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INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DO HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS PÓS GRADUAÇÃO DE NEUROINTENSIVISMO ANÁLISE CRITICA DA SEDAÇÃO E ANALGESIA NO TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO GRAVE Dr. NÍCOLLAS NUNES RABELO SÃO PAULO, DEZEMBRO DE 2014.

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INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DO HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS

PÓS GRADUAÇÃO DE NEUROINTENSIVISMO

ANÁLISE CRITICA DA SEDAÇÃO E ANALGESIA NO TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO GRAVE

Dr. NÍCOLLAS NUNES RABELO

SÃO PAULO, DEZEMBRO DE 2014.

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REVISÃO *

Análise Critica da sedação e analgesia no Traumatismo crânio-encefálico grave

Nícollas Nunes Rabelo1, Fabio Santana Machado 2, Marcos Augusto Stávale Joaquim3

1. Graduação na Faculdade de Medicina de Paracatu - MG. Residente em Neurocirurgia

da Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto e Pós graduando em Neurointensivismo

pelo Hospital Sírio Libanês. São Paulo

2. Graduação em Medicina pela Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública (1992) e

doutorado em Patologia pela Universidade de São Paulo (2001), Coordenador da pós

graduação de Neuroitensivismo do Hospital Sirio Libanês.

3. Médico Neurocirurgião Doutor em Neurocirurgia pela Universidade de São Paulo,

Coordenador da pós graduação de Neuro-oncologia e de Neuroitensivismo do Hospital

Sirio Libanês.

* Recebido do serviço de Terapia intensiva da disciplina de neurointensivismo do Hospital Sírio Libanês.

Apresentado em: 04/12/2014 Aceito para publicação em: 05/02/2015 Endereço para correspondência: Av. Antonio Diederichsen, n190, Ap 193, Jardim América, cep: 14020250, Ribeirão Preto, SP. Pesquisa realizada no serviço deTerapia intensiva da disciplina de neurointensivismo do Hospital Sírio Libanês. Fone: (16) 981717605 E-mail: [email protected]

RESUMO INTRODUÇÃO/OBJETIVOS O traumatismo craniano é o principal determinante de morbidade, incapacidade e

mortalidade na população jovem. Sedativos e analgésicos são comumente usados em

pacientes com injúria cerebral com meta de reduzir a PIC, CMRO2 e FSC, preservando o

sistema de auto regulação e evitando hipotensão. O objetivo do trabalho é fazer uma

revisão a respeito do tema, relacionando as principais drogas, efeitos colaterais, custos,

propriedades ansiolíticas, anticonvulsivantes, correlacionando com complacência e

metabolismo cerebral.

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MATERIAL E MÉTODOS Revisão bibliográfica utilizando base de dados PubMEd, MEDLINE, EMBASE, Science

Direct, The Cochrane Detabase, Google Scolar, Clinical trials. Trabalhos selecionados do

período de 1958 a 2014. Totalizou-se 254 trabalhos, os quais foram selecionados 135

trabalhos, através de palavras-chaves, critérios de inclusão e exclusão.

DISCUSSÃO O volume encefálico se reduz devido deslocamento parcial do VSC para fora do crânio.

Os principais sedativos e analgésicos usados são: propofol, midazolam, etomidato,

ketamina, barbitúricos, dexedetomedina, morfina, fentanil, alfentanil, sulfenatil,

remifentanil. As injúrias cerebrais mais comuns que usam os sedativos além do TCE são:

Aneurisma cerebral, trauma raquimedular, hidrocefalia, tumor cerebral e MAV. Discute-se

algoritmo para sequência rápida de intubação e algoritmo para tratamento da hipertensão

intracraniana no TCE no tocante a sistematizar a terapêutica de sedação.

CONCLUSÃO Uma gama de agentes sedativos e analgésicos estão disponíveis para sedação. Cada

classe apresenta seus próprios efeitos positivos e negativos em pacientes no

neurotrauma. A análise correta das medicações de sedação e analgesia, sequência rápida

de intubação e manejo das medicações na hipertensão intracraniana, proporcionam um

manejo farmacológico correto na injúria cerebral.

PALAVRAS CHAVES: Sedação, analgesia, TCE grave, pressão de perfusão cerebral,

fluxo sanguíneo cerebral, injuria cerebral e hipertensão intracraniana

ABSTRACT INTRODUCTION / OBJECTIVES The head injury have director determinant of morbidity, disability and mortality in young

population. Sedatives and analgesics are commonly used in patients with brain injury with

a goal of retrieve a PIC, CMRO2 and FSC, preserving the cerebral regulation system and

self avoiding hypotension. The objective of this paper is to review about this topic, linking

the main drugs, side effects, costs, anxiolytic properties, anticonvulsants, correlating with

complacency and brain metabolism .

MATERIALS AND METHODS Literature review using PubMed data base, MEDLINE, EMBASE, Science Direct, The

Cochrane Detabase, Google Scolar, Clinical trials. Selected papers from 1958 to 2014. It

totaled 254 papers. Were selected 135 papers, through key-words, inclusion and exclusion

criteria.

