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ASSOCIAÇÃO SAÚDE CRIANÇA CNPJ: 40.358.848/0006-16 Matriz: Rua da Palmeiras, 65 Botafogo - Rio de Janeiro - RJ Cep 22270-070 Tel.: (21) 3082 1632 E-mail: [email protected] ANO 25 - Nº 101• Janeiro a Março 2017 Saúde Criança parcipa da 3ª edição do Programa Grow2Impact da Ashoka A fundadora e presidente do Conselho de Administração da Associação Saúde Criança, Vera Cordeiro, a diretora execu- va da ASC, Crisana Velloso, e a gerente de Processos e Tecnologia, Adriane Menna Barreto, apresentaram no dia 15 de feve- reiro a metodologia Saúde Criança e o pro- jeto Família Saudável, Planeta Sustentável no evento de encerramento da 3ª edição do Programa Grow2Impact da Ashoka. “O nosso sonho começou no Rio de Janeiro. Estamos nos expandindo pelo Brasil afora e inspiramos empreendedores sociais que levaram a metodologia Saú- de Criança para outros países. Nosso real compromisso é comparlhar esse sonho com o mundo” disse Vera Cordeiro. Na ocasião outras seis organizações so- ciais também mostraram que podem trans- formar suas ideias em produtos e serviços sustentáveis financeiramente e de grande impacto social. No período de 2016/2017, “O nosso sonho começou no Rio de Janeiro. Estamos nos ex- pandindo pelo Brasil afora e ins- piramos empreendedores sociais que levaram a metodologia Saúde Criança para outros países. Nosso real compromisso é comparlhar esse sonho com o mundo” além do Saúde Criança, as organizações parcipantes foram: Serta, Acreditar, Kam- bôas, Instuto Nossa Ilhéus, Instuto Mo- vere e Noisinho da Silva. O Programa GROW2IMPACT, criado em 2014 pela Ashoka, surge como forma de ampliar o impacto de organizações so- ciais, aproximando a experse do setor de negócios para impulsionar inovações so- ciais. A Ashoka é uma organização mundial que dá apoio a Empreendedores Sociais – pessoas com ideias criavas e inovadoras capazes de provocar transformações com amplo impacto social. Vera Cordeiro é fellow da Ashoka.

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Page 1: ANO 25 - Nº 101• Janeiro a Março 2017 Saúde Criança ... · revista científica The Lancet publicou um estudo que comprova que a pobreza e a desigualdade social matam mais pessoas

ASSOCIAÇÃO SAÚDE CRIANÇA

CNPJ: 40.358.848/0006-16

Matriz: Rua da Palmeiras, 65

Botafogo - Rio de Janeiro - RJ

Cep 22270-070

Tel.: (21) 3082 1632

E-mail: [email protected]

ANO 25 - Nº 101• Janeiro a Março 2017

Saúde Criança participa da 3ª edição do Programa Grow2Impact da Ashoka

A fundadora e presidente do Conselho de Administração da Associação Saúde Criança, Vera Cordeiro, a diretora execu-tiva da ASC, Cristiana Velloso, e a gerente de Processos e Tecnologia, Adriane Menna Barreto, apresentaram no dia 15 de feve-reiro a metodologia Saúde Criança e o pro-jeto Família Saudável, Planeta Sustentável no evento de encerramento da 3ª edição do Programa Grow2Impact da Ashoka.

“O nosso sonho começou no Rio de Janeiro. Estamos nos expandindo pelo Brasil afora e inspiramos empreendedores sociais que levaram a metodologia Saú-de Criança para outros países. Nosso real compromisso é compartilhar esse sonho com o mundo” disse Vera Cordeiro.

Na ocasião outras seis organizações so-ciais também mostraram que podem trans-formar suas ideias em produtos e serviços sustentáveis financeiramente e de grande impacto social. No período de 2016/2017,

“O nosso sonho começou no Rio de Janeiro. Estamos nos ex-pandindo pelo Brasil afora e ins-piramos empreendedores sociais que levaram a metodologia Saúde Criança para outros países. Nosso real compromisso é compartilhar esse sonho com o mundo”

além do Saúde Criança, as organizações participantes foram: Serta, Acreditar, Kam-bôas, Instituto Nossa Ilhéus, Instituto Mo-vere e Noisinho da Silva.

