ano i - n° 4 novembro/dezembro de 2012 pioneiros · máximo potencial produtivo, lançado...

12
1 Viagem aos Estados Unidos Alinhando estratégias para melhor atender os produtores Ciência a serviço da produtividade no campo Pioneiros Página 5 Página 3 Página 6 Página 2 Ano I - n° 4 novembro/dezembro de 2012 Nesta edição iniciamos, com José Favoreto, uma sé- rie de reportagens com pro- dutores pioneiros. Gente que chegou cedo à nossa região, incou os pés na terra vermelha, desbravou sertões, plantou e colheu, formou famílias e cidades. Transformaram seus sonhos em nossa realidade! José Favoreto, na década de 40, com o burro “Rio Preto” José Favoreto, na década de 40, com o burro “Rio Preto” Página 9 Parceria com Hospital do Câncer Página 11 Cuidado com a ferrugem da soja Romeu Kiihl, “o pai da soja no Brasil”

Upload: hoangtuyen

Post on 09-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

Viagem aos Estados Unidos

Alinhando estratégias paramelhor atender os produtores

Ciência a serviço da produtividade no campo

Pioneiros

Página 5

Página 3 Página 6

Página 2

Ano I - n° 4 novembro/dezembro de 2012

Nesta edição iniciamos,

com José Favoreto, uma sé-

rie de reportagens com pro-

dutores pioneiros.

Gente que chegou cedo à

nossa região, incou os pés na

terra vermelha, desbravou

sertões, plantou e colheu,

formou famílias e cidades.

Transformaram seus sonhos

em nossa realidade!José Favoreto, na década de 40, com o burro “Rio Preto”José Favoreto, na década de 40, com o burro “Rio Preto”

Página 9

Parceria com Hospital do Câncer

Página 11

Cuidado com aferrugem da soja

Romeu Kiihl, “o pai da soja no Brasil”

2

Londrina - MatrizAv. 10 de Dezembro, 6930 - (43) 3373-1100Alvorada do Sul - PRAv. Beira Lago, nº 78 - (43) 3661-1439Assaí - PRAv. Paul Harris, 125 - (43) 3262-5289Bela Vista do Paraiso - PRRua Carlos Dias Reis, 261 - (43) 3242-3626Borrazópolis - PRRod. Br 466 Km1 nº 1.334 - (43) 3452-2116Cambé - PRAv. Inglaterra, 2013 - (43) 3154-0123Eldorado - MSRua Ruy Barbosa,87 Jardin Novo Eldorado - MS (67) 3473-2000Maringá - PRAv. Prefeito Sincler Sambati, nº 2370(44) 3029-4888Mauá da Serra -PRRua Projetada, 02 Parque Industrial(43) 3464-1623Naviraí - MSAv. Weimar Gonçalves Torres, 1093 - sala 3(67) 3461-5725Nova Santa Bárbara - PRRua João Jurandir de Moraes, 432 - (43) 3266-1134Ponta Porã - MSRua Comandante Lincoln Paiva, 26 (67) 3433-3000Primeiro de Maio -PRRua Quatro, 110 - (43) 3235-1007Sabáudia - PRRod. PR 218 Km 14 - Pq. Industrial (44) 3251-1300São Jorge do Ivaí - PRRod. PR-554 - Km 17,1 - (44) 3243-1003Sertanópolis - PRRod. PR-323 - Km 426 - (43) 3232-2620Tamarana - PRRod. Vitório Francovig - Km 2 - (43) 3398-1600

Impresso em papel reciclado

Londrina - sedeRodovia Celso Garcia Cid, 1545 - (43) 3374-1100Cambé - PREstrada da Prata - Km 4 - (43) 3251-5353Bela Vista do Paraíso - PRRod. PR-090 - Km 4 - (43) 9195-5927 Guaravera (Londrina) - PRRod. PR-538 - Km 2 - (43) 3398-3330Primeiro de Maio - PRRod. PR-445 - Km448 - (43) 3235-1000Sertanópolis - PRRod. PR-323 - Km 426 - (43) 3232-5050

Rolândia- PRTerminal de TransbordoRod BR-369 - Cambé / Rolândia, (43) 3156-1600

Orgão de divulgação do Grupo AGRO100Produção:

(43) 3024-4084 - (43) 9139-3933Jornalista ResponsávelNilson Herrero - MTB 2113Programação VisualDione LimaRevisãoMaria Christina Ribeiro Boni

Nos Estados Unidos

Os produtores rurais, parceiros da Agro 100, Dagoberto José Ludwig, Dagoberto Ja-nuário Ludwig, Paulo Roberto Machado, Adilson Antonio Bernardi, José Luiz Babugia e José Antônio Favoreto de Araújo, viajaram durante 10 dias pelos Estados Unidos, acom-panhados pelos diretores Walter Bussadori e Antônio Luiz Giuliangeli e pelo coordenador comercial da ilial de Sertanópolis, João Wag-ner Meneguel, o “Fininho.

Nesta viagem técnica e cultural, conhece-ram lavouras, produtores, a Bolsa de Chica-go, empresas de produção de equipamentos, insumos e pesquisa, como a sede da Mon-santo, o maior laboratório de biotecnologia do mundo, além, é claro, de visitarem a Nasa, a Disney, o Autódromo de Indianápolis (es-paço que reúne o maior público do automo-

bilismo do mundo) e muitos outros pontos turísticos norte-americanos.

“Acho muito bom que, além do conheci-mento técnico, possamos conhecer os aspec-tos culturais e como vivem e trabalham os produtores de outros países. Sempre tiramos bons ensinamentos. Também pudemos cons-tatar os efeitos da seca que eles enfrentaram neste ano”, disse Walter Bussadori.

