ano 11 : nÚmero 117 o u t u b r o 2 0 1 4 · b o l e t i m i n f o r m a t i v o d a e s c o l a...

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O U T U B R O 2 0 1 4 ANO 11 : NÚMERO 117 BOLETIM INFORMATIVO DA ESCOLA DE DIREITO DE SÃO PAULO DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS : DESTAQUES DO MÊS : SEÇÕES : 01 : 02 : 03 : 04 : 05 : 06 : 07 : 08 : 09 : 10 : 11 : 12 : 13 : 14 : 15 : IMPRIMIR : INSTITUCIONAL P 01 : EVENTOS ACADÊMICOS P 04 : PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS P 10 : PUBLICAÇÕES P 12 : DIREITO GV NA MÍDIA P 13 : REVISTA DIREITO GV INDICA P 14 : FGV DIREITO SP CONQUISTOU A CATEGORIA 5 ESTRELAS DO GUIA DO ESTUDANTE ABRIL : FGV DIREITO SP LANÇOU O PRÊMIO “ESDRAS BORGES COSTA”, QUE BUSCA IDENTIFICAR INOVAÇÕES NO ENSINO JURÍDICO : PROFESSORA MARIANA PARGENDLER FOI FINALISTA DO PRÊMIO JABUTI : ALUNOS DA FGV PARTICIPARAM DE PROJETO DE IMERSÃO URBANA NA CRACOLÂNDIA : JUSTIÇA ELEITORAL FOI TEMA DE DEBATE NA FGV DIREITO SP RUA ROCHA, 233 SÃO PAULO SP BRASIL TEL (11) 3799.2233 (11) 3799.2231 DIREITOSP.FGV.BR

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O U T U B R O 2 0 1 4

ANO 11 : NÚMERO 117

B O L E T I M I N F O R M A T I V O D A E S C O L A D E D I R E I T O D E S Ã O P A U L O D A F U N D A Ç Ã O G E T U L I O V A R G A S

: DESTAQUES DO MÊS : SEÇÕES

: 01 : 02 : 03 : 04 : 05 : 06 : 07 : 08 : 09 : 10 : 11 : 12 : 13 : 14 : 15

: IMPRIMIR

: INSTITUCIONAL P 01

: EVENTOS ACADÊMICOS P 04

: PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS P 10

: PUBLICAÇÕES P 12

: DIREITO GV NA MÍDIA P 13

: REVISTA DIREITO GV INDICA P 14

: FGV DIREITO SP CONQUISTOU A CATEGORIA 5 ESTRELAS DO GUIA DO ESTUDANTE ABRIL

: FGV DIREITO SP LANÇOU O PRÊMIO “ESDRAS BORGES COSTA”, QUE BUSCA IDENTIFICAR INOVAÇÕES NO ENSINO JURÍDICO

: PROFESSORA MARIANA PARGENDLER FOI FINALISTA DO PRÊMIO JABUTI

: ALUNOS DA FGV PARTICIPARAM DE PROJETO DE IMERSÃO URBANA NA CRACOLÂNDIA

: JUSTIÇA ELEITORAL FOI TEMA DE DEBATENA FGV DIREITO SP RUA ROCHA, 233

SÃO PAULO SP BRASIL

TEL (11) 3799.2233(11) 3799.2231

DIREITOSP.FGV.BR

: 01A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 7 : O U T U B R O 2 0 1 4

: ALUNOS DA FGV DIREITO SP PARTICIPARAM

DE AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA PLANO GERAL

DE OUTORGAS DA SECRETARIA DE AVIAÇÃO CIVIL

Em abril, a Clínica de Direito Público dos Negócios da FGV

DIREITO SP, coordenada pelo professor Fernando S. Mar-

cato, apresentou algumas contribuições ao Plano Geral de

Outorgas (PGO) para a infraestrutura aeroportuária, publi-

cado pela Secretaria de Aviação Civil (SAC) do Governo Fe-

deral. O PGO define diretrizes para a exploração de aero-

portos em todo território nacional, inclusive os regionais.

O trabalho, que contou com a participação e orientação

de Isadora Cohen, então assessora da diretoria geral da

Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Dele-

gados de Transporte do Estado de São Paulo), propôs

alguns aperfeiçoamentos com foco na concessão de

aeroportos delegados a Estados e Municípios. No total,

foram recebidas 53 consultas, que resultaram na Porta-

ria SAC-PR nº 183, promulgada em agosto.

No início de outubro, o Diretor de Outorgas da Secreta-

ria de Aviação Civil Ronei Saggioro, revelou que a propos-

ta apresentada pela Clínica de Negócios contribuiu de

forma fundamental em diversos aspectos da legislação.

Um deles referiu-se ao escopo da norma. “Percebemos,

por meio da observação feita pelos alunos, que a propos-

ta parecia se referir apenas a uma parte dos 700 aeropor-

tos públicos do Brasil, sendo que, na realidade, ela deve-

ria se referir à sua totalidade, o que foi corrigido na edição

da norma.”

Outro ponto levantado pela proposta foi a existência de

regramentos específicos para as concessões estaduais

e municipais. Segundo a legislação, os governos esta-

duais e municipais trabalham com algumas limitações

porque, por exemplo, o estabelecimento das tarifas é de

competência federal, por meio da Anac.

Para Saggioro, a proposta captou esta peculiaridade, ao

questionar qual dos entes da federação seria responsá-

vel por arcar com os ônus de um eventual reequilíbrio

derivado do não cumprimento de obrigações assumidas

no contrato.

Por fim, o Diretor elogiou a iniciativa das clínicas, pontuan-

do sobre a necessidade de se constantemente desafiar

os novos talentos a se inserir dentro da realidade do ser-

viço público. “Apesar de ser economista, a minha análise

também é válida para o direito: o serviço público, as re-

partições e os ministérios têm dificuldades de encontrar

novos talentos com um perfil mais prático. A formação teó-

rica é essencial, mas ainda falta treino e prática para a vida

real. E os trabalhos em clínicas contribuem muito para ofe-

recer esta aplicação prática do conhecimento”.

: GRUPO DE PESQUISA EM DIREITO

E GÊNERO CONQUISTOU PRÊMIO DO IBGC

O GPDG (Grupo de Pesquisa em Direito e Gênero) da FGV

DIREITO SP conquistou prêmio de melhor trabalho acadê-

mico envolvendo assuntos de governança corporativa

promovido pelo prêmio IBGC Itaú Academia ...continua >>

O U T U B R O 2 0 1 4

• SOBRE A DIREITO GV

• CURSOS

• PROFESSORES

• PESQUISA

• METODOLOGIA DE ENSINO

• GRUPOS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

• PUBLICAÇÕES

• GLOBAL

• PROCESSOS SELETIVOS

• CENTRO DE PESQUISA JURÍDICA APLICADA

• EVENTOS

• NOTÍCIAS

• GALERIA DE VÍDEOS

: LINKS : INSTITUCIONAL

INÍCIO INSTITUCIONAL EVENTOS ACADÊMICOS PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS PUBLICAÇÕES FGV DIREITO SP NA MÍDIA REVISTA DIREITO GV INDICA

: 02A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 7 : O U T U B R O 2 0 1 4 O U T U B R O 2 0 1 4

Outra ganhadora foi a jornalista Cristine Prestes, consul-

tora em Desenvolvimento Institucional e Estratégico da FGV

DIREITO SP, na categoria imprensa, com a reportagem “Vi-

gilância Reforçada”, publicada pela revista Capital Aberto

e que abordou o impacto da legislação anticorrupção nas

práticas de governança em empresas de capital aberto.

Durante o Congresso, o professor e coordenador do Mes-

trado Profissional da FGV DIREITO SP, Mario Engler, foi pa-

lestrante de painel que debateu a governança corporativo

nas empresas estatais, ao lado do advogado Modesto Car-

valhosa e com moderação de Emilio Carazzai.

Roberta Nioac Prado, coordenadora do Grupo de Estu-

dos de Empresas Familiares da FGV DIREITO SP, coor-

denou a mesa que debateu governança e competitivida-

de na prática, voltada para empresas familiares, com a

participação de Janete Ribeiro Vaz, cofundadora e pre-

sidente do Conselho do Laboratório Sabin, e Manika Hu-

fenüssler Conrads, presidente do Conselho de Adminis-

tração da Duas Rodas Industrial.

