antiparkinsonianos e anestésicos gerais

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Aillyn Fernanda Bianchi Universidade de Cuiabá - Medicina XXIII 2014/01 Farmacologia Aplicada Atividade Parcial 2º bim ANTIPARKINSONIANOS E ANESTÉSICOS GERAIS

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Page 1: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

Aillyn Fernanda Bianchi

Universidade de Cuiabá - Medicina XXIII – 2014/01

Farmacologia Aplicada –Atividade Parcial – 2º bim

ANTIPARKINSONIANOS E

ANESTÉSICOS GERAIS

Page 2: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

Page 3: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS E

ANESTÉSICOS GERAIS

1. INTRODUÇÃO

2. CONCEITO

3. CLASSIFICAÇÃO

4. NOMENCLATURA

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

6. MECANISMOS DE AÇÃO

7. USOS CLÍNICOS

8. EFEITOS COLATERAIS

9. CONTRAINDICAÇÕES

Page 4: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

1. INTRODUÇÃO Muitos fármacos, incluindo, por exemplo, o etanol e a morfina, podem produzir um

estado de insensibilidade e indiferença à dor, porém não são usados como

anestésicos.

Para que um fármaco seja útil como anestésico, ele tem que ser prontamente

controlável, de forma que a indução e a recuperação sejam rápidas.

Deve procurar permitir que o nível de anestesia seja ajustado conforme o necessário

durante a cirurgia.

Por esta razão, foi apenas quando os anestésicos inalatórios foram inicialmente

descobertos, em 1846, que a maioria das operações cirúrgicas se tornou uma

possibilidade prática.

Até aquele tempo os cirurgiões confiavam ser capazes de operar pacientes em

contenção e com grande velocidade, e a maioria das cirurgias eram amputações.

A inalação é, ainda, a vida de administração mais comum para os anestésicos,

embora a indução seja executada, usualmente, com agentes intravenosos.

Page 5: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

CONCEITO

Page 6: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

2. CONCEITO Os anestésicos gerais são usados

para que os pacientes não tenham

consciência, nem respondam aos

estímulos dolorosos durante os

procedimentos cirúrgicos.

São administrados sistemicamente.

Exercem seus principais efeitos no

sistema nervoso central.

Embora hoje usemos sem pensar,

os anestésicos gerais são os

fármacos que pavimentaram o

caminho para a moderna cirurgia.

Page 7: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

3. CLASSIFICAÇÃO

ANESTÉSICOS INALATÓRIOS

ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS

Page 8: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

4. NOMENCLATURA

ANESTÉSICOS INALATÓRIOS: Halotano,

Óxido nítrico, Enflurano, Isoflurano, Éter.

ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS:

Tiopental, etomidato e propofol, cetamina e

midazolam.

Page 9: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

Os pulmões são a única via quantitativamente importante pela quais os

anestésicos inalatórios entram e saem do corpo.

Os anestésicos são moléculas lipossolúveis que cruzam rapidamente a

membrana dos alvéolos.

O coeficiente de participação sangue:gás (solubilidade no sangue) é o

principal fator que determina a velocidade de indução e de recuperação de

um anestésico inalatório.

Quanto menor esse coeficiente, mais rápida a indução e recuperação.

Page 10: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

O coeficiente de partição óleo:gás (solubilidade na gordura) determina a

potencia de um anestésico também influencia na sua distribuição pelo

corpo. Seu efeito é que a alta solubilidade retarda a recuperação da

anestesia.

A cinética de transferência do anestésico entre o ar inspirado e o sangue

arterial , determina, portanto, a cinética do efeito farmacológico.

Fatores fisiológicos:

- Taxa de ventilação alveolar

- Débito cardíaco

Page 11: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

As indução e recuperação rápidas são propriedades importantes de um

agente anestésico, permitindo um controle flexível da profundidade da

anestesia.

As velocidades de indução e recuperação são determinadas por duas

propriedades dos anestésico: solubilidade no sangue e solubilidade na

gordura.

Os agentes com coeficientes de participação baixos produzem indução e

recuperação rápidas (ex: Óxido nitroso, desflurano), agentes com alto

coeficiente de participação mostram indução e recuperação lentas (ex:

Halotano).