O Programa GROW2IMPACT, criado em 2014 pela Ashoka, surge como forma de ampliar o impacto de organizações so-ciais, aproximando a expertise do setor de negócios para impulsionar inovações so-ciais. A Ashoka é uma organização mundial que dá apoio a Empreendedores Sociais – pessoas com ideias criativas e inovadoras capazes de provocar transformações com amplo impacto social. Vera Cordeiro é fellow da Ashoka.

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Expediente: Redação: Márcia Fornari Colaboração: Fernanda LemosEdição: Márcia Fornari e Cristiana VellosoRevisão: Maria Eugênia Lima Design e diagramação: Claudio FrotaFotos: Arquivo Associação Saúde CriançaEmail: [email protected].: 21 3082 1632 ramal 206

A Associação Saúde Criança é uma organização social que trabalha com metodologia pioneira para reestruturar as famílias de crianças em risco social, provenientes de unidades públicas de saúde, e promover o seu autossustento.

Fundado em 1991 pela Dra. Vera Cordeiro, a Associação é uma organização sem fins lucrativos e sem filiação política e religiosa.

O Saúde Criança tornou-se franquia social em 2010 e, atualmente, conta com unidades franqueadas em seis Estados do Brasil.

EDITORIAL

Embora 2017 já esteja entrando no se-gundo trimestre, por meio deste primeiro Boletim Saúde Criança nós queremos lhe desejar um ótimo ano repleto de realiza-ções e alegrias!

Aproveitamos também para agradecer a Repsol Sinopec e a todos que fizeram doações à campanha para arrecadar re-cursos a fim de doar material escolar para as crianças e adolescentes atendidos pelo Saúde Criança.

Agradecemos ainda à White Martins, à Unimed, à Equinix, à Rede Accor, ao Colé-gio Corcovado e a todos que doaram brin-quedos para as nossas crianças e fizeram o Natal delas mais alegre.

Em fevereiro, recebemos da Radix En-genharia & Software uma doação de com-putadores - CPUs novas, já com o pacote Microsoft instalado e licenciado para a As-sociação. Muito obrigada!

No início de fevereiro deste ano, a revista científica The Lancet publicou um estudo que comprova que a pobreza e a

desigualdade social matam mais pessoas em escala global que a obesidade, a hiper-tensão e o uso demasiado de álcool. Essa questão tem sido abordada pela Dra. Vera Cordeiro, a fundadora e presidente do Conselho do Saúde Criança, há pelo me-nos 25 anos.

Ao atender os pacientes na pediatria do Hospital Federal da Lagoa, Vera perce-beu que o ato médico não se completava. Conseguia tratar a doença, mas as crianças voltavam para casas insalubres, com pais muitas vezes desempregados, sem condi-ções de dar os cuidados adequados após a alta hospitalar. Esta frustração diária a le-vou a criar um movimento dentro do hos-pital e junto à sociedade civil para fundar, em 25 de outubro de 1991, a Associação Saúde Criança que aborda a real causa de muitas das doenças: a miséria.

A convite da Ashoka, o Saúde Criança participou da terceira edição do Programa Grow2Impact com o objetivo de trans-formar a nossa metodologia em negócio social. Em 15 de fevereiro, Vera Cordeiro,

Cristiana Velloso, nossa diretora execu-tiva, e Adriane Menna Barreto, gerente de Processos e Tecnologia, apresentaram o projeto Família Saudável, Planeta Sus-tentável, no evento de encerramento do programa, em São Paulo. Leia mais na re-portagem de capa!

Todos estes agradecimentos reforçam o que já sabemos, que podemos contar com o patrocínio de empresas e funda-ções parceiras de longa data e com cada um de vocês, nossos contribuintes indivi-duais. Fica aqui o nosso muito obrigado pelo apoio de sempre!

Em 2017, vamos buscar novos patro-cinadores, parceiros e doadores pessoa física visando a cobrir os custos da nossa organização social para que possamos crescer de maneira ordenada e atender cada vez a mais famílias.