Segundo ele, este foi o terceiro ano conse-cutivo que a Agro100 organizou esta visita de produtores aos Estados Unidos. “Entramos com a organização e cada um deles custeou as suas próprias despesas. É uma parceria interessante para nós e os nossos parceiros. No ano que vem vamos fazer outra viagem”, completa Bussadori.

Na Bolsa de Chicago No centro de biotecnologia da Monsanto

Na John Deere

Nas lavouras de soja

Na Nasa, ao fundo a Apolo 11

O prejuízo nas lavouras de milho

3

Planejamento

Alinhando estratégias paramelhor atender os produtores

No inal de outubro, 80 colaboradores da Agro100 (entre Gerentes, Coordenadores e CTVs (Consultores Técnicos) estiveram reunidos com a equipe técnica e comercial da Monsanto (Sementes Agroce-res e Roundup) numa Reunião Técnica de Alinhamento, na Pousada Salto Bandeirantes, em Santa Fé.

O encontro “NOSSA FORÇA É VOCÊ” serviu para reforçar o pla-nejamento e estratégias para o próximo ano dentro da parceria entre as duas empresas.

Foram repassados a todos os técnicos os excelentes resultados do híbrido AG 8500PRO na última Safrinha, um híbrido precoce rá-pido, boa sanidade, de alta tolerância ao frio e indicado a buscar o máximo potencial produtivo, lançado especialmente para a safra de inverno.

Foram alinhadas as recomendações técnicas do portfólio Roundup, principalmente dos lançamentos ROUNDUP ULTRA e TRAN-SORB R, além de deinir as estratégias e ações para acompanhamen-

to das áreas de nossos clientes, mapeando e levantando o banco de plantas invasoras e recomendando as soluções tecnológicas para os principais problemas regionais, como buva e amargoso.

O planejamento dos dias de campo regionais foi outro foco do en-contro. “Os dias de campo têm como objetivo validar o nosso pacote tecnológico junto aos nossos produtores parceiros. E este encontro entre os técnicos da Agro100 e da Monsanto busca ainar conheci-mentos e interação entre as equipes de venda e assistência técnica para atender melhor nossos produtores parceiros, que são o nosso objetivo inal e a razão do nosso trabalho”, explica Roberto Gajardo-ni, Gerente Comercial e de Negócios da Agro100.

A Agro100 foi premiada este ano pela Monsanto com o Prêmio Destaque como a melhor empresa em Geração de Demanda entre os seus distribuidores do Sul do País, envolvendo os Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Desempenho que foi comemorado pelas equipes técnicas das duas empresas ao inal do encontro.

Técnicos da Agro100 e Monsanto reunidos Diretoria brinda o Prêmio de Revendedor Destaque do Sul

Noite de comemoração Fernando Garcia, diretor da Agro100 agradeceu a Sérgio Fraga, gerente regional da Monsanto, pela coniança

Funcionários e diretores comemoram os resultados do ano Assistentes Técnicos da Monsanto na região

4

Fertilizante inovadorFertilizante inovador

Há aproximadamente sete meses, a Agro100 foi credenciada pela Mosaic Fertilizantes para distribuir sua linha de fertilizantes Premium, denominada MicroEssentials.

Rodrigo Bussadori, responsável pelo setor de fertilizantes da empresa, destaca que a chegada deste produto vem ao encontro das atuais necessidades do produtor. “A aceitação foi muito grande e superou todas as expectativas. Estamos surpresos com o volume que já izemos, e a linha Microessentials deve encerrar esse primei-ro ano de trabalho já representando 20% da área por nós atendida”, disse.

Existem dois grandes motivos que explicam o porquê desta parceria estar prosperando: o primeiro, é o trabalho técnico que a equipe da Agro100 vem demonstrando no campo,ganhando cada vez mais a credibilidade de seus clientes, fruto de treinamento re-alizado pela equipe técnica comercial da Mosaic Fertilizantes; e o segundo,são os são os múltiplos benefícios oferecidos pelo pro-duto.

MicroEssentials vem ganhando espaço rapidamente no mer-cado brasileiro, principalmente devido à alta qualidade física. O fato de sua fonte nitrogenada ser 100% amoniacal reduz o risco de empedramento, facilitando o manuseio e a aplicação do produto. Além disso, todos os seus grânulos possuem Nitrogênio, Fósforo e Enxofre, proporcionando um plantio extremamente uniforme.

As formulações que a Agro100 oferece aos produtores são cerca de duas vezes mais concentradas em Fósforo em relação aos pro-dutos convencionais oferecidos pelo mercado, promovendo uma economia no volume de aplicação, sem, no entanto, diminuir a quantidade de nutrientes aplicados. Isto faz com que as paradas para abastecimento das plantadeiras sejam reduzidas, gerando ga-

nho de tempo e um maior rendimento operacional.

Suas fórmulas, em geral, também possuem baixa concentração de Potássio, podendo, inclusive, não haver este nutriente. Com isso, ocorre uma diminuição da salinidade próximo à semente, melhorando, deste modo, a germinação, a arquitetura e a área das raízes, e, por consequência, reduzindo a suscetibilidade da lavoura frente às intempéries.

Além disso, todas as formulações para soja contém Nitrogênio, o que proporciona um melhor arranque inicial e a instalação da cul-tura em menor tempo, diminuindo o risco a estresses hídricos.

Esta linha de produto ainda contém em suas formulações duas fontes diferentes de Enxofre - o Sulfato, que é prontamente dispo-nível para a planta; e o Enxofre na forma elementar, de liberação gradual - ofertando este nutriente, que vem se mostrando cada vez menos disponível em nossos solos, durante todo o ciclo da cultu-ra. É importante frisar que este é um processo patenteado, sendo a Mosaic a única empresa de fertilizantes a oferecer esta tecnolo-gia.

Por tudo isso, as lavouras nas quais o MicroEssentials foi utiliza-do atestam que o seu uso é vantajoso ao produtor, já que os ganhos, tanto operacional quanto de produtividade, proporcionam um ele-vado retorno sobre o investimento.