: FGV DIREITO SP CONQUISTOU A CATEGORIA

5 ESTRELAS DO GUIA DO ESTUDANTE ABRIL

A Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio

Vargas (FGV DIREITO SP) recebeu o conceito de 5 estre-

las do Guia do Estudante, publicado pela editora Abril.

No total, foram avaliados 917 cursos de direito, entre os

1041 oferecidos no Brasil. apenas 21 universidades rece-

beram a categoria 5 estrelas. Além da FGV DIREITO SP,

em São Paulo apenas os cursos de Direito da PUC-

Campinas, USP Ribeirão, Mackenzie e USP.

Para Roberto Dias, coordenador de graduação da FGV

DIREITO SP, a conquista do prêmio é o reconhecimento

de um curso “que inovou o ensino jurídico do país e

se propõe a formar juristas comprometidos com a for-

mulação de propostas e soluções que respondam ao

desafios econômicos, sociais e políticos do Brasil e do

mundo”.

: ALUNOS DA FGV PARTICIPARAM DE PROJETO

DE IMERSÃO URBANA NA CRACOLÂNDIA

Alunos da FGV DIREITO SP e do curso de Administra-

ção Pública da FGV EAESP fizeram um trabalho de imer-

são no dia 23 de outubro ao conheceram de perto a Cra-

colândia, região que reúne grande número de usuários

de drogas no centro de São Paulo.

A visita fez parte da Jornada da Administração Pública

2014, iniciativa dos alunos de Administração Pública com

o objetivo de problematizar os diversos temas e assun-

tos que perpassam a discussão acerca da formação dos

alunos do campo de públicas.

O grupo foi monitorado por Samira Bueno, doutoranda

em Administração Pública e Governo pela FGV EAESP,

e acompanhado pelo tenente Gurdos, responsável pelo

patrulhamento policial no Nova Luz, projeto de renova-

ção urbana criado pela prefeitura de São Paulo em 2005

pelo então vice-prefeito Gilberto Kassab.

<< volta ... Empresa, concedido no dia 13 de outubro,

durante o 15º Congresso de Governança Corporativa,

organizado pelo IBGC (Instituto Brasileiro de Governança

Corporativa).

Ângela Donaggio, Ligia Paula Pires Pinto Sica, Luciana

de Oliveira Ramos e Alexandre Di Miceli concorreram com

outros 55 trabalhos com o artigo “Women�s participation

in senior management positions: Gender social relations,

Law and Corporate Governance”.

“São poucos os trabalhos apresentados que trazem con-

tribuições relevantes do ponto de vista jurídico para o de-

senvolvimento das melhores práticas entre o empresaria-

do brasileiro”, explicou a pesquisadora Ângela Donaggio.

O trabalho parte do pressuposto de que é prejudicial às

empresas não terem uma política inclusiva de mulheres

em espaços de liderança dentro das empresas. O GPDG

analisou 73.901 cargos de comando de 837 diferentes

companhias de capital aberto entre 1997 e 2012 e con-

cluiu que o percentual de mulheres em cargos de dire-

toria de conselho histórico sempre esteve em torno de

8%, com tendência de estagnação nos últimos anos.

A partir desses pontos, os pesquisadores apontaram quais

seriam alternativas para se reverter o quadro. Entre eles,

o incentivo para as empresas a aderir voluntariamente a

políticas de inclusão de mulheres em cargos de comando

ou a sua obrigatoriedade, por meio de regras mais incisi-

vas e uma maior intervenção do Estado, por meio da ado-

ção desses programas em empresas estatais.

INÍCIO INSTITUCIONAL EVENTOS ACADÊMICOS PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS PUBLICAÇÕES FGV DIREITO SP NA MÍDIA REVISTA DIREITO GV INDICA

: 03A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 7 : O U T U B R O 2 0 1 4 O U T U B R O 2 0 1 4

“Antes os dependentes circulavam pelo bairro e a Polícia

Comunitária não tinha como prever quando eles iriam se

locomover em grandes grupos. Isso causava transtornos

à população e ao comércio, principalmente quando con-

sumiam drogas em frente a escolas. Havia um apelo da

comunidade local para que algo fosse feito”, disse o sar-

gento Herrera. E acrescentou ao dizer que, ao entrar em

contato com os líderes do fluxo, como chamam o agru-

pamento desses dependentes, a resposta que tiveram

foi: “Só queremos um canto para usar nossa droga”. “A

solução que encontramos, colocá-los dentro de um “cer-

cadinho”, foi a que teria menos impacto”, conclui o sar-

gento Herrera.

“O direito tem a capacidade de normatizar mudanças pedi-

das pela sociedade como a questão dos direitos humanos.

A Polícia Comunitária, que age de forma mais humaniza-

da e menos repressora, foi legitimada pelo judiciário”, disse

Tomaz Aribi, aluno do 5º ano da FGV DIREITO SP.

Segundo o tenente Gurdos, a polícia realiza atualmente

uma patrulha na região, pois ocorrem muitos roubos de

pessoas que saem da Sala São Paulo e de empresas

localizadas na região. “Os dependentes abordam as pes-

soas geralmente com facas, ou fingem que estão de

posse de arma de fogo e roubam o celular delas para

poderem vender e comprar drogas”, complementou.

Para manter o tráfico, os policias explicaram que a cada

dia os dependentes montam uma nova estratégia. “Eles

não deixam estranhos entrarem no fluxo, eles têm vigias

e armam barracas para esconderem o comércio de pedras

de crack dentro delas. Sabemos o que acontece lá den-

tro, mas não podemos entrar. Quando identificamos um

traficante, o prendemos a alguns quarteirões de distân-

cia para evitar confrontos que podem acabar em mortes,

e a maioria deles são mulheres”, explicou Herrera.

Uma das histórias contada pelo sargento que mais cha-

mou a atenção do grupo foi a de uma usuária que vol-

tou para casa. “Uma vez apareceu aqui uma menina

muito bonita do interior, ela me contou que tinha vindo

a São Paulo para comprar mercadoria para a loja dela,

e que aqui ela conheceu o crack. Ela fumava maconha,

e a primeira vez que ela usou o crack se viciou. Em três

meses ela estava um trapo humano. Ela passou a viver

na rua, se prostituir e até cometer pequenos furtos para

sustentar o vício. Um dia eu a incentivei a procurar a famí-

lia. Ela ligou para o pai dela e no dia seguinte ele a veio

buscar em um carro de luxo ano 2014. O vício não dis-

tingue ninguém”.

Os alunos também participaram de palestras com os pro-

gramas Braços Abertos e Recomeço. O primeiro, inicia-

do em janeiro deste ano, é uma parceria entre as secre-

tarias de Assistência e Desenvolvimento Social, do Desen-

volvimento, Trabalho e Empreendedorismo e de Saúde, e

tenta ajudar os dependentes químicos oferecendo mora-

dia em hotéis, três refeições diárias, oportunidade de em-

prego e tratamento contra o vício com acompanhamen-

to. Os alunos visitaram a sede do programa, localizada no

antigo Casarão do crack. Lá, os dependentes podem tomar

banho, lavar roupa, participar de atividades recreativas

e descansar.

Outra ação social na região é o Programa Recomeço,

que ajuda os dependentes químicos, principalmente

usuários de crack, desde a busca por tratamento, até a

reinserção na sociedade. O CRATOD (Centro de Refe-

rência de Álcool, Tabaco e outras Drogas) é o ponto de

partida desse tratamento. Eles organizam o manejo de

urgência que muitas vezes antecede a chegada do pa-

ciente ao CAPS-AD (Centro de Atenção Psicossocial Ál-

cool e Drogas, unidade de saúde especializada em aten-

der os dependentes de álcool e drogas, cujo tratamen-

to é feito em liberdade buscando a reinserção social),

aprimoram o contato entre os usuários e as famílias e ofe-

recem apoio psicossocial durante todas as fases do tra-

tamento. Participam do trabalho instituições do Poder

Judiciário, como o Ministério Público, a Defensoria Pú-

blica e a Ordem dos Advogados do Brasil. “Em alguns

casos, os médicos recomendam internação por questão

de saúde. Mas quando o dependente não tem família

nem responsáveis legais, o promotor do Ministério Pú-

blico tem que encaminhar um pedido de internação com-

pulsória”, explicou o médico psiquiatra Marcelo Ribeiro,

diretor do Projeto Recomeço.