Um abraço,

Márcia Fornari

Coordenadora de Comunicação

Objetivo PrincipalA Associação Saúde Criança tem a inten-ção de alcançar o maior número possí-vel de famílias em vulnerabilidade social, combatendo a pobreza existente e pro-

FAMÍLIA SAUDÁVEL, PLANETA SUSTENTÁVEL!

movendo o desenvolvimento humano e a inclusão social.

Para alcançar este objetivo desenvol-veu, com base em sua metodologia re-conhecida pelos resultados atingidos, um aplicativo para ser usado em comu-nidades vulneráveis.

Assim será possível realizar um diagnósti-co multidisciplinar de famílias, a partir das respostas fornecidas em questionário in-terativo e intuitivo, focado em cinco áreas: saúde, educação, renda, cidadania e mo-radia. Ao final, serão fornecidas à família entrevistada sugestões de ações para me-lhorar a sua qualidade de vida.

Clientes

Governos, empresas, hospitais, escolas, fundações ou outras organizações pode-rão realizar a análise geral dos resultados

obtidos na comunidade avaliada, permi-tindo entender melhor as suas caracterís-ticas e possibilitando atuar de forma efi-ciente no seu desenvolvimento.

O trabalho

O aplicativo será parte importante de um serviço que pode mudar uma comunidade e não apenas uma ferramenta tecnológi-ca. Após o seu uso, poderá acontecer um serviço de consultoria a ser fornecido pela Associação, e a ser desenhada e detalhada de acordo com as necessidades e possibili-dades do cliente.

Contato

Para mais informações o interessado pode entrar em contato com Cristiana Velloso pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (21) 2286-9988.

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Radix doa CPUs para o Saúde Criança

A parceria da Radix com a Associação Saúde Criança é de longa data. Desde a fundação da empresa de engenharia e software que a companhia presta serviços voluntários à instituição. Em fevereiro, a Radix levou mais de 30 CPUs novas, já com o pacote Microsoft instalado e licenciado para a associação.

De acordo com Adriane Menna, ge-rente de processos e tecnologia do Saúde Criança, os computadores doados vão aju-dar no andamento dos processos da Asso-ciação e também vão impulsionar a ideia de criar uma área de informática para os adolescentes e crianças atendidas. “Esta-mos muito felizes com a doação da Radix, mais uma vez a empresa nos surpreende positivamente. Os computadores com que trabalhamos aqui na instituição são muito antigos. Agora, além das CPUs para nos-so trabalho, vamos retornar com a ideia de criar uma estação de informática para incluir as crianças e adolescentes da Asso-ciação na era digital”, explica.

Mais CPUs estão sendo formatadas para uma segunda entrega ao Saúde

Criança. Além das máquinas, a Radix foi a empresa que desenvolveu o site institu-cional da Associação e também o sistema de avaliação e acompanhamento das fa-mílias. “Temos que comprovar através de dados coletados junto à atividade fim o re-sultado do nosso trabalho. Com o desen-

volvimento do sistema, a Radix contribuiu em muito para a demonstração junto de nossos stakeholders da transformação da vida das pessoas possibilitando a sua esca-la no Brasil e no mundo”conta a gerente.

Saúde Criança se mantém como a ONG mais influente da América Latina

A Associação Saúde Criança foi eleita, pela quinta vez consecutiva, a mais in-fluente organização não-governamental da América Latina. Além disso, a institui-ção também se manteve na 19ª posição entre as 500 do mundo. A lista é presidi-da mais uma vez pela BRAC, organização social de Bangladesh, na Índia. Esses são resultados da avaliação anual realizada pela entidade suíça NGO Advisor (antiga Global Geneva), que seleciona as princi-pais organizações sociais do mundo com base em critérios como: impacto, trans-parência e sustentabilidade.

Nesta edição, a NGO Advisor levou em conta questões como ajuda a refugia-dos, combate às desigualdades sociais e

auxílio a vítimas de desastre naturais e situações de violência e/ou violação dos direitos humanos. Por isso, a lista da en-tidade suíça traz nomes do terceiro se-tor que representam os novos desafios enfrentados pela sociedade nos últimos anos, em âmbito local e nacional.