Não ique de fora. Procure agora mesmo uma revenda da Agro100 mais próximo de você e faça proveito desta inovadora tecnologia.

Contribuiu para esta matéria, João Sampaio (Supervisor da Mo-saic Fertilizantes na região).

Tecnologia

5

Pioneiros

Paulista de Santa Rita do Passa Quatro, o pioneiro José Favoreto vai completar 90 anos de vida no próximo dia 8 de dezembro. For-te, lúcido, tranquilo e atencioso. Dever cumprido à risca, homem que rareou nos tempos moder-nos. Conversa que dá prazer ao ouvinte, cheia de ensinamentos nas entrelinhas, pena que muitas vezes não as “lemos”.

Em 1928, chegou a Sertanópolis com os pais, Antônio Benjamin Favoreto e Rita Lopes Favoreto, mais a irmã e os tios José Favo-reto e Antônio Favoreto. Família grande, os Favoreto eram colonos de café em Santa Rita do Passa Quatro, ouviram falar do Norte do Paraná e compraram terra aqui. Os que icaram se comprometeram a tocar a empreita e os que vie-ram contaram com a ajuda do patrão, que mandou o caminhãozi-nho Ford trazê-los até a barranca do Rio Tibagi. O rio estava cheio e a viagem já começou diicil, levaram dois dias para atravessar de balsa. Daí foi mais um percurso pela mata em carroças de burros, alugadas, até a Água Setilha, distante 12 quilômetros da localidade onde hoje é Sertanópolis. No caminho, ele conta que izeram para-da na casa de um morador conhecido como Calabrês.

Era só mata e uma picada, conta José Favoreto. “Ficamos mais de um mês na casa do Valentin Fantin, sitiante que já morava na Se-tilha, até que meu pai e meus tios derrubaram um pedaço de mato e izeram a nossa casa de pau a pique, com troncos de palmito. A porta era de “parafuso”, varas travadas em cima e embaixo. Minha mãe chorava, ouvia os esturros das onças e dizia: - Ai, meu Deus, as onças vão comer as crianças e depois vai nos comer também. E os mosquitos judiavam da gente.”

“Na época, além da família de Valentin Fantin, moravam na loca-lidade a família de Antonio Matesco e os irmãos Picinati (Basílio, Primo e Segundo). Em Sertanópolis tinha um pequeno povoado e três comerciantes instalados. Duas vendas de secos e molhados, a do Silvio Corsini e outra de um libanês conhecido como Turco Abes, além de uma loja de roupas do Antonio Pescador”, puxa na memória.

“Meu pai plantou café e criou os nove ilhos aqui. Mas muita gente que veio desistiu. Vendeu a terra por “preço de banana” e voltaram para as suas regiões de origem. Plantavam e colhiam, mas não ti-nham pra quem vender. Mudavam de plantio e também não ven-diam o que produziam. A vida era difícil neste sertão”, lembra.

Aos 22 anos José Favoreto casou-se com Orlanda Biazoto, com quem teve cinco ilhos, Izaura, Zenilda, Valdomiro, Valdemar e Deisimara. Dona Orlanda nasceu em 1924 e faleceu em 2008, aos 84 anos.

Aos 26 anos, trabalhando como administrador de fazenda, numa conversa na venda da Setilha ele disse que, se tivesse 100 contos, comprava em boi e nunca mais trabalharia de empregado. Um dos

100 contos que mudarama vida de José Favoreto

seus conhecidos, Juvenal Tei-xeira, escutou a conversa. Cha-mou-o do lado e disse, “eu te empresto os 100 contos, passe amanhã lá em casa”. José conta que nem dormiu fazendo pla-nos. Às quatro horas da manhã ele já estava na casa do Juvenal que levou um susto. Pegou o di-nheiro emprestado e saiu com-prando gado.

Conseguiu comprar 120 bois com os 100 contos. Chegou a Sertanópolis com a boiada e na mesma semana vendeu para os seus irmãos Mario e Aurélio por

130 contos. “Ganhei o que não ganhava no ano. Fui devolver os 100 contos do Juvenal e ele icou bravo e me disse, ‘não quero receber o dinheiro agora, vai trabalhar, rapaz. Vai comprar o seu gado’.”

Virou comprador e vendedor de boi, adquiriu terras e passou a ser criador de gado. Foi sócio do primo Pedro Favoreto, por 8 anos, negociando boi. Comprava boiada em toda a região, até na região de Apucarana. Na maioria das vezes trazia os bois tocados para Sertanópolis. Comprou caminhão para tansportar bois gordos que vendia para frigoríicos em Londrina e Cambé, principalmente.

Chegou a ter mais de 1.500 animais e tudo que ganhava investia

em terras. Acabou proprietário de cerca de mil alqueires, que re-centemente dividiu entre os ilhos.

Seu ilhoValdemar Favoreto é um dos pioneiros no plantio de soja na região, começou com a lavoura ainda menino, em 1971. Hoje é um dos parceiros da Agro100.

Às vesperas de seus 90 anos, família criada, 15 netos e dez bisne-tos, José Favoreto olha para uma de suas fotos tirada na década de 40, com saudosismo. Está ao lado de um burro preto e bem tralha-do, e não titubeia, com uma memória invejável informa: “esse bur-ro era o Rio Preto”. Diz que se sente um homem realizado, sempre gostou de gado e trabalhou no que gosta. “Faria tudo de novo”, completa.

José Favoreto com a família

Valdemar Favoreto, pioneiro no plantio de soja, com o pai, José Favoreto

6

Mais de 80% das variedades de soja lançadas no Brasil são criadas por empresas privadas. Entre as maiores geradoras de genética está a TMG - Tropical Melhoramento e Genética Limitada, parceira da Agro100. Nascida em 2000 a partir da sociedade de três pesquisadores com agri-cultores e produtores de sementes do Mato Grosso, a TMG trabalha na criação e desenvolvimento de novas cultivares de soja. Com sede em Cambé a empresa conta com um moderno laboratório de biotecnologia e um total de 2.400 m2 em casas de vegetação e parque de máquinas.

