.
O Simples Nacional permite que os impostos federais, estaduais e municipais
sejam recolhidos em uma única guia. Empresas optantes por essa modalidade de
tributação ficam dispensadas do recolhimento da quota patronal que está prevista no
Artigo 22, incisos I a IV da Lei nº 8.212/1991 através de GPS, porém deve-se recolher
Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) através do DAS. O Risco Acidente do
Trabalho (RAT) e as s Contribuições devidas para Outras Entidades e Fundos
(terceiros) são dispensadas, conforme está previsto no Art. 13, §3º da Lei
Complementar nº 123/2006:
§ 3o As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas do pagamento das demais contribuições instituídas pela União, inclusive as contribuições para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de que trata o art. 240 da Constituição Federal, e demais entidades de serviço social autônomo. (Lei 123/2006).
Somente será recolhido em Guia da Previdência Social - GPS o INSS descontado
dos empregadores, e de contribuintes individuais. A empresa não recolhe FGTS sobre
pró-labore, pois é facultativo. Para a apuração do FGTS dos funcionários, a base de
66
cálculo é a soma dos salários e ordenados, férias, 1/3 (um terço) de férias e 13º
(décimo terceiro) salário, aplicados a alíquota de 8%.
Para execução de um ótimo Planejamento Tributário é necessário se saber os
encargos pagos sobre a folha de pagamento. O Quadro 10 exibe os valores calculados
dos encargos sobre a folha de pagamento, com base na tributação do Simples
Nacional.
QUADRO 10 - Encargos incidentes sobre a folha de pagamento.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
O Quadro 10 apresenta o valor de encargos referentes à folha de pagamento,
totalizados no ano de 2015, no valor de R$ 339.996,23 a recolher.
Dessa forma, chega-se ao valor total de tributos que devem ser pagos pela
empresa enquadrada no Simples Nacional, no ano de 2015, conforme apresenta o
Quadro 11, a seguir.
QUADRO 11 - Apresentação dos Impostos Recolhido no Simples Nacional.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
MÊS / 2015SALÁRIOS E
ORDENADOSPRÓ-LABORE
FÉRIAS E 1/3 DE
FÉRIAS13º SALÁRIO FGTS TOTAL
Janeiro 28.422,56R$ 1.576,00R$ 3.157,98R$ 2.368,55R$ 2.273,80R$ 37.798,89R$
Fevereiro 26.433,27R$ 1.576,00R$ 2.936,96R$ 2.202,77R$ 2.114,66R$ 35.263,66R$
Março 23.537,39R$ 1.576,00R$ 2.615,20R$ 1.961,45R$ 1.882,99R$ 31.573,03R$
Abril 20.084,97R$ 1.576,00R$ 2.231,61R$ 1.673,75R$ 1.606,80R$ 27.173,13R$
Maio 21.167,18R$ 1.576,00R$ 2.351,85R$ 1.763,93R$ 1.693,37R$ 28.552,34R$
Junho 22.837,10R$ 1.576,00R$ 2.537,39R$ 1.903,09R$ 1.826,97R$ 30.680,55R$
Julho 14.733,98R$ 1.576,00R$ 1.637,07R$ 1.227,83R$ 1.178,72R$ 20.353,60R$
Agosto 17.634,89R$ 1.576,00R$ 1.959,38R$ 1.469,57R$ 1.410,79R$ 24.050,64R$
Setembro 20.944,43R$ 2.213,00R$ 2.327,10R$ 1.745,37R$ 1.675,55R$ 28.905,45R$
Outubro 16.230,62R$ 2.213,00R$ 1.803,36R$ 1.352,55R$ 1.298,45R$ 22.897,98R$
Novembro 18.928,10R$ 2.213,00R$ 2.103,07R$ 1.577,34R$ 1.514,25R$ 26.335,76R$
Dezembro 18.992,95R$ 2.213,00R$ 2.103,07R$ 1.582,75R$ 1.519,44R$ 26.411,20R$
TOTAL 249.947,44R$ 21.460,00R$ 27.764,04R$ 20.828,95R$ 19.995,80R$ 339.996,23R$
MÊS / 2015 IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS IPI FGTS TOTAL
Janeiro 302,56R$ 302,56R$ 915,65R$ 214,98R$ 2.611,60R$ 699,98R$ 55,17R$ 2.273,80R$ 7.376,32R$
Fevereiro 263,88R$ 263,88R$ 798,57R$ 187,49R$ 2.277,67R$ 648,87R$ 25,24R$ 2.114,66R$ 6.580,25R$
Março 305,28R$ 305,28R$ 923,87R$ 216,91R$ 2.635,05R$ 980,50R$ 55,19R$ 1.882,99R$ 7.305,08R$
Abril 205,22R$ 205,22R$ 621,05R$ 145,81R$ 1.771,33R$ 549,15R$ 19,22R$ 1.606,80R$ 5.123,79R$
Maio 171,90R$ 171,90R$ 520,22R$ 122,14R$ 1.483,75R$ 464,51R$ 56,79R$ 1.693,37R$ 4.684,57R$
Junho 194,49R$ 194,49R$ 588,59R$ 138,19R$ 1.678,77R$ 500,00R$ 58,07R$ 1.826,97R$ 5.179,59R$
Julho 148,85R$ 148,85R$ 446,54R$ 106,32R$ 1.284,34R$ 438,27R$ 2,68R$ 1.178,72R$ 3.754,57R$
Agosto 206,00R$ 206,00R$ 618,00R$ 147,14R$ 1.777,50R$ 434,27R$ 137,08R$ 1.410,79R$ 4.936,78R$
Setembro 222,73R$ 222,73R$ 668,20R$ 159,10R$ 1.921,88R$ 732,82R$ 217,80R$ 1.675,55R$ 5.820,82R$
Outubro 324,20R$ 324,20R$ 972,61R$ 231,57R$ 2.797,41R$ 844,30R$ 293,62R$ 1.298,45R$ 7.086,36R$
Novembro 318,53R$ 318,53R$ 955,60R$ 227,52R$ 2.748,48R$ 1.064,24R$ 390,03R$ 1.514,25R$ 7.537,18R$
Dezembro 280,73R$ 280,73R$ 842,18R$ 200,52R$ 2.422,28R$ 674,93R$ 252,88R$ 1.519,44R$ 6.473,69R$
TOTAL 2.944,37R$ 2.944,37R$ 8.871,10R$ 2.097,70R$ 25.410,06R$ 8.031,84R$ 1.563,77R$ 19.995,80R$ 71.859,00R$
67
Conforme aponta o Quadro 11, o total de tributos – IRPJ, CSLL, COFINS,
PIS/PASEP, CPP, ICMS, IPI, e FGTS – a ser recolhidos pela empresa, tributada no
Simples Nacional, totalizariam, em 2015, o valor de R$ 71.859,00, sendo que 36%
deste valor total se referem à Contribuição Previdenciária Patronal (CPP).
Para uma melhor visualização dos tributos a recolher no Simples Nacional, a
seguir, apresentar-se-á o Gráfico 2 com o comparativo dos impostos, que fazem parte
do Quadro 11.
GRÁFICO 2 - Disposição dos Tributos no Simples Nacional.
4%4%
12%
3%
36%
11%
2%
28%
IRPJ
CSLL
COFINS
PIS/PASEP
CPP
ICMS
IPI
FGTS
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
Conforme aponta o Gráfico 02, o tributo que possui maior valor a recolher é o
CPP, totalizando um montante de 36 % do valor total. O segundo maior é o FGTS,
representando 28 % do valor total. Por outro lado, o imposto de menor arrecadação
nesta tributação foi o IPI, representando 2 %.
3.2.2 Apuração dos Tributos no Lucro Presumido
Este item apresenta os valores dos tributos a serem recolhidos pela empresa
no regime de Lucro Presumido. A empresa não é tributada por esse regime, mas os
cálculos são imprescindíveis, para podermos ao final do estudo demonstrar ao
empresário o regime de tributação mais rentável para sua empresa.
68
O Quadro 12 apresenta o valor da receita tributável. A empresa no decorrer do
exercício de 2015 não teve deduções de devolução, vendas canceladas e nem
descontos incondicionais concedidos.
QUADRO 12 - Receita Tributável Mensal da Empresa em Estudo com base no Lucro Presumido.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
A partir da Receita Tributável apresentado acima, foi elaborado o Quadro 13
que demonstra os valores referentes ao PIS/PASEP e COFINS a recolher. A empresa
no Lucro Presumido deve utilizar o regime de cumulatividade, ou seja, não ter
compensação de débitos originados na venda com créditos oriundos da compra de
mercadorias. As alíquotas que foram utilizadas são de 0,65% para PIS e 3% para
COFINS. De acordo com os Anexos de 1 a 12, pode-se verificar que todos os produtos
da empresa são tributados e não possuem nenhum benefício fiscal, que possa reduzir
a alíquota e consequentemente o imposto, de acordo com a Nomenclatura Comum
do Mercosul (NCM).
De acordo com Lei nº 9.718 de 1998, artigo 3º, § 2º, inciso I pode ser excluído
da base de cálculo do IPI destacado na nota fiscal do fabricante. Porém, não foi
considerado para efeitos de cálculos deste trabalho, conforme soluções de consulta
disponibilizadas pela ECONET:
MÊS / 2015RECEITA BRUTA
COMÉRCIO R$
RECEITA BRUTA
INDÚSTRIA R$
TOTAL DE RECEITA
TRIBUTÁVEL R$
Janeiro 68.588,20R$ 11.033,85R$ 79.622,05R$
Fevereiro 64.393,61R$ 5.047,50R$ 69.441,11R$
Março 69.298,95R$ 11.037,99R$ 80.336,94R$
Abril 50.160,35R$ 3.843,70R$ 54.004,05R$
Maio 33.878,40R$ 11.357,75R$ 45.236,15R$
Junho 39.567,85R$ 11.614,29R$ 51.182,14R$
Julho 41.991,43R$ 536,40R$ 42.527,83R$
Agosto 31.442,20R$ 27.415,30R$ 58.857,50R$
Setembro 20.078,51R$ 43.559,91R$ 63.638,42R$
Outubro 33.905,80R$ 58.723,58R$ 92.629,38R$
Novembro 13.003,10R$ 78.006,15R$ 91.009,25R$
Dezembro 29.631,05R$ 50.576,91R$ 80.207,96R$
TOTAL 495.939,45R$ 312.753,33R$ 808.692,78R$
69
A incidência do IPI depende da NCM (classificação fiscal) do produto elaborado pelo estabelecimento. Se na Tabela do IPI, o produto final tiver a notação NT (não-tributado), então o produto está fora do campo de abrangência do imposto, não sendo o estabelecimento industrial e nem contribuinte do IPI. Por consequência não haverá apropriação de créditos. Se na Tabela do IPI a alíquota for zero, então o estabelecimento é industrial, sem recolhimento do imposto por não haver débito, mas com a possibilidade de apurar crédito das entradas de MP, PI e ME para compensação com outros tributos federais. Se na Tabela do IPI, o produto final tiver alíquota maior do que zero, então haverá escrituração de créditos e débitos, com apuração mensal e recolhimento do saldo devedor, se houver. (ECONET)
O cálculo do IPI não foi realizado em decorrência de 98% dos produtos estarem
sujeitos à substituição tributária ou alíquota zero, o montante de 2% restante é
irrelevante conforme a Convenção da Materialidade dentro dos Princípios Contábeis.