O Saúde Criança se destaca com a sua metodologia, que é vista como uma iniciativa que encontra soluções direcio-nadas às necessidades de cada família. Assim, a Associação consegue romper com o ciclo vicioso da doença em situ-ações de miséria e risco social, lidando e ultrapassando barreiras e questões já conhecidas na saúde pública brasileira. Dentre as principais áreas de reconheci-

mento da instituição estão independên-cia governamental, resultados da audi-toria, transparência e responsabilidade, sustentabilidade e inovação.

Com um trabalho de 45 anos, a BRAC é eleita pela segunda vez a ONG mais influente do mundo. Recentemente che-gou ao número de mais de 138 milhões de pessoas assistidas, capacitando pes-soas e comunidades em situação de po-breza e risco social, combatendo o anal-fabetismo, as doenças e a injustiça social em diversos âmbitos.

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O CASO É...SAÚDE CRIANÇA ILHA

O CASO É... SAÚDE CRIANÇA MATRIZ

Rosevânia é um exemplo de superação e força. Ela viu a filha, Andressa, de seis anos, adoecer e ficar com sequelas por causa da demora de um diagnóstico mé-dico. No entanto, deu a volta por cima e hoje se prepara para receber alta da As-sociação. Há três anos no Saúde Criança, Rosevânia é conhecida pelas outras mães, funcionários e voluntários da instituição como Rose. Ela e a filha foram encaminha-das para a instituição pelo Hospital da La-goa, quando Andressa teve meningite aos dois anos e dez meses de idade.

sem saber o que fazer, e foi aqui que me acolheram. Eles me ajudaram com remé-dio, leite, fralda, cesta básica, alimentação e com o curso profissionalizante. Eu me for-mei em dois módulos de culinária em 2015 e hoje, graças a Deus, faço bolos e outras coisas para vender”, contou.

Agora, mãe e filha se preparam para se despedirem da instituição. Prestes a receber alta, a cozinheira afirma se sentir preparada para seguir em frente e muito mais segura. Graças à nova profissão ela garante uma renda, além do benefício de Andressa, que é muito pouco. Desde que começou a produzir doces e salgados para festas, Rose vê suas encomendas aumen-tarem cada vez mais. Segundo ela, em ja-neiro, dois finais de semana lhe renderam três bolos e mais de 800 salgadinhos.

Querida por todos, a mãe de Andressa admite já sentir falta do Saúde Criança. Em todo tempo que passou aqui ela ainda conheceu sua melhor amiga, Juliana, que também é assistida pela Associação. “Por todo esse tempo, isso aqui representou tudo na minha vida. Estou até triste por ter que sair, é difícil, sabe? Eu vou ter que saber como me virar sozinha de alguma forma, sozinha. Agora também vou ter que ver como que eu vou fazer pra conse-guir os remédios, porque são caros, mas já me ajudaram demais, né? Está na hora de seguir”.

A criança, que era saudável, começou a ficar com a saúde em risco quando co-meçou a ter febres constantes. Foi levada a diversos hospitais, mas ninguém con-seguia identificar o que a menina tinha, até ela ser transferida para o Hospital da Lagoa, onde já entrou tendo que ser en-tubada às pressas. Lá, os médicos diag-nosticaram tuberculose e meningite. A demora da descoberta deixou sequelas em Andressa, que hoje é cadeirante, tem comprometimento neurológico e sofre de encefalite, epilepsia, luxação no quadril e paralisia cerebral.

A doença da menina mudou comple-tamente a vida da mãe. Na época se viu obrigada a parar de trabalhar como dia-rista para cuidar da filha em tempo inte-gral. No início, Rosevânia ainda era casada com o pai da criança, no entanto, um ano após a internação de Andressa, o casal se separou e ele saiu de casa. Mesmo cons-truindo uma nova família, o pai continua acompanhando o crescimento da filha indo visitá-la de três a quatro vezes por semana, além de pagar pensão e sempre ajudar como pode.