A TMG já lançou no mercado cerca de três dezenas de variedades para as regiões Sul e Cerrado. Segundo o diretor cientíico e melho-rista de germoplasma da empresa, Romeu Kiihl, para se fazer uma no cultivar de soja são necessários cerca de 12 anos de trabalho. Mas com grandes investimentos a empresa consegue fazer uma nova cultivar em apenas cinco anos. Assim, em 2005 foram lançadas as primeiras cultiva-res TMG. “Fomos a primeira empresa no mercado a lançar uma cultivar de soja Roundup Ready® (RR) com tolerância ao nematoide das galhas (TMG 103 RR)”, comenta Kiihl.

No Mato Grosso a maior parte das sementes plantadas são TMG. Nas regiões dos Cerrados a empresa trabalha em parceria com a fun-dação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT). Esta parceria gerou um dos maiores programas de melhoramento genético de soja do mundo. Cerca de 650.000 linhas de progênie (linha-gens geneticamente distintas) são avaliadas anualmente pelo programa. E o processo mais rápido permitiu encurtar o tempo de lançamento de novos cultivares.

De acordo com Kiihl, mais de 80% da produção de soja no Brasil é transgênica. Ele explica que é caro produzir soja, pois é necessário uti-lizar fungicida e ainda assim não há uma garantia de não ter prejuízo. Entretanto, com os estudos de transgenia é possível diminuir esse valor. “Com as pesquisas estão sempre surgindo novos genes. As sementes TMG, por exemplo, têm tolerância a herbicida, resistência a lagarta e alta produtividade”, ressalta.

O melhorista explica que antigamente para criar novos transgênicos usava-se a técnica de bombardeamento. “Fazíamos o bombardeamento com microprojéteis, o que deixava, muitas vezes, a soja irreconhecível”. Hoje em dia é utilizada a Agrobacterium tumefaciens, uma bactéria gran-negativa que possui um DNA extracromossomal chamado de plasmídeo Ti, que é indutor de tumor e tem a habilidade de transferir uma parte de seu DNA para a célula vegetal que esta infectando.

A TMG realiza experimentações em municípios do Sul, Sudeste e Centro-Oeste brasileiro, como, por exemplo, Palotina, Cascavel, Ponta Grossa, Mauá, Doutor Camargo e nos Estados de São Paulo e Rio Gran-de do Sul. No Mato Grosso do Sul as experimentações são realizadas pela sua parceira, a Fundação MT. “Também trabalhamos em outros países como a Bolívia, Paraguai e Uruguai”, explica Kiihl.

Uma das plataformas da empresa é a Soja INOX, resistente a ferru-gem. Ao total são quatro as variedades INOX: TMG 7188 RR, TMG 803, TMG 7161 RR e TMG 7262 RR. Sendo que as variedades TMG 7161 RR e TMG 7262 RR, além de ter a resistência à ferrugem, têm um controle mais lexível e seguro, ou seja, há uma janela maior de tempo para aplicar o fungicida. Com orientação do grupo TMG, o produtor utiliza a variedade certa, para efetuar uma aplicação menor e realizá-la na hora certa, o que é possível com o monitoramento. “Esse é o diferen-cial da TMG, as orientações, os genes de resistência, os monitoramentos e aplicação de fungicida”, destaca Kiihl.

Como os estudos e pesquisas nos laboratórios da TMG são intensos, as descobertas são inevitáveis. São provas disso as variedades TMG 801, TMG 803 e TMG 7188 RR que possuem um gene de resistência encon-trado pelos pesquisadores da empresa. “Durante nossos estudos desco-brimos um gene Rpps que utilizamos em nossos cultivares”, enfatiza.

“Pai da soja” Conhecido no mundo como “O pai da soja no Brasil”, Romeu Afonso de Souza Kiihl formou-se em agronomia pela Escola Superior de Agri-cultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/Usp), em 1965. Tem mestrado em Melhoramento Vegetal e doutorado em Agro-nomia Vegetal, ambos pela Mississipi State University. Começou seu trabalho com soja mesmo antes de terminar sua faculdade. Depois de formado, trabalhou de 66 a 74 no Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Transferiu-se para o Iapar – Instituto Agronômico do Paraná, onde icou até 78. A partir de então foi para o Centro Nacional de Pes-quisa de Soja, também em Londrina, até se aposentar, em 2002.

Atualmente Romeu Kiihl é um dos sócios proprietários e diretor cientíico e melhorista de germoplasma da TMG, onde trabalha com o germoplasma, fazendo o início do melhoramento da soja. Kiihl fala da empresa com muito carinho. “Adoro trabalhar aqui, na TMG eu não trabalho, eu mexo com meu hobby. Venho para cá até sábado e domin-go, pois estar aqui é puro lazer para mim”, comenta.

Kiihl viu a produtividade das lavouras de soja saltarem de menos de 1.500 quilos por hectare para mais de três mil quilos por hectare. A produtividade média do Paraná é de 3.300 quilos. “Vi a soja crescer no Brasil. Quando iniciei as pesquisas o País não produzia nem 500 mil toneladas. Hoje são 24 milhões de hectares plantados e uma produção que pode chegar a 80 milhões de toneladas nesta atual safra”, lembra.

Um dos seus primeiros trabalhos foi desenvolver cultivares de soja adaptadas para a região do cerrado, onde a terra era considerada ina-propriada para agricultura. Ele não tem a conta exata de quantas varie-dades ajudou a criar e os seus conhecimentos foram transferidos para pesquisadores, técnicos e produtores do Brasil e do mundo.