Agentes com alta solubilidade lipídica (ex: Halotano) acumulam-se

gradualmente na gordura corporal e podem produzir ‘ressaca’ prolongada

se usados para a cirurgia.

Page 12: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

METABOLISMO E TOXICIDADE DOS

ANESTÉSICOS INALATÓRIOS

O metabolismo podem gerar metabólitos tóxicos. A exposição

crônica pó longos períodos leva a toxicidade hepática.

Page 13: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

HALOTANO

É um anestésico amplamente usado, porém seu uso esta em declínio em

favor do isoflurano e outros fármacos.

Indução e a recuperação são rápidas, é altamente potente e pode causar

insuficiência respiratória e cardiovascular.

Provoca queda da pressão sanguínea (depressão miocárdica e

vasodilatação).

O halotano não é analgésico e tem efeito relaxante no útero, o que limita

seu uso com propósito obstétricos.

EFEITOS ADVERSOS

O halotano sensibiliza o coração à adrenalina, predispondo à arritmias

cardíacas. E mais raramente hepatotoxicidade e/ou hipertermia maligna.

Page 14: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICAHALOTANO

Page 15: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

ÓXIDO NITROSO

É um gás inodoro, e sua ação é rápida por causa do seu baixo

coeficiente de participação.

É um analgésico efetivo em concentrações baixas para causar

inconsciência.

Sua potencia é baixa - não produz anestesia cirúrgica.

EFEITOS ADVERSOS

Presentes apenas após a exposição prolongada (>6h), causando inativação

da metionina sintase, resultando em depressão da medula óssea que pode

causar anemia e leucopenia.

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ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA ÓXIDO

NITROSO

Page 17: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

ENFLURANO

Éter halogenado similar ao halotano em sua potência e na velocidade

moderada de indução.

Foi introduzido substituindo o metoxiflurano, por produzir menos fluoreto

com isso menos toxicidade renal, além de que seu início de indução e

recuperação são mais rápidos.

EFEITOS ADVERSOS

Sua principal desvantagem é que ele pode causar convulsões, tanto durante a

indução quanto em seguida à recuperação anestésica. Pode provocar hipertermia

maligna.

Page 18: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICAENFLURANO

Page 19: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

ISOFLURANO, DESFLURANO E SEVOFLURANO

O isoflurano é o anestésico volátil mais amplamente utilizado.

É muito similar ao enfllurano, porém não é apreciavelmente metabolizado e não

apresenta propriedades pro convulsivantes do enflurano.

Pode causar hipotensão e é um potente dilatador coronariano. Isso pode exacerbar a

isquemia cardíaca nos pacientes com doença coronariana.

O desflurano é quimicamente similar ao isoflurano, porém sua menor solubilidade

no sangue e na gordura significam que a indução e a recuperação são mais rápidas.

É bastante utilizado para cirurgias simples.

O desflurano causa irritação do trato respiratório, o que pode levar a tosse e ao

broncoespasmos.

O sevoflurano parece com o desflurano, porém é mais potente e não causa irritação

respiratória. Assim como os outros halogenados, pode causar hipertermia maligna.

Page 20: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

AGENTES ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS

Agem muito mais rapidamente que os anestésicos

inalatórios.

Produzindo inconsciência em 20 segundos, tão logo

atinge o cérebro a partir do seu ponto de injeção.

São usados para a indução da anestesia.

Page 21: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

TIOPENTAL

O tiopental é o único barbitúrico remanescente usado como anestésico.

Apresenta alta solubilidade.

O ácido livre é insolúvel por isso é administrado como um sal de sódio.

ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS

Sua ação se mantém por 5 a 10 minutos, pela sua alta lipossolubilidade.

O tiopental produz uma ressaca de longa duração.

Não é utilizado para manter a anestesia cirúrgica e sim, apenas como um

agente de indução.

Page 22: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

AÇÃO E EFEITOS COLATERAIS

As ações do tiopental no sistema nervoso central são semelhante a dos

anestésicos inalados, embora não ele não tenha efeito analgésico e possa

causar profunda depressão respiratória.