A materialidade deve ser analisada segundo o custo versus benefício, ou seja, existem
determinadas informações contábeis cujo custo, para evidenciá-las como: tempo do
pessoal da contabilidade, material, computador, é maior que o benefício que trará aos
usuários daquelas informações.
QUADRO 13 - PIS/PASEP e COFINS com base no Lucro Presumido
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
Conforme o Quadro 12, o PIS e COFINS totalizaram no ano de 2015
respectivamente R$ 5.256,50 e R$ 24.260,00 de tributo.
MÊS / 2015 RECEITA TRIBUTÁVELPIS PASEP
(0,65%)
COFINS
(3,00%)
Janeiro 79.622,05R$ 517,54R$ 2.388,66R$
Fevereiro 69.441,11R$ 451,37R$ 2.083,23R$
Março 80.336,94R$ 522,19R$ 2.410,11R$
Abril 54.004,05R$ 351,03R$ 1.620,12R$
Maio 45.236,15R$ 294,03R$ 1.357,08R$
Junho 51.182,14R$ 332,68R$ 1.535,46R$
Julho 42.527,83R$ 276,43R$ 1.275,83R$
Agosto 58.857,50R$ 382,57R$ 1.765,73R$
Setembro 63.638,42R$ 413,65R$ 1.909,15R$
Outubro 92.629,38R$ 602,09R$ 2.778,88R$
Novembro 91.009,25R$ 591,56R$ 2.730,28R$
Dezembro 80.207,96R$ 521,35R$ 2.406,24R$
TOTAL 808.692,78R$ 5.256,50R$ 24.260,78R$
70
De acordo com o disposto na Lei 9.249 de, 26 de Dezembro de 1995 em seu
art. 15, deve-se aplicar o percentual de 8% de presunção sobre a receita bruta auferida
no trimestre para mercadorias destinadas a revenda (comércio), para se encontrar a
base de cálculo para o Imposto de Renda (IR). Depois de encontrado a base de
cálculo, aplica-se a alíquota de 15% de IR, como está prevista no art. 3 da Lei
9.249/1995.
Art. 3º A alíquota do imposto de renda das pessoas jurídicas é de quinze por cento. Art. 15. A base de cálculo do imposto, em cada mês, será determinada mediante a aplicação do percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta auferida mensalmente [...]. § 1º Nas seguintes atividades, o percentual de que trata este artigo será de: I - um inteiro e seis décimos por cento, para a atividade de revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural. (Lei 9.249/1995).
A partir do Quadro 14 estão apresentados os valores apurados no cálculo dos
impostos trimestrais o IRPJ e a CSLL. Estes dois tributos são calculados utilizando-se
uma alíquota de presunção para definir a base de cálculo, conforme legislação
exposta anteriormente. Neste regime de tributação a apuração é realizada
trimestralmente, compreendendo o primeiro trimestre Janeiro á Março, o segundo de
Abril a junho, terceiro julho a setembro e quarto trimestre de outubro a dezembro.
QUADRO 14 - IRPJ com base no Lucro Presumido para comércio e Indústria.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
O Quadro 14 apresenta-se o total apurado do IRPJ a recolher, caso a empresa
fosse tributada no lucro presumido. O 4º trimestre é o mais considerável, ou seja, o
que deu o maior montante de tributo a recolher, em decorrência da receita nesse
período ter sido mais elevada em comparação com os demais períodos.
TRIMESTRE RECEITA TRIBUTÁVELBASE DE CÁLCULO
PARA IRPJ (8%)
IRPJ
(15%)
1º Trimestre 229.400,10R$ 18.352,01R$ 2.752,80R$
2º Trimestre 150.422,34R$ 12.033,79R$ 1.805,07R$
3º Trimestre 165.023,75R$ 13.201,90R$ 2.238,90R$
4º Trimestre 263.846,59R$ 21.107,73R$ 4.166,21R$
TOTAL 808.692,78R$ 64.695,42R$ 10.962,98R$
71
A CSLL é calculada trimestralmente da mesma forma do IRPJ, porém as
alíquotas são diferenciadas, de acordo com a Lei 9.249/95, em seu Art. 20 determina
a alíquota de presunção de 12% sobre a receita bruta auferida para comércio e
indústria, exceto para pessoas jurídicas que exercem atividades a que se refere o
inciso III do §1 do art. 15, cujo percentual corresponderá a 32%. Após encontrar a
base de cálculo, aplica-se a alíquota de 9% para apuração do valor da CSLL a
recolher. O Quadro 15 evidencia os valores apurados.
QUADRO 15 - CSLL com base no Lucro Presumido para o comércio.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
De acordo os valores apresentados no Quadro 15, pode-se visualizar que o
montante de CSLL a recolher no ano de 2015, corresponde a um total de R$ 8.733,88.
O Quadro 16 apresenta o valor a ser recolhido de ICMS com base na tributação
do Lucro Presumido, levando em consideração que as compras e vendas de
mercadorias são tributadas na alíquota 18% dentro do Estado do Paraná, conforme
Anexo I. Após identificar os créditos nas Notas Fiscais de entrada, aplica-se o
percentual de 18% sobre as saídas para encontrar o valor devido do ICMS, antes da
dedução dos créditos. Ao realizar as deduções referentes aos créditos do ICMS que
a empresa obteve na entrada da mercadoria em seu estabelecimento, encontra-se o
valor real devido ICMS a recolher.
TRIMESTRE RECEITA TRIBUTÁVELBASE DE CÁLCULO
PARA CSLL (12%)
CSLL
(9%)
1º Trimestre 229.400,10R$ 27.528,01R$ 2.477,52R$
2º Trimestre 150.422,34R$ 18.050,68R$ 1.624,56R$
3º Trimestre 165.023,75R$ 19.802,85R$ 1.782,26R$
4º Trimestre 263.846,59R$ 31.661,59R$ 2.849,54R$
TOTAL 808.692,78R$ 97.043,13R$ 8.733,88R$
72
QUADRO 16 - Apuração do ICMS a Recolher.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
O Quadro 16 apresenta o total de ICMS devido pela empresa caso fosse
tributada no Lucro Presumido, pode-se observar que o valor é muito elevado. Isso
ocorre por que a empresa não adquiriu muitos créditos nas suas compras de
mercadoria, em decorrência de serem produtos obtidos com substituição tributária ou
empresas optantes do Simples Nacional, são duas circunstâncias que não permitem
o aproveitamento do crédito ICMS.
O Quadro 17 apresenta o total de encargos a serem recolhidos sobre a folha
de pagamento, utilizado como base a tributação no Lucro Presumido, no exercício de
2015. Para encontrar o valor do INSS Patronal somam-se Salários e Ordenados, Pró-
Labore, Férias e 1/3 de Férias e 13º Salário, a partir da soma aplica-se a alíquota de
20%. Ainda deve ser considerada a mesma base de cálculo do INSS patronal,
excluindo-se apenas o Pró-Labore, para cálculo do para RAT (3%), FGTS (8%) e
Terceiros (5,8%). Perfazendo um total 36,8% de contribuições.
Em relação ao recolhimento do RAT e Terceiros não a incidência sobre Pró-
Labore somente incide sobre remunerações pagas aos empregados em regime de
CLT, conforme o Art. 72, II, da Instrução Normativa 971/2009:
Art. 72. As contribuições sociais previdenciárias a cargo da empresa ou do equiparado, observadas as disposições específicas desta Instrução Normativa, são: II - para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do
MÊS / 2015VENDA INDÚSTRIA
E COMÉRCIO
ALÍQUOTA ICMS
18%
ICMS A
RECUPERAR (-)
ICMS A
RECOLHER
Janeiro 46.051,30R$ 8.289,23R$ R$ 15,73 8.273,50R$
Fevereiro 42.688,51R$ 7.683,93R$ R$ 168,83 7.515,10R$
Março 64.506,59R$ 11.611,19R$ R$ 245,49 11.365,70R$
Abril 36.128,25R$ 6.503,09R$ R$ 937,04 5.566,05R$
Maio 30.559,85R$ 5.500,77R$ R$ 503,13 4.997,64R$
Junho 32.894,85R$ 5.921,07R$ R$ 503,13 5.417,94R$
Julho 32.952,83R$ 5.931,51R$ R$ 1.722,73 4.208,78R$
Agosto 32.651,60R$ 5.877,29R$ R$ 600,48 5.276,81R$
Setembro 55.099,42R$ 9.917,90R$ R$ 1.348,46 8.569,43R$
Outubro 63.481,28R$ 11.426,63R$ R$ 575,92 10.850,71R$
Novembro 80.018,15R$ 14.403,27R$ R$ 1.852,69 12.550,58R$
Dezembro 50.746,91R$ 9.134,44R$ R$ 946,13 8.188,31R$
TOTAL 567.779,54R$ 102.200,32R$ R$ 9.419,76 92.780,55R$
73
trabalho, incidentes sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhes prestam serviços, observado o disposto no inciso I do art. 57, correspondente à aplicação dos seguintes percentuais: a) 1% (um por cento), para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; b) 2% (dois por cento), para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado médio; c) 3% (três por cento), para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado grave. (grifo nosso).
Quanto ao recolhimento do FGTS, é opcional sobre o Pró-Labore, de acordo
com o Art. 8 do Decreto 99.684/90, que consolida as normas regulamentares do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS. Esse decreto estabelece que as empresas
sujeitas ao regime da legislação trabalhista poderão equiparar seus direitos a não
empregados aos demais trabalhadores. Conforme acima mencionado, o Art. 16 a Lei
8.036/90, traz claramente a possibilidade de recolhimento deste tributo sobre as
remunerações de sócios por atividade administrativa:
Art. 16. Para efeito desta lei, as empresas sujeitas ao regime da legislação trabalhista poderão equiparar seus diretores não empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS. Considera-se diretor aquele que exerça cargo de administração previsto em lei, estatuto ou contrato social, independente da denominação do cargo.
Para uma melhor visualização da explanação acima, a seguir o Quadro 17
demonstra os valores encontrados via caçulo, de acordo com a legislação vigente e
montante de encargos sobre a folha de pagamento, compreendida no regime de
tributação lucro presumido.
