anÁlise da qualidade do serviÇo prestado pela...
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ANÁLISE DA QUALIDADE DO SERVIÇO PRESTADO PELA DISTRIBUIDORA
LIGHT EM SUA ÁREA DE CONCESSÃO
Tauã Ruiz
Projeto de Graduação apresentado ao Curso de
Engenharia Elétrica da Escola Politécnica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte
dos requisitos necessários à obtenção do título de
Engenheiro Eletricista.
Orientador: Walter Issamu Suemitsu
Rio de Janeiro
Março de 2019
ii
ANÁLISE DA QUALIDADE DO SERVIÇO PRESTADO PELA DISTRIBUIDORA
LIGHT EM SUA ÁREA DE CONCESSÃO
Tauã Ruiz
PROJETO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE
ENGENHARIA ELÉTRICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS
PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO ELETRICISTA.
Examinado por:
Prof. Walter Issamu Suemitsu, Dr.Ing.
Prof. Heloi José Fernandes Moreira, D.Sc.
Prof. Sergio Sami Hazan, Ph.D.
RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL
MARÇO DE 2019
iii
Ruiz, Tauã
Análise da qualidade do serviço prestado pela
distribuidora Light em sua área de concessão/ Tauã Ruiz -
Rio de Janeiro: UFRJ/ ESCOLA POLITÉCNICA, 2019.
XII, 45 f.
Orientador: Walter Issamu Suemitsu.
Trabalho de conclusão de curso (graduação) -
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica,
Bacharel em Engenharia Elétrica, 2019.
1.Indicadores de continuidade. 2. Interrupções. 3.
Energia Elétrica. 4. Qualidade. 5. Distribuidora. I. Issamu
Suemitsu, Walter, orient. II. Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Escola Politécnica,
Curso de Engenharia Elétrica. III. Título.
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Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica da UFRJ
como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro
Eletricista.
ANÁLISE DA QUALIDADE DO SERVIÇO PRESTADO PELA DISTRIBUIDORA
LIGHT EM SUA ÁREA DE CONCESSÃO
Tauã Ruiz
Março de 2019
Orientador: Walter Issamu Suemitsu.
Departamento de Engenharia Elétrica.
Os serviços prestados pelas distribuidoras de energia elétrica no Brasil são alvos de
constantes questionamentos em relação à qualidade e continuidade dos serviços, isto
devido ao fato que, os indicadores definidos como meta para as distribuidoras não
atendem as expectativas da população cada vez mais exigentes. As interrupções no
fornecimento de energia elétrica são frequentes e quase 70% das concessionárias
têm prejuízos com essas falhas, conforme estudo apresentado pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI, 2016). Sendo assim, esse projeto buscou avaliar, de uma
maneira geral, a qualidade do serviço prestado pela distribuidora Light em sua área
de concessão, por meio da avaliação dos indicadores de continuidade coletivos DEC
(Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequencia
Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), ao longo do período de 2014
a 2018.
Palavras-chave: Indicadores de continuidade, Interrupções, Energia Elétrica,
Qualidade, Distribuidora.
v
Summary of graduation project presented at UFRJ as part of the necessary
requirements to get the degree as electrical Engineer
ANALYSIS OF THE QUALITY OF THE SERVICE PROVIDED BY THE LIGHT
DISTRIBUTOR IN ITS CONCESSION AREA
Tauã Ruiz
March, 2019
Advisor: Walter Issamu Suemitsu.
Electrical Engineering Department
The services provided by electricity distributors in Brazil are constant targets of
questions regarding the quality and continuity of services, that due to the fact that the
indicators set as a goal for the distributors do not meet the expectations of increasingly
demanding. Electric power supply interruptions are almost 70% of companies with
losses with these failures, according to a study presented by the National
Confederation of Industry (CNI, 2016). Regarding that, his project sought to evaluate,
in a general way, the quality of the service provided by the distributor Light in its
concession area, through the evaluation of the collective continuity indicators DEC
(Equivalent Duration of Interruption per Consumer Unit) and FEC (Frequency
Equivalent Interruption per Consumer Unit) over the period from 2014 to 2018.
Key words: Continuity Indicators, Interruptions, Electric Power, Quality, distributor.
vi
AGRADECIMENTOS
A Deus, por sempre me dar forças para conquistar meus objetivos e me
abençoar em absolutamente todos os dias da minha vida.
Ao meus pais, Marco e Edilaine, por sempre me apoiarem e me darem motivos
para acreditar e mostrar o quanto sou capaz. Pelo constante carinho, por
proporcionarem uma vida confortável e por ter dedicado a vida ao meu
desenvolvimento e educação.
À minha filha Isabella e aos meus irmãos Yan e Yago, por serem minhas
motivações de todos os dias a ser uma pessoa melhor e determinada.
À Blenda, por ser minha companheira nos momentos mais difíceis da vida
acadêmica, sempre me apoiando e me ajudando em todos os aspectos, sendo um
grande anjo da guarda.
Aos amigos que a UFRJ me deu e que tiveram importante e decisivo papel em
algum momento dessa minha caminhada.
Por fim, a todo corpo docente do departamento de Engenharia Elétrica da
UFRJ, a quem agradeço enormemente por todo conhecimento adquirido.
vii
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................... 1
1.1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 1
1.2. PROPOSTA ............................................................................................................ 2
1.3. MOTIVAÇÃO .......................................................................................................... 2
1.4. OBJETIVOS DO ESTUDO ...................................................................................... 3
1.4.1 Objetivo Principal .......................................................................................... 3
1.4.2 Objetivos Secundários .................................................................................. 3
1.5 ORGANIZAÇÃO - DESCRIÇÃO DO TRABALHO ................................................... 3
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................... 5
2.1 QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA E OS MARCOS REGULATÓRIOS ........... 5
2.2 INDICADORES DE CONFIABILIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA
ELÉTRICA ....................................................................................................................... 10
2.2.1 Indicadores de continuidade....................................................................... 10
2.2.2 Indicadores individuais de continuidade - DIC, FIC, DMIC e DICRI .......... 11
2.2.3 Indicadores coletivos de continuidade – DEC e FEC ................................ 12
2.2.4 Indicadores internacionais de continuidade – SAIDI, SAIFI, CAIDI e CAIFI
14
2.2.5 Apuração dos Indicadores coletivos de continuidade – DEC e FEC ....... 16
3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ......................................................................... 19
4 ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................................... 21
4.1 EVOLUÇÃO DOS INDICADORES E LIMITES DE CONTINUIDADE GLOBAL ..... 21
4.2 ANÁLISE DOS INDICADORES EXPURGADOS .................................................. 24
4.3 EVOLUÇÃO DOS INDICADORES E LIMITES DE CONTINUIDADE POR
CONJUNTO CONSUMIDOR ........................................................................................... 30
4.3.1 Análises para o FEC .................................................................................... 31
4.3.2 Análises para o DEC .................................................................................... 33
5 CONCLUSÕES............................................................................................................ 40
5.1 CONCLUSÕES GERAIS ...................................................................................... 40
5.2 SUGESTÃO PARA TRABALHOS FUTUROS ....................................................... 41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 42
ANEXO I ............................................................................................................................. 46
ANEXO II ............................................................................................................................ 59
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Divisão dos módulos abordados pelo PRODIST e as subdivisões do Módulo 8.
Fonte: Elaboração própria baseado na ANEEL (2016f). ....................................................... 9
Figura 2 – Revisões aprovadas por audiências públicas conforme as Resoluções Normativas
da ANEEL. Fonte: ANEEL (2018b). ..................................................................................... 9
Figura 3 – Estratificação das interrupções de longa duração. ............................................ 17
Figura 4 – Método de consulta dos Indicadores Coletivos de Continuidade das Distribuidoras.
Fonte: ANEEL (2017a) ....................................................................................................... 19
Figura 5 – Mapa da Área de Concessão da Light. ............................................................. 20
Figura 6 - Situações Consideradas pela Regulamentação Vigente para Expurgo de
Indicadores Globais de Continuidade. ................................................................................ 24
ix
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Histórico de Apuração e Limites de DEC e FEC para o Período 2014 a 2018. . 22
Gráfico 2 - Histórico de Apuração e Expurgo do FEC para o Período 2014 a 2018. .......... 22
Gráfico 3 - Histórico de Apuração e Expurgo do DEC para o Período 2014 a 2018. .......... 23
Gráfico 4 - Histórico de Parcelas Expurgáveis para o Período 2014 a 2018. ..................... 25
Gráfico 5 - Conjuntos com Maiores Influências no FEC Expurgado 2018. ......................... 29
Gráfico 6 - Conjuntos com Maiores Influências no DEC Expurgado 2018. ......................... 30
Gráfico 7 – Relação entre o FEC Apurado de 2018 e o FEC Limite de 2022 por Conjunto
Consumidor. ...................................................................................................................... 31
Gráfico 8 – Relação entre o DEC Apurado de 2018 e o DEC Limite de 2022 por Conjunto
Consumidor. ...................................................................................................................... 34
Gráfico 9: Relação entre Número de Consumidores e CHI Calculado. .............................. 60
x
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Conjuntos Cujos Desempenhos de 2018 Situam-se entre 40% e 70% Superiores
aos Limites de FEC de 2022. ............................................................................................. 32
Tabela 2 – Conjuntos Cujos Desempenhos de 2018 Situam-se entre 70% e 100% Superiores
aos Limites de FEC de 2022. ............................................................................................. 32
Tabela 3 – Conjuntos Cujos Desempenhos de 2018 Situam-se Mais de 100% Superiores aos
Limites de FEC de 2022. .................................................................................................... 33
Tabela 4 – Conjuntos Cujos Desempenhos de 2018 Situam-se entre 40% e 70% Superiores
aos Limites de DEC de 2022. ............................................................................................. 35
Tabela 5 – Conjuntos Cujos Desempenhos de 2018 Situam-se entre 70% e 100% Superiores
aos Limites de DEC de 2022. ............................................................................................. 35
Tabela 6 – Conjuntos Cujos Desempenhos de 2018 Situam-se Mais de 100% Superiores aos
Limites de DEC de 2022. ................................................................................................... 36
Tabela 7 – Ranking dos Conjuntos com Piores Performances de FEC – Média 2014 – 2018.
.......................................................................................................................................... 37
Tabela 8 – Ranking dos Conjuntos com Piores Performances de FEC – 2018. ................. 38
Tabela 9 – Ranking dos Conjuntos com Piores Performances de DEC – Média 2014 – 2018.
.......................................................................................................................................... 38
Tabela 10 – Ranking dos Conjuntos com Piores Performances de DEC – 2018. ............... 39
Tabela 11 – Indicadores de Continuidade da LIGHT .......................................................... 46
Tabela 12 – Sigla e Descrição dos Indicadores Apurados ................................................. 46
Tabela 13 – Indicadores de Continuidade por Conjunto da LIGHT - Ano (2014) ................ 47
Tabela 14 – Indicadores de Continuidade por Conjunto da LIGHT - Ano (2015) ................ 49
Tabela 15 – Indicadores de Continuidade por Conjunto da LIGHT - Ano (2016) ................ 52
Tabela 16 – Indicadores de Continuidade por Conjunto da LIGHT - Ano (2017) ................ 54
Tabela 17 – Indicadores de Continuidade por Conjunto da LIGHT - Ano (2018) ................ 56
Tabela 18: Cálculo do CHI por empresa. ........................................................................... 60
Tabela 19: Cálculo do CHI por Cluster. .............................................................................. 61
Tabela 20: CHI Médio por Cluster. ..................................................................................... 61
Tabela 21: Referência para Concessionárias de Pequeno Porte. ...................................... 62
xi
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Casos de Expurgos pelo Critério do CHI. ......................................................... 26
Quadro 2 - Casos de Expurgos pelo Despacho N° 459/18 ................................................. 27
xii
SIGLAS E ABREVIATURAS
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
AP Audiência Pública
BDGD Base de Dados Geográfica da Distribuidora
BT Baixa Tensão de Distribuição
CAIDI Customer Average Interruption Durantion Index (Índice de duração média da interrupção do consumidor)
CAIFI Customer Average Frequancy Index (Índice de frequencia média da interrupção do consumidor)
DEC Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora
DIC Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora
DICRI Duração da Interrupção Individual Ocorrida em Dia Crítico por Unidade Consumidora
DMIC Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade Consumidora
DNAEE Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica
e-SIC Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão
FEC Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora
FIC Frequência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora
IEEE Institute of Eletrical and Eletronic Engineers (Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos)
MT Média Tensão de Distribuição
PRODIST Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico
QEE Qualidade da Energia Elétrica
SAIDI System Average Interruption Durantion Index (Índice de duração da interrupção média do sistema)
SAIFI System Average Interruption Frequencyn Index (Índice de frequencia da interrupção média do sistema)
SIN Sistema Interligado Nacional
UC Unidades Consumidoras
1
1 INTRODUÇÃO
1.1. APRESENTAÇÃO
Com o avanço dos grandes sistemas elétricos de potência, que visam,
sobretudo, fornecer energia elétrica aos mais variados consumidores, sejam eles
residenciais ou empresariais surgiu a necessidade de estabelecer uma legislação de
qualidade e confiabilidade na distribuição de energia a estes consumidores.
O fornecimento de energia elétrica deve seguir parâmetros de qualidade do
serviço e parâmetros de qualidade do produto. A junção destes dois conceitos permite
entender a responsabilidade das empresas do setor elétrico perante seus clientes.
A qualidade do serviço está atrelada diretamente à confiabilidade e
continuidade do fornecimento e pode ser afetada por fatores climáticos, falhas nos
sistemas, manutenções preventivas entre outros fatores.
Até a década de 1970, não existia, no Brasil, um instrumento significativo que
regesse a qualidade do fornecimento de energia elétrica; havia apenas controles
individuais das concessionárias, que usavam dados internos para projetar melhorias
em seus sistemas e diminuir o tempo sem energia entregue aos consumidores
(BERNARDO, 2013).
Durante o “milagre brasileiro”, no início da década de 1970, as primeiras
regulamentações foram criadas, visando atender a demanda do crescimento
econômico no país (BERNARDO, 2013). Nesta época, foi divulgada a Portaria
46/1978, através do Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica – DNAEE.
A partir daí, indicadores como o DEC (Duração Equivalente por Unidade
Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente por Unidade Consumidora), que
estavam relacionados ao período que os consumidores não eram providos de
energia, começaram a fazer parte do dia-a-dia das variadas concessionárias de
energia, conectadas ou não ao SIN (Sistema Interligado Nacional). Em seus
primórdios, o DEC e FEC não eram considerados em situações de racionamento e
eram contabilizados apenas para interrupções superiores a três minutos, sem levar
em consideração a sua natureza.
2
Nos anos de 1990, devido à desconfiança nos serviços públicos, houve uma
série de privatizações em todo o país, o que também motivou a aplicação de novas
regras de regulação e fiscalização por parte de órgãos do governo relacionados ao
setor elétrico, buscando atualizar e fazer cumprir os padrões de qualidade de energia
que valeriam a partir de então. Foi nesse período que o DNAEE chegou à conclusão
que apenas o DEC e FEC não seriam suficientes doravante.
Após longas pesquisas e, com a chegada da ANEEL, sucessora do DNAEE, a
regulação dos padrões de qualidade ficou mais sofisticada e abrangente, através dos
contratos de concessão às empresas distribuidoras de energia, contando com planos
de melhoria contínuas e mais indicadores. Foi em 2000 que o DIC (Duração de
Interrupção por Unidade Consumidora), o FIC (Frequência de Interrupção por
Unidade Consumidora) e o DMIC (Duração Máxima de Interrupção por Unidade
Consumidora) entraram em cena, destinados a monitorar a qualidade do fornecimento
de energia diretamente ao consumidor, são informados mensalmente na fatura de
energia do consumidor. O DEC e o FEC são extremamente importantes na análise
da qualidade do sistema elétrico brasileiro.
1.2. PROPOSTA
A intensa busca pela melhoria na qualidade de energia elétrica disponibilizada
aos consumidores propicia um incremento na vida da população. Ao ser implantado
um sistema de distribuição de energia, a população conectada à rede passa a usufruir
de benefícios, pois o acesso facilitado a este produto possibilita um maior conforto à
comunidade. A proposta deste trabalho é avaliar o histórico dos indicadores coletivos
de continuidade (DEC e FEC) da distribuidora Light, observados por nível empresa e
conjuntos consumidores, bem como se deu o enquadramento destes aos limites
homologados pela ANEEL.
1.3. MOTIVAÇÃO
O tema qualidade de fornecimento de energia tem sido levantado
frequentemente em congressos e é foco de pesquisas científicas devido à sua
importância na atualidade. Trata-se de um assunto muito relevante, uma vez que os
consumidores estão mais exigentes de que a estabilidade do sistema seja cada vez
maior.
3
1.4. OBJETIVOS DO ESTUDO
1.4.1 Objetivo Principal
Analisar a qualidade do serviço de distribuição de energia elétrica na área de
concessão da distribuidora Light nos últimos cinco anos (2014 a 2018), de acordo
com os procedimentos de distribuição vigentes definidos segundo o módulo oito do
PRODIST (ANEEL, 2018b)
1.4.2 Objetivos Secundários
Fazer uma apresentação sobre a qualidade da energia elétrica e sua
evolução regulatória.
Apresentar o método de cálculo dos indicadores de continuidade.
Apresentar o método para obtenção dos dados públicos das empresas
brasileiras de distribuição de energia elétrica.
Analisar a evolução dos indicadores a nível empresa e conjunto
consumidor.
1.5 ORGANIZAÇÃO - DESCRIÇÃO DO TRABALHO
O trabalho será dividido em 5 Capítulos, cujos conteúdos se encontram
descritos a seguir.
1. Introdução: neste Capítulo uma apresentação geral do trabalho é feita,
assim como apresentação de proposta do trabalho, motivação, objetivos primários e
secundários do trabalho e finalmente, a descrição e a organização dos Capítulos do
TCC.
2. Fundamentação teórica: será apresentada uma revisão bibliográfica
sobre a qualidade da energia elétrica e sua evolução regulatória e os indicadores de
confiabilidade no fornecimento de energia elétrica.
3. Desenvolvimento do projeto: abordagem sobre o método utilizado
para obtenção dos dados sobre a distribuidora Light e uma breve caracterização da
área de concessão em análise.
4. Análise de dados: será apresentado a evolução dos indicadores de
qualidade da Light, observados por nível empresa e conjuntos consumidores, bem
como se deu o enquadramento destes aos limites homologados pela ANEEL para o
4
terceiro e quarto de revisões tarifárias periódicas das concessionárias de distribuição
de energia elétrica.
5. Conclusão: as análises do trabalho serão solidificadas e resumidas,
concluindo o estudo.
Por fim, é apresentada a relação das referências bibliográficas utilizadas neste
estudo e os anexos.
5
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na intenção de salientar a importância da qualidade da energia para os
consumidores é apresentado, neste capítulo, o conceito de qualidade para o setor
elétrico e quando se iniciou essa preocupação. Qual o papel do órgão regulador, que
é Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL e como ela se orienta com base nos
Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional -
PRODIST, para a determinação dos limites para os indicadores de continuidade
individuais (DIC, FIC, DMIC e DICRI) e coletivos (DEC e FEC). Os indicadores de
continuidade no cenário internacional e a forma como a qualidade da energia é vista.
2.1 QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA E OS MARCOS REGULATÓRIOS
As concessionárias de energia elétrica têm definido atualmente a qualidade de
energia com base em indicadores estatísticos e em limites de variação de tensão
estabelecidos pelas portarias da ANEEL (EA, 2015).
Conforme a ANEEL (2016b), a qualidade percebida pelo consumidor de uma
concessionária ou permissionária de serviço público de distribuição de energia
elétrica deve ser avaliada a partir de três grandes aspectos: a qualidade do “produto”
energia elétrica, a qualidade do “serviço” e a qualidade do atendimento ao
consumidor. Assim, o Módulo 8 do PRODIST que trata da Qualidade da Energia
Elétrica (QEE), estabelece os procedimentos relativos à qualidade da energia elétrica,
abordando a qualidade do produto e do serviço prestado.