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DISCUSSION The volume of the brain is reduced due dislocation of the VSC out of skull. The main

sedatives and analgesics are: propofol , midazolam, etomidate, ketamine, barbiturates,

dexedetomedina, morphine, fentanyl, alfentanil, sulfenatil, remifentanil. The others brain

injury are: cerebral aneurysm,cerebral injury, spinal cord injury, spinal cord injury,

hydrocephalus, brain tumor, MAV. Discusses algorithm for fast intubation sequence and

talgorithm of intracranial hypertension tretment regard the systematic sedation therapy .

CONCLUSION A range of sedatives and analgesics agents are available for sedation. Each class has its

own positive and negative effects pacientes neurotrauma. The correct analysis of sedation

and analgesia in neurotrauma, rapid sequence intubation and management of medications

in intracranial hypertension, provide right management in brain injury.

KEYWORDS: Sedation, analgesia, brain injury, cerebral perfusion pressure, cerebral

blood flow, brain injury and intracranial hypertension.

INTRODUÇÃO O trauma é a principal causa de morte em pessoas entre 1 e 44 anos. O traumatismo

crânio-encefálico (TCE) é o principal determinante de morbidade, incapacidade e

mortalidade dentro deste grupo. O TCE grave está associado a uma taxa de mortalidade

de 30% a 70%, e a recuperação dos sobreviventes é marcada por sequelas neurológicas

graves e por uma qualidade de vida muito prejudicada 1. Entende-se por TCE qualquer

agressão de ordem traumática que acarrete lesão anatômica ou comprometimento

funcional do couro cabeludo, crânio, meninges, encéfalo ou seus vasos. 2.

As lesões cerebrais e suas coberturas ocorrem em aproximadamente 200 por 100.000

pessoas por ano e respondem por 14 a 30 mortes por 100.000 pessoas por ano nos

Estados Unidos. A causa mais comum de TCE é por veículos, seguido de quedas da

própria altura (população pediátrica e geriátrica predomina nesse grupo) e por arma de

fogo. A incidência em homens é duas a três vezes maior que em mulheres, e a faixa etária

mais comum é dos 15 aos 24 anos, com um pico secundário após 65 anos de idade. A

gravidade do problema é complicada pelas sequelas comportamentais, mesmo em lesões

cranianas relativamente pequenas 3-4.

Sedativos e analgésicos são agentes comumente usados em pacientes criticamente

enfermos. O uso de sedativos em pacientes neurotraumas, tanto na sala de operação

quanto na unidade de terapia intensiva é extremamente importante saber quais os efeitos

que estas drogas ou combinações destas têm sobre o metabolismo cerebral e

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complacência intracraniana. Vasodilatação cerebral pode resultar em um aumento da

pressão intracraniana (PIC), consumo de oxigênio (CMRO2). Além disso, estes agentes

podem afetar a pressão de perfusão cerebral (PPC), já que muitos têm potentes efeitos

sobre a pressão arterial média (PAM). Outras preocupações que cercam o uso desses

agentes incluem: tempo para despertar após a interrupção e os efeitos sobre o resultado

do paciente. O custo também está se tornando um fator cada vez mais importante a

considerar na escolha da terapia medicamentosa. 5 Salienta-se que no trauma grave o paciente apresenta-se com riscos de hipotensão e

vasodilatação cerebral devido a injuria cerebral. A hipotensão reduz a pressão de

perfusão cerebral, resistência periférica e debito cardíaco. A autorregulação somente

mantêm-se em uma faixa de pressão arterial de 60-150mmHg. Valores diferentes a esse

começão a desencadear os mecanismos de inchaço cerebral e alteração da fisiologia

metabólica cerebral. A vasodilatação cerebral aumenta VSC, inchaço cerebral, aumenta

PIC e aumenta CMRO2. 6

Objetivo desse estudo é fazer uma revisão bibliográfica a respeito dos principais efeitos

da analgesia e sedação no TCE grave, relacionar as principais drogas e seus efeitos,

correlacionando com metabolismo e complacência cerebral. Propõe-se também,

algoritmos para sequência rápida de intubação no TCE e para Hipertensão intracraniana

no tocante a sistematizar a terapêutica de sedação.

METODOLOGIA Foi realizada revisão bibliográfica utilizando como base de dados o PubMed, MEDLINE,

EMBASE, Science Direct, the Cochran Database, Google Scholar, Clinical trails.

Trabalhos selecionados referente ao período de 1958 à 2014. Totalizou-se 254 trabalhos o

qual pelos critérios de exclusão foram selecionados 135. Também foi realizado pesquisa

manual em jornais e revistas médicas no tocante ao metabolismo encefálico no TCE

grave. Artigos com dados clínicos incompletos não foram incluídos no trabalho. Foi

excluído, também, os que versavam sobre abordagem do TCE, tipos e condutas

cirúrgicas da injuria cerebral.Os principais tópicos apurados são apresentados a seguir.

SEDAÇÃO E ANALGESIA O conhecimento do metabolismo encefálico é de suma importância para se conhecer os

mecanismos de proteção cerebral existentes no cérebro em vigência de injuria cerebral

aguda. O volume encefálico só se reduz, devido o deslocamento parcial do volume

sanguíneo cerebral (VSC) para fora do crânio, através de elevação da cabeceira (única

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medida para drenagem de sangue venoso), controle da pressão arterial média (PAM),

pressão de perfusão cerebral (PPC), drenagem do líquor, estimulacão de indutores de

vasoconstrição.