Pode causar necrose tecidual local e ulceração ou grave espasmo arterial,

se administrado no tecido perivascular ou em alguma artéria.

O tiopental , assim como outros barbitúricos, pode precipitar um ataque de

porfiria nos indivíduos suscetíveis.

TIOPENTAL

Page 23: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

TIOPENTAL

Page 24: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

ETOMIDATO

É mais preferível que o tiopental por conta da maior margem de segurança

entre a dose anestésica e a dose necessária para produzir depressão

respiratória e cardiovascular.

Além de ser metabolizado mais rapidamente, com isso apresenta menor

probabilidade de apresentar ressaca prolongada.

É um similar do tiopental.

O etomidato particularmente com uso prolongado, suprime a produção de

esteróides das supras renais.

Não deve ser usado em pacientes com insuficiência supra-renal.

É preferível ao tiopental nos pacientes com risco de insuficiência

circulatória.

Page 25: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

ETOMIDATO

Page 26: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

PROPOFOL

Apresenta propriedade similar ao tiopental, porém tem a

vantagem de ser rapidamente metabolizado.

Permite recuperação rápida sem nenhum efeito “ressaca”.

Usado em infusão continua para manter a anestesia cirúrgica

sem a necessidade de agente inalatório algum.

É particularmente útil para cirurgias mais simples.

Page 27: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

PROPOFOL

Page 28: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

OUTROS AGENTES INDUTORES

CETAMINA

Produz efeito similar à anestesia e profunda analgesia.

Atua bloqueando a ativação de um receptor de aminoácido

excitatório.

Administrada intravenosamente, a cetamina age mais

lentamente que o tiopental e produz efeito diferente.

‘Anestesia dissociativa’, no qual há marcante perda sensorial e

anestesia, bem como amnésia e paralisia dos movimentos, sem

perda real da consciência.

Page 29: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA CETAMINA

Page 30: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

MIDAZOLAM

Trata-se de um benzodiazepínico.

Não causa depressão respiratória ou cardiovascular.

É frequentemente usado como sedativo pré-

operatório e durante procedimentos como a

endoscopia, onde a anestesia completa é necessária.

Page 31: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

MIDAZOLAM

Page 32: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

6. MECANISMOS DE AÇÃO

Há duas teorias para explicar o mecanismo de ação dos anestésicos.

A teoria lipídica é explicada pelo efeito da solubilidade lipídica na

concentração do anestésico (Não é muito esclarecida).

E através de efeitos nos canais iônicos, inibindo esses canais excitatórios

(especialmente receptores do glutamato).

Facilitando os canais inibitórios (particularmente o GABA, porém também

da glicina e certos canais de potássio).

As alterações têm como alvo domínios hidrofóbicos específicos das

proteínas do canal.

Page 33: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

Os anestésicos diferem em suas ações e afetam a função celular de várias

maneiras, de forma que é improvável que uma teoria unitária seja

suficiente para explicar sua ação.

Em nível celular os anestésicos afetam a transmissão sináptica e não a

condução axonal.

A liberação dos transmissores excitatórios e a resposta dos receptores

pós-sinápticos são inibidas.

A transmissão inibitória pelo GABA é reforçada pela maioria dos

anestésicos.

Page 34: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

MECANISMOS DE AÇÃO

Page 35: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

7. USOS CLÍNICOS

Os ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS são usados para:

Indução anestésica (tiopental, etomidato).

Manutenção da anestesia durante a cirurgia (propofol

administrado em combinação com relaxantes musculares e

analgésicos).

Os anestésicos inalatórios (gases ou líquidos voláteis) são

usados para a manutenção da anestesia.

Page 36: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

Os pontos a observar são: líquidos voláteis (halotano ,

sevoflurano) são vaporizados com o ar, como

oxigênio.

A hepatotoxicidade pelo halotano ocorre com mais

freqüência após exposição repetida.

Todos os anestésicos inalatórios podem desencadear a

hipertermia maligna em indivíduos suscetíveis.

Page 37: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

Os ANESTÉSICOS INALATÓRIOS são usados para:

Raramente são usados sozinhos.