A qualidade do produto está relacionada com a conformidade, ou seja, com o
grau de qualidade técnica da energia disponibilizada, que neste caso corresponde à
adequação da forma de onda de tensão. A qualidade do serviço está ligada ao fato
de ter ou não disponível o fornecimento de energia elétrica para os consumidores
finais, sendo contabilizadas a duração e a frequencia das interrupções ocorridas. Já
a qualidade do atendimento ao consumidor está relacionada ao aspecto comercial,
no que diz respeito ao relacionamento entre as distribuidoras e seus consumidores,
quanto à presteza, adequação, rapidez no atendimento às solicitações (NOBRE,
2017).
6
Um serviço de qualidade está relacionado com a adequação na disposição e
prestação, e para os serviços públicos de energia elétrica, o capítulo II da Lei Nº
8987/95 estabelece:
Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de
serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme
estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo
contrato.
§ 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de
regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade,
generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
§ 2o A atualidade compreende a modernidade das técnicas,
do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a
melhoria e expansão do serviço.
§ 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a
sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso,
quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das
instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da
coletividade (BRASIL, 1995).
O extinto Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica – DNAEE, criado
em 1965, cuja natureza e a finalidade estão consignadas no art. 1º de seu referido
Regimento Interno:
Art.1º - O Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica -
DNAEE, instituído pela Lei nº 4.904, de 17 de dezembro de 1965, com
autonomia financeira assegurada pelo art. 18 do Decreto nº 75.468 de
11 de março de 1975, é o Órgão Central de Direção Superior
responsável pelo planejamento, coordenação e execução dos
estudos hidrológicos em todo o território nacional; pela supervisão,
fiscalização e controle dos aproveitamentos das águas que alteram o
seu regime; bem como pela supervisão, fiscalização e controle dos
serviços de eletricidade (ANEEL, 2015a).
Ao longo da década de 70, houve um grande período de desenvolvimento
econômico no Brasil, o que acarretou na necessidade de diversas melhorias e uma
delas pode-se dizer que foi a necessidade de um melhor controle na qualidade do
7
fornecimento de energia elétrica. Para isso, foram criadas as primeiras
regulamentações das condições técnicas e da qualidade do serviço de energia
elétrica (BERNARDO, 2013), através da publicação da Portaria DNAEE nº 046, de 17
de abril de 1978, que estabeleceu as disposições relativas à continuidade de serviço
no fornecimento de energia elétrica, estabelecendo os indicadores de continuidade
do fornecimento de energia elétrica a serem observados pelas concessionárias de
serviços públicos (BERNARDO, 2013) e da Portaria DNAEE nº 047, de 17 de abril de
1978, que determinou critérios quanto às tensões de fornecimento (JANUZZI, 2007).
A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL é criada no ano de 1996, por
meio da Lei Nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, com a seguinte disposição:
Art. 2o A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL tem por
finalidade regular e fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e
comercialização de energia elétrica, em conformidade com as
políticas e diretrizes do governo federal (BRASIL, 1996).
São também atribuições da ANEEL, mediar os conflitos de interesses entre os
agentes do setor elétrico e entre estes e os consumidores; conceder, permitir e
autorizar instalações e serviços de energia; garantir tarifas justas; zelar pela qualidade
do serviço; exigir investimentos; estimular a competição entre os operadores e
assegurar a universalização dos serviços (JANUZZI, 2007).
Em 28 de dezembro de 1997, por meio da Portaria nº 349, do Ministro de
Estado das Minas e Energia (ANEEL, 2015a), a ANEEL é aprovada, ficando extinto o
DNAEE.
A Portaria nº 046/78, do extinto DNAEE, foi revogada pela Resolução ANEEL
Nº 024, de 27 de janeiro de 2000, na qual estabelece as disposições relativas à
Continuidade da Distribuição de energia elétrica às unidades consumidoras, que por
sua vez também é revogada pela Resolução Normativa Nº 395, de 15 de dezembro
de 2009, que aprova o PRODIST e dá outras providências (ANEEL, 2009),
complementando esse quadro regulatório, estabelecendo os requisitos técnicos e
responsabilidades dos agentes para acesso, planejamento da expansão, operação,
medição e qualidade da energia nos sistemas de distribuição (ANEEL, 2018a).
Uma nova revisão da regulamentação de qualidade de serviço se iniciou no
ano de 2009. Com a instauração da Audiência Pública, que resultou em alterações
8
na definição dos atributos dos conjuntos de unidades consumidoras, no
redimensionamento dos limites dos indicadores individuais (Duração de Interrupção
Individual por Unidade Consumidora (DIC), Frequencia de Interrupção Individual por
Unidade Consumidora (FIC) e Duração máxima de interrupção contínua por unidade
consumidora (DMIC)) e na sistemática de aplicação de penalidades para casos de
violação dos limites. Também foi definido um novo critério de formação dos conjuntos
que passaram a ter como base a área de atendimento das subestações AT/MT (alta
e média tensão), que antes eram divididos de acordo com critérios geográficos
(BERNARDO, 2013). Através da Audiência Pública de outubro de 2010 - AP 046/2010
(ANEEL, 2016c), a ANEEL aprimorou a metodologia para definição dos limites dos
indicadores coletivos (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora
(DEC) e Frequencia Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC)).
Os Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional - PRODIST são documentos elaborados pela ANEEL e normatizam e
padronizam as atividades técnicas relacionadas ao funcionamento e desempenho
dos sistemas de distribuição de energia elétrica (ANEEL, 2016d). Disciplinam o
relacionamento entre as distribuidoras de energia elétrica e demais agentes (unidades
consumidoras e centrais geradores) conectados aos sistemas de distribuição. Além,
do relacionamento entre as distribuidoras e a ANEEL, no que diz respeito ao
intercâmbio de informações. Entre seus objetivos estão a garantir que os sistemas de
distribuição operem com segurança, eficiência, qualidade e confiabilidade e
estabelecer requisitos para os intercâmbios de informações entre os agentes setoriais
(ANEEL, 2018a).
O PRODIST é composto por onze módulos onde as informações se integram
para oferecer uma visão geral de sua constituição e organização, sendo seis módulos
técnicos, que abrangem as macro áreas de ações técnicas dos agentes de
distribuição, e dois módulos integradores. Os módulos são distribuídos conforme a
Figura 1:
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Figura 1 – Divisão dos módulos abordados pelo PRODIST e as subdivisões do Módulo 8. Fonte: Elaboração própria baseado na ANEEL (2016f).
As alterações, quando necessárias, de cada módulo são feitas através de
audiências públicas (AP), onde são apresentadas as revisões após as audiências
públicas. Como apresentado na Figura 2, para o Módulo 8 do PRODIST.
Figura 2 – Revisões aprovadas por audiências públicas conforme as Resoluções Normativas da ANEEL. Fonte: ANEEL (2018b).
PRODIST
Módulo 1 – Introdução
Módulo 2 – Planejamento da Expansão do Sistema de Distribuição
Módulo 3 – Acesso ao Sistema de
Distribuição
Módulo 4 – Procedimentos Operativos do Sistema de Distribuição
Módulo 5 – Sistemas de Medição
Módulo 6 – Informações Requeridas e Obrigações
Módulo 7 – Cálculo de Perdas na Distribuição
Módulo 8 – Qualidade da Energia Elétrica
Módulo 9 – Ressarcimento de
Danos Elétricos
Módulo 10 – Sistema de Informação Geográfica Regulatória
Módulo 11 – Fatura de Energia Elétrica e Informações Suplementares
Qualidade do Produto
Qualidade do Serviço
Indicadores de Continuidade
DIC, FIC, DICRI e DEC, FEC
10
O Módulo 08 do PRODIST em sua 8º revisão vigente, estabelece os
procedimentos relativos à qualidade da energia elétrica (QEE), abordando a
qualidade do produto e do serviço prestado. Para a qualidade do produto são
considerados aspectos relacionados à tensão de fornecimento. E, para a qualidade
do serviço é considerado a continuidade do fornecimento e este módulo estabelece a
metodologia para apuração dos indicadores de continuidade e dos tempos de
atendimento a ocorrências emergenciais, definindo padrões e responsabilidades,
sendo para esse o enfoque desse trabalho (NOBRE, 2017).
2.2 INDICADORES DE CONFIABILIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA
ELÉTRICA
As distribuidoras de energia são avaliadas conforme a confiabilidade no
fornecimento de energia elétrica, com base nos indicadores de continuidade. O motivo
principal para a investigação das interrupções no fornecimento de energia elétrica é
fornecer uma justificativa para as decisões de investimento e tornar as medidas de
reforço da segurança do fornecimento mais eficientes (REICHL et al., 2013).
No Brasil os parâmetros de qualidade do serviço de energia elétrica são os
Indicadores de Continuidade que são divididos em Indicadores de Continuidade
Coletivos – DEC e FEC, que são utilizados para avaliar o desempenho de diversas
concessionárias, e os Indicadores de Continuidade Individuais – DIC, FIC, DMIC e
DICRI que apresentam, ao consumidor, o desempenho da concessionária com
relação à adequação do serviço prestado. Esses parâmetros são baseados nos
Indicadores internacionais, retirados da norma do Instituto de Engenheiros Eletricistas
e Eletrônicos (Institute of Eletrical and Eletronic Engineers – IEEE), em que os
indicadores coletivos são: SAIDI – System Average Interruption Durantion Index e
SAIFI - System Average Interruption Frequencyn Index, e os indicadores individuais:
CAIDI – Customer Average Interruption Durantion Index e CAIFI - Customer Average
Frequancy Index (IEEE Std 1366-2003 apud SILVA, M. P. C; LEBORGNE, R. C.;
ROSSINI, 2014).
2.2.1 Indicadores de continuidade
O indicador de continuidade é uma representação quantificável do
desempenho do sistema elétrico (BERNARDO, 2013). Com o intuito de garantir a
11
qualidade e assegurar níveis desejáveis de continuidade do serviço de fornecimento,
e comparar o desempenho das concessionárias com valores definidos durante os
ciclos de revisão tarifária (BERNARDO, 2013), a ANEEL exige que as
concessionárias mantenham um padrão de continuidade do serviço, conforme os
limites para os indicadores de continuidade, que são estabelecidos pelo Módulo 08
do PRODIST. Os indicadores de continuidade são divididos em dois grupos, os que
mensuram a frequência de interrupções durante um determinado intervalo de tempo;
e os que mensuram a duração cumulativa das interrupções ocorridas durante um
determinado intervalo de tempo (INSTITUTO ACENDE BRASIL, 2014).
2.2.2 Indicadores individuais de continuidade - DIC, FIC, DMIC e DICRI
Como referência dos conceitos básicos do Módulo 1 do PRODIST estão
definidos cada um dos indicadores individuais de continuidade, o DIC (Duração de
Interrupção Individual por Unidade Consumidora ou por Ponto de Conexão), expresso
em horas. O DIC é o intervalo de tempo que, no período de apuração, em cada
unidade consumidora ou ponto de conexão ocorreu descontinuidade da distribuição
de energia elétrica. O indicador individual de continuidade FIC (Frequencia de
Interrupção Individual por Unidade Consumidora ou por Ponto de Conexão), expresso
em número de interrupções. O FIC é o número de interrupções que um determinado
consumidor sofreu no período de apuração. O indicador DMIC (Duração máxima de
interrupção contínua por unidade consumidora ou por ponto de conexão) é expresso
em horas, e corresponde ao tempo máximo de interrupção contínua de energia
elétrica, em uma unidade consumidora ou ponto de conexão. E por fim, o indicador
de continuidade DICRI (Duração da Interrupção Individual ocorrida em Dia Crítico por
unidade consumidora ou ponto de conexão), que corresponde à duração de cada
interrupção ocorrida em dia crítico, para cada unidade consumidora ou ponto de
conexão, e é expresso em horas. Trata-se de um indicador recente, criado em 2012.
Para o cálculo dos indicadores individuais DIC, FIC, DMIC e DICRI, a subseção
5.4, da seção 8.2 do Módulo 8 do PRODIST, apresenta as seguintes fórmulas:
DIC =∑ 𝑡(𝑖)𝑛
𝑖=1 (2.1)
12
FIC = 𝑛 (2.2)
DMIC = 𝑡(𝑖) 𝑚𝑎𝑥 (2.3)
DICRI = 𝑡𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 (2.4)
Onde:
DIC = duração de interrupção individual por unidade consumidora ou por ponto de
conexão, expressa em horas e centésimos de hora;
FIC = frequência de interrupção individual por unidade consumidora ou ponto de
conexão, expressa em número de interrupções;
DMIC = duração máxima de interrupção contínua por unidade consumidora ou por
ponto de conexão, expressa em horas e centésimos de hora;
DICRI = duração da interrupção individual ocorrida em dia crítico por unidade
consumidora ou ponto de conexão, expressa em horas e centésimos de hora;
i = índice de interrupções da unidade consumidora no período de apuração, variando
de 1 a n;
n = número de interrupções da unidade consumidora considerada, no período de
apuração;
t(i) = tempo de duração da interrupção (i) da unidade consumidora considerada ou
ponto de conexão, no período de apuração;
t(i) max = valor correspondente ao tempo da máxima duração de interrupção contínua
(i), no período de apuração, verificada na unidade consumidora considerada,
expresso em horas e centésimos de horas;
t crítico = duração da interrupção ocorrida em Dia Crítico.
2.2.3 Indicadores coletivos de continuidade – DEC e FEC
A regulação da qualidade da energia elétrica no Brasil teve início com a
publicação da Portaria do DNAEE nº 046, de 17 de abril de 1978, já extinto, que definiu
números máximos no tocante à quantidade e duração de interrupções de
13
fornecimento de energia elétrica a serem observadas pelos concessionários
(CONSTANTI, 2013). Essa portaria estabeleceu o primeiro conjunto de indicadores e
padrões a serem cumpridos pelas concessionárias (LUSVARGHI, 2010), e utilizava
dois indicadores de continuidade: o DEC e FEC.
De acordo com o Módulo 08 do PRODIST, o indicador coletivo de continuidade
DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) é expresso em
horas. O DEC é o intervalo de tempo que, em média, no período de observação, em
cada unidade consumidora do conjunto considerado ocorreu descontinuidade da
distribuição de energia elétrica (BERNARDO, 2013). Já o indicador coletivo de
continuidade FEC (Frequencia Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora)
é expresso em número de interrupções. O FEC é o número de interrupções ocorridas,
em média, no período de observação, em cada unidade consumidora do conjunto
considerado (BERNARDO, 2013). Na seção 8.2 do Módulo 8 do PRODIST, na
subseção 5.5 são apresentadas as fórmulas utilizadas para o cálculo dos indicadores
coletivos DEC e FEC atualmente, conforme a seguir:
DEC = ∑ 𝐷𝐼𝐶(𝑖)
𝐶𝑐
𝑖=1
𝐶𝑐 (2.5)
FEC = ∑ 𝐹𝐼𝐶(𝑖)
𝐶𝑐
𝑖=1
𝐶𝑐 (2.6)
Onde:
DEC = duração equivalente de interrupção por unidade consumidora, expressa em
horas e centésimos de hora;
FEC = frequência equivalente de interrupção por unidade consumidora, expressa em
número de interrupções e centésimos do número de interrupções;
i = índice de unidades consumidoras atendidas em BT ou MT faturadas do conjunto;
Cc = número total de unidades consumidoras faturadas do conjunto no período de
apuração, atendidas em BT ou MT;
DIC(i) = duração de interrupção individual por unidade consumidora, excluindo-se as
centrais geradoras;
14
FIC(i) = frequência de interrupção individual por unidade consumidora, excluindo-se
as centrais geradoras.
2.2.4 Indicadores internacionais de continuidade – SAIDI, SAIFI, CAIDI e CAIFI
O Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (Institute of Electrical and
Electronic Engineers - IEEE) define os índices de confiabilidade com base no Guia
para Índices de Confiabilidade de Distribuição Elétrica IEEE-P1366 (IEEE Guide for
Electric Power Distribution Reliability Indices) onde são listadas várias definições
importantes para confiabilidade). Conforme IEEE (2001), a seguir são apresentados
como são calculados cada um desses índices, como, SAIDI – System Average
Interruption Durantion Index e SAIFI - System Average Interruption Frequencyn Index,
para os indicadores coletivos e CAIDI – Customer Average Interruption Durantion
Index e CAIFI - Customer Average Frequancy Index.
Para calcular o SAIDI, cada interrupção durante o período de tempo é
multiplicada pela duração da interrupção para encontrar a duração de cada
interrupção para cada consumidor afetado. Para encontrar o valor de SAIDI, a soma
da duração total de cada interrupção por consumidor afetado é dividida pelo total de
conumidores atendidos.
SAIDI= ∑(𝑟𝑖∗𝑁𝑖)
𝑁𝑡 (2.7)
Onde:
SAIDI = System Average Interruption Duration Index, é o índice de duração da
interrupção média do sistema e fornece informações sobre o tempo médio que os
clientes sofrem interrupção de energia. É expresso em minutos ou horas;
ri = Tempo de restauração do sistema, minutos;
Ni = Número de consumidores interrompidos;
Nt = Número total de consumidores atendidos.
Para o cálculo do SAIFI, o número total de consumidores afetados é dividido
pelo número total de consumidores atendidos.
15
SAIFI = ∑(𝑁𝑖)
𝑁𝑡 (2.8)
Onde:
SAIFI = System Average Interruption Frequency Index, é o índice de frequencia da
interrupção média do sistema e fornece informações sobre a frequência média de
interrupções por cada consumidor. É um indicador adimensional;
Ni = Número de consumidores interrompidos;
Nt = Número total de consumidores atendidos.
Uma vez que uma interrupção ocorre, o tempo médio para restaurar o serviço
é encontrado a partir do CAIDI. O CAIDI é calculado de forma similar ao SAIDI, em
que a duração total de interrupções ocorridas é dividida pelo número de total de
consumidores afetados pelas interrupções.
CAIDI = ∑(𝑟𝑖∗𝑁𝑖)
𝑁𝑖 (2.9)
Onde:
CAIDI = Customer Average Interruption Duration Index, é o índice de duração média
da interrupção do consumidor. Representa o tempo médio necessário para restaurar
o serviço ao cliente médio por interrupção;
ri = Tempo de restauração do sistema, minutos;
Ni = Número total de consumidores interrompidos.
Semelhante ao SAIFI, o CAIFI, que é o índice de freqüência média de
interrupção do cliente, mede o número médio de interrupções por consumidor
interrompido por ano. É simplesmente o número de interrupções ocorridas dividido
pelo número de consumidores afetados pelas interrupções.
CAIFI = ∑(𝑁𝑜)
𝑁𝑖 (2.10)
Onde:
16
CAIFI = Customer Average Interruption Frequency Index, é o índice de frequência
média de interrupção do cliente. Representa o tempo médio necessário para restaurar
o serviço ao consumidor por interrupção;
No = Número de interrupções;
Ni = Número total de clientes interrompidos.
2.2.5 Apuração dos Indicadores coletivos de continuidade – DEC e FEC
Os indicadores de continuidade de conjunto de unidades consumidoras e
individuais deverão ser contabilizados considerando as interrupções de longa
duração, maior ou igual a 3 minutos, devendo ser segregados em apurável (branco)
e expurgável (cinza), conforme Figura 3. Entretanto, para o entendimento dos
processos de apuração e expurgo, apresenta-se a definição de termos e expressões
relevantes, segundo Módulo 1 do PRODIST.
Dia Crítico
Dia em que a quantidade de ocorrências emergenciais, em um determinado conjunto
de unidades consumidoras, superar a média acrescida de três desvios padrões dos
valores diários. A média e o desvio padrão a serem usados serão os relativos aos 24
(vinte e quatro) meses anteriores ao ano em curso, incluindo os dias críticos já
identificados.