Ana Luiza Bandeira, aluna do 5º ano da FGV DIREITO SP

e integrante da Rede de Justiça Criminal, acredita que o

direito tem muito a contribuir com a questão ...continua >>

INÍCIO INSTITUCIONAL EVENTOS ACADÊMICOS PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS PUBLICAÇÕES FGV DIREITO SP NA MÍDIA REVISTA DIREITO GV INDICA

: 04A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 7 : O U T U B R O 2 0 1 4 O U T U B R O 2 0 1 4

<< volta ... das drogas, pois tem a função de promover

mudanças sociais, defender os direitos humanos e garan-

tir acesso a direitos básico. “Quando um direito é garan-

tido por lei, abre um canal para cobrança da sociedade”.

: ALUNOS DA FGV DIREITO SP RECEBERAM

PREMIAÇÕES EM COMPETIÇÃO DE ARBITRAGEM

Uma equipe de alunos da FGV DIREITO SP recebeu três

premiações na Competição Brasileira de Arbitragem Pe-

trônio Muniz, realizada entre os dias 13 e 15 de outu-

bro na cidade de Belo Horizonte, e que contou com 26

faculdades e escritórios de direito dos mais diversos es-

tados do país. As premiações foram: terceiro melhor ora-

dor da Competição ao aluno Gustavo Chimure, menção

honrosa à aluna Yumi Alves e terceiro melhor memorial

para requerida, um dos documentos que todas as equi-

pes devem submeter antes mesmo da competição ini-

ciar. “Nossa equipe demonstrou notável desempenho e

enorme evolução ao passar para as fases eliminatórias”,

contou Cassia Nakano, coordenadora-adjunta da Coor-

denadoria de Práticas Jurídicas e Atividades Comple-

mentares da FGV DIREITO SP.

Antes de partirem para Belo Horizonte, a equipe da FGV

sagrou-se campeã em um encontro pioneiro de prepara-

ção para a Competição, intitulado Competição Preparatória

para a Competição Brasileira de Arbitragem, organizado

pela Comissão Especial de Mediação, Conciliação e

Arbitragem do Conselho Federal da OAB (Cemca) e pela

competição me permitiu ter o contato com uma outra

face do estudante de direito, que não é aquele que lê

muito e escreve em latim, mas sim aquele que constrói

uma cadeia de argumentos para escrever uma peça e

depois aprende a expô-los de forma clara e concisa”.

Tal experiência proveitosa somente foi possível graças

ao grande apoio dos patrocinadores e da faculdade:

THCM, Haddad, Araújo e Oliveira Sociedade de Advo-

gados, Pinheiro Neto Advogados, Machado Meyer, Mel-

chior, Micheletti e Amendoeira Advogados, Professor

Eurico Marcos Diniz de Santi e CEJUR Júnior Direito GV.

Por fim, importante ressaltar a nova política de apoio às

competições da FGV DIREITO SP, que foi essencial para

o desenvolvimento do projeto.

Câmara Brasileira de Arbitragem, administrada pela

Comissão especial da OAB/RS.

Outro momento marcante da preparação da equipe foi o

treino aberto ocorrido na FGV DIREITO SP, contando com

a presença dos professores Rabih Nasser e Alexandre

Pacheco, que atuaram como árbitros, e Eliane Carvalho,

sócia da área de Contencioso e Arbitragem do escritório

Machado Meyer, um dos patrocinadores da Equipe. “O

evento foi extremamente proveitoso, não somente para

a preparação da equipe, mas também para os demais alu-

nos presentes que puderam ter contato com o trabalho

desenvolvido”, explicou Cássia.

Os integrantes da Equipe reconhecem a grande contri-

buição que a Competição tem para sua formação aca-

dêmica e profissional. Segundo o orador Edoardo Mat-

tevi, aluno do 3º ano, “o aprendizado que tivemos na com-

petição é mais do que simplesmente um estudo de caso

e de temas atuais no direito brasileiro, como a arbitragem

e a propriedade intelectual. Aprendemos a trabalhar em

equipe e a se portar de maneira profissional frente a de-

safios. O mais importante foi aprender a representar não

apenas a nós mesmo, mas também a faculdade e nos-

sos patrocinadores”.

Para Gustavo Chimure, aluno do 3º ano, “a competição

representou um enorme crescimento pessoal. Até então,

eu não havia participado de nenhuma outra atividade

acadêmica para além das salas de aula. Minha experiên-

cia universitária se restringia basicamente a estudar. A

: EVENTOS ACADÊMICOS

: JUSTIÇA ELEITORAL FOI TEMA

DE DEBATE NA FGV DIREITO SP

Pelo menos de 2 em 2 anos, ouve-se falar muito

dela. Porém, ainda não se havia feito uma análise

profunda sobre o funcionamento da Justiça

Eleitoral. Um evento realizado no dia 7 de outubro

na FGV DIREITO SP reuniu especialistas para

debater a participação da Justiça Eleitoral no

processo político.

INÍCIO INSTITUCIONAL EVENTOS ACADÊMICOS PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS PUBLICAÇÕES FGV DIREITO SP NA MÍDIA REVISTA DIREITO GV INDICA

: 05A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 7 : O U T U B R O 2 0 1 4 O U T U B R O 2 0 1 4

Luciana Gross Cunha, professora e Coordenadora

do Mestrado Acadêmico da FGV DIREITO SP,

inaugurou o encontro ao debater o seu paper –

escrito em coautoria com Fabiana Luci de Oliveira,

professora da UFSCar – que tratou de analisar a

opinião pública e o conhecimento da população

em relação ao trabalho da Justiça Eleitoral.

“Ao analisar não só a confiança da população na

Justiça Eleitoral, como no sistema da Justiça, é

possível comprovar que existe uma relação muito

controversa entre confiança nas instituições e a

adesão da população na Democracia”, explicou

a professora.

Este caráter institucional permeou todo o debate,

sendo que os pontos altos foram a análise da

Justiça Eleitoral com um órgão que ao mesmo

tempo regula, resolve os litígios de caráter

eleitoral e a necessidade de discussão sobre as

melhorias na validade e segurança das eleições,

garantindo a possibilidade de checagem e

recontagem dos votos.

Teresa Cristina Vale, mestre e doutora em ciência

política pelo Iuperj, falou sobre a criação da

Justiça Eleitoral no Brasil do ponto de vista

histórico. Ela conta que muitos políticos, na

época da criação da justiça eleitoral, se opuseram

alegando usurpação do Poder Legislativo. “Antes

da Justiça Eleitoral era pior. Achei registros de

pessoas do século XIX que realmente votavam

com uma arma na cabeça”, acrescentou.

Daniella Fernandes Cambaúva, mestre em ciências

humanas e sociais pela UFABC, falou sobre o

acompanhamento que fez do processo eleitoral da

Bolívia e da Venezuela, contribuiu com uma análise

comparativa do funcionamento da Justiça Eleitoral

no Brasil com outros países da América. “Enquanto

os países da América Latina estavam em golpe, a

Venezuela já era democrática. A Bolívia passou pela

democratização do país há pouco tempo. Nos anos

2000 foram eleitos cinco presidentes em cinco

anos, até a estabilização com Evo Morales. Agora

eles têm um sistema eleitoral de blindagem,

recontagem de votos e antifraude”, disse.

Tatiana Braz Ribeiral, mestre em ciência política

pela USP e doutora em ciências sociais e política

comparada pela UNB, acrescentou uma análise

sobre a Justiça Eleitoral no México, ainda nesta

perspectiva comparada.

Para Marcelo Augusto Melo Rosa e Souza,

professor do curso de Formação Política da

Oficina Municipal de São Paulo, a formação de

oligarquias dos partidos políticos no Brasil faz

com que os representantes não tenham interesse

em promover a informação política.