Na pratica, os efeitos de perda da consciência, analgesia, e relaxamento

muscular são produzidos por uma combinação de fármacos.

Cirurgia produzir inconsciência rapidamente indutor

intravenoso(propofol) para manter a inconsciência e produzir analgesia

agentes inalatórios (oxido nitroso e halotano) que podem ser

suplementados por um agente analgésico intravenoso (opiácio) e para

produzir paralisia muscular com um fármaco bloqueador neuromuscular

(atracúrio).

Este tipo de procedimento, de combinação de fármacos anestésicos,

resulta em indução e recuperação muito mais rápidos, evitando longos

períodos de semiconsciência e permitindo que a cirurgia seja executada

com relativamente pouco comprometimento dos reflexos homeostáticos.

Page 38: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

8. EFEITOS COLATERAIS Os anestésicos gerais agem no sistema nervoso central e no sistema

cardiovascular e respiratório.

No sistema nervoso central o principal efeito é a inibição da transmissão

sináptica.

Causam inconsciência, perda dos reflexos (relaxamento muscular) e

analgesia.

À medida que a concentração dos anestésicos é aumentada, todas as

funções cerebrais são afetadas, incluindo o controle motor e a atividade

reflexa, a respiração e a regulação autônoma.

Quase todos os anestésicos diminuem a contratilidade cardíaca e deprimem

marcantemente a respiração.

Em doses supra - anestésicas, todos os agentes anestésicos podem causar

morte por perda dos reflexos cardiovasculares e paralisia respiratória.

Page 39: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

9. CONTRAINDICAÇÕES

Page 40: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANESTÉSICOS GERAIS

9. CONTRAINDICAÇÕES

Dependem de uma série de fatores, tais como:

• Estado de saúde do paciente.

• Fármacos a serem utilizados.

• Risco de choque anafilático.

• Paciente que apresenta risco de broncoaspiração

• Dificuldade respiratória.

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ANTIPARKINSONIANOS

Page 42: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

Page 43: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

1. INTRODUÇÃO Está associada a agregados de α-sinucleína (uma proteína normalmente

envolvida com a reciclagem de vesículas) na forma de corpos de Lewy

característicos.

Frequentemente é idiopática, porém pode ser consequente a um acidente

vascular cerebral ou infecção viral; pode ser induzida por fármacos

(antipsicóticos).

Podem também ocorrer, raramente, formas hereditárias, em associação a

diversas mutações genéticas, incluindo a α-sinucleína.

Associada à degeneração precoce de neurônios nigroestriatais

dopaminérgicos e, posteriormente, à neurodegeneração mais geral.

Pode ser induzida por 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina (MPTP),

uma neurotoxina que afeta neurônios dopaminérgicos.

Neurotoxinas ambientais similares, assim como fatores genéticos, podem

estar implicadas na doença de Parkinson humana.

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ANTIPARKINSONIANOS

Page 45: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

2. CONCEITO A Doença de Parkinson (DP) é

uma doença degenerativa.

Compromete os gânglios da

base, causando hipocinesia,

tremor em repouso e rigidez

muscular, frequentemente

acompanhada de demência e

disfunção autônoma.

Page 46: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

Page 47: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

3. CLASSIFICAÇÃO

Levodopa (em geral, em associação com carbidopa e

entacapona).

Agonistas da dopamina (p. ex., pramipexol, ropinirol,

bromocriptina).

Inibidores da monoamino-oxidase B (MAO-B) (p. ex.,

selegilina, rasagilina).

Amantadina (acredita-se que atue ao liberar dopamina) e

antagonistas dos receptores muscarínicos da acetilcolina

(p. ex., benztropina) são ocasionalmente usados.

OBS: Nenhum dos fármacos usados para tratar a DP afeta a progressão da

doença.

