antigos e novos arranjos familiares

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“ANTIGOS E NOVOS ARRANJOS FAMILIARES: UM ESTUDO DAS FAMILIAS ATENDIDAS PELO SERVIÇO SOCIAL” FLÁVIA MENDES SILVA* O modelo de família considerado “ideal”, ainda transmitido e predominante em nossa cultura é o da família nuclear, mas é notável que esta não é a única forma de organização familiar existentes nos dias de hoje. Os modelos de famílias encontrados atualmente são tantos, que tornou-se impossível classificar e principalmente julgar os bons e os maus” planos de família”- como poderíamos dizer de um “plano de carreira”. Alguns encontram o seu equilíbrio numa relação estável e fechada, uma célula voltada sobre si mesma que eles fortificam contra agressões e mudanças de qualquer tipo. Eles exigem muito dos seus parentes, mas em troca se prontificam a dar muito de si mesmos. Outros, ao contrário, nada querem sacrificar da sua aventura pessoal, preferem uma fórmula de família “ personalizada”, sem constrangimentos e sem obrigações, onde os indivíduos vêm basicamente recarregar as suas baterias antes de saírem mais uma vez pelo mundo afora. ( Collange apud JoséFilho, 1998, p.45). Em conseqüência das novas formas de agrupamentos familiares, nas ultimas décadas, muito se tem discutido sobre a crise da família e Danda Prado faz uma alusão a esta crise:... Fala-se muito em crise da família, mas esquecemos que toda evolução permanente de qualquer fenômeno social implica transformação constante. Isso leva a diminuir o significado do passado, e passamos então a tudo observar, analisar e julgar exclusivamente sob a visão e compreensão atual ou contemporânea. (1994,61)... a chamada ‘crise’ da família está sempre inscrita num contexto amplo de transformações sociais. (1994, p.62). Assim, as famílias no atual contexto, têm se configurado de formas diversas e houveram mudanças significantes na família nuclear, colocando em questão a hegemonia da mesma, sendo que esta se restringe a acompanhar o processo de mudança que surge em torno da família contemporânea. * Graduanda de 4 o Ano de Serviço Social – Unesp - C. Franca. Pesquisa financiada pela PROEX. Orientador: Mário José Filho/ Supervisora: Nayara Hakime Dutra de Oliveira

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Page 1: Antigos e Novos Arranjos Familiares

“ANTIGOS E NOVOS ARRANJOS FAMILIARES: UM ESTUDO DAS

FAMILIAS ATENDIDAS PELO SERVIÇO SOCIAL”

FLÁVIA MENDES SILVA*

O modelo de família considerado “ideal”, ainda transmitido e predominante em nossa cultura é o da

família nuclear, mas é notável que esta não é a única forma de organização familiar existentes nos

dias de hoje.

Os modelos de famílias encontrados atualmente são tantos,

que tornou-se impossível classificar e principalmente julgar os bons e os maus” planos de família”- como poderíamos dizer de um “plano de carreira”. Alguns encontram o seu equilíbrio numa relação estável e fechada, uma célula voltada sobre si mesma que eles fortificam contra agressões e mudanças de qualquer tipo. Eles exigem muito dos seus parentes, mas em troca se prontificam a dar muito de si mesmos. Outros, ao contrário, nada querem sacrificar da sua aventura pessoal, preferem uma fórmula de família “ personalizada”, sem constrangimentos e sem obrigações, onde os indivíduos vêm basicamente recarregar as suas baterias antes de saírem mais uma vez pelo mundo afora. ( Collange apud JoséFilho, 1998, p.45).

Em conseqüência das novas formas de agrupamentos familiares, nas ultimas décadas,

muito se tem discutido sobre a crise da família e Danda Prado faz uma alusão a esta crise:...

Fala-se muito em crise da família, mas esquecemos que toda evolução permanente de qualquer fenômeno social implica transformação constante. Isso leva a diminuir o significado do passado, e passamos então a tudo observar, analisar e julgar exclusivamente sob a visão e compreensão atual ou contemporânea. (1994,61)... a chamada ‘crise’ da família está sempre inscrita num contexto amplo de transformações sociais. (1994, p.62).