“Sem educação não há democracia. Porém,

crimes políticos são cometidos por pessoas bem

educadas. Não há bons exemplos para os jovens

seguirem. A educação política muitas vezes é

uma panaceia”, disse Humberto Dantas,

professor do Insper e coordenador de pós-

graduação na FESP-SP e FIPE-USP.

O evento foi transmitido ao vivo e os vídeos

podem ser vistos em breve no Youtube. O livro

pode ser acessado pelo link http://bit.ly/1rZz7Km.

: FGV DIREITO SP RECEBEU PROFESSOR

PORTUGUÊS PARA TRATAR DE DEFESA

DA CONCORRÊNCIA E PARTICIPOU DE

EVENTO SOBRE INFRAESTRUTURA

A FGV DIREITO SP recebeu o professor Luis

Morais, especialista em Direito da Concorrência

da Faculdade de Direito da Universidade de

Lisboa, que falou do tema “Tratamento das Joint

Ventures no direito da concorrência da União

Europeia”. Morais é autor de recente obra de

referência sobre o tratamento das Joint Ventures

no Direito Concorrencial Europeu.

O evento é uma parceria entre a FGV DIREITO SP

e o IBRAC (Instituto Brasileiro de Estudos de

Concorrência, Consumo e Comércio Internacional)

e debateu o tema em um momento ... continua >>

INÍCIO INSTITUCIONAL EVENTOS ACADÊMICOS PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS PUBLICAÇÕES FGV DIREITO SP NA MÍDIA REVISTA DIREITO GV INDICA

: 06A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 7 : O U T U B R O 2 0 1 4 O U T U B R O 2 0 1 4

O evento foi coordenado pelos professores

Fernando Araújo, da Universidade de Lisboa,

Paula Andrea Forgioni, José Fernando Simão

e Rodrigo Octávio Broglia Mendes, da USP.

: ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE FOI

TEMA DE DEBATE PROMOVIDO PELO CPJA

O Centro de Pesquisa Jurídica Aplicada da Escola

de Direito de São Paulo da Fundação Getulio

Vargas (CPJA/FGV DIREITO SP) promoveu um

workshop para debater o novo projeto da linha

de pesquisa de Estado de Direito e Meio Ambiente,

coordenada por Nelson Novaes Pedroso Júnior,

sobre Áreas de Preservação Permanente (APPs).

O debate foi sobre o aproveitamento das APPs,

principalmente as que estão descaracterizas

ou ocupadas. “O objetivo da pesquisa é definir

os limites e possibilidades de uso dos APPs

no contexto urbano”, explicou Sandra Steinmetz,

bióloga, consultora ambiental e uma das

coordenadoras da pesquisa.

Entre alguns dos casos citados estão: a construção

do Parque Global, em São Paulo, o assoreamento

do rio Tamanduateí, em Mauá, e a reurbanização

ou deslocamento de comunidades situadas em

áreas de risco. “Quando há a reurbanização de

uma favela, tem que fazer uma avaliação custo-

benefício. Quanto custaria para reurbanizar

aquela área e quanto gastaria para relocar

aquelas pessoas”, disse Jair Santoro, geólogo do

Instituto Geológico de São Paulo.

Também participaram do workshop Paulo

Shwenck, Marcio Ackermann e Gustavo Accacio,

consultores ambientais, Ana Maria Nusdeo,

professora de Direito Ambiental da USP, Tatiana

Barreto, promotora de Justiça de São Paulo, Hélia

Maria, arquiteta da Secretaria do Verde e Meio

Ambiente de São Paulo, Maria Tereza Diniz,

arquiteta, especialista em gestão de recursos

hídricos, Sabrina Nasser, defensora pública,

Tatiana Zamoner, arquiteta do Núcleo de

Habitação e defensoria pública, Renato Tagnin,

arquiteto urbanista, Fernanda Meirelles,

coordenadora da linha de pesquisa Cidades e

Metrópoles do CPJA e André de Castro,

estagiário do CPJA.

O CPJA é um centro de pesquisa estratégica da

FGV DIREITO SP, cuja prioridade é a integridade

do Estado de Direito. É dividido nas seguintes

linhas de pesquisa: Estado de Direito e Meio

Ambiente, Estado de Direito e Acesso à Terra,

Estado de Direito e Instituições de Justiça, Estado

de Direito e Sociedade Civil, e as novas linhas em

Segurança e Violência e Cidades e Metrópoles.

<< volta ... em que se discute a regulamentação

da submissão de contratos associativos ao CADE

(Conselho Administrativo de Defesa econômica).

Os professores da FGV DIREITO SP Arthur

Barrionuevo, Wanderley Fernandes, Ronaldo Porto

Macedo Jr. e Lie Uema do Carmo participam de

seminário realizado em parceria entre a USP e a

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa,

nos dias 13 e 14 de outubro.

No primeiro dia, Barrionuevo participou do debate

‘Diálogos em defesa da concorrência – Brasil

e Portugal: Intervenções Antitruste – remédios

e sansões”, no qual falou sobre a importância

da noção de Mercado Relevante.

O tema do segundo dia foi “Contratos em direito

privado”, no qual o professor Wanderley Fernandes

fez apresentação do tema “Contrato como

instrumento de alocação de risco: cross waiver

liability e spilling over mechanism”. Ainda no

mesmo dia, Ronaldo Porto Macedo Jr. falou sobre

contratos relacionais e Lie Uema do Carmo sobre

contratos complexos.

Antes do evento, Lie explicou que “O tema da

minha apresentação será sobre a complexidade

contratual, primordialmente sob a perspectiva

da Teoria da Complexidade, e das potenciais

implicações para o Direito”.

INÍCIO INSTITUCIONAL EVENTOS ACADÊMICOS PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS PUBLICAÇÕES FGV DIREITO SP NA MÍDIA REVISTA DIREITO GV INDICA

: 07A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 7 : O U T U B R O 2 0 1 4 O U T U B R O 2 0 1 4

Esse foi o primeiro encontro para debater o futuro

da pesquisa. O próximo workshop será realizado

na primeira semana de dezembro.

: FGV DIREITO SP REALIZOU DEBATE

SOBRE JOINT VENTURES NO DIREITO

DA CONCORRÊNCIA

A regulação de joint ventures no Direito de

Concorrência da União Europeia foi tema de debate

realizado no dia 14 de outubro na FGV DIREITO SP.

Luis Morais, professor da Faculdade de Direito de

Lisboa começou sua apresentação explicando um

pouco do conceito de joint ventures, principalmente

na União Europeia, que abrange tanto a

constituição de empresas sobre controle comum

de outras empresas (caráter concentrativo) como

a colaboração entre competidores sem ligações

societárias (caráter cooperativo). Fez também uma

síntese dos conceitos abordados em seu livro “Joint

Ventures and EU Competition Law”, lançado em

2013, pela Hart Publishing. O livro apresenta um

panorama detalhado do tratamento de joint

ventures pelo direito da concorrência no contexto

europeu e faz remissões ao tratamento do tema

também nos EUA.

Em sua obra, além de descrever o tratamento do

tema pelas autoridades europeias, Morais propõe

mereceriam ser considerados pelo CADE ao

exigir a submissão de contratos associativos

a sua análise prévia. Em especial, foi apontado

que apenas os contratos associativos com algum

impacto na estrutura do mercado deveriam ser

submetidos ao CADE. Esse elemento estrutural,

explicou o professor, “geralmente exige algum

tipo de institucionalização da tomada de decisão

conjunta pelas empresas parte do contrato

associativo, assim como a afetação de ativos

para a atividade comum”.

O evento foi uma parceria entre a FGV DIREITO SP

e o IBRAC (Instituto Brasileiro de Estudos de

Concorrência, Consumo e Comércio Internacional),

e foi moderado por Caio Mario da Silva Pereira

Neto, professor da FGV DIREITO SP e Diretor

de Regulação do IBRAC.