A partir daí, a Rose passou a contar com a família e amigos. Inicialmente, a ex-patroa a ajudou mesmo após seu desligamento do serviço. Depois, ao entrar no Saúde Crian-ça, ela se sentiu amparada. “Quando a mi-nha filha ficou doente, eu fiquei sem rumo,

O pequeno Davi Lukas, de um ano e quatro meses, possui fissura palatina completa. Ele apresentava um quadro grave de desnutrição e não tinha acesso aos seus direitos sociais, com prejuízo ao tratamento médico que necessitava. A mãe do Davi, Rayara, tem 22 anos e pos-sui mais dois filhos, Ycaro, de seis anos e Jean, de sete anos. Devido à situação nu-tricional do menino e a questão social e econômica da família, foram encaminha-dos para o Saúde Criança Ilha.

Na instituição, a família recebe o acompanhamento necessário para alcan-çar as metas do Plano de Ação Familiar (PAF) – especialmente no que se refere a benefícios sociais, moradia, geração de renda, cidadania – além de cesta básica, leite em pó integral e suplementos nu-tricionais de alto custo. Por meio de um tratamento intensivo realizado por equi-pe multidisciplinar do Hospital Municipal

Nossa Senhora do Loreto e do atendimen-to social do Saúde Criança, o David con-seguiu uma condição de saúde favorável para a realização da cirurgia.

Em paralelo à dedicação ao tratamen-to do filho, Rayara conseguiu o Passe Li-vre, um benefício da Previdência Social, o Bolsa Família e, com o apoio da equipe do Saúde Criança Ilha, atingiu as metas do PAF. Também recebeu apoio para sair de uma situação difícil com o companheiro, o que a encorajou a construir uma casa pró-pria no quintal da avó materna.

Durante os atendimentos os profissio-nais da instituição perceberam o amadu-recimento e o protagonismo desta mãe. “Ela própria construiu a sua moradia, tijolo por tijolo, e foi partilhando com a equipe cada evolução. Na medida que os benefí-cios eram concedidos, a mãe se organizou economicamente. Hoje há uma moradia pronta para acolher essa família com ale-gria e paz e Davi é um bebê saudável, que teve seu sorriso restaurado” disse Fátima Brandão, presidente da Associação Saúde Criança Ilha.

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FIQUE LIGADO

CAMPANHA DE ARRECADAÇÃO DE LEITE

Você sabia que todos os meses a Associação Saúde Criança dis-tribui cerca de 1.500 latas de leite para as famílias? O leite é essen-cial para a saúde das crianças.

Precisamos arrecadar latas ou sachês de leite em pó integral para suprir as necessidades nutricionais das crianças e adolescen-tes atendidas. É possível contribuir com nossa campanha por meio de pagamento do boleto bancário anexado a este boletim ou atra-vés do link : https://doe.saudecrianca.org.br/campanhadeleite/people. Se preferir, também recebemos contribuições nos nossos postos de coleta:

Associação Saúde Criança – Rua das Palmeiras, 65 – Botafogo (RJ)

Quiosque do Saúde Criança – 4º piso do Shopping Rio Sul (em frente a Lojas Americanas).

Se você conseguir uma boa quantidade de latas ou sachês de leite em pó integral no seu condomínio, colégio, faculdade ou trabalho, nos avise que coletamos!

Outras informações:

Tel. 21 22869988 e 30821632 ramais 205 e 207

E-mail: [email protected]

AGRADECIMENTOS

Em fevereiro, o Saúde Criança recebeu a doação de 100 saches de 400g de leite em pó da doadora Mariana Martins. Esta atitude beneficia cerca de 25 famílias assistidas pela Associação e relembra a importância das doações de pessoa física para a manuten-ção do trabalho da instituição. Muito obrigado!

A Campanha de Volta às Aulas do Saúde Criança ganhou reforço. No início de feve-reiro, os colaboradores da Repsol Sinopec, uma das principais produtoras brasileiras de Petróleo e Gás Natural, se uniram e do-aram voluntariamente mais de 160 kits es-colares para as crianças da instituição. A As-sociação agradece o gesto de solidariedade da Repsol e de todos que participaram da campanha de arrecadação de material es-colar para as crianças assistidas.