Assim, as famílias no atual contexto, têm se configurado de formas diversas e houveram

mudanças significantes na família nuclear, colocando em questão a hegemonia da mesma, sendo

que esta se restringe a acompanhar o processo de mudança que surge em torno da família

contemporânea.

* Graduanda de 4o Ano de Serviço Social – Unesp - C. Franca. Pesquisa financiada pela PROEX.

Orientador: Mário José Filho/ Supervisora: Nayara Hakime Dutra de Oliveira

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Estas mudanças sofridas pela instituição familiar, são decorrentes de alguns fatores:

- A baixa taxa de fecundidade;

- O aumento da esperança de vida e , consequentemente da crescente proporção da

população com mais de 60 anos;

- A banalização do divórcio;

- O declínio da instituição do casamento;

- Redução do número de filhos;

- Aumento da união consensual havendo aumento de número de casamentos civis e declínio

de casamentos religiosos;

- Maior número de pessoas vivendo sozinhas;

- Aumento do número de famílias chefiadas por um só cônjuge, com maior reincidência sobre

as mulheres.

Estas transformações da família nuclear foram

... desencadeadas pela dinâmica global das forças produtivas e das relações de produção que governam as formações contemporâneas (...) e a aparente desorganização da família é um dos aspectos da reestruturação pela qual ela vem passando” (José Filho, 1998, p. 39).

Estas modificações e reestruturações na organização familiar apontam a conclusões que apesar

de ainda ser prevalecente na sociedade atual, a família nuclear é um modelo idealizado e

reproduzido culturalmente, mas que está passando há longo tempo por um período de transição.

Momento este ligado a uma época onde impera o individualismo, a globalização, o consumismo

desenfreado, a nova ordem econômica mundial, as novas tecnologias e outros fatores que

modificam as relações de trabalho, as relações pessoais e conseqüentemente as relações

familiares.

Com isso o que se observa não é exatamente o enfraquecimento da instituição familiar e sim o

surgimento dos novos modelos e arranjos familiares, que baseiam –se em:

- Famílias com base em união livre;

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- Famílias monoparentais dirigidas pelo homem ou pela mulher (sendo que grandes

porcentagens destas famílias são dirigidas por mulheres);

- Divorciados gerando novas uniões (famílias recompostas);

- Mães / adolescentes solteiras que assumem seus filhos;

- Mulheres que tem filhos através de “produção independente” (sem companheiro estável).

Christine Collange em “Defina uma família!” cita várias denominações à estes novos arranjos familiares.

... família “casulo”, família “disneilândia”, família “clube”, família “moderna”, família “tradição”, família “cepa”, família “monoparental”, família “em Kit”, família“reconstituída”, família “aberta”, família “invisível”, família “new look”, família “nuclear”, família “comunitária”, família “fragmentada”, família “parceira”, família “de fusão” (1994,p.65).

Estas novas configurações familiares são questionadas se realmente devem ser

consideradas famílias, mas independente do questionamento é necessário compreendê-las por

seus valores, suas relações de afeto, respeito, dependência, reciprocidade e responsabilidade que

exista, pois cada família é única e... “família como a minha, família como a sua, provavelmente não

há duas iguais” (1994, p.65).

Não se pode perder de vista que novos modelos familiares são construídos de fenômenos sociais

e econômicos além de transformações nas relações de sexo, estas vistas de maneira igualitária,

mediante maior controle da natalidade e inserção da mulher nu mercado de trabalho.

As relações de gênero são abordadas neste contexto de transformações sociais e familiares, pois

com a mudança na relação homem e mulher a identidade autônoma da mulher se estabelece de

forma mais clara à sociedade.