QUADRO 17 - Encargos Folha de Pagamento com base no Lucro Presumido.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
MÊS / 2015SALÁRIOS E
ORDENADOS (R$)PRÓ-LABORE
FÉRIAS E 1/3
FÉRIAS13º SALÁRIO
INSS
PATRONAL TERCEIROS RAT FGTS
Janeiro 28.422,56R$ 1.576,00R$ 3.157,98R$ 2.368,55R$ 7.105,02R$ 1.969,05R$ 1.018,47R$ 2.715,93R$
Fevereiro 26.433,27R$ 1.576,00R$ 2.936,96R$ 2.202,77R$ 6.629,80R$ 1.831,23R$ 1.105,26R$ 2.525,84R$
Março 23.537,39R$ 1.576,00R$ 2.615,20R$ 1.961,45R$ 5.938,01R$ 1.630,61R$ 990,39R$ 2.249,12R$
Abril 20.084,97R$ 1.576,00R$ 2.231,61R$ 1.673,75R$ 5.113,27R$ 1.391,44R$ 853,44R$ 1.919,23R$
Maio 21.167,18R$ 1.576,00R$ 2.351,85R$ 1.763,93R$ 5.371,79R$ 1.466,41R$ 896,37R$ 2.022,64R$
Junho 22.837,10R$ 1.576,00R$ 2.537,39R$ 1.903,09R$ 5.770,72R$ 1.582,10R$ 962,61R$ 2.182,21R$
Julho 14.733,98R$ 1.576,00R$ 1.637,07R$ 1.227,83R$ 3.834,98R$ 1.020,74R$ 641,18R$ 1.407,91R$
Agosto 17.634,89R$ 1.576,00R$ 1.959,38R$ 1.469,57R$ 4.527,97R$ 1.221,70R$ 756,25R$ 1.685,11R$
Setembro 20.944,43R$ 2.213,00R$ 2.327,10R$ 1.745,37R$ 5.445,98R$ 1.450,98R$ 910,46R$ 2.001,35R$
Outubro 16.230,62R$ 2.213,00R$ 1.803,36R$ 1.352,55R$ 4.319,91R$ 1.124,42R$ 723,48R$ 1.550,92R$
Novembro 18.928,10R$ 2.213,00R$ 2.103,07R$ 1.577,34R$ 4.964,30R$ 1.311,29R$ 830,48R$ 1.808,68R$
Dezembro 18.992,95R$ 2.213,00R$ 2.103,07R$ 1.582,75R$ 4.978,35R$ 1.315,37R$ 833,01R$ 1.814,30R$
TOTAL 249.947,44R$ 21.460,00R$ 27.764,04R$ 20.828,95R$ 64.000,09R$ 17.315,35R$ 10.521,40R$ 23.883,23R$
74
As despesas referentes à folha de pagamento totalizaram um montante de
435.720,50 sendo, 249.947,44 de Salários e Ordenados, R$ 21.460,00 Pró-Labore,
R$ 27.764,04 Férias e 1/3 de Férias, R$ 20.828,95 13º Salários, R$ 64.000,09 INSS
Patronal, R$ 17.315,35 Terceiros, R$ 10.687,09 RAT e R$ 19.995,80 de FGTS.
Dessa forma, chega-se ao valor total de tributos que devem ser pagos pela
empresa enquadrada no Lucro Presumido, no ano de 2015, conforme apresenta o
Quadro 18, a seguir.
QUADRO 18 - Total dos tributos apurados com base no Lucro Presumido.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
Como aponta o Quadro 18, o total de tributos – IRPJ, CSLL, COFINS,
PIS/PASEP, ICMS, RAT, FGTS, INSS Patronal e Terceiros – a ser recolhidos pela
empresa, tributada no Lucro Presumido, totalizariam, em 2015, o valor de R$
258.839,49, sendo que 36% deste valor total refere-se ao Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Para uma melhor visualização dos tributos a recolher no Lucro Presumido, a
seguir, apresentar-se o Gráfico 3 com o comparativo dos tributos, que fazem parte do
Quadro 18.
MÊS/2016 IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ICMSINSS
PATRONALTERCEIROS RAT FGTS TOTAL
Janeiro - - 2.388,66R$ 517,54R$ 8.285,16R$ 7.105,02R$ 1.969,05R$ 1.018,47R$ 2.715,93R$ 23.999,83R$
Fevereiro - - 2.083,23R$ 451,37R$ 7.543,64R$ 6.629,80R$ 1.831,23R$ 1.105,26R$ 2.525,84R$ 22.170,37R$
Março 2.752,80R$ 2.477,52R$ 2.410,11R$ 522,19R$ 11.463,99R$ 5.938,01R$ 1.630,61R$ 990,39R$ 2.249,12R$ 30.434,74R$
Abril - - 1.620,12R$ 351,03R$ 5.718,94R$ 5.113,27R$ 1.391,44R$ 853,44R$ 1.919,23R$ 16.967,45R$
Maio - - 1.357,08R$ 294,03R$ 5.162,12R$ 5.371,79R$ 1.466,41R$ 896,37R$ 2.022,64R$ 16.570,45R$
Junho 1.805,07R$ 1.624,56R$ 1.535,46R$ 332,68R$ 5.470,35R$ 5.770,72R$ 1.582,10R$ 962,61R$ 2.182,21R$ 21.265,76R$
Julho - - 1.275,83R$ 276,43R$ 4.220,78R$ 3.834,98R$ 1.020,74R$ 641,18R$ 1.407,91R$ 12.677,85R$
Agosto - - 1.765,73R$ 382,57R$ 5.311,85R$ 4.527,97R$ 1.221,70R$ 756,25R$ 1.685,11R$ 15.651,18R$
Setembro 2.238,90R$ 1.782,26R$ 1.909,15R$ 413,65R$ 8.661,33R$ 5.445,98R$ 1.450,98R$ 910,46R$ 2.001,35R$ 24.814,07R$
Outubro - - 2.778,88R$ 602,09R$ 10.892,58R$ 4.319,91R$ 1.124,42R$ 723,48R$ 1.550,92R$ 21.992,28R$
Novembro - - 2.730,28R$ 591,56R$ 12.924,58R$ 4.964,30R$ 1.311,29R$ 830,48R$ 1.808,68R$ 25.161,17R$
Dezembro 4.166,21R$ 2.849,54R$ 2.406,24R$ 521,35R$ 8.249,95R$ 4.978,35R$ 1.315,37R$ 833,01R$ 1.814,30R$ 27.134,33R$
TOTAL 10.962,98R$ 8.733,88R$ 24.260,78R$ 5.256,50R$ 93.905,27R$ 64.000,09R$ 17.315,35R$ 10.521,40R$ 23.883,23R$ 258.839,49R$
75
GRÁFICO 3 - Disposição dos Tributos no Lucro Presumido.
4%3%
10%
2%
36%
25%
7%
4%
9% IRPJ
CSLL
COFINS
PIS/PASEP
ICMS
INSS PATRONAL
TERCEIROS
RAT
FGTS
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
Conforme aponta o Gráfico 03, o tributo que possui maior valor a recolher é o
ICMS, totalizando um montante de 36% do valor total dos tributos. O segundo maior
é o INSS Patronal, representando 25% do valor total dos tributos. Por outro lado, o
imposto de menor arrecadação nesta tributação foi o CSLL, representando 3%.
3.2.3 Apuração dos Tributos no Lucro Real
Neste item, apresenta-se a apuração do total de tributos recolhidos pela
empresa, no regime de Lucro Real. A empresa não opera neste regime de tributação,
mas as apurações se fazem necessárias para verificar qual dos três regimes
tributários é o mais adequado para o seu ramo de atividade, ou se poderá sofrer
alguma alteração que influenciará na redução do ônus tributário.
Neste regime é importante ressaltar que com a vigência das Leis nº
10.637/2002 e 10.833/2003, as contribuições de PIS/PASEP e COFINS passaram a
ser tributada no regime não cumulativo para as empresas optantes do Lucro Real. A
não cumulatividade permite o débito das vendas de mercadorias oriundos das
compras não tributadas pela substituição tributária, destaca-se que para fins de
cálculo deste regime utiliza-se a alíquota de 1,65% para o PIS/PASEP e 7,65% para
o COFINS. De acordo com os Anexos 1 a 12, pode-se verificar que todos os produtos
76
da empresa são tributados e não possuem nenhum benefício fiscal, que possa reduzir
a alíquota e consequentemente o imposto, de acordo com a Nomenclatura Comum
do Mercosul (NCM).
O Quadro 19 apresenta os débitos apurados de PIS/PASEP e COFINS, neste
regime cabe ressaltar que o valor que compõe a receita a ser tributada compreende
as vendas de mercadorias, subtraindo-se as devoluções de venda - que no caso do
ano de 2015 não houve dados a se tabular. A empresa não obteve receitas financeiras
e nem outras receitas sujeitas à tributação destes.
QUADRO 19 - Apuração do PIS/PASEP e COFINS sobre vendas no Lucro Real.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
Conforme exposto no Quadro 19 pode-se visualizar os débitos apurador para o
PIS/PASEP e COFINS, sendo R$ 13.313,43 e R$ 61.460,65, perfazendo um total de
R$ 74.804,04.
O Quadro 20 demonstra os créditos obtidos de PIS/PASEP e COFINS, oriundo
das compras de mercadorias. Nesse regime apura-se o valor a recolher sobre a
Receita mensal, aplicando-se os percentuais de 1,65% para o PIS e 7,60% para
COFINS. Para apuração do valor real a recolher, deve-se diminuir os valores dos
créditos apurados nas entradas (compras). O Art. 3º da Lei 10.637/2002 estabelece
as operações no qual podem ser apropriados os créditos:
Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a: I - bens adquiridos para revenda [...] II - bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda [...]
MÊS / 2015FATURAMENTO
MENSAL
(-) DEVOLUÇÕES
DE VENDA RECEITA TOTAL
PIS/PASEP
(1,65%)COFINS (7,60%)
Janeiro 79.622,05R$ - 79.622,05R$ 1.313,76R$ 6.051,28R$
Fevereiro 69.441,11R$ - 69.441,11R$ 1.145,78R$ 5.277,52R$
Março 80.336,94R$ - 80.336,94R$ 1.325,56R$ 6.105,61R$
Abril 54.004,05R$ - 54.004,05R$ 891,07R$ 4.104,31R$
Maio 45.236,15R$ - 45.236,15R$ 746,40R$ 3.437,95R$
Junho 51.182,14R$ - 51.182,14R$ 844,51R$ 3.889,84R$
Julho 42.527,83R$ - 42.527,83R$ 701,71R$ 3.232,12R$
Agosto 58.857,50R$ - 58.857,50R$ 971,15R$ 4.473,17R$
Setembro 63.638,42R$ - 63.638,42R$ 1.050,03R$ 4.836,52R$
Outrubro 92.629,38R$ - 92.629,38R$ 1.528,38R$ 7.039,83R$
Novembro 91.009,25R$ - 91.009,25R$ 1.501,65R$ 6.916,70R$
Dezembro 80.207,96R$ - 80.207,96R$ 1.323,43R$ 6.095,80R$
TOTAL 808.692,78R$ - 808.692,78R$ 13.343,43R$ 61.460,65R$
77
III - (VETADO) IV – aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa; V - valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES; (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004) VI - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços.(Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005) VII - edificações e benfeitorias em imóveis de terceiros, quando o custo, inclusive de mão-de-obra, tenha sido suportado pela locatária; VIII - bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei. IX - energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica. IX - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica. X - vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção. XI - bens incorporados ao ativo intangível, adquiridos para utilização na produção de bens destinados a venda ou na prestação de serviços.
A legislação permite o aproveitamento de todos os créditos que estão
descriminados no Art. 3º da Lei 10.637/2002, porém com algumas particularidades,
mercadorias adquiridas para revenda, desde que não sejam produtos isentos da
contribuição, na condição de substituição tributária ou sujeitas a alíquota zero, entre
outras particularidades que estão prevista no Art., § 3, da Lei 10.637/2002. O Quadro
20 apresenta somente compras para industrialização e revenda de mercadoria não
sujeitas à substituição tributária.