Pela segunda vez consecutiva, a Asso-ciação Saúde Criança recebeu a doação de 25 mil unidades de repelente OFF, da SC Johnson. A ação beneficia todas as fa-mílias assistidas pela instituição, além de ser mais um passo no combate à doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegipsy, como a Dengue, Zika e Chikungunya, que se proliferam no verão. No ano passado, a empresa também fez uma doação seme-lhante, quando visitou a antiga sede da Associação, no Parque Lage.

No final de janeiro, o Saúde Criança Matriz se despediu do voluntário Mexica-no, Alejandro Kubli, que atuou na área de Processos e Tecnologia da instituição por seis meses. Durante o tempo em que es-teve na Associação, Alejandro teve muita desenvoltura e comprometimento, sendo o responsável por transcrever e organi-zar grande parte dos processos do Aten-dimento às Famílias. Assim como outros voluntários estrangeiros, ele veio encami-nhado pelo Programa Pulse de Volunta-riado, que envia funcionários da empresa farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK) para trabalharem no Saúde Criança.

Em dezembro de 2016, o Saúde Crian-ça recebeu doações de brinquedos de na-tal das empresas White Martins, Equinix, Unimed, da Rede de Hotéis Accor e do Colégio Corcovado. A ação dessas insti-tuições, junto às doações de pessoas físi-cas vindas através da Campanha de Natal do Saúde Criança, viabilizou a entrega de presente para todas as crianças assistidas pela Associação. Muito obrigado.

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ESPAÇO DO VOLUNTÁRIO

Como você conheceu o Saúde Criança? Eu conheci o Saúde Criança alguns anos atrás, quando fiz uma Pós, um MBE da fa-culdade de economia da UFRJ na área de Responsabilidade Social. Lá, a Associação sempre era citada. Eu assisti alguns even-tos na época do curso onde falavam do Saúde Criança e isso foi me atraindo. Eu achava uma organização séria, interessan-te e aí me tornei voluntária.Há quanto tempo é voluntária?Completo cinco anos em meados de 2017.

Qual é a sua área de atuação no Saúde Criança?A minha atuação aqui é na área de produ-tos, onde ajudo em tudo o que for preciso na parte administrativa, junto com a coor-denadora Renata Kastrup. Eu formalizo os dados de vendas e movimento dos quios-ques, faço as solicitações de pagamento das compras de matéria prima, e quando tem bazar nas empresas eu também vou com as meninas e ajudo nas vendas. En-fim, eu ajudo no que for preciso.

Como se sente em relação a este trabalho voluntário?Eu gosto imensamente do meu trabalho voluntário, me sinto extremamente bem em poder ajudar, venho sempre que posso e dei uma sorte imensa de cair aqui na área de produtos, não que as outras áreas não sejam boas, mas as meninas daqui são real-mente especiais. Eu sinto vontade de vir e sempre me sinto super bem. É um trabalho que me anima, estimula e me faz bem por-que vejo que ainda existem pessoas sérias, pessoas de bem nesse mundo. Eu sempre quis ser voluntária em uma instituição que fosse séria, um lugar como o Saúde Criança, né? Número um.Sabemos que você foi além do trabalho voluntário, por favor, nos conte o que fez? Tento dar o melhor de mim em tudo que faço. Não é porque é trabalho voluntário que eu faria de qualquer jeito. Então, quando há campanhas eu mobilizo as pessoas que conheço, grupos de amigos para arrecadar doações. No final do ano, quando tem mais trabalho, também ajudo o máximo possível.

A POBREZA COMO QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA

A revista científica The Lancet publi-cou, no início de fevereiro de 2017, um estudo liderado por cerca de 30 especialis-tas de instituições renomadas no mundo inteiro, que prova a ligação direta entre o nível socioeconômico de um indivíduo e seu estado de saúde. A pesquisa analisou dados de cerca de 1,7 milhões de pessoas de diferentes lugares. Nela, foi comprova-

do que a pobreza e a desigualdade social matam tantas pessoas em escala global quanto a obesidade, a hipertensão e o uso demasiado de álcool.

A condição financeira de uma pessoa e a forma como ela vive são responsáveis pelo encurtamento da expectativa de vida de adultos acima de 40 anos, em dois anos.