Por suas pesquisas e trabalhos de grande importância para a soja, Kiihl é unanimidade no meio cientíico e referência mundial em me-lhoramento genético de soja para regiões tropicais. Kiihl possui vários títulos e honrarias, entre eles estão o “Pai da Soja no Brasil”, “Desbrava-dor de Soja no Cerrado e Pioneiro de Agropecuária do Brasil”. “Ordem Nacional do Mérito Cientíico” e“Engenheiro Agrônomo do Ano”. Ro-meu Kiihl também recebeu o título de Comendador na área de Ciências Agrárias.

Foi homenageado pela cooperativa CooperVale/C.Vale, com o reco-nhecimento público pela contribuição ao desenvolvimento da cultura da soja. Foi escolhido pela revista Veja como um dos 50 brasileiros que mudaram a regra do jogo e ajudaram a criar um novo mundo. E a Fun-dação MT também lhe prestou homenagem, dando o seu nome ao seu Centro de Pesquisas localizado em Sorriso-MT.

Ciência a serviço da produtividade no campo

Ciência a serviço da produtividade no campo

Romeu Kiihl

Nosso Parceiro

7

Logística

Evite problemas com o recebimento de insumos

Cada vez mais, produtores têm sofrido com a falta de chegada de seus produtos em sua propriedade, antes do início do plantio.

Além das inúmeras diiculdades impostas pela falha da estrutura logística brasileira, e os frequentes movimentos de greve (por parte de servidores públicos e outros), recentemente uma nova lei que regulamenta a jornada de trabalho dos motoristas, promete dii-cultar ainda mais a chegada dos insumos para o produtor.

Sabendo dessas diiculdades todas, a Agro100 vem trabalhando fortemente para tentar cada vez mais, antecipar a chegada desses insumos para que nenhum de seus clientes seja afetado.

Para isso, porém, é preciso que o produtor se conscientize da importância de se autorizar o recebimento desses insumos em sua propriedade, nos momentos oportunos.

“Muitas vezes o produtor não quer receber o fertilizante quando é possível que este seja entregue e, quando ele precisa, nem sempre é possível entregá-lo no prazo desejado, e o produtor acaba tendo que atrasar o plantio por falta de produto.” Ressalta Cahique An-dré, responsável pela logística de fertilizantes da Agro100.

“Vamos analisar a Safrinha, por exemplo: Negociamos aproxi-madamente 20.000 ton. de fertilizantes. O plantio começa por volta do dia 10 de fevereiro. Se todos os produtores quiserem receber o fertilizante apenas a partir de janeiro, teremos aproximadamente 36 dias úteis para carregar 555 toneladas por dia, ou seja, 15 cami-nhões / dia. Começando a carregar em dezembro, esse número cai quase para metade. Porém, ainda assim é um número muito alto, e que nos deixa muito suscetível a contratempos”, destacou.

O consumo de fertilizantes tem crescido ano após ano, e a estru-tura logística do país continua praticamente a mesma. Além disso, outra vantagem de antecipar o carregamento dos fertilizantes é que conseguimos uma cota maior de carregamento dentro das fábricas e uma maior oferta de caminhões.

Rodrigo Bussadori*

A utilização de guinchos agrícolas traseiros acoplados aos tratores é um importante equipamento para facilitar os traba-lhos na propriedade. Para o produtor, traz redução de custo com mão de obra, facilidade no transporte, manuseio e agili-dade, principalmente no plantio das safras. Por outro lado, a disponibilidade deste equipamento na propriedade beneicia fábricas, distribuidores e transportadores dos insumos, pro-porcionando maior eiciência ao setor de logística.

Para incentivar a aquisição deste equipamento, a Agro100 vem comercializando os guinchos agrícolas traseiros em con-dições diferenciadas no mercado, para atender os seus produ-tores parceiros.

E, além do preço mais acessível, outra grande vantagem oferecida pela Agro100 é o pagamento através da modalida-de de troca futura por grãos, a ser entregue no momento da colheita.

Neste ano, mais de 50 dos nossos produtores parceiros apro-veitaram estas vantagens e adquiriram os seus guinchos.

Para mais informações procure uma unidade da Agro100 mais próximo de você!

Rodrigo Bussadori

Agro100 facilita a compra de guinchos

8

Mercado

O que nos espera em 2013

O ano de 2012 foi atípico para a agricultura. Por conta dos longos períodos de seca e de chuva, as produções de soja, milho e trigo não corresponderam às perspectivas iniciais tanto no Brasil quanto na Argentina e nos Estados Unidos. Com base na relação produção-consumo-estoque é possível montar um panorama de como o mercado irá se comportar em 2013. O gerente comercial Vandeir Conrad explica a seguir como foi 2012 e o que esperar para o ano que vem.

Soja

A soja enfrentou problemas em 2012, a falta de chuva prejudicou a cultura impedindo que as metas fossem atingidas. O que cau-sou uma baixa signiicativa no estoque de passagem mundial. “Por conta do clima houve perda de produtividade nos Estados Unidos, no Brasil e na Argentina”, comenta Conrad.

Os três maiores produtores de soja mundiais tiveram prejuízo. A previsão brasileira era de 75 milhões de tonelada, mas foram co-lhidos apenas 66 milhões de toneladas. Na Argentina a estimativa era de 50 milhões de toneladas, mas chegou somente a 37 milhões de toneladas. Já nos Estados Unidos, da previsão de 90 milhões de toneladas, alcançou-se apenas 77 milhões de toneladas.

O estoque de passagem mundial, que em sua normalidade tem armazenamento acima de 70 milhões de toneladas, está abaixo, cerca de 55 milhões de toneladas, ou seja, 21% a menos do conside-rado confortável pelos analistas. Essa redução de safra na América do Sul e do Norte fez com que o preço da soja alcançasse um valor recorde, inclusive na Bolsa de Chicago. “Obtivemos valores jamais vistos, em Londrina o preço da soja ao produtor chegou a R$ 77,00 por saca de 60kg”, enfatiza o gerente comercial.