A mulher ao sair de casa por ingressar –se no mercado de trabalho, movimenta novas situações

sociais e familiares. Insere-se à vários setores da sociedade como igrejas, associações e

sindicatos. Múltiplos são os fatores que provocaram esta representatividade da mulher no mercado

de trabalho, mas destes, destaca-se a necessidade da mesma em “manter” e/ou ajudar no

orçamento familiar, complementando assim a renda do marido, sendo que por conseqüências do

modelo de desenvolvimento econômico adotado pelo Estado Brasileiro, empobreceu e tem

empobrecido muitas famílias.

Atualmente nota-se que apesar de ainda o trabalho do homem ser mais valorizado, a

mulher tem buscado seu espaço extra familiar, tanto pessoalmente quanto profissionalmente. A

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partir das mudanças sociais e econômicas, houve uma redefinição dos papeis do homem e da

mulher, mas ainda assim a mulher acumula a responsabilidade da dupla jornada. Sendo ela

responsável pela família (os filhos e o companheiro) além dos afazeres domésticos. Contudo,

ressalta-se que atualmente em muitas famílias, há uma divisão nas tarefas domésticas e os

responsáveis repartem as responsabilidades sobre os filhos, mas, a sociedade ainda associa estas

atividades à mulher.

Apesar desta série de modificações envolvendo a mulher, não se pode eximir a realidade

que ainda é forte e presente, em que o machismo impera em vários setores da sociedade,

inclusive da família. Não aprofundaremos no tema por não ser o objetivo do nosso enfoque.

Em conseqüência das diversas transformações do universo feminino, houve uma mudança

na relação homem e mulher, deixando o que era um caráter eterno para tornar-se um caráter de

temporalidade.

A legislação ao permitir o divórcio mostra um dos indícios destas transformações. Em

decorrência dos divórcios, muitos casais têm se organizado “recompondo” a família. Este é um

dado evidente, o enraizamento do modelo nuclear de família, pois após a separação e o divórcio

as pessoas reconstituem a organização familiar segundo os moldes da família nuclear.

Estas transformações sociais, culturais, e econômicas que influenciaram diretamente no

âmbito familiar, apesar de apontarem pontos positivos e negativos à “nova família”, não destituiu

da mesma a responsabilidade sobre os indivíduos, pois a família:

... favorece um engajamento social que cria para o indivíduo uma espécie de ordem, na qual sua vida adquire um sentido, constituindo - o como sujeito. De certa forma ela prepara o indivíduo para o enfrentamento social, pois é nela que os fortes sentimentos de ódio, amor, ciúme, inveja, etc, aparecem e ainda podem ser trabalhados dentro de um ambiente afetivo e acolhedor, a que não acontece com as pessoas em seu mundo externo, de trabalho. (Mello , 1997, p.12)

Assim, a família, independente de sua constituição possui funções de ordem:

- Biológica e demográfica: garantindo reprodução e sobrevivência do ser humano;

- Educadora e socializadora: transmissora de conhecimento, valores e afetos;

- Econômica: (produtora e consumidora) no campo do trabalho;

- Seguridade: cuidando da seguridade física, moral e afetiva;

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- Recreativa: atividades diversas como festas de família;

- Ideológica: promovendo também a reprodução social, educando os indivíduos que

continuem biológica e socialmente a estrutura familiar.

Com isso a família é, pois, “construtora do cidadão” (Mário José Filho, 1998: 31).

Mesmo com todas as modificações vigentes, o modelo de família nuclear ainda está

arraigado culturalmente nas famílias e nas pessoas. As diversas transformações refletidas no

campo familiar tem gerado conflitos internos à família, sendo que

...Como ficamos nós, homens e mulheres frutos de uma geração de transição? Saímos de um longo tempo de papéis rigidamente delineados e culturados, bruscamente para uma fase em que tudo foi questionado, criticado...e ainda não se sabe, pois novos papéis estão apenas delineados e tudo está por ser construído.