BETH - ELIZABETH NEMER MOYSÉS

Em comparação as metas de saúde lista-das pela Organização Mundial da Saúde, só perdem na taxa de mortalidade para o Tabaco, sedentarismo e para a Diabetes.

No Brasil, a questão é trabalhada há 25 anos pela Associação Saúde Criança, a par-tir da percepção e iniciativa da Dra. Vera Cordeiro, a fundadora e presidente do Con-selho dessa instituição. Após trabalhar por duas décadas no Hospital Federal da Lagoa, ela percebeu que o atendimento hospita-lar tem limites, principalmente, quando o paciente vive em situação de risco social. “Centenas de crianças eram capturadas em um círculo vicioso de miséria, doença, internação, reinternação e morte. Entendi que, infelizmente, o nosso trabalho no hos-pital tinha seus limites. Criamos uma Or-ganização que trabalha com a família, sob o ponto de vista biopsicossocial, não para substituir o Estado, mas para complemen-tar o ato médico, dando maior sentido às suas ações”, afirmou.

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Prestação de Contas Acumulado de Janeiro a Dezembro 2016RECEITAS TOTAL DESPESAS TOTAL

Atendimento às famílias -1.995.041,00

Doações pessoas físicas 796.211,00 Despesas administrativas -831.226,00

Doações pessoas jurídicas 2.390.425,00 Divulgação e captação de recursos -478.885,97

Eventos 221.129,00 Fortalecimento Franquia -480.295,00

Sub-total: 3.407.764,22

Rendimentos financeiros 218.616,00

Total 3.626.379,98 Total -3.785.447,75

Resultado (Receita-Despesa) -159.067,77

PRODUTOS SAÚDE CRIANÇA TOTALReceitas 595.951

Despesas -577.040

Retorno financeiro 18.910,31

Conselho

Conselho de Administração:

Presidente: Vera Cordeiro

Vice-presidente: Cindy Lessa

Conselheiros: Dr. Álvaro Alberto Gomes Estima, Flávio Siniscalchi, Paulo Ayala, Rui Marroig, Sylvia Maria Lordello da Silva e Sylvio Monteiro.

Conselho Consultivo e de Sustentabilidade:

Conselheiros: André Olinto, Armínio Fraga Neto, Carlos Frederico Freitas de Oliveira, Claire Marie Fallender, Cristina Gouvêa Vieira, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, Flavio Menna Barreto, Geraldo Vieira Filho, Glória Costa, Gustavo da Rocha Lima, Hans Hickler, José A. Bittencourt, José Land, Lucyna Fraga, Marcos Moraes, Maria de Lourdes Viegas, Maria Emília Bezerra, Maria Pia Müssnich, Maristela Pati Correa, Mônica de Roure, Rafael Carneiro da Rocha, Saulo Macedo Areas, Sérgio Scodro e Sylvia Maria da Glória Nabuco.

Conselho fiscal: Andrea Rangel de Azeredo, Claudio de Medeiros Ribeiro Martins e José Ferreira Monteiro.

Fundadora: Vera Cordeiro

Diretora Executiva: Cristiana Velloso

Famílias Atendidas Quantidade de Instrumentos de Trabalho Fornecidos

Quantidade de Cursos Profissionalizantes Fornecidos

Crianças e Adolescentes

4.553

22.310

2.742

3.479

PLACAR FRANQUIA SOCIAL SAÚDE CRIANÇA

A metodologia Saúde Criança já apoiou mais de 60.000 pessoas desde 1991.

A Associação Saúde Criança é auditada anualmente. Atualmente, é auditada pela Ernst & Young.

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Patrocinadores

Parceiros

Vera Cordeiro, fundadora e presidente do Conselho de Administração da Associação Saúde Criança, é fellow da Ashoka, líder da Avina, Empreendedora Social da Schwab Foundation e Empreendedora Social da Skoll Foundation. membro do Conselho

Mundial da Ashoka, membro honorária da Academia de Medicina do Rio de Janeiro.

ASSOCIAÇÃO SAÚDE CRIANÇA Rua da Palmeiras, 65 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ Cep 2270-070

www.saudecrianca.org.br

IMPRESSO

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