Interrupção em situação de emergência
Interrupção originada no sistema de distribuição, resultante de Evento que
comprovadamente impossibilite a atuação imediata da distribuidora e que não tenha
sido provocada ou agravada por esta e que seja:
i. Decorrentes de Evento associado a Decreto de Declaração de Situação de
Emergência ou Estado de Calamidade Pública emitido por órgão competente; ou
ii. Decorrentes de Evento cuja soma do CHI das interrupções ocorridas no
sistema de distribuição seja superior ao calculado conforme a equação a seguir:
2.612 ∗ 𝑁0,35 (2.11)
Onde:
17
N – número de unidades consumidoras faturadas e atendidas em BT ou MT do mês
de outubro do ano anterior ao período de apuração.
Interrupção não programada
Interrupção do fornecimento de energia elétrica aos consumidores motivada por
desligamentos não programados de componentes do sistema elétrico.
Interrupção programada
Interrupção antecedida de aviso prévio, por tempo preestabelecido, para fins de
intervenção no sistema elétrico da distribuidora ou transmissora.
Figura 3 – Estratificação das interrupções de longa duração. Fonte: ANEEL (2018b).
Onde:
DECxp e FECxp – DEC ou FEC devido a interrupção de origem externa ao sistema
de distribuição e programada, não ocorrida em Dia Crítico;
DECxn e FECxn – DEC ou FEC devido a interrupção de origem externa ao sistema
de distribuição e não programada, não ocorrida em Dia Crítico;
DECip e FECip – DEC ou FEC devido a interrupção de origem interna ao sistema de
distribuição e programada, não ocorrida em Dia Crítico;
DECind e FECind – DEC ou FEC devido a interrupção de origem interna ao sistema
de distribuição, não programada e não expurgável;
DECine e FECine – DEC ou FEC devido a interrupção de origem interna ao sistema
de distribuição, não programada e ocorrida em situação de emergência;
DECinc e FECinc – DEC ou FEC devido a interrupção de origem interna ao sistema
de distribuição, não programada, ocorrida em Dia Crítico;
DECino e FECino – DEC ou FEC devido a interrupção de origem interna ao sistema
de distribuição, não programada e ocorrida nas situações racionamento ou alívio de
carga estabelecido pelo ONS;
18
DECipc e FECipc – DEC ou FEC devido a interrupção de origem interna ao sistema
de distribuição, programada, ocorrida em Dia Crítico;
DECxpc e FECxpc – DEC ou FEC devido a interrupção de origem externa ao
sistema de distribuição, programada, ocorrida em Dia Crítico;
DECxnc e FECxnc – DEC ou FEC devido a interrupção de origem externa ao
sistema de distribuição, não programada, ocorrida em Dia Crítico.
19
3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
Neste capítulo será apresentado como os dados analisados foram obtidos e
uma breve caracterização da área de concessão da Light. Conforme definido no
Módulo 8 do PRODIST, a continuidade do fornecimento é avaliada pela ANEEL
através de subdivisões das distribuidoras, denominadas Conjuntos Elétricos. Existem
limites para indicadores associados a cada conjunto, que podem ter abrangência
variada. Conjuntos grandes podem abranger mais de um município, ao mesmo tempo
em que alguns municípios podem possuir mais de um conjunto.
Os indicadores são apurados pelas distribuidoras e enviados periodicamente
para a ANEEL para verificação da continuidade do serviço prestado, representando,
respectivamente, o tempo e o número de vezes que uma unidade consumidora ficou
sem energia elétrica para o período considerado (mês, trimestre ou ano), o que
permite que a Agência avalie a continuidade da energia oferecida à população. Essas
informações podem ser obtidas através do site da ANEEL, clicando na região e
selecionando a distribuidora, conforme exibe a Figura 4.
Figura 4 – Método de consulta dos Indicadores Coletivos de Continuidade das Distribuidoras. Fonte: ANEEL (2017a)
20
Retirou-se do site da ANEEL, dados da distribuidora Light para os últimos 5
anos (2014 a 2018) e estão detalhado no ANEXO I. A área de concessão da empresa
contempla mais de 4 milhões de clientes em 31 municípios do estado do Rio de
Janeiro. É a quarta maior distribuidora de energia do Brasil em número de clientes, e
a quinta maior em quantidade de energia distribuída. A concessão da Light é
desagregada em 107 conjuntos consumidores, separados em dois principais blocos
(Região Metropolitana e Vale do Paraíba), conforme ilustra a Figura 5. O shape dos
conjuntos foi obtido através do BDGD solicitado no Sistema Eletrônico do Serviço de
Informações ao Cidadão (e-SIC).
Figura 5 – Mapa da Área de Concessão da Light. Fonte: Site da Light
21
4 ANÁLISE DOS DADOS
Neste capítulo será demonstrado como ocorreu a evolução dos indicadores de
qualidade da Light, observados por nível empresa e conjuntos consumidores, bem
como se deu o enquadramento destes aos limites homologados pela ANEEL entre
2014 e 2018. Também será avaliada a tendência dos indicadores apurados frente aos
limites estabelecidos pela Agência para o período entre 2019 e 2022, tanto para a
empresa quanto por conjuntos consumidores.
4.1 EVOLUÇÃO DOS INDICADORES E LIMITES DE CONTINUIDADE GLOBAL
A partir dos dados públicos disponíveis no site da ANEEL, apresenta-se no
Gráfico 1 o histórico de apuração e de limites homologados de DEC e FEC da Light
para o período de 2014 a 2022 (ANEEL, 2016e). Observa-se que os indicadores
apurados caíram consideravelmente ao longo dos últimos anos (3CRTP), com
especial decréscimo entre 2017 e 2018.
Neste mesmo período, a ANEEL estabeleceu uma gradual redução dos limites
coletivos de qualidade de serviço: de 2014 a 2018 foi homologada uma redução de
0,6 horas (7% para o DEC) e 0,8 interrupções (13% para o FEC). É possível observar
que há uma trajetória de redução dos indicadores apurados, buscando o
enquadramento às exigências regulatórias. Aliás, dados de 2018 já demonstram que
tanto o DEC quanto o FEC estão em patamares inferiores aos limites estabelecidos
para este ano.
O quarto ciclo de revisão tarifária periódica (4CRTP) mostrou-se mais
desafiador, devido a reduções ainda mais acentuadas nos limites homologados para
a Concessionária. O Regulador almeja uma redução de 1,4 horas (16% para o DEC)
e 1,2 interrupções (20% para o FEC) para o ciclo 2018 – 2022. Pode-se observar que,
segundo os indicadores de 2018, o DEC apurado somente violaria o limite regulatório
a partir de 2020, enquanto que o limite do FEC não seria violado neste ciclo.
22
Gráfico 1 - Histórico de Apuração e Limites de DEC e FEC para o Período 2014 a 2018.
Fonte: Elaboração Própria
Avaliando-se o histórico de indicadores totais, segregados em apurados e
expurgados, bem como os limites homologados de DEC e FEC da Light para o
período de 2014 a 2022, observa-se que houve um aumento expressivo da parcela
de expurgo nos últimos anos.
No Gráfico 2 demonstra-se que a parcela expurgada do FEC foi determinante para
a adequação deste indicador ao limite regulatório de 2017 e 2018. Observa-se,
ademais, uma tendência de crescimento da parcela expurgada em relação ao
indicador total a partir de 2016 (em amarelo), com consequente redução da parcela
apurada (em azul).
Gráfico 2 - Histórico de Apuração e Expurgo do FEC para o Período 2014 a 2018.
Fonte: Elaboração Própria
Além disso, o Gráfico 2 traz a informação dos limites internos de FEC, isto é,
retirada a parcela referente a interrupções no sistema de transmissão, não
gerenciáveis por parte da distribuidora. De acordo com o que se pode observar, os
limites internos estão aderentes com os limites totais, não ensejando desafios
12,34 12,61 11,70 9,15 7,786,59 6,44 6,48 5,26 4,44
8,99 8,88 8,72 8,50
6,87 6,64 6,40 6,05
8,33 8,00 7,61 7,46 6,975,99 5,73 5,40 5,25 4,81
2014 2015 2016 2017 2018* 2019 2020 2021 2022
DEC APURADO FEC APURADO LIMITE 3CRTP DEC
LIMITE 3CRTP FEC LIMITE 4CRTP DEC LIMITE 4CRTP FEC
-7%
-13% -20%
-16%
6,59 6,44 6,48 5,26 4,44
0,52 (7,3%)0,67 (9,4%)
1,09 (16,8%)
0,91 (14,7%)
1,74 (28,2%)
6,87 6,64 6,40 6,05 5,995,73 5,40 5,25 4,81
6,01 5,72 5,43 5,15 4,86
2014 2015 2016 2017 2018* 2019 2020 2021 2022
APURADO EXPURGADO (% particip. DEC total) LIMITE 3CRTP FEC
LIMITE 4CRTP FEC LIMITE INTERNO 4CRTP FEC
23
demasiados para atingimento do limite estabelecido em 2022 (4,86 interrupções),
caso mantenha-se a performance do ano de 2018 (4,44 interrupções).
Em relação ao DEC, observa-se, mais uma vez, o aumento acentuado da
parcela expurgada em relação ao indicador total, com consequente redução da
parcela apurada (vide Gráfico 3). Chama atenção o patamar observado de expurgos
nos dados de 2018, atingindo a cifra de 6,65 horas, representando 46% do indicador
total. O crescente nível de expurgo chama atenção, o qual será investigado mais a
fundo na próxima seção.
Gráfico 3 - Histórico de Apuração e Expurgo do DEC para o Período 2014 a 2018.
Fonte: Elaboração Própria
Ainda em relação ao Gráfico 3, ressalta-se que o DEC apurado de 2018 (7,78
horas) satisfaria a meta interna até o ano de 2022 (cujo limite interno equivale a 7,84
horas), porém, com pouca folga.
As análises dos indicadores internos fazem-se necessárias dado que a Light
tem potenciais penalidades em caso de transgressão destes limites, advindas do 5°
Aditivo do Contrato de Concessão, assinado em março de 2017, o qual prevê no
Anexo II, Cláusula Primeira, Subcláusula Quarta (ANEEL, 2017b):
“O descumprimento do critério de eficiência com relação à qualidade
do serviço prestado, por 2 (dois) anos consecutivos durante o período
de avaliação ou no ano de 2022, acarretará a extinção da
concessão”(ANEEL, 2016g).
Desta forma, o DEC torna-se o principal foco da empresa para a busca
contínua da melhoria da qualidade do serviço.
12,34 12,61 11,70 9,15 7,78
1,05 (7,8%)1,45 (10,3%)
2,99 (20,4%)
1,89 (17,1%)
6,65 (46,1%)
8,99 8,88 8,72 8,50 8,33 8,00 7,61 7,46 6,97
9,808,23 8,14 8,02 7,84
2014 2015 2016 2017 2018* 2019 2020 2021 2022
APURADO EXPURGADO (% particip. DEC total) LIMITE 3CRTP DEC
LIMITE 4CRTP DEC LIMITE INTERNO 4CRTP DEC
24
4.2 ANÁLISE DOS INDICADORES EXPURGADOS
Nesta seção será feita a comparação dos indicadores de continuidade coletivos
DEC e FEC expurgados nos últimos anos, detalhando-se os tipos de eventos que
ocasionam situações anormais e a evolução de cada uma das parcelas
correspondentes a esses eventos entre 2014 e 2018. Para tanto, apresenta-se,
inicialmente, uma breve síntese da regulamentação vigente acerca da
desconsideração de determinados tipos de interrupções na contabilização dos
indicadores coletivos.
Na Figura 6 resume-se as situações contempladas pela regulamentação vigente
para o expurgo de interrupções da apuração do indicador, quais sejam: (i) Dia Crítico
– dia em que a quantidade de ocorrências emergenciais superam em muito
determinado valor histórico; (ii) Situação de Emergência – interrupção originada no
sistema de distribuição, resultante de Evento que comprovadamente impossibilite a
atuação imediata da distribuidora e que não tenha sido provocada ou agravada por
esta; e (iii) Racionamento ou Restrição Operativa – situações vinculadas aos
racionamentos instituídos pela União e aos alívios de carga instituídos pelo Operador
Nacional do Sistema (ONS).
* CHI – Cliente Hora Interrompido (soma dos DICs dos consumidores interrompidos). N – Número de consumidores faturados e atendidos em BT ou MT do mês de outubro do ano anterior.
Figura 6 - Situações Consideradas pela Regulamentação Vigente para Expurgo de Indicadores Globais de Continuidade.
Fonte: Elaboração Própria
Além destes casos, para empresas localizadas no estado do Rio de Janeiro,
há ainda um terceiro critério de expurgo dentro das situações de emergência, que diz
respeito ao Despacho nº 459/2018, por meio do qual a ANEEL permite a não
Situações de Emergência
Dia Crítico
Decorrentes de Evento
associado a Decreto de
Declaração de Situação de
Emergência ou Estado de
Calamidade Pública emitido
por órgão competente; ou
Decorrentes de Evento cuja
soma do CHI das
interrupções ocorridas no
sistema de distribuição seja
superior a 2.612xN0,35.
N – nº UCs faturadas e atendidas em
BT/MT do mês de outubro do ano anterior.
Racionamento ou Restrição Operativa
Situações vinculadas a
programas de
racionamento instituídos
pela União; ou
Situações oriundas de
atuação de Esquema
Regional de Alívio de
Carga (estabelecido pelo
ONS).
Dias nos quais as
ocorrências emergenciais
de um conjunto de UCs for
maior que a média
acrescida de 3 desvios
padrões dos valores
diários.
Média e desvio padrão
relativos aos 24 meses
anteriores ao ano em
curso, incluindo os dias
críticos já identificados.
25
contabilização de indicadores em locais cujo reparo da interrupção pode causar risco
físico (violência ou morte) aos colaboradores da empresa. Tal Despacho é uma
condição de excepcionalidade e vale especificamente para as Distribuidoras do
estado do Rio de Janeiro até o dia 31 de dezembro de 2018, em conformidade com
o Decreto nº 9.288/2018, da Presidência da República, que autorizou a intervenção
federal na segurança pública do Estado.
Observa-se, no Gráfico 4, que a partir de 2016 a parcela referente às
interrupções em situações de emergência teve um crescimento considerável,
chegando a representar, em dados de 2018, 66% do total do indicador DEC
expurgado e 40% do total do indicador FEC Expurgado.
Gráfico 4 - Histórico de Parcelas Expurgáveis para o Período 2014 a 2018.
Fonte: Elaboração Própria
Ante o fato de aumento do expurgo por situações de emergência, faz-se
necessário avaliar qual critério tem impactado de forma mais expressiva: (i) situações
de calamidade pública; (ii) critério do CHI ou (iii) Despacho nº 459/2018. Devido aos
pontos (ii) e (iii) serem recentes, o primeiro de 2016 e o segundo de 2018, iniciaremos
a análise por estes critério.
Em termos do CHI, por meio da Nota Técnica nº 031/2015 (ANEEL, 2015b), a
ANEEL define que um Evento é um “acontecimento que afete as condições normais
de funcionamento de uma rede elétrica, podendo gerar uma ou mais interrupções no
DIA CRITICO RACIONAMENTO SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
*DEC apurado interno de 2018* = 7,79 horas.
DEC Expurgado
FEC Expurgado
0,36; 68%
0,17; 32%
2014 - 0,52
0,58; 86%
0,09; 14%
2015 - 0,67
0,87; 84%
0,17; 16%
2014 - 1,05
1,38; 95%
0,07; 5%
2015 - 1,45
0,93; 31%
2,04; 68%
2016 - 2,99
0,66; 35%
1,23; 65%
2017 - 1,89
4,39; 66%
2,24; 34%
2018 - 6,65
0,31; 29%
0,71; 65%
0,07; 6%
2016 - 1,09
0,35; 38%
0,56; 62%
2017 - 0,91
0,69; 40%
0,91; 52%
0,14; 8%
2018 - 1,74
26
fornecimento de energia”. Podem ser expurgadas as interrupções ocorridas na
distribuição resultantes de um Evento que comprovadamente impossibilite a atuação
imediata da Distribuidora (não provocada ou agravada por esta) e que produza um
CHI superior àquele obtido da fórmula 2.11 e presente na Figura 6. No entanto,
observa-se que a definição de Evento expurgável é ampla, dando espaço a
interpretações subjetivas.
Por esta razão, a Resolução nº 664/2015 da ANEEL previa a revisão da
metodologia que trata de situações emergenciais até o fim de 2018, que se encontra
em atraso e devendo ocorrer ao longo do 1º semestre de 2019. No ANEXO II é
detalhado como o Regulador obteve a fórmula atualmente utilizada para expurgos em
situações emergenciais segundo critério do CHI.
No Quadro 1 são demonstradas as interrupções expurgadas pelo critério do
CHI no período de 2018. Avaliando-se esses eventos em conjunto, obtém-se um DEC
expurgado total de 4,29 horas e um FEC expurgado total de 0,68 interrupções.
Quadro 1 - Casos de Expurgos pelo Critério do CHI.
Evento do dia 14 de fevereiro de 2018
No dia 14 de fevereiro de 2018 a cidade do Rio de Janeiro foi atingida por forte temporal, com
ventos ultrapassando 100 Km/h e muitas descargas atmosféricas (raios). Registrou-se 2.950
interrupções no período, sendo a primeira interrupção iniciada às 22:03 do dia 14/02/2018 e o
término da última interrupção no dia 26/02/2018 às 11:42. Observou-se, ainda, que a interrupção
de maior duração ocorreu por 274,35 horas ou aproximadamente 11 dias. Estas 2.950
interrupções atingiram o total de 2.115.956 unidades consumidoras, ocasionando o consumidor
hora interrompido (CHI) Mínimo ser de 552.729,11 e o consumidor hora interrompido (CHI) do
evento ser de 16.966.198,08.
Para esse evento o DEC expurgado é de 3,89 horas e o FEC expurgado é de 0,49
interrupções.
Evento do dia 19 de maio de 2018
Nos dias 19 e 20 de maio de 2018 a cidade do Rio de Janeiro foi atingida por temporal e ventos
fortes. Constatou-se 1.556 interrupções no período, sendo a primeira interrupção iniciada às
12:02 do dia 19/05/2018 e o término da última interrupção no dia 24/05/2018 às 14:45. Observou-
se, ademais, que a interrupção de maior duração ocorreu por 101,45 horas ou aproximadamente
4 dias. Estas 1.556 interrupções atingiram o total de 451.802 unidades consumidoras,
ocasionando o consumidor hora interrompido (CHI) Mínimo ser de 552.729,11 e o consumidor
hora interrompido (CHI) do evento ser de 909.974,26.
Para esse evento o DEC expurgado é de 0,21 horas e o FEC expurgado é de 0,11
interrupções.
Evento do dia 03 de novembro de 2018
Nos dias 03 e 04 de novembro de 2018 a cidade do Rio de Janeiro foi atingida por pancadas de
chuva com intensidade forte, ventos e raios. Constatou-se 921 interrupções no período, sendo a
primeira interrupção iniciada às 18:00 do dia 03/11/2018 e o término da última interrupção no dia
27
Fonte: Elaboração Própria
A segunda categoria de eventos expurgáveis exemplificada é aquela
classificada como Expurgos pelo Despacho N° 459, dispostas no Quadro 2 para o
período de 2018. Avaliando-se esses eventos em conjunto, obtém-se um DEC
expurgado total de 0,1 hora e um FEC expurgado total de 0,01 interrupções.
Logo, o critério mais expressivo para o crescente nível de expurgo dos
indicadores de continuidade do serviço na Light é aquele relacionado às métricas do
CHI.