: FGV DIREITO SP LANÇOU O PRÊMIO “ESDRAS

BORGES COSTA”, QUE BUSCA IDENTIFICAR

INOVAÇÕES NO ENSINO JURÍDICO

Em 28 de outubro, a FGV DIREITO SP promoveu

um coquetel de lançamento do Prêmio Esdras

Borges Costa de Ensino do Direito, com o

objetivo de identificar e recompensar professores

de direito que utilizam técnicas dinâmicas

participativas em seus cursos.

um modelo analítico para a avaliação do impacto

competitivo das joint ventures, especialmente no

que se refere à aplicação do artigo 101 do Tratado

sobre o Funcionamento da União Europeia. O

modelo foi concebido para uma avaliação concreta

dos quatro principais tipos de joint ventures

identificados com base na sua função econômica

predominante: de pesquisa e desenvolvimento,

de produção, de comercialização, e de compra.

Eduardo Caminati, advogado sócio do escritório

Lino, Beraldi, Belluzo e Caminati e Diretor de

Concorrência do IBRAC, especialista em Direito

da Concorrência, foi um dos participantes da

mesa. Ele ressaltou a importância do debate neste

momento de indefinição sobre o tratamento

de “contratos associativos” na Lei de Defesa da

Concorrência (Lei 12.529/11). “O Cade (Conselho

Administrativo de Defesa Econômica) lançou em

consulta pública uma minuta de resolução para

esclarecer o que deve ser considerado um contrato

associativo nos termos do artigo 90 da lei antitruste

e, assim, definir quais contratos exigem uma

submissão obrigatória para fins de aprovação

prévia da autoridade antitruste”, explicou Caminati.

No debate, o professor Morais contribuiu para

a discussão da proposta de regulamentação

brasileira, indicando alguns aspectos que

INÍCIO INSTITUCIONAL EVENTOS ACADÊMICOS PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS PUBLICAÇÕES FGV DIREITO SP NA MÍDIA REVISTA DIREITO GV INDICA

: 08A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 7 : O U T U B R O 2 0 1 4 O U T U B R O 2 0 1 4

O lançamento reuniu professores, pesquisadores,

alunos e familiares do professor Esdras Borges

Costa, que faleceu em 2013 após dedicar sua vida

à pesquisa acadêmica. Ary Oswaldo Mattos Filho,

professor sênior e fundador da FGV DIREITO SP,

conta que o professor Esdras integrou, junto com

os professores Antonio Angarita e Gustavo de Sá

e Silva, o núcleo duro da FGV, “cujo trabalho foi

fundamental para o sucesso desta Escola”.

Mattos Filho prosseguiu, lembrando as diversas

facetas do professor. “Esdras foi um ser humano

que se doou à missão de compreender outros

seres humanos. Foi inovador na academia, ao criar

um banco de casos na Escola de Administração

e introduzir novas metodologias de ensino. Foi

um religioso que se dedicou a compreender e

a respeitar as diferenças. Ao criar um prêmio

homenageando a sua contribuição, honramos a

tradição da FGV de homenagear os que trabalham

e trabalharam para o seu desenvolvimento.”

Oscar Vilhena Vieira, diretor da FGV DIREITO SP,

lembrou que o professor Esdras era a “bússola da

vanguarda” no debate metodológico da Escola,

assim como cultivava uma curiosidade infinita

sobre tudo o que se relacionava à pesquisa

acadêmica, com uma generosidade e uma

franqueza pouco vistas.

Para Vilhena, relacionar a atuação do professor

Esdras à inovação faz todo sentido, ao lembrar

que o professor sempre esteve à frete de todos

nos debates. “E o Prêmio visa justamente

identificar essas experiências radicais no ensino

do direito e destacar os professores inovadores

que serão reconhecidos como aqueles que

mudaram o ensino jurídico do Brasil”,

complementou.

Antonio Angarita, em seu discurso, lembrou a

paciência do professor Esdras diante de suas

“heresias infundadas”. “A vantagem dos

sobreviventes reside em poder lembrar todas as

virtudes e defeitos daqueles com quem conviveu.

No caso do Esdras, só houve virtudes”.

Os familiares ficaram comovidos com a

homenagem. Para Ricardo Borges Costa, filho

do professor Esdras, “é gratificante conhecer

a importância dada ao trabalho do meu pai por

quem conviveu com ele. Ele sempre foi uma

pessoa de bastidores, de pouca vaidade, mas

que participou profundamente da base e da

construção de diversos projetos. É muito

importante conhecer o seu legado”.

Para conhecer mais sobre o Prêmio Esdras e o

Núcleo de Metodologia de Ensino da FGV DIREITO

SP, acesse www.ejurparticipativo.com.br.

: GRUPO DE ENSINO EM PESQUISA E INOVAÇÃO

DA FGV DIREITO SP PROMOVEU DEBATE

SOBRE LIBERDADE DE EXPRESSÃO

A crescente importância das mídias sociais como

plataformas de exposição de ideias traz diariamente

grandes desafios ao direito. Entre o dever de

informar e a defesa da privacidade, os formuladores

de legislações e de políticas públicas deparam-se

cada vez mais com o desafio de buscar respostas

jurídicas à inovação tecnológica.

Para debater o delicado equilíbrio entre novas

tecnologias e liberdade de expressão, o Grupo de

Ensino em Pesquisa em Inovacão (GEPI) da FGV

DIREITO SP promoveu o encontro “The impact of

new technologies in the freedom of expression

debate in the 21st century”, no dia 17 de outubro.

Christian Möller, professor da Universidade de

Ciências Aplicadas de Kiel (Alemanha) foi um dos

palestrantes, e falou sobre a governança global

da internet em sua relação com o tema geral do

evento. “O que é legal em um país, não é

necessariamente legal em outro”, disse o professor,

trazendo também à discussão exemplos de países

nos quais o acesso à internet é restrito. “Na China

e na Arábia Saudita, por exemplo, o Facebook é

proibido. Os usuários desses países usam um

aplicativo para poder acessar a rede ... continua >>

INÍCIO INSTITUCIONAL EVENTOS ACADÊMICOS PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS PUBLICAÇÕES FGV DIREITO SP NA MÍDIA REVISTA DIREITO GV INDICA

: 09A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 7 : O U T U B R O 2 0 1 4 O U T U B R O 2 0 1 4

<< volta ... social. Como regular isto do ponto

de vista da soberania nacional e do direito das

pessoas à informação?”

Marcel Leonardi, Diretor de Políticas Públicas do

Google Brasil, Laura Tresca, Coordenadora de

Liberdade de Expressão do Artigo 19, Dennys

Antonialli, coordenador do Núcleo de Direito,

Internet e Sociedade da FD-USP (NDIS) e diretor

do InternetLab, e Rafael Zanatta, membro da

Coordenação Acadêmica da Pós-Graduação

Lato Sensu da FGV DIREITO SP (GVlaw) foram

os palestrantes da segunda etapa.

Laura falou sobre direitos humanos e sobre a

pesquisa que está realizando sobre liberdade

de expressão junto ao Artigo 19, organização

independente de direitos humanos que trabalha

em vários países na promoção e proteção do

direito à liberdade de expressão.

Leonardi, ao falar da criação do Marco Civil da

Internet, ressaltou a importância do processo de

construção da lei, que partiu de iniciativa popular.

Zanatta, por sua vez, lamentou o baixo número

de pesquisas relacionadas à cultura legal da

liberdade de expressão no Brasil. “O Marco Civil

é apenas uma lei, não podemos mudar a cultura

apenas a partir disso”.

A internet foi abordada por Mônica Rosina,

professora da FGV DIREITO SP, principalmente em

relação à segurança de navegação. Mônica falou

sobre a preocupação das escolas com as crianças

que expõem suas vidas na rede. “Nós precisamos

ensinar as crianças que se expor desse modo tem

consequências. As pessoas estão transferindo

para o direito um papel de educação que também

é da família.” E acrescentou: “estou feliz que exista

o Marco Civil da Internet, mas ainda há muito

que perseguir”.

: FEDERALIZAÇÃO DE VIOLAÇÃO DOS DIREITOS

HUMANOS FOI DEBATIDA NA FGV DIREITO SP

A FGV DIREITO SP promoveu, no dia 27, um

debate sobre o Incidente de Deslocamento de

Competência (IDC), também conhecido como

federalização. O evento, organizado por Eloísa

Machado, professora da FGV DIREITO SP e

coordenadora do Supremo em Pauta, contou com

a participação de Ubiratan Cazetta, Procurador

Geral da República, Guilherme de Almeida,

professor da USP e associado da Andhep

(Associação Nacional de Direitos Humanos,

Pesquisa e Pós-Graduação), Flávio Siqueira

Junior, advogado do Conectas e de Oscar Vilhena

Vieira, professor e diretor da FGV DIREITO SP.