QUADRO 20 - Apuração do PIS/PASEP e COFINS sobre entradas no Lucro Real.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
MÊS / 2015MERCADORIAS
PARA REVENDA
MERCADORIAS
PARA
INDUSTRIALIZAÇÃO
DEVOLUÇÃO DE
MERCADORIAS
TOTAL DAS
ENTRADAS COM
DIREITO A CRÉDITO
PIS/PASEP
(1,65%)
COFINS
(7,60%)
Janeiro 9.157,15R$ 1.184,87R$ 106,16R$ 10.235,86R$ 168,89R$ 783,04R$
Fevereiro 8.089,17R$ 676,31R$ -R$ 8.765,48R$ 144,63R$ 670,56R$
Março 17.504,01R$ 2.057,56R$ 660,00R$ 18.901,57R$ 311,88R$ 1.445,97R$
Abril 8.204,26R$ 12.263,05R$ 1.326,50R$ 19.140,81R$ 315,82R$ 1.464,27R$
Maio 9.234,98R$ 1.881,70R$ -R$ 11.116,68R$ 183,43R$ 850,43R$
Junho 11.321,33R$ 7.705,20R$ -R$ 19.026,53R$ 313,94R$ 1.455,53R$
Julho 12.557,71R$ 14.406,31R$ -R$ 26.964,02R$ 444,91R$ 2.062,75R$
Agosto 6.484,51R$ 11.733,67R$ -R$ 18.218,18R$ 300,60R$ 1.393,69R$
Setembro 7.148,81R$ 28.480,47R$ -R$ 35.629,28R$ 587,88R$ 2.725,64R$
Outrubro 8.659,65R$ 4.440,61R$ -R$ 13.100,26R$ 216,15R$ 1.002,17R$
Novembro 7.538,75R$ 31.023,46R$ 362,80R$ 38.199,41R$ 630,29R$ 2.922,25R$
Dezembro 6.064,63R$ 10.310,28R$ 362,80R$ 16.012,11R$ 264,20R$ 1.224,93R$
TOTAL 111.964,96R$ 126.163,49R$ 2.818,26R$ 238.128,45R$ 3.882,62R$ 18.001,23R$
78
Conforme exposto no Quadro 20, os créditos apurados para o PIS/PASEP e
COFINS sobre as compras de mercadorias para revenda e industrialização, que se
perfazem em total de R$ 22.145,95, sendo R$ 3.929,12 para o PIS/PASEP e R$
18.216,83 para o COFINS. Conforme exposto no Quadro 21, foram apurados os
valores correspondentes ao PIS e COFINS a Recolher, bem como foi apurado, sobre
o valor das compras, o valor de crédito. A diferença entre a apuração do tributo a
recolher com o a recuperar, perfazem o valor real a ser pago.
Destaca-se que as informações utilizadas foram todas disponibilizadas pelo
escritório de contabilidade que presta serviço para a empresa em estudo, desta forma
não foram recebidos documentos que pudesse demonstrar os créditos de PIS/PASEP
e COFINS sobre energia elétrica e combustível.
Portanto após a apuração dos débitos (Quadro 19) e diminuir os créditos
(Quadro 20), desta forma encontra-se o montante a recolher de PIS/PASEP e COFINS
neste regime de tributação. A seguir os Quadros 21 e 22 apresenta-se o saldo a
recolher.
QUADRO 21 - Compensação dos Débitos e Créditos de PIS/PASEP no Lucro Real.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
Conforme exposto no Quadro 21 pode-se visualizar o total dos dois tributos a
recolher no ano de 2015, se empresa operasse neste regime. Esse total a recolher
corresponderia a R$ 9.460,81.
MÊS / 2015 DÉBITOS DE PIS/PASEP CRÉDITOS DE PIS/PASEP PIS/PASEP A RECOLHER
Janeiro 1.313,76R$ 168,89R$ 1.144,87R$
Fevereiro 1.145,78R$ 144,63R$ 1.001,15R$
Março 1.325,56R$ 311,88R$ 1.013,68R$
Abril 891,07R$ 315,82R$ 575,24R$
Maio 746,40R$ 183,43R$ 562,97R$
Junho 844,51R$ 313,94R$ 530,57R$
Julho 701,71R$ 444,91R$ 256,80R$
Agosto 971,15R$ 300,60R$ 670,55R$
Setembro 1.050,03R$ 587,88R$ 462,15R$
Outubro 1.528,38R$ 216,15R$ 1.312,23R$
Novembro 1.501,65R$ 630,29R$ 871,36R$
Dezembro 1.323,43R$ 264,20R$ 1.059,23R$
TOTAL 13.343,43R$ 3.882,62R$ 9.460,81R$
79
QUADRO 22 - Compensação dos Débitos e Créditos de COFINS com Base no Lucro Real.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
De acordo com o apresentando no Quadro 22, pode-se visualizar o total de
COFINS a recolher no ano de 2015, o que corresponde ao total de R$ 9.460,81.
O Quadro 23 a seguir demonstra o valor de IRPJ e CSLL a ser recolhido neste
regime. Cabe destacar que, para apuração do IRPJ e CSLL é necessária a apuração
do Demonstrativo de Resultado (DR) de forma trimestral, do qual o resultado contábil
é transferido para o Livro de Ajuste do Lucro Real (LALUR), onde são realizadas as
adições e exclusões para obter o Resultado do Período Fiscal, a partir disso e aplicam-
se as alíquotas de 15% e 9%, de IRPJ e CSLL, respectivamente. As DR e os LALUR
encontram-se nos apêndices A ao H.
MÊS / 2015 DÉBITOS DE COFINS CRÉDITOS DE COFINS COFINS A RECOLHER
Janeiro 6.051,28R$ 783,04R$ 5.268,23R$
Fevereiro 5.277,52R$ 670,56R$ 4.606,97R$
Março 6.105,61R$ 1.445,97R$ 4.659,64R$
Abril 4.104,31R$ 1.464,27R$ 2.640,04R$
Maio 3.437,95R$ 850,43R$ 2.587,52R$
Junho 3.889,84R$ 1.455,53R$ 2.434,31R$
Julho 3.232,12R$ 2.062,75R$ 1.169,37R$
Agosto 4.473,17R$ 1.393,69R$ 3.079,48R$
Setembro 4.836,52R$ 2.725,64R$ 2.110,88R$
Outubro 7.039,83R$ 1.002,17R$ 6.037,66R$
Novembro 6.916,70R$ 2.922,25R$ 3.994,45R$
Dezembro 6.095,80R$ 1.224,93R$ 4.870,88R$
TOTAL 61.460,65R$ 18.001,23R$ 43.459,42R$
80
QUADRO 23 - Apuração de IRPJ e CSLL.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
De acordo com o Quadro 23, no 1º ao 3º trimestre não houve recolhimento de
nenhum dos tributos, em decorrência da empresa apresentar prejuízo, logo, não
houve o adicional de 10% do no IRP. Desta forma o valor a recolher de IRPJ é R$
1.644,68 e R$ 986,81 para CSLL, no ano. Os valores apurados nesse Quadro podem
ser observados com mais detalhes nos apêndices A ao H.
O Quadro 24 apresenta o saldo de ICMS a recolher, visto que os cálculos não
se alteram do Lucro Presumido para o Lucro Real, desta forma os valores serão os
mesmos do Quadro 16.
QUADRO 24 - Apuração do ICMS com base no Lucro Real.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
MÊS / 2015 IRPJ CSLL
Janeiro -R$ -R$
Fevereiro -R$ -R$
Março -R$ -R$
Abril -R$ -R$
Maio -R$ -R$
Junho -R$ -R$
Julho -R$ -R$
Agosto -R$ -R$
Setembro -R$ -R$
Outubro -R$ -R$
Novembro -R$ -R$
Dezembro 1.644,68R$ 986,81R$
TOTAL 1.644,68R$ 986,81R$
MÊS / 2015VENDA INDÚSTRIA E
COMÉRCIO ALÍQUOTA ICMS 18% ICMS A RECUPERAR (-) ICMS A RECOLHER
Janeiro 46.051,30R$ 8.289,23R$ 15,73R$ 8.273,50R$
Fevereiro 42.688,51R$ 7.683,93R$ 168,83R$ 7.515,10R$
Março 64.506,59R$ 11.611,19R$ 245,49R$ 11.365,70R$
Abril 36.128,25R$ 6.503,09R$ 937,04R$ 5.566,05R$
Maio 30.559,85R$ 5.500,77R$ 503,13R$ 4.997,64R$
Junho 32.894,85R$ 5.921,07R$ 503,13R$ 5.417,94R$
Julho 32.952,83R$ 5.931,51R$ 1.722,73R$ 4.208,78R$
Agosto 32.651,60R$ 5.877,29R$ 600,48R$ 5.276,81R$
Setembro 55.099,42R$ 9.917,90R$ 1.348,46R$ 8.569,43R$
Outubro 63.481,28R$ 11.426,63R$ 575,92R$ 10.850,71R$
Novembro 80.018,15R$ 14.403,27R$ 1.852,69R$ 12.550,58R$
Dezembro 50.746,91R$ 9.134,44R$ 946,13R$ 8.188,31R$
TOTAL 567.779,54R$ 102.200,32R$ 9.419,76R$ 92.780,55R$
81
O Quadro 24 apresenta o total de ICMS devido pela empresa caso fosse
tributada no real, observa-se que o valor é muito elevado. Isso ocorre por que a
empresa não adquire muitos créditos nas suas compras de mercadoria, em
decorrência de ser produtos obtidos com substituição tributária ou empresas optantes
do Simples Nacional, são duas circunstâncias que não permite o aproveitamento do
crédito ICMS.
No Quadro 25 está apresentando os encargos sobre a folha de pagamento,
visto que os cálculos não se alteram do Lucro Presumido para o Lucro Real, desta
forma os valores serão os mesmos do Quadro 17.
QUADRO 25 - Encargos da Folha de Pagamento com base no Lucro Real.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
As despesas referentes à folha de pagamento totalizaram um montante de
435.720,50 sendo, 249.947,44 de Salários e Ordenados, R$ 21.460,00 Pró-Labore,
R$ 27.764,04 Férias e 1/3 de Férias, R$ 20.828,95 13º Salários, R$ 64.000,09 INSS
Patronal, R$ 17.315,35 Terceiros, R$ 10.687,09 RAT e R$ 19.995,80 de FGTS. Dessa
forma, chega-se ao valor total de tributos que devem ser pagos pela empresa
enquadrada no Lucro Real, no ano de 2015, conforme apresenta o Quadro 26.