Quadro 2 - Casos de Expurgos pelo Despacho N° 459/18. Fonte: Elaboração Própria
08/11/2018 às 15:36. Observou-se, ademais, que a interrupção de maior duração ocorreu por
99,38 horas ou aproximadamente 4 dias. Estas 921 interrupções atingiram o total de 357.280
unidades consumidoras, ocasionando o consumidor hora interrompido (CHI) Mínimo ser de
552.729,11 e o consumidor hora interrompido (CHI) do evento ser de 769.288,57.
Para esse evento o DEC expurgado é de 0,19 horas e o FEC expurgado é de 0,08
interrupções.
Evento do dia 12 de janeiro de 2018.
Durante todo o mês de janeiro de 2018 houve confronto entre traficantes e militares/policiais na
comunidade do Jacarezinho localizada na Zona Norte da Capital. Constatou-se 83 interrupções
no período, sendo a primeira interrupção iniciada às 11:37 do dia 12/01/2018 e o término da última
interrupção no dia 05/02/2018 às 13:57. Observou-se, ainda, que a interrupção de maior duração
aconteceu por 372,67 horas ou aproximadamente 15 dias. Estas 83 interrupções atingiram o total
de 6.521 unidades consumidoras, ocasionando o consumidor hora interrompido (CHI) do evento
ser de 126.921,78.
Para esse evento o DEC expurgado é de 0,0291 e o FEC expurgado é de 0,0015.
Evento do dia 16 de janeiro de 2018.
Durante todo o mês de janeiro de 2018 houve confrontos entre traficantes e militares/policiais na
comunidade da Rocinha. Constatou-se 47 interrupções no período, sendo a primeira interrupção
iniciada às 12:02 do dia 16/01/2018 e o término da última interrupção às 17:50 do dia 1/02/2018.
Constatou-se, também, que a interrupção de maior duração ocorreu por 176,06 horas ou
aproximadamente 1 semana. Estas 47 interrupções atingiram o total de 5.619 unidades
consumidoras, ocasionando o consumidor hora interrompido (CHI) do evento ser de 177.975,70.
Para esse evento o DEC expurgado é de 0,0408 e o FEC expurgado é de 0,0013.
Evento do dia 28 de abril de 2018.
Durante os meses de abril e maio de 2018 houve confrontos entre traficantes e militares/policiais
na comunidade da Rocinha. Constatou-se 18 interrupções no período, sendo a primeira
interrupção iniciada às 07:57 do dia 28/04/2018 e o término da última interrupção às 11:09 do dia
29/05/2018. Constatou-se, também, que a interrupção de maior duração ocorreu por 75,03 horas
ou aproximadamente 3 dias. Estas 18 interrupções atingiram o total de 9.696 unidades
consumidoras, ocasionando o consumidor hora interrompido (CHI) do evento ser de 125.300,45.
Para esse evento o DEC expurgado é de 0,0287 e o FEC expurgado é de 0,0022.
Evento do dia 7 de junho de 2018.
28
Fonte: Elaboração Própria
O FEC expurgado pode ser melhor entendido através da partição da área de
concessão em conjuntos consumidores, de acordo com o demonstrado no Gráfico 5.
Observa-se que a maior concentração de expurgos se encontra na região
metropolitana do Rio de Janeiro – Grande Rio. O FEC expurgado dos 107 conjuntos,
segundo dados de 2018, foi de 1,73 interrupções. Destes, 14 conjuntos,
representando 13,1% do total, somam 0,79 interrupções ou 45% do FECx1 ; por sua
vez, 72 conjuntos, representando 67,3% do total, somam 0,42 interrupções ou 24%
do FECx.
1 FECx e DECx são abreviações utilizadas neste texto para denominar FEC expurgado e DEC expurgado.
No dia 7 de junho de 2018 houve confronto entre traficantes e militares/policiais na comunidade
Cidade de Deus. Registrou-se 5 interrupções no período, sendo a primeira interrupção iniciada
às 08:59 do dia 07/06/2018 e o término da última interrupção às 10:15 do dia 11/06/2018.
Constatou-se, além, que a interrupção de maior duração ocorreu por 97,26 horas ou
aproximadamente 4 dias. Estas 5 interrupções atingiram o total de 3.817 unidades consumidoras,
ocasionando o consumidor hora interrompido (CHI) do evento ser de 1.748,97.
Para esse evento o DEC expurgado é de 0,0004 e o FEC expurgado é de 0,0009.
Evento do dia 20 de junho de 2018.
No dia 20 de junho de 2018 houve confronto entre traficantes e militares/policiais na comunidade
da Maré. Registrou-se 3 interrupções no período, sendo a primeira interrupção iniciada às 07:57
do dia 20/06/2018 e o término da última interrupção às 17:00 do dia 20/06/2018. Foi verificado
que a interrupção de maior duração ocorreu por 7,8 horas. Estas 3 interrupções atingiram o total
de 135 unidades consumidoras, ocasionando o consumidor hora interrompido (CHI) do evento
ser de 788,00.
Para esse evento o DEC expurgado é de 0,0002 e o FEC expurgado é de 0,0000.
29
Gráfico 5 - Conjuntos com Maiores Influências no FEC Expurgado 2018.
Fonte: Elaboração Própria
Assim como para o FEC, observa-se que a maior concentração de expurgos
para o DEC também se encontra na região metropolitana – Grande Rio (vide Gráfico
6). O DEC expurgado dos 107 conjuntos, segundo dados de 2018, foi de 6,65 horas.
Destes, 19 conjuntos, representando 17,7% do total de agrupamentos de usuários,
somam 4,04 horas ou 61% do DECx; por seu turno, 64 conjuntos, representando
59,8% do total de agrupamentos de usuários, somam 0,82 horas ou 12% do DECx.
50 - (46,7%)
22 - (20,6%)
12 - (11,2%) 9 - (8,4%)4 - (3,7%) 3 - (2,8%) 2 - (1,9%) 2 - (1,9%) 2 - (1,9%) 1 - (0,9%)
0,00% a0,50%
0,50% a1,00%
1,00% a1,50%
1,50% a2,00%
2,00% a2,50%
2,50% a3,00%
3,00% a3,50%
3,50% a4,00%
4,00% a4,50%
≥ 4,50%
0,42 int. (24%) 0,79 int. (45%)
Conjuntos com maiores contribuições no FEC Expurgado
Quantidade e % de Conjuntos
Faixa de Participação no Indicador Expurgado
30
Gráfico 6 - Conjuntos com Maiores Influências no DEC Expurgado 2018.
Fonte: Elaboração Própria
Desta forma, torna-se claro que o critério do CHI aumentou consideravelmente
o nível de expurgos, principalmente em áreas de alta concentração de usuários, como
a região metropolitana do Rio de Janeiro.
4.3 EVOLUÇÃO DOS INDICADORES E LIMITES DE CONTINUIDADE POR
CONJUNTO CONSUMIDOR
Nesta seção, avalia-se a evolução histórica dos indicadores por conjunto, a
partir de análises comparativas entre indicadores apurados de 2014 a 2018 e os
limites homologados para o 4CRTP. Objetiva-se, com esta análise, avaliar a
tendência de performance dos conjuntos frente às metas estabelecidas. As análises
serão apresentadas segundo o indicador: FEC e DEC, respectivamente.
45 - (42,1%)
19 - (17,8%)11 - (10,3%)
5 - (4,7%) 3 - (2,8%) 1 - (0,9%) 4 - (3,7%) 2 - (1,9%) 4 - (3,7%)13 - (12,1%)
0,00% a0,30%
0,30% a0,60%
0,60% a0,90%
0,90% a1,20%
1,20% a1,50%
1,50% a1,80%
1,80% a2,10%
2,10% a2,40%
2,40% a2,70%
≥ 2,70%
0,82 horas (12%) 4,04 horas (61%)
Conjuntos com maiores contribuições no DEC Expurgado
Quantidade e % de Conjuntos
Faixa de Participação no Indicador Expurgado
31
4.3.1 Análises para o FEC
No Gráfico 7 analisa-se a relação entre o indicador FEC de 2018 e o limite
homologado para o ano de 2022. Observa-se que 62 conjuntos (58% do total)
apresentariam folga em seus limites de FEC em 2022 caso mantivessem a
performance de 2018, concentrando 68% do número de unidades consumidoras
(NUC). Por sua vez, 45 conjuntos (42% do total) ultrapassariam seus limites de FEC,
concentrando 32% do número de unidades consumidoras (NUC) da empresa. No
entanto, os maiores desafios encontram-se nos conjuntos cujo desempenho recente
(ano de 2018) situa-se 40% ou mais acima da meta de 2022, os quais concentram
11% do NUC total da empresa. Grande parte destes conjuntos está localizada no Vale
do Paraíba e na região metropolitana litorânea da cidade do Rio de Janeiro.
Gráfico 7 – Relação entre o FEC Apurado de 2018 e o FEC Limite de 2022 por Conjunto Consumidor.
Fonte: Elaboração Própria
-100% -100% a -70% -70% a -40% -40% a -20% -20% a -10% -10% a 0% 0% 0 a 10% 10% a 20% 20% a 40% 40% a 70% 70% a 100% 100%
0 - (0%) 2 - (2%) 17 - (16%) 24 - (22%) 7 - (7%) 12 - (11%) 0 - (0%) 8 - (7%) 7 - (7%) 9 - (8%) 5 - (5%) 2 - (2%) 14 - (13%)
62 conjuntos folgam em relação ao limite de 2022
45 conjuntos ultrapassam em relação ao limite de 2022
68% do NUC 32% do NUC11% do NUC
Quantidade e % de Conjuntos
Faixa de Relação entre o FEC Apurado 2018 e o FEC Limite 2022
32
A Tabela 1 apresenta os 5 conjuntos (5% do total) cujos desempenhos de 2018
ultrapassam seus limites de FEC de 2022 entre 40% e 70%, abarcando cerca de 3,9%
do número total de consumidoras da Light. Nota-se que os conjuntos da região do
Vale do Paraíba e o conjunto Mato Alto são caracterizados pela dificuldade de acesso2
e alto índice arbóreo3, o que acarretariam em restrição operativa e de investimentos.
Tabela 1 – Conjuntos Cujos Desempenhos de 2018 Situam-se entre 40% e 70% Superiores aos Limites de FEC de 2022.
Fonte: Elaboração Própria
A Tabela 2 apresenta os 2 conjuntos (2% do total) cujos desempenhos de 2018
ultrapassam seus limites de FEC de 2022 entre 70% e 100%, representando cerca
de 1% do NUC total da empresa. Nota-se que os 2 conjuntos listados são
subterrâneos, ou seja, são conjuntos que, à princípio, exigem investimentos mais
onerosos para redução da taxa de falha destes ativos.
Tabela 2 – Conjuntos Cujos Desempenhos de 2018 Situam-se entre 70% e 100% Superiores aos Limites de FEC de 2022.
Fonte: Elaboração Própria
2 Segundo informações obtidas na contribuição da Light à Audiência Pública Nº 089/2016 (ANEEL, 2016h), que
versa sobre o Diagnósticos dos Conjuntos Críticos da empresa. 3 Idem nota de rodapé 2.
Alto índice arbóreo e difícil acesso
Localização dos conjuntos em análise
ConjuntoNUC2018
FEC Apurado
2018
Limite FEC 2022
CENTENARIO AEREO AT/MT 52.354 9,39 6
CENTENARIO AEREO MT/MT 22.812 15,45 10
JARDIM BOTANICO AEREO 28.469 5,79 4
TRES RIOS AEREO MT/MT 25.175 10,12 7
MATO ALTO 39.887 10,05 7
ConjuntoNUC2018
FEC Apurado
2018
Limite FEC 2022
BARRA 2 24.187 1,88 1
BOTAFOGO SUBTERRANEO 19.970 1,81 1
Rede subterrânea
Localização dos conjuntos em análise
33
A Tabela 3 apresenta os 14 conjuntos (13% do total) cujas performances de
2018 ultrapassam seus limites de FEC de 2022 em mais de 100%, representando
cerca de 6% do total de unidades consumidoras da empresa. Mais uma vez, nota-se
grande presença de conjuntos subterrâneos - cuja redução da frequência de
interrupções demandariam elevados recursos financeiros – e conjuntos contendo
áreas de risco4 – cujo acesso e razoabilidade para realização de investimentos deve
ser ponderada.
Tabela 3 – Conjuntos Cujos Desempenhos de 2018 Situam-se Mais de 100% Superiores aos Limites de FEC de 2022.
Fonte: Elaboração Própria
4.3.2 Análises para o DEC
No Gráfico 8 apresenta-se uma análise comparativa para o indicador DEC,
contrastando o valor apurado de 2018 com o limite homologado para 2022. Observa-
se que 44 conjuntos (42% do total) apresentariam folga em seus limites de DEC em
2022 caso mantivessem o desempenho recente (dados de 2018), representando 46%
do NUC da empresa. Já em relação aos conjuntos cujo desempenho de 2018
ultrapassam o limite de 2022, nota-se que 27 agrupamentos de usuários (25% do
total) violariam os limites de DEC em mais de 40% em 2022, abarcando 14% do NUC
da empresa.
4 Idem nota de rodapé 2.
ConjuntoNUC2018
FEC Apurado
2018
Limite FEC 2022
SAO CONRADO SUBTERRANEO 3.623 4,64 1
ITAPEBA SUBTERRANEO 9.762 4,41 1
BARRA SUBTERRANEO 5.857 4,20 1
HUMAITA SUBTERRANEO 11.099 3,41 1
LEME AEREO URBANO 2.298 12,81 4
HUMAITA AEREO 9.090 14,56 5
LEBLON 31.458 2,65 1
POSTO SEIS AEREO URBANO 1.641 17,61 7
VOLTA REDONDA AEREO MT/MT 38.547 16,79 7
POSTO SEIS SUBTERRANEO 50.611 2,38 1
VIGARIO 11.970 20,72 9
BARRA AEREO 49.504 10,56 5
BAEPENDI AEREO 11.013 10,17 5
SANTA CECILIA AEREO MT/MT 29.032 16,05 8
Possuem área de risco
Rede subterrânea
Localização dos conjuntos em análise
34
Nota-se que os maiores desafios de DEC estão localizados em conjuntos que
se encontram no Vale do Paraíba e litoral sul fluminense.
Gráfico 8 – Relação entre o DEC Apurado de 2018 e o DEC Limite de 2022 por Conjunto Consumidor.
Fonte: Elaboração Própria
A Tabela 4 apresenta 8 conjuntos (7% do total) cujos DEC apurados de 2018
encontram-se entre 40% e 70% superiores aos limites de 2022, concentrando cerca
de 6% do número de unidades consumidoras da concessão. Destes 8 conjuntos, 1
possui presença de áreas de risco e 3 conjuntos apresentam alto índice arbóreo e
difícil acesso, indicando desafios à melhoria da qualidade do serviço.
-100% -100% a -70% -70% a -40% -40% a -20% -20% a -10% -10% a 0% 0% 0 a 10% 10% a 20% 20% a 40% 40% a 70% 70% a 100% 100%
0 - (0%) 2 - (2%) 3 - (3%) 17 - (16%) 11 - (10%) 11 - (10%) 0 - (0%) 11 - (10%) 9 - (8%) 16 - (15%) 8 - (7%) 7 - (7%) 12 - (11%)
44 conjuntos folgam em relação ao limite de 2022
63 conjuntos ultrapassam em relação ao limite de 2022
46% do NUC 54% do NUC14% do NUC
Quantidade e % de Conjuntos
Faixa de Relação entre o DEC Apurado 2018 e o DEC Limite 2022
35
Tabela 4 – Conjuntos Cujos Desempenhos de 2018 Situam-se entre 40% e 70% Superiores aos Limites de DEC de 2022.
Fonte: Elaboração Própria
A Tabela 5 apresenta os 7 conjuntos (6% do total) cujas performances do DEC
de 2018 ultrapassam seus limites de DEC de 2022 entre 70% e 100%, representando
cerca de 3% do número de unidades consumidoras (NUC) total da empresa. Nota-se
que, entre estes 7 conjuntos, 1 possui áreas de risco operativo, 1 possui rede
subterrânea e 3 conjuntos estão localizados na região do Vale do Paraíba, local com
alto índice arbóreo e difícil acesso.
Tabela 5 – Conjuntos Cujos Desempenhos de 2018 Situam-se entre 70% e 100% Superiores aos Limites de DEC de 2022.
Fonte: Elaboração Própria
A Tabela 6 apresenta uma lista de conjuntos cujo desempenho de 2018 viola
em mais de 100% seus limites de DEC em 2022. Observa-se que 12 conjuntos (11%
do total) estão inclusos nesta classificação, representando cerca de 4,5% do total de
Alto índice arbóreo e difícil acessoLocalização dos conjuntos em análise
ConjuntoNUC2018
DEC Apurado
2018
Limite FEC 2022
MATO ALTO 39.887 14,75 9
TRIAGEM AEREO 21.585 10,95 7
TERRA NOVA AEREO 50.863 9,38 6
DEMOCRATICOS AEREO 28.973 10,91 7
BRISA MAR 17.435 17,03 11
BOCA DO MATO AEREO 50.339 9,05 6
ROCHA FREIRE AEREO MT/MT 4.612 25,38 17
SEROPEDICA AEREO 53.585 14,76 10
Possuem área de risco
Possuem área de risco
Rede subterrânea
ConjuntoNUC2018
DEC Apurado
2018
Limite FEC 2022
SANTA CECILIA AEREO MT/MT 29.032 24,75 13
VIGARIO 11.970 26,61 14
BAEPENDI AEREO 11.013 13,03 7
RAMOS AEREO 25.261 14,63 8
CAMERINO SUBTERRANEO 7.785 1,82 1
TROVAO AEREO 30.210 12,18 7
CENTENARIO AEREO MT/MT 22.812 27,30 16
Localização dos conjuntos em análise
36
unidades consumidoras da empresa. Destes, 6 possuem áreas que oferecem risco
operativo e 5 conjuntos possuem redes subterrâneas. Reduzir duração de
interrupções em conjuntos subterrâneos ou com consumidores dispersos pode ser
oneroso. Em se tratando de conjuntos com presença de ASRO, nota-se, inclusive,
que o investimento pode se tornar economicamente inviável, dado que estas
localidades comumente têm elevados níveis de fraudes e inadimplência, baixo
consumos per capta e demandam esforço de melhoria de redes em custos superiores
às demais localidades.
Tabela 6 – Conjuntos Cujos Desempenhos de 2018 Situam-se Mais de 100% Superiores aos Limites de DEC de 2022.
Fonte: Elaboração Própria
Conclui-se que a ANEEL, ao homologar as metas para o 4CRTP, demandou
melhorias expressivas em conjuntos do Vale do Paraíba e da cidade do Rio de
Janeiro. Em se tratando de conjuntos da capital, destacam-se os desafios para
melhoria da continuidade em agrupamentos de consumidores subterrâneos e com
presença de ASRO.
Reduzir interrupções e durações das interrupções em redes subterrâneas pode
ser altamente oneroso para a distribuidora. Além disso, deve-se avaliar a
razoabilidade de se almejar redução do indicador de 2 unidades para 1 unidade
(interrupção/hora). A qualidade observada pelo usuário é incrementada
marginalmente, enquanto os custos para atingir esta confiabilidade são
consideravelmente elevados.
ConjuntoNUC2018
DEC Apurado
2018
Limite FEC 2022
SAO CONRADO SUBTERRANEO 3.623 4,64 1
ITAPEBA SUBTERRANEO 9.762 4,41 1
BARRA SUBTERRANEO 5.857 4,20 1
LEME AEREO URBANO 2.298 12,81 4
HUMAITA AEREO 9.090 14,56 5
LEBLON 31.458 2,65 1
POSTO SEIS AEREO URBANO 1.641 17,61 7
VOLTA REDONDA AEREO MT/MT 38.547 16,79 7
BARRA AEREO 49.504 10,56 5
BOTAFOGO SUBTERRANEO 19.970 1,81 1
SAO CONRADO AEREO 22.554 8,67 7
ELDORADO 4.217 9,52 8
Possuem área de risco
Rede subterrânea
Localização dos conjuntos em análise
37
Em se tratando de áreas que oferecem risco operativo, faz-se necessário
contemporizar, ainda que conceitualmente, a razoabilidade de se realizar vultosos
investimentos em regiões cujas principais características são elevados níveis de
fraude (PNT), de inadimplência e baixo consumo per capta, resultando em receitas
que não seriam suficientes para arcar com os custos da melhoria da qualidade.