“O IDC, também conhecido como federalização, é

um mecanismo que permite o deslocamento de

processo ou inquérito do âmbito estadual para o

âmbito federal, desde que se esteja diante de uma

grave violação aos direitos humanos e sob o risco

de responsabilização internacional”, explicou Eloísa.

Flávio falou da pesquisa coordenada pelo professor

Guilherme Almeida, intitulada “Estudo sobre a

federalização de graves violações aos direitos

humanos”, realizada pela Andhep em parceria

com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Roberta Corradi Astolfi, do Núcleo de Estudos

da Violência da USP e integrante da equipe

da pesquisa sobre federalização, falou sobre

a metodologia aplicada e apontou melhoras

na realização da pesquisa. “O Judiciário está

se abrindo mais para pesquisas. Conseguimos

entrevistar vários procuradores, e isso sempre

foi um grande desafio”, acrescentou.

Cazetta falou sobre casos de violação dos direitos

humanos, entre eles, o Massacre do Carandiru,

os assassinatos de Dorothy Stang e Manoel

Mattos, e o recente caso do presídio de Pedrinhas,

no Maranhão. Também questionou qual o papel

do Procurador Geral da República na defesa dos

direitos humanos e qual o procedimento adequado

a ser tomado pelos Ministérios ... continua >>

INÍCIO INSTITUCIONAL EVENTOS ACADÊMICOS PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS PUBLICAÇÕES FGV DIREITO SP NA MÍDIA REVISTA DIREITO GV INDICA

: 10

<< volta ... Públicos nesses casos. “Faz sentido

que processos na Justiça Estadual sejam

deslocados para Justiça Federal?”, questionou.

Entre as maiores dificuldades e desafios, Cazetta

citou o arquivamento de casos, o segredo de

justiça, a aplicação no Brasil de procedentes de

sistemas em direitos humanos e acompanhamento

dos casos em tramitação e seu efeito.

Oscar Vilhena Vieira apontou a disputa de

jurisdições federais e estaduais como um

empecilho para o deslocamento. Citou também

o caso de Tupi Paulista, onde detentos de uma

Febem foram transferidos para um presídio nessa

cidade do interior, no qual sofreram uma sessão

de tortura coletiva, mas foram acusados pelos

guardas da penitenciária de se automutilarem.

Sobre a repercussão do caso dos jovens mutilados,

Eloísa afirmou: “Quando falamos de crimes, a

apuração tem que ser imediata, porque senão fica

impossível se recuperar e reproduzir provas”.

Essa foi a quinta mesa de debate a respeito da

pesquisa sobre federalização. O relatório final

será divulgado no próximo mês.

: PROFESSORA MARTA MACHADO

PARTICIPOU DE CONFERÊNCIAS SOBRE

DIREITOS HUMANOS E PROCESSO PENAL

A professora da FGV DIREITO SP Marta Machado par-

ticipou de duas conferências em Luxemburgo e na Itá-

lia. A primeira, no dia 8 de outubro foi sobre Direitos Hu-

manos de presidiários e a outra, nos dias 9 e 10, sobre

Processo Penal.

No dia 8, Marta foi palestrante no seminário “Protecting

a Prisoner’s Human Rights: Europe vs. Brazil”, na Uni-

versidade de Luxemburgo. Junto a ela, esteve o diretor

do Centro Penitenciário de Luxemburgo, Vincent Thies.

O debate foi sobre a proteção dos direitos humanos bási-

cos dos presos e a forma de julgamento desses casos

por vários tribunais internacionais de direitos humanos,

pelas perspectivas brasileira e europeia.

“Em muitos países, onde há superlotação de presídios e

instalações impróprias, não é possível atender a esses di-

reitos, o que gera a revolta por parte dos detentos. O Mas-

sacre do Carandiru foi um exemplo disso”, explicou Marta.

Nos dias 9 e 10, a conferência foi a “Vittime di reato e gius-

tizia penale”, promovida pela Universidade de Milão. No

painel sobre violência de gênero, Marta falou sobre o

direito processual brasileiro e sul-americano, em especial

sobre a Lei Maria da Penha. Este evento faz parte do pro-

jeto “Good practices for protecting victims inside and out-

side the criminal process”, coordenado por Luca Lapária,

professor de Processo Penal da Universidade de Milão.

: PROFESSOR JOSÉ GARCEZ GHIRARDI

PARTICIPOU DE ENCONTRO SOBRE

SHAKESPEARE AO LADO DE JÔ SOARES

Há duas respostas do movimento artístico para se com-

bater os abusos do poder: ou pela tragédia ou pelo riso.

Entre o repertório de peças do dramaturgo William

Shakespeare, Hamlet e Troilus e Créssida são dois exem-

plos respectivos dessas respostas. Uma dessas peças,

que trata das desventuras do Príncipe da Dinamarca,

acabou sendo sobejamente encenada desde os tempos

de Shakespeare. A outra precisou esperar até o século

XX para ter a sua primeira montagem.

Por que essa diferença de tratamento? José Garcez Ghi-

rardi, professor de Artes e Direito da FGV DIREITO SP,

suspeita que a provável não encenação de Troilus e Crés-

sida se deveu ao fato de que, entre todas as peças de

Shakespeare, esta foi a mais maquiavélica de todas. “Troi-

lus e Créssida formula a mais feroz acusação ao tempo

de Shakespeare do que qualquer outra peça” analisou

o professor.

Esta foi a introdução da aula especial que José Garcez

Ghirardi fez em parceria com o apresentador, ator e dire-

tor de teatro Jô Soares, na Casa do Saber, no dia 10 de

outubro. Com a participação da atriz Maria Fernanda Cân-

dido e do tradutor Mauricio Guilherme, a palestra “Sha-

kespeare – a beleza de traduzir e montar um clássico” bus-

cou resgatar as características da sociedade e da políti-

ca na época de Shakespeare que levaram ... continua >>

A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 7 : O U T U B R O 2 0 1 4 O U T U B R O 2 0 1 4

: PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS

INÍCIO INSTITUCIONAL EVENTOS ACADÊMICOS PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS PUBLICAÇÕES FGV DIREITO SP NA MÍDIA REVISTA DIREITO GV INDICA

: 11

<< volta ... à criação desta peça. Durante o encontro, tre-

chos da peça foram lidos pelos participantes.

O fato de ser a peça mais maquiavélica de todas, para

os expositores, reside no fato de que Shakespeare se

serve de diversas teorias de Nicolau Maquiavel para reve-

lar a transformação de padrões da sociedade medieval

para a fundação do Estado moderno, especialmente na

política. Maquiavel havia publicado, pouco antes, sua

obra-prima “O Príncipe”, onde afirma, em linha sumárias,

que os mandatários, para se manter no poder, precisam

fingir integridade e honestidade, e agir ao contrário.

Troilus e Créssida, na opinião dos autores, expõe essa

lógica. Os grandes mitos, os comandantes de guerra e

os políticos são mostrados de forma ridícula e as moti-

vações que os levam a agir não são pela honra, mas pela

busca do poder. Os valores que sustentavam o mundo

medieval, como a ética da honra, por exemplo, mostra-

ram-se falsos.

Segundo Garcez, a virtude da tradução de Trolius e

Créssida empreendida por Jô Soares e Maurício Gui-

lherme reside justamente no respeito aos registros das

falas de cada um dos personagens. “Os personagens

com maior patente, aparentemente mais nobres, são os

que têm a fala mais empolada e o discurso mais pron-

to, ao passo que os personagens mais simples e mais

desbocados são os que mostram perceber, em suas

falas, uma maior noção da realidade”, complementou

o professor.