... ao homem criado desde pequenino para ser “macho”, “durão” provedor e protetor, se cobra de repente que seja “sensível”, colaborador... Criado para competir na “selva” do mercado de trabalho é agora convidado a dar mamadeiras, a trocar fraldas. Criado par prover, agora dele se espera que se reveze com a mulher nos cuidados com o bebê, enquanto ela sai, trabalha e ganha seu próprio dinheiro. À mulher criada desde pequenina para ser “suave”, “sensível”, “compreensiva” e “meiga”, se cobra de repente que seja “indiferente”, “competitiva”, “agressiva” no mercado de trabalho e que progrida profissionalmente (Cerveny, 1997, p.64-65).

Estes são dentre outros; fatores recentes, importantes e relevantes à instituição familiar,

sendo que a partir destas “novas responsabilidades” atribuídas ao homem, a mulher, a criança e

ao idoso, estes se (re)organizam da forma que “conseguirem”, mesmo que esta organização não

siga os moldes tradicionais da família nuclear. Assim, surgem os novos arranjos familiares,

baseados nas vivências e experiências particulares e de cada família, onde os membros

indiferentes do gênero são prescritos a desempenhar funções de acordo com as particularidades

atuais das famílias e não mais seguir rigidamente as práticas tradicionais onde o homem e a

mulher têm suas funções pré-determinadas.

Ao enfocar os novos arranjos familiares, é de suma importância ressaltar que não nos cabe

analisar o grau de “bom ou ruim” em relação à família nuclear e os novos arranjos familiares, mas

sim ressaltar o atual, o real na vida familiar, onde indiferente da maneira que se organizar, os

indivíduos são pertencentes a um grupo familiar e este lhe oferece laços afetivos (não que sejam

necessariamente laços de sangue), valores e funções.

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Através do levantamento de dados realizado com as famílias atendidas pelo Serviço Social

na Unidade Auxiliar Centro Jurídico Social, foi possível caracterizar estes “novos arranjos

familiares” presentes na sociedade e especificamente na Instituição citada.

Nota-se que apesar dos novos modelos familiares serem uma constante, o modelo de

família nuclear é ainda fortemente presente, e os novos arranjos acabam por reforçar a noção de

família nuclear, pois ao ser considerada “ideal” o modelo hegemônico, as famílias que se

organizam de forma diferente desta são conhecidos como “erradas” e os próprios membros da

família como a sociedade em geral acaba por discriminar tais modelos e o preconceito em relação

às mesmas se acentua.

A família nuclear possui hoje novas características sendo que parte considerável destas

famílias possui além do pai, mãe e filhos, atualmente acolhem também netos. Estes estão

diretamente ligados à gravidez precoce, que tem levado diversos a assumirem a paternidade e

maternidade sem assumirem a união formal ou constituírem nova família.

A porcentagem de família nuclear encontrada no Centro Jurídico Social é

consideravelmente pequena (25,2%) vista isoladamente, mas outro aspecto importante a se

ressaltado é que consideramos as famílias recompostas, todas as famílias organizadas enquanto

nuclear, sendo que um ou dois membros (do casal), já tenham constituído família anteriormente,

separaram-se e formaram nova família nuclear, com os filhos do antigo casamento e os do atual.

Estas famílias ocupam 21,3% do total. Sendo assim, ao considerar a família nuclear enquanto pai,

mãe, filhos e netos, indiferente desta união ser a única ou não, encontra-se um total de 46,5% de

famílias nucleares. A este percentual acrescentamos as famílias dos amigados/solteiros 95,5%)

estes não estabeleceram união formal, mas se organizam nos moldes da família nuclear. Assim o

número de famílias organizadas enquanto nuclear ocupa 52% da porcentagem total de famílias

pesquisadas.

Relacionando este total aos demais arranjos familiares (que somados são 48% das

famílias pesquisadas) encontra-se um percentual considerável e questionável sobre a hegemonia

da família nuclear e quanto isso deve ser trabalhado com as mesmas.

Em relação a estes novos arranjos familiares, é interessante percebê-los inseridos em todo

o processo histórico e cultural a qual estão inseridos.