Por fim, deve-se avaliar a evolução histórica dos indicadores segundo os
valores apurados, para determinar se a melhora observada nos índices globais é
acompanhada por melhora razoavelmente homogênea entre os conjuntos
consumidores. Neste intuito, foram selecionados os dez piores desempenhos de FEC
e DEC entre 2014-2018 para analisar como estes conjuntos se encontram segundo
dados de 2018. A hipótese a se confirmar é que há melhora dos indicadores mesmo
em conjuntos que tenham piores desempenhos, ainda que possam não ser
suficientes para retirar parte destes conjuntos deste ranking de piores performances.
A Tabela 7 demonstra a lista dos dez piores desempenhos de FEC entre 2014
e 2018, bem como suas localizações geográficas. Observa-se que as piores
performances estão localizadas no interior da concessão (Vale do Paraíba). O pior
FEC observado equivale a 18,45 interrupções, enquanto o conjunto mais bem
posicionado neste ranking galga o patamar de 12,29 interrupções médias por ano.
Tabela 7 – Ranking dos Conjuntos com Piores Performances de FEC – Média 2014 – 2018.
Fonte: Elaboração Própria
A Tabela 8 apresenta a lista dos dez piores desempenhos de FEC segundo
dados de 2018, bem como suas localizações geográficas e variações em relação ao
histórico (2014-2018). Ao se comparar com dados pretéritos, verifica-se que 7 dos 10
conjuntos mantiveram-se entre os piores desempenhos. A pior performance atual
*Média Anual
PosiçãoCódigo do
ConjuntoNome do Conjunto FEC* NUC*
1º 15089 CENTENARIO AEREO MT/MT 18,45 22.271
2º 15003 VIGARIO 18,24 11.645
3º 15050 LEME AEREO URBANO 16,39 2.286
4º 15009 MATO ALTO 16,34 36.008
5º 15090 SANTA CECILIA AEREO MT/MT 15,49 28.264
6º 15081 ROCHA FREIRE AEREO MT/MT 14,81 4.504
7º 15086 VOLTA REDONDA AEREO MT/MT 14,58 36.816
8º 15005 ELDORADO 14,01 4.103
9º 15077 POSTO SEIS AEREO URBANO 12,95 1.837
10º 15088 TRES RIOS AEREO MT/MT 12,29 24.177
Top 10 - Piores Conjuntos
38
equivale a 20,72 interrupções (conjunto Vigário, que ocupa a posição de 2º pior
desempenho histórico). O ponto positivo é que o 10º localizado no ranking de 2018 já
alcança o patamar de 10,17 interrupções, indicando melhora nos índices de
continuidade.
Tabela 8 – Ranking dos Conjuntos com Piores Performances de FEC – 2018.
Fonte: Elaboração Própria
Na Tabela 9 apresenta-se a lista dos dez piores conjuntos em termos da
evolução histórica de DEC entre 2014 – 2018. A pior performance é do conjunto Posto
Seis Aéreo Urbano, com 34,56 horas na média do período analisado. O melhor
desempenho deste ranking é Brisa Mar, com patamar de 18,86 horas.
Tabela 9 – Ranking dos Conjuntos com Piores Performances de DEC – Média 2014 – 2018.
Fonte: Elaboração Própria
Na Tabela 10 apresentam-se performances de DEC em 2018 nos dez
conjuntos com piores desempenhos. Verifica-se que 9 dos 10 conjuntos mantiveram-
se entre os piores em relação ao histórico para este indicador. O pior colocado
(conjunto Posto Seis Urbano) tem indicador quase 27 horas acima da sua média
PosiçãoCódigo do
ConjuntoNome do Conjunto FEC NUC
1º 15003 VIGARIO 20,72 11.970
2º 15077 POSTO SEIS AEREO URBANO 17,61 1.641
3º 15086 VOLTA REDONDA AEREO MT/MT 16,79 38.547
4º 15090 SANTA CECILIA AEREO MT/MT 16,05 29.032
5º 15089 CENTENARIO AEREO MT/MT 15,45 22.812
6º 15022 HUMAITA AEREO 14,56 9.090
7º 15050 LEME AEREO URBANO 12,81 2.298
8º 15081 ROCHA FREIRE AEREO MT/MT 12,13 4.612
9º 15013 BARRA AEREO 10,56 49.504
10º 15026 BAEPENDI AEREO 10,17 11.013
Top 10 - Piores Conjuntos
*Média Anual
PosiçãoCódigo do
ConjuntoNome do Conjunto DEC* NUC*
1º 15077 POSTO SEIS AEREO URBANO 34,56 1.641
2º 15050 LEME AEREO URBANO 32,50 2.298
3º 15089 CENTENARIO AEREO MT/MT 28,86 22.812
4º 15053 SAO CONRADO AEREO 27,63 22.554
5º 15081 ROCHA FREIRE AEREO MT/MT 27,16 4.612
6º 15003 VIGARIO 27,14 11.970
7º 15005 ELDORADO 24,86 4.217
8º 15090 SANTA CECILIA AEREO MT/MT 23,77 29.032
9º 15086 VOLTA REDONDA AEREO MT/MT 22,72 38.547
10º 15006 BRISA MAR 18,86 17.435
Top 10 - Piores Conjuntos
39
histórica dos últimos 5 anos (perfazendo 61,36 horas contra 34,56 horas). Por outro
lado, 6 dos 10 conjuntos do ranking melhoraram seus respectivos desempenhos.
Tabela 10 – Ranking dos Conjuntos com Piores Performances de DEC – 2018.
Fonte: Elaboração Própria
Dessa forma, não se pode rejeitar a hipótese de que há melhoras contínuas na
confiabilidade do sistema de distribuição da Light desde 2014 até o presente
momento, em particular para o indicador DEC. Também não se pode negar que estes
ganhos de qualidade estão distribuídos em grande parte da área de concessão da
empresa.
PosiçãoCódigo do
ConjuntoNome do Conjunto DEC NUC
1º 15077 POSTO SEIS AEREO URBANO 61,36 1.641
2º 15050 LEME AEREO URBANO 31,10 2.298
3º 15005 ELDORADO 28,96 4.217
4º 15089 CENTENARIO AEREO MT/MT 27,30 22.812
5º 15022 HUMAITA AEREO 27,24 9.090
6º 15003 VIGARIO 26,61 11.970
7º 15081 ROCHA FREIRE AEREO MT/MT 25,38 4.612
8º 15090 SANTA CECILIA AEREO MT/MT 24,75 29.032
9º 15086 VOLTA REDONDA AEREO MT/MT 23,75 38.547
10º 15053 SAO CONRADO AEREO 22,80 22.554
Top 10 - Piores Conjuntos
40
5 CONCLUSÕES
5.1 CONCLUSÕES GERAIS
O objetivo principal do projeto foi concluído com êxito após o estudo e análise
do serviço prestado pela distribuidora Light. Avaliou-se o histórico de apuração dos
indicadores coletivos da qualidade de serviço da Light (DEC e FEC), a partir de
informações públicas disponibilizadas no site da ANEEL para o período de janeiro de
2014 a dezembro de 2018. Notou-se que desde o ano de 2016 até 2018, houve uma
redução nos valores apurados de DEC e de FEC buscando o cumprimento da meta
global e mitigando o risco de violação do limite interno, conforme previsto no 5º aditivo
contratual, que permite, em última instância, extinção da concessão.
Nesse mesmo período, verificou-se uma elevação na parcela expurgável por
causa da mudança regulatória na Interrupção em Situação de Emergência (ISE),
sendo considerado, a partir de 2016, um novo critério para expurgo dos indicadores:
critério do Cliente Hora Interrompido (CHI). Adicionalmente, o Despacho Nº 459/2018
da ANEEL permitiu que, até o dia 31/12/2018, fossem expurgadas interrupções cujo
reparo seja em locais com risco físico aos colaboradores da Light. Essas modificações
contribuíram para a elevação da parcela expurgada de ambos os indicadores, sendo
mais expressiva em conjuntos localizados na região Metropolitana do estado do Rio
de Janeiro.
Já em relação aos indicadores apurados dos conjuntos, observou-se maior
dificuldade de cumprimento das metas de DEC, com 25% dos conjuntos violando em
mais de 40% suas metas, quando se confronta a performance de DEC de 2018 com
os limites de DEC de 2022. Já os conjuntos que violam em mais de 100% seus limites
(12 conjuntos), observou-se que mais da metade destes estão localizados em áreas
de risco e/ou são conjuntos subterrâneos. Analisando a performance para o indicador
FEC, notou-se que 20% dos conjuntos verificam ultrapassagem em mais de 40% de
seus limites em 2022, sendo que, aqueles que transgridem em mais de 100% (14
conjuntos), são em sua maioria conjuntos subterrâneos e/ou conjuntos em áreas de
risco. Assim, constata-se que os maiores patamares de violação do limite de 2022
estão em conjuntos onde a realização de investimentos são mais custosos
41
(subterrâneo) ou estão em áreas com menores mercados e de maior risco
operacional/econômico (ASRO).
Através dessas análises, conclui-se que a distribuidora Light vem
correspondendo as exigências impostas pela reguladora e sua melhora é notável em
toda área de concessão.
5.2 SUGESTÃO PARA TRABALHOS FUTUROS
Trabalhos futuros podem analisar a influência dos conjuntos com elevados
números de clientes em áreas de risco nos indicadores coletivos de continuidade
(DEC e FEC), visto que existe dificuldade de investimentos nesses locais.
42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Elétrico Nacional - PRODIST, e dá outras providências, de 15 de dezembro de
2009. Disponível em: <http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2009395.pdf>.
[3] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Perguntas e Respostas – ANEEL: DIC, FIC e DMIC. 2010. Disponível em: <http://www2.aneel.gov.br/arquivos/PDF/DIC%20FIC%20DMIC.pdf>. [4] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Nota Técnica n° 0084/2014-SRD/ANEEL: Proposta de aprimoramento da definição de Interrupção em Situação de Emergência prevista na regulamentação de expurgos associados aos indicadores de continuidade do serviço de distribuição de energia elétrica. Brasília, DF, 2014. Disponível em: < http://www.aneel.gov.br/audiencias-publicas?p_auth=H34YeMoC&p_p_id=audienciaspublicasvisualizacao_WAR_AudienciasConsultasPortletportlet&p_p_lifecycle=1&p_p_state=normal&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-2&p_p_col_count=1&_audienciaspublicasvisualizacao_WAR_AudienciasConsultasPortletportlet_audienciaId=921&_audienciaspublicasvisualizacao_WAR_AudienciasConsultasPortletportlet_javax.portlet.action=visualizarAudiencia>. [5] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Histórico da ANEEL. Brasília, DF, 2015a. Disponível em: < http://www2.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=8&idPerfil=3 >.
[6] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Nota Técnica n° 0031/2015-SRD/ANEEL: Análise das contribuições da Audiência Pública nº 052/2014, que tratou da proposta de aprimoramento da definição de Interrupção em Situação de Emergência prevista na apuração dos indicadores de continuidade do serviço de distribuição de energia elétrica. Brasília, DF, 2015b. Disponível em: < http://www.aneel.gov.br/audienciaspublicas?p_auth=H34YeMoC&p_p_id=audienciaspublicasvisualizacao_WAR_AudienciasConsultasPortletportlet&p_p_lifecycle=1&p_p_state=normal&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-2&p_p_col_count=1&_audienciaspublicasvisualizacao_WAR_AudienciasConsultasPortletportlet_audienciaId=921&_audienciaspublicasvisualizacao_WAR_AudienciasConsultasPortletportlet_javax.portlet.action=visualizarAudiencia>.
[7] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Indicadores. Brasília, DF, 2015c. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/indicadores>. [8] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Nota Técnica n° 0173/2016-SRD/ANEEL: Abertura de Consulta Pública – Análise da regulamentação da continuidade do fornecimento de energia elétrica, com enfoque sobre a avaliação dos custos relacionados à confiabilidade do serviço de distribuição.
43
Brasília, DF, 2016a. Disponível em: < http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/consulta_publica/documentos/Nota%20Técnica_0173_SRD.pdf>. [9] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Qualidade na distribuição. Brasília, DF, 2016b. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/qualidade-na-distribuicao>. [10] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. PRODIST: Módulo 1 – Introdução, Revisão 3. Brasília, DF, 2016c. Disponível em: < http://www2.aneel.gov.br/arquivos/pdf/modulo1_revisao_3.pdf>. [11] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. PRODIST. Brasília, DF, 2016d. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/prodist>.
[12] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Nota Técnica n° 0168/2016-SRD/ANEEL: Estabelecimento dos limites para os indicadores de continuidade DEC e FEC dos conjuntos da Light Serviços de Eletricidade S.A. – Light, para o período 2018 a 2022, em razão de Requerimento Administrativo com vistas àcelebração de termo aditivo contratual aprovadopelo Despacho nº 2.194/2016. Brasília, DF, 2016e. Disponível em: < http://www.aneel.gov.br/audiencias-publicas?p_auth=H34YeMoC&p_p_id=audienciaspublicasvisualizacao_WAR_AudienciasConsultasPortletportlet&p_p_lifecycle=1&p_p_state=normal&p_p_mode=view&p_p_col_id=column2&p_p_col_count=1&_audienciaspublicasvisualizacao_WAR_AudienciasConsultasPortletportlet_audienciaId=1061&_audienciaspublicasvisualizacao_WAR_AudienciasConsultasPortletportlet_javax.portlet.action=visualizarAudiencia>.
[13] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Audiência Pública nº. 033/2009 – Revisão do Procedimentos de Distribuição (PRODIST). Brasília, DF, 2016f. Disponível em: <http://www2.aneel.gov.br/arquivos/PDF/DIC%20FIC%20DMIC.pdf >.
[14] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Minuta do Contrato - Anexo da Nota Técnica nº 454 /2016-SCT-SFF-SRD-SRM-SGT-SFE/ANEEL: QUINTO TERMO ADITIVO AO CONTRATO DE CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA No 001/1996-ANEEL. Brasília, DF, 2016g. Disponível em: < http://www.aneel.gov.br/audiencias-publicas?p_auth=H34YeMoC&p_p_id=audienciaspublicasvisualizacao_WAR_AudienciasConsultasPortletportlet&p_p_lifecycle=1&p_p_state=normal&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-2&p_p_col_count=1&_audienciaspublicasvisualizacao_WAR_AudienciasConsultasPortletportlet_audienciaId=1061&_audienciaspublicasvisualizacao_WAR_AudienciasConsultasPortletportlet_javax.portlet.action=visualizarAudiencia>.
[15] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Audiência Pública nº. 089/2016 - obter subsídios para a discussão e eventual assinatura de termo aditivo contratual e para o aprimoramento da quarta revisão tarifária da LIGHT e definição dos limites de DEC e FEC dos conjuntos de unidades consumidoras da Distribuidora, de 2018 a 2022. Brasília, DF, 2016h. Disponível em: <
http://www.aneel.gov.br/audiencias-publicas?p_auth=Fhta7gq2&p_p_id=audienciaspublicasvisualizacao_WAR_Audienci
44
asConsultasPortletportlet&p_p_lifecycle=1&p_p_state=normal&p_p_mode=view&p_p_col_id=column2&p_p_col_count=1&_audienciaspublicasvisualizacao_WAR_AudienciasConsultasPortletportlet_audienciaId=1061&_audienciaspublicasvisualizacao_WAR_AudienciasConsultasPortletportlet_javax.portlet.action=visualizarAudiencia>
[16] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Indicadores Coletivos de Continuidade (DEC e FEC). Brasília, DF, 2017a. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/indicadores-coletivos-de-continuidade>. [17] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Sala de Imprensa. Brasília, DF, 2017b. Disponível em: < http://www.aneel.gov.br/sala-de-imprensa-exibicao-2/-/asset_publisher/zXQREz8EVlZ6/content/termo-aditivo-ao-contrato-de-concessao-da-light-rj-e-aprovado/656877?inheritRedirect=false>. [18] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. PRODIST: Módulo 1 – Introdução, Revisão 10. Brasília, DF, 2018a. Disponível em: < http://www.aneel.gov.br/documents/656827/14866914/M%C3%B3dulo1_Revis%C3%A3o10/f6c63d9a-62e9-af35-591e-5fb020b84c13>. [19] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. PRODIST: Módulo 8: Qualidade da Energia Elétrica, Revisão 10. Brasília, DF, 2018b. Disponível em: < http://www.aneel.gov.br/documents/656827/14866914/M%C3%B3dulo_8-Revis%C3%A3o_10/2f7cb862-e9d7-3295-729a-b619ac6baab9>. [20] BERNARDO, N. Evolução da Gestão da Qualidade de Serviço de Energia Elétrica no Brasil. 2013. 65 f. Monografia (Curso de Engenharia Elétrica). Universidade Federal do Rio de Janeiro: Escola Politécnica. Rio de Janeiro, RJ. [21] BRASIL. Lei Nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências. Diário Oficial da República, Brasília, DF, 13 fev. 1995. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8987compilada.htm>. [22] BRASIL. Lei Nº 9.427, de dezembro de 1996. Institui a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL disciplina o regime das concessões de serviços públicos de energia elétrica e dá outras providências. Diário Oficial da República, Brasília, DF, 26 dez. 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9427cons.htm>. [23] CNI. Confederação Nacional da Indústria. Dois terços da indústria têm prejuízos com falhas de fornecimento de energia elétrica. Sondagem Especial: Indústria e energia. Indicadores CNI, Ano 17, Número 1, 2016. Disponível em: <http://www.portaldaindustria.com.br/cni/publicacoes-e-estatisticas/estatisticas/2016/03/1,84609/sondesp-65-industria-e-energia.html>. [24] CONSTANTI, L. P. Análise comparativa das metodologias de definição de conjuntos para estabelecimento de metas de qualidade (DEC e FEC). 2013. 84 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Regulação e Gestão de Negócios – REGEN), Universidade de Brasília, Brasília, DF. Disponível em:
45
<http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15875/1/2013_LarissaPinheiroConstanti.pdf>. [25] EA. Engenheiros Associados. Soluções em Engenharia Elétrica, Qualidade. São Paulo, SP, 2015. Disponível em: <http://www.engenheirosassociados.com.br/qualidade.php>. [26] IEEE. Institute of Electrical and Electronic Engineers. 1366-2001 - IEEE Guide for Electric Power Distribution Reliability Indices. 2001. Disponível em: <http://ieeexplore.ieee.org/document/1274921/ >. [27] INSTITUTO ACENDE BRASIL. Brasil, O observatório do setor elétrico brasileiro. Qualidade do fornecimento de energia elétrica: Confiabilidade, conformidade e presteza. White Paper, Ed. Nº 14, São Paulo, SP, 2014. Disponível em: <http://www.acendebrasil.com.br/media/estudos/2014_WhitePaperAcendeBrasil_14_Qualidade_Fornecimento_Energia_Rev_0.pdf>. [28] JANUZZI, Antônio Cezar. Regulação da qualidade de energia elétrica sob o foco do consumidor. 2007. 234 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica), Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal. Disponível em: <http://www2.aneel.gov.br/biblioteca/trabalhos/trabalhos/Dissertacao_Antonio_Cezar_Jannuzi.pdf>. [29] LOURENÇO, C. G. C. Qualidade dos serviços prestados pelas distribuidoras de energia elétrica no Brasil. 2011. 41 f. Monografia (Curso de engenharia Elétrica), Universidade São Francisco, Itatiba, São Paulo. [30] LUSVARGHI, S. A.S. Impactos Econômicos da descontinuidade do serviço elétrico utilizando um modelo de mercado. 2010. 116 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica), Universidade Federal de Itajubá, Itajubá. [31] MELO, M. O. C; CAVALCANTI, G. Avaliação do impacto da qualidade de energia elétrica na produção industrial: Proposta de metodologia. XXVIII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 14 f, Rio de Janeiro. Associação Brasileira de Engenharia de Produção, 2008. [32] NOBRE, M. M. Avaliação da Qualidade da Energia Elétrica através do Custo da Interrupção para o Consumidor Industrial e dos Indicadores de Continuidade (DEC e FEC). 2017. 100 f. Monografia (Pós-Graduação em engenharia Elétrica), Universidade Federal de Itajubá, Itajuba, Minas Gerais. [33] REICHL, J.; Schmidthale, M.; Schneide, F. The value of supply security: The costs of power outages to Austrian households, firms and the public sector. Science Direct, Volume 36, Pages 256–261, 2013. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.eneco.2012.08.044>. [34] SILVA, M. P. C; LEBORGNE, R. C.; ROSSINI, E. A influência da metodologia de regulação nos indicadores DEC e FEC. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SISTEMAS ELÉTRICOS, 2014, Foz do Iguaçu. Anais do Simpósio Brasileiro de Sistemas Elétricos, 2014.