SEDAÇÃO E ANALGESIADROGA AÇÃO NEUROPROTEÇÃO VANTAGENS DOSE INDICAÇÃO EFEITO COLATERAIS

PROPOFOL (derivado fenol) Bloqueia canal de Na e potencializa receptores GABA

Reduz - FSC, CMRO2, PIC, PAM. Aumenta limiar convulsivo

Bom efeito no FSC, CMRO2 e PIC, rápida ação, boa penetração cerebral

Indução: 1-2.5 mg/kg, 0,5-1,5mg/kg em idosos ou baixa reserva cardiovascular. Manutençã:1,5-4,5 mg/kg/ hora

Agente indutor, hipotensão, sedação na injúria cerebral, refratariedade do controle da PIC, crises convulsivas refratarias

Hipotensão, pancreatite, aumento de enzimas hepáticas, contraindicado em alergias a ovo ou soja, aumento colesterol

MIDAZOLAM(imadobenzodiazepinico)

Receptor agonista GABA, agonista opioide Kappa, ativa canais de cloro

Reduz - FSC, CMRO2, PIC, PAM. Aumenta limiar convulsivo

meia vida menor do que benzodiazepinico, menos hipotensão do que barbitúrico e propofol

Indução: 0,1mg/kg Manutenção 0,01-0,2mg/kg/hora

Indução de anestesia em pacientes hipotensão em injuria cererebral

Acumulo de metabólico a longo prazo, redução de PAM,delirium, supressão do reflexo de tosse, taquifilaxia acima de 72h, síndrome de retirada

ETOMIDATO (Derivado imidazolico carboxilado)

Agonista receptor GABA

Reduz FSC, CMRO2, PIC, mantém ou aumenta a PIC, diminui limiar convulsivo

Bom efeito para FSC, CMRO2 e PIC, rápida ação

Indução:0,2-0,4mg/kg

Indução de anestesia , cuidado com a supressão adrenal

supressão adrenal, acidres metabólica, movimentos mioclonicos, náuseas e vomitos, dor ou injeção

KETAMINA (derivado feniclidina) Agonista de receptor competitivo NMDA, interage com receptor opioide e muscarinico (canal de Na)

Diminui glutamato Preserva PAM e PPC

Indução: 2mg/kg manutenção 50mcg/kg/min

Instabilidade hemodinamica

Aumenta PIC, epileptogenico, alucinógeno

BARBITÚRICO Inibe receptor AMPA e estimula receptor GABA

Reduz - FSC, CMRO2, PIC, PAM. Aumenta limiar convulsivo

Rápida ação, barato, bom FSC, CMRO2 e PIC

indução 2-5mg/kg Supressão de EEG 40mg/kg seguido de infusão 4-8mg/kg/h titulada no EEG

Indução de anestesia com cuidado para evitar hipotensão, Pic refrataria e epilepsia refratária

Acumulo de droga, hipotensão, gastroparesia, perda de tremoreslaão, imunossupressão, hipocalemia durante infusão, hipercalemia na emergencia, arritimogênico

DEXMEDETOMEDINA Agonista seletivo adrenérgico alfa 2

Reduz FSC e PIC Mínima depressão respiratória, redução do deliriam

Dose inicial: 1mcg/kg Infusão: 0,42-1mcg/kg/hora

Mantém sedação antes e depois da extração, manejo em agitação e deliriam

hipotensão, bradicardia, arritmia (fibrilação atrial), alto custo

MORFINA µ-agonista seletivo Aumento da PIC Baixo preço estabilidade hemodinamica, agente hipnótico, analgésico

0,05-0,1mg/kg/hr Longos períodos de analgesia

hipotensão bradicardia respiratória, depressão do reflexo de tosse, convulsão, rigidez, constipação, náuseas, prurido e espasmo esfíncter de oddie

FENTANIL µ-agonista seletivo aumenta FSC e CMRO2

Baixo preço estabilidade hemodinamica, agente hipnótico, analgésico

indução: 1-3mcg/kg Manutenção 0,5-2mcg/kg/h

Agente indutor e infusão continua

mesmo da morfina

ALFENTANIL µ-agonista seletivo aumenta FSC e CMRO2

estabilidade hemodinamica, agente hipnótico, analgésico

indução: 10-50 mcg/kg Manutenção 0,5-1 mcg/kg/h

Agente indutor mesmo da morfina

SULFENTANIL µ-agonista seletivo aumenta FSC e CMRO2

estabilidade hemodinamica, agente hipnótico, analgésico

indução: 4mcg/kg Agente indutor mesmo da morfina

REMIFENTANIL µ-agonista seletivo aumenta FSC e CMRO2

Rápido efeito, pouca nausea, estabilidade hemodinamica, agente hipnótico, analgésico

bolus: 1mcg/kg infusão: 0,0125-1mcg/kg/min

Agente indutor e infusão continua

mesmo da morfina

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TABELA 1 : Relação de drogas para analgesia e sedação e suas características

farmacológicas

cerebral (hipercapnia) e diminuição de pressões torácicas. Os mecanismos tem como

centro, a manutenção da autorregulação cerebral, redução do consumo cerebral

(CMRO2) e fluxo sanguíneo cerebral (FSC). 7-20

Agentes que levam a vasoconstricção cerebral são os benzodiazepínicos, etomidato,

propofol, lidocaína e barbitúricos (do menor para maior efeito). Podem-se comportar

diferentemente dependendo da dosagem aplicada. As medicações tem efeito de reduzem