Para o ano que vem é esperada uma safra recorde em todos os grandes produtores mundiais, pois há um aumento da área planta-da. No Brasil estima-se uma colheita de 80 milhões de toneladas, enquanto na Argentina a expectativa é de 55 milhões de toneladas e nos Estados Unidos, de acordo com as primeiras análises de in-tenção de plantio, espera-se cerca de 95 milhões de toneladas.

De acordo com Vandeir, se essa previsão se conirmar, será pos-sível trazer o estoque de passagem mundial a níveis confortáveis novamente. Mas isso só será possível com condições de clima ideal. Por isso o produtor de soja precisa estar atento e ser cauteloso. “O preço ainda está em alta, e nesse momento, pensando-se em média de preços, os patamares ainda são excelentes, mas não se pode ga-rantir isso para sempre, ou seja, em caso de safra cheia poderemos ver os preços recuando, não somente pela grande oferta de produ-to, mas pensando-se em nível de Brasil, a logística também é um

fator importante a ser considerado.”

Milho

Em 2012, o Brasil teve uma redução na safra de verão, mas em contrapartida teve um aumentou na safra de inverno, fechando o ano em 72 milhões de toneladas de milho, uma produção que gera um alto estoque interno brasileiro. Paralelamente, os Estados Uni-dos tiveram problemas com a seca e perderam cerca de 110 mi-lhões de toneladas de milho comparados a sua previsão inicial.

Com a quebra na safra americana, surgiu uma grande demanda por milho sul-americano, levando a exportação brasileira de oito para 19 a 20 milhões de toneladas até o inal de janeiro, quando se encerra o ano comercial. Por causa disso o preço do milho está girando em torno de R$ 25,00 por saca de 60kg ao produtor no Norte do Paraná. “Com o estoque interno alto e a diiculdade dos Estados Unidos, tivemos recorde absoluto de exportação de milho brasileiro este ano”, destaca Conrad.

Apesar da grande exportação, o estoque interno inal permane-ce acima de 10 milhões de toneladas. Historicamente quando isso ocorreu, os preços praticados ao produtor foram abaixo do preço mínimo estipulado pelo governo federal, o que o obrigou a intervir com mecanismo de auxílio de exportação como o Prêmio de Es-coamento de Produto (PEP) e o Prêmio Equalizador Pago ao Pro-dutor Rural (Pepro) para garantir o pagamento do preço mínimo ao agricultor. “Mesmo com o estoque passando de 10 milhões de toneladas não foi preciso o governo intervir. Já que com o merca-do internacional aquecido, as exportações mantiveram o preço do milho acima do valor mínimo”, explica o gerente.

Segundo ele, o preço do milho deve se manter enquanto houver exportação, o que deve ser até fevereiro de 2013, quando a logística portuária brasileira volta-se para a exportação de soja, diicultando o escoamento de milho. Além disso, acontece a entrada da safra verão de milho, gerando maior oferta do produto.

Trigo

Ao contrário da soja e do milho, que são exportados, o Bra-sil é tradicionalmente importador de trigo. “Como a produção é menor que 50% do consumo anual, precisamos importar trigo da Argentina e do Paraguai, nossos principais fornecedores”, comenta Conrad.

Nos últimos dias ocorreram mudanças no panorama do trigo. Inicialmente a previsão brasileira era colher 5,5 milhões de tonela-das e importar cerca de seis milhões de toneladas. “Com o atraso nas colheitas em importantes regiões do Paraná e do Rio Grande do Sul, fala-se em uma produção brasileira entre 4,50 e 4,80 mi-lhões de toneladas. Também não é possível dizer ao certo qual a qualidade desse trigo, pois grande parte dele foi prejudicada por chuvas na colheita”, explica Conrad.

Na Argentina a situação é parecida. As chuvas estão atrapalhan-do a colheita e prejudicando a qualidade do trigo. A estimativa que antes era de 12 milhões de toneladas caiu para 10 milhões de to-neladas, segundo a Bolsa de Buenos Aires. Esse novo quadro pode diicultar o fornecimento de trigo ao Brasil e gera uma incógnita sobre o futuro do trigo no Brasil.

“Caso isso se conirme, os moinhos terão que importar trigo de locais onde o custo logístico é maior (EUA e Canadá), fazendo com que o mesmo chegue mais caro, valorizando também o mer-cado interno. Porém, os comentários existentes no mercado atual-mente são de que os moinhos estão aguardando essa deinição da produção brasileira e argentina, para tomarem posicionamento no mercado, estando abastecidos até meados de dezembro”, inaliza.

Vandeir Conrad

9

Treinamento

Nutri100 treina funcionárioscontra incêndios e acidentes

Parceria com Hospital do Câncer

A Nutri100 sempre preza pelo bem-estar e segurança de seu grupo de funcionários e colaboradores. Foram realizados dois trei-namentos de prevenção de acidentes no trabalho para os funcioná-rios em parceria com a Interativa & Associados. O primeiro foi o Treinamento em Espaço Coninado e o segundo reciclou a Brigada de Incêndio da empresa.

Os trabalhos foram realizados na Nutri100 Londrina e contaram com a participação de dez funcionários das iliais de Tamarana, Londrina, Sertanópolis, Bela Vista do Paraíso, Primeiro de Maio, Guaravera e Cambé. Entre eles estavam operadores de máquinas, auxiliares de operações e também da administração.

De acordo com o analista de recursos humanos hiago Simão, que coordenou os eventos, os treinamentos têm como objetivo pre-parar os funcionários para situações de riscos. “O pessoal aprende a lidar com situações perigosas e a proceder corretamente para preservar a vida das pessoas e o patrimônio da empresa”, explica.