MÊS / 2015SALÁRIOS E
ORDENADOS (R$)PRÓ-LABORE
FÉRIAS E 1/3
FÉRIAS13º SALÁRIO
INSS
PATRONAL TERCEIROS RAT FGTS
Janeiro 28.422,56R$ 1.576,00R$ 3.157,98R$ 2.368,55R$ 7.105,02R$ 1.969,05R$ 1.018,47R$ 2.715,93R$
Fevereiro 26.433,27R$ 1.576,00R$ 2.936,96R$ 2.202,77R$ 6.629,80R$ 1.831,23R$ 1.105,26R$ 2.525,84R$
Março 23.537,39R$ 1.576,00R$ 2.615,20R$ 1.961,45R$ 5.938,01R$ 1.630,61R$ 990,39R$ 2.249,12R$
Abril 20.084,97R$ 1.576,00R$ 2.231,61R$ 1.673,75R$ 5.113,27R$ 1.391,44R$ 853,44R$ 1.919,23R$
Maio 21.167,18R$ 1.576,00R$ 2.351,85R$ 1.763,93R$ 5.371,79R$ 1.466,41R$ 896,37R$ 2.022,64R$
Junho 22.837,10R$ 1.576,00R$ 2.537,39R$ 1.903,09R$ 5.770,72R$ 1.582,10R$ 962,61R$ 2.182,21R$
Julho 14.733,98R$ 1.576,00R$ 1.637,07R$ 1.227,83R$ 3.834,98R$ 1.020,74R$ 641,18R$ 1.407,91R$
Agosto 17.634,89R$ 1.576,00R$ 1.959,38R$ 1.469,57R$ 4.527,97R$ 1.221,70R$ 756,25R$ 1.685,11R$
Setembro 20.944,43R$ 2.213,00R$ 2.327,10R$ 1.745,37R$ 5.445,98R$ 1.450,98R$ 910,46R$ 2.001,35R$
Outubro 16.230,62R$ 2.213,00R$ 1.803,36R$ 1.352,55R$ 4.319,91R$ 1.124,42R$ 723,48R$ 1.550,92R$
Novembro 18.928,10R$ 2.213,00R$ 2.103,07R$ 1.577,34R$ 4.964,30R$ 1.311,29R$ 830,48R$ 1.808,68R$
Dezembro 18.992,95R$ 2.213,00R$ 2.103,07R$ 1.582,75R$ 4.978,35R$ 1.315,37R$ 833,01R$ 1.814,30R$
TOTAL 249.947,44R$ 21.460,00R$ 27.764,04R$ 20.828,95R$ 64.000,09R$ 17.315,35R$ 10.521,40R$ 23.883,23R$
82
QUADRO 26 - Total dos tributos apurados com base no Lucro Real.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
Como aponta o Quadro 26, o total de tributos – IRPJ, CSLL, COFINS,
PIS/PASEP, ICMS, RAT, FGTS, INSS Patronal e Terceiros – a ser recolhidos pela
empresa, tributada no Lucro Real, totalizariam, em 2015, o valor de R$ 264.052,34,
sendo que 35% deste valor total dos tributos refere-se ao Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Para uma melhor visualização dos tributos a recolher no Lucro Real, a seguir,
apresenta-se o Gráfico 4 com o comparativo dos impostos, que fazem parte do Quadro
24.
GRÁFICO 4 - Disposição dos Tributos no Lucro Real.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
MÊS / 2015 IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ICMS INSS
PATRONAL TERCEIROS RAT FGTS TOTAL
Janeiro -R$ -R$ R$ 5.268,23 R$ 1.144,87 8.273,50R$ 7.105,02R$ 1.969,05R$ 1.018,47R$ 2.715,93R$ 27.495,07R$
Fevereiro -R$ -R$ R$ 4.606,97 R$ 1.001,15 7.515,10R$ 6.629,80R$ 1.831,23R$ 1.105,26R$ 2.525,84R$ 25.215,34R$
Março -R$ -R$ R$ 4.659,64 R$ 1.013,68 11.365,70R$ 5.938,01R$ 1.630,61R$ 990,39R$ 2.249,12R$ 27.847,15R$
Abril -R$ -R$ R$ 2.640,04 R$ 575,24 5.566,05R$ 5.113,27R$ 1.391,44R$ 853,44R$ 1.919,23R$ 18.058,70R$
Maio -R$ -R$ R$ 2.587,52 R$ 562,97 4.997,64R$ 5.371,79R$ 1.466,41R$ 896,37R$ 2.022,64R$ 17.905,34R$
Junho -R$ -R$ R$ 2.434,31 R$ 530,57 5.417,94R$ 5.770,72R$ 1.582,10R$ 962,61R$ 2.182,21R$ 18.880,45R$
Julho -R$ -R$ R$ 1.169,37 R$ 256,80 4.208,78R$ 3.834,98R$ 1.020,74R$ 641,18R$ 1.407,91R$ 12.539,76R$
Agosto -R$ -R$ R$ 3.079,48 R$ 670,55 5.276,81R$ 4.527,97R$ 1.221,70R$ 756,25R$ 1.685,11R$ 17.217,87R$
Setembro -R$ -R$ R$ 2.110,88 R$ 462,15 8.569,43R$ 5.445,98R$ 1.450,98R$ 910,46R$ 2.001,35R$ 20.951,24R$
Outubro -R$ -R$ R$ 6.037,66 R$ 1.312,23 10.850,71R$ 4.319,91R$ 1.124,42R$ 723,48R$ 1.550,92R$ 25.919,33R$
Novembro -R$ -R$ R$ 3.994,45 R$ 871,36 12.550,58R$ 4.964,30R$ 1.311,29R$ 830,48R$ 1.808,68R$ 26.331,15R$
Dezembro 1.644,68R$ 986,81R$ R$ 4.870,88 R$ 1.059,23 8.188,31R$ 4.978,35R$ 1.315,37R$ 833,01R$ 1.814,30R$ 25.690,94R$
TOTAL 1.644,68R$ 986,81R$ 43.459,42R$ 9.460,81R$ 92.780,55R$ 64.000,09R$ 17.315,35R$ 10.521,40R$ 23.883,23R$ 264.052,34R$
1% 0%
16%
9%
35%
24%
7%
4%
16%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
83
Conforme aponta o Gráfico 04, o tributo que possui maior valor a recolher é o
ICMS, totalizando um montante de 35% do valor total dos tributos. O segundo maior
é o INSS Patronal, representando 24% do valor total. Por outro lado, o imposto de
menor arrecadação nesta tributação foi o CSLL, representando 0%.
3.3 COMPARAÇÕES DOS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO
Este item tem como objetivo, comparar os Regimes de Tributação, Simples
Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Para uma melhor visualização o Quadro 27
demonstra a comparação. Desta forma consegue-se atingir o objetivo principal deste
estudo - O regime de tributação no qual a empresa está enquadrada é o mais
adequado e rentável, baseando-se no faturamento da mesma?
QUADRO 27 - Comparação dos Regimes de Tributação.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
Com base no Quadro 27 é possível verificar que o regime no qual a empresa
está enquadrada continua sendo o mais rentável. Cabe ressaltar que os dados
utilizados para a elaboração do Planejamento Tributário são do exercício de 2015.
Sendo assim os impostos totalizaram no Lucro Presumido R$ 185.855,71 e no Lucro
Real R$192.193,33 a mais do que no Simples.
Para uma melhor comparação entres os regimes tributários, a seguir apresenta-se o
Gráfico 5.
TRIBUTOS SIMPLES NACIONAL LUCRO PRESUMIDO LUCRO REAL
COFINS 8.871,10R$ 24.260,78R$ 43.459,42R$
CPP 25.410,06R$ -R$ -R$
CSLL 2.944,37R$ 8.733,88R$ 986,81R$
FGTS 19.995,80R$ 23.883,23R$ 23.883,23R$
ICMS 8.031,84R$ 92.780,55R$ 92.780,55R$
INSS -R$ 64.000,09R$ 64.000,09R$
IPI 1.563,77R$ -R$ -R$
IRPJ 2.944,37R$ 10.962,98R$ 1.644,68R$
PIS/PASEP 2.097,70R$ 5.256,50R$ 9.460,81R$
RAT -R$ 10.521,40R$ 10.521,40R$
TERCEIROS -R$ 17.315,35R$ 17.315,35R$
TOTAL 71.859,01R$ 257.714,77R$ 264.052,34R$
84
GRÁFICO 5 - Disposição da Comparação entre os Regimes Tributários
SIMPLES NACIONAL
12%
LUCRO PRESUMIDO
43%
LUCRO REAL 45%
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
De acordo com o gráfico que foi exposto, é de fácil percepção que o Lucro
Presumido e Lucro Real não são os mais vantajosos dentro de nossa pesquisa. Desta
forma pode-se afirmar que a empresa deve continuar a utilizar a tributação pelo regime
Simples Nacional, pois é o menos oneroso e mais vantajoso, até o momento mediante
o atual faturamento e quadro de funcionários.
GRÁFICO 6 - Comparativo dos tributos em relação ao faturamento de 2015.
Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho conforme dados cedidos pela empresa (2016).
8,89%
31,67% 32,65%
100%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
Simples Nacional Lucro Presumido Lucro Real Faturamento 2015
85
Comparando-se com o faturamento da empresa, os tributos do Lucro Real
representam, 32,65%, pelo Lucro Presumido correspondem a 31,67%, e pelo simples
Nacional correspondem a 8,89%. Estes percentuais demonstram que através do
Regime de tributação Simples Nacional a empresa obtém uma lucratividade maior.
86
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo principal do trabalho consistiu em analisar qual o regime de
tributação é o menos oneroso, trazendo assim maior lucratividade, de acordo com a
atividade exercida pela empresa. Deste modo, realizou-se um planejamento tributário
comparando os três regimes de tributação: Simples Nacional, Lucro Presumido e
Lucro Real. Através do estudo e realização dos cálculos dos tributos, de acordo com
atividade econômica da empresa e seu faturamento, obteve-se a visualização do
melhor regime de tributação para essa empresa, nesse período. A empresa que
pretende continuar no mercado precisa ter a capacidade de prever cenários adversos
e realizar mudanças rápidas para se adaptar a novas realidades.
Pode-se chegar aos resultados finais desta pesquisa através de estratégias
metodológicas, na qual foram empregadas a pesquisa exploratória-descritiva que
forneceu a orientação para a descrição do problema onde precisaria ser estudado e
posteriormente a construção da pesquisa para se chegar ao resultados esperados.
Consequentemente, realizaram-se análises e interpretações dos dados obtidos,
contribuindo com o entendimento da realidade em que a empresa está inserida. Por
fim, utilizou-se o estudo de caso na coleta de dados pertinentes à elaboração do
estudo.
Os dados utilizados na pesquisa foram coletados no escritório de contabilidade,
que é responsável pela contabilidade da empresa, os quais foram obtidos em livros
fiscais de entradas e saídas, balancetes mensais, resumo da folha de pagamento,
demonstrativo de faturamento, demonstração de Resultado, referentes ao ano
calendário de 2015.
Os tributos a serem recolhidos de acordo com a atividade da empresa, foram
apurados mensalmente e trimestralmente, após essa apuração, estabeleceu-se um
comparativo entre os regimes de tributação, chegando à conclusão de que o regime
do Simples Nacional, no qual a empresa está enquadrada, é o mais apropriado, pois
é o regime menos oneroso para sua atividade econômica, e o que lhe traz maiores
oportunidades de conservar-se no mercado e ser competitiva.