46
ANEXO I
Tabela 11 – Indicadores de Continuidade da LIGHT
Indicadores 2014 2015 2016 2017 2018
DECXP 0 0 0 0 0
FECXP 0 0 0 0 0
DECXN 0 0 0,26 0,07 0,02
FECXN 0 0,02 0,47 0,13 0,06
DECIP 1,11 0,91 0,82 0,78 0,87
FECIP 0,37 0,28 0,27 0,27 0,33
DECIND 11,24 11,7 10,62 8,29 6,89
FECIND 6,23 6,14 5,73 4,86 4,05
DECINE 0 0 0,93 0,66 4,39
FECINE 0 0 0,31 0,35 0,69
DECINC 0,85 1,3 2,02 1,21 2,19
FECINC 0,34 0,55 0,69 0,54 0,85
DECINO 0,17 0,07 0,02 0 0,02
FECINO 0,17 0,09 0,07 0 0,14
DECIPC 0,03 0,07 0,02 0,01 0,03
FECIPC 0,01 0,02 0,01 0 0,01
DECXPC 0 0 0 0 0
FECXPC 0 0 0 0 0
DECXNC 0 0 0 0,01 0,02
FECXNC 0 0,01 0,01 0,02 0,05
DECTOT 13,4 14,05 14,69 11,03 14,43
FECTOT 7,12 7,11 7,56 6,17 6,18 Fonte: ANEEL (2017a)
Tabela 12 – Sigla e Descrição dos Indicadores Apurados
Sigla Descrição
DECTOT DECTOT Representa o total de todos os DECs, ou seja, a duração total das interrupções
FECTOT FECTOT Representa o total de todos os FECs, ou seja, a quantidade total das interrupções
DECXP DEC de interrupção de origem externa ao sistema de distribuição e programada
FECXP FEC de interrupção de origem externa ao sistema de distribuição e programada
DECXN DEC de interrupção de origem externa ao sistema de distribuição e não programada
FECXN FEC de interrupção de origem externa ao sistema de distribuição e não programada
DECIP DEC de interrupção de origem interna ao sistema de distribuição e programada
FECIP FEC de interrupção de origem interna ao sistema de distribuição e programada
DECIND DEC de interrupção de origem interna não programada e não expurgável**
FECIND FEC de interrupção de origem interna não programada e não expurgável**
DECINE DEC de interrupção de origem interna não programada e ocorrida em situação de emergência, não ocorrida em Dia Crítico*
FECINE FEC de interrupção de origem interna não programada e ocorrida em situação de emergência, não ocorrida em Dia Crítico*
DECINC DEC de interrupção de origem interna ao sistema de distribuição, não programada e ocorrida Dia Crítico*
FECINC FEC de interrupção de origem interna ao sistema de distribuição, não programada e ocorrida Dia Crítico*
47
DECINO DEC de interrupção de origem interna não programada, vinculadas a racionamento ou alívio de carga solicitado pelo ONS, não ocorrida em Dia Crítico*
FECINO FEC de interrupção de origem interna não programada, vinculadas a racionamento ou alívio de carga solicitado pelo ONS, não ocorrida em Dia Crítico*
DECIPC DEC de interrupção de origem interna ao sistema distribuição, programada e ocorrida em Dia Crítico*
FECIPC FEC de interrupção de origem interna ao sistema distribuição, programada e ocorrida em Dia Crítico*
DECXPC DEC de interrupção de origem externa ao sistema distribuição, programada e ocorrida em Dia Crítico*
FECXPC FEC de interrupção de origem externa ao sistema distribuição, programada e ocorrida em Dia Crítico*
DECXNC DEC de interrupção de origem externa ao sistema distribuição, não programada e ocorrida em Dia Crítico*
FECXNC FEC de interrupção de origem externa ao sistema distribuição, não programada e ocorrida em Dia Crítico*
* Conforme definido no Modulo 1 do PRODIST
** Os casos de expurgo são elencados no Módulo 8 do PRODIST
Fonte: ANEEL (2017a)
Tabela 13 – Indicadores de Continuidade por Conjunto da LIGHT - Ano (2014)
CONJUNTO CÓDIGO Nº DE
CONSUMIDORES DEC
APURADO DEC
LIMITE FEC
APURADO FEC
LIMITE
AGUA GRANDE AEREO 15045 42.515 8,53 8,00 4,07 5,00
ALDEIA CAMPISTA 15033 37.420 3,77 4,00 2,50 2,00
ALVORADA 15004 26.426 4,47 4,00 3,70 4,00
AREIA BRANCA AEREO 15054 106.875 12,98 9,00 5,95 5,00
ARI FRANCO 15010 63.953 12,47 9,00 4,65 7,00
BAEPENDI AEREO 15026 11.016 10,69 9,00 5,50 7,00
BAEPENDI SUBTERRANEO 15063 47.489 1,28 1,00 0,79 1,00
BARRA 2 15689 24.189 1,65 2,00 1,21 1,00
BARRA AEREO 15013 31.961 18,39 9,00 13,08 8,00
BARRA SUBTERRANEO 15690 5.669 2,20 2,00 1,64 1,00
BOCA DO MATO AEREO 15055 50.372 11,08 8,00 5,78 5,00
BOTAFOGO AEREO URBANO 15067 5.418 13,56 8,00 7,99 5,00
BOTAFOGO SUBTERRANEO 15064 20.282 5,62 1,00 3,29 1,00
BRAS DE PINA 15017 32.149 13,76 9,00 6,60 5,00
BRISA MAR 15006 16.391 27,70 13,00 13,28 11,00
CACHAMBI AEREO 15027 62.675 8,96 7,00 4,56 6,00
CACHAMORRA 15011 62.858 9,24 6,00 4,85 5,00
CAMARA 14991 83.207 18,02 8,00 8,50 5,00
CAMERINO AEREO URBANO 15068 5.094 13,47 14,00 8,68 12,00
CAMERINO SUBTERRANEO 15065 8.143 1,13 1,00 0,55 1,00
CAMPO MARTE AEREO 15047 14.118 10,96 7,00 7,61 5,00
CARMARI 15691 49.035 10,51 10,00 4,83 7,00
CASCADURA AEREO 15034 83.749 10,85 7,00 4,51 6,00
CAXIAS AEREO 15700 79.723 9,13 11,00 4,93 10,00
CENTENARIO AEREO AT/MT 15074 49.873 9,53 10,00 8,84 7,00
CENTENARIO AEREO MT/MT 15089 21.679 25,48 20,00 15,75 15,00
COELHO DA ROCHA 15035 49.597 10,65 10,00 5,95 8,00
COLEGIO AEREO 15021 43.842 16,04 7,00 7,83 5,00
COMENDADOR SOARES 15048 78.077 8,83 13,00 3,73 11,00
48
COPACABANA 15012 44.702 0,27 1,00 0,34 1,00
COSMOS 14990 66.591 14,28 11,00 6,33 10,00
CURICICA AEREO 15028 77.049 17,67 10,00 10,52 8,00
DEMOCRATICOS AEREO 15056 27.353 17,92 10,00 9,23 8,00
ELDORADO 15005 3.882 35,33 15,00 21,94 13,00
ESPERANCA AEREO AT/MT 15695 79.462 17,64 10,00 9,23 8,00
ESPERANCA AEREO MT/MT 15070 29.833 18,01 19,00 9,20 18,00
FONTINELE 15007 58.276 8,95 8,00 7,28 4,00
FREI CANECA AEREO 15049 54.537 8,09 9,00 4,34 6,00
GOVERNADOR AEREO 15040 29.182 12,40 10,00 6,70 8,00
GUADALUPE AEREO 15036 52.647 18,31 9,00 9,62 6,00
GUANABARA AEREO 15037 51.447 13,65 10,00 6,12 6,00
HUMAITA AEREO 15022 8.726 16,33 10,00 9,37 7,00
HUMAITA SUBTERRANEO 15059 11.197 2,70 2,00 2,89 1,00
INMETRO 14997 15.170 33,84 25,00 14,11 18,00
ITAGUAI 15694 32.250 8,98 10,00 5,68 8,00
ITAPEBA AEREO URBANO 15066 33.212 7,40 9,00 7,00 6,00
ITAPEBA SUBTERRANEO 15060 9.998 5,45 3,00 4,94 1,00
JABOATAO AEREO 15029 73.198 9,28 11,00 4,22 9,00
JARDIM BOTANICO AEREO 15071 28.488 9,46 6,00 6,18 5,00
LEBLON 14992 31.661 6,61 1,00 2,72 1,00
LEME AEREO URBANO 15050 2.247 36,06 7,00 19,41 5,00
LEME SUBTERRANEO 15041 20.816 0,15 1,00 0,91 1,00
LEOPOLDO AEREO 15030 41.556 12,42 8,00 8,17 5,00
MACKENZIE 15008 6.948 1,22 1,00 0,53 1,00
MARAPICU 15697 27.259 17,21 19,00 5,30 18,00
MATO ALTO 15009 33.340 29,74 14,00 17,93 12,00
MATURACA AEREO 15031 44.576 12,39 7,00 4,77 4,00
MENA BARRETO AEREO 15057 102.273 12,00 7,00 5,56 5,00
MERITI 14993 32.196 13,08 10,00 6,43 7,00
NOVA IGUACU 15692 78.209 16,54 10,00 9,69 6,00
PADRE MIGUEL 15019 67.101 13,38 7,00 5,34 6,00
PAVUNA 14994 69.167 16,49 10,00 8,40 6,00
PEDRO ERNESTO AEREO 15061 46.272 14,10 8,00 7,73 6,00
PIEDADE 14998 50.233 7,40 7,00 3,69 4,00
PORTA DAGUA AEREO 15051 95.041 20,18 12,00 10,83 10,00
POSTO SEIS AEREO URBANO 15077 2.203 29,13 25,00 10,52 15,00
POSTO SEIS SUBTERRANEO 15075 51.708 2,43 1,00 2,13 1,00
QUEIMADOS AEREO 15698 29.308 17,86 18,00 8,64 16,00
RAMOS AEREO 15015 26.641 21,60 13,00 9,70 12,00
RECREIO 14999 41.172 6,95 7,00 5,85 6,00
RETIRO 14995 59.899 8,71 7,00 5,98 6,00
RIO COMPRIDO AEREO 15058 54.849 6,12 7,00 4,24 5,00
ROCHA FREIRE AEREO AT/MT 15693 29.408 15,46 10,00 8,70 8,00
ROCHA FREIRE AEREO MT/MT 15081 4.376 36,49 25,00 10,21 18,00
ROSALI 14996 84.099 11,14 7,00 5,38 6,00
SAMARITANO AEREO URBANO 15078 1.289 11,81 8,00 4,41 6,00
SAMARITANO SUBTERRANEO 15076 28.004 2,13 1,00 0,43 1,00
SANTA CECILIA AEREO AT/MT 15082 26.557 8,89 7,00 9,92 5,00
SANTA CECILIA AEREO MT/MT 15090 27.343 21,47 19,00 17,44 14,00
49
SANTA CLARA AEREO 15052 46.839 11,87 10,00 6,08 6,00
SANTA LUZIA 15016 7.572 0,26 1,00 0,64 1,00
SANTISSIMO AEREO 15042 36.943 15,68 10,00 8,66 6,00
SANTO ANTONIO AEREO URBANO 15085 3.125 4,73 9,00 4,27 7,00
SANTO ANTONIO SUBTERRANEO 15083 16.985 2,48 1,00 1,22 1,00
SAO CONRADO AEREO 15053 21.244 30,96 15,00 13,91 12,00
SAO CONRADO SUBTERRANEO 15079 3.288 6,45 2,00 4,29 1,00
SAO JOAO 15699 36.701 11,77 11,00 6,39 10,00
SAPUCAIA 15091 17.372 9,92 11,00 8,60 10,00
SARAPUI 15000 62.482 11,16 17,00 4,59 15,00
SAUDADE 15001 15.341 10,78 10,00 7,46 10,00
SEROPEDICA AEREO 15043 50.624 28,87 14,00 15,17 12,00
TAQUARA AEREO 15023 68.426 9,73 10,00 4,38 7,00
TERRA NOVA AEREO 15044 48.842 16,71 9,00 6,79 6,00
TRES RIOS AEREO AT/MT 15087 35.837 6,40 7,00 7,39 6,00
TRES RIOS AEREO MT/MT 15088 22.838 15,56 14,00 11,98 11,00
TRIAGEM AEREO 15024 20.680 14,45 10,00 5,09 7,00
TROVAO AEREO 15020 29.030 14,39 12,00 6,45 10,00
TURIACU 15002 51.717 12,25 7,00 5,06 6,00
URUGUAI AEREO 15025 39.732 9,19 8,00 4,86 6,00
VIGARIO 15003 11.250 21,36 16,00 16,16 14,00
VIGARIO GERAL AEREO 15062 37.311 14,77 9,00 5,21 6,00
VILA VALQUEIRE 15032 47.285 11,69 7,00 5,44 4,00
VILAR DOS TELES AEREO 15072 31.987 14,40 12,00 4,91 11,00
VOLTA REDONDA AEREO AT/MT 15084 47.408 8,55 7,00 6,94 6,00
VOLTA REDONDA AEREO MT/MT 15086 34.335 14,49 10,00 12,68 7,00
WASHINGTON LUIS AEREO 15073 31.085 7,99 9,00 4,47 6,00
ZONA INDUSTRIAL 15696 9.214 16,16 11,00 6,13 8,00
TOTAL DE CONJUNTOS: 107 CONSUMIDORES: 4.102.234
Fonte: ANEEL (2017a)
Tabela 14 – Indicadores de Continuidade por Conjunto da LIGHT - Ano (2015)
CONJUNTO CÓDIGO Nº DE
CONSUMIDORES DEC
APURADO DEC
LIMITE FEC
APURADO FEC
LIMITE
AGUA GRANDE AEREO 15045 43.056 6,87 8,00 3,88 5,00
ALDEIA CAMPISTA 15033 37.818 4,71 4,00 2,82 2,00
ALVORADA 15004 26.929 5,78 4,00 4,46 4,00
AREIA BRANCA AEREO 15054 114.455 13,40 9,00 4,99 5,00
ARI FRANCO 15010 64.315 9,62 9,00 4,11 7,00
BAEPENDI AEREO 15026 11.000 16,64 9,00 13,92 7,00
BAEPENDI SUBTERRANEO 15063 47.431 0,84 1,00 0,70 1,00
BARRA 2 15689 24.175 1,34 2,00 1,15 1,00
BARRA AEREO 15013 32.259 18,48 9,00 12,14 8,00
BARRA SUBTERRANEO 15690 5.706 2,61 2,00 1,84 1,00
BOCA DO MATO AEREO 15055 50.372 7,32 8,00 2,84 5,00
BOTAFOGO AEREO URBANO 15067 5.456 7,29 8,00 4,43 5,00
BOTAFOGO SUBTERRANEO 15064 20.291 1,68 1,00 1,09 1,00
BRAS DE PINA 15017 31.959 7,42 9,00 3,46 5,00
50
BRISA MAR 15006 16.802 23,02 13,00 10,88 11,00
CACHAMBI AEREO 15027 62.766 7,04 7,00 3,97 6,00
CACHAMORRA 15011 64.129 11,66 6,00 4,40 5,00
CAMARA 14991 83.323 16,36 8,00 8,99 5,00
CAMERINO AEREO URBANO 15068 4.879 16,34 13,00 6,67 10,00
CAMERINO SUBTERRANEO 15065 8.152 1,37 1,00 0,47 1,00
CAMPO MARTE AEREO 15047 14.200 10,76 7,00 6,36 5,00
CARMARI 15691 49.531 15,50 10,00 5,52 7,00
CASCADURA AEREO 15034 83.908 9,99 7,00 4,87 6,00
CAXIAS AEREO 15700 81.739 9,58 11,00 4,37 9,00
CENTENARIO AEREO AT/MT 15074 50.714 8,02 10,00 6,95 7,00
CENTENARIO AEREO MT/MT 15089 22.043 24,46 20,00 16,42 14,00
COELHO DA ROCHA 15035 52.462 8,79 10,00 3,37 7,00
COLEGIO AEREO 15021 43.738 10,12 7,00 4,45 5,00
COMENDADOR SOARES 15048 79.493 11,80 12,00 4,90 10,00
COPACABANA 15012 44.598 0,27 1,00 0,11 1,00
COSMOS 14990 68.782 10,55 11,00 4,35 9,00
CURICICA AEREO 15028 81.496 18,43 10,00 9,61 8,00
DEMOCRATICOS AEREO 15056 27.676 17,41 9,00 6,92 7,00
ELDORADO 15005 4.075 34,52 14,00 16,67 11,00
ESPERANCA AEREO AT/MT 15695 80.976 16,02 10,00 7,00 8,00
ESPERANCA AEREO MT/MT 15070 30.515 16,11 17,00 9,62 15,00
FONTINELE 15007 59.231 9,20 8,00 8,49 4,00
FREI CANECA AEREO 15049 56.573 10,92 9,00 5,75 6,00
GOVERNADOR AEREO 15040 29.300 12,61 9,00 5,29 7,00
GUADALUPE AEREO 15036 53.288 25,76 9,00 13,33 6,00
GUANABARA AEREO 15037 51.279 11,11 10,00 5,25 6,00
HUMAITA AEREO 15022 8.992 30,33 9,00 15,70 7,00
HUMAITA SUBTERRANEO 15059 11.183 3,30 2,00 3,60 1,00
INMETRO 14997 15.540 36,47 22,00 16,28 15,00
ITAGUAI 15694 32.710 11,75 10,00 6,14 8,00
ITAPEBA AEREO URBANO 15066 34.089 15,84 9,00 11,72 6,00
ITAPEBA SUBTERRANEO 15060 9.894 13,32 3,00 8,72 1,00
JABOATAO AEREO 15029 75.077 12,72 11,00 5,32 8,00
JARDIM BOTANICO AEREO 15071 28.575 13,01 6,00 9,32 5,00
LEBLON 14992 31.641 1,70 1,00 2,28 1,00
LEME AEREO URBANO 15050 2.280 22,54 7,00 12,10 5,00
LEME SUBTERRANEO 15041 20.704 0,42 1,00 0,99 1,00
LEOPOLDO AEREO 15030 42.308 10,69 8,00 6,27 5,00
MACKENZIE 15008 6.880 2,09 1,00 2,64 1,00
MARAPICU 15697 27.738 16,48 19,00 5,47 18,00
MATO ALTO 15009 34.576 34,17 13,00 17,56 11,00
MATURACA AEREO 15031 45.352 7,19 7,00 3,07 4,00
MENA BARRETO AEREO 15057 103.065 10,15 7,00 4,39 5,00
MERITI 14993 33.391 10,04 10,00 4,65 7,00
NOVA IGUACU 15692 79.472 13,12 10,00 7,28 6,00
PADRE MIGUEL 15019 67.575 16,22 7,00 8,38 6,00
PAVUNA 14994 69.832 13,53 10,00 5,80 6,00
PEDRO ERNESTO AEREO 15061 46.640 11,19 8,00 5,46 6,00
PIEDADE 14998 50.366 8,34 7,00 4,09 4,00
51
PORTA DAGUA AEREO 15051 102.597 25,51 12,00 11,68 10,00
POSTO SEIS AEREO URBANO 15077 1.941 25,16 23,00 9,82 13,00