Page 48: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

CLASSIFICAÇÃO

Page 49: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

4. NOMENCLATURA

Drogas que aumentam a atividade

dopaminérgica:

- Carbidopa/Levodopa

Inibidores da MAO-B:

- Selegilina

Anticolinérgicos:

- Triexifenidil

- Mexilato de Benzotropina

- Cloridrato de difenidroamina

Agonistas Dopaminergicos:

- Bromocriptina

- Pergolida

- Ropinirol

- Pramipexol

Inibidores da COMT (catecol-

O-meteil transferase):

- Tolcapone

- Entacapone

Amantadina

Page 50: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

5. AÇÃO FARMACOLÓGICA

As drogas que aumentam a atividade dopaminérgica têm efeito em

reduzir a incapacitação, prolongando a capacidade do paciente de se

manter independente.

Os fármacos inibidores da MAO-B A monoamina-oxidase é uma enzima

que degrada as catecolaminas (como a dopamina) e a sua inibição tem

fundamental importancia no Parkinson, sua inibição culmina em um

aumento na concentração de Dopamina.

Anticolinérgicos apresentam benefício em reduzir o tremor e a rigidez,

mas sem efeito sobre a acinesia.

Page 51: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

A ação farmacológica da Amantadina consiste em pequeno efeito

sobre os sintomas parkinsonianos, mas apresenta bom efeito sobre as

discinesias.

Os agonistas dopaminérgicos ajudam no controle dos sintomas

cardinais, com a vantagem de, em longo prazo, contribuírem menos

frequentemente para a ocorrência de discinesias em comparação com

a levodopa.

Os Inibidores da COMT (catecol-O-meteil transferase) não tem

qualquer efeito antiparkinsoniano se não forem administrados em

associação com a levodopa.

AÇÃO FARMACOLÓGICA

Page 52: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

Page 53: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

AÇÃO FARMACOLÓGICA

Page 54: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

AÇÃO FARMACOLÓGICA

Page 55: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais
Page 56: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

6. MECANISMOS DE AÇÃO

INIBIDORES DA MAO-B

SELEGILINA - É um inibidor irreversível da

monoaminoxidase B (MAO B), que reduz o catabolismo cerebral

de dopamina, bloqueando a formação de radicais livres,

aumentando concentração dela. A inibição da MAO-B protege a

dopamina da degradação intraneural.

Page 57: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

6. MECANISMOS DE AÇÃOSelegilina

Page 58: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

6. MECANISMOS DE AÇÃO

ANTICOLINÉRGICOS

Na doença de Parkinson, a depleção de dopamina

resulta num estado de relativa sensibilidade colinérgica.

Assim, os anticolinérgicos bloqueiam os receptores de

acetilcolina, melhorando os sintomas parkinsonianos.

• Triexifenidil

• Mexilato de Benzotropina

• Cloridrato de Difenidramina

Page 59: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

6. MECANISMOS DE AÇÃO

Mexilato de

Benzotropina

Page 60: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

6. MECANISMOS DE AÇÃO

Page 61: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

6. MECANISMOS DE AÇÃO

AMANTADINA

É um agente antiviral que bloqueia receptores

NMDA e de aceticolina. Demonstrou atividade

antiparkinsoniana, mas o mecanismo de ação não está

bem determinado, embora se saiba que aumenta a

liberação de dopamina, bloqueia sua recaptação,

estimula o receptor de dopamina e, possivelmente, tem

efeitos anticolinérgicos periféricos.

Page 62: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

6. MECANISMOS DE AÇÃO

AMANTADINA

Page 63: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

6. MECANISMOS DE AÇÃO

AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS

Age estimulando diretamente receptores dopaminérgicos no corpo

estriado do cérebro, não havendo necessidade de conversão da droga para um

metabólito ativo que exerça seus efeitos farmacodinâmicos. Além disso, a

meia-vida da maioria das medicações dessa classe é mais longa que a meia-

vida das formulações de liberação regular da levodopa.

Existem diferenças entre as drogas agonistas dopaminérgicas: alguns

medicamentos (bromocriptina e pergolida) são derivados do ergot, sendo

agonistas dos receptores D1 e D2; outros (pramipexol, ropinirol) não são

derivados do ergot e agem de forma mais seletiva, estimulando receptores D2 e

D3.