LCR: Fentanil, alotando isoflurano, Pentobarbital, oxido nitroso. Aumentam LCR o

enflurano e quetamina. Reduzem a PIC o tiopental, etomidato, lidocaina,

benzodiazepinico, droperidol e narcoticos. Aumentam a PIC os Halotanos, queimada,

endoflurano, isoflurano. A tabela 1 mostra a relação de drogas para analgesia e sedação

e suas características farmacológicas 21-30

Sedação tem um grande efeito sobre o gasto de energia. Em doentes de pós-operatório,

um aumento na profundidade da sedação diminuiu progressivamente metabolismo. Há

redução no VO2 após a aplicação da dieta adequada em pacientes sedados. O objetivo

da hipotermia controlada com sedação e bloqueio neuromuscular (BNM) em pacientes

com TCE é o de reduzir a hipertensão intracraniana, evitando tosse, agitação contra o

ventilador e para eliminar tremores. 32-35

A desnutrição tem sido associada com aumento da morbidade e mortalidade e

prolongamento do tempo de permanência. Fornecer ingestão calórica ideal é importante,

especialmente em unidades de cuidados intensivos. Gasto energético de repouso (GER)

para pacientes com lesões no encéfalo foi estimada entre 40% e 200% superior ao de

uma pessoa não lesadas, esse gasto energético pode ser reduzida com sedações

adequadas. 36-40 Evidências sugerem que a infusão contínua de sedativos e opióides pode aumentar a

duração da ventilação mecânica (VM) e contribui para pneumonia associada a ventilação

mecânica e infecções da corrente sanguínea. Uma estratégia para evitar o acúmulo de

sedativos e opioides é a utilização de sedativos com interrupções diárias, bem como

tentativas de respiração espontânea para reduzir a duração da VM e tempo de

permanência hospitalar.41 - 50 O uso de protocolos de sedação provou ser eficaz com uma redução na duração da VM,

permanência hospitalar e utilização de medicamentos, mas tem sido limitado

principalmente para pacientes de UTI médica. Por isso, uma equipe multidisciplinar é

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necessária com o objetivo de desenvolver um protocolo de analgesia e sedação em uma

tentativa de padronizar o processo de manter os pacientes calmo e cooperativo.

Os bezodiazepinicos são depressores SNC, anticonvulsivantes e aumentam limiar

convulsivo, não são analgésicos. Estimula receptor GABA. Atuam na sedação, ansiólise, e

amnésia. A propriedade de relaxante muscular é via medula espinhal. Solúvel em lipídios

e penetra rapidamente a barreira hemato-encefálica. Curto início de ação, mínimos

efeitos cardiovasculares, contra-indicado em pacientes hipovolêmico. Associação de

opióides e benzodiazepínicos fazem sinergia em situações que necessita uma sedação

vigorosa. Se houver elevada pressão ventricular esquerda, a associação diazepam e

midazolam tem "efeito de nitroglicerina", reduzindo a pressão arterial e aumentando

︎debito cardíaco. No neurotrauma as dorgas podem diminuir o FSC e CMRO2 ,PIC e VSC.

Existe um efeito máximo de plateau, devido a saturação dos receptores. O midazolam

reduz a alfa-atividade, um aumento na teta-delta-atividade e atividade beta de baixa

tensão no EEG. Midazolam é incapaz de produzir um padrão surto supressão no EEG.

Não afeta respostas no potencial evocado somatossensorial. Midazolam proporciona

maior proteção contra a hipóxia do que diazepam. O flumazenil diminui a PAM, aumento

da PIC, mas pouco efeito sobre CMRO2.60-67

Os opióides tem propriedades semelhantes às da morfina. Cada receptor possui uma

função. O receptor sigma esta relacionado com disforia, alucinações, estimulação

respiratória. O µ1 relaciona-se com analgesia, bradicardia e rentênção urinaria. Ja o µ2 é

responsável por analgesia, depressão respiratória, dependência física e constipação.

Receptor Kappa relaciona-se com analgesia, disforia e sedação. Por ultimo o receptor

DELTA é responsávelel pela analgesia, depressão respiratória, dependência física e

retenção urinaria. Os agonistas como petidina (meperidina) e o fentanil causam menos

hipomotilidade gástrica, espasmo biliar e tem pouco efeito no padrão respiratório. Os

sintéticos (fentanil) tem elevada solubilidade lipídica e rápido início de ação, sem prejuízo

cardiovascular. Meperidina aumenta a frequência cardíaca. Morfina, fentanil, sufentanil,

alfentanil, remifentanil causam bradicardia vago-mediada. Meperidina e morfina são

indutores de histamina, levando uma diminuição da pressão arterial, resistência vascular

sistêmica e broncoespasmo. Os opioides levam a rigidez da parede torácica, aumento do

tônus muscular progressivo mediado pelos receptores µ nos músculos supraespinais no

núcleo da rafe e na ponte. Proporciona esvaziamento gástrico mais lento, reduzindo o

peristaltismo e espasmo biliar. Reduz CMRO2, fluxo cerebral, e PIC, diminui a PAM e