Os treinamentos são compostos por uma parte teórica e outra prática. Para hiago os exercícios foram proveitosos e os funcioná-rios conseguiram assimilar os ensinamentos repassados pelos téc-nicos especializados em segurança no trabalho. Durante o Treina-mento de Brigada de Incêndio foi mostrado como prevenir o fogo e situações de incêndio. No último caso foi ensinado como usar o

O grupo Agro100 é um dos parceiros do ICL - Instituto do Cân-cer de Londrina aderindo à Campanha “Adote um metro quadra-do” para ampliação do Hospital do Câncer. Os diretores Walter Bussadori e Antônio Luiz Giuliangeli visitaram o hospital no dia 30 de outubro e adotaram 50 metros quadrados da nova ala que está sendo construída com quase 6 mil metros quadrados. Trinta metros quadrados foram adotados pela Agro100 e 20 metros qua-drados pela Nutri100.

Bussadori e Giuliangeli foram recebidos pelo presidente do hospi-tal, Nelson Dequech, e pela Gestora de Ações Estratégicas e Proje-tos, Mara Rossival Fernandes. Conheceram os trabalhos oferecidos à população e a construção da nova ala.

Somente no dia da visita a instituição atendeu mais de 1.200 pa-cientes de Londrina e outras regiões. É o primeiro hospital onco-lógico do Paraná em número de leitos e está entre os primeiros do Brasil em número de atendimentos pelo SUS.

extintor, qual deve ser usado e qual a distância segura.

A Nutri100 trabalha com o armazenamento de grãos em silos fechados, considerados espaços coninados. Por isso a Interativa & Associados ministrou na empresa o Treinamento em Espaço Coninado, com o objetivo de estabelecer os requisitos mínimos de identiicação de espaços coninados, o reconhecimento, a avaliação e o monitoramento do controle de riscos existentes para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores.

“Ficamos sensibilizados. Estamos nesta campanha humanitária e vamos levá-la para nossos funcionários. Quem quiser participar será bem-vindo. Cada metro quadrado custa R$ 1.500,00, valor que pode ser parcelado em 20 pagamentos mensais”, disse Walter Bussadori.

Nelson Dequech, Giuliangeli, Mara e Walter

ICL ampliação

10

Nossa Gente

Dedicação Nesta edição do Informativo Agro100, apresentamos dois dos mais antigos e dedicados dos nossos

colaboradores. Proissionais que acreditaram no Grupo Agro100 e cresceram com a empresa!

Quando a AGRO100 surgiu, havia apenas dez funcionários. En-tre eles estava Adilson do Carmo Franco, que está há 15 anos na empresa. Casado, com dois ilhos e uma netinha, ele é um dos fun-cionários mais antigos da AGRO100.

Atualmente Adilson é gerente administrativo e comercial da ilial de Bela Vista do Paraíso. Mas, no início de tudo na empresa, foi armazenista, vendedor, faturista e até inanceiro. “Todos ajudavam nas diversas funções. Eu e os donos carregávamos e descarregáva-mos caminhões e armazenávamos os produtos.”

Nascido em Sertanópolis e formado em contabilidade, Adilson já percorreu várias cidades do Paraná com a empresa. Antes de Bela Vista do Paraíso, trabalhou nas iliais de Sertanópolis e Tamarana e, em 2009, colaborou na abertura da ilial de Alvorada do Sul.

Para ele o que fez a AGRO100 crescer foi a honestidade e a coniança que ela sempre passa ao produtor. “O agricultor tem que ser tratado com respeito, é preciso ser verdadeiro na conversa, na orientação e na ação. E, nas reuniões, o cliente sente isso, percebe que pode coniar na empresa”, explica.

Adilson comenta que é muito agradável trabalhar na AGRO100. “Há uma ainidade e liberdade entre a diretoria e os funcionários. Temos um ambiente descontraído. A amizade entre nós faz com que haja uma boa convivência. E a empresa é simpliicada, não há tanta burocracia como nas outras empresas.”

Adilson, 15 anos de dedicação!

Gildo, o primeiro!

Gildo José Gomes foi o primeiro funcionário registrado da Agro100, há 16 anos. Nesse período, icou três anos fora da em-presa e retornou para icar. “Ajudei a Agro100 a crescer e cresci com ela. Por isso acabo tratando a empresa como se fosse minha. Acho que, na verdade, todos nós, funcionários, deveríamos pensar assim”, diz com orgulho.

Gildo é um exemplo de comprometimento e amor ao que faz. Ainda jovem viu sua história se misturar com a vida da AGRO100. Sempre procurando o crescimento proissional e pessoal, entrou na empresa aos 22 anos como auxiliar administrativo, passou para encarregado administrativo e atualmente é o gerente administrati-vo do Grupo Agro100.

Por vários anos de sua vida dividiu o seu tempo entre a empresa

e os bancos escolares. Formou-se na faculdade de administração de empresas e fez pós-graduação em Controladoria e Finanças. Ele conta que os sócios e diretores da Agro100 lhe deram oportunida-de e lhe incentivaram a estudar. “A Agro100 foi a maior incentiva-dora para a continuidade e especialização nos meus estudos. Ela, sem dúvida, dá oportunidade para quem é comprometido e tem persistência”, enfatiza.

Dedicado ao trabalho e à empresa, ele garante que passar mais tempo na empresa do que em casa não é problema quando se faz o que gosta e o ambiente de trabalho é agradável e amistoso. “Aqui, estabelecemos uma excelente convivência. Todos nós nos damos muito bem. O relacionamento de respeito e camaradagem entre os funcionários é excelente. Da mesma forma como é muito bom entre os funcionários, gerentes e sócios proprietários. Este clima bom relete no bom relacionamento que temos com nossos clientes e parceiros. Ainal, um ambiente de harmonia e cordialidade é fun-damental para oferecermos um excelente atendimento aos nossos clientes, nosso principal objetivo e razão da existência da empresa”, destaca.