As análises realizadas durante o trabalho demostraram que os tributos
cobrados pelo regime de tributação Simples Nacional representam 12% do
faturamento da empresa, enquanto se a mesma empresa estivesse inserida em um
dos demais regimes, a tributação corresponderia a 43% no regime tributário Lucro
87
Presumido e 45%, no regime tributário Lucro Real. A economia em tributos é
significativa, o percentual médio de diferença entre um regime e outro é de no mínimo
30%. Esse valor torna-se parte dos lucros da empresa, e pode ser convertido em
investimentos ou da maneira que o empresário achar adequado.
Com a realização dessa pesquisa concluiu-se que é de suma importância que
o empresário conheça os regimes de tributação e analise, junto com seu contador,
qual é o regime adequado para sua empresa, sempre baseando-se na premissa de
diminuir o valor pago em imposto de forma viável e lícita.
O planejamento tributário deve ser entendido como um investimento e não um
custo, pois é uma ferramenta relevante para a gestão de uma empresa, auxiliando o
empresário a tomar decisões, o que é de extrema importância face das dificuldades
do cenário econômico.
88
REFERÊNCIAS
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Método, 2010. ANDRADE, Edmar Oliveira Filho. Planejamento Tributário. São Paulo: Saraiva, 2009. BRASIL. Lei nº 4.729, de 14 de julho de 1965. Define o crime de sonegação fiscal e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, p. 6745, 19 de julho de 1965. Seção 1. BRASIL. Consituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, p. 1, 05 de outubro de 1988, Seção 1. BRASIL. Decreto nº 3.000, de 26 de Março de 1999. Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, p. 1, 29 de março de 1999. Seção 1. BRASIL. Decreto n° 3.822, de 10 de Fevereiro de 2012. Altera tabela que determina percentual de redução a ser informado no Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional – PGDAS. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, p. 1, 10 de fevereiro de 2012. Seção 1. BRASIL. Decreto n° 99.684, de 08 de Novembro de 1990. Consolida as normas regulamentares do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, p. 21504, 12 de novembro de 1990. Seção 1. BRASIL. Lei n° 9.249, de 26 de Dezembro de 1995. Altera a legislação do imposto de renda das pessoas jurídicas, bem como da contribuição social sobre o lucro líquido, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, p. 22301, 27 de dezembro de 1995. Seção 1. BRASIL. Lei nº 9.718, de 27 de Novembro de 1998. Altera a Legislação Tributária Federal. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, p. 2, 28 de novembro de 1998. Seção 1. BRASI. Lei n° 10.637, de 30 de Dezembro de 2002. Dispõe sobre a não-cumulatividade na cobrança da contribuição para os Programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), nos casos que especifica; sobre o pagamento e o parcelamento de débitos tributários federais, a compensação de créditos fiscais, a declaração de inaptidão de inscrição de pessoas jurídicas, a legislação aduaneira, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, p. 2, 31 de dezembro de 2002. Seção 1.
89
BRASIL. Lei n° 10.833, de 29 de Dezembro de 2003. Altera a Legislação Tributária Federal e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, p. 1, 30 de dezembro de 2003. Seção 1. BRASIL. Lei Complementar nº 123, de 14 de Dezembro de 2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis no 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei no 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, p. 1, 15 de dezembro de 2006. Seção 1. BRASIL. Lei Complementar nº 5.172, de 25 de Outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, p. 12451, 27 de outubro de 1966. Seção 1. DUMS, Ronei José. Anatomia do Poder (I): Carga Tributária Brasileira. Disponível em: http://www.contabeis.com.br/artigos/2454/anatomia-do-poder-i-carga-tributaria-brasileira. Acesso em 13 de Março de 2016. ECONET, Editora. Perguntas e Respostas da Consultoria Econet. Disponível em: http://www.econeteditora.com.br/perguntas_respostas_consultoria/index.php?form[tipo]=item&form[area]=2&form[cate]=22&form[assu]=279. Acesso em 28 de Outubro de 2016. FABRETTI, Laúdio Camargo; FABRETTI, Dilene Ramos. Direito Tributário para os Cursos de Administração e Ciências Contábeis. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003. FABRETTI, Laúdio Camargo. Contabilidade Tributária. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2009. FENACON. Receita vai apertar o cerco em 2016, e fiscalizar notas das empresas. Disponível em: http://www.fenacon.org.br/noticias/receita-vai-apertar-cerco-em-2016-e-fiscalizar-notas-fiscais-das-mpresas-75/. Acessado em: 25 de Março de 2016. FERREIRA, Ricardo. Contabilidade Básica. 8ª Ed. São Paulo: Ferreira, 2008. FOLHA DE SÃO PAULO. Carga Tributária é maior para quem tem menor renda, diz Fiesp. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/01/1728683-carga-tributaria-e-maior-para-quem-tem-menor-renda-diz-fiesp.shtml. Acesso em: 09 de Março de 2016. GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4ª Ed.- São Paulo: Atlas, 2002. GONSALVES, Elisa Pereira. Conversas sobre Iniciação à Pesquisa Científica. 3. Edição Campinas – SP. Editora Alínea, 2003.
90
HIGUCHI, Hiromi;F HIGUCHI, Fábio Hiroshi; HIGUCHI, Celso Hiroyuki. Imposto de Renda das Empresas – interpretação e prática. 37. Ed. São Paulo: 2010. LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Maria de Andrade. Metodologia Científica. 6.ed São Paulo: Atlas, 2011. MARTINS, Jaqueline Pinto e SANTOS, Gilberto Pinheiro dos. Metodologia da pesquisa científica. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Editora, 2003. MUSGRAVE, Richard Abel. Teoria das finanças públicas: um estudo de economia governamental. São Paulo: Atlas, 1976. OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. Contabilidade Tributária. São Paulo: Saraiva, 2009. POHLMAN, Marcelo Coletto. Contabilidade Tributária. Curitiba: IESDE Brasil S.A, 2010. REZENDE, Amaury José; PEREIRA, Carlos Alberto; ALENCAR, Robert Carvalho. Contabilidade Tributária: Entendo a lógica dos tributos e seus reflexos sobre os resultados das empresas. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. SABBAG, Eduardo de Moraes. Manual de direito tributário. São Paulo: Saraiva, 2004. SABBAG, Eduardo de Moraes. Manual de direito tributário. São Paulo: Saraiva, 2011. SABBAG, Eduardo de Moraes. Manual de direito tributário. 8. Ed. São Paulo: Saraiva, 2016. SEBRAE. Panorama das MPEs Paulistas 2015. Disponível em: http://www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/EstudosPesquisas/mpes_numeros/book%20de%20pesquisas_mpes%20paulistas_2015_web_v3.pdf. Acesso em:13 de Março de 2016. SILLOS, Lívio Augusto de. Planejamento Tributário: aspectos teóricos e práticos. São Paulo: Livraria e Editora Universitária de Direito Ltda, 2005. TRIBUTÁRIO, Portal. CSLL – Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido. Disponível em: http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html. Acesso em: 14 de Março de 2016. WEBER, Ana Paula. Planejamento Tributário: Uma escolha estre modalidades de tributação: Lucro Presumido e Simples. Disponível em: http://tcc.bu.ufsc.br/Contabeis293898. Acessado em: 25 de Março de 2016. ZALUNCA, Júlio César, Planejamento Tributário: Pague Menos Dentro da Lei. Disponível em: http://www.portaltributario.com.br/planejamento.htm. Acesso em: 09 de Março de 2016.
91
APÊNDICES
92
Apêndice A - Demonstração do Resultado do 1º Trimestre de 2015.
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 229.400,10R$
Revenda de Mercadorias 202.280,76R$
Venda de Produtos 27.119,34R$
( - ) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 32.099,51R$
COFINS sobre o Faturamento 14.476,22R$
ICMS sobre Vendas 14.476,22R$
PIS sobre o Faturamento 3.147,06R$
( = ) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 197.300,59R$
( - ) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 103.801,36R$
Custo da Mercadoria Vendida 42.499,03R$
Custo do Produto Vendendo 61.302,33R$
( = ) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 93.499,23R$
(-) DESPESAS COM PESSOAL 91.363,68-R$
13 salário 2.368,55-R$
Férias 3.157,98-R$
FGTS 2.715,93-R$
Pró-Labore 4.728,00-R$
Salários e Ordenados 78.393,22-R$
(-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS 29.199,38-R$
Àgua e Esgoto 279,00-R$
Aluguel 24.037,50-R$
Assistência Contábil 910,08-R$
Conservação e Manutenção 120,00-R$
Energia Elétrica 2.707,60-R$
Material de Escritório 648,00-R$
Material de Uso e Consumo 497,20-R$
( - ) DESPESAS TRIBUTÁRIAS 649,83-R$
Impostos e Taxas Municipais 649,83-R$
( - ) DESPESAS FINANCEIRAS 11.140,11-R$
Despesas Bancarias 1.245,36-R$
IOF 368,18-R$
Juros de Mora 1.310,56-R$
Juros e Comissões Bancárias 1.825,41-R$
Juros Passivos 12,19-R$
Juros sobre Empréstimos 6.378,41-R$
( + ) RECEITAS FINANCEIRAS 2,00R$
Descontos Financeiros Obtidos 2,00R$
(+) OUTRAS RECEITAS 32,00R$
Desconto de Produtos 32,00R$
( = ) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR E DA CSLL 38.887,77-R$
( - ) Provisão para Imposto de Renda (15%) -R$
( - ) Provisão para Imposto de Renda (10%) - Adicional -R$
( - ) Provisão para CSLL (9%) -R$
( = ) LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 38.887,77-R$
( - ) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias,
Fundos de Assistência e Previdência para Empregados-R$
( = ) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 38.887,77-R$
JANEIRO á MARÇO DE 2015
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (DR)
93
Apêndice B - Demonstração do Resultado do 2º Trimestre de 2015.