PPC. Sufentanil, alfentanil e fentanil em HIC tem aumento transitório da PIC, após pico de

5 minutos, retornando ao normal em 15minutos. Esse aumento transitório da PIC pode

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levar rigidez muscular induzida por opióides e liberação de histamina. Remifentanil tem

poucos estudos, não tendo efeitos signifi︎cantes na PIC, sem alteração na dinâmica

metabólica cerebral com despertar rápido. 68-72

Os Barbitúricos tem propriedades anticonvulsivas e de depressão do SNC. A ativação dos

receptores GABA e inibição de receptores de AMPA excitatórios. Tiopental ou

pentobarbital, atua diminuindo a PIC, epilepsia refratária e proteção isquemia. São

lipofílicos, metabolizados no fígado pelo Citocromo P450. Possui curta duração e rápida

distribuição em gordura. Monitoramento do EEG constante é necessário até existir o

padrão de surto supressão em EEG.73-80

O Propofol possui elevada solubilidade lipídica, rápido início da ação, meia vida curta de

2-8 minutos. Promove profunda diminuição da PAM, queda na resistência vascular

sistêmica, contratilidade cardíaca, depressor da respiração profunda. Diminui CMRO2,

FSC, e PIC em pacientes com injuria cerebral. Diminui a libertação de L-aspartato e L-

glutamato, uma capacidade antioxidante do plasma do propofol em pacientes de

neurocirurgia. O Diprivan contém EDTA como conservante, enquanto o produto genérico

utiliza sul︎fetos. O EDTA é um quelante de calcio o qual é neuroprotetor em combinação

com o propofol. 81-91

Etomidato tem mesmo comportamento do metabolismo cerebral do que os barbitúricos,

ao contrario destes, o etomidato pouco altera o metabolismo cardiovascular. É lipofílico,

com penetração rápida no cérebro e outros tecidos. A droga é metabolizada no sangue e

fígado e excretados na urina (75%), fezes (13%), e biliar (10%). Efeito mínimo sobre a

ventilação. A medicação reduz a produção endógena de cortisol. Suplementação de

vitamina C restaura os níveis de cortisol. Incidência de mioclonia associada a indução.

Tem fraca solubilidade em água, resultante da utilização de um veículo de propileno glicol

que leva a hiperosmolaridade, hemólise intravascular, insuficiência renal, acidose e

acumulação de lactato. Há registros de complicações como tromboflebite, flebite e dor à

injeção. O efeito no EEG é igual a do tiopental. Prolonga a sobrevivência durante hipoxia

ou isquemia. Níveis de glicina e glutamato foram reduzidos no grupo tratado com

etomidato. 92-95

Ketamina Interage com receptor N-metil-D-aspartato (NMDA), podendo mediar efeitos

análogos a analgesia, inibição do corno dorsal. Medicação com ação sedativo, amnesia e

propriedades analgésicas. Aumenta frequência cardíaca, PAM, aumentos da pressão

arterial pulmonar, o trabalho do miocárdio e consumo de oxigênio do miocárdio e potente

broncodilatador. A ketamina aumenta CMRO2, FSC e PIC. Esse aumento pode ser

bloqueado pela administração de tiopental ou diazepam, combinações pode ser uma

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opção em pacientes com TCE. Associação de midazolam e ketamina proporciona

pequenos aumentos no FSC, PIC e CMRO2, o propofol proporciona nenhum aumento. A

ketamina também pode diminuir o limiar convulsivo. 96-100

Os neurolépticos são de grande importância para controle da sedação, analgesia e

ansiólise. O haloperidol é ampla ligação às proteínas (> 90%), metabolização hepática por

glucuronidação, indutores de arritmias ventriculares (isto é, Torsades de Pointes),

aumenta iQT, reduções na relação entre FSC, CMRO2 e PIC. A clonidina e

dexmedetomidina tem efeitos neuroprotetores na isquemia cerebral. 101-104

Os Halotanos tem efeito vasodilatador amenizado quando associa anestésicos

intravenosos que causem vasoconstricção cerebral. 105

O Isoflurano o aumenta o FSC é menor que halotano. Os barbitúricos reduzem a

resistência periferia total, diminuindo a pressão arterial, consequentemente também,

diminuem também o FSC e o CMRO2, e PIC, podendo deprimir a atividade elétrica,e

isquêmica. 106

A lidocaína (1 mg/kg) reduz a PIC e o reflexo de intubação traqueal. Reduz o CMRO2 e o