: PROFESSORA DANIELA GABBAY APRESENTOU

TRABALHO SOBRE ACESSO À JUSTIÇA EM

CONFERÊNCIA DE PROCESSO CIVIL EM SEUL

Daniela Gabbay, professora da FGV DIREITO SP, parti-

cipou da “Constitution and proceedings Seoul Conferen-

ce 2014”, na Coreia do Sul. O evento foi promovido pela

International Association of Procedural Law e reuniu es-

pecialistas de diversos países para falar sobre a relação

entre processo civil e Constituição.

Sobre a importância do evento, Daniela ressaltou a troca

de experiências entre juristas e processualistas do mundo

inteiro. “Esses especialistas trouxeram ao evento traba-

lhos que analisam diferentes realidades e perspectivas

de países sobre a relação entre Processo e Constituição”,

completou.

Daniela apresentou um relatório sobre “The right to access

to justice and public responsabilities” em mesa onde foi

debatido o acesso à Justiça no Brasil e outros países.

O relatório sobre o Brasil parte da premissa de que o efe-

tivo acesso à Justiça é aquele que gera acesso à ordem

jurídica justa, o que vai além do acesso ao Judiciário.

Nessa visão mais ampla, o efetivo acesso à Justiça de-

pende de múltiplos fatores, tais como a organização ju-

diciária adequada à realidade do país, o tratamento ade-

quado das controvérsias – inclusive com a utilização da

mediação e a conciliação; a adequação dos instrumen-

tos processuais à efetiva tutela dos direitos individuais e

coletivos; a promoção de serviços de assistência jurídica

integral, que propicie não somente o acesso aos órgãos

judiciários, como também orientação e informação jurídi-

ca; além de estratégias voltadas à remoção de obstácu-

los econômicos, sociais, e culturais que possam restrin-

gir o acesso efetivo à justiça no país.

O relatório foi escrito em coautoria com os professores

Kazuo Watanabe, Ada Pellegrini Grinover e Carlos Alber-

to Salles, professores da Faculdade de Direito da USP,

e Valeria Lagrasta, juíza de direito e Coordenadora do

Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da

Comarca de Jundiaí/SP.

: PROFESSORA FLÁVIA SCABIN PARTICIPOU

DE CONFERÊNCIA SOBRE IMPACTOS AMBIENTAIS

DE GRANDES EMPREENDIMENTOS

A professora da FGV DIREITO SP Flávia Scabin participou

do 2º Congresso de Avaliação de Impacto, realizado na

Universidade Federal de Ouro Preto. Flávia dividiu uma

mesa com representantes do Ministério do Meio Ambiente

e do Ministério do Planejamento para discutir sobre os

“Desafios do licenciamento ambiental de grandes empreen-

dimentos: percepção social e judicialização”.

O Congresso teve, como tema central, os “Novos Rumos

da Avaliação de Impacto Ambiental”. O objetivo foi pro-

mover um debate sobre as mudanças regulatórias e

procedimentais aplicadas nos sistemas de avaliação de

impacto do licenciamento ambiental de grandes em-

preendimentos.

A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 7 : O U T U B R O 2 0 1 4 O U T U B R O 2 0 1 4

INÍCIO INSTITUCIONAL EVENTOS ACADÊMICOS PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS PUBLICAÇÕES FGV DIREITO SP NA MÍDIA REVISTA DIREITO GV INDICA

: 12

Em agosto, a FGV DIREITO SP divulgou resultados do estu-

do “Desafios e Oportunidades do Licenciamento Ambiental

de Grandes Empresas no Brasil”, realizado pelo Centro de

Pesquisa Jurídica Aplicada – CPJA, em parceria com a FGV

Projetos. Segundo o estudo, a falta de planejamento pré-

vio, que inclui a baixa qualidade dos estudos de impacto

ambiental e a baixa eficácia dos mecanismos de partici-

pação da comunidade do entorno, é um dos grandes obs-

táculos do licenciamento ambiental de obras de elevado

impacto ambiental.

: PROFESSORA ÉRICA GORGA DEBATEU O

TRATAMENTO DE DISPUTAS SOCIETÁRIAS DE

EMPRESAS BRASILEIRAS EM UNIVERSIDADES

AMERICANAS

A crise financeira global de 2008, que atingiu em cheio

as empresas Aracruz e Sadia, na época detentoras de

contratos futuros de câmbio, os chamados “derivativos”,

provocaram profundos impactos nos sistemas jurídicos

brasileiro e norte-americano. Érica Gorga, professora de

Direito dos Negócios da FGV DIREITO SP e Associate

Research Scholar in Law da Yale Law School, dedicou

esforços para pesquisar quais foram os caminhos que os

dois países trilharam para solucionar os conflitos gerados

para os acionistas minoritários. O trabalho foi apresen-

tado pela professora em Seminários sobre corporações

e litígios de valores mobiliários na Brooklyn Law School

e Richmond Law School.

Érica apresentou, no dia 24 de outubro, os dados da

pesquisa “Is the U.S. Law Enforcement Stronger? The

Case of Securities Fraud by Brazilian Corporations and

Lessons for the Private and Public Enforcement Debate”,

que relata os casos das perdas bilionárias da Sadia e

Aracruz Celulose com derivativos cambiais durante a

crise financeira.

Para Érica, a diferença marcante é que investidores rece-

beram indenizações financeiras milionárias em ambos os

casos nos Estados Unidos, ao passo que no Brasil não

houve nenhuma reparação dos prejuízos aos acionistas.

“A questão da transparência do Judiciário na divulgação

das ações judiciais nos Estados Unidos é primordial.

Enquanto há portais e sites onde todos os acionistas

podem consultar o andamento dos processos, no Brasil

os processos judiciais ocorreram em segredo de justi-

ça. No Brasil, diferentemente dos Estados Unidos, não

são utilizados modelos de mensuração financeira que

possam apurar o ‘valor justo’ em relação a indenizações

por fraudes no mercado de capitais”, avaliou a profes-

sora. Érica Gorga também apontou os problemas téc-

nicos e a ausência de ações representativas da classe

dos acionistas no Brasil.

O encontro na Brooklyn Law School ocorreu no dia 9 de

outubro. Em fevereiro, Érica já havia apresentado a pes-

quisa na Yale Law School.

: PROFESSORA MARIANA PARGENDLER

FOI FINALISTA DO PRÊMIO JABUTI

O livro “Evolução do Direito Societário: lições

do Brasil”, de Mariana Pargendler, professora da

FGV DIREITO SP, foi um dos finalistas do Prêmio

Jabuti 2014, a mais importante premiação

editorial do país.

O livro faz parte da série Direito, Desenvolvimento

e Justiça, fruto da parceria entre a Editora Saraiva

e a FGV DIREITO SP. Ele vem com a missão

de ajudar a preencher uma lacuna acadêmica

ao apresentar a história da evolução do direito

societário brasileiro nos últimos dois séculos.

O livro enriquece o conhecimento sobre a evolução

conjunta do direito e das instituições econômicas,

mostrando como a rica compreensão e análise

do contexto brasileiro pode servir de inspiração

e teste para ideias sobre o fenômeno jurídico

de um modo geral ao redor do mundo.

Na obra, Mariana aponta que o direito brasileiro

sempre foi uma adaptação dos sistemas jurídicos

estrangeiros e depois aborda o mesmo assunto de

uma perspectiva global. Em capítulos posteriores,

fala sobre o desenvolvimento jurídico e econômico

brasileiro, tanto de uma perspectiva nacional

quanto internacional. Trata também do ... continua >>

A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 7 : O U T U B R O 2 0 1 4 O U T U B R O 2 0 1 4

: PUBLICAÇÕES

INÍCIO INSTITUCIONAL EVENTOS ACADÊMICOS PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS PUBLICAÇÕES FGV DIREITO SP NA MÍDIA REVISTA DIREITO GV INDICA

: 13

<< volta ... desenvolvimento das empresas

privadas e estatais no Brasil, e em outros países

em desenvolvimento e industrializados. O livro

tem prefácio de Henry Hansmann, professor da

Faculdade de Direito de Yale e apresentação de

Judith Martins-Costa, professora da Universidade

Federal do Rio Grande do Sul.

A cerimônia de entrega do Jabuti está de casa nova

em 2014. Depois de oito anos sendo realizada na

Sala São Paulo, o Prêmio Jabuti foi realizado no

Auditório Ibirapuera no dia 18 de novembro.