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 150.422,34R$
Revenda de Mercadorias 123.606,60R$
Venda de Produtos 26.815,74R$
( - ) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 25.188,92R$
COFINS sobre o Faturamento 7.560,39R$
ICMS sobre Vendas 15.981,63R$
PIS sobre o Faturamento 1.646,90R$
( = ) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 125.233,42R$
( - ) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 68.054,46R$
Custo das Mercadoria Vendida 27.863,30R$
Custo do Produto Vendido 40.191,16R$
( = ) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 57.178,96R$
(-) DESPESAS COM PESSOAL 87.402,94-R$
13 salário 5.340,77-R$
Férias 7.120,85-R$
FGTS 6.124,07-R$
Pró-Labore 4.728,00-R$
Salários e Ordenados 64.089,25-R$
(-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS 30.963,44-R$
Àgua e Esgoto 329,53-R$
Aluguel 24.037,50-R$
Assistência Contábil 1.425,84-R$
Energia Elétrica 4.432,11-R$
Frete 90,45-R$
Monitoramento e Alarme 132,24-R$
Processamento de Dados e Informática 183,50-R$
Seguros 332,27-R$
( - ) DESPESAS TRIBUTÁRIAS 1.063,13-R$
Impostos e Taxas Estaduais 48,20-R$
Impostos e Taxas Municipais 1.014,93-R$
( - ) DESPESAS FINANCEIRAS 13.181,81-R$
Descontos Concedidos 4,56-R$
Despesas Bancarias 1.801,89-R$
IOF 629,90-R$
Juros de Mora 920,56-R$
Juros e Comissões Bancárias 3.395,58-R$
Juros Passivos 2,28-R$
Juros sobre Empréstimos 6.427,04-R$
( + ) RECEITAS FINANCEIRAS -R$
(+) OUTRAS RECEITAS 439,57R$
Desconto de Produtos 393,95R$
Distribuição de Sobras 45,62R$
( = ) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR E DA CSLL 75.871,93-R$
( - ) Provisão para Imposto de Renda (15%) -R$
( - ) Provisão para Imposto de Renda (10%) - Adicional -R$
( - ) Provisão para CSLL (9%) -R$
( = ) LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 75.871,93-R$
( - ) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias,
Fundos de Assistência e Previdência para Empregados-R$
( = ) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 75.871,93-R$
ABRIL Á JUNHO DE 2015
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (DR)
94
Apêndice C - Demonstração do Resultado do 3º Trimestre de 2015
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 165.023,75R$
Revenda de Mercadorias 93.512,14R$
Venda de Produtos 71.511,61R$
( - ) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 49.667,93R$
COFINS sobre o Faturamento 14.847,48R$
ICMS sobre Vendas 31.589,60R$
PIS sobre o Faturamento 3.230,85R$
( = ) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 115.355,82R$
( - ) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 74.640,39R$
Custo das Mercadoria Vendida 30.559,75R$
Custo do Produnto Vendido 44.080,64R$
( = ) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 40.715,43R$
(-) DESPESAS COM PESSOAL 74.139,00-R$
13 salário 4.442,78-R$
Férias 5.923,55-R$
FGTS 5.094,37-R$
Pró-Labore 5.365,00-R$
Salários e Ordenados 53.313,30-R$
(-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS 60.569,73-R$
Àgua e Esgoto 274,53-R$
Aluguel 50.757,57-R$
Assistência Contábil 3.279,74-R$
Energia Elétrica 3.905,41-R$
Bens de Natureza Permanente 900,00-R$
Monitoramento e Alarme 198,36-R$
Processamento de Dados e Informática 399,50-R$
Material de Uso Consumo 150,15-R$
Telefone 372,17-R$
Seguros 332,30-R$
( - ) DESPESAS TRIBUTÁRIAS 2.029,86-R$
Impostos e Taxas Municipais 2.029,86-R$
( - ) DESPESAS FINANCEIRAS 10.487,84-R$
Despesas Bancarias 2.109,43-R$
IOF 494,51-R$
Juros e Comissões Bancárias 1.151,39-R$
Juros sobre Empréstimos 6.732,51-R$
( + ) RECEITAS FINANCEIRAS -R$
(+) OUTRAS RECEITAS 502,50R$
Desconto de Produtos 502,50R$
( = ) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR E DA CSLL 107.013,50-R$
( - ) Provisão para Imposto de Renda (15%) -R$
( - ) Provisão para Imposto de Renda (10%) - Adicional -R$
( - ) Provisão para CSLL (9%) -R$
( = ) LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 107.013,50-R$
( - ) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias,
Fundos de Assistência e Previdência para Empregados-R$
( = ) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 107.013,50-R$
JULHO A SETEMBRO DE 2015
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (DR)
95
Apêndice D - Demonstração do Resultado do 4º Trimestre de 2015
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 263.846,59R$
Revenda de Mercadorias 76.539,95R$
Venda de Produtos 187.306,64R$
( - ) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 25.804,25R$
COFINS sobre o Faturamento 6.359,73R$
ICMS sobre Vendas 18.055,02R$
PIS sobre o Faturamento 1.389,50R$
( = ) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 238.042,34R$
( - ) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 119.388,00R$
Custo das Mercadorias Vendidas 48.880,61R$
Custo do Produto Vendido 70.507,39R$
( = ) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 118.654,34R$
(-) DESPESAS COM PESSOAL 76.486,71-R$
13 salário 4.512,64-R$
Férias 6.009,50-R$
FGTS 5.173,90-R$
Pró-Labore 6.639,00-R$
Salários e Ordenados 54.151,67-R$
(-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS 15.844,28-R$
Àgua e Esgoto 462,21-R$
Contribuições Sindicais e Institucionais 1.057,60-R$
Assistência Contábil 4.599,04-R$
Energia Elétrica 6.085,29-R$
Livros Jornais e Revistas 31,20-R$
Monitoramento e Alarme 198,36-R$
Propaganda e Publicidade 140,00-R$
Mensalidades 1.300,22-R$
Telefone 371,18-R$
Seguros 1.599,18-R$
( - ) DESPESAS FINANCEIRAS 9.599,21-R$
Despesas Bancarias 1.361,08-R$
IOF 404,57-R$
Juros de Mora 69,82-R$
Juros e Comissões Bancárias 2.561,50-R$
Juros sobre Empréstimos 5.202,24-R$
( + ) RECEITAS FINANCEIRAS -R$
(+) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 436,70R$
Desconto de Produtos 436,70R$
(+) OUTRAS RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 1.676,00R$
Rendimento conta Capital 1.676,00R$
( = ) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR E DA CSLL 16.287,44R$
( - ) Provisão para Imposto de Renda (15%) 1.644,68R$
( - ) Provisão para Imposto de Renda (10%) - Adicional -R$
( - ) Provisão para CSLL (9%) 986,81R$
( = ) LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 13.655,96R$
( - ) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias,
Fundos de Assistência e Previdência para Empregados-R$
( = ) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 13.655,96R$
JULHO A SETEMBRO DE 2015
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (DR)
96
Apêndice E - Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) 1º Trimestre de 2015
DATA HISTÓRICO SALDO ADIÇÕES EXCLUSÕES
31/03/2015 Resultado do Período Contábil 38.887,77-R$
ADIÇÕES -R$
EXCLUSÕES 34,00R$
Descontos Financeiros Obtidos 2,00R$
Desconto de Produtos 32,00R$
RESULTADO DO PERÍODO FISCAL 38.853,77-R$
Compensação de Prejuízos (30%) -R$
RESULTADO APÓS A COMPENSAÇÃO DE
PREJUÍZOS 38.853,77-R$
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (15%) -R$
(-) IRPJ pago mês anterior -R$
(-) IRPJ Retido na Fonte -R$
IRPJ A RECOLHER -R$
Adicional Federal (10%) -R$
IRPJ A RECOLHER EM DARF -R$
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (9%) -R$
(-) CSLL pago mês anterior -R$
(-) CSLL Retido na Fonte -R$
CSLL A RECOLHER EM DARF -R$
LALUR - LIVRO DE AJUSTE DO LUCRO REAL
Empresa: Empresa do Ramo de Comércio e Indústria de conffeções de cortinas e artigos para
decorações.
PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXECÍCIO
Reconhecemos a exatidão desta demonstração.
Toledo/Pr, 31/03/2015
97
Apêndice F - Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) 2º Trimestre de 2015
DATA HISTÓRICO SALDO ADIÇÕES EXCLUSÕES
30/06/2015 Resultado do Período Contábil 75.871,93-R$
ADIÇÕES -R$
EXCLUSÕES 439,57R$
Distribuição de Sobras 45,62R$
Desconto de Produtos 393,95R$
RESULTADO DO PERÍODO FISCAL 75.432,36-R$
Compensação de Prejuízos (30%) -R$
RESULTADO APÓS A COMPENSAÇÃO DE
PREJUÍZOS 75.432,36-R$
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (15%) -R$
(-) IRPJ pago mês anterior -R$
(-) IRPJ Retido na Fonte -R$
IRPJ A RECOLHER -R$
Adicional Federal (10%) -R$
IRPJ A RECOLHER EM DARF -R$
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (9%) -R$
(-) CSLL pago mês anterior -R$
(-) CSLL Retido na Fonte -R$
CSLL A RECOLHER EM DARF -R$
LALUR - LIVRO DE AJUSTE DO LUCRO REAL
Empresa: Empresa do Ramo de Comércio e Indústria de conffeções de cortinas e artigos para
decorações.
PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXECÍCIO
Reconhecemos a exatidão desta demonstração.
Toledo/Pr, 30/06/2015
98
Apêndice G - Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) 3º Trimestre de 2015
DATA HISTÓRICO SALDO ADIÇÕES EXCLUSÕES
30/09/2015 Resultado do Período Contábil 107.013,50-R$
ADIÇÕES -R$
EXCLUSÕES 502,50R$
Distribuição de Sobras -R$
Desconto de Produtos 502,50R$
RESULTADO DO PERÍODO FISCAL 106.511,00-R$
Compensação de Prejuízos (30%) -R$
RESULTADO APÓS A COMPENSAÇÃO DE
PREJUÍZOS 106.511,00-R$
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (15%) -R$
(-) IRPJ pago mês anterior -R$
(-) IRPJ Retido na Fonte -R$
IRPJ A RECOLHER -R$
Adicional Federal (10%) -R$
IRPJ A RECOLHER EM DARF -R$
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (9%) -R$
(-) CSLL pago mês anterior -R$
(-) CSLL Retido na Fonte -R$
CSLL A RECOLHER EM DARF -R$
LALUR - LIVRO DE AJUSTE DO LUCRO REAL
Empresa: Empresa do Ramo de Comércio e Indústria de conffeções de cortinas e artigos para
decorações.
PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXECÍCIO
Reconhecemos a exatidão desta demonstração.
Toledo/Pr, 30/09/2015
99
Apêndice H - Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) 4º Trimestre de 2015
DATA HISTÓRICO SALDO ADIÇÕES EXCLUSÕES
31/12/2015 Resultado do Período Contábil 16.287,44R$
ADIÇÕES -R$
EXCLUSÕES 436,70R$
Distribuição de Sobras -R$
Desconto de Produtos 436,70R$
RESULTADO DO PERÍODO FISCAL 15.850,74R$
Compensação de Prejuízos (30%) 4.886,23R$
RESULTADO APÓS A COMPENSAÇÃO DE
PREJUÍZOS 10.964,51R$
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (15%) 1.644,68R$
(-) IRPJ pago mês anterior -R$
(-) IRPJ Retido na Fonte -R$
IRPJ A RECOLHER 1.644,68R$
Adicional Federal (10%) -R$
IRPJ A RECOLHER EM DARF 1.644,68R$
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (9%) 986,81R$
(-) CSLL pago mês anterior -R$
(-) CSLL Retido na Fonte -R$
CSLL A RECOLHER EM DARF 986,81R$
LALUR - LIVRO DE AJUSTE DO LUCRO REAL
Empresa: Empresa do Ramo de Comércio e Indústria de conffeções de cortinas e artigos para
decorações.
PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXECÍCIO
Reconhecemos a exatidão desta demonstração.
Toledo/PR, 31/12/2015
100
Apêndice H - Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR). Parte B.