Bromocriptina

Pergolida

Ropinirol

Pramipexol

Page 64: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

6. MECANISMOS DE AÇÃOAgonistas

Dopaminérgicos

Page 65: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

6. MECANISMOS DE AÇÃOAgonistas

Dopaminérgicos

Page 66: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

6. MECANISMOS DE AÇÃO

Inibidores da COMT (catecol-O-meteil

transferase)A levodopa é metabolizada perifericamente por duas enzimas: a

decarboxilase e a COMT. Mesmo sendo regularmente administrada em

associação com um inibidor da decarboxilase, a ação da COMT periférica

converte a levodopa em 3-O-metildopa (3-OMD) e somente 10% da droga

chega intacta ao cérebro.

Dessa forma, essa classe de medicações age inibindo o metabolismo

periférico de levodopa, aumentando assim a quantidade de levodopa intacta

que chega ao sistema nervoso central. Aumentam a meia-vida em até 50%.

Além dessa ação periférica, o tolcapone, uma das medicações dessa

classe, também inibe a COMT no cérebro.

Page 67: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

7. USOS CLÍNICOS

Em pacientes com mais de 70 anos ou com prejuízo funcional grave

ou cognitivo (independentes da idade), Levodopa é a melhor escolha

para tratamento inicial.

Os Inibidores da MAO-B podem ser usados preferencialmente em

pacientes em tratamento inicial com sintomas leves e sem prejuizo

funcional.

Estas medicações são particularmente eficazes em pacientes com

tremor intenso, principalmente em pacientes jovens com função

cognitiva preservada.

Page 68: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

7. USOS CLÍNICOS

A Amantadina Perde seu efeito de 6 meses a um ano, porém é um bom

coadjuvante no tratamento da doença de Parkinson.

Agonistas Dopaminérgicos são Drogas de escolha em pacientes sintomáticos,

principalmente jovens e pode ser usado como monoterapia em pacientes com

sintomas leves a moderados.

Em pacientes que usam Levodopa e ainda apresentam sintomas parkinsonianos, a

associação com um Inibidor da COMT melhora principalmente para aqueles que

apresentam flutuações motoras.

Em estudos bem controlados, demonstrou-se uma redução dos períodos de função

motora muito comprometida (períodos de off) em até 40% com uso de Inibidores

da COMT.

Page 69: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

8. EFEITOS COLATERAIS

Flutuações motoras, náuseas, alucinações e confusão mental,

hepatotoxidade.

A decarboxilação periférica da levodopa pode produzir hipotensão

ortostática.

Arritmias em pacientes com doenças cardíacas pré-instaladas.

Em pacientes com doença de Parkinson mais avançada ou com

comprometimento cognitivo subjacente, os Inibidores da MAO-B podem

aumentar os efeitos motores e cognitivos adversos da terapia com levodopa.

Podendo também causar ansiedade e insônia.

Page 70: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

9. CONTRAINDICAÇÕES

Não se deve usar simultaneamente inibidores da monoaminoxidase-A e

carbidopa + levodopa (exceto Inibidores da MAO-B em doses baixas).

Dada a possibilidade da Levodopa ativar o melanoma maligno, este

medicamento não deve ser utilizado em pacientes com lesões cutâneas

suspeitas e não diagnosticadas ou com histórico de melanoma.

Inibidores da MAO-B são contra indicados para pacientes com

conhecida hipersensibilidade a selegilina, e para pacientes que recebem

meperidina e outros opióides.

Page 71: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS

9. CONTRAINDICAÇÕES

Os Anticolinérgicos são contraindicados em pacientes com glaucoma

de ângulo fechado, miastenia, úlcera péptica estenosante, megacólon

e risco de retenção urinária.

Inibidores da COMT(catecol-O-meteil transferase) são contra

indicados em pacientes com hipersensibilidade conhecida a

tolcapone ou a entacapone, com evidência de doença hepática ou

aumento de enzimas hepáticas.

Page 72: Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais

ANTIPARKINSONIANOS E

ANESTÉSICOS GERAIS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Gilman, G. As bases farmacológicas da terapêutica.

10ª ed. Ed: McGraw-Hill. RJ, 2005.

Rang, Dale. Farmacologia. 6° ed. 2008