A porcentagem de chefia feminina é considerável (29,7%) e demonstra diversos fatores

implícitos muitas vezes relacionados à inserção da mulher no mercado de trabalho, o aumento do

número de divórcios e o enfraquecimento do papel do provedor (homem). Assim o papel de

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provedor e da própria família, sofre uma reordenação e as mulheres ocupam e assumem o papel

de provedora, anteriormente exercido pelos homens.

Os outros modelos encontrados foram: pessoas que vivem sozinhas (5,5%), agregados

(11%), pais e filhos (0,3%) e irmãos com filhos (1,5%). Nota-se que o número de pessoas que

moram sozinhas é tão considerável quanto ao número dos agregados (engloba-se neste modelo,

todas as famílias compostas pelos mais diversos membros, avós, sobrinhos, tios, amigos,

conhecidos, enfim, não são formadas categoricamente por um modelo pré-estabelecido). A

decisão de morar sozinho ou “agrupado” varia por diversos fatores não caracteriza uma única faixa

de idade, são idosos, jovens, adultos. Mas sem generalizações, em muitos casos as pessoas que

moram sozinhas não escolheram esta forma de viver, percebe-se um discreto abandono por parte

dos familiares mais próximos. Não podemos descartar o fator econômico e financeiro que também

influencia nesta decisão, o não ter como se manter para morar sozinho leva muitas pessoas a se

agruparem e residirem juntos, independente dos laços de sangue.

Um modelo familiar “curioso” e um tanto quanto novo em relação ao nosso estudo são as

famílias de irmãos com filhos. Sem a presença dos pais ou dos companheiros, as pessoas se

organizam juntamente com os filhos formando uma nova organização familiar.

Durante toda a pesquisa foi possível identificar também que o número de pais com filhos

tem aumentado, apesar da porcentagem inferior em relação aos outros arranjos, é importante

ressaltar que este modelo de família vem aparecendo de maneira discreta e ao mesmo tempo

instigante, pois nele o pai além de ser o provedor, atrai toda a responsabilidade da dinâmica

familiar a si.

A partir de todo o levantamento, nota-se que apesar do modelo nuclear de família ser

considerado “ideal”, sua hegemonia está “abalada” pelos novos modelos e os profissionais que

trabalham diretamente com indivíduos, indivíduos estes diretamente ligados e direcionados a

algum tipo de organização familiar devem estar atentos a tais transformações buscando

compreender que os novos arranjos familiares, por mais distintos que sejam, são famílias e a

dinâmica que estão inseridos é de fundamental importância ao trabalho social.

Assim os projetos e programas desenvolvidos com famílias devem visar concretizar um

trabalho onde as famílias “consigam ver” sua importância no processo histórico da sociedade de

seu fortalecimento enquanto unidade familiar, independentemente de sua organização, é um

espaço inicial que se tem para exercer a cidadania.

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Assim, ao finalizarmos este estudo, entendemos que não esgotamos o assunto, mesmo

porque ele supõe novas e diferentes análises, mas entendemos que é necessário defender que as

ações voltadas à família devem ultrapassar a visão idílica de um modelo de família nuclear.

A realidade se mostra bem mais complexa que nossa tentativa de compreender tais

questões, por isso, este é apenas o início de uma reflexão constante que não pretende esgotar o

assunto, nem concluir uma dinâmica tão ampla.

Referências Bibliográficas:

CEVERNY, C. M. O. Família e o ciclo vital : nossa realidade em pesquisa. São Paulo: Casa do

Psicólogo, 1997.

COLLANGE, C. Defina uma família. Trad. Mário Fondelli. Rio de Janeiro: Racco. 1994.

JOSÉ FILHO, M. A família como espaço privilegiado para construção da cidadania. 1998.Tese

(Doutorado em Serviço Social) - Faculdade de História, Direito e Serviço Social, Universidade

Estadual Paulista, Franca.

MELLO, T.M.S.B.P. A família e sua dinâmica – uma visão psico social. CADERNOS DE SERVIÇO SOCIAL – PUCCAMP- Campinas:Faculdade de Serviço Social. ANO VII ,1997.

PRADO, D. O que é família. 8. ed. São Paulo: Brasiliense, 1986.