POSTO SEIS SUBTERRANEO 15075 51.490 0,01 1,00 0,00 1,00
QUEIMADOS AEREO 15698 30.429 19,36 18,00 9,80 15,00
RAMOS AEREO 15015 25.962 14,33 12,00 4,22 11,00
RECREIO 14999 43.110 14,50 7,00 7,41 6,00
RETIRO 14995 61.077 11,63 7,00 8,07 6,00
RIO COMPRIDO AEREO 15058 56.411 6,99 7,00 5,00 5,00
ROCHA FREIRE AEREO AT/MT 15693 30.173 15,36 10,00 7,79 8,00
ROCHA FREIRE AEREO MT/MT 15081 4.464 52,23 23,00 14,90 16,00
ROSALI 14996 90.629 9,28 7,00 6,16 6,00
SAMARITANO AEREO URBANO 15078 1.291 9,48 8,00 8,85 6,00
SAMARITANO SUBTERRANEO 15076 27.920 1,04 1,00 0,93 1,00
SANTA CECILIA AEREO AT/MT 15082 26.828 9,63 7,00 8,19 5,00
SANTA CECILIA AEREO MT/MT 15090 27.919 25,68 18,00 13,91 13,00
SANTA CLARA AEREO 15052 47.861 10,49 10,00 5,49 6,00
SANTA LUZIA 15016 7.424 0,55 1,00 0,96 1,00
SANTISSIMO AEREO 15042 38.257 18,86 10,00 13,50 6,00
SANTO ANTONIO AEREO URBANO 15085 3.137 5,51 9,00 3,46 7,00
SANTO ANTONIO SUBTERRANEO 15083 16.930 1,13 1,00 1,02 1,00
SAO CONRADO AEREO 15053 21.071 35,78 14,00 9,73 11,00
SAO CONRADO SUBTERRANEO 15079 3.305 2,00 2,00 2,93 1,00
SAO JOAO 15699 38.898 13,50 11,00 6,37 10,00
SAPUCAIA 15091 17.776 12,63 11,00 9,90 10,00
SARAPUI 15000 64.288 14,83 16,00 7,01 13,00
SAUDADE 15001 15.760 11,37 10,00 8,17 10,00
SEROPEDICA AEREO 15043 52.189 26,79 14,00 12,04 11,00
TAQUARA AEREO 15023 69.286 12,30 10,00 5,45 7,00
TERRA NOVA AEREO 15044 50.818 21,13 9,00 8,01 6,00
TRES RIOS AEREO AT/MT 15087 36.772 6,17 7,00 6,43 6,00
TRES RIOS AEREO MT/MT 15088 23.797 20,28 13,00 13,31 10,00
TRIAGEM AEREO 15024 21.833 15,02 10,00 5,50 7,00
TROVAO AEREO 15020 30.316 18,90 11,00 6,58 9,00
TURIACU 15002 51.873 9,14 7,00 4,42 6,00
URUGUAI AEREO 15025 40.400 10,10 8,00 5,49 6,00
VIGARIO 15003 11.518 27,11 16,00 16,81 13,00
VIGARIO GERAL AEREO 15062 37.786 10,53 9,00 4,45 6,00
VILA VALQUEIRE 15032 47.694 7,81 7,00 4,16 4,00
VILAR DOS TELES AEREO 15072 33.646 14,15 12,00 6,35 10,00
VOLTA REDONDA AEREO AT/MT 15084 48.403 11,91 7,00 9,05 6,00
VOLTA REDONDA AEREO MT/MT 15086 35.992 15,73 10,00 10,20 7,00
WASHINGTON LUIS AEREO 15073 31.500 8,56 8,00 6,31 6,00
ZONA INDUSTRIAL 15696 9.286 19,28 11,00 9,67 8,00
TOTAL DE CONJUNTOS: 107 CONSUMIDORES: 4.188.822
Fonte: ANEEL (2017a)
52
Tabela 15 – Indicadores de Continuidade por Conjunto da LIGHT - Ano (2016)
CONJUNTO CÓDIGO Nº DE
CONSUMIDORES DEC
APURADO DEC
LIMITE FEC
APURADO FEC
LIMITE
AGUA GRANDE AEREO 15045 43.217 8,81 8,00 4,04 5,00
ALDEIA CAMPISTA 15033 38.258 6,27 4,00 3,79 2,00
ALVORADA 15004 27.159 3,81 4,00 4,08 4,00
AREIA BRANCA AEREO 15054 119.687 11,40 9,00 5,66 5,00
ARI FRANCO 15010 64.266 17,03 9,00 5,54 7,00
BAEPENDI AEREO 15026 10.892 13,94 8,00 12,12 7,00
BAEPENDI SUBTERRANEO 15063 47.339 0,99 1,00 0,64 1,00
BARRA 2 15689 24.103 1,84 2,00 2,19 1,00
BARRA AEREO 15013 35.720 20,21 8,00 10,45 7,00
BARRA SUBTERRANEO 15690 5.769 2,20 2,00 1,45 1,00
BOCA DO MATO AEREO 15055 50.152 12,64 8,00 6,91 5,00
BOTAFOGO AEREO URBANO 15067 5.462 4,87 8,00 2,41 5,00
BOTAFOGO SUBTERRANEO 15064 20.196 2,11 1,00 2,00 1,00
BRAS DE PINA 15017 31.699 9,26 9,00 4,13 5,00
BRISA MAR 15006 17.005 26,19 13,00 14,60 10,00
CACHAMBI AEREO 15027 62.694 7,21 7,00 4,02 6,00
CACHAMORRA 15011 64.804 9,97 6,00 4,91 5,00
CAMARA 14991 83.211 12,66 8,00 5,22 5,00
CAMERINO AEREO URBANO 15068 4.650 15,39 12,00 10,48 9,00
CAMERINO SUBTERRANEO 15065 8.008 1,61 1,00 1,67 1,00
CAMPO MARTE AEREO 15047 14.100 10,50 7,00 7,03 5,00
CARMARI 15691 53.052 8,96 9,00 4,44 7,00
CASCADURA AEREO 15034 83.465 9,11 7,00 4,54 6,00
CAXIAS AEREO 15700 81.722 6,97 11,00 4,11 8,00
CENTENARIO AEREO AT/MT 15074 51.433 13,71 10,00 11,19 7,00
CENTENARIO AEREO MT/MT 15089 22.202 33,10 20,00 21,24 13,00
COELHO DA ROCHA 15035 53.369 9,03 9,00 4,95 7,00
COLEGIO AEREO 15021 43.771 11,05 7,00 5,38 5,00
COMENDADOR SOARES 15048 80.016 7,90 11,00 4,00 9,00
COPACABANA 15012 44.412 0,33 1,00 1,09 1,00
COSMOS 14990 70.249 8,80 11,00 4,37 9,00
CURICICA AEREO 15028 92.334 14,13 10,00 9,55 7,00
DEMOCRATICOS AEREO 15056 27.989 19,81 9,00 7,53 7,00
ELDORADO 15005 4.123 28,96 12,00 15,64 10,00
ESPERANCA AEREO AT/MT 15695 81.504 15,82 10,00 9,03 8,00
ESPERANCA AEREO MT/MT 15070 30.523 16,58 15,00 11,26 13,00
FONTINELE 15007 59.588 7,64 8,00 5,45 4,00
FREI CANECA AEREO 15049 57.098 10,55 9,00 5,82 6,00
GOVERNADOR AEREO 15040 29.346 11,94 9,00 4,56 7,00
GUADALUPE AEREO 15036 53.594 15,02 9,00 6,84 6,00
GUANABARA AEREO 15037 50.946 9,67 9,00 4,37 6,00
HUMAITA AEREO 15022 9.102 21,65 9,00 9,26 6,00
HUMAITA SUBTERRANEO 15059 11.159 2,47 2,00 2,85 1,00
INMETRO 14997 17.759 23,82 18,00 12,57 13,00
ITAGUAI 15694 32.807 9,86 10,00 5,46 8,00
53
ITAPEBA AEREO URBANO 15066 34.609 11,34 9,00 9,93 6,00
ITAPEBA SUBTERRANEO 15060 9.782 6,33 3,00 7,10 1,00
JABOATAO AEREO 15029 75.886 8,93 10,00 5,05 8,00
JARDIM BOTANICO AEREO 15071 28.542 8,40 6,00 5,36 5,00
LEBLON 14992 31.630 1,80 1,00 1,30 1,00
LEME AEREO URBANO 15050 2.292 49,00 7,00 23,39 5,00
LEME SUBTERRANEO 15041 20.593 0,16 1,00 0,98 1,00
LEOPOLDO AEREO 15030 42.869 10,40 8,00 8,00 5,00
MACKENZIE 15008 6.650 0,78 1,00 0,15 1,00
MARAPICU 15697 27.436 10,74 19,00 5,04 18,00
MATO ALTO 15009 35.037 35,31 12,00 22,97 10,00
MATURACA AEREO 15031 45.408 7,43 7,00 3,81 4,00
MENA BARRETO AEREO 15057 102.529 10,35 7,00 5,25 5,00
MERITI 14993 33.384 9,31 10,00 5,70 7,00
NOVA IGUACU 15692 79.661 10,59 10,00 6,94 6,00
PADRE MIGUEL 15019 67.723 13,90 7,00 4,13 6,00
PAVUNA 14994 69.467 12,01 10,00 7,33 6,00
PEDRO ERNESTO AEREO 15061 47.049 11,93 8,00 5,14 6,00
PIEDADE 14998 50.226 5,98 7,00 4,25 4,00
PORTA DAGUA AEREO 15051 104.600 18,09 12,00 9,71 9,00
POSTO SEIS AEREO URBANO 15077 1.722 47,83 21,00 12,33 11,00
POSTO SEIS SUBTERRANEO 15075 51.273 0,35 1,00 1,38 1,00
QUEIMADOS AEREO 15698 30.775 21,50 17,00 8,90 13,00
RAMOS AEREO 15015 25.649 16,67 11,00 4,80 9,00
RECREIO 14999 45.690 8,67 7,00 6,23 6,00
RETIRO 14995 61.680 11,45 7,00 7,14 6,00
RIO COMPRIDO AEREO 15058 56.782 6,62 7,00 4,19 5,00
ROCHA FREIRE AEREO AT/MT 15693 29.843 13,79 10,00 7,82 8,00
ROCHA FREIRE AEREO MT/MT 15081 4.479 47,52 20,00 20,16 14,00
ROSALI 14996 90.866 8,98 7,00 5,57 6,00
SAMARITANO AEREO URBANO 15078 1.277 6,77 8,00 5,10 6,00
SAMARITANO SUBTERRANEO 15076 27.793 0,13 1,00 0,20 1,00
SANTA CECILIA AEREO AT/MT 15082 26.929 8,23 7,00 6,48 5,00
SANTA CECILIA AEREO MT/MT 15090 28.267 27,46 18,00 15,21 12,00
SANTA CLARA AEREO 15052 47.730 7,27 10,00 4,29 6,00
SANTA LUZIA 15016 7.237 0,31 1,00 0,96 1,00
SANTISSIMO AEREO 15042 38.827 24,26 10,00 17,41 6,00
SANTO ANTONIO AEREO URBANO 15085 3.135 8,98 9,00 7,24 6,00
SANTO ANTONIO SUBTERRANEO 15083 16.735 2,90 1,00 2,13 1,00
SAO CONRADO AEREO 15053 20.894 34,46 13,00 9,80 10,00
SAO CONRADO SUBTERRANEO 15079 3.360 3,87 2,00 2,28 1,00
SAO JOAO 15699 41.046 12,73 11,00 7,86 10,00
SAPUCAIA 15091 18.122 13,87 11,00 10,72 10,00
SARAPUI 15000 64.491 10,51 15,00 4,83 12,00
SAUDADE 15001 16.095 17,42 10,00 11,76 10,00
SEROPEDICA AEREO 15043 52.512 27,98 14,00 17,90 11,00
TAQUARA AEREO 15023 69.900 13,57 10,00 5,33 7,00
TERRA NOVA AEREO 15044 50.990 16,35 9,00 5,79 6,00
TRES RIOS AEREO AT/MT 15087 37.294 6,77 7,00 5,99 6,00
TRES RIOS AEREO MT/MT 15088 24.348 19,93 13,00 15,11 10,00
54
TRIAGEM AEREO 15024 21.737 17,83 9,00 5,04 6,00
TROVAO AEREO 15020 30.168 15,09 10,00 7,78 8,00
TURIACU 15002 51.708 10,19 7,00 5,80 6,00
URUGUAI AEREO 15025 40.415 7,80 8,00 3,92 6,00
VIGARIO 15003 11.655 30,69 16,00 19,22 12,00
VIGARIO GERAL AEREO 15062 37.671 9,76 9,00 4,76 6,00
VILA VALQUEIRE 15032 47.555 9,52 7,00 3,48 4,00
VILAR DOS TELES AEREO 15072 35.155 10,56 12,00 5,41 9,00
VOLTA REDONDA AEREO AT/MT 15084 48.943 9,74 7,00 5,90 6,00
VOLTA REDONDA AEREO MT/MT 15086 37.066 25,28 10,00 17,05 7,00
WASHINGTON LUIS AEREO 15073 31.341 9,02 8,00 6,54 6,00
ZONA INDUSTRIAL 15696 10.144 14,96 11,00 7,21 8,00
TOTAL DE CONJUNTOS: 107 CONSUMIDORES: 4.234.620
Fonte: ANEEL (2017a)
Tabela 16 – Indicadores de Continuidade por Conjunto da LIGHT - Ano (2017)
CONJUNTO CÓDIGO Nº DE
CONSUMIDORES DEC
APURADO DEC
LIMITE FEC
APURADO FEC
LIMITE
AGUA GRANDE AEREO 15045 44.417 5,68 8,00 4,06 5,00
ALDEIA CAMPISTA 15033 38.589 3,42 4,00 2,35 2,00
ALVORADA 15004 27.660 2,74 4,00 3,05 4,00
AREIA BRANCA AEREO 15054 124.193 7,29 9,00 4,57 5,00
ARI FRANCO 15010 65.563 9,79 9,00 4,30 7,00
BAEPENDI AEREO 15026 11.056 12,09 8,00 8,25 6,00
BAEPENDI SUBTERRANEO 15063 47.323 1,48 1,00 1,04 1,00
BARRA 2 15689 24.241 0,89 2,00 1,10 1,00
BARRA AEREO 15013 46.845 14,21 8,00 9,57 7,00
BARRA SUBTERRANEO 15690 5.829 1,32 2,00 1,27 1,00
BOCA DO MATO AEREO 15055 50.513 5,62 8,00 2,92 5,00
BOTAFOGO AEREO URBANO 15067 5.456 6,37 7,00 5,70 5,00
BOTAFOGO SUBTERRANEO 15064 20.177 2,19 1,00 1,80 1,00
BRAS DE PINA 15017 31.999 7,23 8,00 3,69 5,00
BRISA MAR 15006 17.161 20,52 13,00 10,67 10,00
CACHAMBI AEREO 15027 63.109 5,89 7,00 3,05 5,00
CACHAMORRA 15011 65.878 7,32 6,00 3,12 5,00
CAMARA 14991 84.514 8,98 8,00 4,31 5,00
CAMERINO AEREO URBANO 15068 4.617 11,08 11,00 3,31 8,00
CAMERINO SUBTERRANEO 15065 7.933 0,47 1,00 0,75 1,00
CAMPO MARTE AEREO 15047 14.231 6,30 7,00 6,05 5,00
CARMARI 15691 56.114 7,04 9,00 3,91 7,00
CASCADURA AEREO 15034 84.763 7,27 7,00 3,36 6,00
CAXIAS AEREO 15700 82.630 7,62 11,00 4,15 8,00
CENTENARIO AEREO AT/MT 15074 52.279 15,17 10,00 14,11 7,00
CENTENARIO AEREO MT/MT 15089 22.619 33,73 19,00 23,33 12,00
COELHO DA ROCHA 15035 54.587 6,64 9,00 3,12 6,00
COLEGIO AEREO 15021 44.882 7,39 7,00 6,17 5,00
COMENDADOR SOARES 15048 81.311 5,70 11,00 3,14 8,00
COPACABANA 15012 44.153 0,15 1,00 0,15 1,00
55
COSMOS 14990 73.831 8,37 11,00 4,05 8,00
CURICICA AEREO 15028 102.962 13,32 9,00 9,03 7,00
DEMOCRATICOS AEREO 15056 28.668 12,15 8,00 5,24 6,00
ELDORADO 15005 4.219 21,62 11,00 7,02 9,00
ESPERANCA AEREO AT/MT 15695 84.308 13,06 10,00 6,30 7,00
ESPERANCA AEREO MT/MT 15070 30.832 10,97 14,00 7,16 11,00
FONTINELE 15007 60.073 8,84 8,00 6,32 4,00
FREI CANECA AEREO 15049 57.668 8,87 9,00 3,69 5,00
GOVERNADOR AEREO 15040 29.549 8,68 8,00 3,74 6,00
GUADALUPE AEREO 15036 54.987 8,30 9,00 3,88 6,00
GUANABARA AEREO 15037 51.753 8,45 9,00 4,28 6,00
HUMAITA AEREO 15022 9.155 15,02 8,00 11,17 6,00
HUMAITA SUBTERRANEO 15059 11.148 3,30 2,00 3,39 1,00
INMETRO 14997 19.903 19,42 16,00 8,91 11,00
ITAGUAI 15694 33.203 6,74 9,00 2,99 7,00
ITAPEBA AEREO URBANO 15066 35.472 6,19 8,00 4,57 6,00
ITAPEBA SUBTERRANEO 15060 9.818 6,67 3,00 6,71 1,00
JABOATAO AEREO 15029 77.802 8,53 10,00 5,16 7,00
JARDIM BOTANICO AEREO 15071 28.592 9,02 6,00 6,28 5,00
LEBLON 14992 31.618 2,31 1,00 1,72 1,00
LEME AEREO URBANO 15050 2.315 28,78 7,00 14,31 5,00
LEME SUBTERRANEO 15041 20.476 0,17 1,00 0,46 1,00
LEOPOLDO AEREO 15030 42.939 6,94 8,00 4,37 5,00
MACKENZIE 15008 6.498 0,79 1,00 0,39 1,00
MARAPICU 15697 29.194 9,67 19,00 4,27 18,00
MATO ALTO 15009 37.200 22,73 12,00 14,29 9,00
MATURACA AEREO 15031 46.427 6,14 7,00 3,87 4,00
MENA BARRETO AEREO 15057 102.834 7,08 7,00 4,11 5,00
MERITI 14993 33.809 7,70 9,00 4,97 6,00
NOVA IGUACU 15692 81.130 7,31 10,00 4,72 6,00
PADRE MIGUEL 15019 69.608 6,73 7,00 2,32 6,00
PAVUNA 14994 70.129 8,15 9,00 4,46 5,00
PEDRO ERNESTO AEREO 15061 47.987 8,77 7,00 4,43 6,00
PIEDADE 14998 50.751 5,06 7,00 2,63 4,00
PORTA DAGUA AEREO 15051 112.448 16,37 12,00 10,54 8,00
POSTO SEIS AEREO URBANO 15077 1.680 69,46 19,00 15,82 9,00
POSTO SEIS SUBTERRANEO 15075 51.008 0,06 1,00 0,00 1,00
QUEIMADOS AEREO 15698 32.127 13,42 16,00 7,31 12,00
RAMOS AEREO 15015 25.958 18,87 10,00 6,40 8,00
RECREIO 14999 49.724 6,31 7,00 4,69 6,00
RETIRO 14995 62.231 10,17 7,00 6,23 6,00
RIO COMPRIDO AEREO 15058 56.849 6,03 7,00 3,69 5,00
ROCHA FREIRE AEREO AT/MT 15693 29.621 10,37 10,00 7,21 8,00
ROCHA FREIRE AEREO MT/MT 15081 4.587 38,79 18,00 16,59 12,00
ROSALI 14996 90.898 6,74 7,00 5,04 5,00
SAMARITANO AEREO URBANO 15078 1.281 7,25 8,00 7,85 5,00
SAMARITANO SUBTERRANEO 15076 27.767 2,10 1,00 0,90 1,00
SANTA CECILIA AEREO AT/MT 15082 27.151 6,60 7,00 5,21 5,00
SANTA CECILIA AEREO MT/MT 15090 28.761 23,01 17,00 14,86 11,00
SANTA CLARA AEREO 15052 48.113 6,35 10,00 4,67 6,00
56
SANTA LUZIA 15016 7.122 0,07 1,00 0,03 1,00
SANTISSIMO AEREO 15042 40.195 12,44 10,00 8,20 6,00
SANTO ANTONIO AEREO URBANO 15085 3.134 9,05 8,00 5,81 6,00
SANTO ANTONIO SUBTERRANEO 15083 16.535 0,32 1,00 0,37 1,00
SAO CONRADO AEREO 15053 22.799 47,96 12,00 10,06 9,00
SAO CONRADO SUBTERRANEO 15079 3.589 8,90 2,00 4,10 1,00