CONTA:
R$ D/C
30/03/2015 PREJUÍZO FISCAL APURADO NO TRIMESTRE 38.887,77-R$ -R$ 38.887,77-R$ D
30/06/2015 PREJUÍZOS ACUMULADOS 75.871,93-R$ -R$ 114.759,70-R$ D
30/09/2015 PREJUÍZOS ACUMULADOS 107.013,50-R$ -R$ 221.773,20-R$ D
31/12/2015 PREJUÍZOS UTILIZADOS 30% ANO -R$ 4.886,23R$ 226.659,43-R$ C
PARTE B - CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE EXERCÍCIOS FUTUROS
LALUR - LIVRO DE AJUSTE DO LUCRO REAL FOLHA Nº
PREJUÍZOS ACUMULADOS
CONTROLE DE VALORES DATA DO
LANÇAMENTO HISTÓRICO
DÉBITO CRÉDITO SALDO
101
ANEXOS
102
Anexo 1 – Relatório NCM 01/01/2015 a 31/01/2015
R$
Produto
NCM
PIS/COFI
NS
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
79.622,05
Total --> 4.045,23
Total de Saídas --> 79.622,05
Total de Reduções Z --> 0,00
Total de Serviços --> 0,00
Total Geral -->
Total --> 4.247,07
90003512
Total --> 5.632,00
90007406
Total --> 7.630,87
74199990
Total --> 6.323,00
76169900
Total --> 7.126,55
63031900
Total --> 13.429,32
63039200
Total --> 4.676,07
5808900
Total --> 10.943,07
6302100
Total --> 7.126,07
48142000
Total --> 8.442,80
52115200
Empresa: Empresa do Ramo de Comércio e Indústria de conffeções de cortinas e artigos
Relátorio NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul
Detalhamento por NCM de 01/01/2015 até 31/01/2015
39259000
103
Anexo 2 – Relatório NCM 01/02/2015 a 28/02/2015
R$
Produto
NCM
PIS/COFINS
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
21.362,00
39259000
Empresa: Empresa do Ramo de Comércio e Indústria de conffeções de cortinas e artigos
para decorações.
19.597,11
76169900
69.441,11
12.362,00
63031900
52082300
Total de Saídas -->
Total de Reduções Z -->
0,00
16.120,00Total -->
Total Geral -->
69.441,11
0,00
Detalhamento por NCM de 01/02/2015 até 28/02/2015
Total -->
Total -->
Total -->
Relátorio NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul
Total de Serviços -->
104
Anexo 3 – Relatório NCM 01/03/2015 a 31/03/2015
R$
Produto
NCM
PIS/COFI
NS
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Total de Saídas --> 80.336,94
Total de Reduções Z --> 0,00
Total de Serviços --> 0,00
Total Geral --> 80.336,94
90007960
Total --> 1.425,00
90007958
Total --> 4.563,00
90007959
Total --> 1.365,55
90007711
Total --> 3.035,61
90007957
Total --> 6.710,32
90003677
Total --> 5.362,00
90006308
Total --> 2.231,32
90003071
Total --> 5.623,23
90003322
Total --> 3.237,30
Total --> 3.083,30
76169900
Total --> 3.233,30
Total --> 4.523,00
63039900
Total --> 5.621,21
73042920
Total --> 7.563,58
63031900
Total --> 3.995,92
58089000
Total --> 5.643,23
63013000
Total --> 3.213,25
48183000
Total --> 3.445,30
57033000
Total --> 3.565,20
39174090
Total --> 2.896,32
39259000
Empresa: Empresa do Ramo de Comércio e Indústria de conffeções de cortinas e artigos
para decorações.
Relátorio NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul
Detalhamento por NCM de 01/03/2015 até 31/03/2015
36030000
105
Anexo 4 – Relatório NCM 01/04/2015 a 30/04/2015
R$
Produto
NCM
PIS/COFI
NS
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
90008428
Total de Reduções Z --> 0,00
Total de Serviços --> 0,00
Total Geral --> 54.004,05
Total de Saídas --> 54.004,05
90008430
4.015,40Total -->
Total --> 3.774,90
Total --> 3.276,00
Total --> 3.316,50
90008275
Total --> 3.260,00
90008276
Total --> 3.258,00
90008273
Total --> 3.630,25
90008274
Total --> 3.260,00
90008271
Total --> 3.630,50
90008272
Total --> 10.082,66
73042920
Total --> 3.242,37
76169900
Total --> 3.407,63
39259000
Total --> 5.849,84
63031900
Empresa: Empresa do Ramo de Comércio e Indústria de conffeções de cortinas e artigos
para decorações.
Relátorio NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul
Detalhamento por NCM de 01/04/2015 até 30/04/2015
39174090
106
Anexo 5 – Relatório NCM 01/05/2015 a 31/05/2015
R$
Produto
NCM
PIS/COFI
NS
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
45.236,15
Total de Saídas --> 45.236,15
Total de Reduções Z --> 0,00
Total de Serviços --> 0,00
Total Geral -->
Total --> 3.401,51
Total --> 3.450,56
90008477
Total --> 4.839,00
90008524
Total --> 4.563,58
90008435
Total --> 5.632,32
90008436
Total --> 3.159,90
76169900
Total --> 3.539,50
90006939
Total --> 7.326,46
63039900
Total --> 9.323,32
73042920
Empresa: Empresa do Ramo de Comércio e Indústria de conffeções de cortinas e artigos
para decorações.
Relátorio NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul
Detalhamento por NCM de 01/05/2015 até 30/05/2015
63031900
107
Anexo 6 – Relatório NCM 01/06/2015 a 30/06/2015
Anexo 7 – Relatório NCM 01/07/2015 a 31/07/2015
R$
Produto
NCM
PIS/COFI
NS
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
51.182,14
Total de Saídas --> 51.182,14
Total de Reduções Z --> 0,00
Total de Serviços --> 0,00
Total Geral -->
Total --> 11.798,32
76169900
Total --> 9.510,50
Total --> 16.248,00
63039900
Total --> 13.625,32
73021090
Empresa: Empresa do Ramo de Comércio e Indústria de conffeções de cortinas e artigos
para decorações.
Relátorio NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul
Detalhamento por NCM de 01/06/2015 até 30/06/2015
63031900
R$
Produto
NCM
PIS/COFI
NS
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Total de Reduções Z --> 0,00
Total de Serviços --> 0,00
Total Geral --> 42.527,83
Total --> 10.600,78
90008690
Total --> 10.236,37
Total de Saídas --> 42.527,83
Total --> 11.325,32
90001464
Total --> 10.365,36
90004572
Empresa: Empresa do Ramo de Comércio e Indústria de conffeções de cortinas e artigos
para decorações.
Relátorio NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul
Detalhamento por NCM de 01/07/2015 até 31/07/2015
63039900
108
Anexo 8 – Relatório NCM 01/08/2015 a 31/08/2015
R$
Produto
NCM
PIS/COFI
NS
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Total de Saídas --> 58.857,50
Total de Reduções Z --> 0,00
Total de Serviços --> 0,00
Total Geral --> 58.857,50
90008490
Total --> 1.532,46
90008661
Total --> 114,18
90008422
Total --> 1.252,29
90008483
Total --> 2.321,79
90005119
Total --> 653,30
90007773
Total --> 256,10
90001464
Total --> 5.643,30
90001761
Total --> 2.362,33
76169900
Total --> 2.364,30
82059900
Total --> 2.563,13
74199990
Total --> 215,32
76041029
Total --> 4.326,30
63031900
Total --> 15.000,00
63039900
Total --> 17.891,00
Total --> 188,20
Total --> 449,80
44121900
58089000
Total --> 48,00
39259000
Total --> 236,15
Total --> 896,23
39252000
Total --> 543,32
39252000
Empresa: Empresa do Ramo de Comércio e Indústria de conffeções de cortinas e artigos
para decorações.
Relátorio NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul
Detalhamento por NCM de 01/08/2015 até 31/08/2015
39174090
109
Anexo 9 – Relatório NCM 01/09/2015 a 30/09/2015
R$
Produto
NCM
PIS/COFI
NS
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Total de Reduções Z --> 0,00
Total de Serviços --> 0,00
Total Geral --> 63.638,42
Total --> 382,70
Total de Saídas --> 63.638,42
Total --> 1.365,32
90004173
Total --> 550,83
94049000
Total --> 128,00
76042100
Total --> 117,52
7616990
Total --> 254,70
74199990
Total --> 131,60
76041029
Total --> 1.586,10
63039900
Total --> 6.637,20
73043920
Total --> 1.720,25
63031200
Total --> 46.321,30
63039200
Total --> 315,00
57033000
Total --> 161,20
63023100
Total --> 189,40
52115100
Total --> 113,90
56039220
Total --> 89,40
39259000
Total --> 1.669,70
44219000
Total --> 234,60
39259000
Total --> 1.669,70
44219000
Empresa: Empresa do Ramo de Comércio e Indústria de conffeções de cortinas e artigos
para decorações.
Relátorio NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul
Detalhamento por NCM de 01/09/2015 até 30/09/2015
39174090
110
Anexo 10 – Relatório NCM 01/10/2015 a 31/10/2015
R$
Produto
NCM
PIS/COFI
NS
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
92.629,38
Total de Saídas --> 92.629,38
Total de Reduções Z --> 0,00
Total de Serviços --> 0,00
Total Geral -->
Total --> 95,00
94049000
Total --> 243,50
Total --> 2.378,90
83024900
Total --> 127,00
90003677
Total --> 2.402,60
63039900
Total --> 20.650,12
76169900
Total --> 4.318,60
63031200
Total --> 57.241,68
630339200
Total --> 330,00
52115100
Total --> 1.120,00
57033300
Total --> 487,00
48142000
Total --> 3.234,98
48183000
Empresa: Empresa do Ramo de Comércio e Indústria de conffeções de cortinas e artigos
para decorações.
Relátorio NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul
Detalhamento por NCM de 01/10/2015 até 31/10/2015
36253000
111
Anexo 11 – Relatório NCM 01/11/2015 a 30/11/2015
R$
Produto
NCM
PIS/COFI
NS
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada94049000
Total --> 1.037,30
Total de Reduções Z --> 0,00
Total de Serviços --> 0,00
Total Geral --> 91.009,25
Total --> 114,00
90009170
Total --> 1.692,00
Total de Saídas --> 91.009,25
Total --> 2.688,09
76169900
Total --> 3.705,95
90009125
Total --> 72.581,85
63039200
Total --> 805,16
63039900
Total --> 1.288,00
57033000
Total --> 3.099,00
63031200
Total --> 124,00
4814200
Total --> 2.840,00
4818300
Total --> 408,19
3925900
Total --> 625,71
4420100
Empresa: Empresa do Ramo de Comércio e Indústria de conffeções de cortinas e artigos
para decorações.
Relátorio NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul
Detalhamento por NCM de 01/11/2015 até 30/11/2015
39253000
112
Anexo 12 – Relatório NCM 01/12/2015 a 31/12/2015
R$
Produto
NCM
PIS/COFI
NS
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
Tributada
80.207,96
Total de Saídas --> 80.207,96
Total de Reduções Z --> 0,00
Total de Serviços --> 0,00
Total Geral -->
Total --> 371,94
94049000
Total --> 293,30
Total --> 13.741,83
76169900
Total --> 10.537,43
90009420
Total --> 48.660,87
63039200
Total --> 1.488,65
63039900
Total --> 990,00
63023100
Total --> 170,00
63031200
Total --> 1.070,00
44219000
Total --> 1.005,50
57033000
Total --> 1.515,64
39259000
Total --> 362,80
44201000
Empresa: Empresa do Ramo de Comércio e Indústria de conffeções de cortinas e artigos
para decorações.
Relátorio NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul
Detalhamento por NCM de 01/12/2015 até 31/12/2015
3925300