FSC, entretanto em doses maiores, ela se torna tóxica e causa crises convulsivas

aumentando muito o FSC e o CMRO2.107 Os bloqueadores neuromusculares é usado durante a ventilação mecânica em pacientes

com insuficiência respiratória grave e no tratamento de pacientes com hipertensão

intracraniana. Usar somente após sedação e analgesia adequada. O pancurônio é curare

preferencial para pacientes com função renal, hepática e cardíaca normais e estabilidade

hemodinamica. O vecurônio deve ser reservado para pacientes com doença cardíaca ou

instabilidade hemodinâmica, em que a taquicardia possa ser deletéria. Para se evitar

taquicardia, pode-se utilizar vecurônio para dose de ataque e pancurônio para

manutenção. Atracúrio deve ser reservado para pacientes com insuficiência renal

(ClCr<10ml/min), e insuficiencia hepática. (custo de 30X maior que o pancuronio). Forte

associação com corticite. deve ser monitorizado o bloqueio com Train-of -Four (TOF). A

profilaxia deve ser ajustada para TVP de alto risco. Em pacientes curarizados, os únicos

sinais de sedação inadequada pode ser hipertensao, taquicardia, sudorese,

lacrimiejamento e midríase. Nos casos que cursam com hipertensão intracraniana grave,

pode-se decidir ainda pela utilização de bloqueadores neuromusculares. Neste caso,

estão indicados os não despolarizantes, de preferência os com menor ação

hemodinâmica, como o vecurônio (ataque 0,06 a 0,08 mg/kg, manutenção 0,02 a 0,03

mg/kg/hora) ou atracúrio (ataque 0,3 a 0,5 mg/kg, manutenção 0,2 a 1 mg/kg/hora),

embora outros agentes possam ser utilizados, como o pancurônio (ataque 0,06 a 0,08 mg/

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kg, manutenção 0,02 a 0,03 mg/kg/hora). Quando da utilização de bloqueadores

neuromusculares, deve-se monitorizar o EEG, para se afastar estados convulsivos, assim

como sempre que possível monitorar o seu uso através de um estimulador de nervos

periféricos.107

Legenda: 0 (sem contribuição), + (aumenta), ++ (muito aumento), - (diminuição), - - (muita redução)

TABELA 2: Relação de medicamentos mais usadas para sedação e analgesia e os

efeitos no metabolismo cerebral.

O oxido nítrico (N2O), usado para diminuir o consumo do agente hipnótico intravenoso e

favorece o despertar do paciente após a cirurgia, eleva discretamente o FSC compromete

complacência cerebral e potencializa o aumento causado pelos agentes halogenados.

108-109

As dosagens e associações podem gerar efeitos próprios. O Tiopental é a droga que mais

reduz o CMRO2, até 50% do FSC. O fentanil acima de 200mcg/kg aumenta o CMRO2,

VSC, PaCO2 e é epileptogênico. O etomidato em epilépticos pode gerar crises. A

associação Etomidato e Fentanil forma espículas ondas no EEG, podendo aumentar as

crises convulsivas. OS Halogenados reduzem o CMRO2 e aumentam FSC,

vasodilatação aumenta o VSC e a PIC, o que pode reduzir a PPC. A associação Propofol

e Midazolam são benéficos na hemodinâmica cerebral, PIC e PCC. O propofol pode levar

hipertrigliciridemia. Quando necessário hipotensão para reduzir o sangramento o tiopental

ou isoflurano diminuem a resistência periférica total e a pressão arterial. As medicações

fentanil, morfina, sufentanil, ketamina e sulfenatanil, aumentam a PIC, diminui PAM,

diminui PPC. A Ketamina e sulfentanil não possuem efeitos na PAM. Fenobarbital e

etomidato diminuem a PIC. Propofol e morfina diminuem sinergicamente a PIC. Propofol e

midazolam apresenta boa associação. Drogas como bloqueadores dos canais de cálcio,

antifúngicos triazolicos, e eritromicina inibem o metabolismo do midazolam. Na tabela 2

DROGA PIC PPC CMRO2 FSC PAM AÇÃO EPILÉPTICA

PREVENÇÃO PIC SEDAÇÃO ANALGESIA

MORFINA igual ou + igual ou - igual 0 - 0 + + +++

BENZODIAZEPINICO igual ou + igual ou - igual Igual ou - - + + +++ +

PROPOFOL igual ou - - igual ou - - igual ou - - - - + + +++ ++

BARBITÚRICO - - igual ou - - - - - - + + +++ -

ETOMIDATO igual ou - igual - - 0 0 + +++ -

CURARE igual ou - igual 0 0 0 0 + + +

KETAMINA igual ou + igual igual ++ - 0 + + +

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esta relacionado as principais drogas usadas na sedação e analgesia no trauma e suas

relações com a dinâmica e metabolismo cerebral. 110

ESCOLHA DO FÁRMACO PARA INDUÇÃO PARA CADA INJÚRIA Na neuroanestesia não basta preencher os requisitos básicos necessários como

analgesia, hipnose, proteção neurovegetativas e relaxamento muscular, deve-se analisar

cuidadosamente cada doença.111-112

No aneurisma cerebral, pode ocorrer isquemia pelo vasoespasmo devendo-se ter cuidado

com hipotensão. Quando a autorregulação estiver comprometida vai existir dificuldades

em reduzir o VSC com hipoacusia. Se for necessário oclusão temporária arterial, são

necessárias medidas de proteção cerebral. se não forem clicados todos aneurismas deve

ter cuidado com hipertensão arterial. 100

No tumor cerebral, as ressecções podem ter alterações cardiovasculares, respiratórias e

nível de consciência. Quando área peritumoral extensa, com edema ou autorregulação

comprometida, pode haver dificuldade na redução do volume encefálico por meio de

manobras anestésicas. O sangramento no leito tumoral após a sua ressecção, é preciso

regime de hipotensão leve no pós operatório imediato. 113

Se a PIC estiver elevada, podem ocorrer alterações cardiovasculares no momento da