: FGV DIREITO SP NA MÍDIA

1º DE OUTUBRO

: Rafael Zanatta, pesquisador da FGV DIREITO SP e Ru-

bens Glezer, coordenador do Supremo em Pauta, falaram

sobre proteção de dados pessoais no Brasil em artigo pu-

blicado no Valor Econômico. O título do artigo é “Atraso

regulatório para a proteção de dados pessoais”.

02 DE OUTUBRO

Um artigo produzido pelo NEF e publicado o Conjur tra-

tou do futuro do Imposto sobre a Renda. O artigo chama-

se “Futuro do Imposto sobre a Renda: tributar a pessoa

física ou jurídica?”.

04 DE OUTUBRO

: Oscar Vilhena Vieira, em sua coluna na Folha de SãoPaulo, falou sobre o aborto clandestino e os riscos queprocedimentos geram em paralelo com a discussão dalegalização do aborto.

08 DE OUTUBRO

: O professor André Castro Carvalho escreveu sobre osnovos produtos e serviços que ainda não foram regula-mentados no Brasil, como cigarro eletrônico e aluguel dequartos, em reportagem da Revista Pequenas Empresas,Grandes Negócios. o título da matéria é “Negócios à mar-gem da lei”.

10 DE OUTUBRO

: Eloísa Machado e Rubens Glezer, coordenadores doSupremo em Pauta, em artigo publicado no Estadão,falaram sobre a recorrente falta de ministros no STF, fatoque inviabiliza vários julgamentos. O artigo chama-se“Faltam ministros no STF”.

14 DE OUTUBRO

: Renato Sérgio de Lima, pesquisador do CPJA, e MarcoAntonio Carvalho Teixeira, professor da FGV EAESP, fala-ram sobre os casos de ódio ocorridos no período elei-toral. O artigo foi publicado na Folha de São Paulo e temo título “Fraturados pelo ódio e pelo preconceito”,

15 DE OUTUBRO

: A Folha de São Paulo registrou, em nota, o curso sobreShakespeare ministrado pelo professor da FGV DIREITO

SP José Garcez Ghirardi e por Jô Soares. A nota faz iro-nia com o conteúdo da peça abordada, Tróilo e Créssida,que critica a elite, com o bairro nobre em que se loca-liza o local do curso, a Casa do Saber. A nota tem o título“No Itaim, Jô lê peça ‘crítica a toda elite”’.

16 DE OUTUBRO

: Marta Machado, professora da FGV DIREITO SP, falou

sobre a proposta de redução da maioridade penal, muito

discutida durante o período eleitoral. O artigo foi publicado

no Estadão e tem o título “Maioridade penal e exclusão”.

18 DE OUTUBRO

: Oscar Vilhena Vieira falou sobre a negligência aos direi-

tos humanos cometidas no Brasil e no mundo em sua

coluna na Folha de São Paulo. O título do texto é “Intole-

ráveis direitos”.

20 DE OUTUBRO

: Lei que incentiva contratação de microempresas em lici-

tações é tema de um artigo escrito por Carlos Ari Sund-

feld, professor da FGV DIREITO SP e Guilherme Jardim

Jurksaitis, mestre em Direito de Estado, e publicado no

Valor Econômico.

22 DE OUTUBRO

: Eloísa Machado, coordenadora do Supremo em Pauta,

falou sobre a progressão para o regime semiaberto de José

Dirceu. O artigo foi publicado no Estadão o título “Muito

mais que um caso”.

A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 7 : O U T U B R O 2 0 1 4 O U T U B R O 2 0 1 4

INÍCIO INSTITUCIONAL EVENTOS ACADÊMICOS PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS PUBLICAÇÕES FGV DIREITO SP NA MÍDIA REVISTA DIREITO GV INDICA

: 14

23 DE OUTUBRO

: Heloisa Estellita, professora da FGV DIREITO SP, falou

sobre redução da maioridade penal como promessa de

redução da criminalidade e da impunidade. O artigo foi

publicado no Conjur e tem o título “Discussão sobre redu-

ção da maioridade penal é mais do mesmo”.

27 DE OUTUBRO

: O professor Theodomiro Dias Neto e o pesquisador do

CPJA Renato Sérgio de Lima falaram sobre segurança

pública em matéria especial da Folha de São Paulo para

as eleições. A matéria chama-se “Bala Perdida”.

28 DE OUTUBRO

: Lígia Paula Pinto Sica, coordenadora do Grupo de Pes-

quisas em Direito e Gênero da FGV DIREITO SP, em artigo

publicado no Brasil Post, criticou as ações da Apple e do

Facebook de incentivarem as suas funcionárias mulheres

a congelarem seus óvulos, em vez de modificar o padrão

de trabalho incluindo as mulheres respeitando suas carac-

terísticas biológicas. O artigo chama-se “O bolsa-óvulo da

Apple e do Facebook”.

29 DE OUTUBRO

: Eloísa Machado, coordenadora do Supremo em Pauta,

apontou a situação carcerária no Brasil e as persistentes

violações dos direitos humanos como fatores principais

para a recusa de extradição de Henrique Pizzolato pela

corte italiana. O artigo chama-se “O não estado de direito”

e foi publicado no Estadão.

: Uma matéria do Valor Econômico mostrou um estudo

coordenado pelo professor sênior Ary Oswaldo Mattos

Filho, que indicou que o Código Civil e o Código Comer-

cial não estão de acordo com a realidade das empresas

de sociedade limitada no Brasil. A matéria chama-se

“Estudo da FGV mostra uma sociedade limitada diferente

do que prevê a lei”.

31 DE OUTUBRO

: Um artigo produzido pelo NEF falou sobre as medidas

adotadas por alguns países para evitar a sonegação de im-

postos. O artigo foi publicado no Conjur e tem o título “Efi-

cácia da fiscalização tributária, entre drones e incentivos”.

: Uma pesquisa do IBGE mostrou que as mulheres ainda

recebem menos do que os homens. Lígia Pinto Sica

citou dois motivos que ajudam a explicar essa diferença

em matéria publicada na BBC Brasil, com o título “Mais

escolarizadas, mulheres ainda ganham menos e têm difi-

culdades para subir na carreira”.

A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 7 : O U T U B R O 2 0 1 4 O U T U B R O 2 0 1 4

: REVISTA DIREITO GV INDICA

: El control de convencionalidad:

análisis en derecho comparadoGonzalo Aguilar Cavallo

En el caso Almonacid (2006), por primera vez, la

Corte Interamericana de Derechos Humanos

enunció la doctrina del control de

convencionalidad. El control de convencionalidad

ha generado un gran debate académico,

especialmente en la doctrina constitucional

latinoamericana. Una pregunta que surge en este

escenario es cuál es la relación entre el control de

constitucionalidad y el control de

convencionalidad. El derecho comparado nos

permitirá aportar argumentos y criterios para

abordar esta cuestión.

: El derecho positivo o convencional, su

naturaleza: el carácter creativo (constitutivo)

y derivado de las leyes humanasSebastián Contreras Aguirre

El siguiente trabajo intenta presentar algunos

criterios para reconocer una norma de derecho

positivo. Si bien es cierto que para el

iusnaturalismo clásico una misma norma contiene

elementos naturales y convencionales, es posible,

creo, determinar si una disposición cualquier

pertenece, stricto sensu, al derecho positivo o

al derecho natural. En particular, se propone que

una regla de justicia convencional mantiene una

situación intermedia entre las llamadas normas

ónticas y los principios terciarios de la ley natural.

Aunque comparte elementos con ... continua >>

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: 15

<< volta ... esos tipos de reglas de justicia, no

puede ser clasificada ni como derecho natural

terciario ni como una norma de justicia que

crea ex nihilo nuevos estados de cosas.

A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 7 : O U T U B R O 2 0 1 4 O U T U B R O 2 0 1 4

EXPEDIENTE

CATARINA HELENA CORTADA BARBIERI

COORDENADORA DE PUBLICAÇÕES

BRUNO BORTOLI BRIGATTO

EDIÇÃO

ULTRAVIOLETA DESIGN

PROJETO GRÁFICO

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