Gildo enfatiza que dentro da empresa há pouca burocracia, os di-retores estão sempre à disposição para ajudar no encaminhamento das soluções. “São extremamente acessíveis, o que ajuda na tomada de decisões dos nossos funcionários”, diz.

Um dos momentos mais marcantes na vida de Gildo foi a ho-menagem recebida da empresa. “No ano passado, os funcionários mais antigos receberam uma homenagem de comprometimento e tempo de serviço, eu, por ser o mais antigo, recebi uma homena-gem especial. Fiquei muito emocionado”, inaliza.

Casado há 13 anos, Gildo Gomes tem dois ilhos, Danilo de 11 anos e Julia de nove.

A AGRO100 conquista o funcionário fazendo com que o mesmo vista a camisa e se esforce, por isso há muitos funcionários que es-tão na empresa há anos. Ele explica que se sente dono da empresa, por isso dá tudo de si em seu trabalho. “Tenho amor pela empresa, então me dedico de verdade. E não sou só eu, a maioria dos nossos funcionários é assim.”

Finalizando, Adilson dá uma dica para quem está começando: “para crescer é necessário ter dedicação, perseverança e principal-mente objetivo. Pois, se você tem objetivo, você luta e vai atrás dele e aqui você sempre pode contar com a empresa para chegar onde você pretende.”

11

ver um monitoramento constante de pragas e doenças na lavoura. O planejamento e o monitoramento são importantes porque o excesso de chuvas pode diicultar a entrada de máquinas na lavoura atrasando as operações de pulverização e colheita”.

Ferrugem Asiática

Uma das grandes preocupações dessa safra verão deve ser a possibili-dade de aumento na incidência da ferrugem asiática da soja. Por conta das chuvas acima da média esperadas para este ano, a atenção deve ser redobrada. O produtor deve sempre estar de olho no que acontece e acontecerá ao seu redor. É essencial observar constantemente o clima da região e onde há fungos.

Uma das ferramentas que pode ser utilizada é o Sistema de Alerta e o Consórcio Antiferrugem, um programa da Embrapa Soja em parceria com várias instituições. O Sistema de Alerta informa sobre problemas detectados durante a safra, e o Consórcio Antiferrugem monitora a dis-persão de ferrugem asiática da soja no Brasil. “Com esses programas é possível fazer um bom monitoramento para saber qual o melhor mo-mento para a aplicação”, comenta a pesquisadora.

Deve ser analisado todo um contexto. Se as condições climáticas esti-verem propícias e for detectada a ferrugem asiática em regiões vizinhas, a probabilidade do fungo se instalar nas lavouras é alta, então deve ser feita a aplicação preventiva. Mas, se o tempo estiver seco e não houver relatos de incidência da doença, as aplicações podem ser prorrogadas, assim é possível economizar uma aplicação.

Mais informações podem ser obtidas no site http://www.cnpso.embra-

pa.br/. Para acesso ao site do Sistema de Alerta entre no site http://www.

cnpso.embrapa.br/alerta/. E para dados sobre a ferrugem asiática da soja

no Brasil acesse http://www.consorcioantiferrugem.net.

Safra

Ferrugem deve ser a principalpreocupação nesta safra de soja

Todo produtor quer ter alta lucratividade, para isso ele precisa unir boa produtividade com redução de custo. A pesquisadora da Área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Soja, Divania de Lima, dá al-gumas dicas de como proceder e o que deve ser feito para se ter produ-tividade e baixo custo na safra de verão deste ano.

Está previsto para esse ano muita chuva. Por isso é necessário re-dobrar a atenção com os cuidados habituais. De acordo com Divania Lima, esta safra vai estar sob a inluência do fenômeno El Niño. As chuvas serão distribuídas e acima da média, então os monitoramentos e controles de doenças e pragas devem ser mais rigorosos para que o período de aplicação dos agroquímicos seja bem programado.

Para iniciar a semeadura o produtor precisa, antes de tudo, ter conhe-cimento e o histórico da área. No caso de fungos e insetos é necessário saber se já ouve incidências no passado, pois a aplicação de fungicidas e inseticidas só será necessária se já houve ocorrências no local. “O his-tórico é uma ferramenta útil. O agricultor pode buscar informações sobre as principais doenças e pragas de solo que ocorreram na sua pro-priedade em safras anteriores. Colaborando com a busca de melhores cultivares e com o melhor tratamento de sementes. Mas, se o produtor nunca teve problemas com insetos e fungos de solo e utilizar sementes de boa qualidade isiológica e sanitária, o tratamento de sementes com inseticida e fungicida pode ser dispensado, reduzindo o custo de im-plantação da lavoura”, explica a pesquisadora.

Outra dica importante é que os produtores façam o plantio no limpo. “É essencial que não haja soja tiguera, nem ervas daninhas no campo, para que não aconteça a matocompetição”, enfatiza. Essa interferência acarreta um prejuízo generoso em questões qualitativas e quantitativas. Por isso o controle e erradicação dessas plantas devem ser contidos an-tes do plantio.

Além de obedecer à época de plantio e população das plantas de cada cultivar, o produtor só pode iniciar a semeadura quando tiver disponi-bilidade de água no solo, pois só assim será possível desencadear o pro-cesso de germinação e emergência das sementes, já que a soja absorve grande quantidade de água para germinar.

Para a colheita ela explica que o ideal é colher os grãos com teor de umidade a 14%, pois acima de 15% há o desconto de umidade. Mas, no caso de anos chuvosos, é melhor ter de 1 a 5% de desconto de umidade do que deixar a soja muito exposta à chuva. “Se chover, o prejuízo de deixar os grãos expostos será maior do que tirá-los com 17% de umida-de, pois o número de grãos ardidos será muito alto”, explica.

Planejamento é a palavra-chave, segundo a pesquisadora. “Deve ha-

Divania de Lima - da Embrapa Soja

12