SAO JOAO 15699 42.452 8,27 11,00 3,47 10,00
SAPUCAIA 15091 18.578 10,49 11,00 8,10 9,00
SARAPUI 15000 65.266 8,22 15,00 3,46 10,00
SAUDADE 15001 16.495 9,86 10,00 5,44 10,00
SEROPEDICA AEREO 15043 53.130 14,19 14,00 8,30 10,00
TAQUARA AEREO 15023 71.909 11,00 9,00 6,60 6,00
TERRA NOVA AEREO 15044 51.427 16,16 8,00 5,26 5,00
TRES RIOS AEREO AT/MT 15087 38.083 4,14 7,00 3,77 6,00
TRES RIOS AEREO MT/MT 15088 24.728 14,40 12,00 11,02 9,00
TRIAGEM AEREO 15024 22.093 17,10 9,00 6,96 6,00
TROVAO AEREO 15020 30.559 13,97 9,00 8,72 7,00
TURIACU 15002 52.442 4,82 7,00 3,03 5,00
URUGUAI AEREO 15025 40.366 8,30 7,00 4,16 6,00
VIGARIO 15003 11.834 26,92 16,00 18,16 12,00
VIGARIO GERAL AEREO 15062 37.760 7,02 9,00 3,66 6,00
VILA VALQUEIRE 15032 48.264 6,80 7,00 3,29 4,00
VILAR DOS TELES AEREO 15072 36.772 9,08 11,00 3,98 9,00
VOLTA REDONDA AEREO AT/MT 15084 49.335 8,10 7,00 6,56 6,00
VOLTA REDONDA AEREO MT/MT 15086 38.142 20,97 10,00 15,81 7,00
WASHINGTON LUIS AEREO 15073 31.434 7,93 7,00 4,01 5,00
ZONA INDUSTRIAL 15696 10.973 8,90 11,00 2,96 8,00
TOTAL DE CONJUNTOS: 107 CONSUMIDORES: 4.337.117
Fonte: ANEEL (2017a)
Tabela 17 – Indicadores de Continuidade por Conjunto da LIGHT - Ano (2018)
CONJUNTO CÓDIGO Nº DE
CONSUMIDORES DEC
APURADO DEC
LIMITE FEC
APURADO FEC
LIMITE
AGUA GRANDE AEREO 15045 44.498 5,72 8,00 2,12 5,00
ALDEIA CAMPISTA 15033 38.392 4,29 4,00 2,55 2,00
ALVORADA 15004 27.779 4,90 4,00 3,87 4,00
AREIA BRANCA AEREO 15054 123.845 6,58 9,00 3,82 5,00
ARI FRANCO 15010 66.093 7,38 9,00 4,11 7,00
BAEPENDI AEREO 15026 11.013 13,03 8,00 10,17 6,00
BAEPENDI SUBTERRANEO 15063 46.748 0,97 1,00 0,99 1,00
BARRA 2 15689 24.187 2,60 2,00 1,88 1,00
BARRA AEREO 15013 49.504 16,46 8,00 10,56 7,00
BARRA SUBTERRANEO 15690 5.857 7,37 2,00 4,20 1,00
BOCA DO MATO AEREO 15055 50.339 9,05 8,00 3,86 5,00
BOTAFOGO AEREO URBANO 15067 5.401 4,98 7,00 4,92 5,00
BOTAFOGO SUBTERRANEO 15064 19.970 2,78 1,00 1,81 1,00
BRAS DE PINA 15017 31.600 8,43 8,00 2,83 5,00
BRISA MAR 15006 17.435 17,03 13,00 8,51 10,00
57
CACHAMBI AEREO 15027 62.914 6,20 7,00 2,69 5,00
CACHAMORRA 15011 66.561 7,56 6,00 4,20 5,00
CAMARA 14991 83.763 7,71 8,00 4,44 5,00
CAMERINO AEREO URBANO 15068 4.544 12,29 11,00 4,51 8,00
CAMERINO SUBTERRANEO 15065 7.785 1,82 1,00 0,47 1,00
CAMPO MARTE AEREO 15047 14.226 6,22 7,00 4,74 5,00
CARMARI 15691 56.066 6,00 9,00 3,43 7,00
CASCADURA AEREO 15034 84.590 7,45 7,00 3,74 6,00
CAXIAS AEREO 15700 82.733 5,18 10,00 2,63 8,00
CENTENARIO AEREO AT/MT 15074 52.354 11,24 10,00 9,39 7,00
CENTENARIO AEREO MT/MT 15089 22.812 27,30 18,00 15,45 12,00
COELHO DA ROCHA 15035 54.339 6,30 9,00 3,21 6,00
COLEGIO AEREO 15021 44.474 4,59 7,00 1,54 5,00
COMENDADOR SOARES 15048 81.962 5,39 10,00 2,68 8,00
COPACABANA 15012 43.683 0,71 1,00 1,14 1,00
COSMOS 14990 77.202 6,20 10,00 3,81 8,00
CURICICA AEREO 15028 104.583 9,05 9,00 5,56 7,00
DEMOCRATICOS AEREO 15056 28.973 10,91 8,00 4,14 6,00
ELDORADO 15005 4.217 28,96 11,00 9,52 9,00
ESPERANCA AEREO AT/MT 15695 86.602 8,50 10,00 4,72 7,00
ESPERANCA AEREO MT/MT 15070 30.894 7,81 13,00 4,49 10,00
FONTINELE 15007 60.195 7,13 8,00 4,67 4,00
FREI CANECA AEREO 15049 56.815 7,78 9,00 4,83 5,00
GOVERNADOR AEREO 15040 29.511 6,19 8,00 2,95 6,00
GUADALUPE AEREO 15036 55.176 6,65 9,00 3,82 6,00
GUANABARA AEREO 15037 51.439 6,05 9,00 2,89 6,00
HUMAITA AEREO 15022 9.090 27,24 8,00 14,56 6,00
HUMAITA SUBTERRANEO 15059 11.099 2,70 2,00 3,41 1,00
INMETRO 14997 20.100 14,96 15,00 6,14 11,00
ITAGUAI 15694 33.295 5,59 9,00 2,01 7,00
ITAPEBA AEREO URBANO 15066 35.944 5,63 8,00 3,70 6,00
ITAPEBA SUBTERRANEO 15060 9.762 6,08 3,00 4,41 1,00
JABOATAO AEREO 15029 79.059 6,19 9,00 4,16 7,00
JARDIM BOTANICO AEREO 15071 28.469 7,92 6,00 5,79 5,00
LEBLON 14992 31.458 2,28 1,00 2,65 1,00
LEME AEREO URBANO 15050 2.298 31,10 7,00 12,81 5,00
LEME SUBTERRANEO 15041 20.219 1,18 1,00 0,95 1,00
LEOPOLDO AEREO 15030 42.505 5,58 8,00 3,66 5,00
MACKENZIE 15008 6.301 0,72 1,00 0,44 1,00
MARAPICU 15697 30.791 10,98 18,00 4,45 17,00
MATO ALTO 15009 39.887 14,75 11,00 10,05 9,00
MATURACA AEREO 15031 46.757 6,02 7,00 2,60 4,00
MENA BARRETO AEREO 15057 102.610 7,11 7,00 3,31 5,00
MERITI 14993 33.455 6,08 9,00 3,36 6,00
NOVA IGUACU 15692 81.172 5,63 10,00 3,17 6,00
PADRE MIGUEL 15019 69.670 6,82 7,00 3,78 6,00
PAVUNA 14994 69.699 7,64 9,00 4,05 5,00
PEDRO ERNESTO AEREO 15061 47.324 7,86 7,00 5,12 6,00
PIEDADE 14998 50.652 4,73 7,00 2,79 4,00
PORTA DAGUA AEREO 15051 114.530 9,62 11,00 5,96 8,00
58
POSTO SEIS AEREO URBANO 15077 1.641 61,36 18,00 17,61 9,00
POSTO SEIS SUBTERRANEO 15075 50.611 0,63 1,00 2,38 1,00
QUEIMADOS AEREO 15698 33.073 14,73 16,00 6,90 11,00
RAMOS AEREO 15015 25.261 14,63 10,00 5,01 8,00
RECREIO 14999 53.503 6,95 7,00 5,07 6,00
RETIRO 14995 62.263 7,40 7,00 5,12 6,00
RIO COMPRIDO AEREO 15058 56.469 5,25 7,00 3,82 5,00
ROCHA FREIRE AEREO AT/MT 15693 29.499 9,52 10,00 5,84 8,00
ROCHA FREIRE AEREO MT/MT 15081 4.612 25,38 18,00 12,13 12,00
ROSALI 14996 89.900 6,05 7,00 3,82 5,00
SAMARITANO AEREO URBANO 15078 1.270 7,31 8,00 4,30 5,00
SAMARITANO SUBTERRANEO 15076 27.485 0,40 1,00 0,32 1,00
SANTA CECILIA AEREO AT/MT 15082 27.213 7,69 7,00 4,89 5,00
SANTA CECILIA AEREO MT/MT 15090 29.032 24,75 16,00 16,05 10,00
SANTA CLARA AEREO 15052 48.348 6,55 10,00 3,96 6,00
SANTA LUZIA 15016 6.991 0,07 1,00 0,04 1,00
SANTISSIMO AEREO 15042 41.308 10,60 10,00 6,70 6,00
SANTO ANTONIO AEREO URBANO 15085 3.100 3,94 8,00 3,35 6,00
SANTO ANTONIO SUBTERRANEO 15083 16.209 0,29 1,00 0,23 1,00
SAO CONRADO AEREO 15053 22.554 22,80 12,00 8,67 9,00
SAO CONRADO SUBTERRANEO 15079 3.623 4,29 2,00 4,64 1,00
SAO JOAO 15699 42.076 5,72 11,00 2,38 9,00
SAPUCAIA 15091 18.654 9,74 11,00 7,66 9,00
SARAPUI 15000 65.747 5,55 14,00 2,12 9,00
SAUDADE 15001 16.612 12,24 10,00 9,62 10,00
SEROPEDICA AEREO 15043 53.585 14,76 13,00 8,23 10,00
TAQUARA AEREO 15023 72.666 8,69 9,00 3,65 6,00
TERRA NOVA AEREO 15044 50.863 9,38 8,00 3,88 5,00
TRES RIOS AEREO AT/MT 15087 38.284 4,03 7,00 3,27 6,00
TRES RIOS AEREO MT/MT 15088 25.175 12,58 12,00 10,12 9,00
TRIAGEM AEREO 15024 21.585 10,95 9,00 2,92 6,00
TROVAO AEREO 15020 30.210 12,18 9,00 6,14 7,00
TURIACU 15002 52.278 6,74 7,00 4,32 5,00
URUGUAI AEREO 15025 40.122 6,64 7,00 3,34 6,00
VIGARIO 15003 11.970 26,61 16,00 20,72 11,00
VIGARIO GERAL AEREO 15062 37.549 6,56 9,00 2,55 6,00
VILA VALQUEIRE 15032 47.965 4,79 7,00 1,44 4,00
VILAR DOS TELES AEREO 15072 36.700 5,94 11,00 2,60 9,00
VOLTA REDONDA AEREO AT/MT 15084 49.286 6,94 7,00 4,91 6,00
VOLTA REDONDA AEREO MT/MT 15086 38.547 23,75 10,00 16,79 7,00
WASHINGTON LUIS AEREO 15073 31.140 5,69 7,00 2,59 5,00
ZONA INDUSTRIAL 15696 10.892 8,50 11,00 4,45 8,00
TOTAL DE CONJUNTOS: 107 CONSUMIDORES: 4.188.822
Fonte: ANEEL (2017a)
59
ANEXO II
DEFINIÇÃO DE INTERRUPÇÃO DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA -
CHI
Nesta seção será apresentada a metodologia de Definição do Critério do
Cliente Hora Interrompido – CHI. Em princípio deve-se observar o histórico de notas
técnicas expedidas pela Aneel abordando o assunto.
AP n° 052/2014 (ANEEL, 2014).
Esta proposta tem como objetivo o aprimoramento da definição de Interrupção
em Situação de Emergência – ISE prevista na regulamentação da apuração dos
indicadores de continuidade do serviço de distribuição de energia elétrica.
Nota Técnica n° 084/2014 (ANEEL, 2014).
Proposta de comprovação, por meio de decreto ou devido a severidade e
abrangência combinados, situações de expurgo:
a. Por interrupções decorrentes de evento associado a Decreto de
Declaração de Situação de Emergência ou Estado de Calamidade
Pública emitido por órgão competente;
b. Decorrentes de evento cuja soma do DIC dos consumidores
interrompidos seja maior ou igual a seis vezes o número de unidades
consumidoras da distribuidora no mês anterior ao evento;
c. Decorrentes de evento cuja soma do DIC dos consumidores
interrompidos seja maior ou igual ao valor de 600.000 horas.
Análise das contribuições recebidas na AP n° 052/2014.
Houve contribuição para modificação da forma de consideração na
abrangência/severidade do porte da distribuidora. A contribuição propôs faixas de
acordo com o número de consumidores das distribuidoras, e para caracterizar a
abrangência/severidade se deveria considerar o número de consumidores.
Nota Técnica n° 0031/2015 (ANEEL, 2015b).
Consolidação da metodologia de expurgo:
a. Por interrupções decorrentes de evento associado a Decreto de
Declaração de Situação de Emergência ou Estado de Calamidade
Pública emitido por órgão competente;
b. Decorrentes de evento cuja soma do CHI seja ≥
2.612x 𝑁0,35, em que N é o número de UC faturadas e atendidas em
BT ou MT do mês de outubro do ano anterior ao período de apuração.
Para se obter uma equação que forneça CHIs factíveis de expurgos para todos
os portes de concessionárias, foram coletadas informações para 111 distribuidoras e
permissionárias, estimando-se o CHI para durações de 12 horas (consideradas
60
eventos atípicos) que superem o dobro do número de consumidores médios dos
conjuntos de cada empresa (Tabela 18).
Tabela 18: Cálculo do CHI por empresa.
Fonte: Elaboração Própria
Onde (b) é a média do número de consumidores dos meses de 2014, valor
considerado para o cálculo do indicador global de 2014 das distribuidoras, (c) é a
referência 2014, e (e) é a premissa de que é expurgável interrupções com duração
de 12 horas que superem 2 vezes o n° de consumidores médios dos conjuntos.
Com base no CHI estimado em níveis atípicos por distribuidora, calculou-se
uma regressão por potência para obter a função mais aderente às observações (maior
R2) (Gráfico 9).
Gráfico 9: Relação entre Número de Consumidores e CHI Calculado.
Fonte: Elaboração Própria
Nº Distribuidora (a) Consumidores (b)Quantidade de Conjuntos (c)
Consumidores Médios por Conjunto (d) = (b)/(c)
CHI Calculado(e) = 2*(d)*12
1 CERAL DIS 909 1 909,08 21.818
2 COOPERMILA 1.081 1 1.080,50 25.932
3 CERPRO 1.337 1 1.337,08 32.090
...
109 COELBA 5.240.546 201 26.072,37 625.737
110 ELETROPAULO 6.825.097 138 49.457,22 1.186.973
111 CEMIG-D 7.782.408 271 28.717,37 689.217
61
No entanto, a Aneel entendeu que a equação obtida não capturava CHIs
factíveis para os distintos portes de concessionárias.
Para obtenção de uma equação para todos os portes de concessionárias, a
Agência agrupou as empresas em 5 clusters de acordo com o número de
consumidores de cada empresa (Tabela 19).
Tabela 19: Cálculo do CHI por Cluster.
Fonte: Elaboração Própria
Onde (b), (c) e (e) são os mesmos da Tabela 18 e (f) são os Clusters obtidos
através do método de Ward descrito no Anexo II da Audiência Pública nº 052/2014.
A média dos consumidores e do CHI de cada grupo (cluster) foram obtidos de
forma a fornecer pontos considerados representativos para aplicação de uma nova
regressão (Tabela 20).
Tabela 20: CHI Médio por Cluster.
Fonte: Elaboração Própria
Além destes pontos, a ANEEL entendeu prudente adicionar à amostra, o ponto
inicial (menor CHI) para obter uma linha de tendência factível para concessionárias
de pequeno porte (Tabela 21).
Nº Distribuidora (a) Consumidores (b)Quantidade de Conjuntos (c)
Consumidores Médios por Conjunto (d) = (b)/(c)
CHI Calculado(e) = 2*(d)*12
Cluster (f)
1 CERAL DIS 909 1 909,08 21.818 1
2 COOPERMILA 1.081 1 1.080,50 25.932 1
3 CERPRO 1.337 1 1.337,08 32.090 1
...
109 COELBA 5.240.546 201 26.072,37 625.737 4
110 ELETROPAULO 6.825.097 138 49.457,22 1.186.973 5
111 CEMIG-D 7.782.408 271 28.717,37 689.217 5
Cluster Consumidores Médios CHI Médio
1 42.945 325.766
2 1.093.241 618.060
3 2.612.844 568.263
4 4.402.790 682.439
5 7.303.752 938.095
62
Tabela 21: Referência para Concessionárias de Pequeno Porte.
Fonte: Elaboração Própria
Por fim, com os 6 pontos foi possível obter uma linha de tendência considerada
mais adequada. A equação com o melhor R2 foi a de potência apresentada a seguir5:
CHI = 2.612. 𝑁0,35
Onde:
N = Número de unidades consumidoras faturadas e atendidas em BT ou MT
do mês de outubro do ano anterior ao período de apuração.
5 Na NT 0031/2015, expressa-se 0,38 como o valor da potência da variável N. Todavia, entende-se que houve um equívoco de digitação de valores da equação nesta NT, pois no Módulo 1 do Prodist a fórmula consta com potência 0,35.
Distribuidora Consumidores Médios CHI Médio
CERAL DIS 909 21.818