descompressão.114

Trauma cranioencefálico quanto pior o glasglow mais chance de haver pouca reatividade

vascular.114

No trauma raquimedular pode ocorrer dificuldade ventilatória devido a falta de movimento

da musculatura torácica, indicando intubação traqueal imediata e assistência ventilatória

para evitar hipoxemia. A lesão simpática no nível medular alto exacerba a atividade

parassimpática e no momento da intubação traqueal, pode ocorrer bradicardia reflexa e

parada cardíaca. A vasoplegia periférica total, decorrente da lesão simpática, causando

hipotensão arterial importante. Nessa situação a hipotensão deve ser corrigida com

infusão de volume associada a drogas vasopressores de maneira titulada, e deve-se

evitar o uso de anestésicos que causem depressão do sistema cardiovasculares.

Com excessão de queimada, as drogas intravenosas reduzem o FSC e o CMRO2, sendo

esta uma boa indicação para pacientes com PIC elevada, pois reduzem VSC. Por outro

lado a escolha técnica anestésica totalmente intravenosa pode dificultar o despertar

precoce do paciente dificultando a avaliação neurológica. 115-117

Ressecção de MAV produz uma redução no sangramento no leito onde se encontrava a

MAV, isso é obtido através de hipotensão arterial. A ressecção faz com que o fluxo

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sanguíneo que antes passava pela MAV, passa a passar pelos vasos patológicos que

não possuem autorregulação efetiva. Essa maior oferta, aumenta o fluxo dos vasos

patológicos e poderá ter quebra de barreira encefálica e inchaço cerebral e aumento da

PIC. Nessa situação o barbitúrico está bem indicado, ate que ele possa despertar sem

hipertensão e sangramento. O coma barbiturico reduzirá o consumo de oxigênio do

crérebro e contrairá os vasos cerebrais não patológicos, reduzindo a PIC. O barbitúrico

em grande dosagem (4-5 gramas/ 24 horas), deprimirá o sistema cardiovascular

reduzindo o débito cardíaco e resistência periferia total, causando hipotensão arterial.118

Após oclusão arterial temporária arterial cerebral por tempo prolongado, com uso de

hipotermia, o paciente pode apresentar dificuldade ventilatória no período pós operatório

imediato. Essa dificuldade pode ser causada pela lesão isquemia devido à oclusão arterial

temporária ou a alterações metabólicas inerentes à hipotermia, desidratação e uso de

anestésico de grande quantidade.118

Tumores em região de hipotálamo, tronco e bulbo, próximos a pares cranianos baixos,

costumam ter problemas cardiorespiratórios no pós operatório imediato.

Paciente com doença pulmonar prévia, obesos, com dificuldade ventilatória e pacientes

com múltiplas doenças associadas que aumentam a morbidade pós operatória, devem ser

mantidos intubados. Deve-se escolher medicamentos que tenha rápida metabolização e

eliminação, como propofol, etomidato e analgésicos de curta duração.118

SEDAÇÃO IDEIAL PARA PACIENTE NEUROCRÍTICO É necessário que as medicações para sedação ideal no paciente neurocrítico tenham

Início e término rápido, previsivibilidade de ação a órgãos-alvo, facilmente titulada, capaz

de reduzir a PIC pela redução do volume sanguíneo ou vasoconstrição cerebral, reduzir

FSC e CMRO2 mas manter o acoplamento FSC/ CMRO2, manter a auto-regulação

cerebral, permitir reatividade vascular cerebral as variações da PaCO2, mínimas

depressões cardiovasculares, recuperação do tecido cerebral e evitar danos neuronais

secundários, permitir avaliação neurológica, limitar a resposta ao estresse a doença

crítica, proteger o cérebro durante a isquemia pela depressão metabólica, atenuar a

liberação de catecolaminas induzida por isquemia, aumentando a resistência vascular de

áreas não isquêmicas, aumento de glicose no plasma pela inibição a2-adrenérgicos da

insulina. É necessário que essas as drogas possam ser monitorizadas através do uso de

capnógrafo, PIC, PAM, PPC, doppler transcraniano. O nível de sedação e adaptação ao

ventilador pode ser monitorizada por parâmetros clínicos como escalas SAS, RASS,

RANSEM E GRASGOW. O uso do BIS tem sido de grande valia no tocante a

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monitorização da sedação, uma vez que codifica os tarçados de EEG em valores digitais

variando de 0 a 100. o qual entre 90-100 o paciente esta acordado e entre 45-60 esta

anestesiado adequadamente.119-120

A Farmacocinética das medicações depende da absorção, distribuição, metabolismo ou

de biotransformação, e excreção das drogas. Na injúria cerebral o rompimento da barreira

hemato-encefálica e mudanças na proteína de ligação podem alterar a farmacocinética.

Órgãos perfundidos recebem desproporcionalmente grande quantidade da droga do que

os órgãos mal perfundidos. A Eliminação de drogas ocorre em duas fases. A primeira fase

ocorre através de reações de oxidação e redução, citocromo P-450, e hidroreações líticas.

A segunda fase é através de reacções de conjugação a droga ou do seu metabolito com

um substrato endógeno, tais como o ácido d-glucorônico. As drogas passam as

membranas biológiacas. O rim é principal excretor.119-121

Um estudo avaliou que a intubação pré hospitalar pode aumentar a mortalidade.

Mortalidade dos pacientes intubados na cena do trauma foi de 93% em comparação com

os 67% de mortalidade nos que foram intubados no hospital. Esta estatística persiste

mesmo quando é ajustado para idade, escore de glasgow, lesões associadas e mencamis

de lesão. A mortalidade aumentada no pré hospitalar deve-se ao menor preparo dos

profissionais no tocante ao procedimento de sequencia rápida de intubação e a frequência

maior de pacientes mais graves no pre hospitalar. O viés desse estudo é o viés de

seleção dos pacientes uma vez que pacientes da cena acabam sendo piores. 118-119

A ação anticonvulsivante dos sedativos é bastante usado na pratica clinica. Os fatores de

risco para convulsão pós traumática precoce são: Glasgow abaixo de 10, contusão,

hematoma subdural ou epidural, lesão penetrante, convulsão nas primeiras 24horas. Os

que melhor atuam são barbitúricos, propofol e benzodiazepinicos. A prevenção precoce

de convulsão não diminui epilepsia tardia pós trauma. A fenitoína e a carbamazepina são

muito eficazes também na prevenção de convusão pós trauma precoce. 121-125

É comum pacientes neurocríticos apresentarem distúrbios autonômicos e os sedativos e

analgésicos e também os neurolépticos podem corroborar no tratamento. Com as

medicações evita-se a hipertensão, taquicardia, taquipnéia, hipertermia, sudorese

desencadeado pelos distúrbios autonômicos e seus efeitos para o sistema nervoso

central. 126

Discute-se a sedação não farmacológica para contribuir com o tratamento. Envolve

relação família/paciente/equipe. Diminuição do volume de aparelhos de monitoramento,

mobilização ativa e passiva do paciente, respeito pelo ciclo circadiano, família presente e

até mesmo uso de musicas preferidas do paciente.127

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A reversão de dorogas ocorre com frequência dos pacientes neurocriticos. Bloqueadores

Neuromusculares são revertidos com prostigmina (0,25 a 0,35 mg/kg) e atropina (20 µg/

kg), o qual podem aumentar a PIC. O Flumazenil ( 0,1- 0,4 mg/kg) usado para reverter os

benzodiazepinicos podem levar a taquicardia, hipertensão, aumento o CMRO2. O

naloxone (0,4-2 mg) para reversão dos opioides ocorre mesmo que o flumazenil. Os

benzodizepínicos pode ocorrer midríase bilateral reativa. O tratamento usa-se morfina ou

metadona ou clonidina associada ao tratamento com ansiolíticos e sedativos. 128-133

Atividade Neuronal e apoptose são estimulados por atividade elétrica do cérebro sobre os

receptores NMDA por duas vias dependendo da posição do receptor na célula. Os

sinápticos são neuroprotetores, relacionados com a atividade neuronal. Os NMDA

extrasinápticos estão relacionados com a morte celular, ou seja, redução da atividade

neuronal e diminuição da PPC e baixa PAM. A Sedação profunda reduz a atividade

neuronal, a perda de neurônios e comprometimento neurológico funcional. O reparo

tecidual após lesão cerebral aguda ocorre quando há mecanismos de ativação do

desenvolvimento cerebral. A privação da atividade neural com anticonvulsivantes, também

tiveram efeitos adversos após a lesão cerebral com estimulação de receptores

extrassinápticos. O pré-tratamento com midazolam ou o isoflurano pode levar à morte

celular e piorar os resultados em ratos com lesões cerebrais agudamente. 134-135

CONCLUSÃO Uma gama de agentes sedativos e analgésicos estão disponíveis para sedação. Cada

classe apresenta seus próprios efeitos positivos e negativos em pacientes neurotraumas

criticamente enfermos. Existem poucos estudos, os quais limitam-se a ensaios realizados

durante procedimentos neurocirúrgicos eletivos ou em voluntários saudáveis em que o

metabolismo cerebral funciona em limares fisiológicos, portanto os dados devem ser

aplicados de forma cautelosa em paciente neurocrítico. A preferência por determinados

agentes deve ser baseada em um conhecimento profundo dos efeitos sobre o

metabolismo cerebral e elastância intracraniana. A medicação ideial é aquela que

acumule menos LCR, aumente menos o VSC e FSC, aumente PPC, diminua a PIC, sem

diminuir muito a PAM. Evitar o uso dos inalatórios halogenados uma vez que vasodilatam

o cérebro piorando a hemodinâmica encefálica. Preferir os sedativos endovenosos. A

meta para o uso desses agentes é otimizar o atendimento de pacientes criticamente

enfermos no neurotrauma sem afetar a capacidade de avaliar o paciente clinicamente, a

fim de, limitar o dano neuronal secundária devido à dor agitação e sedação. A análise

correta das medicações de sedação e analgesia no neurotrauma, sequência rápida de

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intubação e manejo das medicações na hipertensão intracraniana, proporcionam um

manejo correto na injúria cerebral.

SEQUÊNCIA DE INTUBAÇÃO RÁPIDA

Figura 1: Algorítimo de intubação na sala de urgência

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FIGURA 2: Algorítimo para tratamento de pacientes com HIC na sala de emergência

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